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da Personalidade
inerentes à personalidade (interno) do sujeito
ex.: vida, moral, costumes
II-) D. Patrimonial
direito exercido sobre um bem exterior
- D. Real
se apóia no bem (objeto, matéria, patrimônio)
registro do patrimônio gera o direito "erga omnes" (total, absoluto)
- D. Obrigacional
ato de fé do credor (prestação devida + devedor)
vontade (ilimitada) das duas partes
valor econômico
deve respeitar os Princípios Gerais do Direito
Características do D. Obrigações
2-) Universalidade
o contrato é válido em qualquer lugar, vale para todos os países.
* mandato - procuração
* réu revel - nunca mais poderá se pronunciar num processo (ex.: quando advogado perde
prazo)
- Direito de preferência
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ex.: inquilino com contrato de locação tem preferência sobre a venda do imóvel
Mais importantes: dar, fazer -> positivas / não fazer -> negativa
Quando há impossibilidade:
- completamente impossível: nula a obrigação
- parcialmente impossível: válida (até o momento do adimplemento deve ser sanada)
CC, art. 1091 -> parcialidade
- A prestação deve ser lícita (P.G.D., moral, direito, bons costumes)
ilícito -> injúria, câmbio negro, lenocídio (crime contra os costumes)
- Prestação economicamente apreciável -> valor
exceção (sem valor): CC, art. 231, II - fidelidade entre os cônjuges; art. 384, I - proteção aos
filhos
- Futuras ainda não conhecidas
ex.: pode conseguir ou não pode ser objeto de obrigaçãoherança ignorada
- Vínculo jurídico
Fundamento: obrigação / dever de prestar por parte do devedor direito de exigir por parte do
credor
- Elementos espirituais
Voluntariedade e espontaneidade em qualquer obrigação por lei dado coercitivamente Estado:
processo de execução (existe a obrigação de receber)
CPC, art. 126 - o juiz é obrigado a julgar
CPC, art. 127 - o juiz pode usar a equidade somente nos casos previstos em lei
1-) Contrato
Derivado do direito romano
- antes: apenas convenção
- séc. IV a.C.: convenção c/testemunha -> contrato
2-) Delito
Ato ilícito, sempre doloso, voluntário, intencional, premeditado
Ato de vontade
ex.: reoubo, furto, injúria (insulto, ofensa)
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Não existe a presença, a assinatura
O quase contrato é feito pelo representante legal
5-) A lei
ex.: obrigação do pai prestar alimentos
responsável responde por seu funcionário
Moral
- na execução "soluti retendio" - direito que o credor tem de reter o que foi pago
(desobrigação de restituir)
- dever de consciência (questão de princípios) - sociedade
- a sociedade obriga de um certo modo, mas não há a obrigação jurídica
- ex.: últimos pedidos que não estão em testamento
Natural
- na execução "soluti retendio" - direito que o credor tem de reter o que foi pago
(desobrigação de restituir)
- não há responsabilidade
- examinar o vínculo jurídico - não há o vínculo civil - sem obrigação
- sentido de eqüidade - intrínseco do ser humano
- ex.: dívida de jogo
"A obrigação natural é aquela em que o credor não pode exigir do devedor uma
prestação, embora no caso de seu adimplemento espontâneo ou voluntário possa retê-
lo a título de pagamento e não de liberabilidade".
- Não é obrigação moral
- Não pode exigir prestação
- Se é feita por pessoa capaz, exige pagamento
- Pode exigir legislação específica (antijurídica)
- Pagamento de simples e espontânea vontade
- sem dolo, simulação, fraude, sujeito incapaz (art. 971, CC)
- art. 1477, CC - incapacidade pode gerar devolução
- dívida prescrita - não é moral, é natural (não existe mais a possibilidade da cobrança, mas o
direito não morreu)
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- dar (CC, art. 863 a 877)
. objeto mediato - uma coisa que pode ser certa ou determinada ou incerta e indeterminada
. vale também para restituir ou solver dívida em dinheiro
. ex.: compra e venda / locador e locatário / doador ou depositário
- fazer
- não fazer
- positiva e negativa
Direito Costumeiro
Ex. 1: Gorjeta do garçom -> não tem direito a restituição - obrigação natural(não há lei que exija
que se dê)
Ex. 2: Compra e Venda de Imóvel através de Imobiliária
- 6% -> por lei (se corretor ou imobiliária estiverem registrados no CRECI)
- Se não tiver CRECI não é obrigatório o pagamento.
- Porém, se pago não se pode exigir restituição (obrigação natural)
A Obrigação Natural não conquista vínculo mesmo que o pagamento seja em parcelas,
nem é exigível a restituição das parcelas já pagas.
OBRIGAÇÃO DE DAR
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Depositário FIEL -> art. 1265
- proprietário de imóvel aberto junto com oficial de justiça quando desaparece o locador e o juiz
permite a retomada do imóvel através da emissão de posse. O proprietário (ou o advogado), se
se colocar nesta posição, corre risco de cadeia e multa se não guardar os bens do antigo
locador. (O advogado não deve aceitar ser tal depositário).
Segurado e Segurador -> art. 1432
- pagamento a vista - o segurador quando acionado é obrigado a dar. Comodatário -> art.
1427
- (também rendeiro) o que empresta gratuitamente, normalmente por tempo indeterminado. A
qualquer momento pode pedir a restituição do bem.
Mutuário -> art. 1256
- que faz empréstimo na Caixa Econômica para comprar o imóvel (retira-se o agravo da
hipoteca).
O Direito Pessoal existe quando assumimos uma obrigação - ex.: contrato de compra e
venda de uma casa (pagar e entregar). O contrato não transmite o domínio (posse,
propriedade), para obtê-lo é necessária a tradição, assim se torna Direito Real.
Tradição Real: entrega material da coisa
Tradição Simbólica: não há entrega de objeto em si, mas de coisa equivalente (ex.: ressarcir)
Bem imóvel - só tem direito pessoal e só se dá a tradição de passar para real somente com o
registro (desta data valerá a propriedade). "suis generis" -> tudo o que faz parte de navio e
avião (é considerado um móvel imóvel por seu valor econômico) => há necessidade do registro
para a tradição.
CONSEQÜÊNCIAS
- se o devedor deixa de dar a casa - se ainda não foi feita a tradição - quem está comprando
não pode entrar com ação reivindicatória (ainda não tem direito real).
- o mesmo caso é a escritura (quem responde é o proprietário anterior) este pode entrar com
ação de indenização para ter o dinheiro de volta.
BENFEITORIAS
- voluptuárias - de mero deleite - ex.: piscina (pode retirar a melhoria voltando ao estado
natural)
- necessárias - ex.: chão ruindo - teto caindo (obrigado a ressarcir)
- úteis - ex.: construção de garagem, portão eletrônico (não tem como pedir ressarcimento)
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* se agir de má fé: perde os direitos
Frutos - art. 510 a 513
- percebidos - já colhidos (sempre do devedor de boa fé)
- percebiendo - na árvore / no pé
- estante - já colhido e armazenado / separado (para venda ou uso)
Contribuir
- modalidade da obrigação de dar
- art. 277 - mulher - obrigação de contribuir com as despesas do casal (salvo contrato
antenupcial).
- art. 624 - cada condômino é obrigado a contribuir na proporção de sua parte (segue toda a
formalidade da obrigação de dar).
Pecuniárias ou Solver dívida em dinheiro
- o dinheiro é somente um meio (Nnão precisa ser em dinheiro) - soma da obrigação de dar +
juros
Coisa Certa
- vínculo jurídico - o devedor deve dar algo determinado (preciso / individualizado).
- dá ao credor somente direito pessoal, só adquire direito real após pagamento sobre o objeto
- art. 1056 - não pode reivindicar posse, neste caso, apenas perdas e danos
DAR
Antes da tradição
art. 620 - o objeto pertence sempre a quem está vendendo
Após contrair a obrigação
- se o devedor após contrair a obrigação transmite o objeto a terceira pessoa, antes da tradição
não segue o objeto (coisa), apenas a pessoa.
Fraude a credores
- se a venda para terceira pessoa foi feita para fraudar credores (simulação) pode existir ação
pauliana ou revogatória.
art. 863 - "o credor de coisa certa..." (e vice-versa) - se pessoa e objetos determinados, só
pode modificar com acordo entre as partes.
Doação e Pagamento
- Possível a entrega de algo diferente do que foi acordado, através de acordo. Ex.: pagar parte
em dinheiro de modo indireto como imóveis, parte em dinheiro a vista e parte a prazo.
Erro Substancial
- Se o devedor pagar com erro substancial, há repetição (quem paga mal paga duas vezes).
Acessório e Principal
- art. 59 - O acessório segue o principal
- art. 864 - tudo o que for acessório segue o principal - ex.: linha telefônica na casa - não é
acessório
- Exceção de coisa acessória -> hipoteca (valor econômico e estrago social)
Quem compra imóvel transmite como acessório o ônus dos impostos. É importante
garantir-se com certidão negativa. (art. 1137 e 677)
Acrescidos o Direito Real do Uso Fruto
- ex.: cedo o uso fruto da fazenda. O beneficiário tem direito de tirar os frutos, usar tratores, etc.
(utilizar, gozar e tirar proveito).
- pessoas jurídicas: limite: 100 anos
- acessões - acréscimos - o uso frutuário também tem direito.
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- PERDA - desaparecimento completo da coisa
- DETERIORIZAÇÃO - danos parciais sobre o objeto (diminuição de valor, de parte da
substância).
Sem culpa do devedor
- art. 1127 e 118 - perdido antes da tradição, ou com condição suspensiva: resolve-se por
completo (cessa) a obrigação. O vendedor arca com o prejuízo.
- Já feita a tradição (sem negligência ou fraude) arca quem comprou se for sem culpa.
- Já feita a tradição o objeto se deteriora - o credor pode receber deteriorado, pode não aceitar,
e pode se resolver a determinar entre as partes.
Já pago - restituição
Com culpa do devedor
- Art. 865 - responde pelo valor + perdas e danos (emergentes em dinheiro + lucro cessante)
- Art. 867 - indenização
CÔMODOS
- art. 868 - melhorias nas obrigações
- ex.: se égua fica prenha antes da tradição o potro é do vendedor; se depois, do novo dono.
DOUTRINA
CC, art. 876 e 877 -> Até o momento da escolha não se pode falar de culpa do devedor por
força maior ou caso fortuito pois o gênero nunca se perde.
Ex.: Na compra de 100 sacas de arroz.
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- É indiferente dar as 100 primeiras ou as 100 últimas sacas do lote.
- Fazendo a escolha, pode-se escolher as sacas do meio, por exemplo.
- Se chover e perecer as sacas, o credor precisa conseguir novas sacas.
- O credor pode até comprar de 3º a mercadoria a ser entregue ao devedor.
- Se o credor não tiver como dar, deverá prestar indenização + perdas e danos.
W.B.M. - "não é certo o gênero nunca perecer, pode ser limitado ou ilimitado (o 1º pode
se exaurir, o 2º pode conseguir de outra forma). Se é impossível (limitado), o devedor
não pode cobrar do credor perdas e danos, deve ser extinta a obrigação". (Baseado no
Projeto do Novo CC - art. 226)
No momento da escolha passa a ser obrigação de dar coisa certa.
GENÉRICA
- não tem necessidade de ser exatamente pessoa determinada, certa.
- ex.1: pintor de parede, pode mandar seu funcionário.
- ex.2: relojoeiro, pode mandar seu funcionário consertar, o que importa é o relógio consertado.
PERSONALÍSSIMA
- CC, art. 878 - exige exatamente a figura do sujeito contratado, que fez a obrigação.
- Normalmente ocorre com prestadores de serviços.
- ex.: pintor de quadros.
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DIFERENÇA FUNDAMENTAL ENTRE DAR E FAZER