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É natural ter medo, dele nasce a coragem

Como sonhar em cores quando o futuro anuncia uma tempestade


A felicidade que criamos desaparece no mau tempo
Que nossas esperanças sejam isoladas da loucura cortante.
Ensanguentado de amargura, de dias de terror
Nas auroras tingidas de névoas, desenterre o rancor fúnebre
Um coro de soluços, cantando nossas aflições
Leve nossos fardos, sussurre nossas desolações
O ódio nos faz andar, nos propõe uma dança
Mortal e rítmica, no ritmo da nossa vingança
Se sonhamos com paz, certamente estamos dormindo
Você pode perder a humanidade em um labirinto de tristeza
Como racionalizar, contra os soldados da loucura?
O medo nos fará prisioneiros dos inimigos do perdão
Arquitetos da destruição, maçons do horror
Cultivadores da abominação, que confundem beleza e feiúra
Memória e amargura, desejo de justiça e fúria
Atiram balas tão perdidas quanto seus corações na multidão
Mergulhado no excesso, afogado na vaidade
Os ignorantes pensando que são a elite da humanidade
As loucuras da raiva revelam quem somos
Só sabemos o que toleramos, quando encaramos o extremo
Um trovão de violência, calando nossos discursos
Estamos prontos para lançar a França na guerra civil de Eric Zemmour?
Este é o jogo da divisão, do comércio, do terror
Afundando a nação em mal-estar e depois em horror
Maestros sórdidos, instrumentalizam sentenças
De pobres coitados que odeiam mais do que amam
Quem deseja o confronto, muitas vezes ignora a realidade
Sua arrogância é igual a sua covardia
Alimentam brasas escondidos em seu conforto
Cantam a Marselhesa (hino) enquanto a morte permanece inodora
Eles pensam em guerra, mas nunca usarão a farda
Quando faltarem cemitérios, eles fugirão do país
Deixando-nos sozinhos, com fogo e sangue
Por trás das cores da bandeira escondem os inimigos da nação
Semeiam desordeiros, enganadores, neuróticos
Cuspindo veneno, com o coração esclerosado
Racistas desinibidos conceituando o ódio
Mas até os nazistas tinham seus intelectuais
Aprendamos com o passado, há menos de 100 anos o impensável tornou-se
verdade
Suas palavras colocam verdades no que seu coração secretamente deseja
Eles não ficarão bem até que os muçulmanos sejam caçados
Até que muçulmanos sejam acuados, perseguidos por suas escolhas
Até que muçulmanos sejam enclausurados, executados por sua fé
Eles querem nos mergulhar em uma guerra sem rumo
Onde terroristas e eles, perseguem o mesmo propósito
Sem folêgo, a França está em apnéia
Agora sabemos quão preciosa é a paz
Devemos perder algo para então dar valor?
Devemos nos aproximar do fogo para saber se queima?
No mundo globalizado, Bagdá não está longe
Apenas sentimos um pouco do seu horro cotidiano.
É brutal acordar de anos de negligência.
Quantos povos não acordam todos os dias em estado de emergência
Nos enchemos de compaixão quando o terror nos cerca
Temos outras preocupações quando aproveitamos nossos privilégios
Da Líbia à Síria, reproduzem os mesmos erros
Sua política externa fazendo sangrar por dentro
Expansão da guerra, apenas maquiagem
Ambições financeiras, mascarada de humanidade
Condenações arbitrárias e silêncios injustificados
Uso vulgar do conceito de liberdade
Para a sobrevivência de vocês, a morte dos outros é vital?
Ataques cirúrgicos, sério? Em um hospital?
Como condenar aqui, enquanto se financia lá?
Somos reféns de jogos de poder que se passa por luta
Sangue nas mãos, petróleo na retina
Os chamados direitos humanos, todos os dias passam por cima
Apoiam aqueles quem os ferem, lutam contra quem deles precisam
Demagogos burocratas, política esquizofrênica

(Outro)
O ódio cola em nós como uma sombra
Enquanto falcões (F-16) atiram em uma pomba
Eu ainda tento me manter amoroso
Um são de espirito governado por loucos
Não há posição neste mar de sangue
Nossos desejos de paz nadam contra a corrente
A chuva caí em corações secos
Raramente vemos florescer as rochas
A "paz" será apenas "cessar-fogo"
Porque alguns riem do que nos motiva
Enquanto tolos matam inocentes
Escapo no sorriso de uma criança
Cada noite aguarda seu sol
Precisamos morrer para sair do sono?
Não temos escolha, e ao que me parece...
Devemos viver ou morrer juntos

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