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Projeto
Acolhendo a
Esperança
Descritivo do Projeto
Projeto Acolhendo a Esperança
Contextualização e Justificativa
As crianças e adolescentes, de 0 a 18 anos, afastados do convívio familiar por meio de medida protetiva de abrigo, em
função de abandono ou cujas famílias ou responsáveis encontrem-se temporariamente impossibilitados de cumprir
sua função de cuidado e proteção, são encaminhados aos serviços de acolhimento. Os mesmos serão mantidos nesses
serviços até que seja viabilizado o retorno ao convívio com a família de origem ou, na sua impossibilidade,
encaminhamento para família substituta, ou mesmo a emancipação quando se completa os 18 anos de idade.
De acordo com a Lei 12.010 (03/08/2009), “o acolhimento institucional e o acolhimento familiar são medidas
provisórias e excepcionais, utilizáveis como forma de transição para reintegração familiar ou, não sendo esta possível,
para colocação em família substituta, não implicando em privação de liberdade”.
Este serviço tem por finalidade “garantir proteção integral a indivíduos em situação de risco pessoal e social, com
vínculos familiares rompidos ou extremamente fragilizados, por meio de serviços que garantam o acolhimento em
ambiente com estrutura física adequada, oferecendo condições de moradia, higiene, salubridade, segurança,
acessibilidade e privacidade. Os serviços também devem assegurar o fortalecimento dos vínculos familiares e/ou
comunitários e o desenvolvimento da autonomia dos usuários”. (MDS/SUAS)
A ADRA, Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais, uma organização privada, não
governamental e sem fins lucrativos, mantém 11 casas de acolhimento (chamadas Casas de Esperança) na capital
mineira, com capacidade para abrigar 165 crianças e adolescentes, de 0 a 18 anos.
Essas Casas de Esperança são mantidas em parceria com a Prefeitura de Belo Horizonte. O município subsidia as
despesas mensais com aluguel dos 11 imóveis, folha de pagamento dos funcionários e alimentação das crianças e
adolescentes acolhidos. A ADRA realiza a administração das casas e arca com as demais despesas financeiras: aquisição
de mobília, melhorias na estrutura física dos imóveis e compra de artigos que são utilizados pelos acolhidos, a exemplo
de vestimentas e demais itens de higiene.
Dentre essas casas, está a Casa de Esperança nº 8, que acolhe adolescentes do sexo feminino entre 13 e 18 anos, casa
esta que é o objeto do Projeto “Acolhendo a Esperança”. Esta casa foi escolhida pois acolhe adolescentes em uma
faixa etária de difícil adoção, para as que não voltam às suas famílias, e que ao completar 18 anos, terão que deixar a
casa e viver por conta própria. São meninas com vínculos familiares enfraquecidos e muitas vezes vítimas de todo tipo
de abuso, que ocasionam problemas emocionais, afetivos e psicológicos profundos.
Apesar dos esforços da ADRA e dos responsáveis pela casa de acolhimento em oferecer o melhor, os custos envolvidos
são elevados e há a necessidade de aumentar a captação de recursos para manutenção da casa e aprimoramento de
seus serviços.
A comunidade do Espaço Novo Tempo de Belo Horizonte, sensibilizada pela importância e situação das casas,
desenvolveu junto com a ADRA o projeto “Acolhendo a Esperança”, visando aprimorar as atividades e serviços
prestados pela Casa de Esperança nº 08.
Objetivos do Projeto
• Desenvolver a autonomia e autoestima das meninas adolescentes moradoras da Casa de Esperança nº08,
administrada pela ADRA;
• Oportunizar aos membros do Espaço Novo Tempo de BH, amigos e comunidade, a participação e engajamento
em uma ação social.
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Projeto Acolhendo a Esperança
Cronograma
Etapas e Atividades
A execução do projeto está dividida em 3 etapas, visando facilitar o desenvolvimento e alcance dos objetivos:
Etapa 1: Realizar intervenções físicas na casa (promover a individualidade das meninas, facilitar o desenvolvimento
das meninas e melhorar o aspecto da casa para que fique o mais próximo de “Lar”);
Atividades:
• Reformar a Despensa;
• Criar o Espaço Conexão que é um espaço (sala) “multiuso” para convivência, lazer, oficinas, estudo, etc.
Atividades:
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Projeto Acolhendo a Esperança
• Aulas de música;
Atividades:
Recursos Necessários
Conforme diagnóstico e levantamento da situação atual da casa, referente a estrutura física, mobiliário e
equipamentos, visando a execução da Etapa 1 do projeto, são necessários os seguintes itens:
Conclusão
As intervenções físicas para adaptar a casa as necessidades das adolescentes e torná-la aconchegante como um Lar,
associadas as ações de desenvolvimento pessoal e coletivo, espera-se um considerável impacto social positivo a curto,
médio e longo prazo.
Um espaço adequado que respeite as individualidades, proporcione o convívio harmônico e que dê condições para a
realização das atividades diárias e serviços complementares com maior eficácia garante um ambiente de
aprendizagem e crescimento pessoal com alto potencial de resultados positivos na vida das adolescentes.
O projeto entende que o cidadão do amanhã está sendo formado hoje, e no caso das adolescentes é necessário em
primeiro lugar quebrar o ciclo da violência e da vitimização e reconstruir um “novo eu”. Um “novo eu” que seja e se
sinta capaz de viver em um mundo cheio de complexidade, mas possível de vivê-lo com ética e moral, com autonomia
e produzindo, com educação e formação profissional, com afeto e confiança, com respeito próprio e respeito ao
próximo. Assim teremos a cidadã do Amanhã.
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Projeto Acolhendo a Esperança
A execução do Projeto “Acolhendo a Esperança” sendo exitosa poderá ser replicado em outras casas de acolhimento,
observando as particularidades de cada uma.
“Se, na verdade, não estou no mundo para simplesmente a ele me adaptar, mas para transformá-lo; se não é possível
mudá-lo sem um certo sonho ou projeto de mundo, devo usar toda possibilidade que tenha para não apenas falar de
minha utopia, mas participar de práticas com ela coerentes. ” Paulo Freire
Contatos
ADRA, Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais, uma organização privada, não governamental e sem fins
lucrativos de objetivos assistenciais, beneficentes e filantrópicos, que executa projetos de desenvolvimento comunitário e de
assistência humanitária sem qualquer distinção política, racial, religiosa, de idade, sexo ou de etnia. Com presença em 130 países,
a ADRA faz parte do conselho consultivo de desenvolvimento da ONU.