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Cada estudante deverá comparecer às aulas experimentais trazendo consigo este caderno
impresso e encadernado, com seu nome preenchido na página inicial, e nele realizar suas
anotações durante a realização de cada experimento. Este caderno será sua base de estudo
para as avaliações escritas.
ii
iii
Avaliações
Durante o curso serão aplicadas 2(duas) avaliações escritas. As avaliações serão prepa-
radas pelo coordenador da disciplina em conjunto com os demais professores que estiverem
ministrando a mesma.
Além das provas, cada aluno deverá entregar 4(quatro) relatórios individuais durante
o semestre. O prazo para a entrega de qualquer relatório é até a avaliação escrita seguinte,
sendo que após esse prazo será atribuída nota zero. Não será aceito relatório de experimentos
em que o estudante não tenha registrado sua assinatura na ata de presenças, o que poderá ser
feito apenas nos 10(dez) minutos iniciais de cada aula. Para orientar as análises estatísticas,
análise de propagação de erros, formatação de gráficos e toda a confecção dos relatórios, o
estudante pode consultar a Apostila Erros, disponível para download em www.uenf.br/
Uenf/Pages/CCT/Lcfis/.
A média será calculada por
7 × M P + 2 × M R + Apostila
M=
10
onde M P é a média das 2 provas escritas, M R é a média dos 4 relatórios e Apostila é a
média dos roteiros preenchidos durantes as aulas práticas. Em todas as aulas o aluno deverá
trazer a sua apostila. Em caso de falta será atribuída nota zero, ao roteiro e ao relatório. Não
haverá reposição de experimentos.
Serão aprovados os alunos que obtiverem nota superior ou igual a 6,0 (seis). Caso con-
trário o estudante que obtiver no mínimo de 75% de frequência poderá fazer a prova final,
cujo conteúdo será toda matéria ministrada durante o semestre. Nestes casos, a média final
será dada por:
MS + P F
MF =
2
Os relatórios entregues dentro do prazo serão corrigidos de acordo com os seguintes
critérios.
iv
Sumário v
3 Calorimetria 8
3.1 Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
3.2 Material Necessário . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
3.3 Procedimentos experimentais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
3.4 Dados Coletados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
3.5 Discussão e conclusões . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
5 Dilatação Térmica 14
5.1 Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
5.2 Material Necessário . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
5.3 Procedimentos experimentais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
5.4 Discussão e conclusões . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
7 Lei de Ohm 22
7.1 Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
v
SUMÁRIO vi
11 O Eletroimã 41
11.1 Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41
11.2 Material Necessário . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42
11.3 Procedimentos experimentais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42
11.4 Discussão e conclusões . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43
162 – 153 – 150 – 144 – 135 – 128 – 124 – 116 – 115 – 100 – 83 – 63 – 48
1
2
a) Monte a tabela que representa esses dados no intervalo de 1930-1990. Não esqueça de dar
um título à tabela, além de atribuir nomes e unidades às variáveis.
b) Trace um gráfico da taxa de mortalidade em função do tempo (não conecte os pontos).
Identifique a escala e as variáveis em cada eixo, com as suas respectivas unidades.
c) Compare o comportamento da TM nos intervalos abaixo. Há um único comportamento?
• 1930-1960 :
• 1970-1990 :
• 1965-1970 :
f) Em que período os dados mostram que a taxa de mortalidade infantil está melhor? Justifi-
que.
Em sala: Na tabela 2.1 são apresentados dados fictícios sobre o consumo diário de refri-
gerante versus temperatura, coletados em uma certa amostra de população.
2. Utilizando as equações de ajuste linear abaixo (ver seção 5.5 da Apostila Erros, dispo-
nível em www.uenf.br/Uenf/Pages/CCT/Lcfis/) encontre os coeficientes a
e b da reta que melhor se ajusta aos aos pontos experimentais.
3. Nos dois casos, calcule o coeficiente de correlação linear R, e interprete os seus resul-
tados.
4. Com relação aos gráficos pedidos em 1 e 2, responda: em qual caso podemos esperar
que o gráfico obedeça uma tendência linear? Justifique sua resposta, levando em conta
a expectativa da teoria e também os coeficientes de correlação linear calculados no
item 3.
4
5
a
b
R
6
Tabela 2.3: Deslocamento de um corpo descendo uma rampa sem atrito, a partir do repouso
Observe, para os cálculos da tabela acima, que a variável x pode ser o tempo t ou o tempo
ao quadrado, t2 .
Se desejar reduzir a quantidade de cálculos, você pode usar o modo estatístico ou o modo
de regressão linear em sua calculadora para obter diretamente as somatórias e os coeficientes
abaixo, sem necessidade de preencher todos os cálculos intermediários da tabela 2.3.
a
b
R
a
b
R
7
Experimento nº 3
Calorimetria
3.1 Introdução
Quando dois sistemas a temperaturas diferentes são colocados em contato, energia sob a
forma de calor é transferida do sistema quente para o sistema frio. Essa transferência de calor
eleva a temperatura do sistema frio e abaixa a temperatura do sistema quente. Finalmente,
os dois sistemas atingem a mesma temperatura, com valor intermediário, e o processo de
transferência de calor é terminado.
Uma unidade para medida do calor transferido é a caloria. A caloria é definida como a
quantidade de energia necessária para elevar a temperatura de um grama de água de 14,5ºC a
15,5ºC. Entretanto, para efeitos práticos neste experimento, podemos definir a caloria como
a quantidade de energia necessária para variar de 1ºC a temperatura de 1 g de água.
Neste experimento, serão misturadas duas massas conhecidas de água a temperaturas di-
ferentes. Usando a definição de caloria, será possível determinar a quantidade de energia, sob
a forma de calor, que é transferida para levar o sistema quente e o sistema frio ao equilíbrio
térmico.
• Aquecedor
• Balanças
• Termômetros
8
9
Experimento 1 Experimento 2
M1cal
M2cal
M1cal+aguaf ria
M2cal+aguaquente
Tquente
Tf ria
Tf inal
10
Experimento 1 Experimento 2
M1aguaf ria
M2aguaquente
∆Tf ria
∆Tquente
Qquente
Qf ria
Qf ria + Qquente
Para calcular as quantidades de calor transferidas pela água fria ou quente, use as expres-
sões
4.1 Introdução
O calor específico de uma substância, indicado pelo símbolo c, é a quantidade de calor
necessária para variar de 1ºC a temperatura de um grama da substância. O calor específico
da água é 1 cal/gºC (este valor não possui erro, pois é obtido pela definição de uma caloria).
Se um objeto de massa m é feito de uma substância com calor específico igual a c, então o
calor necessário para variar a temperatura desse objeto em uma certa quantidade ∆T é dado
por Q = mc∆T . Quanto maior o calor específico menor será a variação de temperatura de
um material ao trocar energia na forma de calor.
• Aquecedor
• Balança
• Termômetro
2. Coloque o objeto de alumínio no interior do calorímetro, suspenso pelo fio e sem tocar
o fundo do calorímetro; adicione água fria (misture um pouco de água gelada, para
obter água em torno de 15 graus). Quanto menos água melhor, mas o volume de água
deve encobrir totalmente o objeto;
11
12
3. Mergulhe o objeto na água fervendo, ainda suspenso pelo fio, e sem tocar o fundo do
aquecedor. Deixe-o mergulhado por alguns minutos, para que todo o metal esteja a
100°C;
4. Enquanto espera, determine a massa do calorímetro contendo água fria, e anote o
resultado;
5. Depois de medir a massa, determine a temperatura inicial da água fria. Após essa
medida, não retire mais o termômetro do calorímetro;
6. Rapidamente após medir a temperatura da água fria, remova a amostra de metal da
água fervendo e mergulhe-o no calorímetro. Mais uma vez, o objeto deve ficar com-
pletamente imerso na água, mas sem tocar o fundo do calorímetro;
7. Mexa a água cuidadosamente com o termômetro e observe a temperatura final de equi-
líbrio do sistema (água, metal e calorímetro). Escreva o resultado na tabela 4.1;
8. Repita os procedimentos 3. a 7. para os outros corpos; Tente usar aproximadamente a
mesma quantidade de água fria;
9. Calcule o calor específico de cada corpo metálico, com três algarismos significativos
(como os valores de referência);
magua ∆Tagua
c=
mobjeto |∆Tobjeto |
10. Calcule o erro experimental δc para o calor específico usando a relação:
δc δmagua δmobjeto δ∆Tagua δ∆Tobjeto
= + + +
c magua mobjeto ∆Tagua |∆Tobjeto |
11. Arredonde o erro δc para que fique com um algarismo significativo;
12. Arredonde c de acordo com o erro correspondente e escreva o intervalo c±δc na tabela
4.1.
4.5 Questões
a) Compare os valores de calores específicos obtidos experimentalmente com os valores
de referência: são iguais ou diferentes? Justifique as diferenças, caso existam.
c) Comparando os valores dos calores específicos dos corpos metálicos com o calor es-
pecífico da água, quais são os materiais mais fáceis de serem aquecidos ou resfriados?
Dilatação Térmica
5.1 Introdução
Dilatação térmica ocorre em quase todos os materiais quando são aquecidos. Uma barra
possui comprimento L0 para uma dada temperatura T0 . Quando a temperatura varia de ∆T ,
o comprimento varia de ∆L. A experiência mostra que, se ∆T não for muito grande, a
variação de comprimento ∆L será diretamente proporcional a ∆T . Podemos expressar essa
dependência mediante a equação:
∆L = L0 α∆T
• Aquecedor elétrico
• Água
• Termômetro
14
15
2. Antes de iniciar o aquecimento, ajuste o batente móvel que deve tocar na ponteira
do medidor de dilatação e empurrá-la até ficar posicionado sobre o zero da escala
milimetrada da base. Fixe o batente nessa posição e regule o zero do medidor de
dilatação girando o anel preto ao seu redor.
3. Anote os valores iniciais de temperatura na tabela 5.1, na coluna correspondente à sua
bancada.
4. Ligue o aquecedor e aguarde aproximadamente 5 minutos até que a temperatura má-
xima seja alcançada no termômetro. Atenção e cuidado, pois a água quente está circu-
lando no interior dos tubos, impulsionada pela pressão do vapor.
5. Anote o valor final da temperatura, e desligue o aquecedor.
6. Calcule o coeficiente de dilatação linear, e o seu erro experimental δα , usando:
∆L
α=
L0 ∆T
δα δL0 δ∆L δ∆T
= + +
α L0 |∆L| |∆T |
7. Discuta os resultados encontrados, e compare com os valores de referência:
αaco = 11 × 10−6 o
C −1
αcobre = 17 × 10−6 o
C −1
αlatao = 19 × 10−6 o
C −1
Obs.: o erro do termômetro é de 0,5ºC, enquanto que o multímetro digital tem imprecisão
de 1ºC.
16
A fonte Instrutemp modelo ITFA 5000 produz tensões de até 30 V. Para utilização em
experimentos que suportem menos, é possível limitar o valor máximo da tensão de acordo
com a aplicação desejada. É recomendável que o PROFESSOR faça tal procedimento,
seguindo os passos enumerados abaixo.
1. Sem nenhuma carga ou qualquer cabo conectado nos terminais de saída da fonte, zerar
os botões de ajuste de tensão c.v. e corrente c.c.;
3. Aumentar a corrente no ajuste fino de c.c. até que o controlador passe automaticamente
para os botões de tensão (acende-se a luz vermelha c.v.);
4. Ajustar c.v. usando ajuste grosso e fino até atingir o valor máximo desejado de c.v.
(entre 0 V e 30 V);
8. A partir deste ponto, não mexer mais nos botões de ajuste da tensão c.v. (a voltagem
será ajustada utilizando apenas o c.c.).
17
Experimento nº 6
6.1 Introdução
A eficiência da lâmpada é definida como a fração da energia elétrica fornecida para a
lâmpada que é convertida em luz visível. Considerando que toda a energia que não contribui
para o calor Q é liberada na forma de luz visível, a eficiência pode ser calculada por:
E−Q
e= × 100%
E
onde E é a energia elétrica fornecida para a lâmpada e Q é a energia dissipada pelo filamento
na forma de calor.
• Fonte de tensão
• Dois multímetros (a fonte Instrutemp possui mostradores para tensão e corrente, neste
caso os multímetros são dispensáveis)
• Termômetro
• Balança
• Água gelada
18
19
13V Max!
Amperimetro
Fonte de Tensao
Para medir a eficiência utilizamos água límpida e o jarro sem o calorímetro de isopor, de
modo que a energia na forma de luz visível escapará do sistema. A água é boa absorvedora
de radiação infravermelha, logo, a maioria da radiação que não é emitida na forma de luz
visível contribuirá para o aquecimento da água.
12. Durante todo o procedimento, observe a tensão e a corrente para se certificar de que
estes valores não variam muito durante o experimento. Caso variem, utilize valores
médios no cálculo;
14. Continue agitando suavemente a água com o termômetro por mais algum tempo, até
que a temperatura final alcance um valor máximo, e registre esse valor para Tf ;
15. Desligue os aparelhos utilizados. Em seguida, descarte a água na pia, seque o termô-
metro e guarde-o na embalagem;
Observação: Parte do calor produzido pela lâmpada é absorvida pelo jarro calori-
métrico. Para se obter resultados mais precisos, acrescenta-se 23g à massa de água
medida. Assim levamos em conta a capacidade térmica do jarro, que é equivalente à
de 23g de água, aproximadamente.
Lei de Ohm
7.1 Introdução
Neste experimento vamos observar o funcionamento de um circuito simples envolvendo
uma fonte de tensão e um resistor, e verificar a validade da Lei de Ohm, V = Ri, onde V é
a voltagem aplicada e i a corrente resultante através de um resistor de resistência elétrica R.
Resistores servem para limitar a intensidade de corrente elétrica através de determinados
componentes de um circuito elétrico. Os resistores são utilizados também para dirigir frações
da corrente elétrica para certas partes do circuito, ou para controlar o ganho de tensão em
amplificadores. Podemos também associar resistores em série com capacitores no intuito de
ajustar sua constante de tempo (tempo de carga ou descarga do capacitor).
Quando a corrente elétrica circula através de um resistor, esse se aquece, pois nele ocorre
a conversão de energia elétrica em energia térmica, que é dissipada para o ambiente na forma
de calor. Esse aquecimento devido à passagem de corrente elétrica ocorre com todos os
componentes eletrônicos, sem exceção, e é denominado efeito Joule. A parcela de energia
elétrica convertida em térmica depende de dois fatores: a resistência do componente e a
intensidade da corrente elétrica que o atravessa. Esses dois fatores são fundamentais para se
conhecer a rapidez com que a energia elétrica converte-se em térmica, denominada potência.
A potência elétrica informa quanto de energia elétrica, a cada segundo, foi convertida em
outra forma de energia. A potência elétrica é dada por P = V i (tensão elétrica x corrente),
logo a potência dissipada num resistor ôhmico pode também ser escrita na forma P = Ri2 ,
onde foi aplicada a Lei de Ohm: V = Ri.
• Fonte de tensão Instrutemp modelo ITFA 5000, regulada para tensão máxima de 5 V.
22
23
• Usando c.c., ajuste lentamente a voltagem e anote na Tabela 7.1 o valor da corrente
elétrica que atravessa o resistor para cada voltagem aplicada.
• Complete a Tabela 7.1 calculando a potência dissipada no resistor e seu erro para cada
tensão aplicada.
7.5 Questões
a) Uma máquina converte 1000 joules de energia térmica em energia elétrica a cada 2
segundos. Qual é a sua potência?
c) Um resistor de resistência 100 W é percorrido por corrente c.c. de 200 mA. Qual é a
sua tensão elétrica entre seus terminais? Que potência ele dissipa?
25
8.1 Introdução
Resistores podem ser associados em série, em paralelo ou ainda em associação mista, que
é uma combinação das duas formas. Qualquer que seja o tipo da associação, esta resultará
numa resistência equivalente, Req .
Associação em Paralelo
R1 R2 Rn
26
27
Associação em série
R1 R2 R3 Rn
• A queda de tensão (d.d.p. ou voltagem) total é a somatória das tensões dos resistores;
Req = R1 + R2 + R3 + ... + Rn
Código de cores
Um resistor pode apresentar faixas coloridas pintadas em seu corpo indicando o valor
nominal da resistência, isto é, a especificação dada pelo fabricante. As faixas iniciais indicam
os dígitos da resistência R, a penúltima faixa indica o expoente n do fator multiplicador 10n
e a última faixa indica a tolerância ∆R/R. A primeira faixa nunca será preta. A faixa da
tolerância só poderá ser dourada (5% ), prateada (10%), vermelha (2%) ou marrom (1%).
1ª Cor: a
2ª Cor: b
3ª Cor: n(expoente)
4ª Cor: ∆R/R(valor percentual da tolerância)
1ª Cor: a
2ª Cor: b
3ª Cor: c
4ª Cor: n(expoente)
5ª Cor: ∆R/R(valor percentual da tolerância)
6ª Cor: Coeficiente de variação térmica da resistência
Tabela 8.1: Valor nominal das resistências obtido pelo código de cores
Tabela 8.2: Comparação entre valores nominais e valores medidos das resistências
8.5 Questões
1. Num experimento com um circuito elétrico contendo um resistor e uma fonte, um
aluno obteve os resultados V = 5, 0V e i = 10, 9mA. Indique o conjunto de faixas de
cores desse resistor, considerando que este possui 4 faixas e uma tolerância de 1%.
9.1 Introdução
Em eletrônica, os amperímetros medem intensidades de corrente, os voltímetros medem
a diferença de potencial entre dois pontos (d.d.p. ou tensão) e os ohmímetros medem a resis-
tência elétrica dos condutores. Um multímetro incorpora todas essas funções de medidores
num só equipamento.
Figura 9.1: Circuito antes e depois de se ligar um voltímetro nos terminais do resistor R2 .
31
32
Observe a figura 9.1 e veja que, para a medida de uma diferença de potencial V ou de
resistência R entre dois pontos (no caso, os terminais do resistor R2 ) o circuito não precisa ser
interrompido, pois o voltímetro é conectado em paralelo. Para que a inclusão do voltímetro
não altere substancialmente o valor da resistência do trecho sob medição é preciso que a
resistência interna do medidor seja a mais alta possível. Em outras palavras, a corrente
através do voltímetro deve ser mínima. Por isso um bom voltímetro tem resistência interna
praticamente infinita.
Observe a figura 9.2 e veja que, para se medir a intensidade de corrente que circula
por um trecho de circuito, tal circuito deve ser aberto (cortado ou interrompido) para poder
introduzir o amperímetro em série. Toda a corrente que passa pelo trecho em questão deve
passar também através do amperímetro. A introdução do amperímetro no circuito implica
na introdução de uma nova resistência (a resistência interna o próprio aparelho) que afeta a
resistência total e consequentemente a intensidade de corrente. Assim, para que a leitura seja
acurada, resistência interna do medidor deve ser a mais baixa possível. Um bom amperímetro
deve ter resistência interna praticamente nula (o que torna o amperímetro muito sensível a
danos pela passagem de corrente excessiva).
Em multímetros digitais, a função é selecionada através de um grande botão no meio
do aparelho. A função V − indica tensão de polaridade fixa (como a fornecida por pilhas e
fontes d.c.). Para medir tensões alternadas (a.c.) o botão central deve apontar para o setor
V ∼ . Se o botão central apontar para a escala de 20V, essa é a tensão máxima que pode ser
medida (ou fundo de escala).
• Multímetro;
• 2 pilhas AA de 1,5 V;
2. Na mesma escala, meça a tensão para as duas pilhas em série. Anote os valores na
tabela 9.1.
4. Com os fios condutores feche o circuito em série com a fonte de alimentação e a chave
(ligando os terminais 1-23; 3-4; 22-26; 27-5). Chame o professor para verificar a
montagem do circuito .
Corrente elétrica
10. Ainda no circuito em paralelo: abra o circuito e conecte o amperímetro para medir
o valor da corrente em diferentes trechos: em R1 , em R3 e no resistor equivalente,
usando a escala de 20mA, e complete a tabela 9.3. Você pode utilizar as garras ja-
caré para melhor fixar o amperímetro. Somente aperte o interruptor após conferir as
conexões do amperímetro junto com o professor.
11. Por fim, monte novamente o circuito em série. Conecte o amperímetro e meça o valor
da corrente, em cada resistor e no resistor equivalente, usando a escala de 20mA e
complete a tabela 9.2.
d.d.p (V)
Pilha 1
Pilha 2
Pilhas em série
R1 (Ω)
R3 (Ω)
Req (Ω)
V1 (V )
V3 (V )
Veq (V )
i1 (A)
i3 (A)
ieq (A)
34
R1 (Ω)
R3 (Ω)
Req (Ω)
V1 (V )
V3 (V )
Veq (V )
i1 (A)
i3 (A)
ieq (A)
10.1 Introdução
Em um experimento de carga de capacitor, o circuito é formado de uma associação em
série do capacitor (C) com um resistor (R), alimentado por uma fonte d.c. com um valor de
tensão V0 , como o circuito mostrado na figura 10.1.
VR + VC = V0 (10.1)
Durante o processo de carga do capacitor, temos:
1. Tensão no capacitor:
VC = V0 (1 − e−t/RC ) (10.2)
2. Tensão no resistor:
VR = V0 e−t/RC (10.3)
35
36
3. Carga elétrica:
4. Corrente no circuito:
V0 −t/RC
i= e (10.5)
R
A figura 10.2 mostra as tensões VR e VC em função do tempo t, durante este processo. Pelas
equações (10.2) e (10.3) acima, observamos que:
no instante inicial:
t=0 → VR = V0 e VC = 0 (10.6)
num instante intermediário:
t=∞ → VR = 0 e VC = V0 (10.8)
Componentes Resultados
R5 (kΩ)
R6 (kΩ)
R7 (kΩ)
Req (kΩ)
C (10−6 F )
V0 (V )
t (s) VC (V ) VC (V )
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
50
55
60
65
70
75
80
85
90
95
100
105
110
115
120
300 Vmax = Vmax =
39
VR
t (s) VR (V ) ln VR + VC (V )
Vmax
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
50
55
60
65
70
75
80
85
90
95
100
105
110
115
120
Gráfico 1
VR
3. Faça um gráfico de ln em função do tempo t.
Vmax
4. Através de regressão linear, determine os coeficientes da reta que melhor se ajusta aos
pontos.
40
Gráfico 2
Gráfico 3
10. Compare os 3 resultados obtidos acima com o valor esperado, dado por τ = RC. Para
isso, calcule a diferença percentual entre τ e o produto RC:
τ − RC
dif erenca = × 100
RC
Experimento nº 11
O Eletroimã
11.1 Introdução
Vamos observar o campo magnético criado pela corrente elétrica, em um eletroímã.
Quando uma corrente elétrica percorre um fio condutor, cria um campo magnético que cir-
cunda o fio (figura 11.1). Este efeito foi verificado pela primeira vez por Hans Orsted em
abril de 1820. Ele observou que a agulha de uma bússola mudava sua posição quando havia
próximo a ela um fio conduzindo corrente elétrica.
Um fio condutor enrolado na forma helicoidal é denominado solenóide ou bobina. Quando
o fio é percorrido por uma corrente elétrica, gera-se um campo magnético praticamente uni-
forme no interior do solenóide, no sentido perpendicular à sua seção reta (figura 11.2). O
resultado é que o solenóide possui pólos norte e sul, tal como um ímã natural. O sentido do
campo magnético ao redor de cada espira é fornecido pela regra da mão direita.
Um solenóide com um núcleo de material ferromagnético (e.g. um prego) é também cha-
mado de eletroímã. O núcleo ferromagnético reforça o campo magnético gerado no interior
do solenóide.
41
42
magnético externo, estes dipolos estão aleatoriamente orientados, de forma que a soma total
de seus campos magnéticos é nula. Quando um núcleo ferromagnético é inserido no inte-
rior do solenóide, o campo magnético do solenóide irá alinhar os dipolos elementares do
prego. Os campos se somam, e teremos um novo campo magnético total, dado pela soma
dos campos do solenóide e do prego.
• Preguinhos;
• 2 pilhas AA de 1,5V;
• Bússola.
3. Torne a aproximar a cabeça do prego grande dos preguinhos. Quantos preguinhos são
atraídos?
5. Coloque uma folha de papel branco sobre o eletroímã ligado, e lentamente vá deixando
cair limalha sobre a folha. Você observa alguma forma especial de organização da
limalha?
10. Tente novamente aproximar a cabeça do prego ao pólo N do ímã permanente, sem
encostar. O que mudou2 ?
11. Coloque a folha de papel branco sobre o ímã permanente e cuidadosamente vá dei-
xando cair limalha sobre a folha.
12. Desenhe e compare a forma das linhas de campo do ímã permanente com as do ele-
troímã;
13. Aonde o campo magnético é mais intenso? Localize os pólos N e S em seu desenho.
c) Quantos preguinhos após desligar o eletroímã novamente? Como você explica esse resul-
tado?
f) O eletroímã possui polaridade norte-sul? A cabeça do prego é o pólo norte ou o pólo sul?
2
Como os ímãs, os eletroímãs possuem pólos norte e sul, dependendo do sentido da corrente elétrica no fio
de cobre. Desta forma o pólo norte do ímã (vermelho) é atraído pelo pólo sul do eletroímã e repelido quando
este se torna um pólo norte.
Experimento nº 12
12.1 Introdução
Um fio retilíneo, percorrido por uma corrente, na presença de um campo magnético ex-
terno sofre uma força dada por:
F� = iL
� ×B
�
44
45
�
A velocidade de propagação da onda em um fio é dada por v = T /µ, onde µ = m/L
é a densidade linear do fio e T é a força de tensão. A velocidade da onda é proporcional à
1�
frequência, dada por f = T /µ onde λ é o comprimento de onda. Como vemos na figura
λ
12.1, quando a onda apresenta apenas 1 ventre a distância entre os nós será o comprimento
L do fio, e seu comprimento de onda será λ1 = 2L. Para ondas com 2 e 3 ventres teremos
λ2 = L e λ3 = 2L/3 respectivamente. Neste experimento vamos medir as frequências f1 , f2
e f3 destas ondas, denominadas harmônicos da onda estacionária.
• Balança
• Trena
2. Ajuste a altura do fio e o imã de forma que o fio passe pelo centro dos polos do imã.
4. Conecte as saídas do gerador desligado ao extremos do fio. As saídas devem ser a terra
(GND) e a de baixa impedância (LO).
5. Antes de ligar o gerador, certifique-se que o controle da amplitude esteja em zero. Li-
gue o gerador e ajuste a amplitude para 1/5 da amplitude máxima. Abaixe rapidamente
a frequência até 1,0 Hz. O que acontece com o fio?
Figura 12.3
10. O que você observou a respeito da intensidade e da direção da força exercida pelo
campo magnético sobre o fio?
� e a força F� num certo
11. Represente numa figura o fio condutor, a corrente i, o vetor B
instante.