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TC-Recuperação de Estruturas-GADE R9 PDF
TC-Recuperação de Estruturas-GADE R9 PDF
ENGENHARIA CIVIL
São Paulo
2016
Douglas da Silva Dias, RA T680BH-1
Douglas de Sousa Vieira, RA B15GAD-0
Ernani Miranda Lagoeiro, RA B38706-8
Fabricio Camargo, RA B3496I-6
Guilherme Fernandes Bezerra, RA B28277-0
Nilo Maragno Neto, RA B457IB-4
São Paulo
2016
2
CIP - Catalogação na Publicação
Elaborada pelo Sistema de Geração Automática de Ficha Catalográfica da Universidade Paulista
com os dados fornecidos pelo(a) autor(a).
PATOLOGIA E RECUPERAÇÃO DA ESTRUTURA DO VIADUTO
SANTO AMARO / Douglas/Douglas/Ernani/Fabrício/Guilherme/Nilo
Dias/Vieira/Lagoeiro/Camargo/Bezerra/Maragno...[et al.]. - 2016.
104 f. : il. color
Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação) apresentado ao Instituto
de Ciência Exatas e Tecnologia da Universidade Paulista, São Paulo,
2016.
Área de Concentração: Patologia e recuperação de estrutura de
concreto..
Orientador: Prof. Dr. Luiz Antônio Cesário de Oliveira.
Coorientador: Prof. Me. Marcos Gade.
1. Materiais. 2. Patologias. 3. Recuperação de estrutura de concreto. 4.
Viaduto Santo Amaro. I. Dias/Vieira/Lagoeiro/Camargo/Bezerra/Maragno,
Douglas/Douglas/Ernani/Fabrício/Guilherme/Nilo. II. Cesário de Oliveira,
Luiz Antônio (orientador). III. Gade, Marcos (coorientador).
3
Douglas da Silva Dias, RA T680BH-1
Douglas de Sousa Vieira, RA B15GAD-0
Ernani Miranda Lagoeiro, RA B38706-8
Fabricio Camargo, RA B3496I-6
Guilherme Fernandes Bezerra, RA B28277-0
Nilo Maragno Neto, RA B457IB-4
Aprovado em:
BANCA EXAMINADORA
_______________________/__/___
Prof.
Universidade Paulista – UNIP
_______________________/__/___
Prof.
Universidade Paulista – UNIP
_______________________/__/___
Prof.
Universidade Paulista UNIP
4
AGRADECIMENTOS
Agradecemos em primeiro lugar a Deus por nos dar forças e permitir chegar
até aqui.
As respectivas famílias pelo apoio, incentivo e ajuda incondicional para alcan-
çarmos nossos sonhos.
Aos nossos professores, em especial aos que nos orientaram no trabalho de
conclusão de curso, Professor Doutor Cesário de Oliveira e Professor Mestre Marcos
Gade.
À equipe da Secretaria de infraestrutura Urbana e Obras de São Paulo: Enge-
nheiro Superintendente Ariovaldo José Lopes, Engenheiro Paulo Delgado e a Rita
Anderson de Haro, pela ajuda e disponibilização de material para o presente trabalho.
À equipe da Enescil – Engenharia de projetos, pelas orientações e dúvidas
atendidas. Engenheiro Mauro Lemos de Faria e Engenheiro Catão Francisco Ribeiro.
5
“Para conhecermos os amigos é ne-
cessário passar pelo sucesso e pela
desgraça. No sucesso, verificamos a
quantidade e, na desgraça, a quali-
dade. ”
Confúcio
6
RESUMO
7
ABSTRACT
8
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 14: Fissuras típicas de força cortante, flexão, variação térmica e/ou
retração impedidas ou não: Manual de Recuperação de Pontes e Viadutos
Rodoviários.............................................................................................................. 50
9
Figura 17: Estrutura de concreto sofrendo por ataque de íon de cloreto. ......... 53
Figura 18: Estrutura de concreto que sofreu carbonatação e foi detectada após
a aplicação da fenoltaleína. .................................................................................... 54
Figura 28: Pontos onde foram retiradas amostras para seus respectivos ensaios
.................................................................................................................................. 67
11
LISTA DE TABELAS
Tabela 13: Tabela dos fatores de correção para índices de esbeltez. ................ 74
12
LISTA DE ABREVIAÇÕES E SIGLAS
13
LISTA DE SÍMBOLOS
S: Sul
W: Oeste
E: Módulo de elasticidade
Ɛ: Deformação especifica
σ: Tensão
δ: Alongamento total
Δl: Alongamento final
ᶩ 0: Comprimento inicial
ᶩ f: Comprimento final
F: Força
KGF: Quilograma-força
N: Newton
Cm: Centímetro
Cm²: Centímetro quadrado
Mm: Milímetro
Mm²: Milímetro quadrado
M: Metro
M²: Metro quadrado
14
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 19
Justificativa.............................................................................................................. 20
Objetivo .................................................................................................................... 20
Problema .................................................................................................................. 21
Hipótese ................................................................................................................... 21
Metodologia ............................................................................................................. 21
CAPÍTULO 1 ............................................................................................................. 23
1. Materiais ............................................................................................................ 23
CAPÍTULO 2 ............................................................................................................. 40
15
2.2. Vida útil e durabilidade .............................................................................. 42
CAPÍTULO 3 ............................................................................................................. 63
16
3.4.1. Caracterização do aço ......................................................................... 68
CAPÍTULO 4 ............................................................................................................. 86
17
4.4. Resultado de resistência à compressão axial do concreto .................... 87
CONCLUSÃO ........................................................................................................... 97
18
INTRODUÇÃO
19
Dessa forma este trabalho aborda um estudo sobre os materiais utilizados em
pontes e viadutos, em especifico dos utilizados no objeto do estudo de caso o Viaduto
Santo Amaro, assim como patologias, ensaios de caracterização dos materiais e en-
saios dinâmicos e também sobre os métodos do processo de recuperação da estru-
tura.
Justificativa
Objetivo
Objetivo Geral
20
Objetivo especifico
Problema
Hipótese
Metodologia
Referencial Teórico
Para o auxílio e concepção deste trabalho, que tem foco em estudar a recupe-
ração do viaduto Santo Amaro, foi adotado como principal material didático o livro
21
Patologia, Recuperação e Reforço de Estruturas de Concreto dos autores Vicente
Custódio Moreira de Souza e Thomas Ripper, editora Pini 1998.
22
CAPÍTULO 1
1. Materiais
1.1. Concreto
23
1.2. Constituintes do Concreto armado
1.2.1. Cimento
24
Tabela 1: Nomenclatura do cimento Portland
26
Tabela 3: Limites da distribuição granulométrica do agregado miúdo
27
1.2.3. Aditivos
Para Lisboa (2004), os aditivos são materiais que adicionados ao concreto du-
rante seu processo de mistura, em quantidade pequena em relação à massa de ci-
mento, tem a finalidade de modificar as propriedades frescas ou endurecidas do con-
creto.
Segundo Newman e Choo (2003), diversos tipos de aditivos podem ser utiliza-
dos para aumentar a fluidez da mistura, com um mesmo teor de água, e para reduzir
o teor de água da mistura em uma mesma fluidez e melhorar a resistência e durabili-
dade. Certos aditivos são capazes de reduzir a quantidade de água de uma mistura,
deixando o concreto mais fluido.
Já Neville (1997) atribui aos aditivos à capacidade de proporcionar ao concreto
consideráveis mudanças físicas e econômicas e ainda acrescenta que, o uso racional
desse modificador de 23 propriedades pode ajudar na redução de cimento e no aden-
samento do material em lugares de difícil acesso.
Segundo Ibracon (2005), o uso correto dos aditivos permite: melhorar a reologia
do concreto, melhorar a pega e o endurecimento, diminuir o ar e outros gases aprisi-
onados, aumentar a resistência mecânica, ampliar campo de aplicações e diminuir
custos.
Na tabela 5 são informados os tipos de aditivos mais comumente usados nas
misturas de concreto e de argamassa, também são expostas suas propriedades e
bases químicas.
28
Tabela 5: Aditivos frequentemente utilizados em concreto e argamassa.
29
1.2.4. Armadura Passiva
A NBR 6118 determina armadura passiva como “Qualquer armadura que não
seja usada para produzir forças de protensão, isto é, que não seja previamente alon-
gada”.
Segundo Líbano M. Pinheiro; Cassiane D. Muzardo; Sandro P. Santos 2004,
no concreto armado a armadura não tem tensões iniciais, dessa forma é denominada
armadura passiva.
Esse tipo de armação tem a função de resistir os esforços de tração aplicados
na estrutura de concreto que por sua vez possui características de resistência à com-
pressão, para isso são utilizados normalmente aços do tipo CA-50 e CA-60, pois pos-
suem elevado patamar de escoamento.
Entre as funções da armadura passiva estão:
30
Figura 3: Distribuição da armação passiva no viaduto Santo Amaro
A NBR 6118 determina armadura ativa como: “Constituída por barra, fios, isolados
ou cordoalhas, destinada a produção de forças de protensão, isto é, na qual se aplica
um pré-alongamento inicial”.
No concreto protendido as armaduras são previamente alongadas por equipamen-
tos de protensão, como as ancoragens, que são dispositivos capazes de manter o
cabo de protensão tensionados a fim de possibilitar um melhor desempenho dos aços
transmitindo força de protensão para a estrutura, tendo como principais característi-
cas:
Redução de fissuras
Diminuição das peças e a possibilidade de vencer maiores vãos, se comparado
ao concreto armado.
31
Redução das tensões de tração geradas devido aos esforços cortantes
Na figura 4 foi tirada do viaduto Santo Amaro, é possível observar, onde estão
indicadas com setas, as cordoalhas que foram danificadas pela ação do fogo.
32
1.2.5.3. Armadura ativa pós-tracionada (Sem aderência)
1.3. Aço
Atualmente existe uma grande gama de liga de aços, cada uma com suas ca-
racterísticas especificas encontrada no mercado. Fabricado em indústrias com rigoro-
sos controles de qualidade, o aço tem resistência à tração elevada, ao contrário do
concreto que tem alta resistência à compressão.
Aços carbono. Pfeil, Walter (1995, p9) diz que “O aumento de resistência em
relação ao ferro puro é produzido pelo carbono e, em menor escala, pelo manganês”.
Aumentando o teor de carbono, consequentemente aumenta-se a resistência do aço,
porem diminui sua capacidade de deformação prejudicando a soldagem. São esses
na ordem de resistência 250 Mpa.
Aços de baixa liga. Pfeil, Walter (1995 p9) “São acrescidos de elementos de
liga (cromo colúmbio, cobre, manganês, molibdênio, níquel, fósforo, vanádio, zircô-
nio).
Esses elementos adicionais aumentam a capacidade de deformação do aço,
permitindo a solda sem maiores preocupações. São esses aços na ordem de resis-
tência 300 Mpa e podem ter alta resistência à corrosão na ordem de 2 a 3 vezes maior
que o aço carbono.
Principais tipos de aço utilizados em estruturas segundo padrões ABNT são:
A36, ASTM 572 GR 50. Utilização em concreto armado: CA 25, CA 40, CA 50 E CA
60.
Hoje ainda não existe uma classificação considerada precisa e completa, prin-
cipalmente com a relação aos aços-liga, em que a cada dia é pesquisada a inclusão
33
de novos elementos, e consequentemente obtidos novos tipos de aços. Mesmo assim
a ABNT, SAE e outras, possuem um sistema que tem atendido as atuais necessida-
des.
Os aços são classificados por grupos, com base nas propriedades comuns:
Por sua composição, como aços-liga e aços-carbono;
Tipos de acabamento com aços laminados a quente ou aços a frio;
Formato do produto acabado, como chapas grossas, chapas finas, bar-
ras, tiras, tubos ou perfis estruturais.
34
Tabela 6: Propriedades mecânicas exigíveis de barras e fios de aço destinados à ar-
madura para concreto armado
35
Na tabela 7 podemos verificar as características mecânicas dos aços voltados
para construção civil, bem como suas massas nominais dependendo do diâmetro de
cada barra, e também podemos saber a área de seção e seu perímetro.
36
1.3.3. Os aços mais utilizados são
O aço CA-50 é um aço laminado a quente, eles são fornecidos com a superfície
nervurada, para dar mais aderência ao concreto, ele se diferencia dos vergalhões co-
muns porque traz benefícios incorporados, como a capacidade de solda a topo (para
diâmetros de 10 a 40 mm), com características que excedem as exigências da NBR
7480, gerando maior segurança de utilização, além de garantir alta aderência ao con-
creto.
Sua característica diferenciada garante o atendimento à norma ABNT NBR
7480:2007, bem como às novas exigências das normas ABNT NBR 6118:2014 e
ABNT NBR 14931:2004.
O aço CA-60 também é nervurado e conhecido pela alta resistência, proporci-
onando estruturas de concreto armado mais leves. Ele é produzido com baixo teor de
carbono, apresenta ótima soldabilidade, além de maior aderência do aço ao concreto,
melhor ancoragem nas estruturas e melhor combate à fissuração do concreto.
Diferente dos demais o aço CA-25 possui superfície lisa, é comercializado em
barras retas com comprimento de 12 m, e é soldável para todas as bitolas, é bastante
utilizado como barra de transferência para pisos, mas também atende outras aplica-
ções.
37
As fibras de carbono possuem elevados valores de resistência à tração, módulo
de elasticidade extremamente elevado e baixa massa específica, comparadas com
outros materiais de engenharia, são utilizados predominantemente em aplicações crí-
ticas envolvendo redução de massa (Lebrão, 2008).
A fibra de carbono, hoje, é muito utilizada como reforço de estruturas, pois como
dito anteriormente possuem altas resistências à tração e também apresentam rigidez,
excelente resistência à fadiga, características de amortecimento de vibrações, resis-
tência térmica e estabilidade dimensional. As fibras de carbono possuem também boa
resistência elétrica e térmica e são quimicamente inertes, exceto quanto à oxidação
(Callister,1997).
Estima-se que a construção civil, gera em torno de 450 kg por habitante ao ano.
Dessa forma é importante a conscientização da gestão de resíduos, para diminuição
dos impactos ambientais, além da reutilização dos materiais gerados.
A cartilha de gerenciamento de resíduos sólidos para construção apresenta algumas
definições para as etapas de destinação.
Aterro de resíduos da construção civil e resíduos inertes: Áreas de armaze-
namento de resíduos, para possibilitar o uso futuro.
Beneficiamento: Requalificação e tratamento dos resíduos para outras utiliza-
ções
Cedente da área para recebimento: A pessoa, física ou jurídica que cede a
propriedade, licenciada para recebimento do material.
38
Geradores: A pessoa, física ou jurídica responsável pela geração dos resí-
duos.
Poder publico: Executivo municipal
Reciclagem: Processo de transformação dos resíduos da construção, tor-
nando os insumos reutilizáveis.
Resíduos da construção civil: Diminuir o volume e peso dos resíduos gerados
Resíduos sólidos: Materiais resultantes da produção, transformação, utiliza-
ção ou consumo, a destinação deve ser ambientalmente e sanitariamente
adequada.
Reutilização: É o aproveitamento dos resíduos da construção civil sem trans-
formação.
Segregação: Consiste na triagem dos materiais.
Esse processo deve ser realizado em todas as obras, seguindo as etapas, a fim de
alcançar os seguintes objetivos:
Reduzir desperdícios
Segregar resíduos
Reciclar os resíduos tornando matéria prima
Reutilizar materiais: Com os entulhos gerados da construção pode-se fazer:
Guias, sarjetas, contra piso, aterro entre outros.
39
CAPÍTULO 2
2. Conceito de Patologias
40
qualidade inferior, mesma situação se aplica a qualidade dos materiais há serem apli-
cados.
Quando falamos em qualidade executiva, podemos citar como exemplo a in-
dústria japonesa, que visa uma concepção de anteprojeto e projeto executivo de qua-
lidade, muitas obras demoram de 3 a 4 anos para sair do papel, assim minimizando
as revisões de projeto quando se está executando a estrutura. Com um projeto devi-
damente estudado os profissionais responsáveis pela execução se preocupam ape-
nas na qualidade da execução e atenção a detalhes que possam gerar patologias
executivas.
41
Figura 6: Circulo da qualidade para Construção Civil
Segundo figura 7, o ciclo para manter a qualidade de uma estrutura não tem
fim, ele tem um propósito que é o projeto executivo, mas antes passa por diversas
modalidades da qualidade, desde a concepção do projeto até a execução com os
requisitos de desempenho atingidos. Para isso é preciso da colaboração de todos os
envolvidos para que os altos níveis de qualidade sejam alcançados.
43
O quadro apresentado na figura 6, proveniente do Guia para Projeto de Estru-
tura de Concreto Duráveis, editado pelo C.E.B. em 1989 resume o que fora explicado
anteriormente, ou seja, os parâmetros existentes relacionados com os critérios para
atingir uma construção duradoura.
Pode se observar que a água atuará diretamente na resistência e na solidez da
estrutura e atuará indiretamente na deterioração do concreto e das armaduras com o
transporte de gases e líquidos para dentro do concreto. Estas deteriorações que in-
terferirão, mais uma vez na resistência e na solidez da estrutura, causando em uma
baixa segurança e pouca servicibilidade da mesma. Se olharmos para o início do qua-
dro, vemos que todo o cálculo estrutural, os materiais, a execução e a cura dependem
de um uso adequado da água.
44
são de grande risco econômico, visto que uma viabilização financeira passa
por um estudo detalhado da metodologia a ser aplicada considerando a resis-
tência do solo;
A má interpretação dos esforços solicitantes naquela estrutura gera problemas
na segurança estrutural do projeto;
Falta de compatibilização são os mais encontrados em obras, projetos de Ar-
quitetura, Estrutura, Instalações e de Concessionarias devem estar devida-
mente sobrepostos, a fim de evitar as famosas “Quebradeiras”, normalmente
um mau entendimento ou comunicação dos projetistas são notórios nos diver-
sos casos que ocorrem na obra;
Detalhamento falho e vago. Sempre que uma estrutura tem algo que não é
usual ou que sofrerá alguma mudança do casual praticado naquela obra, deve
conter detalhes que possam ajudar o executor no entendimento da situação e,
com isso evitar gastos posteriores oriundos dessa falha, que estão fora do es-
copo de fornecimento;
A falta de padronização dos projetos é muito ocorrente e prejudicial para a
interpretação dos executores.
O ambiente hoje em dia é mais agressivo que o de décadas atrás, além disso,
o aperfeiçoamento de técnicas de dimensionamento mais avançadas e, portanto, mais
econômicas, também interferem negativamente na durabilidade das edificações. (FI-
GUEREDO & O’REILLY, 2003)
Com isso, as estruturas atuais estão cada vez mais expostas a patologias. Além
de que com os avanços tecnológicos são também mais esbeltas e solicitadas. A vida
útil e a durabilidade das estruturas estão altamente ligadas com os materiais que se-
rão aplicados na obra, por isso é de extrema importância à escolha correta desses
materiais e o controle de qualidade, a fim de proporcionar o rendimento necessário
para o qual eles estão sendo aplicados.
Cerca de 18% das origens patologias nas construções, estão diretamente liga-
das com os materiais. (HELENE E FIGUEIREDO, 2003).
45
2.5. Patologia Executiva
46
Figura 8: Fissura no concreto devido ao assentamento plástico: Manual de Recupe-
ração de Pontes e Viadutos Rodoviários.
Fonte:http://tcpengenhariacivil.com.br/2014/09/novos-materiais-que-tornarao-pre-
dios-mais-tecnologicos/, (2014)
47
2.6.3. Retração térmica inicial
2.6.4.1. Retração
49
Figura 13: Fissuras de retração na alma da viga: Manual de Recuperação de Pontes
e Viadutos Rodoviários.
Figura 14: Fissuras típicas de força cortante, flexão, variação térmica e/ou retração
impedidas ou não: Manual de Recuperação de Pontes e Viadutos Rodoviários.
50
2.7. CHOQUE MECÂNICO
Fonte: http://imguol.com/c/noticias/f8/2015/07/17/17jul2015---acidente-com-um-ca-
minhao-basculante-provoca-interdicoes-na-ponte-do-piqueri-e-marginal-tiete-na-ma-
nha-desta-sexta-feira-17-na-zona-norte-de-sao-paulo-sp-uma-equipe-da-defesa-civil-
1437129022504_956x500.jpg, (2015)
51
2.8. CAUSAS QUÍMICAS
52
2.8.2. Ataques de cloretos
Com o aumento do volume das armaduras oxidadas, são criadas tensões radi-
ais entorno dessas armaduras e produzem trincas no concreto.
Fonte: http://www.cimentoitambe.com.br/ataques-por-ions-de-cloreto-custa-r-800-
milhoes-por-ano-ao-brasil/
53
2.8.3. Carbonatação do concreto
‘’O dióxido de carbono reage com o hidróxido de cálcio [Ca (OH)2] existente na
argamassa do concreto, provocando, eventualmente, um decréscimo crítico na alcali-
nidade; o valor do pH cai, de 13 para um valor em torno de 9, que, normalmente é
insuficiente para proteger a armadura contra a corrosão; a profundidade da carbona-
tação aumenta com o tempo e as armaduras deixam de estar passivadas’’ (MANUAL
DE RECUPERAÇÃO DE PONTES E VIADUTOS RODOVIÁRIOS DNIT, 2010).
É necessário, para ser detectado, um ensaio simples, na recém-fraturada su-
perfície do concreto, a aplicação de fenoltaleína com indicador, para que seja detec-
tado a parte infectada. A parte não carbonatada do concreto adquire a coloração ver-
melha, já a parte que sofreu carbonatação fica incolor (PH < 9).
Fonte: http://athosengenharia.com/
54
2.8.4. Corrosão das armaduras
A corrosão das armaduras pode ocorrer por diversos fatores e patologias que
ocorrem no concreto, que por consequência afetam as armaduras. Segundo o MA-
NUAL DO DNIT 2010, as armaduras estão protegidas quando envolvidas em concreto
de boa qualidade e com um cobrimento adequado; a proteção é devida à grande al-
calinidade do concreto, PH = 13, que permite formar uma fina película protetora em
torno da armadura.
Será tratado em três partes, devido a sua extrema importância. Primeiramente
o início da corrosão, a propagação da corrosão e os tipos de corrosão.
55
a entrada de oxigênio o processo é paralisado. O eletrólito e representado pela umi-
dade presente no interior do concreto. É uma solução carregada ionicamente que per-
mite ocorrerem às reações e possibilita o fluxo iônico. A diferença de potencial entre
dois pontos da superfície pode ocorrer por diversos fatores: por diferença de umidade,
aeração, concentração salina, tensão no concreto e no aço, falta de uniformidade na
composição do aço.
56
agregados reativos ou potencialmente reativos, quando em contato com os álcalis
existentes no cimento Portland, Óxido de Sódio (Na2O) e Óxidos de Potássio (K2O)
(LIMA, SILVA & COSTA, 2009).
O mecanismo das reações começa por um processo físico, em seguida o pro-
cesso químico, onde ocorrem diversas reações (LIMA, SILVA & COSTA, 2009). Po-
dem ser de três tipos: Reação álcali-sílica, álcali-silicato e álcali-carbonato.
Existem alguns sinais ondem indicam que há a existência deste fenômeno, mas
a confirmação positiva só ocorrerá com testes laboratoriais com testemunhos extraí-
dos da peça sob suspeita.
Segundo o Manual do DNIT (2010), alguns destes sinais são:
A reação ocorre num processo lento e pode levar anos para se manifestar.
57
2.8.6. Desagregação
2.8.7. Disgregação
58
Figura 22: Desagregação do concreto por lascamento no Viaduto Santo Amaro.
Na foto 22 temos uma disgregação por lascamento de uma estrutura que sofreu
uma exposição muito grande ao fogo.
2.8.8. Segregação
59
2.9. AÇÃO DO FOGO
60
Figura 24: Curva temperatura – tempo de um in-
cêndio real
Fonte: VARGAS e SILVA, (2003)
61
Tabela 9: Características do concreto superaquecido
62
CAPÍTULO 3
3. Pontes e Viaduto
A diferença entre pontes e viadutos, é que as pontes cruzam vales, rios e exi-
gem condições especificas para cada apoio já os viadutos são estruturas rodoviárias
elevadas do solo.
O viaduto tem como finalidade cruzar pistas em níveis diferentes e auxilia o
fluxo do trânsito, podem ter mais de uma pista e elas são compostas por um trecho,
em geral plano, de travessia e com rampas de acesso ao trecho de travessia, é ne-
cessário ter altura livre sob a plataforma de travessia, ou tabuleiro de pelo menos
4,5m.
O Viaduto Santo Amaro foi construído em (1969) com 280m de extensão e 22m
de largura, sendo 10m do viaduto um, 10m do viaduto dois e o canteiro central pos-
suindo 2m de largura.
Este viaduto é uma das principais artérias para o escoamento do transito entre
o centro e a Zona Sul, iniciando na Avenida São Gabriel e terminando na Avenida
João Dias, com 7.700m, onde trafegam ônibus, caminhões e veículos leves.
Um fato interessante que ocorreu no viaduto foi a execução de um reparo em
2011 onde foram feitos reforços em sua fundação; os 8 pilares e os 4 encontros da
estrutura são formados por dois tabuleiros, unidos por uma passarela de pedestres na
parte central do viaduto.
Para a execução dos reforços nas cabeceiras, foram construídas paredes em
cada encontro, sendo no total 112 paredes, sendo elas com 30cm de espessura cada,
com 2m de distância aproximadamente, e em seguida foram feitos os fechamentos
dos emboques, e os pilares principais foram reforçados, com isso foram utilizados
lâminas de fibras de carbono, causando poucas interdições na via, pois se tratou de
63
um serviço rápido, mais que os usuais, já que o reforço foi feito na parte inferior da
estrutura, foi implantando a camada de lâmina de fibra de carbono, e com isso unindo
lateralmente as estruturas, esse processo por sua vez é conhecido como reforço es-
trutural em FRP – Fibra de Carbono (FiberReinforcedPolimer).
Situado em São Paulo-SP Bairros pertencentes: Vila Nova Conceição, Itaim Bibi, Mo-
ema, Campo Belo e Santo Amaro
Início: Avenida São Gabriel
Término: Avenida João Dias
Coordenadas
-23,6085 (23°36'30.73"S)
-46,6766(46°40'36.00"W)
64
na transposição da Avenida dos Bandeirantes. Sua característica estrutural é de Con-
creto Armado e protendido com pavimento flexível acima do tabuleiro onde possui as
transposições – Viaduto 1, pista Bairro e Viaduto 2, pista Centro.
Em 13/02/16 ocorreu o sinistro onde dois caminhões se chocaram, um dos ve-
ículos estava carregado com combustível inflamável (Álcool/Gasolina) e o outro com
açúcar, com este choque se iniciou um incêndio afetando a estrutura de concreto e
aço localizado no meio do viaduto (vão 2-3). Está previsto na norma ABNT NBR
15200:2012 determina que caso ocorra alguma danificação da estrutura em virtude
de incêndio, fica-se aceitável colapsos locais e que só seja feita a utilização, após o
alcance do desempenho estrutural de projeto, deve-se obter laudos técnicos que neles
sejam analisados a capacidade remanescente, através de ensaios dinâmicos obtere-
mos o projeto especificando a recuperação ou demolição a ser adotada na estrutura.
Em 2008 a estrutura sofreu um acidente parecido só que em proporções me-
nores o que gerou recuperação e reforço com barras ancoradas. Já em 2008/2009, a
estrutura foi submetida a reforços à base de laminas de fibra de carbono fixadas com
adesivos epóxi nos vãos (1-2, 2-3 e 3-4).
Comprimento: 170,94 m
Largura total: 22,00 m
Largura do Viaduto 1: 10,00 m
Largura do Viaduto 2: 10,00 m
Largura do Canteiro Central: 2,00 m
Vãos: 05
Tipologia transversal: Viga de seção celular (viga-caixão)
Tipologia longitudinal: Isostática (vãos E1–1 e 4–E4) e contínua (vãos 1-2 a 3-4)
Tipologia da mesoestrutura: 04 linhas x 01 pilar cada por viaduto (1 e 2)
Gabarito vertical: Variável, atingindo cerca de 4,70 m na região danificada
Fonte: Relatório Concremat N° 9.1.8.006.0056-001/16
65
Figura 27: Vista da estrutura após o acidente e antes da limpeza
Fonte: http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2016/02/viaduto-santo-amaro-ficara-fe-
chado-sem-prazo-para-reabrir-diz-prefeitura.html, (2016)
66
3.4. Ensaios Realizados
Figura 28: Pontos onde foram retiradas amostras para seus respectivos ensaios
67
3.4.1. Caracterização do aço
Figura 29: Máquina universal para ensaios mecânicos de tração, compressão, fle-
xão, etc.
Fonte: http://www.emic.com.br/Produtos+Mostra/4/8/9/Prensa+Hidraulica+de+
acionamento+eletrico+e+indicador+digital+de+leitura_+modelo+PCE100C/ (2016)
68
3.4.3. Deformações.
3.4.3.1. Elástica
3.4.3.2. Plásticas
3.4.3.4. Tensão
3.4.3.5. Procedimento
Após o aço ser retirado de sua estrutura esse será submetido aos testes visuais
e de tração. Os testes irão fornecer resultados conforme citado a cima. Os resultados
serviram de base de estudo que em comparação com aço inerte e norma vigente te-
remos base técnica para analisar as condições de sua recuperação.
3.4.3.6. Resultados
70
Tabela 10: Resultados Obtidos nas amostras do Viaduto
Fonte: NBR8953 - Concreto para fins estruturais — Classificação pela massa espe-
cífica, por grupos de resistência e consistência, (2015)
71
3.4.4.1. Extração e ensaio dos testemunhos de concreto
72
Para que seja garantido a segurança dos colaboradores e do elemento estru-
tural, recomenda-se que em toda extração seja realizada com um escoramento ade-
quado. Todo o processo deve seguir os procedimentos e recomendações do fabri-
cante para o uso dos equipamentos. Antes do início do processo deve ser feito as
devidas marcações dos pontos onde vão haver as extrações, a retirada do corpo de
prova da estrutura deve ser realizada de forma que seja provocado um esforço orto-
gonal ao eixo do testemunho, no seu topo rompendo o concreto com esforço de tração
em sua base.
73
Tabela 12: Tabela dos fatores de correção para índices de esbeltez.
74
Ainda não são totalmente conhecidos os fatores que influenciam diretamente
nas deformações do concreto, porem as deformações elásticas dependem direta-
mente de sua estrutura interna e com isso os agregados estão diretamente ligados
com os resultados obtidos.
Quando um corpo de prova é submetido a uma tensão crescente de compres-
são ou tração, pode se verificar que a partir de certa carga aplicada ele sofrera uma
deformação, nos casos de compressão ele sofrerá um encurtamento e nos casos de
tração, um alongamento.
A relação entre tensão e deformação, pode ser considerada linear, pelo princí-
pio da Lei de Hooke.
Onde:
σ = Tensão
ε = Deformação especifica
E =Modulo de elasticidade
σ=εxE
75
o módulo de deformação tangencial, através da tangente da curva, conhecido como
Eci que é o módulo de elasticidade ou módulo de deformação tangente inicial do con-
creto. (NBR 6118 – Projeto de Estruturas de Concreto)
Eci=5600 x √fck
76
3.4.5.2. Resultados
77
ratura do forno, sensor de temperatura, controle da atmosfera do forno e sistema re-
gistrador. Os fornos são projetados e desenvolvidos para trabalhar em temperaturas
de 100-1200ºC, porém há alguns que podem operar até 2400ºC.
As curvas de variação de massa que são obtidas após a análise em função da
temperatura, permitem extrair conclusões sobre a composição e estabilidade térmica
das amostras, também dos compostos intermediários e composição de resíduo.
Existem alguns fatores que podem influenciar no aspecto das curvas, os instru-
mentais e aos ligados às características da própria amostra. Os instrumentais se de-
signam em razão do aquecimento do forno, o ambiente interno do forno e os locais de
suporte das amostras. Os ligados as características são: tamanho das partículas das
amostras, calor de reação, compactação e natureza da amostra entre outros.
A análise termodiferencial é um método diferencial de temperatura, no qual as
temperaturas das amostras são comparadas a uma amostra inerte de referência, esse
tipo de análise foi concebido pelo metalúrgico Inglês, Roberts-Austin em 1889. Este
tipo de experiências anulavam os efeitos da taxa de aquecimento entre outros distúr-
bios externos que poderiam alterar a temperatura da amostra. Ela também suprime a
alta temperatura dos materiais, tornando possível a captação e ampliação dos sinais
menores.
Análise térmica é um termo que inclui um grupo de experiências na qual uma
propriedade física ou química de uma substância, ou de seus produtos de reação, é
supervisionado em função do tempo ou da temperatura, enquanto a temperatura da
amostra estudada, sob uma atmosfera específica, é sujeita a uma programação con-
trolada.
O uso principal da análise termodiferencial é detectar a temperatura inicial dos
processos térmicos, e com qualidade caracterizá-las como exotérmico ou endotérmico
reversível ou irreversível, se é de transição de primeira ordem ou de segunda ordem,
entre outros fatores. Esse tipo de instrução, se faz necessário a partir de uma relação
com uma atmosfera especifica, faz deste um método precioso na determinação de
diagramas de fase.
Algumas aplicações possíveis estão listadas abaixo:
Alívio de tensões;
Análises de copolímeros e blendas;
78
Capacidade calorífica;
Condutividade térmica;
Controle de qualidade;
Diagramas de fase;
Estabilidade térmica e oxidante;
Determinação de pureza;
Intervalo de fusão;
Nucleação;
Transição vítrea;
Transições mesofase;
Taxas de cristalização e reações;
Catálises;
Entalpia das transições.
79
3.4.6.1. Resultados
80
nas informações fornecidas pela Prefeitura de São Paulo, obtidas nos projetos de am-
pliação do viaduto de autoria da Fares & Associados, para isso foi utilizado o método
de elementos finitos através do programa CSI BRIDGE V 15.2.0.
Dados utilizados para cálculo
Tabela 17: Frequências naturais – Valores obtidos através dos modelos numéricos
81
Para realização do ensaio dinâmico, foi utilizado o Shaker que consiste em um
excitador de translação servo-hidráulico, provocando uma vibração forçada na estru-
tura de maneira controlada, com frequências de 0 a 8 Hz por um atuador de 250 kg.
Segundo Juan (2008), um sistema servo-hidráulico é um arranjo de componen-
tes individuais conectados entre si, que proveem uma forma desejada de transferência
hidráulica.
82
Figura 37: Sistema de controle do ensaio.
83
3.5.8.1. Resultados Obtidos
Tabela 18: Comparação dos resultados obtidos com as frequências naturais do mo-
delo numérico
84
Tabela 19: Tipos de ônibus que trafegam na cidade:
85
CAPÍTULO 4
4. Estudo de Caso
Após uma análise crítica dos resultados obtidos em cada ensaio, foram obtidos
os pareceres abaixo.
86
4.2. Resultado do ensaio de caracterização do aço
Conforme capitulo 3 item 3.4.4.2 Resultados. Foi adotado para análise um Ecs
de projeto = 32,2 GPa e o Ecs experimental = 41,9 GPa para comparação com os
resultados das amostras extraídas da estrutura.
Foi constatado um valor inferior ao Ecs experimental de 9% a 11%, porém es-
ses valores são superiores aos Ecs de projeto.
Desta forma, com os resultados obtidos, a estrutura apresentou-se dentro dos
valores aceitáveis em relação as deformações esperadas.
87
4.5. Resultado da análise termogravimétrica e termodiferencial
De acordo com o capítulo 3 item 3.4.6.1 Resultados. Foi estimado que a estru-
tura veio a ser atingida pelo fogo a temperaturas em torno de 600°C, e com isso, danos
em alguns pontos onde a seção perdida do concreto chegou em 3 cm.
Dessa forma a seção do concreto não foi completamente atingida, podendo
garantir que houve ação do fogo apenas nas camadas superficiais da estrutura.
88
Será descrito as etapas principais do processo de recuperação do Viaduto
Santo Amaro.
1 – A princípio após o sinistro, foi executado um escoramento para evitar que a estru-
tura danificada viesse a entrar em colapso, pois ainda não se tinha informações pre-
cisas se a mesma estava em condições de se auto suportar em equilíbrio.
89
3. – Através de um projeto de recuperação realizado pela empresa ENESCIL Enge-
nharia de projetos, foi definido qual método à ser utilizado no processo. O projeto
também contempla um macaqueamento uniforme da estrutura em 1,00 m a fim de
aumentar o gabarito vertical. De 4,5 m, para 5,50 m, respeitando os mínimos de
norma.
4. – Após análise dos ensaios e verificação da estrutura, foi constatado que houve
danificação da armação passiva e, segundo um dos responsáveis pelo projeto de
recuperação do viaduto, o Engenheiro Mauro Faria, ocorreu uma pequena danifi-
cação nas armaduras ativas (Protensões), mas não se sabia qual seria o valor
deste dano, e para dados mais conclusivos da situação, teria que ser realizado
ensaios destrutivos.
90
Acréscimo de armaduras na face inferior para reestabelecer à capacidade de
flexão necessária;
Redução do esforço de flexão a um patamar para o qual as armaduras rema-
nescentes fossem suficientes.
91
5. – Para garantir aderência entre o concreto projetado e a estrutura foi executado
uma limpeza, realizando uma escarificação preliminar até atingir as áreas onde
não apresentam manifestações patológicas.
92
como o concreto projetado. Essa ligação deve ser realizada com preenchimento
dos furos com resina epóxi de resistência a compressão mínima 60 Mpa e aço
dobrado com bitola de 10,0 mm com profundidade de 10 cm.
9. – Também foram realizados reforços em uma das bordas onde utilizou barras re-
tas abaixo do New Jersey, barras com bitola de 10 mm comprimento de 90 cm a
cada 50 cm nesse caso foram utilizados furos passantes para ancoragem.
93
Figura 47: Detalhe do reforço realizado nas bordas
10. – Conforme mencionado no item 6 além dos reforços no caixão e de trechos das
laterais do viaduto, foi realizado um reforço onde necessitou a demolição do piso
asfáltico existente até o trecho irá ser escarificado e realizado todo o tratamento
conforme descrito nos itens 4 e 5.
94
11. - Além da demolição do pavimento flexível, também foram realizadas demolições
das barreiras de segurança que se encontravam fora de norma e vão ser substitu-
ídos pelas barreiras do tipo New Jersei e aumento da pista com a demolição da
passarela central de pedestres que estava desativada para o público.
12. - Antes da projeção do concreto a superfície deve ser molhada de forma a deixar
o concreto saturado.
13. – Por fim o concreto é projetado afim de proteger a armação e a resistir a esforços
solicitantes nos pontos onde houve o reforço dando o cobrimento necessário. É
realizado um acabamento onde o mesmo é nivelado seguindo medidas de projeto.
95
Figura 50: Caixão do viaduto com fibras de carbono.
96
CONCLUSÃO
97
dependentes de todas as análises feitas e todo o conhecimento obtido sobre os ma-
teriais, patologias, suas causas e o modo que afeta o desempenho da estrutura.
Com o total acompanhamento desde o ocorrido com o Viaduto, podemos con-
cluir que as técnicas e métodos de recuperação apresentadas, seguem os princípios
teóricos existentes, se mostram eficazes e proporcionaram a estrutura um desempe-
nho satisfatório, solucionando o problema e hipótese apresentado no trabalho.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
98
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
99
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cos — Ensaio de Tração Parte 1: Método de ensaio à temperatura ambiente – Rio
de Janeiro, 2013.
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fícios. Dissertação de mestrado defendida pela EESC – São Carlos/SP, 1998.
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11: Requisitos específicos para a avaliação de proteção contra incêndio para ele-
mentos estruturais de aço - Primeira Edição
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dor. 2009.
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CRETO – CAP. 3. Libânio M. Pinheiro, Andreilton P. Santos, Cassiane D. Muzardo,
Sandro P. Santos. USP – EESC – Departamento de Engenharia de Estruturas - São
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THE CONCRETE SOCIETY. TR68 – Assessment, Design and Repair of Fire- Dama-
ged Concrete Structures. The Concrete Society, 2008. apud MELO, M., WHEATLEY,
R.; GIBBIN, N.; GONZALEZ, Q.M.; HARWOOD, K. Assessment and Repair of a Fire-
Damaged Prestressed Concrete Bridge. International Association for Bridge and
103
ANEXO A