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Ao assistirmos uma corrida de Fórmula 1, não

notamos os desafios logísticos de levar todos os


carros, equipamentos e pessoas ao redor do
mundo. Nesse ano de 2010, o calendário da F1
contém 19 corridas e as equipes viajam por 3
continentes.

Há 20 anos, a DHL é a empresa responsável pelo processo logístico das corridas,


coordenando durante toda a temporada o transporte por ar, terra e mar dos
motores, pneus, combustível, peças reservas e de reposição, os equipamentos de
precisão e, até mesmo, a infra-estrutura da área vip das corridas, o chamado
“Paddock Club” VIP – num total de 300 toneladas cúbicas de itens.

Muito antes do barulho dos motores, a DHL e os


especialistas em logística estão trabalhando nos
bastidores para garantir que todo o equipamento
seja entregue para a corrida. Mesmo trabalhando
com um cronograma apertado a DHL, em seus
25 anos de experiência em automobilismo,
oferece uma ampla variedade de soluções de
logística para a Fórmula 1, incluindo frete e
entregas expressas. O desafio logístico em organizar um Grande Prêmio de
Automobilismo é muito grande, considerando-se que apenas um motor é composto
por 5.000 peças individuais.

Anualmente, ao término do mês de janeiro, uma equipe de 20 profissionais


especializados, locada em escritórios DHL na Itália e Inglaterra, elabora e executa o
plano de transporte de todos os equipamentos, que inclui catalogação, embalagem,
transporte e entrega dos itens em cada local de corrida. Para isso, a empresa faz
uso de aviões, navios, caminhões e até containeres refrigerados, quando
necessário. Organização, precisão e agilidade, características que diferenciam a

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DHL no mercado, são colocadas a serviço da Fórmula 1.

Os equipamentos transportados pelo modal aéreo vão em 120 baús e contêineres,


contendo 32 toneladas de equipamentos por equipe (este ano existem 12 equipes
competindo). Utilizam-se também, para peças menos críticas, navios com
aproximadamente 10 toneladas de peças.

As peças essenciais, como os carros, motores e algumas peças de reposição são


transportadas em um avião fretado pela companhia que gerencia a Fórmula 1
(FOM), um cargueiro 747. Ela leva as peças para os circuitos a partir de Londres
(Inglaterra) ou Munique (Alemanha).

Caso sejam necessárias peças de reposição, a DHL utiliza sua rede global para
retirar e entregar esses itens de uma cidade a outra ou até mesmo de um continente
a outro em 24 horas. Além disso, a tecnologia da
logística da DHL permite que as equipes de Fórmula
1 – saibam para onde a sua carga está indo e em
qual ponto do trajeto em determinado momento.

Incluie-se a essa logística um completo Centro de


Comunicações, sempre pelo modal rodoviário,
usando uma frota de até 24 caminhões. Em uma corrida típica cada equipe leva em
média 44 computadores e 100 rádios comunicadores. Só para ligar os
computadores em rede são usados meio quilômetro de cabos de dados e 300 km de
cabos de força por equipe, já que precisam ter uma conexão segura com a fábrica,
enviando dados de telemetria em tempo real, para que os engenheiros possam
ajustar o carro durante a corrida.

Para dar uma idéia da quantidade de equipamentos, o checklist da maioria das


equipes tem mais de 80 páginas, incluindo desde 3 carros, meia dúzia de motores,
mais de 10 mil peças diferentes, 3mil garrafinhas d’água para a equipe e convidados
e até guardanapos! . São necessários cases especiais, pois cada peça tem um local

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específico, já que a equipe não pode perder tempo procurando determinada
ferramenta.

No prazo de 48h logo após o término de cada corrida, todas as peças e materiais
são embalados e recolhidos entre segunda e terça-feira de manhã, seguindo
imediatamente para a próxima etapa.

Ser responsável pela logística da F1 significa também garantir a segurança do


transporte e manter o sigilo no acesso aos equipamentos e tecnologias secretas,
adotadas por cada equipe. A DHL também se dispõe a conhecer e observar as
peculiaridades legais e regionais de cada país onde acontece um Grande Prêmio,
de forma que a legislação e os processos de importação e exportação locais não
interfiram na pontualidade, (drawback)

A DHL assume inclusive o transporte dos carros e do combustível especial usado


nas corridas.

Perfil- A DHL é líder no mercado global de


logística e entrega expressa internacional,
especializada em fornecer soluções
inovadoras e personalizadas a seus clientes. A
DHL oferece serviços e experiência em frete
expresso, aéreo e marítimo, transporte
terrestre, soluções de logística, bem como
serviços postais internacionais, aliados à
cobertura mundial e profundo conhecimento
dos mercados locais. A rede internacional da
DHL conecta mais de 220 países e territórios no mundo todo. Mais de 310 mil
funcionários se dedicam a prestar serviços com agilidade e confiança que superam
as expectativas dos clientes. A DHL faz parte do Deutsche Post DHL. O Grupo teve
receita de mais de 644 milhões de euros em 2009.

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No entanto, não apenas de peças e carros são feitas as corridas. Elas são feitas
principalmente pelos mecânicos, chefes de equipe e pilotos. Nas corridas européias
as equipes contam com mais de 130 pessoas em cada GP, enquanto que nas
provas fora da Europa este número é reduzido para aproximadamente 90 pessoas.

Garantir que todos possam chegar ao destino também é complexo: num ano são
mais de 7000 viagens para organizar, comprando passagens aéreas, hotéis e vistos.
Nem todos viajam juntos, alguns chegam alguns
dias antes dos outros, e é preciso coordenar
eficientemente as necessidades de vistos para
diferentes nacionalidades.

Quando se viaja tanto, a obteção do visto pode


tornar-se um desafio: para a China, por exemplo, o
visto deve ser solicitado com antecedência máxima de 2 meses, e é um processo
que dura 3 dias. Obter os passaportes de 90 ou 100 pessoas disponíveis por 3 dias
sem que ninguém esteja viajando neste período é só mais um desafio logístico
enfrentado pelos organizadores.

Garantir que todos terão seus uniformes é outro desafio. São mais de 200 pessoas
que se revezam nessas viagens, e cada uma delas precisa de algum uniforme
específico ou diferente.

No início da temporada é prevista a produção de mais de 600 camisetas, todas


personalizadas com o nome do dono. Além disso, cada piloto usa em torno de 25
macacões no ano, além das roupas dos patrocinadores para eventos. Mecânicos
que trabalham nos pit stops usam em torno de 50 macacões a prova de fogo.

Antes de cada viagem, cada pessoa recebe seu kit, para que a equipe tenha uma
identidade visual fixa.

Uma vez dada a bandeirada final, a logística da corrida começa novamente. A

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equipe de automobilismo da DHL garante que todas as mercadorias sejam
encaminhadas à sede das equipes de Fórmula 1 ou para o próximo Grande Prêmio,

A logística da última corrida da temporada 2010.

Brasil --> Abu Dhabi

Além de toda a logística exposta anteriormente,


incluirá e esta o transporte dos integrantes das
equipes, dirigentes, jornalistas e convidados
por dois voos especiais que farão o trânsito
entre São Paulo e Abu Dhabi, partindo do
Aeroporto Internacional de Guarulhos na
madrugada de segunda-feira, 8 de novembro,
poucas horas depois da realização da prova,
que acontecerá no domingo.

A TAM Viagens será a responsável pelo transporte dos passageiros para os


Emirados Árabes. Duas aeronaves — um A340 e um A330 — serão disponibilizados
para a comitiva que fará o trajeto entre a capital paulista e Abu Dhabi, num tempo
de voo total de aproximadamente 15 horas.

Já o transporte dos equipamentos, com peso estimado em 900 t, será objeto de


atenção por parte da organização da prova. Haverá um novo sistema de
desmontagem das estruturas no autódromo e o embarque será efetuado no
aeroporto de Viracopos, em Campinas, com o auxílio de empresas especializadas
em transporte de grandes quantidades de carga.

Ao contrário dos anos anteriores, os equipamentos das equipes nos boxes, e a


estrutura das emissoras internacionais de televisão serão desmontados de maneira

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simultânea logo após o encerramento da prova. A rapidez no procedimento deve-se
ao fato de que os primeiros voos sairão de Viracopos no início da manhã do próximo
dia do final do GP Brasil.

Para que o planejamento seja bem sucedido, será necessário o dobro de caminhões
em relação ao ano passado, e o número de carregadores também deverá dobrar.

bibliografia:
http://www.logisticadescomplicada.com/a-logistica-da-formula-1/
http://www.yourdiscovery.com/video/anatomy-of-a-f1-team-logistical-challenge/
http://infologis.blogspot.com/2010/06/dhl-e-o-operador-oficial-de-logistica.html
http://aeroblogbrasil.blogspot.com/2008/10/dhl-e-logstica-da-frmula-1.html
http://www.gpexpert.com.br/2010/09/logistica-da-f1.html
http://blogs.abril.com.br/cliqdext/2010/04/logistica-formula-1.html
http://dhl.com

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