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INSTRUCTIVA TREINAMENTOS EAD

Defeitos causados
por sensores de
temperatura em
autoclaves

e-BOOK
TUDO SOBRE O
EBOOK

É muito importante sabermos como funcionam os sensores, suas

vantagens e desvantagens, o seu tipo de coeficiente, como ele se

comporta, quais os seus limites e principalmente, por se tratar de

uma variação de resistência, saber de seus valores ôhmicos. Além,

claro, de saber muito bem como cada sensor funciona.

Um ponto muito importante que o técnico deve definir é se esse

sensor tem um coeficiente positivo ou negativo em relação a

temperaturas e resistências, ou seja, como estas se relacionam.


COEFICIENTE
O coeficiente determina a relação entre a variação de temperatura e o

comportamento da resistência do sensor.

NEGATIVO OU Coeficiente Positivo


POSITIVO ? Um sensor com coeficiente positivo é aquele no qual na medida em que a

temperatura é elevada aumenta-se também sua resistência, de acordo com seu

TCR, da mesma forma, caso a temperatura diminua, diminui-se também sua

resistência.

Sensores que trabalham com esse coeficiente são: PTC, RTDs (PT-100, PT-200, PT-

1000 outros), LM35, LM34. Lembrando que no caso dos LM34 e 35 a saída é de

tensão linearizada em 10mv/°C.

Coeficiente negativo

Neste caso, o coeficiente indica grandezas inversas, ou seja, com o aumento da

temperatura teremos a diminuição da resistência interna, de acordo com seu TCR, e

se acontecer quedas de temperatura teremos, então, o aumento da resistência do

sensor.

Os sensores NTC, por exemplo, NTC30K, 10K, 20K e outros, trabalham com

coeficiente negativo.
COEFICIENTE
NEGATIVO OU
Para lembrar, a seguir encontra-se uma tabela que exemplifica alguns tipos de

sensor e suas respectivas resistências em diversas temperaturas.

POSITIVO ?
Tabela 1 - Relação entre os tipos de sensor e suas resistências, em diferentes temperaturas.
SISTEMAS DE
AUTOCLAVES
MAIS .
DIFUNDIDAS NO No mercado de autoclaves no Brasil, vamos encontrar diversos sistemas de controles em autoclave,

BRASIL conforme os citados a seguir:

1- Equipamentos que não utilizam sensores, cujo controle é todo por pressão;

2- Equipamentos que utilizam apenas um manômetro para indicação de pressão, mas o controle do

processo de esterilização em um todo é totalmente controlado por um sensor de temperatura;

3- Equipamentos que utilizam, além do sensor de temperatura, um sensor de pressão, onde o primeiro

atua somente como elemento para ponto de fechamento de válvula;

4- Equipamentos que utilizam sensor de temperatura e pressão, cujo controle é cruzado,

dependendo da temperatura e pressão.

É muito importante que o técnico saiba definir cada um desses sistemas e não se apegue a marcas, o

que importa é o sistema, sendo que para cada um deles, existem um tipo de procedimento de

manutenção, análise, diagnósticos e métodos de ajustes.


Os defeitos que os sensores apresentam são:

a)    Abrir;

b)    Curto;

DEFEITOS DE c)    Erros para valores maiores de temperatura;


.
SENSORES d)    Erros para valores menores de temperatura.

Sensor Aberto
Em um sensor aberto a resistência tende ao infinito, nesta análise vale aplicar a

questão do coeficiente do sensor, se ele é positivo (quando a temperatura

aumenta, a resistência aumenta) ou se é negativo (quando a temperatura

aumenta, a resistência diminui).

Sensor em Curto
Neste caso, devido a problemas internos dos sensores, a resistência tem

sempre um valor de zero ohm ou muito próximo a isso.

Erros para valores maiores de temperatura


Nesse caso, por exemplo, a temperatura real é de 95°C, mas o sensor informa

para o micro controlador que a temperatura é maior, por exemplo, 100°C. O

quanto é maior dependerá do defeito que apresenta o sensor de temperatura.

Erros para valores menores de temperatura


Neste caso, por exemplo, a temperatura real é de 95°C, mas o sensor

informa para o micro controlador que a temperatura é menor, por

exemplo, 90°C. O quanto é menor, dependerá do defeito que

apresenta o sensor de temperatura.


.

Defeitos e sintomas
causado por falhas
em sensores de
temperatura
Diante desses defeitos, junto com a ideia de coeficiente positivo e negativo, podemos destacar o que

acontece nas autoclaves, quais os sintomas e como resolver essa situação.

Sensores com coeficiente positivo


Os sensores com coeficiente positivo RTDs (PT-100, PT-1000 e outros), PTC, LM35, LM34 são muito

utilizados em autoclaves, por isso é importante ressaltar quais os defeitos pode possuir e quais

sintomas o equipamento irá apresentar.

I. Sensor aberto
Um sensor aberto de coeficiente positivo tende a uma resistência infinita, uma vez que essa resistência é

extremamente alta, o micro controlador, fazendo esta leitura, interpreta que a cuba está muito quente.

Sendo assim, quando pressionada a tecla de início de um ciclo, ela emitirá algum alarme indicando que o

equipamento está muito quente, não iniciando o ciclo.

DEFEITOS E
SINTOMAS DE Sintomas: ao pressionar "início" o equipamento emite alarmes e não inicia.

SENSORES COM II. Sensor em Curto


COEFICIENTE No caso do sensor em curto em equipamentos que utilizam coeficiente positivo, o micro controlador

POSITIVO irá entender que a temperatura é muito baixa, começando o ciclo normalmente, porém como

elemento resistivo do sensor está em curto não aumenta sua resistência, com aumento de

temperatura, o micro controlado entende que sempre  que a cuba esta fria, mantem a resistência

sempre acionada e como nunca atinge o ponto de fechamento de válvula, a água entre em ebulição

e será totalmente expulsa da câmara, com certeza esse equipamento irá cancelar ciclo emitindo

alarmes relativos a essas falhas.

Sintomas: inicia o ciclo normalmente, mas não fecha a válvula e expulsa toda água.
Sensores com coeficiente negativo
Estes casos ocorrem em autoclaves que utilizam NTC, vamos abordar o que acontece com esses

sensores e também quais sintomas surgem nos equipamentos.

I. Sensor aberto
Se os sensores são de coeficiente negativo com NTCs, e estiverem abertos, ou seja, com resistência

tendendo a infinito, valor esse bastante alto, isso implica em uma temperatura muito baixa. Quando

pressionado o início de ciclo, o micro controlador entende que a temperatura é baixa e irá começar o

ciclo normalmente, no entanto, como o elemento resistivo do sensor está aberto, ele não diminui com

aumento de temperatura. O micro controlador entende que sempre está frio, mantendo a resistência

sempre acionada e como nunca atingirá o ponto de fechamento de válvula, a água entre em ebulição e
DEFEITOS EM
será totalmente expulsa da câmara, com isso, o equipamento irá cancelar o ciclo, emitindo alarmes
SENSORES DE
COEFICIENTE relativos a essas falhas.

NEGATIVO, O QUE
ELES CAUSAM? Sintomas: inicia o ciclo, porém não fecha a válvula e expulsa toda a água

II. Sensor em Curto


Sensores com coeficiente negativo em curto, apresentam resistência de zero ohms, valores próximos

a curto ou baixas resistências, em todos esses casos informam para o micro controlador que a

temperatura da cuba está muito alta, desta forma, a tendência é que os equipamentos coloquem

uma temperatura limite, ou seja, enquanto ela não for menor que um valor estipulado, ele não

permite o início de ciclo e emite alarmes.

Sintomas: ao pressiona início, o equipamento emite alarmes e não inicia.


Erros de leitura para valores maiores de temperaturas

Este erro em sensores de coeficiente positivo ocorre quando sua resistência está poucos ohms

acima do valor normal, e para sensores com coeficientes negativos, quando suas resistências

esta levemente abaixo de valores normais.

Neste caso quando o erro de temperatura é para mais, por exemplo, em 90°C o sensor indica

95°C. O que acontece é o fechamento antecipado da válvula, antes do momento correto, a

SENSORES COM consequência disso será maiores quantidades de ar frio no interior da câmara. Neste caso, não

ERROS PARA se expulsa a água, porém com maiores quantidades de ar frio a qualidade de esterilização é

VALORES diminuída, pode ser que não passe nos testes de indicadores químicos ou biológicos. Em

MAIORES DE equipamentos com manômetros e controlados por sensores de temperatura, como a temperatura

TEMPERATURA indicada é maior do que a existente de fato, temos também menores valores de pressão

indicados, levando o técnico a pensar que existem vazamentos.

Sintomas: a válvula fecha mais cedo, a pressão não atinge valores adequados, diminui a
qualidade de esterilização, não passando em validadores ou indicadores, além de acarretar na

impressão de vazamento devido pressão baixa.


Erros de leitura para valores menores de temperaturas

Em sensores de coeficiente positivo esse erro ocorre devido às resistências estarem levemente

menores que seu normal. Ao contrário, nos sensores de coeficientes negativos, ocorre devido à

resistência de o sensor estar levemente acima do seu valor normal.

Esse tipo de erro é pior que o erro para valores maiores de temperatura, pois nesse caso o que

temos é que no interior da câmara a temperatura está maior do que a indicada pelo sensor de

temperatura. Por exemplo, um equipamento em um local de altitude de 670m, a água entra em


SENSORES COM
ebulição em 97°C, então, esse seria o momento de fechar a válvula, o que acontece é que
ERROS PARA
VALORES quando a temperatura está a 97°C, a água já esta em ebulição, mas o micro controlador ainda

MENORES DE está com informação de 90°C, mantendo a válvula aberta, com o fechamento tardio há uma

TEMPERATURA perda de água, ou seja, irá expulsar muita água.

Existem casos nos quais não se expulsa toda água, quando o técnico faz o teste em vazio, o

equipamento conclui ciclo. Mas quando se coloca muito material, devido ter expulsado muita

água, a pressão não atinge valores normais e com isso demora muito tempo, não entra em

esterilização e cancela ciclos.

Sintomas: demora fechar válvulas, expulsando água, com muito material cancela ciclo, mas em

vazio faz todo processo.


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EXPERIÊNCIAS DO INSTRUTOR
Trabalha com desenvolvimentos de projetos eletrônicos de autoclaves
para em um dos maiores fabricantes de autoclave do Brasil. Está
desenvolvendo produtos de Raio-X de baixa e alta frequência.
Desenvolvendo ultrassom, bisturis, foco e equipo e raio-x para área
veterinária. Já desenvolveu produtos de ultrassom para uma grande
marca que está atuando no brasil. Trabalhou e trabalha com
desenvolvimentos de fontes chaveadas para equipamentos odonto
CELSO DE CASTRO
médicos de acordo com IEC60601. Experiências com quatro projetos
MUNIZ desenvolvidos e certificados de acordo com IEC-60601. Ministrou aulas
no Senai por mais de 17 anos nas matérias de eletrônica analógica e
eletrônica de potência. Ministra treinamentos para redes autorizadas no
Brasil e exterior para técnicos na área odonto. Com as experiências com
esse mercado e ter conhecimento da carência de informação na área
odonto Hospitalar é fundador da Instructiva Treinamentos EAD.

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