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I-) D.

da Personalidade
inerentes à personalidade (interno) do sujeito
ex.: vida, moral, costumes

II-) D. Patrimonial
direito exercido sobre um bem exterior

- D. Real
se apóia no bem (objeto, matéria, patrimônio)
registro do patrimônio gera o direito "erga omnes" (total, absoluto)

- D. Obrigacional
ato de fé do credor (prestação devida + devedor)
vontade (ilimitada) das duas partes
valor econômico
deve respeitar os Princípios Gerais do Direito

Características do D. Obrigações

1-) Princípio da Autonomia da Vontade (principal)


os dois sujeitos têm livre vontade (respeitando o lícito) e de comum acordo

2-) Universalidade
o contrato é válido em qualquer lugar, vale para todos os países.

3-) Quase Imutável


o credor faz um ato de fé
se o devedor não cumprir recai sobre seu patrimônio
mesmo que não exista nenhuma cláusula acordando ressarcimento

4-) Retrato da Estrutura Econômica (de cada país)

5-) Presta-se a Unificação


D. Civil + D. Comercial

ELEMENTOS CONSTITUTIVOS DAS OBRIGAÇÕES

- Subjetivo -> credor / devedor


- Objetivo -> objeto / bem
- Espiritual -> vínculo / relação

- Credor - qualquer pessoa (inclusive incapazes e sucessores)


- Devedor - qualquer pessoa - determinada (com responsabilidade de cumprir o
determinado)
- Obrigações personalíssimas (nasce e morre com a própria pessoa)

* mandato - procuração
* réu revel - nunca mais poderá se pronunciar num processo (ex.: quando advogado perde
prazo)

- Venda a contento (personalíssima)


ex.:precisa experimentar ou medir antes de comprar (roupas)

- Direito de preferência

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ex.: inquilino com contrato de locação tem preferência sobre a venda do imóvel

- Uso fruto vitalício (personalíssimo)


não passa para sucessores
* lei 1060/50 - art. 10 (personalíssima)benefício da justiça gratuita é necessário fazer
declaração de atestado de pobreza

Sujeito Ativo / Passivo -> mínimo 2 pessoas (credor e devedor)


Não é possível a fusão pois gera "Confusão"
CC, art. 1049 -> há a extinção da obrigação
A prestação pode ser em dinheiro, objeto ou prestação de serviço

Mais importantes: dar, fazer -> positivas / não fazer -> negativa

3 itens devem ser respeitados:


1-) Prestação física e juridicamente possível
2-) Não pode ser irreal a sua existência
3-) Não pode conter invalidade jurídica
ex.: bem de família, bens da prefeitura, bens dotais, herança de pessoa viva (CC, art. 1089)
CC, art. 32 -> loteria não autorizada

Quando há impossibilidade:
- completamente impossível: nula a obrigação
- parcialmente impossível: válida (até o momento do adimplemento deve ser sanada)
CC, art. 1091 -> parcialidade
- A prestação deve ser lícita (P.G.D., moral, direito, bons costumes)
ilícito -> injúria, câmbio negro, lenocídio (crime contra os costumes)
- Prestação economicamente apreciável -> valor
exceção (sem valor): CC, art. 231, II - fidelidade entre os cônjuges; art. 384, I - proteção aos
filhos
- Futuras ainda não conhecidas
ex.: pode conseguir ou não pode ser objeto de obrigaçãoherança ignorada
- Vínculo jurídico
Fundamento: obrigação / dever de prestar por parte do devedor direito de exigir por parte do
credor
- Elementos espirituais
Voluntariedade e espontaneidade em qualquer obrigação por lei dado coercitivamente Estado:
processo de execução (existe a obrigação de receber)
CPC, art. 126 - o juiz é obrigado a julgar
CPC, art. 127 - o juiz pode usar a equidade somente nos casos previstos em lei

Fontes das Obrigações - Art, 4º LICC (desde Justiniano) - 4 fontes:

1-) Contrato
Derivado do direito romano
- antes: apenas convenção
- séc. IV a.C.: convenção c/testemunha -> contrato

2-) Delito
Ato ilícito, sempre doloso, voluntário, intencional, premeditado
Ato de vontade
ex.: reoubo, furto, injúria (insulto, ofensa)

3-) Quase Contrato (lícito)


Não participa o acordo de vontade
Vontade unilateral
CC, art. 1331 - gerente representa o dono da firma, do negócio

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Não existe a presença, a assinatura
O quase contrato é feito pelo representante legal

4-) Quase delito (culposo)


Causa dano involuntário
Ato involuntário
Negligência, imprudência, imperícia

5-) A lei
ex.: obrigação do pai prestar alimentos
responsável responde por seu funcionário

CLASSIFICAÇÃO DAS OBRIGAÇÕES "Limonge França" (+ clássica)

I-) Obrigações consideradas em si mesmas

a-) Em relação ao vínculo (jurídico)


Civil
- na execução "soluti retendio" - direito que o credor tem de reter o que foi pago
(desobrigação de restituir)
- se o devedor não cumpre com sua obrigação recai sobre seu patrimônio (implícito)
- cria relação entre devedor e credor existindo o vínculo jurídico
- o devedor dá e o credor recebe (responsabilidade / obrigação)

Moral
- na execução "soluti retendio" - direito que o credor tem de reter o que foi pago
(desobrigação de restituir)
- dever de consciência (questão de princípios) - sociedade
- a sociedade obriga de um certo modo, mas não há a obrigação jurídica
- ex.: últimos pedidos que não estão em testamento

Natural
- na execução "soluti retendio" - direito que o credor tem de reter o que foi pago
(desobrigação de restituir)
- não há responsabilidade
- examinar o vínculo jurídico - não há o vínculo civil - sem obrigação
- sentido de eqüidade - intrínseco do ser humano
- ex.: dívida de jogo

"A obrigação natural é aquela em que o credor não pode exigir do devedor uma
prestação, embora no caso de seu adimplemento espontâneo ou voluntário possa retê-
lo a título de pagamento e não de liberabilidade".
- Não é obrigação moral
- Não pode exigir prestação
- Se é feita por pessoa capaz, exige pagamento
- Pode exigir legislação específica (antijurídica)
- Pagamento de simples e espontânea vontade
- sem dolo, simulação, fraude, sujeito incapaz (art. 971, CC)
- art. 1477, CC - incapacidade pode gerar devolução
- dívida prescrita - não é moral, é natural (não existe mais a possibilidade da cobrança, mas o
direito não morreu)

b-) Quanto ao seu objeto


. obrigação específica - ex.: o cavalo "Faraó"
. obrigação genérica - objeto não determinado no momento da compra

-1- quanto a sua natureza

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- dar (CC, art. 863 a 877)
. objeto mediato - uma coisa que pode ser certa ou determinada ou incerta e indeterminada
. vale também para restituir ou solver dívida em dinheiro
. ex.: compra e venda / locador e locatário / doador ou depositário

- fazer
- não fazer
- positiva e negativa

- 2 - quanto a sua liquidez


- liquidas
- ilíquidas

c-) Quanto ao modo de execução


- simples / cumulativa
- alternativas
- facultativas

d-) Quanto ao tempo de adimplemento


- momentânea / instantânea
- execução continuada / periódica

e-) Quanto aos elementos acidentais


- pura
- condicional
- modal
- a termo

f-) Pluralidade de Sujeitos


- divisível / indivisível
- solidário

g-) Quanto ao conteúdo


- meio
- resultado
- garantia

II-) Obrigações Reciprocamente Consideradas


- principal
- acessória (segue o principal)
Lícito - art. 50 § 1º ex.: xadrez (habilidade intelectual)
Ilícito - art. 1477 ex. bicho
Permitidos - tolerados - não entra no art. 1477 - o Estado dá permissão de existir
- deixa de ser obrigação natural e passa a ser civil.
- Ex.: os da Caixa Econômica Federal (Mega Sena).
Aposta no Jockey Clube - É também regulado por lei - passa também de Natural para Civil.
Empréstimo para jogar - art. 1478 não é exigível - é obrigação natural (nem antes, nem
durante, nem depois)

Direito Costumeiro
Ex. 1: Gorjeta do garçom -> não tem direito a restituição - obrigação natural(não há lei que exija
que se dê)
Ex. 2: Compra e Venda de Imóvel através de Imobiliária
- 6% -> por lei (se corretor ou imobiliária estiverem registrados no CRECI)
- Se não tiver CRECI não é obrigatório o pagamento.
- Porém, se pago não se pode exigir restituição (obrigação natural)
A Obrigação Natural não conquista vínculo mesmo que o pagamento seja em parcelas,
nem é exigível a restituição das parcelas já pagas.

OBRIGAÇÃO DE DAR

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Depositário FIEL -> art. 1265
- proprietário de imóvel aberto junto com oficial de justiça quando desaparece o locador e o juiz
permite a retomada do imóvel através da emissão de posse. O proprietário (ou o advogado), se
se colocar nesta posição, corre risco de cadeia e multa se não guardar os bens do antigo
locador. (O advogado não deve aceitar ser tal depositário).
Segurado e Segurador -> art. 1432
- pagamento a vista - o segurador quando acionado é obrigado a dar. Comodatário -> art.
1427
- (também rendeiro) o que empresta gratuitamente, normalmente por tempo indeterminado. A
qualquer momento pode pedir a restituição do bem.
Mutuário -> art. 1256
- que faz empréstimo na Caixa Econômica para comprar o imóvel (retira-se o agravo da
hipoteca).

* PONTO PRINCIPAL: ENTREGA DA COISA (OBJETO) -> ENTREGA DO DOMÍNIO OU


DIREITOS REAIS

DIFERENÇAS ENTRE DIREITO PESSOAL E DIREITO REAL

O Direito Pessoal existe quando assumimos uma obrigação - ex.: contrato de compra e
venda de uma casa (pagar e entregar). O contrato não transmite o domínio (posse,
propriedade), para obtê-lo é necessária a tradição, assim se torna Direito Real.
Tradição Real: entrega material da coisa
Tradição Simbólica: não há entrega de objeto em si, mas de coisa equivalente (ex.: ressarcir)
Bem imóvel - só tem direito pessoal e só se dá a tradição de passar para real somente com o
registro (desta data valerá a propriedade). "suis generis" -> tudo o que faz parte de navio e
avião (é considerado um móvel imóvel por seu valor econômico) => há necessidade do registro
para a tradição.

CONSEQÜÊNCIAS

- se o devedor deixa de dar a casa - se ainda não foi feita a tradição - quem está comprando
não pode entrar com ação reivindicatória (ainda não tem direito real).
- o mesmo caso é a escritura (quem responde é o proprietário anterior) este pode entrar com
ação de indenização para ter o dinheiro de volta.

Restituir - art. 869


- A coisa principal é aquela que não tem por finalidade a transferência de propriedade, mas sim
a fluição da posse temporária (emprestar) "haver uma devolução". Ex.: Depositário fiel,
comodatário.
Esbulho - o devedor, vencido o prazo, não devolve ao credor (comete o esbulho). Também
significa apropriação clandestina de propriedade se não tem posse (art. 499 -> 523).
Art. 870 -> culpa -> dinheiro + perdas e danos
Art. 873 -> Trabalho Manual de boa fé - pode haver ressarcimento

BENFEITORIAS

- voluptuárias - de mero deleite - ex.: piscina (pode retirar a melhoria voltando ao estado
natural)
- necessárias - ex.: chão ruindo - teto caindo (obrigado a ressarcir)
- úteis - ex.: construção de garagem, portão eletrônico (não tem como pedir ressarcimento)

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* se agir de má fé: perde os direitos
Frutos - art. 510 a 513
- percebidos - já colhidos (sempre do devedor de boa fé)
- percebiendo - na árvore / no pé
- estante - já colhido e armazenado / separado (para venda ou uso)

* PRINCIPAL DIFERENÇA ENTRE DAR E RESTITUIR:

- está na área processual:


. restituir - pode gerar busca e apreensão (a propriedade ainda é do 1º, não existe a tradição)
. dar - não é possível busca e apreensão, não tem a tradição, não tem direito real, não tem
posse.

Contribuir
- modalidade da obrigação de dar
- art. 277 - mulher - obrigação de contribuir com as despesas do casal (salvo contrato
antenupcial).
- art. 624 - cada condômino é obrigado a contribuir na proporção de sua parte (segue toda a
formalidade da obrigação de dar).
Pecuniárias ou Solver dívida em dinheiro
- o dinheiro é somente um meio (Nnão precisa ser em dinheiro) - soma da obrigação de dar +
juros
Coisa Certa
- vínculo jurídico - o devedor deve dar algo determinado (preciso / individualizado).
- dá ao credor somente direito pessoal, só adquire direito real após pagamento sobre o objeto
- art. 1056 - não pode reivindicar posse, neste caso, apenas perdas e danos

DAR

Antes da tradição
art. 620 - o objeto pertence sempre a quem está vendendo
Após contrair a obrigação
- se o devedor após contrair a obrigação transmite o objeto a terceira pessoa, antes da tradição
não segue o objeto (coisa), apenas a pessoa.
Fraude a credores
- se a venda para terceira pessoa foi feita para fraudar credores (simulação) pode existir ação
pauliana ou revogatória.
art. 863 - "o credor de coisa certa..." (e vice-versa) - se pessoa e objetos determinados, só
pode modificar com acordo entre as partes.
Doação e Pagamento
- Possível a entrega de algo diferente do que foi acordado, através de acordo. Ex.: pagar parte
em dinheiro de modo indireto como imóveis, parte em dinheiro a vista e parte a prazo.
Erro Substancial
- Se o devedor pagar com erro substancial, há repetição (quem paga mal paga duas vezes).
Acessório e Principal
- art. 59 - O acessório segue o principal
- art. 864 - tudo o que for acessório segue o principal - ex.: linha telefônica na casa - não é
acessório
- Exceção de coisa acessória -> hipoteca (valor econômico e estrago social)
Quem compra imóvel transmite como acessório o ônus dos impostos. É importante
garantir-se com certidão negativa. (art. 1137 e 677)
Acrescidos o Direito Real do Uso Fruto
- ex.: cedo o uso fruto da fazenda. O beneficiário tem direito de tirar os frutos, usar tratores, etc.
(utilizar, gozar e tirar proveito).
- pessoas jurídicas: limite: 100 anos
- acessões - acréscimos - o uso frutuário também tem direito.

CONSEQÜÊNCIAS DE PERDA OU DETERIORAÇÃO DE COISA DETERMINADA

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- PERDA - desaparecimento completo da coisa
- DETERIORIZAÇÃO - danos parciais sobre o objeto (diminuição de valor, de parte da
substância).
Sem culpa do devedor
- art. 1127 e 118 - perdido antes da tradição, ou com condição suspensiva: resolve-se por
completo (cessa) a obrigação. O vendedor arca com o prejuízo.
- Já feita a tradição (sem negligência ou fraude) arca quem comprou se for sem culpa.
- Já feita a tradição o objeto se deteriora - o credor pode receber deteriorado, pode não aceitar,
e pode se resolver a determinar entre as partes.
Já pago - restituição
Com culpa do devedor
- Art. 865 - responde pelo valor + perdas e danos (emergentes em dinheiro + lucro cessante)
- Art. 867 - indenização

CÔMODOS
- art. 868 - melhorias nas obrigações
- ex.: se égua fica prenha antes da tradição o potro é do vendedor; se depois, do novo dono.

DIFERENÇA ENTRE DAR COISA CERTA E RESTITUIR

Dar coisa certa


- a coisa pertence ao devedor até o momento da tradição
Restituir
- A coisa já pertencia ao credor que recebe de volta como devolução.

OBRIGAÇÃO DE DAR COISA INCERTA

Prestação indeterminada suscetível de obrigação


Ato de escolha ou de concentração
Indeterminada, mas precisa ser posteriormente determinada
CC, art. 875 - a escolha não pode escolher nem pior, nem melhor - meio termo
CC, art. 874 - definição de dar coisa incerta: a coisa incerta deve ser no mínimo determinável,
isto é, deve-se determinar o gênero (especificação) e a quantidade (numerário).
Ex.: eu darei 100 sacas de café.
Se não for determinado não há a obrigação.
Ex.: Eu darei livros para a UNIP.
Incerteza somente por período transitório até o adimplemento, quando é feita a escolha.
CC, art. 1123 - (sentido unilateral) - as partes estão livres de estipular, na obrigação, quem vai
ter o direito da escolha.
CC, art. 875 - se não estiver estipulado, o devedor faz a escolha.
Se o devedor não faz a escolha, o credor o faz. Este precisa ser citado para tal, terá o
prazo de 48h.
Se nenhum fizer a escolha, o Juiz manda o perito fazer.
A escolha pode ser por sorteio.
A obrigação de dar coisa incerta, após a escolha, passa a ser obrigação de dar coisa
certa (assim, segue os mesmos efeitos da obrigação de dar).

DOUTRINA

CC, art. 876 e 877 -> Até o momento da escolha não se pode falar de culpa do devedor por
força maior ou caso fortuito pois o gênero nunca se perde.
Ex.: Na compra de 100 sacas de arroz.

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- É indiferente dar as 100 primeiras ou as 100 últimas sacas do lote.
- Fazendo a escolha, pode-se escolher as sacas do meio, por exemplo.
- Se chover e perecer as sacas, o credor precisa conseguir novas sacas.
- O credor pode até comprar de 3º a mercadoria a ser entregue ao devedor.
- Se o credor não tiver como dar, deverá prestar indenização + perdas e danos.
W.B.M. - "não é certo o gênero nunca perecer, pode ser limitado ou ilimitado (o 1º pode
se exaurir, o 2º pode conseguir de outra forma). Se é impossível (limitado), o devedor
não pode cobrar do credor perdas e danos, deve ser extinta a obrigação". (Baseado no
Projeto do Novo CC - art. 226)
No momento da escolha passa a ser obrigação de dar coisa certa.

OBRIGAÇÃO DE FAZER (POSITIVA)

Vincula o devedor a prestação de um serviço ou um ato positivo (seu ou de 3º).


Deve ser feito em favor de um credor, ou ainda de uma 3ª pessoa.
Pode ser qualquer ato humano lícito.
Ex.: Prestação de serviço: médico, advogado, marceneiro, costureira, etc.
O trabalho pode ser físico, material, intelectual (não material), de locação (fazer), de renúncia
(ex.: herança), confissão testemunhal, etc.

DAR E FAZER SE INTERCEPTAM (CUIDADO!)

- Ex.1: contratar empreiteira para construção de casa


- DAR: material para construir
- FAZER: obra, construção
- DAR E FAZER: ambos
- Ex.2: compra e venda
- DAR: o vendedor tem a obrigação de dar o imóvel - registro
direitos de evicção (perda total ou parcial do bem imóvel por decisão judicial) ou vícios
redibitórios.
Para fazer a escritura pede-se o registro.
Após lapso de tempo pode aparecer oficial de justiça com ação de despejo, se, por ex., a casa
tivesse sido penhorada ou hipotecada. O novo dono perde por decisão judicial.
- FAZER: o vendedor deve fazer com que estes vícios não recaiam sobre o novo proprietário
Sempre que se compra um imóvel deve ser pedida uma certidão negativa da pessoa
proprietária.
A certidão negativa vale apenas 30 dias.
- Ex.3: Promessa de venda de coisa alheia
- DAR: o carro deve ser entregue ao comprador
- FAZER: o carro 1º deve vir para o nome do vendedor

OBRIGAÇÃO DE FAZER -> GENÉRICA OU PERSONALÍSSIMA

GENÉRICA
- não tem necessidade de ser exatamente pessoa determinada, certa.
- ex.1: pintor de parede, pode mandar seu funcionário.
- ex.2: relojoeiro, pode mandar seu funcionário consertar, o que importa é o relógio consertado.

PERSONALÍSSIMA
- CC, art. 878 - exige exatamente a figura do sujeito contratado, que fez a obrigação.
- Normalmente ocorre com prestadores de serviços.
- ex.: pintor de quadros.

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DIFERENÇA FUNDAMENTAL ENTRE DAR E FAZER

DAR -> dar ou restituir -> tradição


FAZER -> subentende uma ação anterior (trabalho humano) -> não é necessária a tradição
ex.: costureira - costurar um vestido
ex.: pintor - precisa pintar
ASTREINTE
Validade somente se emitida por juiz.
Só existe nas obrigações de fazer e não fazer.
É uma multa com finalidade de forçar o devedor a fazer o que prometeu, antes de reparar
dano.
Ex.: Pintor promete pintar uma sala em uma semana. Se não o faz, o credor pede ao juiz que o
devedor cumpra com o que prometeu. Assim, o devedor é citado, o Juiz decreta (se necessário
com o auxílio de peritos) a astreinte, uma multa diária a partir da data de sua emissão, para
forçar que seja feita a pintura. Se ainda assim não o fizer, o credor poderá entrar com ação
pedindo o pagamento da multa + perdas e danos.
Efeito ex tunc, desde a data que deixou

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