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CONVIVENDO COM UMA DECISÃO ERRADA – Ez 33.

30-33 Js 9

“Quanto a ti, ó filho do homem, teus paisanos estão comentando sobre a tua
pessoa perto dos muros e junto às portas das casas, dizendo uns aos
outros: ‘Vinde ouvir a mensagem que vem da parte do SENHOR!’ 31 O meu
povo vem a ti, como costuma fazer, e se assenta para ouvir a tua pregação,
mas não coloca a Palavra em prática. Com a boca eles chegam a expressar
louvor e devoção, mas o coração dessa gente dá mais importância ao lucro,
estão ávidos por ganhos injustos. 32 Para este povo o profeta se assemelha
a um poeta ou cantor romântico que entoa cânticos de amor com bela voz e
toca seu instrumento musical virtuosamente; porquanto eles ouvem as tuas
palavras, mas, de fato, não as colocam em prática em suas próprias vidas. 33
Assim, quando tudo isso acontecer – e em verdade breve estará ocorrendo –
todo esse povo compreenderá que um verdadeiro profeta de Deus esteve
pregando entre eles!” ”

Creio que todos que aqui estamos, já tomamos decisões das quais nos
arrependemos. Seja comprar um vestido ou uma camisa e chegando em casa
descobrir que não gostou dele, mas o comprou por impulso. E acabou doando.
Nesse caso é uma compra errada, mas o prejuízo não é tão imenso, não tem
graves consequências. Se todas as nossas decisões erradas fossem assim fáceis
de resolver, que bom seria.

Mas, se você compra um apartamento ou terreno e depois percebe que não


tem condições, de dispor do valor, para continuar pagando as prestações, a coisa
já fica mais séria, pois uma doação não resolve. Ou se você tomar um empréstimo
para investir num negócio e o negócio der pra trás.

Essa é uma decisão séria, mas não tão séria como casar com a pessoa
errada. Por exemplo uma cristã casa com um não cristão e descobre que os
valores e princípios dele são conflitantes com os dela. Isso vai gerar muitos
desgastes e problemas de ajustamento. Pode até acontecer de ambos serem
cristãos mas existir incompatibilidade, Seis meses depois da cerimônia, nenhum
dos dois sabe dizer porque se casaram.

O número de más decisões, é sem fim. Algumas mais sérias e complexas,


outras nem tanto. E todos já tomamos decisões insensatas. O que fazer com essas
decisões.

Veremos nesta noite, que até Josué tomou uma decisão precipitada. Assim
que o seu povo entrou na terra prometida, ele experienciou uma série de vitórias.
Várias tribos se juntaram para lutar contra ele mas caíram diante de suas
estratégias militares. Graças à fidelidade de Deus, ele conseguiu alcançar os
objetivos e vitórias.

Mas, um determinado povo decidiu usar uma estratégia para salvar a pele.
Escolheu enganar Josué, enviando uma comitiva, para fazer ele acreditar que
vinham de um país distante, tratando logo de fazer uma aliança de paz com eles.
Obvio que esse povo sabia que Deus tinha proibido os israelitas de fazerem
aliança com a população de Canaã Ex 23.31-33 “Fixarei as tuas fronteiras desde
o mar Vermelho até o mar dos filisteus, o Mediterrâneo, e desde o deserto até
o Rio, o Eufrates. Entregarei nas tuas mãos os habitantes da terra, para que
os expulses de diante de ti. 32 Não farás aliança nenhuma com esses povos,
nem com seus deuses. 33 Não permitas que esses povos habitem na terra
que te pertence, caso contrário eles te levarão a pecar contra mim, porquanto
prestar qualquer culto aos deuses deles se constituirá numa cilada para te
destruir!”. Assim, se essa comitiva fizesse com que Josué acreditasse que eram
de outro país, ele poderia cair na armadilha. Pois, existindo um acordo, o povo
seria poupado.

Hoje, o príncipe desse século, faz o mesmo conosco. Muitas vezes ele age
como um leão rugindo; outras vezes, astuto como uma serpente. Como último
recurso, ele propõe, falsamente, um acordo de paz, com a expectativa de que
sejamos presos pela própria corrente. Ele quer que tomemos a decisão de não
voltar atrás, não nos arrependermos e assim sermos prisioneiros de nós mesmos,
de nossa mente e nossas convicções. Essa é a melhor estratégia e ferramenta de
satanás, imprimir orgulho em nosso coração.

Vamos perceber, como as trevas atuam. Como desenvolve seus planos.


Leiamos Josué 9

A ARMADILHA É POSICIONADA
Quando os homens se aproximaram de Josué, já tinham um discurso pronto
“Então se dirigiram a Josué, no acampamento de Guilgal, e rogaram aos homens
de Israel: Js 9.6 - “Viemos de uma terra distante; fazei, pois, uma aliança
conosco!”. Assim. Eles conseguiram enganar Josué, mentindo sobre as suas
origens. Eles nos fazem lembrar como as trevas fazem uso de discursos
parecidos, fingindo que as propostas vêm de Deus. E, alguns, conseguem ser
enganados a ponto de admitirem ter ouvido vozes que lhes deu orientação.
Aprendam a conferir a fonte de tais revelações. Eu carrego em meu peito marcas,
não feridas, de situações que vivenciei por conta de pessoas que ouviram
profetadas sobre mim e se sentiram no direito de consertar a minha vida, quando
na verdade o que ouviram e ainda ouvem tem uma origem maligna. Não é porque
as pessoas falam coisas agradáveis, ou usam textos bíblicos e, se dizem profetas
que devemos acatar a fonte das informações como oriundas do trono de Deus.
Amados, lembrem bem disso, Satanás, também, citou a Palavra quando tentou
nosso Mestre, ele procurou enganar o Filho do Deus Vivo.

Muita gente está desviada dos caminhos do Senhor, outros vivem cheios de
medos e provocam feridas, por terem sido de maneira cruel e maligna mal
orientados por professores, conselheiros, missionários, profetas, irmãos, pastores
que diziam, estar trazendo, “recado de Deus”, falam em nome de Deus. Mas, a
fonte de tais informações deve ser melhor avaliada, visto que o número de fraudes
é altíssimo.
Os gibeonitas também mentiram sobre as suas intenções. Eles disseram a
Josué que desejavam um acordo porque haviam ouvido falar das maravilhas do
Senhor Deus (v. 9). Deram a impressão de que desejavam assim, honrar a Deus.

Talvez todos já tenham ouvido o ditado “se você não pode vencer, se junte
a eles.”. E isso, é perigoso, não faça acordos, sem a anuência de Deus. Muitos
tem feito acordo com o pecado, crendo que e capaz de controlar a extensão do
envolvimento e assim evitar as consequências. Mas, se concordar com o pecado,
um dia será enredado nele.

Sempre que o povo de Deus fez alianças com outras nações, Deus os puniu
permitindo que fossem enredados pelos que fizeram acordo.

O pecado que você brinca com ele, no fim se fará uma armadilha que te
ferirá.

A ISCA É ESCOLHIDA
Percebam, nos v. 9 e 11, que os gibeonitas apelaram para o orgulho de
Josué. Fingiram querer se tornar seus servos. Eles o honraram, e ele ficou
vulnerável. “9 E eles declararam: “Teus servos vêm de uma terra muito
distante, devido à fama de Yahweh teu Deus, pois que também ouvimos falar
dele, de tudo quanto realizou no Egito 11 Então os nossos anciãos e todos
os habitantes da nossa terra nos recomendaram: ‘Tomai provisões para a
viagem, ide ao encontro deles e declarai-lhes: Somos teus servos, fazei, pois,
um pacto de paz conosco! ” Eles aqui, fingem reconhecer de maneira humilde,
que Josué era um servo do Deus Altíssimo, dizendo que também queriam adorar o
Deus verdadeiro. Tentaram fazer Josué ver as vantagens de proclamar a aliança
com eles. Sendo seus servos, a vida de vocês ficará mais fácil. Usaram a
estratégia das trevas, que disse a Eva, se ela aceitasse sua sugestão, seria “como
Deus conhecendo o bem e o mal”.

Satanás, sempre nos leva a refletir que a sua sugestão e para o nosso vem.
“você merece um pouco de prazer” ele diz a uma pessoa que pensa numa relação
sexual ilícita. Micareta legal sem dinheiro, robe um celular a pessoa pode comprar
outro e você não.

Como atitude final de humildade, os gibeonitas convidaram Josué para


inspecionar seu pão e suas roupas. Dessa maneira, Josué poderia ver e sentir a
verdade das palavras daqueles homens.

A ARMADILHA É ENGATILHADA
Josué pegou o pão com as próprias mãos, ele viu os odres velhos e as
sandálias gastas. De maneira bastante sinistra nós lemos que: (v. 14,15) “Os
israelitas decidiram examinar e provar os alimentos dos heveus, entretanto
não pediram o conselho do SENHOR. 15 Então Josué celebrou uma aliança
de paz com eles, garantindo poupar-lhes a vida, e os líderes da comunidade
israelita confirmaram este juramento. ”.
Porque Josué caiu na armadilha do inimigo? Para começar, ele agiu
baseado na evidência superficial. A observação humana, nunca será capaz de nos
apresentar um diagnóstico apropriado de uma situação. Na verdade, o que parecia
óbvio era complexo. Algo escondido escapou dos atentos olhos humanos de um
estrategista militar.

Muita raramente, uma situação é o que aparenta ser. Somente Deus que vê
além dos disfarces, é capaz de nos guiar nas decisões da vida.

Até sexta à noite, guardava em meu coração seis situações complexas que
me feriram, mas as feridas foram curadas, só ficaram as marcas E AS
CONSEQUÊNCIAS. Hoje posso afirmar que só restam cinco. Não quero aqui
entrar no mérito acusatório ou avaliativo da pessoa ser ou não cristã. Mas só
relatar um fato interessante e complexo. Os irmãos lembram do acidente que sofri.
- Melk. Deus nos poupou uma perda.

Amados, quando interpretamos a situação, de acordo com a observação


humana, a possibilidade de erro é grande. Raramente algo é o que parece ser.
Esta é a razão pela qual devemos buscar a Deus, mesmo nos detalhes pequenos
da vida.

Outro fator importante é que segundo o (v. 14b) “entretanto não pediram o
conselho do SENHOR.”. Josué não orou. Isso, não pelo fato de ele ser carnal ou
rebelde. Josué andava com Deus, obedecia ao máximo de sua capacidade.

Ele não buscou a Deus, porque para ele a sua decisão parecia ser a certa,
tão convicto e tão óbvia. Não vou incomodar a Deus nesse assunto, é algo que
posso resolver. Se as batalhas vão bem, não há motivos para depender de Deus
em uma decisão tão pequena e tão rotineira.

Constantemente erramos exatamente porque fazemos aquilo que para nós


parece ser o certo, o obvio. Ou, talvez, não consultemos a Deus porque temos
medo de que Ele diga NÃO a algo que desejamos de maneira desesperada.
Muitas decisões que tomamos nos conduzem a uma vida de arrependimento e
fracasso.

Não demorou muito. Três dias depois, Josué descobre que os gibeonitas
moravam apenas a alguns quilômetros dali (v. 16) “Aconteceu que, três dias
depois de fazerem acordo com eles, descobriram que eram um povo vizinho,
que vivia nas proximidades do arraial de Israel.”.

Josué se arrependeu profundamente do seu juramento de paz, mas não


podia voltar atrás. Hoje se contrata advogado e se quebra acordo, naqueles dias
isso não era comum. Pelo contrário, a pessoa respeitada, era aquela que
“mantinha sua palavra mesmo sendo prejudicado.” (Sl 15.4). Se tinha prometido
não podia voltar atrás.
Quantas pessoas você conhece que faz promessas, arrepende-se, mas
mesmo assim a mantêm? Pense em quantas vezes nós quebramos nossas
promessas porque não era conveniente a manutenção delas? Abençoado é quem
mantém a sua palavra, mesmo quando é prejudicado, e cumpre os termos do
acordo que foi feito.

A pergunta é: É JUSTO QUEBRAR UM JURAMENTO? A resposta SIM.


Somente em uma situaçõeo. Se esse juramento foi feito com satanás. Ai sim, ele
deve ser quebrado de imediato. A razão é satanás não ter direito sobre ninguém.
Portanto te digo que, qualquer acordo com ele não é legítimo. Você só pode
vender o que lhe pertence, e Deus, não satanás, é o dono de toda a humanidade,
inclusive de sua vida.

Com essa decisão Deus se alegra. Ec 5.4,5. Josué recebeu crédito eterno
da parte de Deus, pois ele nunca voltou atrás em suas palavras, honrou o acordo.
Os gibeonitas estavam ali para ficar.

CONVIVER COM AS CONSEQUÊNCIAS


Quais foram as consequências dessa decisão? Os gibeonitas foram
amaldiçoados por Josué, mas o Deus de toda graça escolheu misturar alguma
benção com a maldição. Nosso Deus, nunca fica no prejuízo quando confrontado
com as nossas tolices. Ele sempre toma uma situação extremamente difícil e a
transforma em bençãos. Toda nuvem tem seu lado bom, e toda roseira cheia de
espinhos, sua rosa.

Não temos dúvidas do arrependimento de Josué, por ter se deixado enganar


e fazer o acordo. Os gibeonitas se tornaram o espinho na carne de Josué. Mesmo
Deus usando do episódio para benção, as consequências da precipitação estavam
presentes.

CONCLUSÃO

Como a graça de Deus atuou em uma decisão insensata para a transformou o


benção?

Primeiro – Os gibeonitas ajudaram na adoração a Deus – v.23 “Agora,


pois, sois malditos e jamais cessareis de ser escravos, trabalhando de sol a
sol como rachadores de lenha e carregadores de água na casa do meu
Deus!” ” - eles foram condenados a se tornar servos, mas executariam essa
função no Templo de Deus. Veriam as cerimônias de adoração, ajudariam os
israelitas a reconhecer o Único e verdadeiro Deus.

Mesmo o mais humilde serviço feito para suporte na adoração a Deus é


abençoado com dignidade.
Segundo – Os gibeonitas estabeleceram um contexto para o poder de
Deus – 10.3-5 – reis se juntaram contra os gibeonitas, todos reconheceram a
história de como o Sol parou em resposta à oração de Josué. E, essa batalha em
que o sol parou, aconteceu em função de Josué ter se comprometido em defender
os gibeonitas (10.12-14).

Terceiro – Os gibeonitas demonstraram a graça de Deus. - Com o passar


dos anos eles receberam novas responsabilidades.

Nunca devemos subestimar a habilidade de Deus em transformar uma


maldiuçlão em benção. Ele pode tomar o sofrimento e transformar em glória,
colocando alegria em meio ao sofrimento.

Talvez seja mais fácil conviver com uma decisão que tenhamos tomado
precipitadamente do que aceitar as decisões destrutivas que outros fizeram contra
nós. Quando alguém arruína nossa vida, é difícil enxergar o lado bom no lado
escuro da nuvem. Mesmo assim, o dedo de Deus pode ser contemplado.

Deus tem planos até na vida de quem nós achamos que não deveria ter
nascido. Portanto, tendo sido a decisão ruim de nossa parte ou da parte de outros,
Deus é bom e capaz de achar um lugar para nós dentro do grande círculo de seu
infinito amor e graça.

Josué aprendeu, e todos devemos aprender, Deus é maior que os erros que
cometemos. Abençoados todos os que podem ver as estrelas e a potente mão de
Deus na noite mais escura de sua alma.

Oremos.

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