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UNIVERSIDADE FUMEC/ FEA

PÓS-GRADUAÇÃO - DESIGN AUTOMOBILÍSTICO

CONECT – TRANSPORTE INDIVIDUAL URBANO

Ricardo Silva Nascimento

Belo Horizonte

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Ricardo Silva Nascimento

CONECT – TRANSPORTE INDIVIDUAL URBANO

Artigo científico apresentado ao curso de Pós-graduação em


Design Automobilístico como requisito parcial à obtenção do
título de pós-graduado em design automobilístico.

Orientadora: professora Silvia Fiuza

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Sumário

Introdução.……………………………………………………………………05

Desenvolvimento.………………………………………………………….…07

Projeto desenvolvido.……………………………………………………..….09

Conclusão..………………………………………………………….………..21

Bibliografia..………………………………………………………………….22

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Conect – Transporte individual urbano
Conect – Urban individual transport

Ricardo Silva Nascimento


Designer pós-graduando em Design Automobilístico – Universidade Fumec/ Fea

Palavras-chaves: design, mobilidade urbana, ecologia

Resumo: desenvolvemos uma maquete na escala de 1:5 de um carro conceito a fim


de verificar a viabilidade, a funcionalidade e o design deste veículo individual,
urbano, compacto e ecológico. Neste artigo apresentaremos o processo de criação e
concepção deste carro.

Key-words: design, urban mobility, ecologic

Abstract: we develop a mock-up in the scale of 1:5 of a concept car in order to


verify the viability, the functionality and design of individual car, urban, compact
and ecologic. In this article we will present the process of creation and conception of
this car.

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Lista de ilustrações

Figura 01 – Inspiration board


Figura 02 – Sketch de desenvolvimento
Figura 03 - Sketches
Figura 04 – Rendering frontal
Figura 05 – Rendering traseira
Figura 06 – Rendering 3d
Figura 07 – Rendering 3d
Figura 08 – Rendering 3d
Figura 09 – Chapelona e desenho técnico
Figura 10 – Início da modelagem no isopor
Figura 11 – Modelagem no isopor utilizando lixa
Figura 12 – Maquete em isopor
Figura 13 – Maquete em isopor coberta com massa acrílica
Figura 14 – Maquete final
Figura 15 – Maquete final

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Introdução

O século XXI está sendo considerado como a era do design, mas afinal de
contas, o que é design?
Design é uma palavra da língua inglesa que possui dois significados: como
substantivo, significa desenho através do qual se pode construir algo. Como verbo,
significa planejar, projetar alguma coisa.
O design tem a função de transformar em realidade o que antes era apenas
idéia e imaginação, é um misto de arte e engenharia, intuição e método. Combina
estética com tecnologia, torna os produtos mais funcionais e contribui para a
redução de custos na produção industrial. Além disso, o design aumenta a
atratividade, evidencia e fortalece a identidade corporativa de um produto ou marca,
reflete através de cores e formas a cultura de uma empresa, seu posicionamento
frente ao consumidor e destaca suas vantagens competitivas.
Definitivamente, o design hoje é fator decisivo na escolha do consumidor em
relação a um produto ou serviço, cada vez mais as grandes e tradicionais marcas são
trocadas pelo design.

“A habilidade de design, em sua essência, é a capacidade de captar o mistério de um


problema real – seja de design de produto, de marca, design arquitetônico ou design de
sistemas – e aplicar a criatividade, a inovação e o conhecimento para apresentar soluções
brilhantes que realmente fazem a diferença. Além de ser uma disciplina integradora, o design
é um meio muito eficaz de obter inovação, quer através da diferenciação dos produtos ou da
criação da identidade das marcas, essencial hoje em dia, para compelir bem no mercado.”
(SERAGINI, 2004,p.16)

“A proliferação de produtos e o aperfeiçoamento tecnológico fizeram com que as


formas ganhassem importância fundamental para atrair a preferência do consumidor. E isso
não se discute. O problema é tentar definir o que é design e o que é apenas uma bugiganga
esquisita.
Segundo o respeitado designer Pedro Useche, há vários requisitos básicos para que
uma peça possa ser denominada como tal. Ela precisa reunir equilíbrio formal (deve ser

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bonita), resistência, funcionalidade, conforto e, finalmente, deve ser atemporal, ou seja, não
envelhecer no ponto de vista estético.” (MATARAZZO, 2004, p.64)

Os automóveis estão cada vez mais parecidos em relação a aspectos técnicos e


mecânicos, restando ao designer automotivo o grande desafio inovar e expressar os
valores estéticos e simbólicos de uma marca. Outro desafio do designer automotivo
é projetar levando sempre em conta a relação forma função, ou seja, não adianta um
carro ser lindo, ele tem que atender às várias exigências ergonômicas do
consumidor, ser confortável, acessível e funcional tanto para um homem de 1,95 m
quanto para uma mulher de 1,50 m, por outro lado, um carro ergonomicamente
“perfeito” e funcional, mas feio, não agradaria ao consumidor e não venderia,
tornando-se inviável para a indústria automotiva, pois daria prejuízo à montadora.

“... os modelos de cada montadora não tem grandes diferenças entre si quando o
assunto é arranque, aceleração, potência, equilíbrio nas curvas ou capacidade de frenagem.
Hoje o grande diferencial está exatamente no design de cada carro.
O processo de elaboração de um automóvel vai muito além dos rabiscos na prancheta e
dos coquetéis nos salões de automóveis. Depois dos primeiros esboços, em que a beleza das
formas é prioridade, é preciso aliar funcionalidade, ergonomia, segurança, visibilidade interna
e – o mais importante de todos os fatores – viabilidade financeira.” (SHIBUOLA, 2004, p.60)

Neste artigo científico, relataremos o processo de criação e concepção de um


veículo individual (para apenas uma pessoa), futurista, urbano; desde os primeiros
sketches (rabiscos), até a maquete física em escala reduzida, o nome dado ao carro é
Conect.
Conect tem um apelo ecológico, é movido à energia fotovoltaica e capaz de se
conectar a outros carros com a mesma plataforma, compacto, projetado para facilitar
o transporte pessoal dentro das grandes metrópoles e otimizar o espaço utilizado por
cada pessoa. Projetado para trafegar com agilidade no trânsito urbano, ocupar um
espaço menor nas vagas para estacionamento entre outros benefícios.
Para a confecção da maquete utilizamos materiais como o isopor, massa
acrílica, gesso, acrílico, madeira MDF, resina, tinta automotiva e borracha.

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Desenvolvimento

Crises econômicas, alto preço dos combustíveis, guerras, poluição,


aquecimento global, aumento da população, trânsito caótico nas grandes metrópoles,
todos esses problemas têm causado grandes transtornos ao ser humano atualmente,
interferindo diretamente na qualidade de vida. Definitivamente o planeta terra está à
beira do caos e ao que tudo indica no futuro tudo tende a piorar, para amenizarmos
essa situação global, cada ser humano deve assumir a responsabilidade de limitar o
consumo pessoal de energia, diminuir o nível de poluição e optimizar o espaço
urbano. A maioria dos motoristas que trafegam nos grandes centros urbanos, possui
carros relativamente grandes, com capacidade para no mínimo três passageiros, mas
raramente esses três lugares restantes são utilizados, pois a maior parte dos
motoristas trafega utilizando apenas um assento do veículo; fazendo com que o
carro ocupe mais espaço nas ruas, sendo isso, uma das causas dos quilométricos
congestionamentos e a falta de vagas para estacionar.

“ Trânsito: uma via urgente


Projeções revelam que nos próximos dez anos a frota de automóveis no país deve
atingir 30 milhões de unidades. Um aumento proporcional ao crescimento da população que
chegará a 200 milhões de habitantes. Congestionamentos, acidentes e poluição nas grandes
cidades são alguns dos problemas a serem resolvidos antes que o “caos” prevaleça.
Em metrópoles como São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, os
congestionamentos, que hoje em média chegam a 120 km, fazem parte do cotidiano das
pessoas que moram nestas cidades. Para agravar um pouco mais a situação, o Denatran
(Departamento Nacional de Trânsito) apurou que em 2002 o trânsito foi responsável por mais
de 18 mil mortes e cerca de 251 mil feridos, colocando o país na posição de campeão de
acidentes de trânsito. Grande parcela dessa atual situação foi resultado do tipo de
desenvolvimento urbano e de transporte executado no Brasil, em paralelo ao crescimento
desordenado das cidades.
Os impactos negativos respingam diretamente na eficiência da economia urbana, que
se não resolvida a tempo pode comprometer o crescimento e a qualidade de vida.
Em 1995, com a queda da inflação, a estabilidade do país levou os brasileiros a
adquirirem mais bens, principalmente nas camadas de renda mais baixa. O poder aquisitivo
esquentou as vendas, e o crescimento da indústria automobilística foi certeiro. As

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conseqüências, também. A falta de infra-estrutura evidenciou a fragilidade da rede urbana, o
descontrole sobre o trânsito resultou em situações de congestionamentos e, conseqüentemente,
na elevação do tempo de viagem e na redução da produtividade das atividades urbanas.
Estudos do Ipea/ANTP (1998), realizados em dez cidades brasileiras, estimam que os
gastos excessivos resultantes do congestionamento severo (quando a capacidade da via está
esgotada) atingem cerca de R$ 450 milhões por ano. Se incluir as demais cidades médias e
grandes, o valor sobe para a casa dos bilhões. “A superação dos problemas de trânsito não será
resultado apenas da melhoria da infra-estrutura viária, que se mostra sempre insuficiente,
apesar dos altos investimentos em avenidas e viadutos, que simplesmente mudam os
congestionamentos de lugar. Exige uma rediscussão do atual modelo de deslocamento adotado
nas maiores cidades, que se mostra esgotado e, mesmo assim, é reproduzido pelas cidades
maiores”, esclarece o secretário nacional de Transportes e Mobilidade Urbana, José Carlos
Xavier.”(MELO, 2007)

Conect inaugura um o novo tempo no que se refere ao transporte pessoal.


Projetado para o tráfego urbano, Conect é um mini-carro, para uma pessoa, movido
à energia fotovoltaica, uma das formas mais ecológicas de se obter energia. Nos
sistemas fotovoltaicos a radiação solar é convertida em energia elétrica por
intermédio dos chamados semicondutores, que são configurados em elementos
denominados células fotovoltaicas. O painel de captação da energia solar se localiza
no teto do carro.
Conect também é capaz de se conectar a outros carros com a mesma
plataforma a fim de reduzir o consumo de energia e optimizar o espaço no trânsito
das grandes metrópoles.
Possui pneus Michelin com a tecnologia Tweel, a nova tecnologia constitui-se
de uma banda de rodagem feita de borracha, unida ao aro por raios flexíveis, que se
deformam para absorver choques e recuperam rapidamente sua forma original.
A acessibilidade ao interior do veículo é pela porta dianteira, que desliza
suavemente para a parte superior do carro, esse sistema facilita o embarque e
desembarque do usuário e diminui o risco de acidentes, pois ao estacionar o
motorista já desembarca diretamente no passeio (calçada). Esse conceito de
embarque e desembarque foi inspirado no primeiro veículo de produção em série no
Brasil, a Romi-Isetta, modelo que introduziu o conceito de automóvel compacto e
econômico no mundo.

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Projeto Desenvolvido

O desenvolvimento do projeto origina-se com a orientação do professor e


designer Herman Zonis que ministrou as aulas da matéria Projeto II. Iniciamos o
projeto em sala de aula, assistindo vídeos sobre o assunto, pesquisando em livros,
revistas e sites especializados em design automobilístico. Após minuciosa pesquisa,
cada aluno decidiu o que seria o seu projeto e a qual marca ele pertenceria.
Elaboramos então um briefing, que é uma espécie de resumo descritivo sobre o
projeto, relatando como o automóvel deveria ser.

Briefing do projeto Volkswagen Conect:


Modelo: Mini-carro
Marca: Volkswagen
Valores da marca: excelência técnica, qualidade, popularidade
Público-alvo: jovens de 18 a 26 anos, pertencentes à classe média.
Época do lançamento: 2010
Capacidade de passageiros: 1 pessoa
Features (diferenciais): mini-carro urbano, movido à energia fotovoltaica,
projetado para se conectar a outros carros do mesmo segmento que possuam a
mesma plataforma. A plataforma armazenará dados importantes sobre o veículo,
será uma espécie de cérebro do carro. Ágio e versátil no trânsito das grandes
metrópoles e nas ruas estreitas das cidades européias, fácil de estacionar, não
poluente.
Justificativa: A população mundial aumenta cada vez mais a cada ano, o trânsito
nas grandes metrópoles é caótico e causa grandes transtornos no dia-a-dia do
cidadão, interferindo diretamente na qualidade de vida do ser humano. Uma possível
solução para esses problemas no transito das grandes metrópoles são os mini-carros.
A idéia é minimizar problemas causados pelo trânsito intenso nas grandes
metrópoles e problemas relativos à poluição ambiental.
Concorrentes: Toyota AYGO
Palavras Chave: Tecnologia, agilidade, ecologia, economia, design.

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Após a elaboração do briefing, fizemos uma pesquisa buscando por imagens
que serviram como inspiração para o design do veículo. Organizamos essas imagens
sobre uma prancha chamada de “Inspiration Board” que em bom português significa
prancha de inspiração.
A “inspiration board” do projeto Vokswagen Conect apresenta imagens
significativas, tais como, uma cidade futurista, cenário no qual o carro deverá atuar.
Um carro conceito da Volkswagen que projeta a identidade da marca no futuro.
Apresenta também um veículo antigo muito interessante, a Romiseta, veículo
compacto, conceitual que fez muito sucesso no passado e a presença de uma mulher
que representa beleza, sensualidade das formas, estilo e ao fundo, a silhueta de
várias pessoas, remetendo ao apelo popular do carro.

1- Inspiration board

O próximo passo no desenvolvimento do projeto foi colocar as idéias no


papel, através de desenhos e esboços que chamamos de sketches. Nesta fase, o
designer tem total liberdade para ousar e inovar, deixar a imaginação correr solta,
gerando diversas propostas e alternativas, construtivas e estéticas para o projeto.

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2- Sketches de desenvolvimento
Escolhemos as melhores idéias e definimos o design final do veículo.

3- Sketches

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Através da técnica chamada rendering, apresentamos a projeção do design do
veículo. Utilizamos desenho manual com tratamento das imagens no computador
através do software Adobe Photoshop nas primeiras imagens, com a utilização do
desenho técnico do carro, projetamos uma maquete virtual utilizando o software 3d
Studio Max, através deste software conseguimos gerar imagens mais realistas do
carro.

“… os estúdios de design automotivo continuam defendendo a manutenção dos


tradicionais processos manuais de representação: esboços, renderings, maquetes e modelos em
clay, tendo que recorrer a custosos processos complementares de engenharia reversa. A razão
disso tudo está na capacidade superior dessas ferramentas em garantir uma expressão
emocional e artística de qualidade.
O rendering é uma fonte de expressão muito importante para o designer automotivo,
pois permite captar cada detalhe que flui em um todo gracioso e harmônico. O designer
transita entre dois pólos – o racional e o intuitivo -, o todo se forma a partir dos garranchos
sucessivos na tentativa de harmonização e fluidez de linhas e superfícies. A combinação
graciosa, no entanto, exige a compreensão do sutil equilíbrio entre o novo princípio e as
necessidades produtivas e de mercado – as armadilhas do pensamento sistemático voltado ao
que é possível produzir, montar e comercializar.
O rendering continua sendo o que sempre foi: uma fonte de inspiração visando propor
uma “trilha” para reflexão e inspiração, e não um “trilho” de objetivos racionais. O rendering,
aplicado ao processo de concepção, serve tanto para congregar esforços da diretoria de uma
determinada empresa em torno de uma empreitada complexa, quanto para criar um
envolvimento emocional junto ao time de projeto, além de motivar o grupo de engenharia a ir
ao encontro de um novo princípio produtivo, incentivar o grupo de trabalho a se desvincular
do lugar comum, fazendo a pergunta “E se?” ou, simplesmente, retroalimentar o processo
criativo de cada designer ou grupo de designers.
A gestualidade e o traçado a mão emocionam. Lá está a alma do designer. Nesse ponto,
o computador, acusado de ser “frio”, ainda tem muito a evoluir. Os novos conceitos, no
entanto, continuam nascendo nos guardanapos de restaurantes e nos cantos de cadernos
escolares, no desenrolar de uma reunião de acompanhamento de projeto ou em sketches
concebidos entre um cochilo e outro em uma viajem de avião. Os profissionais
experimentados bem sabem do valor desses esboços despretensiosos, que muitas vezes são a
base de produtos inovadores.” (CASTILHO, 2006, p.6)

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4- Rendering frontal

5- Rendering traseira

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6- Rendering 3d

7- Rendering 3d

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8- Rendering 3d

A maquete do carro foi construída a partir do desenho técnico do veículo com


suas respectivas medidas na escala de 1:5. Com o auxílio deste desenho técnico
confeccionamos as chapelonas do carro em papel paraná, as chapelonas serviram
como referência para a modelagem da maquete no isopor.

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9- Chapelona e desenho técnico

10- Início da modelagem no isopor

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11- Modelagem no isopor utilizando lixa

12- Maquete em isopor

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Após intenso trabalho cortando e lixando o isopor, chegamos à forma
desejada.
Conferimos as medidas da maquete e aplicamos uma camada bem fina de
massa acrílica para tampar alguns buracos e imperfeições que restaram na superfície
do isopor e assim que a massa secou começamos a lixar a superfície com uma lixa
bem fina até que todas as partes estivessem bem lisas e uniformes.

13- Maquete em isopor coberta com massa acrílica

Após este processo, fizemos um molde negativo da maquete utilizando gesso.


Pegamos o molde original (em isopor) e o colocamos sobre uma base plana e
rígida. O molde foi feito em duas partes ou duas metades, o lado direito e o esquerdo
que foram separados por madeira MDF cortada no formato negativo do molde. Após
separarmos as duas metades, aplicamos gesso sobre o lado direito do molde, logo
que o gesso secou, retiramos a madeira MDF e aplicamos o gesso no lado esquerdo
do molde. Vale lembrar que utilizamos vasilina como desmoldante para que o gesso

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não viesse a aderir ao molde. Assim que o gesso secou em ambos os lados,
separamos com muito cuidado as duas metades.
Na etapa seguinte, utilizamos fibra de vidro que é um tipo de plástico
reforçado, largamente utilizado e possui características como: alta resistência
mecânica e à corrosões, durabilidade, conserva suas propriedades mecânicas ao
longo do tempo, fácil aplicação, fácil reparação, leveza, cura rápida, excelente
aspecto, fácil acabamento e permite inovação em aplicações conforme a
criatividade.
Aplicamos uma camada fina de vaselina nas duas metades do molde em gesso,
cortamos o tecido de fibra de vidro em vários retângulos pequenos, misturamos a
resina com o endurecedor numa bacia de borracha, numa proporção de três partes de
resina para uma de endurecedor. Molhamos um pedaço de tecido na resina e
aplicamos sobre o molde em gesso, repetimos esta operação até cobrir o molde
inteiramente por dentro. Sobre a camada fina de fibra de vidro, aplicamos duas
camadas de tecido de fibra de vidro seco para absorver o excesso de resina e
deixamos secar por um dia. Após a secagem, retiramos a fibra de vidro do molde de
gesso, juntamos as duas metades e em seguida pintamos com tinta automotiva na cor
prata.
A parte “envidraçada” do veículo foi confeccionada em acrílico, um
termoplástico que quando aquecido, torna-se maleável, adquirindo uma consistência
semelhante à da borracha e permite ser moldado, adquirindo as mais variadas
formas. O material foi aquecido em estufa, e quando quente transferido para o
molde, adquirindo assim a forma do molde, com o resfriamento, tornou-se
novamente rígido.
O molde da roda do carro foi esculpido na madeira MDF, em seguida foi
utilizado o silicone para a obtenção do molde negativo da roda, esse contra molde
em silicone serviu como base para obtenção das quatro rodas confeccionadas em
resina.
Na fase de acabamento final da maquete, utilizamos adesivo colorido para
simular o farol e as lanternas traseiras, e tiras de borracha para simular o pneu.

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14- Maquete final

15- Maquete final

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Conclusão

Em virtude do que foi proposto, concluímos que o projeto de um veículo


urbano, compacto, individual e ecológico é devidamente viável e possível. Mais que
um conceito de design, o Conect demonstra que soluções ecológicas e compactas
podem ser incorporadas com elegância e sofisticação. O design conseguiu agregar
valores estéticos e de identidade de marca ao veículo, o resultado é um carro com
design harmônico, atraente e futurista. O carro, mesmo parado parece estar em
movimento, graças a harmonia das linhas fluidas e das formas aerodinâmicas.
A idéia de um veículo individual remete ao desejo do público consumidor por
exclusividade e privacidade, a possibilidade de interagir com outros veículos através
da conecção, torna o carro mais divertido e econômico. Apesar de se tratar de um
conceito futurista, o carro se enquadraria perfeitamente no cenário urbano atual,
com o desenvolvimento de novos materiais e novas tecnologias, acreditamos que
esse é o conceito que irá revolucionar a vida das pessoas num futuro próximo.

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Bibliografia

Parte 1 – Livro
BUENO, Francisco da Silveira. In: Minidicionário Silveira Bueno. São Paulo:
Editora Lisa, 1992. p. 780.
CANTELE, Bruna Renata. Arte etc. e tal.... São Paulo: IBEP, 1995. 349 p.
CASTILHO, Marcelo, STRAUB, Ericson, QUEIROZ, Hélio de, BIONDAN, Paulo.
ABC do Rendering Automotivo. Curitiba: Editora Infolio, 2006. 144p.
SIQUEIRA, Sueli. O trabalho e a pesquisa científica na construção do
conhecimento. Governador Valadares: Univale, 2002. 148 p.

Parte 2 – Revistas
ABC DESIGN. Rendering Automotivo. Curitiba: nº.3, jun. 2002. p48.
EXAME PRIMEIRA PESSOA. Geral Design: Eles desenham as máquinas. Dez.
2004. 82 p. parte integrante da edição 832 da revista Exame.

Parte 3 – Artigos
MATARAZZO, Andréa. Treine o olho!. Exame Primeira Pessoa, 2004, parte
integrante da edição 832 da revista Exame, p.64.

Parte 4 – Sites
Michelin apresenta o Tweel, pneu que não leva ar. MICHELIN. Disponível em:
<http://www.michelin.com.br/imprensa> Acesso em 25 de setembro de 2006
Transito: uma via urgente. CONFEA. Disponível em:
<http://www.confea.org.br/revista/materias/edicao_20/materia_05/materia >
Acesso em: 8 de novembro de 2006

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