Você está na página 1de 9

Universidade de Brasília

Disciplina: Física 3 Experimental - Turma A


Professor: Leonardo Luís e Castro

Experimento 4 – Ponte de Wheatstone e Campos Eletrostáticos

Alunos:

Lorena Nunes de Macena 13/0121142


Gabriel Carvalho Albuquerque Cunha 13/0111066
Jorge Matheus Ribeiro Santos 13/0011444

Brasília 14/09/2018
1. Objetivo

Tem-se como objetivo do experimento o estudo dos equilíbrios de tensão a fim de


verificar um valor de resistência elétrica desconhecido no circuito. Além disso, busca-se
visualizar as equipotenciais e as linhas de campo eletrostáticas.

2. Introdução teórica

A Ponte de Wheatstone é um circuito em forma de losango constituído por resistores


associados com um galvanômetro e alimentados por uma fonte de tensão, e destinado a medir
resistências. A ponte de Wheatstone é considerada em equilíbrio quando o galvanômetro não
acusar corrente.
ig = 0

Figura 1 - Representação da Ponte de Wheatstone


Fonte : FATEC-SP
Sabendo que Vb=Vc, Vb=Va-Vb e Vc=Va-Vc. de forma análoga , são obtidas expressões
em relação ao nó D. Ao final das manipulações algébricas, e conhecidos os valores de R3 e de R4
e ajustando o reostato R2 para a condição de equilíbrio, pode-se determinar o valor de Rx (
incógnita). A expressão pode ser dada por :

Rx = ( R2/ R1) * R3
( Resistência desconhecida - Rx)

O campo elétrico é o campo de força provocado pela ação de cargas elétricas (elétrons,
prótons ou íons) ou por sistemas delas, surge da simples existência de uma carga elétrica numa
região qualquer do espaço. Essa carga tem a capacidade de modificar algumas propriedades dos
pontos do espaço ao seu redor. O campo parte da carga positiva em direção a carga negativa. A
grandeza escalar que representa o campo elétrico (grandeza vetorial) é chamada de potencial
elétrico. O potencial elétrico pode ser calculado por :

Uma superfície é equipotencial quando, numa região de campo elétrico, todos os seus
pontos apresentam o mesmo potencial.

3. Materiais utilizados

❖ 1 multímetro;
❖ 1 fonte controladora de tensão/corrente;
❖ 1 resistor de proteção 1KΩ, 15W;
❖ 1 placa com diversos resistores de resistência desconhecida;
❖ Resistores com valores de resistência a serem verificados;
❖ 1 régua graduada de 1000 mm com fio e contato móvel;
❖ Fios;
❖ 1 reostato;
❖ 1 cuba eletrolítica;
❖ 2 pares de eletrodos com geometrias distintas;
❖ 1 suporte com contato e marcador;
❖ 1 papel milimetrado.

4. Resultados e análises

A) Ponte de Wheatstone

Foi montado inicialmente o circuito proposto no roteiro como indica a Figura 2.

Figura 2 - Ponte de Wheatstone


Fonte : Roteiro

A régua graduada é munida de um fio com seção reta uniforme e resistividade constante.
O contato móvel define, portanto, duas resistências (R1 e R2) que podem assumir valores
variáveis conforme mudamos sua posição na régua e R3 e R4 são conhecidas. Os resistores R1 e
R2 são definidos de uma das extremidades do fio até a posição do contato móvel. Portanto:

R x = (L2/ L1) * R3

A finalidade dessa etapa é obter valores para Rx ao se modificar o sistema. A


representação do modelo é ilustrada pela Figura 3.
Figura 3 - Montagem do Experimento Ponte de Wheatstone
Fonte : Roteiro

O experimento foi realizado para 6 resistores diferentes (a placa do laboratório


identificava com um número de 1 a 6, indicando qual estava sendo utilizada) e os valores de l1, l2
e Rx (utilizando a fórmula apresentada) e R3 = 1 kΩ obtidos estão representados na tabela a
seguir:

Tabela 1: Resultados obtidos

B) Campos eletrostáticos

O sistema da segunda parte do experimento consistia em dois eletrodos imersos em uma


cuba d’água cujo fundo havia uma folha de papel milimetrado plastificado. Além dos eletrodos, o
circuito possuia um reostato, variando de 0 a 100 ohms, e um amperímetro entre o reostato e a
cuba, enquanto era alimentado por uma tensão de 20 V.
Procurou-se pontos no sistema em que a corrente fosse a mesma, variando a posição da
ponta do amperímetro. Com todos os pontos, foi traçado a primeira equipotencial do sistema.
Esse procedimento foi repetido para outro valores tomando-se outros pontos de partida, de modo
a obter novas equipotenciais. Logo após, foram inseridos “obstáculos” entre os eletrodos para que
fosse observada a distorção causada nas equipotenciais. Como “obstáculos” foram utilizados:
disco espesso de madeira, aro condutor de aço e plástico isolante.
Neste experimento, pontos em que a corrente fosse nula (iA = 0) foram encontrados na
cuba. Para estes pontos, pode-se afirmar que não há diferença de potencial. Com um conjunto de
pontos localizados, para um mesmo valor de tensão, compõe-se a equipotencial. Nas situações de
equipotencial, é possível encontrar as linhas de campo, pois estas são sempre perpendiculares às
superfícies equipotenciais. O mapeamento das linhas do campo magnético fornece informações
acerca da intensidade de uma possível interação entre dois objetos magnetizados, quanto mais
próximas estiverem as linhas do campo magnético, mais intensa será a interação com outro objeto
magnetizado colocado nesta região.
A representação é mostrada na Figura 4, a seguir:
Figura 4 - Representação das linhas equipotenciais e das linhas de campo para cada um
dos materiais
Fonte : Autores

Legenda para as linhas de campo:

- Rosa: Linhas sem nenhuma interferência;


- Amarelo: Aro condutor de aço;
- Verde: Plástico isolante;
- Preto: Madeira isolante.

● Sem interferência:

Dado que quanto mais próximas estiverem as linhas do campo magnético, mais intensa
será a interação com outro objeto magnetizado. Colocado nesta região, é possível verificar que no
caso da situação sem interferência as linhas de campo são as mais espaçadas umas das outras.
● Aro de aço condutor:

Dos materiais utilizados no experimento o aço, por apresentar características metálicas (


maior probabilidade de ter elétrons livres), é o que gera linhas de campo mais próximas, logo
apresenta maior interação.

● Madeira isolante

A madeira é o material mais isolante de todos os utilizados no experimento, devido suas


características orgânicas. Apresenta a menor quantidade de linhas de campo e com um
espaçamento razoável entre elas.

● Plástico isolante

Quanto ao plástico, apresenta maior interferência que a madeira, estando suas linhas de
campo mais próximas que a daquela.

5. Conclusão

Conclui-se que a ponte de Wheatstone é um experimento importante para o cálculo de


resistências desconhecidas. Com a utilização de resistências paralelas e aplicando as leis
fundamentais da eletrodinâmica, pode-se encontrar resistências desconhecidas com grau de
incerteza consideravelmente baixo.
Na segunda parte do experimento, foi possível identificar experimentalmente como estão
dispostas as linhas de campo e o campo elétrico de um conjunto de cargas a partir das superfícies
equipotenciais.

6. Referências

HALLIDAY, D. & RESNICK, R. Fundamentos de Física – 3 –Eletromagnetismo. 8.


ed. Rio de Janeiro: LTC, 2009;
Roteiro do experimento.

Você também pode gostar