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Direito Penal
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Edital
NOÇÕES DE DIREITO PENAL: Crimes contra a pessoa. Crimes contra o patrimônio. Crimes con-
tra a fé pública. Crimes contra a administração pública. Lei nº 8.072/1990 (delitos hediondos).
Crimes contra a Dignidade Sexual.
BANCA: Cespe
CARGO: Policial Rodoviário Federal
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Direito Penal
INTRODUÇÃO:
Os crimes (tipos penais) estão previstos na parte especial do Código Penal e em outras leis pe-
nais especiais. No caso do CPB, os crimes estão dispostos em Títulos e em Capítulos, os quais
são os bens jurídicos tutelados. Assim, deve-se perquirir sobre o bem jurídico de cada tipo pe-
nal, seu nome, seus elementos e a classificação do tipo penal, bem como sobre o cabimento ou
não da forma tentada, além da espécie de ação penal.
LEGISLAÇÃO
Dos Crimes Contra a Pessoa III – com emprego de veneno, fogo, explosi-
vo, asfixia, tortura ou outro meio insidioso
ou cruel, ou de que possa resultar perigo
comum;
CAPÍTULO I
DOS CRIMES CONTRA A VIDA IV – à traição, de emboscada, ou mediante
dissimulação ou outro recurso que dificulte
Homicídio simples ou torne impossivel a defesa do ofendido;
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integrantes do sistema prisional e da Força I – durante a gestação ou nos 3 (três) meses
Nacional de Segurança Pública, no exercício posteriores ao parto;
da função ou em decorrência dela, ou con-
tra seu cônjuge, companheiro ou parente II – contra pessoa menor de 14 (catorze)
consanguíneo até terceiro grau, em razão anos, maior de 60 (sessenta) anos ou com
dessa condição: deficiência;
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Aumento de pena CAPÍTULO III
§ 7º Aumenta-se a pena de 1/3 (um terço) DA PERICLITAÇÃO
se ocorrer qualquer das hipóteses dos §§ DA VIDA E DA SAÚDE
4º e 6º do art. 121 deste Código. (Redação
dada pela Lei nº 12.720, de 2012) Perigo de contágio venéreo
§ 8º Aplica-se à lesão culposa o disposto no Art. 130. Expor alguém, por meio de relações
§ 5º do art. 121.(Redação dada pela Lei nº sexuais ou qualquer ato libidinoso, a contágio
8.069, de 1990) de moléstia venérea, de que sabe ou deve saber
que está contaminado:
Violência Doméstica
Pena – detenção, de três meses a um ano,
§ 9º Se a lesão for praticada contra ascen- ou multa.
dente, descendente, irmão, cônjuge ou
companheiro, ou com quem conviva ou te- § 1º Se é intenção do agente transmitir a
nha convivido, ou, ainda, prevalecendo-se moléstia:
o agente das relações domésticas, de coa- Pena – reclusão, de um a quatro anos, e
bitação ou de hospitalidade: (Redação dada multa.
pela Lei nº 11.340, de 2006)
§ 2º Somente se procede mediante repre-
Pena – detenção, de 3 (três) meses a 3 (três) sentação.
anos. (Redação dada pela Lei nº 11.340, de
2006) Perigo de contágio de moléstia grave
§ 10. Nos casos previstos nos §§ 1º a 3º Art. 131. Praticar, com o fim de transmitir a ou-
deste artigo, se as circunstâncias são as in- trem moléstia grave de que está contaminado,
dicadas no § 9º deste artigo, aumenta-se a ato capaz de produzir o contágio:
pena em 1/3 (um terço). (Incluído pela Lei
nº 10.886, de 2004) Pena – reclusão, de um a quatro anos, e multa.
§ 11. Na hipótese do § 9º deste artigo, a pena Perigo para a vida ou saúde de outrem
será aumentada de um terço se o crime for Art. 132. Expor a vida ou a saúde de outrem a
cometido contra pessoa portadora de defici- perigo direto e iminente:
ência. (Incluído pela Lei nº 11.340, de 2006)
Pena – detenção, de três meses a um ano,
§ 12. Se a lesão for praticada contra auto- se o fato não constitui crime mais grave.
ridade ou agente descrito nos arts. 142 e
144 da Constituição Federal, integrantes do Parágrafo único. A pena é aumentada de
sistema prisional e da Força Nacional de Se- um sexto a um terço se a exposição da vida
gurança Pública, no exercício da função ou ou da saúde de outrem a perigo decorre do
em decorrência dela, ou contra seu cônju- transporte de pessoas para a prestação de
ge, companheiro ou parente consanguíneo serviços em estabelecimentos de qualquer
até terceiro grau, em razão dessa condição, natureza, em desacordo com as normas le-
a pena é aumentada de um a dois terços. gais. (Incluído pela Lei nº 9.777, de 1998)
Abandono de incapaz
Art. 133. Abandonar pessoa que está sob seu
cuidado, guarda, vigilância ou autoridade, e, por
qualquer motivo, incapaz de defender-se dos
riscos resultantes do abandono:
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Pena – detenção, de seis meses a três anos. ral de natureza grave, e triplicada, se resulta
a morte.
§ 1º Se do abandono resulta lesão corporal
de natureza grave: Condicionamento de atendimento médico-
hospitalar emergencial
Pena – reclusão, de um a cinco anos.
Art. 135-A. Exigir cheque-caução, nota pro-
§ 2º Se resulta a morte: missória ou qualquer garantia, bem como o
Pena – reclusão, de quatro a doze anos. preenchimento prévio de formulários adminis-
trativos, como condição para o atendimento
Aumento de pena médico-hospitalar emergencial: (Incluído pela
Lei nº 12.653, de 2012).
§ 3º As penas cominadas neste artigo au-
mentam-se de um terço: Pena – detenção, de 3 (três) meses a 1 (um)
ano, e multa. (Incluído pela Lei nº 12.653,
I – se o abandono ocorre em lugar ermo;
de 2012).
II – se o agente é ascendente ou descenden-
Parágrafo único. A pena é aumentada até o
te, cônjuge, irmão, tutor ou curador da víti-
dobro se da negativa de atendimento resul-
ma.
ta lesão corporal de natureza grave, e até o
III – se a vítima é maior de 60 (sessenta) triplo se resulta a morte. (Incluído pela Lei
anos (Incluído pela Lei nº 10.741, de 2003) nº 12.653, de 2012).
Exposição ou abandono de recém-nascido Maus-tratos
Art. 134. Expor ou abandonar recém-nascido, Art. 136. Expor a perigo a vida ou a saúde de
para ocultar desonra própria: pessoa sob sua autoridade, guarda ou vigilân-
cia, para fim de educação, ensino, tratamento
Pena – detenção, de seis meses a dois anos. ou custódia, quer privando-a de alimentação
§ 1º Se do fato resulta lesão corporal de na- ou cuidados indispensáveis, quer sujeitando-a
tureza grave: a trabalho excessivo ou inadequado, quer abu-
sando de meios de correção ou disciplina:
Pena – detenção, de um a três anos.
Pena – detenção, de dois meses a um ano,
§ 2º Se resulta a morte: ou multa.
Pena – detenção, de dois a seis anos. § 1º Se do fato resulta lesão corporal de na-
tureza grave:
Omissão de socorro
Pena – reclusão, de um a quatro anos.
Art. 135. Deixar de prestar assistência, quan-
do possível fazê-lo sem risco pessoal, à criança § 2º Se resulta a morte:
abandonada ou extraviada, ou à pessoa inválida
ou ferida, ao desamparo ou em grave e iminen- Pena – reclusão, de quatro a doze anos.
te perigo; ou não pedir, nesses casos, o socorro § 3º Aumenta-se a pena de um terço, se
da autoridade pública: o crime é praticado contra pessoa menor
Pena – detenção, de um a seis meses, ou de 14 (catorze) anos. (Incluído pela Lei nº
multa. 8.069, de 1990)
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CAPÍTULO IV Pena – detenção, de três meses a um ano,
DA RIXA e multa.
Exceção da verdade
Rixa
Parágrafo único. A exceção da verdade so-
Art. 137. Participar de rixa, salvo para separar mente se admite se o ofendido é funcioná-
os contendores: rio público e a ofensa é relativa ao exercício
Pena – detenção, de quinze dias a dois me- de suas funções.
ses, ou multa. Injúria
Parágrafo único. Se ocorre morte ou lesão Art. 140. Injuriar alguém, ofendendo-lhe a dig-
corporal de natureza grave, aplica-se, pelo nidade ou o decoro:
fato da participação na rixa, a pena de de-
tenção, de seis meses a dois anos. Pena – detenção, de um a seis meses, ou
multa.
§ 1º O juiz pode deixar de aplicar a pena:
CAPÍTULO V I – quando o ofendido, de forma reprovável,
DOS CRIMES CONTRA A HONRA provocou diretamente a injúria;
Calúnia II – no caso de retorsão imediata, que con-
sista em outra injúria.
Art. 138. Caluniar alguém, imputando-lhe falsa-
mente fato definido como crime: § 2º Se a injúria consiste em violência ou
vias de fato, que, por sua natureza ou pelo
Pena – detenção, de seis meses a dois anos, meio empregado, se considerem aviltantes:
e multa.
Pena – detenção, de três meses a um ano, e
§ 1º Na mesma pena incorre quem, saben- multa, além da pena correspondente à vio-
do falsa a imputação, a propala ou divulga. lência.
§ 2º É punível a calúnia contra os mortos. § 3º Se a injúria consiste na utilização de
Exceção da verdade elementos referentes a raça, cor, etnia, reli-
gião, origem ou a condição de pessoa idosa
§ 3º Admite-se a prova da verdade, salvo: ou portadora de deficiência:
I – se, constituindo o fato imputado crime Pena – reclusão de um a três anos e multa.
de ação privada, o ofendido não foi conde- (Incluído pela Lei nº 9.459, de 1997)
nado por sentença irrecorrível;
Disposições comuns
II – se o fato é imputado a qualquer das pes-
soas indicadas no nº I do art. 141; Art. 141. As penas cominadas neste Capítulo
aumentam-se de um terço, se qualquer dos cri-
III – se do crime imputado, embora de ação mes é cometido:
pública, o ofendido foi absolvido por sen-
tença irrecorrível. I – contra o Presidente da República, ou
contra chefe de governo estrangeiro;
Difamação
II – contra funcionário público, em razão de
Art. 139. Difamar alguém, imputando-lhe fato suas funções;
ofensivo à sua reputação:
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III – na presença de várias pessoas, ou por Art. 145. Nos crimes previstos neste Capítu-
meio que facilite a divulgação da calúnia, da lo somente se procede mediante queixa, salvo
difamação ou da injúria. quando, no caso do art. 140, § 2º, da violência
resulta lesão corporal.
IV – contra pessoa maior de 60 (sessenta)
anos ou portadora de deficiência, exceto no Parágrafo único. Procede-se mediante re-
caso de injúria. (Incluído pela Lei nº 10.741, quisição do Ministro da Justiça, no caso do
de 2003) inciso I do caput do art. 141 deste Código,
e mediante representação do ofendido,
Parágrafo único. Se o crime é cometido me- no caso do inciso II do mesmo artigo, bem
diante paga ou promessa de recompensa, como no caso do § 3º do art. 140 deste Có-
aplica-se a pena em dobro. digo.
Exclusão do crime
Art. 142. Não constituem injúria ou difamação
punível: CAPÍTULO VI
I – a ofensa irrogada em juízo, na discussão DOS CRIMES CONTRA
da causa, pela parte ou por seu procurador; A LIBERDADE INDIVIDUAL
II – a opinião desfavorável da crítica literá- Seção I
ria, artística ou científica, salvo quando ine-
quívoca a intenção de injuriar ou difamar;
DOS CRIMES CONTRA
A LIBERDADE PESSOAL
III – o conceito desfavorável emitido por
funcionário público, em apreciação ou in- Constrangimento ilegal
formação que preste no cumprimento de
Art. 146. Constranger alguém, mediante violên-
dever do ofício.
cia ou grave ameaça, ou depois de lhe haver re-
Parágrafo único. Nos casos dos ns. I e III, duzido, por qualquer outro meio, a capacidade
responde pela injúria ou pela difamação de resistência, a não fazer o que a lei permite,
quem lhe dá publicidade. ou a fazer o que ela não manda:
Retratação Pena – detenção, de três meses a um ano,
ou multa.
Art. 143. O querelado que, antes da sentença,
se retrata cabalmente da calúnia ou da difama- Aumento de pena
ção, fica isento de pena.
§ 1º As penas aplicam-se cumulativamente
Parágrafo único. Nos casos em que o quere- e em dobro, quando, para a execução do
lado tenha praticado a calúnia ou a difamação crime, se reúnem mais de três pessoas, ou
utilizando-se de meios de comunicação, a re- há emprego de armas.
tratação dar-se-á, se assim desejar o ofendi-
§ 2º Além das penas cominadas, aplicam-se
do, pelos mesmos meios em que se praticou
as correspondentes à violência.
a ofensa.
§ 3º Não se compreendem na disposição
Art. 144. Se, de referências, alusões ou frases,
deste artigo:
se infere calúnia, difamação ou injúria, quem se
julga ofendido pode pedir explicações em juízo. I – a intervenção médica ou cirúrgica, sem
Aquele que se recusa a dá-las ou, a critério do o consentimento do paciente ou de seu re-
juiz, não as dá satisfatórias, responde pela ofen- presentante legal, se justificada por iminen-
sa. te perigo de vida;
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II – a coação exercida para impedir suicídio. em razão de dívida contraída com o emprega-
dor ou preposto:
Ameaça
Pena – reclusão, de dois a oito anos, e multa,
Art. 147. Ameaçar alguém, por palavra, escrito além da pena correspondente à violência.
ou gesto, ou qualquer outro meio simbólico, de
causar-lhe mal injusto e grave: § 1º Nas mesmas penas incorre quem:
Pena – detenção, de um a seis meses, ou I – cerceia o uso de qualquer meio de trans-
multa. porte por parte do trabalhador, com o fim
de retê-lo no local de trabalho;
Parágrafo único. Somente se procede me-
diante representação. II – mantém vigilância ostensiva no local de
trabalho ou se apodera de documentos ou
Seqüestro e cárcere privado objetos pessoais do trabalhador, com o fim
Art. 148. Privar alguém de sua liberdade, me- de retê-lo no local de trabalho.
diante seqüestro ou cárcere privado: § 2º A pena é aumentada de metade, se o
Pena – reclusão, de um a três anos. crime é cometido:
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Pena – detenção, de um a seis meses, ou § 3º Se da invasão resultar a obtenção de
multa. conteúdo de comunicações eletrônicas pri-
vadas, segredos comerciais ou industriais,
§ 1º Somente se procede mediante repre- informações sigilosas, assim definidas em
sentação. lei, ou o controle remoto não autorizado do
§ 1º-A. Divulgar, sem justa causa, informa- dispositivo invadido:
ções sigilosas ou reservadas, assim defini- Pena – reclusão, de 6 (seis) meses a 2 (dois)
das em lei, contidas ou não nos sistemas de anos, e multa, se a conduta não constitui
informações ou banco de dados da Admi- crime mais grave.
nistração Pública:
§ 4º Na hipótese do § 3º, aumenta-se a
Pena – detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) pena de um a dois terços se houver divul-
anos, e multa. gação, comercialização ou transmissão a
§ 2º Quando resultar prejuízo para a Admi- terceiro, a qualquer título, dos dados ou in-
nistração Pública, a ação penal será incondi- formações obtidos.
cionada. § 5º Aumenta-se a pena de um terço à me-
Violação do segredo profissional tade se o crime for praticado contra:
Art. 154. Revelar alguém, sem justa causa, se- I – Presidente da República, governadores e
gredo, de que tem ciência em razão de função, prefeitos;
ministério, ofício ou profissão, e cuja revelação II – Presidente do Supremo Tribunal Fede-
possa produzir dano a outrem: ral;
Pena – detenção, de três meses a um ano, III – Presidente da Câmara dos Deputados,
ou multa. do Senado Federal, de Assembleia Legis-
Parágrafo único. Somente se procede me- lativa de Estado, da Câmara Legislativa do
diante representação. Distrito Federal ou de Câmara Municipal; ou
Vigência
Art. 154-A. Invadir dispositivo informático
alheio, conectado ou não à rede de computado- IV – dirigente máximo da administração di-
res, mediante violação indevida de mecanismo reta e indireta federal, estadual, municipal
de segurança e com o fim de obter, adulterar ou ou do Distrito Federal.
destruir dados ou informações sem autorização Ação penal
expressa ou tácita do titular do dispositivo ou
instalar vulnerabilidades para obter vantagem Art. 154-B. Nos crimes definidos no art. 154-A,
ilícita: somente se procede mediante representação,
salvo se o crime é cometido contra a administra-
Pena – detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ção pública direta ou indireta de qualquer dos
ano, e multa. Poderes da União, Estados, Distrito Federal ou
§ 1º Na mesma pena incorre quem produz, Municípios ou contra empresas concessionárias
oferece, distribui, vende ou difunde dispo- de serviços públicos.
sitivo ou programa de computador com o
intuito de permitir a prática da conduta de-
finida no caput.
§ 2º Aumenta-se a pena de um sexto a um
terço se da invasão resulta prejuízo econô-
mico.
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§ 3º Equipara-se à coisa móvel a energia § 1º Na mesma pena incorre quem, logo de-
elétrica ou qualquer outra que tenha valor pois de subtraída a coisa, emprega violência
econômico. contra pessoa ou grave ameaça, a fim de as-
segurar a impunidade do crime ou a deten-
Furto qualificado ção da coisa para si ou para terceiro.
§ 4º A pena é de reclusão de dois a oito § 2º A pena aumenta-se de um terço até
anos, e multa, se o crime é cometido: metade:
I – com destruição ou rompimento de obs- I – se a violência ou ameaça é exercida com
táculo à subtração da coisa; emprego de arma;
II – com abuso de confiança, ou mediante II – se há o concurso de duas ou mais pes-
fraude, escalada ou destreza; soas;
III – com emprego de chave falsa; III – se a vítima está em serviço de transpor-
IV – mediante concurso de duas ou mais te de valores e o agente conhece tal circuns-
pessoas. tância.
§ 5º A pena é de reclusão de três a oito IV – se a subtração for de veículo automotor
anos, se a subtração for de veículo automo- que venha a ser transportado para outro Es-
tor que venha a ser transportado para outro tado ou para o exterior;
Estado ou para o exterior.
V – se o agente mantém a vítima em seu po-
Furto de coisa comum der, restringindo sua liberdade.
Art. 156. Subtrair o condômino, co-herdeiro ou § 3º Se da violência resulta lesão corporal
sócio, para si ou para outrem, a quem legitima- grave, a pena é de reclusão, de sete a quin-
mente a detém, a coisa comum:
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ze anos, além da multa; se resulta morte, a § 3º Se resulta a morte:
reclusão é de vinte a trinta anos, sem preju-
ízo da multa. Pena – reclusão, de vinte e quatro a trinta
anos.
Extorsão
§ 4º Se o crime é cometido em concurso, o
Art. 158. Constranger alguém, mediante violên- concorrente que o denunciar à autoridade,
cia ou grave ameaça, e com o intuito de obter facilitando a libertação do seqüestrado, terá
para si ou para outrem indevida vantagem eco- sua pena reduzida de um a dois terços.
nômica, a fazer, tolerar que se faça ou deixar de
fazer alguma coisa: Extorsão indireta
Pena – reclusão, de quatro a dez anos, e Art. 160. Exigir ou receber, como garantia de
multa. dívida, abusando da situação de alguém, docu-
mento que pode dar causa a procedimento cri-
§ 1º Se o crime é cometido por duas ou mais minal contra a vítima ou contra terceiro:
pessoas, ou com emprego de arma, aumen-
ta-se a pena de um terço até metade. Pena – reclusão, de um a três anos, e multa.
Art. 159. Seqüestrar pessoa com o fim de ob- § 1º Na mesma pena incorre quem:
ter, para si ou para outrem, qualquer vantagem,
Usurpação de águas
como condição ou preço do resgate:
I – desvia ou represa, em proveito próprio
Pena – reclusão, de oito a quinze anos..
ou de outrem, águas alheias;
§ 1º Se o seqüestro dura mais de 24 (vinte
Esbulho possessório
e quatro) horas, se o seqüestrado é menor
de 18 (dezoito) ou maior de 60 (sessenta) II – invade, com violência a pessoa ou gra-
anos, ou se o crime é cometido por bando ve ameaça, ou mediante concurso de mais
ou quadrilha. de duas pessoas, terreno ou edifício alheio,
para o fim de esbulho possessório.
Pena – reclusão, de doze a vinte anos.
§ 2º Se o agente usa de violência, incorre
§ 2º Se do fato resulta lesão corporal de na-
também na pena a esta cominada.
tureza grave:
§ 3º Se a propriedade é particular, e não há
Pena – reclusão, de dezesseis a vinte e qua-
emprego de violência, somente se procede
tro anos.
mediante queixa.
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Apropriação indébita previdenciária Apropriação de coisa havida por erro, caso
fortuito ou força da natureza
Art. 168-A. Deixar de repassar à previdência so-
cial as contribuições recolhidas dos contribuin- Art. 169. Apropriar-se alguém de coisa alheia
tes, no prazo e forma legal ou convencional: vinda ao seu poder por erro, caso fortuito ou
força da natureza:
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos,
e multa. Pena – detenção, de um mês a um ano, ou
multa.
§ 1º Nas mesmas penas incorre quem dei-
xar de: Parágrafo único. Na mesma pena incorre:
I – recolher, no prazo legal, contribuição ou Apropriação de tesouro
outra importância destinada à previdência
social que tenha sido descontada de paga- I – quem acha tesouro em prédio alheio e
mento efetuado a segurados, a terceiros ou se apropria, no todo ou em parte, da quota
arrecadada do público; a que tem direito o proprietário do prédio;
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§ 1º Alterar em obra que lhe é encomenda- III – o diretor ou o gerente que toma em-
da a qualidade ou o peso de metal ou subs- préstimo à sociedade ou usa, em proveito
tituir, no mesmo caso, pedra verdadeira por próprio ou de terceiro, dos bens ou haveres
falsa ou por outra de menor valor; vender sociais, sem prévia autorização da assem-
pedra falsa por verdadeira; vender, como bléia geral;
precioso, metal de ou outra qualidade:
IV – o diretor ou o gerente que compra ou
Pena – reclusão, de um a cinco anos, e multa. vende, por conta da sociedade, ações por
ela emitidas, salvo quando a lei o permite;
§ 2º É aplicável o disposto no art. 155, § 2º.
V – o diretor ou o gerente que, como garan-
Outras fraudes tia de crédito social, aceita em penhor ou
Art. 176. Tomar refeição em restaurante, alojar- em caução ações da própria sociedade;
-se em hotel ou utilizar-se de meio de transpor- VI – o diretor ou o gerente que, na falta de
te sem dispor de recursos para efetuar o paga- balanço, em desacordo com este, ou me-
mento: diante balanço falso, distribui lucros ou divi-
Pena – detenção, de quinze dias a dois me- dendos fictícios;
ses, ou multa. VII – o diretor, o gerente ou o fiscal que, por
Parágrafo único. Somente se procede me- interposta pessoa, ou conluiado com acio-
diante representação, e o juiz pode, con- nista, consegue a aprovação de conta ou
forme as circunstâncias, deixar de aplicar a parecer;
pena. VIII – o liquidante, nos casos dos ns. I, II, III,
Fraudes e abusos na fundação ou IV, V e VII;
administração de sociedade por ações IX – o representante da sociedade anônima
Art. 177. Promover a fundação de sociedade estrangeira, autorizada a funcionar no País,
por ações, fazendo, em prospecto ou em comu- que pratica os atos mencionados nos ns. I e
nicação ao público ou à assembléia, afirmação II, ou dá falsa informação ao Governo.
falsa sobre a constituição da sociedade, ou ocul- § 2º Incorre na pena de detenção, de seis
tando fraudulentamente fato a ela relativo: meses a dois anos, e multa, o acionista que,
Pena – reclusão, de um a quatro anos, e a fim de obter vantagem para si ou para ou-
multa, se o fato não constitui crime contra a trem, negocia o voto nas deliberações de
economia popular. assembléia geral.
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TÍTULO VI prevalecendo-se o agente da sua condição de
superior hierárquico ou ascendência inerentes
Dos Crimes Contra ao exercício de emprego, cargo ou função."
a Dignidade Sexual Pena – detenção, de 1 (um) a 2 (dois) anos.
Parágrafo único. (VETADO) (Incluído pela
Lei nº 10.224, de 15 de 2001)
CAPÍTULO I § 2º A pena é aumentada em até um terço
DOS CRIMES CONTRA se a vítima é menor de 18 (dezoito) anos.
A LIBERDADE SEXUAL
Estupro CAPÍTULO II
Art. 213. Constranger alguém, mediante violên- DOS CRIMES SEXUAIS
cia ou grave ameaça, a ter conjunção carnal ou CONTRA VULNERÁVEL
a praticar ou permitir que com ele se pratique
outro ato libidinoso: Sedução
Pena – reclusão, de 6 (seis) a 10 (dez) anos. Art. 217. (Revogado pela Lei nº 11.106, de 2005)
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Pena – reclusão, de 4 (quatro) a 10 (dez) Art. 224. (Revogado pela Lei nº 12.015, de 2009)
anos. Ação penal
§ 1º Se o crime é praticado com o fim de ob- Art. 225. Nos crimes definidos nos Capítulos I e
ter vantagem econômica, aplica-se também II deste Título, procede-se mediante ação penal
multa. pública condicionada à representação.
§ 2º Incorre nas mesmas penas: Parágrafo único. Procede-se, entretanto,
I – quem pratica conjunção carnal ou outro mediante ação penal pública incondiciona-
ato libidinoso com alguém menor de 18 (de- da se a vítima é menor de 18 (dezoito) anos
zoito) e maior de 14 (catorze) anos na situa- ou pessoa vulnerável.
ção descrita no caput deste artigo; Aumento de pena
II – o proprietário, o gerente ou o responsá- Art. 226. A pena é aumentada:
vel pelo local em que se verifiquem as práti-
cas referidas no caput deste artigo. I – de quarta parte, se o crime é cometido
com o concurso de 2 (duas) ou mais pesso-
§ 3º Na hipótese do inciso II do § 2º, consti- as;
tui efeito obrigatório da condenação a cas-
sação da licença de localização e de funcio- II – de metade, se o agente é ascendente,
namento do estabelecimento. padrasto ou madrasta, tio, irmão, cônjuge,
companheiro, tutor, curador, preceptor ou
empregador da vítima ou por qualquer ou-
tro título tem autoridade sobre ela;
III – (Revogado pela Lei nº 11.106, de 2005)
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CAPÍTULO V Pena – reclusão, de quatro a dez anos, além
DO LENOCÍNIO E DO da pena correspondente à violência.
TRÁFICODE PESSOA PARA FIM § 3º Se o crime é cometido com o fim de lu-
DE PROSTITUIÇÃO OU OUTRA cro, aplica-se também multa.
FORMA DE EXPLORAÇÃO SEXUAL Casa de prostituição
Mediação para servir a lascívia de outrem Art. 229. Manter, por conta própria ou de ter-
ceiro, estabelecimento em que ocorra explora-
Art. 227. Induzir alguém a satisfazer a lascívia ção sexual, haja, ou não, intuito de lucro ou me-
de outrem: diação direta do proprietário ou gerente:
Pena – reclusão, de um a três anos. Pena – reclusão, de dois a cinco anos, e
§ 1º Se a vítima é maior de 14 (catorze) e multa.
menor de 18 (dezoito) anos, ou se o agente Rufianismo
é seu ascendente, descendente, cônjuge ou
companheiro, irmão, tutor ou curador ou Art. 230. Tirar proveito da prostituição alheia,
pessoa a quem esteja confiada para fins de participando diretamente de seus lucros ou
educação, de tratamento ou de guarda: (Re- fazendo-se sustentar, no todo ou em parte, por
dação dada pela Lei nº 11.106, de 2005) quem a exerça:
Pena – reclusão, de dois a cinco anos. Pena – reclusão, de um a quatro anos, e
multa.
§ 2º Se o crime é cometido com emprego de
violência, grave ameaça ou fraude: § 1º Se a vítima é menor de 18 (dezoito) e
maior de 14 (catorze) anos ou se o crime
Pena – reclusão, de dois a oito anos, além é cometido por ascendente, padrasto, ma-
da pena correspondente à violência. drasta, irmão, enteado, cônjuge, compa-
§ 3º Se o crime é cometido com o fim de lu- nheiro, tutor ou curador, preceptor ou em-
cro, aplica-se também multa. pregador da vítima, ou por quem assumiu,
por lei ou outra forma, obrigação de cuida-
Favorecimento da prostituição ou outra do, proteção ou vigilância:
forma de exploração sexual
Pena – reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos,
Art. 228. Induzir ou atrair alguém à prostituição e multa.
ou outra forma de exploração sexual, facilitá-la,
impedir ou dificultar que alguém a abandone: § 2º Se o crime é cometido mediante vio-
lência, grave ameaça, fraude ou outro meio
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, que impeça ou dificulte a livre manifestação
e multa. da vontade da vítima:
§ 1º Se o agente é ascendente, padrasto, Pena – reclusão, de 2 (dois) a 8 (oito) anos,
madrasta, irmão, enteado, cônjuge, compa- sem prejuízo da pena correspondente à vio-
nheiro, tutor ou curador, preceptor ou em- lência.
pregador da vítima, ou se assumiu, por lei
ou outra forma, obrigação de cuidado, pro- Tráfico internacional de pessoa para fim de
teção ou vigilância: exploração sexual
Pena – reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos. Art. 231. Promover ou facilitar a entrada, no
território nacional, de alguém que nele venha a
§ 2º Se o crime, é cometido com emprego exercer a prostituição ou outra forma de explo-
de violência, grave ameaça ou fraude:
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ração sexual, ou a saída de alguém que vá exer- III – se o agente é ascendente, padrasto, ma-
cê-la no estrangeiro. drasta, irmão, enteado, cônjuge, companheiro,
Pena – reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos. tutor ou curador, preceptor ou empregador da
vítima, ou se assumiu, por lei ou outra forma,
§ 1º Incorre na mesma pena aquele que obrigação de cuidado, proteção ou vigilância;
agenciar, aliciar ou comprar a pessoa tra- ou
ficada, assim como, tendo conhecimento
dessa condição, transportá-la, transferi-la IV – há emprego de violência, grave ameaça
ou alojá-la. ou fraude.
§ 2º A pena é aumentada da metade se: § 3º Se o crime é cometido com o fim de ob-
I – a vítima é menor de 18 (dezoito) anos; ter vantagem econômica, aplica-se também
multa.
II – a vítima, por enfermidade ou deficiência
mental, não tem o necessário discernimen- Art. 232. (Revogado pela Lei nº 12.015, de 2009)
to para a prática do ato;
III – se o agente é ascendente, padrasto,
madrasta, irmão, enteado, cônjuge, compa- CAPÍTULO VI
nheiro, tutor ou curador, preceptor ou em-
DO ULTRAJE PÚBLICO AO PUDOR
pregador da vítima, ou se assumiu, por lei
ou outra forma, obrigação de cuidado, pro- Ato obsceno
teção ou vigilância; ou
Art. 233. Praticar ato obsceno em lugar público,
IV – há emprego de violência, grave ameaça
ou aberto ou exposto ao público:
ou fraude.
Pena – detenção, de três meses a um ano,
§ 3º Se o crime é cometido com o fim de ob-
ou multa.
ter vantagem econômica, aplica-se também
multa. Escrito ou objeto obsceno
Tráfico interno de pessoa para fim de ex- Art. 234. Fazer, importar, exportar, adquirir ou
ploração sexual ter sob sua guarda, para fim de comércio, de
distribuição ou de exposição pública, escrito,
Art. 231-A. Promover ou facilitar o deslocamen-
desenho, pintura, estampa ou qualquer objeto
to de alguém dentro do território nacional para
obsceno:
o exercício da prostituição ou outra forma de
exploração sexual: Pena – detenção, de seis meses a dois anos,
ou multa.
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos.
Parágrafo único. Incorre na mesma pena
§ 1º Incorre na mesma pena aquele que
quem:
agenciar, aliciar, vender ou comprar a pes-
soa traficada, assim como, tendo conheci- I – vende, distribui ou expõe à venda ou ao
mento dessa condição, transportá-la, trans- público qualquer dos objetos referidos nes-
feri-la ou alojá-la. te artigo;
§ 2º A pena é aumentada da metade se: II – realiza, em lugar público ou acessível
ao público, representação teatral, ou exi-
I – a vítima é menor de 18 (dezoito) anos;
bição cinematográfica de caráter obsceno,
II – a vítima, por enfermidade ou deficiência ou qualquer outro espetáculo, que tenha o
mental, não tem o necessário discernimen- mesmo caráter;
to para a prática do ato;
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III – realiza, em lugar público ou acessível ao adquire, vende, troca, cede, empresta, guar-
público, ou pelo rádio, audição ou recitação da ou introduz na circulação moeda falsa.
de caráter obsceno.
§ 2º Quem, tendo recebido de boa-fé, como
verdadeira, moeda falsa ou alterada, a res-
titui à circulação, depois de conhecer a fal-
CAPÍTULO VII sidade, é punido com detenção, de seis me-
ses a dois anos, e multa.
DISPOSIÇÕES GERAIS
§ 3º É punido com reclusão, de três a quinze
Aumento de pena anos, e multa, o funcionário público ou dire-
Art. 234-A. Nos crimes previstos neste Título a tor, gerente, ou fiscal de banco de emissão
pena é aumentada: que fabrica, emite ou autoriza a fabricação
ou emissão:
I – (VETADO);
I – de moeda com título ou peso inferior ao
II – (VETADO); determinado em lei;
III – de metade, se do crime resultar gravi- II – de papel-moeda em quantidade supe-
dez; e rior à autorizada.
IV – de um sexto até a metade, se o agen- § 4º Nas mesmas penas incorre quem des-
te transmite à vitima doença sexualmente via e faz circular moeda, cuja circulação não
transmissível de que sabe ou deveria saber estava ainda autorizada.
ser portador.
Crimes assimilados ao de moeda falsa
Art. 234-B. Os processos em que se apuram cri-
mes definidos neste Título correrão em segredo Art. 290. Formar cédula, nota ou bilhete repre-
de justiça. sentativo de moeda com fragmentos de cédu-
las, notas ou bilhetes verdadeiros; suprimir, em
Art. 234-C. (VETADO). nota, cédula ou bilhete recolhidos, para o fim de
restituí-los à circulação, sinal indicativo de sua
inutilização; restituir à circulação cédula, nota
TÍTULO X ou bilhete em tais condições, ou já recolhidos
para o fim de inutilização:
Dos Crimes Contra a Fé Pública Pena – reclusão, de dois a oito anos, e multa.
Parágrafo único. O máximo da reclusão é
elevado a doze anos e multa, se o crime é
CAPÍTULO I cometido por funcionário que trabalha na
DA MOEDA FALSA repartição onde o dinheiro se achava reco-
lhido, ou nela tem fácil ingresso, em razão
Moeda Falsa do cargo.
Art. 289. Falsificar, fabricando-a ou alterando-a, Petrechos para falsificação de moeda
moeda metálica ou papel-moeda de curso legal
no país ou no estrangeiro: Art. 291. Fabricar, adquirir, fornecer, a título
oneroso ou gratuito, possuir ou guardar maqui-
Pena – reclusão, de três a doze anos, e multa. nismo, aparelho, instrumento ou qualquer ob-
jeto especialmente destinado à falsificação de
§ 1º Nas mesmas penas incorre quem, por moeda:
conta própria ou alheia, importa ou exporta,
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Pena – reclusão, de dois a seis anos, e multa. Pena – reclusão, de dois a oito anos, e multa.
Emissão de título ao portador sem permis- § 1º Incorre na mesma pena quem:
são legal
I – usa, guarda, possui ou detém qualquer
Art. 292. Emitir, sem permissão legal, nota, bi- dos papéis falsificados a que se refere este
lhete, ficha, vale ou título que contenha pro- artigo;
messa de pagamento em dinheiro ao portador
ou a que falte indicação do nome da pessoa a II – importa, exporta, adquire, vende, troca,
quem deva ser pago: cede, empresta, guarda, fornece ou restitui
à circulação selo falsificado destinado a con-
Pena – detenção, de um a seis meses, ou trole tributário;
multa.
III – importa, exporta, adquire, vende, ex-
Parágrafo único. Quem recebe ou utiliza põe à venda, mantém em depósito, guarda,
como dinheiro qualquer dos documentos troca, cede, empresta, fornece, porta ou, de
referidos neste artigo incorre na pena de qualquer forma, utiliza em proveito próprio
detenção, de quinze dias a três meses, ou ou alheio, no exercício de atividade comer-
multa. cial ou industrial, produto ou mercadoria:
a) em que tenha sido aplicado selo que se
destine a controle tributário, falsificado;
CAPÍTULO II b) sem selo oficial, nos casos em que a legis-
DA FALSIDADE DE TÍTULOS lação tributária determina a obrigatorieda-
E OUTROS PAPÉIS PÚBLICOS de de sua aplicação.
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Petrechos de falsificação Falsificação de documento público
Art. 294 – Fabricar, adquirir, fornecer, pos- Art. 297. Falsificar, no todo ou em parte, docu-
suir ou guardar objeto especialmente desti- mento público, ou alterar documento público
nado à falsificação de qualquer dos papéis verdadeiro:
referidos no artigo anterior: Pena – reclusão, de dois a seis anos, e multa.
Pena – reclusão, de um a três anos, e multa. § 1º Se o agente é funcionário público, e
Art. 295 – Se o agente é funcionário públi- comete o crime prevalecendo-se do cargo,
co, e comete o crime prevalecendo-se do aumenta-se a pena de sexta parte.
cargo, aumenta-se a pena de sexta parte. § 2º Para os efeitos penais, equiparam-se a do-
cumento público o emanado de entidade pa-
raestatal, o título ao portador ou transmissível
por endosso, as ações de sociedade comercial,
CAPÍTULO III os livros mercantis e o testamento particular.
DA FALSIDADE DOCUMENTAL § 3º Nas mesmas penas incorre quem inse-
re ou faz inserir:
Falsificação do selo ou sinal público
I – na folha de pagamento ou em docu-
Art. 296. Falsificar, fabricando-os ou alte- mento de informações que seja destinado
rando-os: a fazer prova perante a previdência social,
I – selo público destinado a autenticar atos pessoa que não possua a qualidade de se-
oficiais da União, de Estado ou de Municí- gurado obrigatório;
pio; II – na Carteira de Trabalho e Previdência
Social do empregado ou em documento
II – selo ou sinal atribuído por lei a entidade
que deva produzir efeito perante a previ-
de direito público, ou a autoridade, ou sinal
dência social, declaração falsa ou diversa da
público de tabelião:
que deveria ter sido escrita;
Pena – reclusão, de dois a seis anos, e multa.
III – em documento contábil ou em qual-
§ 1º Incorre nas mesmas penas: quer outro documento relacionado com
as obrigações da empresa perante a previ-
I – quem faz uso do selo ou sinal falsificado; dência social, declaração falsa ou diversa da
II – quem utiliza indevidamente o selo ou que deveria ter constado.
sinal verdadeiro em prejuízo de outrem ou § 4º Nas mesmas penas incorre quem omi-
em proveito próprio ou alheio. te, nos documentos mencionados no § 3º,
III – quem altera, falsifica ou faz uso indevido nome do segurado e seus dados pessoais, a
de marcas, logotipos, siglas ou quaisquer ou- remuneração, a vigência do contrato de tra-
tros símbolos utilizados ou identificadores de balho ou de prestação de serviços.
órgãos ou entidades da Administração Pública. Falsificação de documento particular
§ 2º Se o agente é funcionário público, e Art. 298. Falsificar, no todo ou em parte, docu-
comete o crime prevalecendo-se do cargo, mento particular ou alterar documento particu-
aumenta-se a pena de sexta parte. lar verdadeiro:
Pena – reclusão, de um a cinco anos, e multa.
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Art. 300. Reconhecer, como verdadeira, no Parágrafo único. Na mesma pena incorre
exercício de função pública, firma ou letra que quem, para fins de comércio, faz uso do selo
o não seja: ou peça filatélica.
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CAPÍTULO IV Pena – detenção, de um a três anos, e multa.
DE OUTRAS FALSIDADES Parágrafo único. Atribuir a estrangeiro falsa
qualidade para promover-lhe a entrada em
Falsificação do sinal empregado no território nacional:
contraste de metal precioso ou na
fiscalização alfandegária, ou para outros Pena – reclusão, de um a quatro anos, e
fins multa.
Art. 306. Falsificar, fabricando-o ou alterando-o, Art. 310. Prestar-se a figurar como proprietário
marca ou sinal empregado pelo poder público ou possuidor de ação, título ou valor perten-
no contraste de metal precioso ou na fiscaliza- cente a estrangeiro, nos casos em que a este é
ção alfandegária, ou usar marca ou sinal dessa vedada por lei a propriedade ou a posse de tais
natureza, falsificado por outrem: bens:
Pena – reclusão, de dois a seis anos, e multa. Pena – detenção, de seis meses a três anos,
e multa.
Parágrafo único. Se a marca ou sinal falsifi-
cado é o que usa a autoridade pública para Adulteração de sinal identificador de
o fim de fiscalização sanitária, ou para au- veículo automotor
tenticar ou encerrar determinados objetos,
ou comprovar o cumprimento de formalida- Art. 311. Adulterar ou remarcar número de
de legal: chassi ou qualquer sinal identificador de veículo
automotor, de seu componente ou equipamen-
Pena – reclusão ou detenção, de um a três to:
anos, e multa.
Pena – reclusão, de três a seis anos, e multa.
Falsa identidade
§ 1º Se o agente comete o crime no exer-
Art. 307. Atribuir-se ou atribuir a terceiro falsa cício da função pública ou em razão dela, a
identidade para obter vantagem, em proveito pena é aumentada de um terço.
próprio ou alheio, ou para causar dano a ou-
trem: § 2º Incorre nas mesmas penas o funcio-
nário público que contribui para o licencia-
Pena – detenção, de três meses a um ano, mento ou registro do veículo remarcado ou
ou multa, se o fato não constitui elemento adulterado, fornecendo indevidamente ma-
de crime mais grave. terial ou informação oficial.
Art. 308. Usar, como próprio, passaporte, título
de eleitor, caderneta de reservista ou qualquer
documento de identidade alheia ou ceder a ou- CAPÍTULO V
trem, para que dele se utilize, documento dessa
natureza, próprio ou de terceiro:
DAS FRAUDES EM CERTAMES DE
INTERESSE PÚBLICO
Pena – detenção, de quatro meses a dois
anos, e multa, se o fato não constitui ele- Fraudes em certames de interesse público
mento de crime mais grave.
Art. 311-A. Utilizar ou divulgar, indevidamente,
Fraude de lei sobre estrangeiro com o fim de beneficiar a si ou a outrem, ou de
comprometer a credibilidade do certame, con-
Art. 309. Usar o estrangeiro, para entrar ou per- teúdo sigiloso de:
manecer no território nacional, nome que não
é o seu: I – concurso público;
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ou alteração resulta dano para a Adminis- dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa
tração Pública ou para o administrado. de tal vantagem:
Extravio, sonegação ou inutilização de livro Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze)
ou documento anos, e multa.
Art. 314. Extraviar livro oficial ou qualquer do- § 1º A pena é aumentada de um terço, se,
cumento, de que tem a guarda em razão do em conseqüência da vantagem ou promes-
cargo; sonegá-lo ou inutilizá-lo, total ou parcial- sa, o funcionário retarda ou deixa de prati-
mente: car qualquer ato de ofício ou o pratica in-
fringindo dever funcional.
Pena – reclusão, de um a quatro anos, se o
fato não constitui crime mais grave. § 2º Se o funcionário pratica, deixa de prati-
car ou retarda ato de ofício, com infração de
Emprego irregular de verbas ou rendas dever funcional, cedendo a pedido ou influ-
públicas ência de outrem:
Art. 315. Dar às verbas ou rendas públicas apli- Pena – detenção, de três meses a um ano,
cação diversa da estabelecida em lei: ou multa.
Pena – detenção, de um a três meses, ou Facilitação de contrabando ou descaminho
multa.
Art. 318. Facilitar, com infração de dever fun-
Concussão cional, a prática de contrabando ou descaminho
Art. 316. Exigir, para si ou para outrem, direta (art. 334):
ou indiretamente, ainda que fora da função ou Pena – reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos,
antes de assumi-la, mas em razão dela, vanta- e multa.
gem indevida:
Prevaricação
Pena – reclusão, de dois a oito anos, e multa.
Art. 319. Retardar ou deixar de praticar, indevi-
Excesso de exação damente, ato de ofício, ou praticá-lo contra dis-
§ 1º Se o funcionário exige tributo ou con- posição expressa de lei, para satisfazer interesse
tribuição social que sabe ou deveria saber ou sentimento pessoal:
indevido, ou, quando devido, emprega na Pena – detenção, de três meses a um ano,
cobrança meio vexatório ou gravoso, que a e multa.
lei não autoriza:
Art. 319-A. Deixar o Diretor de Penitenciária
Pena – reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos, e/ou agente público, de cumprir seu dever de
e multa. vedar ao preso o acesso a aparelho telefônico,
§ 2º Se o funcionário desvia, em proveito de rádio ou similar, que permita a comunicação
próprio ou de outrem, o que recebeu inde- com outros presos ou com o ambiente externo:
vidamente para recolher aos cofres públicos: Pena – detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano.
Pena – reclusão, de dois a doze anos, e multa. Condescendência criminosa
Corrupção passiva Art. 320. Deixar o funcionário, por indulgência,
Art. 317. Solicitar ou receber, para si ou para ou- de responsabilizar subordinado que cometeu
trem, direta ou indiretamente, ainda que fora infração no exercício do cargo ou, quando lhe
da função ou antes de assumi-la, mas em razão falte competência, não levar o fato ao conheci-
mento da autoridade competente:
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§ 2º A pena será aumentada da terça parte Pena – detenção, de quinze dias a seis me-
quando os autores dos crimes previstos nes- ses, e multa.
te Capítulo forem ocupantes de cargos em
comissão ou de função de direção ou asses- Desacato
soramento de órgão da administração direta, Art. 331. Desacatar funcionário público no exer-
sociedade de economia mista, empresa pú- cício da função ou em razão dela:
blica ou fundação instituída pelo poder pú-
blico. (Incluído pela Lei nº 6.799, de 1980) Pena – detenção, de seis meses a dois anos,
ou multa.
Tráfico de Influência
CAPÍTULO II Art. 332. Solicitar, exigir, cobrar ou obter, para si
DOS CRIMES PRATICADOS ou para outrem, vantagem ou promessa de van-
POR PARTICULAR CONTRA A tagem, a pretexto de influir em ato praticado
por funcionário público no exercício da função:
ADMINISTRAÇÃO EM GERAL
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos,
Usurpação de função pública e multa.
Art. 328. Usurpar o exercício de função pública: Parágrafo único. A pena é aumentada da
Pena – detenção, de três meses a dois anos, metade, se o agente alega ou insinua que a
e multa. vantagem é também destinada ao funcioná-
rio.
Parágrafo único. Se do fato o agente aufere
vantagem: Corrupção ativa
Pena – reclusão, de dois a cinco anos, e Art. 333. Oferecer ou prometer vantagem inde-
multa. vida a funcionário público, para determiná-lo a
praticar, omitir ou retardar ato de ofício:
Resistência
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze)
Art. 329. Opor-se à execução de ato legal, me- anos, e multa.
diante violência ou ameaça a funcionário com-
petente para executá-lo ou a quem lhe esteja Parágrafo único. A pena é aumentada de
prestando auxílio: um terço, se, em razão da vantagem ou pro-
messa, o funcionário retarda ou omite ato
Pena – detenção, de dois meses a dois anos. de ofício, ou o pratica infringindo dever fun-
cional.
§ 1º Se o ato, em razão da resistência, não
se executa: Descaminho
Pena – reclusão, de um a três anos. Art. 334. Iludir, no todo ou em parte, o paga-
mento de direito ou imposto devido pela entra-
§ 2º As penas deste artigo são aplicáveis
da, pela saída ou pelo consumo de mercadoria
sem prejuízo das correspondentes à violên-
cia. Pena – reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro)
anos.
Desobediência
§ 1º Incorre na mesma pena quem:
Art. 330. Desobedecer a ordem legal de funcio-
nário público: I – pratica navegação de cabotagem, fora
dos casos permitidos em lei;
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Subtração ou inutilização de livro ou nistrativamente, como sendo o mínimo para
documento o ajuizamento de suas execuções fiscais.
Art. 337. Subtrair, ou inutilizar, total ou parcial- § 3º Se o empregador não é pessoa jurídica
mente, livro oficial, processo ou documento e sua folha de pagamento mensal não ul-
confiado à custódia de funcionário, em razão de trapassa R$ 1.510,00 (um mil, quinhentos e
ofício, ou de particular em serviço público: dez reais), o juiz poderá reduzir a pena de
um terço até a metade ou aplicar apenas a
Pena – reclusão, de dois a cinco anos, se o de multa.
fato não constitui crime mais grave.
§ 4º O valor a que se refere o parágrafo an-
Sonegação de contribuição previdenciária terior será reajustado nas mesmas datas e
Art. 337-A. Suprimir ou reduzir contribuição nos mesmos índices do reajuste dos benefí-
social previdenciária e qualquer acessório, me- cios da previdência social.
diante as seguintes condutas:
I – omitir de folha de pagamento da empre- CAPÍTULO II-A
sa ou de documento de informações previs-
to pela legislação previdenciária segurados DOS CRIMES PRATICADOS
empregado, empresário, trabalhador avulso POR PARTICULAR CONTRA A
ou trabalhador autônomo ou a este equipa- ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
rado que lhe prestem serviços; ESTRANGEIRA
II – deixar de lançar mensalmente nos títu-
los próprios da contabilidade da empresa as Corrupção ativa em transação comercial
quantias descontadas dos segurados ou as internacional
devidas pelo empregador ou pelo tomador Art. 337-B. Prometer, oferecer ou dar, direta ou
de serviços; indiretamente, vantagem indevida a funcionário
III – omitir, total ou parcialmente, receitas público estrangeiro, ou a terceira pessoa, para
ou lucros auferidos, remunerações pagas ou determiná-lo a praticar, omitir ou retardar ato
creditadas e demais fatos geradores de con- de ofício relacionado à transação comercial in-
tribuições sociais previdenciárias: ternacional:
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, Pena – reclusão, de 1 (um) a 8 (oito) anos,
e multa. e multa.
§ 1º É extinta a punibilidade se o agente, es- Parágrafo único. A pena é aumentada de
pontaneamente, declara e confessa as con- 1/3 (um terço), se, em razão da vantagem
tribuições, importâncias ou valores e presta ou promessa, o funcionário público estran-
as informações devidas à previdência social, geiro retarda ou omite o ato de ofício, ou o
na forma definida em lei ou regulamento, pratica infringindo dever funcional.
antes do início da ação fiscal.
Tráfico de influência em transação
§ 2º É facultado ao juiz deixar de aplicar a
comercial internacional
pena ou aplicar somente a de multa se o
agente for primário e de bons anteceden- Art. 337-C. Solicitar, exigir, cobrar ou obter, para
tes, desde que: si ou para outrem, direta ou indiretamente, van-
I – (VETADO) tagem ou promessa de vantagem a pretexto de
influir em ato praticado por funcionário público
II – o valor das contribuições devidas, inclu- estrangeiro no exercício de suas funções, rela-
sive acessórios, seja igual ou inferior àquele cionado a transação comercial internacional:
estabelecido pela previdência social, admi-
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Pena – reclusão, de três a quatro anos, e Parágrafo único – Se a inovação se destina a
multa. produzir efeito em processo penal, ainda que
não iniciado, as penas aplicam-se em dobro.
Parágrafo único. As penas aumentam-se de
um sexto a um terço, se o crime é cometido Favorecimento pessoal
com o fim de obter prova destinada a pro-
duzir efeito em processo penal ou em pro- Art. 348. Auxiliar a subtrair-se à ação de autori-
cesso civil em que for parte entidade da ad- dade pública autor de crime a que é cominada
ministração pública direta ou indireta. pena de reclusão:
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§ 1º Se o crime é praticado a mão armada, Pena – detenção, de seis meses a três anos,
ou por mais de uma pessoa, ou mediante e multa.
arrombamento, a pena é de reclusão, de Patrocínio simultâneo ou tergiversação
dois a seis anos.
Parágrafo único. Incorre na pena deste ar-
§ 2º Se há emprego de violência contra pes- tigo o advogado ou procurador judicial que
soa, aplica-se também a pena correspon- defende na mesma causa, simultânea ou
dente à violência. sucessivamente, partes contrárias.
§ 3º A pena é de reclusão, de um a quatro Sonegação de papel ou objeto de valor
anos, se o crime é praticado por pessoa sob probatório
cuja custódia ou guarda está o preso ou o
internado. Art. 356. Inutilizar, total ou parcialmente, ou
deixar de restituir autos, documento ou objeto
§ 4º No caso de culpa do funcionário in- de valor probatório, que recebeu na qualidade
cumbido da custódia ou guarda, aplica-se a de advogado ou procurador:
pena de detenção, de três meses a um ano,
ou multa. Pena – detenção, de seis meses a três anos,
e multa.
Evasão mediante violência contra a pessoa
Exploração de prestígio
Art. 352. Evadir-se ou tentar evadir-se o preso
ou o indivíduo submetido a medida de seguran- Art. 357. Solicitar ou receber dinheiro ou qual-
ça detentiva, usando de violência contra a pes- quer outra utilidade, a pretexto de influir em
soa: juiz, jurado, órgão do Ministério Público, funcio-
nário de justiça, perito, tradutor, intérprete ou
Pena – detenção, de três meses a um ano, testemunha:
além da pena correspondente à violência.
Pena – reclusão, de um a cinco anos, e multa.
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Parágrafo único. As penas aumentam-se de Inscrição de despesas não empenhadas em
um terço, se o agente alega ou insinua que restos a pagar
o dinheiro ou utilidade também se destina a
qualquer das pessoas referidas neste artigo. Art. 359-B. Ordenar ou autorizar a inscrição em
restos a pagar, de despesa que não tenha sido
Violência ou fraude em arrematação previamente empenhada ou que exceda limite
judicial estabelecido em lei:
Art. 358. Impedir, perturbar ou fraudar arre- Pena – detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois)
matação judicial; afastar ou procurar afastar anos.
concorrente ou licitante, por meio de violência,
grave ameaça, fraude ou oferecimento de van- Assunção de obrigação no último ano do
tagem: mandato ou legislatura
Pena – detenção, de dois meses a um ano, Art. 359-C. Ordenar ou autorizar a assunção
ou multa, além da pena correspondente à de obrigação, nos dois últimos quadrimestres
violência. do último ano do mandato ou legislatura, cuja
despesa não possa ser paga no mesmo exercício
Desobediência a decisão judicial sobre financeiro ou, caso reste parcela a ser paga no
perda ou suspensão de direito exercício seguinte, que não tenha contrapartida
suficiente de disponibilidade de caixa:
Art. 359. Exercer função, atividade, direito, au-
toridade ou múnus, de que foi suspenso ou pri- Pena – reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro)
vado por decisão judicial: anos.
Pena – detenção, de três meses a dois anos, Ordenação de despesa não autorizada
ou multa.
Art. 359-D. Ordenar despesa não autorizada por
lei:
Pena – reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro)
CAPÍTULO IV anos.
DOS CRIMES CONTRA
Prestação de garantia graciosa
AS FINANÇAS PÚBLICAS
Art. 359-E. Prestar garantia em operação de
Contratação de operação de crédito crédito sem que tenha sido constituída contra-
Art. 359-A. Ordenar, autorizar ou realizar opera- garantia em valor igual ou superior ao valor da
ção de crédito, interno ou externo, sem prévia garantia prestada, na forma da lei:
autorização legislativa: Pena – detenção, de 3 (três) meses a 1 (um)
Pena – reclusão, de 1 (um) a 2 (dois) anos. ano.
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MATERIAL DE APOIO
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•• Par. 1º: perdão judicial, art. 107, IX, CP.
•• Par. 2º: forma qualificada (injúria qualificada ou real).
•• Par. 3: forma qualificada (injúria qualificada racial).
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ART. 181, CP: IMUNIDADE ABSOLUTA.
ART. 182, CP: IMUNIDADE RELATIVA (AÇÃO PENAL PÚBLICA CONDICIONADA).
ART. 183, CP: CAUSAS DE EXCLUSÃO.
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•• consumação: com a omissão ou inclusão da declaração falsa, seja de forma direta ou de
forma indireta pelo agente.
•• admite a forma tentada.
•• causa de aumento de pena: preceito secundário da norma (pena).
•• classificação: comum, tipo misto alternativo, forma livre, unissubjetivo, formal ou de consu-
mação antecipada, instantâneo, purissubsistente (na conduta “omitir” é unissubsistente).
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•• art. 312, parágrafo 3º, CP: reparação no dano (não aplica-se, neste caso, o art. 16, CP, eis
que temos regra especial, sendo uma forma de exteinção da punibilidade, conforme o
citado dispositivo legal, 1ª parte).
•• apesar de ser um crime próprio, o terceiro que não é funcionário público, responde pelo
tipo penal, consoante art. 30, CP.
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ART. 318, CP: facilitação de contrabando ou descaminho.
•• exceção à teoria monista: art. 29, CP (art. 334, CP).
•• sujeito ativo: somente o funcionário público que agir com infração do dever funcional.
•• crime próprio.
ART. 319, CP: prevaricação .
•• dolo de fazer ou deixar de fazer alguma coisa com o objetivo de satisfazer sentimento ou
interesse pessoal.
•• consuma-se com a omissão.
•• crime próprio.
•• nas condutas omisssivas, não se admite a tentativa, enquanto nas condutas comissivas, é
perfeitamente possível.
•• não confundir com os crimes dos arts. 317, parágrafo 2º, CP e art. 320, CP.
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ARTs. 334, 334-A, CP: Contrabando ou Descaminho.
•• contrabando: ingressou exportação no país de mercadoria ilegal.
•• descaminho: iludir, no todo ou em parte, o pagamento de direito ou imposto devido na
entrada ou saída de mercadoria permitida.
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Questões de Provas
1. (111253) CESPE – 2013 – PRF – SUPERIOR ração ou execução de outro crime, aplica-se
a norma mais abrangente. Por exemplo, no
No que se refere aos delitos previstos na caso de cometimento do crime de falsifica-
parte especial do CP, julgue o item seguinte. ção de documento para a prática do crime
Considere a seguinte situação hipotética. de estelionato, sem mais potencialidade le-
siva, este absorve aquele.
Aproveitando-se da facilidade do cargo por
ele exercido em determinado órgão públi- ( ) Certo ( ) Errado
co, Artur, servidor público, em conluio com
Maria, penalmente responsável, subtraiu 4. (111232) CESPE – 2013 – POLÍCIA FEDERAL
dinheiro da repartição pública onde traba- – SUPERIOR
lha. Maria, que recebeu parte do dinheiro
subtraído, desconhecia ser Artur funcioná- No que concerne a infração penal, fato típi-
rio público. Nessa situação hipotética, Artur co e seus elementos, formas consumadas e
cometeu o crime de peculato e Maria, o de- tentadas do crime, culpabilidade, ilicitude e
lito de furto. imputabilidade penal, julgue os itens que se
seguem.
( ) Certo ( ) Errado
O peculato é conceituado doutrinariamente
como crime funcional impróprio ou misto, por-
2. (111254) CESPE – 2013 – PRF – SUPERIOR quanto na hipótese de não ser praticado por
No que se refere aos delitos previstos na funcionário público, opera tipicidade relativa,
parte especial do CP, julgue o item seguinte. passando a constituir tipo penal diverso.
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que esperava por Jeremias, Aldo entregou Carlos praticou o crime de sonegação previ-
a arma que portava e narrou que preten- denciária, mas, antes do início da ação fis-
dia atirar em seu desafeto. Nessa situação, cal, confessou o crime e declarou esponta-
Aldo responderá por tentativa imperfeita de neamente os corretos valores devidos, bem
homicídio, com pena reduzida de um a dois como prestou as devidas informações à pre-
terços. vidência social.
( ) Certo ( ) Errado Nessa situação, a atitude de Carlos ensejará a
extinção da punibilidade, independentemen-
te do pagamento dos débitos previdenciários.
6. (82334) CESPE – 2014 – POLÍCIA FEDERAL –
SUPERIOR ( ) Certo ( ) Errado
Com relação a crimes contra a pessoa, con-
tra o patrimônio e contra a administração 9. (82333) CESPE – 2014 – POLÍCIA FEDERAL –
pública, julgue o item que se segue. SUPERIOR
Para a configuração do delito de apropria- No que se refere à aplicação da lei penal o
ção indébita previdenciária não é necessário item abaixo apresenta uma situação hipoté-
que haja o dolo específico de ter para si coisa tica, seguida de uma assertiva a ser julgada.
alheia; é bastante para tal a vontade livre e
consciente de não recolher as importâncias Sob a vigência da lei X, Lauro cometeu um
descontadas dos salários dos empregados da delito. Em seguida, passou a viger a lei Y,
empresa pela qual responde o agente. que, além de ser mais gravosa, revogou a
lei X. Depois de tais fatos, Lauro foi levado a
( ) Certo ( ) Errado julgamento pelo cometimento do citado de-
lito. Nessa situação, o magistrado terá de se
fundamentar no instituto da retroatividade
7. (82336) CESPE – 2014 – POLÍCIA FEDERAL – em benefício do réu para aplicar a lei X, por
SUPERIOR ser esta menos rigorosa que a lei Y.
Com relação a crimes contra a pessoa, con- ( ) Certo ( ) Errado
tra o patrimônio e contra a administração
pública, julgue o item que se segue.
10. (36481) CESPE – 2013 – PRF – SUPERIOR
No crime de homicídio, admite-se a inci-
dência concomitante de circunstância qua- Com fundamento na lei que cria meca-
lificadora de caráter objetivo referente aos nismos para coibir a violência doméstica
meios e modos de execução com o reco- e familiar contra a mulher — Lei Maria da
nhecimento do privilégio, desde que este Penha — e na Lei dos Crimes Ambientais,
seja de natureza subjetiva. julgue o próximo item.
( ) Certo ( ) Errado Considerando que, inconformado com o
término do namoro de mais de vinte anos,
José tenha agredido sua ex-namorada Ma-
8. (82335) CESPE – 2014 – POLÍCIA FEDERAL – ria, com quem não coabitava, ele estará
SUPERIOR sujeito à aplicação da lei de combate à vio-
Com relação a crimes contra a pessoa, con- lência doméstica e familiar contra a mulher,
tra o patrimônio e contra a administração conhecida como Lei Maria da Penha.
pública, julgue o item que se segue. ( ) Certo ( ) Errado
Considere a seguinte situação hipotética.
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Gabarito: 1. (111253) Certo 2. (111254) Certo 3. (111239) Certo 4. (111232) Certo 5. (111228) Errado 6. (82334) Certo
7. (82336) Certo 8. (82335) Certo 9. (82333) Errado 10. (36481) Certo 11. (111266) Certo 12. (111267) Certo
13. (111246) Errado
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