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MINISTÉRIO DAS CIDADES - Secretaria Nacional da Habitação

Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade do Habitat (PBQP-H)


Sistema Nacional de Avaliações Técnicas (SINAT)

Diretrizes para Avaliação Técnica


de Produtos
DIRETRIZ SINAT

Nº 004

Sistemas construtivos formados por paredes


estruturais constituídas de painéis de PVC
preenchidos com concreto
(Sistemas de paredes com formas de PVC incorporadas)

Brasília, setembro de 2010


MINISTÉRIO DAS CIDADES – Secretaria Nacional de Habitação - SNH
Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade do Habitat - PBQP-H 1
Sistema Nacional de Avaliações Técnicas de produtos inovadores – SINAT
Diretrizes para Avaliação Técnica de Produtos – DIRETRIZ SINAT
<identificação do produto>

SUMÁRIO
1.  INTRODUÇÃO .................................................................................................................................................................1 
1.1  OBJETO ........................................................................................................................................................................1 
1.2  RESTRIÇÕES DE USO......................................................................................................................................................1 
1.3  CAMPO DE APLICAÇÃO ..................................................................................................................................................1 
1.4  TERMINOLOGIA ............................................................................................................................................................2 
1.5  DOCUMENTOS TÉCNICOS COMPLEMENTARES .................................................................................................................2 
2.  CARACTERIZAÇÃO DO PRODUTO...........................................................................................................................4 
3.  REQUISITOS E CRITÉRIOS DE DESEMPENHO .....................................................................................................5 
3.1  DESEMPENHO ESTRUTURAL ..........................................................................................................................................5 
3.1.1  Resistência estrutural e estabilidade global – (Estado limite último) .................................................................5 
3.1.2  Deformações ou estados de fissuração do sistema estrutural – (Estado limite de serviço).................................5 
3.1.3  Resistência a impactos de corpo mole .................................................................................................................6 
3.1.4  Resistência a impacto de corpo duro...................................................................................................................7 
3.1.5  Solicitações transmitidas por portas para as paredes .........................................................................................7 
3.1.6  Resistência às solicitações de cargas de peças suspensas atuantes nos sistemas de vedações verticais.............7 
3.2  SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO ....................................................................................................................................8 
3.2.1  Dificuldade de inflamação generalizada .............................................................................................................8 
3.2.2  Limitação da densidade ótica de fumaça ............................................................................................................9 
3.2.3  Resistência ao fogo..............................................................................................................................................9 
3.3  ESTANQUEIDADE À ÁGUA .............................................................................................................................................9 
3.3.1  Estanqueidade à água de chuva em sistemas de vedações verticais externas (fachadas) ...................................9 
3.4  DESEMPENHO TÉRMICO...............................................................................................................................................10 
3.4.1  Critérios para o Procedimento Simplificado .....................................................................................................10 
3.4.2  Critérios para os Procedimentos de Simulação ou de Medição ........................................................................11 
3.5  DESEMPENHO ACÚSTICO .............................................................................................................................................11 
3.5.1  Isolação sonora promovida pelos elementos da envoltória – ensaio de campo ................................................11 
3.5.2  Isolação sonora promovida pelos elementos da fachada – ensaio de laboratório ............................................12 
3.5.3  Isolação sonora entre ambientes promovida pelas vedações verticais internas - ensaio de campo ..................12 
3.5.4  Isolação sonora entre ambientes promovida pelas vedações verticais internas - ensaio de laboratório ..........12 
3.6  DURABILIDADE E MANUTENABILIDADE .......................................................................................................................13 
3.6.1  Vida útil de projeto dos elementos (VUP) .........................................................................................................13 
3.6.2  Manutenabilidade dos elementos ......................................................................................................................14 
3.6.3  Resistência dos painéis de PVC aos raios ultravioletas ....................................................................................14 
3.6.4  Resistência ao calor e choque térmico – paredes de fachada ...........................................................................15 
3.6.5  Resistência ao envelhecimento natural – paredes de fachada...........................................................................15 
4.  MÉTODOS DE AVALIAÇÃO ......................................................................................................................................15 
4.1  MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS DOS COMPONENTES .........................................................................15 
4.2  MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO DOS SISTEMAS CONSTRUTIVOS ..................................................................16 
4.2.1  Desempenho estrutural......................................................................................................................................16 
4.2.2  Segurança contra incêndio ................................................................................................................................ 17 
4.2.3  Estanqueidade à água ....................................................................................................................................... 17 
4.2.4  Desempenho térmico ......................................................................................................................................... 17 
4.2.5  Desempenho acústico ........................................................................................................................................18 
4.2.6  Durabilidade e manutenabilidade .....................................................................................................................18 
5.  ANÁLISE GLOBAL DO DESEMPENHO DO PRODUTO .......................................................................................19 
6.  CONTROLE DA QUALIDADE NA MONTAGEM ....................................................................................................19 
6.1  CONTROLE DA QUALIDADE NO PROCESSO DE FABRICAÇÃO DOS PERFIS/PAINÉIS DE PVC...............................................20 
6.2  CONTROLE DE ACEITAÇÃO DE MATERIAIS E COMPONENTES EM CANTEIRO DE OBRAS ....................................................21 
6.3  CONTROLE DA EXECUÇÃO EM CANTEIRO DE OBRAS .....................................................................................................22 
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DIRETRIZ PARA AVALIAÇÃO TÉCNICA DE SISTEMAS


CONSTRUTIVOS FORMADOS POR PAREDES
ESTRUTURAIS CONSTITUÍDAS DE PAINÉIS DE PVC
PREENCHIDOS COM CONCRETO

1. INTRODUÇÃO

1.1 Objeto
Os sistemas construtivos que integram o objeto desta diretriz são aqueles formados por
paredes internas e externas com função estrutural, constituídas por painéis de PVC
preenchidos com concreto. Os painéis de PVC são utilizados como fôrmas e ficam
incorporados à parede, tendo também função de revestimento e acabamento final.
Os painéis de PVC são acoplados entre si por meio de encaixes nas laterais. As paredes são
ancoradas à fundação, possuem armaduras verticais nos encontros entre paredes e nas
laterais dos vãos de portas e janelas, armaduras horizontais nas vergas, contravergas e no
nível de respaldo da parede, como uma cinta de amarração.
O concreto comum empregado é fluido ou auto-adensável, para possibilitar o preenchimento
das fôrmas de PVC sem necessidade de vibração.
Esta diretriz não contempla requisitos e critérios para avaliar eventuais revestimentos ou
acabamentos aplicados sobre os perfis de PVC das paredes.

1.2 Restrições de uso


As restrições específicas, quando houver, devem ser consignadas nos respectivos DATec’s.
Esta diretriz se aplica somente aos sistemas de paredes com fôrmas de PVC incorporadas
destinadas à construção de unidades unifamiliares térreas e assobradadas, isoladas e
geminadas.
A espessura mínima das paredes deve ser projetada em função de considerações estruturais,
do projeto de instalações hidráulicas e elétricas e de outras exigências de desempenho
pertinentes.
Os perfis de PVC, que constituem as fôrmas incorporadas e o revestimento das faces das
paredes, somente poderão ter cores claras - absortância (α) ≤ 0,6 (ver definição de absortância
no item 1.4), pois a temperatura de serviço máxima dos perfis de PVC é da ordem de 60°C.
O concreto empregado é comum, fluido ou auto-adensável, com resistência à compressão
característica aos 28 dias de no mínimo 20MPa.

1.3 Campo de aplicação


Sistemas construtivos destinados a unidades unifamiliares térreas e sobrados, isolados e
geminados.
Os subsistemas convencionais, como fundações, esquadrias, instalações hidráulicas e
elétricas e demais elementos ou componentes convencionais não são objeto desta diretriz,
porém devem ser consideradas as interfaces entre subsistemas convencionais e inovadores,
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como interfaces entre paredes e pisos externos e internos, entre paredes e esquadrias, entre
paredes ou pisos e instalações.

1.4 Terminologia
Para efeito desta Diretriz valem as definições constantes na NBR 12655, NBR 6118, NBR
15575 e NBR 15823-1 e nos demais documentos técnicos complementares. São definições
específicas, ou importantes, dessa Diretriz:
Absortância (α): quociente da taxa de radiação solar absorvida por uma superfície pela taxa
de radiação solar incidente sobre esta mesma superfície (é a fração absorvida quando a
radiação incide sobre uma superfície real).

Concreto comum: aquele concreto cuja massa específica é da ordem de 2300 kg/m3 e fck ≥
20MPa.
Concreto auto-adensável: concreto que é capaz de fluir, auto-adensar pelo seu peso próprio,
preencher a forma e passar por embutidos (armaduras, dutos, insertos), enquanto mantém sua
homogeneidade nas etapas de mistura, transporte, lançamento e acabamento. O concreto
auto-adensável dos grupos de resistência I e II, conforme NBR 8953, tem massa específica
normal entre 2000kg/m3 e 2800kg/m3, pode ser misturado na obra, dosado em central ou
produzido em indústria de pré-moldados.
Viscosidade plástica aparente do concreto: propriedade que está relacionada com a
consistência da mistura (coesão) e que influencia na resistência do concreto ao escoamento.
Quanto maior a viscosidade, maior a resistência ao escoamento.
Contra-verga: perfil utilizado horizontalmente no limite inferior das aberturas (janelas e
outras).
Espessura do perfil de PVC: espessura dos perfis de PVC que constituem o painel
empregado como fôrma e revestimento de parede (t).

Espessura da parede: soma da espessura do painel de PVC e da espessura do concreto (e).

Escoramentos provisórios: fixações provisórias empregadas durante a concretagem e cura


das paredes com formas de PVC incorporadas.

1.5 Documentos técnicos complementares


A seguir listam-se as normas técnicas referenciadas no decorrer desta diretriz.
• Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT)
NBR 5426/1989 - Planos de amostragem e procedimentos na inspeção por atributos.
NBR 5628/2001 - Componentes construtivos estruturais - Determinação da resistência ao fogo.
NBR 5739/2007 - Concreto - Ensaios de compressão de corpos-de-prova cilíndricos.
NBR 6118/2007 - Projeto de estruturas de concreto – Procedimento.
NBR 6123/1998 - Forças Devidas ao Vento em Edificações.
NBR 8953/2009 - Concreto para fins estruturais – Classificação pela massa específica, por
grupos de resistência e consistência
NBR 9442/1986 - Materiais de construção - Determinação do índice de propagação superficial
de chama pelo método do painel radiante.
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NBR 9606/1992 - Concreto - Determinação da consistência pelo espalhamento do tronco de


cone - Método de ensaio.
NBR 9778/2005 - Argamassa e concreto endurecidos - Determinação da absorção de água,
índice de vazios e massa específica.
NBR 11675/1990 - Divisórias leves internas moduladas - Verificação da resistência a impactos.
NBR12655/2006 - Concreto de cimento Portland - Preparo, controle e recebimento –
Procedimento.
NBR 14289/1999 – Perfil de PVC rígido para forros - Determinação da resistência ao impacto.
NBR 14432/2001 - Exigências de resistência ao fogo de elementos construtivos de edificação -
Procedimento; Emenda em 2001.
NBR 15200/2004 – Projeto de estruturas de concreto em situação de incêndio.
NBR 15220-1/2005 - Desempenho térmico de edificações - Parte 1: Definições, símbolos e
unidades.
NBR 15220-2/2005 - Desempenho térmico de edificações - Parte 2: Métodos de cálculo da
transmitância térmica, da capacidade térmica, do atraso térmico e do fator solar de elementos
e componentes de edificações.
NBR 15220-3/2005 - Desempenho térmico de edificações - Parte 3: Zoneamento bioclimático
brasileiro e diretrizes construtivas para habitações unifamiliares de interesse social.
NBR15823-1/2010 – Concreto auto-adensável - Parte 1: Classificação, controle e aceitação no
estado fresco.
NBR15823-2/2010 – Concreto auto-adensável - Parte 2: Determinação do espalhamento e do
tempo de escoamento - Método do cone de Abrams.
NBR 15575-1/2008 - Edifícios habitacionais de até cinco pavimentos: Desempenho - Parte 1:
Requisitos gerais.
NBR 15575-2/2008 - Edifícios habitacionais de até cinco pavimentos: Desempenho - Parte 2:
Requisitos para os sistemas estruturais.
NBR 15575-3/2008 - Edifícios habitacionais de até cinco pavimentos: Desempenho - Parte 3:
Requisitos para os sistemas de pisos internos.
NBR 15575-4/2008 - Edifícios habitacionais de até cinco pavimentos: Desempenho - Parte 4:
Sistemas de vedações verticais externas e internas.
NBR 15575-5/2008 - Edifícios habitacionais de até cinco pavimentos: Desempenho - Parte 5:
Requisitos para sistemas de coberturas.
ABNT NBR NM 67/1998 - Concreto - Determinação da consistência pelo abatimento do tronco
de cone.

CORPO DE BOMBEIROS/ 2001- Instrução Técnica – IT nº 10/01. Controle de materiais de


acabamento e revestimento.

• International Organization Standardization (ISO)


ISO 4892/2003 Plastics - Methods of exposure to laboratory light sources - Part 3: Flourescent
UV Lamp, part 3.
ISO 717-1/1996 Acoustics – Rating of sound insulation in buildings and of buildings elements –
Part 1: Airborne sound insulation.
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ISO 140-3/1995 Acoustics – Measurement of sound insulation in buildings and of building


elements – Part 3: Laboratory measurements of airborne sound insulation between rooms.
ISO 8256/2004 - Plastics - Determination of tensile-impact strength.
DIN EN ISO 179/2006 - Plastics - Determination of Charpy impact properties - Part 1: Non-
instrumented impact test.

• American Society for Testing Materials (ASTM)


ASTM G154/ 2006 - Standard Practice for Operating Fluorescent Light Apparatus for UV
Exposure of Nonmetallic Materials.
ASTM D6110/ 2008 Standard Test Method for Determining the Charpy Impact Resistance of
Notched Specimens of Plastic.
ASTM D790 - 07e1/ 2007- Standard Test Methods for Flexural Properties of Unreinforced and
Reinforced Plastics and Electrical Insulating Materials.
ASTM E662/ 2009- Standard Test Method for Specific Optical Density of Smoke Generated by
Solid Materials.
ASTM E84/2010- Standard Test Method for Surface Burning Characteristics of Building
Materials.

• Normas européias - EN
DIN EN ISO 179:2001 Determination of Charpy impact properties - Part 1: Non-instrumented
impact test (ISO 179-1:2010).

2. Caracterização do produto
As principais características dos materiais e componentes que formam os sistemas
construtivos objetos desta Diretriz, as quais devem constar em projetos e ser objeto de análise,
são descritas na Tabela 1. Outros materiais, diferentes dos que constam da tabela 1, podem
ser empregados desde que sejam caracterizados e avaliados conforme normas técnicas
pertinentes.

Tabela 1 - Requisitos para caracterização dos materiais e componentes que formam os sistemas
construtivos objetos desta Diretriz
Item Requisitos Indicador de conformidade
A Painéis de PVC rígido
A.1 Espessura mínima dos perfis 1,7mm
A.2 Cor dos perfis Conforme especificação de projeto, com (α) ≤ 0,6
Resistência do PVC aos raios
ultravioleta (exposição de
A.3 2000 horas de exposição em câmara de CUV, com lâmpada de UVB
placas de PVC em câmara de
CUV-UVB)
Módulo de elasticidade na
A.4 Rapós envelhecimento ≥ 0,70 Rinicial
flexão (antes e após CUV)
Resistência ao impacto: realizar 2
Rensaio- impacto charpy inicial ≥ 12KJ/m ;ou
ensaio de impacto Charpy ou
Rensaio- impacto na tração inicial ≥ 400KJ/m2
A.5 ensaio de impacto na tração
(antes e após exposição em
câmara de CUV) Rapós envelhecimento ≥ 0,70 Rinicial
As duas faces do corpo de prova devem ser avaliadas:
Aspecto visual após ensaio de Sem bolhas, sem fissuras, ou escamações, após exposição de 2000
A.6
envelhecimento acelerado horas em câmara de CUV, com avaliação a 500h, 1000h, 1500h e
2000h
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B Concreto fresco e endurecido


Consistência ou espalhamento
B.1 Slump (21+/- 3cm) ou Espalhamento ≥70 (-1) cm
do concreto (estado fresco)
Classe de viscosidade plástica
B.2 aparente (estado fresco para VS≤2
concreto auto-adensável)
Resistência à compressão na
B. 3 retirada dos escoramentos Conforme especificação de projeto
provisórios
Resistência característica à
compressão aos 28 dias, ou Conforme especificação de projeto, sendo no mínimo 20MPa,
B.4
outra idade em razão de conforme definição de concreto comum
situações específicas
Absorção de água e índice de
B.5 Conforme especificação de projeto
vazios (estado endurecido)
Massa específica (estado
B.6 Conforme especificação de projeto
endurecido)

3. Requisitos e critérios de desempenho


Os requisitos e critérios a seguir transcritos correspondem àqueles especificados na NBR
15575 (parte 1 a 5) e outras normas pertinentes.

3.1 Desempenho estrutural

3.1.1 Resistência estrutural e estabilidade global – (Estado limite último)

Para cada tipo de unidade habitacional e para cada local de implantação é essencial que seja
elaborado um cálculo estrutural específico, por profissional habilitado, com a respectiva
memória de cálculo.
As paredes estruturais e suas ligações (espessura e armaduras), bem como a resistência
característica do concreto devem ser dimensionadas em função de cargas verticais,
provenientes do peso próprio e sobrecargas, e de cargas laterais, provenientes de carga de
vento, que devem ser consideradas conforme a NBR 6123.
A memória de cálculo deve apresentar hipóteses de cálculo, cargas consideradas, incluindo
cargas da cobertura, dimensionamento das espessuras de paredes e das armaduras
(armaduras estruturais, construtivas e de reforços de vãos) e análise da estabilidade da
unidade habitacional considerada.
O projeto estrutural deve apresentar os detalhes das armaduras das paredes, incluindo as
armaduras das vergas, contra-vergas e das ligações entre paredes, das ligações entre
paredes e fundação e das ligações entre paredes e lajes.

3.1.2 Deformações ou estados de fissuração do sistema estrutural – (Estado


limite de serviço)

Não ocasionar deslocamentos ou fissuras excessivas às paredes estruturais, levando-se em


consideração as ações permanentes e de utilização, nem impedir o livre funcionamento de
elementos e componentes do edifício, tais como portas e janelas, nem repercutir no
funcionamento das instalações.
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Portanto, sob a ação de cargas gravitacionais, de temperatura, de vento, recalques diferenciais


das fundações ou quaisquer outras solicitações passíveis de atuarem sobre a construção, os
elementos estruturais (parede com forma de PVC incorporada) não devem apresentar
deslocamentos maiores que os estabelecidos na norma NBR 15.575-2.

3.1.3 Resistência a impactos de corpo mole

As paredes de concreto com fôrma de PVC incorporada não devem sofrer ruptura ou
instabilidade sob energias de impacto, conforme critérios expostos nas tabelas 2 a 4.

3.1.3.1 Impactos de corpo-mole para paredes externas


A parede de concreto com fôrma de PVC incorporada deve atender aos critérios da Tabela 2 e
da Tabela 3, conforme NBR 15575-4.

Tabela 2 – Resistência a impactos de corpo mole de paredes externas com função estrutural (sobrados)
Energia de
Impacto impacto de corpo Critério de desempenho
mole J
960
Não ocorrência de ruptura da parede
720
Impactos 480 Não ocorrência de rupturas localizadas na parede e no revestimento de
externos (ensaio PVC
360
a ser feito no
pavimento Não ocorrência de falhas na parede e no revestimento de PVC
240
térreo) (Limitação dos deslocamentos horizontais: dh ≤ h/250; dhr ≤ h/1250)
180
Não ocorrência de falhas na parede e no revestimento de PVC
120
480 Não ocorrência de ruptura e nem traspasse da parede pelo corpo
Impacto interno
240 impactador
(ensaio a ser
feito em 180 Não ocorrência de falhas na parede e no revestimento de PVC
qualquer
Não ocorrência de falhas na parede e no revestimento de PVC
pavimento) 120
(Limitação dos deslocamentos horizontais: dh ≤ h/250; dhr ≤ h/1250)

Tabela 3 - Resistência a impactos de corpo mole de paredes externas com função estrutural (casas térreas)
Energia de
Impacto impacto de corpo Critérios de desempenho
mole J
720 Não ocorrência de ruína da parede
480
Não ocorrência de ruptura da parede
360
Impacto externo Não ocorrência de falhas na parede e no revestimento de PVC (Limitação
240
dos deslocamentos horizontais: dh ≤ h/250; dhr ≤ h/1250)
180
Não ocorrências de falhas na parede e no revestimento de PVC
120
480
Não ocorrência de ruína e traspasse da parede pelo corpo impactador
240
Impacto interno 180 Não ocorrência de falhas na parede e no revestimento de PVC
Não ocorrência de falhas na parede e no revestimento de PVC
120
(Limitação dos deslocamentos horizontais: dh ≤ h/250; dhr ≤ h/1250)

3.1.3.2 Impactos de corpo-mole para paredes internas


Atender aos critérios da Tabela 4, conforme NBR 15575-4.
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Tabela 4 – Resistência a impactos de corpo mole em paredes estruturais internas (casas térreas e
sobrados)
Energia de impacto
Elemento Critério de desempenho
de corpo mole J
360 Não ocorrência de ruptura da parede
240 São admitidas falhas localizadas nas paredes e no revestimento de PVC
Não ocorrência de falhas generalizadas nas paredes e no revestimento de
Parede com 180
PVC
função estrutural
Não ocorrência de falhas na paredes e no revestimento de PVC
120
(Limitação dos deslocamentos horizontais: dh ≤ h/250; dhr ≤ h/1250)
60 Não ocorrência de falhas ns paredes e no revestimento de PVC

3.1.4 Resistência a impacto de corpo duro

3.1.4.1 Impactos de corpo-duro para paredes externas


Atender aos critérios da Tabela 5, conforme NBR 15575-4.

Tabela 5 – Impactos de corpo-duro para paredes de fachadas com função estrutural


Energia de impacto
Impacto Critério de desempenho
de corpo duro J
Impacto externo 3,75 Não ocorrência de falhas inclusive no revestimento de PVC
(acesso externo
do público) 20 Não ocorrência de ruptura e traspasse da parede
Impacto interno 2,5 Não ocorrência de falhas no revestimento de PVC
(todos os
pavimentos) 10 Não ocorrência de ruptura e transpasse da parede

3.1.4.2 Impactos de corpo-duro para paredes internas


Atender aos critérios da Tabela 6, conforme NBR 15575-4.

Tabela 6 – Impactos de corpo-duro para paredes internas com função estrutural


Energia de impacto de corpo-duro J Critério de desempenho
2,5 Não ocorrência de falhas no revestimento de PVC

10 Não ocorrência de ruptura e transpassamento da parede

3.1.5 Solicitações transmitidas por portas para as paredes


Atender aos critérios especificados na NBR 15575-4.
Premissas de projeto: o projeto deve mostrar a quantidade e tipo de fixação a ser usada entre
marco de porta e parede, bem como os eventuais reforços a serem incorporados na parede na
região de vãos de portas e janelas.

3.1.6 Resistência às solicitações de cargas de peças suspensas atuantes nos


sistemas de vedações verticais

Resistir às solicitações originadas pela fixação de peças suspensas (armários, prateleiras,


lavatórios, hidrantes, quadros e outros); atendendo ao critério da NBR 15.575 -4.
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Tabela 7 - Peças suspensas fixadas por mão-francesa padrão, com carga padrão
Carga de uso aplicada em Carga de uso aplicada em
Critérios de desempenho
cada ponto cada peça
Ocorrência de fissuras toleráveis.
0,2 kN 0,4 kN Limitação dos deslocamentos horizontais:
dh < h/500; dhr < h/2500
Onde: h é altura do elemento parede; dh é o deslocamento horizontal; dhr é o deslocamento residual.
(1)
A carga de ruptura deve ser dividida por dois, portanto a carga de ensaio geralmente é o dobro da carga de uso

Tabela 8 – Peças suspensas fixadas por mão francesa padrão, com cargas segundo especificações do
fabricante ou do fornecedor

Carga de ensaio Critério de desempenho

Carregamentos especiais Não ocorrência de fissuras.


previstos conforme Não ocorrência de destacamento dos dispositivos de fixação.
(1)
informações do fornecedor Limitação dos deslocamentos horizontais: dh < h/500; dhr < h/2500
Carga de 2 kN, aplicada em
Não ocorrência de fissuras, destacamentos ou rupturas do sistema de fixação.
ângulo de 60° em relação à
(2) Coeficiente de segurança à ruptura mínimo igual dois, para ensaios de curta duração.
face da vedação vertical
(1)
A carga de ruptura deve ser três vezes maior que a carga de uso.
(2)
Exemplo: rede de dormir.

Premissas de projeto: o projeto deve mostrar a quantidade e tipo de fixação a ser empregada
em peças suspensas, como armários, pias e barras de apoio.

3.2 Segurança contra incêndio


Os requisitos de segurança contra incêndio de vedações verticais são expressos por:
a) reação ao fogo dos materiais de acabamento das vedações verticais (dificuldade de
inflamação generalizada – limitar índice de propagação de chama);
b) facilidade de fuga, avaliada pelas características de desenvolvimento de fumaça dos
materiais de revestimento e acabamento das vedações verticais (limitação da densidade ótica
de fumaça);
c) resistência ao fogo dos elementos construtivos, particularmente das paredes estruturais e
de compartimentação (parede que divide duas unidades habitacionais).

3.2.1 Dificuldade de inflamação generalizada

Atender ao critério de propagação superficial de chamas especificado na NBR 15575-1: os


materiais de revestimento e acabamento (perfis de PVC e eventual acabamento) empregados
na face interna dos sistemas ou elementos que compõem o edifício devem ter as
características de propagação de chamas controladas.
A Tabela 9 apresenta os índices máximos de propagação superficial de chamas para os
materiais de acabamento da face interna das paredes externas e das paredes internas.
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Tabela 9 - Índices máximos de propagação superficial de chamas para face interna de paredes externas e
para paredes internas
Índice máximo de propagação de chamas - Ip
Elemento construtivo Outros locais de uso privativo Outros locais de uso comum das
Cozinhas dentro das habitações, exceto habitações (escadas, halls, e
cozinha outros)
Materiais de acabamento de
paredes externas (face interna) 75 150 25
e paredes internas

3.2.2 Limitação da densidade ótica de fumaça

Os materiais de revestimento e acabamento interno empregados em paredes, forros ou face


interna de telhados devem ter as características de desenvolvimento de fumaça – medida pela
densidade ótica de fumaça – controladas, sendo especificada densidade ótica de fumaça –
Dm ≤450 (categoria A).

3.2.3 Resistência ao fogo

Os sistemas ou elementos que integram os edifícios habitacionais devem atender a ABNT


NBR 14432 para minimizar a propagação do incêndio, assegurando estabilidade,
estanqueidade e isolamento.
Considera-se que as paredes de geminação (paredes entre unidades) de casas térreas
geminadas e de sobrados geminados são elementos de compartimentação horizontal e devem
apresentar resistência ao fogo por um período mínimo de 30 minutos, assegurando
estanqueidade a chamas, isolamento térmico e estabilidade (integridade estrutural).

3.3 Estanqueidade à água


No caso da estanqueidade à água do sistema de vedações verticais objeto desta Diretriz, são
consideradas duas fontes de umidade:
a) internas, como água decorrente dos processos de uso e limpeza dos ambientes, vapor
de água gerado nas atividades normais de uso, condensação de vapor de água e
vazamentos de instalações;
b) externas, como ascenção de umidade do solo pelas fundações e infiltração de água de
chuva pelas fachadas, lajes expostas e coberturas.
Com relação às fontes de umidade internas, o PVC é um material impermeável com potencial
para garantir a estanqueidade da parede.
Já com relação às fontes de umidade externas, as juntas entre perfis de PVC, as juntas entre
paredes e janelas etc, que devem garantir a estanqueidade à água da parede.

3.3.1 Estanqueidade à água de chuva em sistemas de vedações verticais


externas (fachadas)

O sistema de vedação vertical externa deve atender aos critérios da NBR 15575-4,
considerando-se a ação dos ventos.
Premissas de projeto: o projeto deve especificar detalhes que favoreçam a estanqueidade à
água das fachadas, bem como o escorrimento de água sobre a fachada. Sugere-se detalhes
como pingadeiras, ressaltos, detalhes no encontro com a calçada externa e parede, e beirais
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de telhado. Além disso, detalhes de fixação e vedação entre caixilho e parede devem constar
do projeto.

3.4 Desempenho térmico


A NBR 15575 permite que o desempenho térmico seja avaliado para um sistema construtivo,
de forma independente ou para a edificação como um todo, considerando o sistema
construtivo como parte integrante do edifício.

A edificação deve reunir características que atendam às exigências de desempenho térmico


estabelecidas na NBR 15575, respeitando as características bioclimáticas das diferentes
regiões brasileiras definidas na NBR 15220-3.

Podem ser adotados três procedimentos alternativos para avaliação do desempenho térmico
do edifício: Procedimento Simplificado, Procedimento de Simulação e Procedimento de
Medição. O procedimento simplificado leva em consideração somente o elemento construtivo,
no caso a parede. A simulação e medição consideram o projeto do edifício como um todo.

3.4.1 Critérios para o Procedimento Simplificado

No Procedimento Simplificado deve-se verificar o atendimento aos critérios de desempenho


térmico estabelecidos para as paredes externas, conforme apresentado nos subitens a seguir.
Para o sistema de vedação vertical do edifício devem ser atendidos os requisitos e critérios
relativos aos seguintes itens:
a) transmitância das paredes externas;
b) capacidade térmica das paredes externas.
Com relação à transmitância térmica das paredes externas, os valores máximos admissíveis
devem ser os estabelecidos na Tabela 10, conforme NBR 15575-4.

Tabela 10 – Transmitância térmica de paredes externas


Transmitância Térmica (U, em W/(m2.K))
Zonas 3, 4, 5, 6, 7 e 8
Zonas 1 e 2
∝(1) < 0,6

U ≤ 3,7
U ≤ 2,5

∝ é absortância à radiação solar da superfície externa da parede.


(1)

Para a capacidade térmica das paredes externas, os valores mínimos admissíveis são
apresentados na Tabela 11, conforme NBR 15575-4.

Tabela 11 – Capacidade térmica de paredes externas


Capacidade térmica (CT, em kJ/(m2.K))
Zona 8 Zonas 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7

Sem exigência ≥ 130


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3.4.2 Critérios para os Procedimentos de Simulação ou de Medição

O Procedimento de Simulação é feito por meio de simulação computacional do desempenho


térmico, a partir dos dados de projeto do edifício. Já o Procedimento de Medição é feito por
meio de medições em edifícios ou protótipos construídos.
Tanto para o Procedimento de Simulação quanto para o de Medição, tem-se que o sistema
construtivo alvo dessa Diretriz deve possibilitar que a edificação apresente desempenho
térmico que se enquadre, pelo menos, no nível mínimo (M) dos critérios estabelecidos no
anexo A da NBR 15575-1, ou seja, para edificações implantadas nas diferentes zonas
climáticas brasileiras, considerando as situações limítrofes de calor e frio em seu interior, com
relação ao ambiente externo, no verão e no inverno, respectivamente. Os critérios de
desempenho térmico são:

a) Desempenho térmico do edifício no verão: o valor máximo diário da temperatura


do ar interior de recintos de permanência prolongada, como salas e dormitórios,
sem a presença de fontes internas de calor (ocupantes, lâmpadas, outros
equipamentos em geral), deve ser sempre menor ou igual ao valor máximo diário da
temperatura do ar exterior.
b) Desempenho térmico do edifício no inverno: o valor mínimo diário da
temperatura do ar interior de recintos de permanência prolongada, como salas e
dormitórios, no dia típico de inverno, deve ser sempre maior ou igual à temperatura
mínima externa acrescida de 3°C.

3.5 Desempenho acústico


No caso dos sistemas construtivos objeto desta diretriz, é considerado o isolamento sonoro
aos ruídos externos, proporcionado por paredes de fachadas e o isolamento sonoro aos ruídos
internos, proporcionados por paredes internas. Para verificação do atendimento ao requisito de
isolação sonora, seja de paredes externas ou internas, pode-se optar por realizar medições do
isolamento em campo ou em laboratório; cujos critérios de desempenho são diferentes,
conforme descrito nos itens a seguir.
Observa-se que o resultado da avaliação de desempenho acústico feita no elemento
construtivo, seja em laboratório ou em campo, não traduz o conforto acústico de uma
habitação, pois o conforto depende de outras variáveis além do desempenho acústico da
parede. Além disso, quando as paredes são ensaiadas em laboratório, o ensaio é feito em
parede cega, portanto, o desempenho dos caixilhos influenciará o desempenho da parede
quando essa tiver janela.

3.5.1 Isolação sonora promovida pelos elementos da envoltória – ensaio de


campo

Os elementos de vedação vertical de fachada devem atender aos critérios mínimos


apresentados na Tabela 12 (no caso de edifício localizado junto a vias de tráfego intenso, seja
rodoviário, ferroviário ou aéreo, deve-se utilizar o valor mínimo acrescido de 5 dB), conforme
NBR 15575-4.
NOTA: Entende-se, para esse critério, a vedação externa como sendo a fachada e a cobertura
no caso de casas térreas e somente a fachada no caso dos edifícios multipiso.
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Tabela 12 – Valores mínimos recomendados da diferença padronizada de nível ponderada da vedação


externa , D2m,nT,w, para ensaios de campo
Elemento D2m,nT,w (dB) D2m,nT,w+5 (dB)

Vedação externa de dormitórios 25 30

Nota 1: Para vedação externa de cozinhas, lavanderias e banheiros não há exigências específicas.
Nota 2: A diferença ponderada de nível, DnT,w, é o número único do isolamento de ruído aéreo em
edificações, derivado dos valores em bandas de oitava ou de terço de oitava da Diferença Padronizada de
Nível, DnT, de acordo com o procedimento especificado na ISO 717-1.

3.5.2 Isolação sonora promovida pelos elementos da fachada – ensaio de


laboratório

Os elementos de fachada devem apresentar índice de redução sonora ponderado, Rw,


conforme os valores mínimos indicados na Tabela 13 e conforme NBR 15575-4.

Tabela 13 - Índice mínimo recomendado de redução sonora ponderado da fachada , Rw,


Elemento Rw (dB) Rw +5 (dB)

Fachada 30 35

Nota: Valores referenciais para fachadas cegas, por isso deve ser observado a isolação sonora do
caixilho a ser empregado para garantir desempenho acústico da parede

3.5.3 Isolação sonora entre ambientes promovida pelas vedações verticais


internas - ensaio de campo

O sistema de vedação vertical interna deve apresentar, no mínimo, os valores da Tabela 14,
conforme NBR 15575-4.

Tabela 14 – Valores mínimos recomendados da diferença padronizada de nível ponderada entre ambientes,
DnT,w, para ensaio de campo
Elemento DnT,w (dB)

Parede de salas e cozinhas entre uma unidade habitacional e áreas comuns de trânsito
30
eventual, como corredores, halls e escadaria nos pavimentos-tipo

Parede de dormitórios entre uma unidade habitacional e corredores, halls e escadaria


40
nos pavimentos-tipo

Parede entre uma unidade habitacional e áreas comuns de permanência de pessoas,


atividades de lazer e atividades esportivas, como home theater, salas de ginástica, salão
45
de festas, salão de jogos, banheiros e vestiários coletivos, cozinhas e lavanderias
coletivas

Parede entre unidades habitacionais autônomas (parede de geminação) 40

3.5.4 Isolação sonora entre ambientes promovida pelas vedações verticais


internas - em ensaio de laboratório

Os elementos de vedação entre ambientes devem apresentar índice de redução sonora


ponderado, Rw conforme os valores mínimos da Tabela 15, de acordo com NBR 15575-4.
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Quando o sistema entre ambientes for constituído por mais do que um elemento, deve ser
ensaiado o sistema ou cada elemento e calculada a isolação resultante.

Tabela 15 – Índice mínimo de Redução Sonora Ponderado dos componentes construtivos, Rw,
para ensaio de laboratório
Elemento Rw (dB)
Parede de salas e cozinhas entre uma unidade habitacional e áreas de corredores,
35
halls e escadaria nos pavimentos-tipo
Parede de dormitórios entre uma unidade habitacional e áreas comuns de trânsito
45
eventual, como corredores, halls e escadaria nos pavimentos-tipo

Parede entre uma unidade habitacional e áreas comuns de permanência de pessoas,


atividades de lazer e atividades esportivas, como home theater, salas de ginástica,
50
salão de festas, salão de jogos, banheiros e vestiários coletivos, cozinhas e lavanderias
coletivas

Parede entre unidades habitacionais autônomas (parede de geminação) 45


NOTA: Valores referenciais para paredes cegas.

3.6 Durabilidade e manutenabilidade


Manter a capacidade funcional dos sistemas durante a vida útil de projeto, desde que sejam
realizadas as intervenções de manutenção pré-estabelecidas.

3.6.1 Vida útil de projeto dos elementos (VUP)

Definir VUP do sistema de paredes. A Vida útil de projeto deve ser estabelecida em função de
análises de durabilidade dos materiais e componentes versus períodos de inspeções e
intervenções periódicas de manutenção e conservação.
Recomenda-se considerar que os elementos do sistema de paredes, objeto dessa diretriz,
tenham vida útil de projeto (VUP) no mínimo igual aos períodos sugeridos na NBR 15575-1
(Anexo C) e transcritos na
Tabela 16, se submetidos a manutenções preventivas (sistemáticas) e, sempre que
necessário, a manutenções corretivas e de conservação previstas no manual de operação, uso
e manutenção.

Tabela 16 – Vida útil de projeto mínima (VUP)

VUP anos
Sistema
Mínimo

Estrutura ≥ 40

Vedação vertical externa (parede


de concreto com forma de PVC ≥ 40
incorporada)
Vedação vertical interna (parede
de concreto com forma de PVC ≥ 20
incorporada)
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3.6.2 Manutenabilidade dos elementos

Estabelecer em projeto e em manual de uso e manutenção do sistema construtivo os prazos


de Vida Útil de Projeto (VUP) de suas diversas partes ou elementos construtivos,
especificando o programa de manutenção a ser adotado, com os procedimentos necessários
e materiais a serem empregados em limpezas, serviços de manutenção preventiva e reparos
ou substituições de materiais e componentes. No manual deve constar quais substâncias
químicas não podem ser empregadas nas operações de limpeza e manutenção, evitando dano
precoce ao perfil de PVC.
Além disso, devem existir informações importantes sobre as condições de uso, como fixação
de peças suspensas nas paredes, fixação de acabamentos sobre perfis de PVC das paredes,
localização das instalações (elétricas e hidráulicas), formas de realizar inspeções e
manutenções nessas instalações, eventuais restrições de uso, cuidados necessários com o
uso de produtos de limpeza, entre outras informações pertinentes ao uso desse sistema.
Questões relativas à possibilidade de realizar ampliações e como fazê-las também devem
constar do Manual de Uso e Manutenção. Também no referido manual deve-se apresentar
soluções para manutenção de trechos da parede nas regiões onde se localizam
tubulações/instalações, isto é, como proceder no caso de corte das paredes, como essas
devem ser recuperadas, principalmente a parte de PVC; por isso é interessante que nos
trechos de parede em que as instalações sejam embutidas, existam shafts para inspeção da
instalação predial.
Esse manual deve ser apresentado à ITA (Instituição Técnica Avaliadora) como pré-requisito
para a obtenção do DATEC.
As manutenções devem ser realizadas em estrita obediência ao manual de operação, uso e
manutenção do sistema construtivo fornecido pelo proponente e/ou executor do sistema
construtivo.

Premissas de projeto
O proponente do sistema, o construtor, o incorporador público ou privado, isolada ou
solidariamente, devem especificar em projeto e em memorial de uso e manutenção do sistema
todas as condições de uso, operação e manutenção do sistema, especialmente com relação a:
• interfaces entre paredes e caixilhos, parede e piso/forro, parede e laje, e parede e
instalações; e demais interfaces que possam comprometer o desempenho da unidade
habitacional;
• formas de fixação de peças suspensas;
• periodicidade, forma de realização e forma de registro de inspeções;
• periodicidade, forma de realização e forma de registro das manutenções;
• produtos de limpeza e manutenção compativeis com o sistema, cuidando-se para
preservar as características estéticas do PVC;
• formas e produtos/materiais para fixação de eventuais acabamentos sobre os perfis de
PVC;
• formas de realizar manutenções nos trechos de parede com instalações, prevendo-se
shafts para inspeção da instalação predial.

3.6.3 Resistência dos painéis de PVC aos raios ultravioletas

Amostras do painel de PVC devem ser avaliadas conforme requisitos e critérios especificados
na tabela 1, item A.
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3.6.4 Resistência ao calor e choque térmico – paredes de fachada


Os painéis das paredes de fachada, incluindo o revestimento de PVC, submetidos a dez ciclos
sucessivos de exposição ao calor e resfriamento por meio de jato de água, não devem
apresentar:
- deslocamento horizontal instantâneo superior a h/300, onde h é a altura do corpo-de-prova;
- ocorrência de falhas como fissuras, destacamentos, empolamentos e outros danos.

3.6.5 Resistência ao envelhecimento natural – paredes de fachada


Os painéis das paredes de fachada, incluindo o revestimento de PVC, expostos em condições
ambientais não devem apresentar, a cada avaliação semestral feita durante dois anos:
- deslocamento horizontal instantâneo superior a h/300, onde h é a altura do corpo-de-prova;
- ocorrência de falhas como fissuras, destacamentos, empolamentos, descoloração e outros
danos.
O atendimento a esse critério não é impedimento para a obtenção do DATEC, mas é para sua
renovação.

4. Métodos de avaliação

4.1 Métodos de avaliação das características dos componentes


A Tabela 17 mostra os requisitos a serem especificados para os componentes, seus
parâmetros quantitativos e os métodos de avaliação, seja ensaios, inspeção ou medição.

Tabela 17 – Método de avaliação das características dos componentes


Indicador de Método de ensaio
Item Requisitos
conformidade
A Painéis de PVC rígido
Conforme Medição com paquímetro
A.1 Espessura dos perfis especificação de
projeto
Exposição em câmara de CUV,
2000 horas de
Resistência do PVC aos raios ultravioletas com lâmpada de UVB (tipo
exposição em câmara
A.3 (exposição de placas de PVC em câmara de UVB 313 e FS40),por 2000
de CUV, com lâmpada
CUV-UVB) horas (ASTM G154 e ISO
de UVB
4892)
Módulo de elasticidade na flexão (antes e Rapós envelhecimento ≥ 0,70 ASTM D790
A.4
após CUV) Rinicial
Resistência ao impacto: realizar ensaio de DIN EN ISO 179 ou ASTM D
impacto Charpy ou ensaio de impacto na Rapós envelhecimento ≥ 0,70 6110 (charpy)
A.5
tração (antes e após exposição em câmara Rinicial
de CUV) ISO 8256 (impacto na tração)
As duas faces do
corpo de prova devem
ser avaliadas: Avaliar as duas faces dos
Sem bolhas, sem corpos-de-prova;
fissuras, ou Realizar inspeção visual a
Aspecto visual após ensaio de
A.6 escamações, após 0,5m de distância em amostras
envelhecimento acelerado
exposição de 2000 de no mínimo 5cm x 5cm,
horas em câmara de antes e após exposição ao
CUV, com avaliação a envelhecimento acelerado
500h, 1000h, 1500h e
2000h
B Concreto fresco e endurecido
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Ensaio de consistência pelo


espalhamento do tronco de
Consistência ou espalhamento do concreto
B.1 Espalhamento 70cm cone, conforme NBR 9606 ou
(estado fresco)
NBR 15823-2; ou ensaio de
slump segundo a NBR NM 67
Classe de viscosidade plástica aparente
B.2 VS≤2 NBR 15823-2
(para concreto auto-adensável)
Ensaio de resistência à
Resistência à compressão na retirada dos Cf especificação de
B. 3 compressão realizado segundo
escoramentos provisórios projeto
a NBR 5739
Resistência característica à compressão aos Ensaio de resistência à
Cf especificação de
B.4 28 dias, ou outra idade em razão de compressão realizado segundo
projeto
situações específicas (estado endurecido) a NBR 5739
Absorção de água e índice de vazios (estado Cf especificação de
B.5
endurecido) projeto
Ensaio conforme a NBR 9778
Cf especificação de
B.6 Massa específica (estado endurecido)
projeto

4.2 Métodos de avaliação do desempenho dos sistemas construtivos

4.2.1 Desempenho estrutural

4.2.1.1 Resistência estrutural e estabilidade global – (Estado limite último)


a) Análise do projeto estrutural e memória de cálculo, verificando sua conformidade com as
normas brasileiras pertinentes; ou
b) Ensaio: quando a modelagem matemática do comportamento conjunto dos materiais e
componentes que constituem o sistema, ou dos sistemas que constituem a estrutura, não for
conhecida e consolidada por experimentação, ou não existir norma técnica, permite-se, para
edifícios até 05 pavimentos, estabelecer uma resistência última de projeto através de ensaios
destrutivos e do traçado do correspondente diagrama carga x deslocamento, conforme
indicado no Anexo A da NBR 15575-2.

4.2.1.2 Deformações ou estados de fissuração do sistema estrutural – (Estado limite de


serviço)
a) Análise do projeto estrutural e memória de cálculo, verificando sua conformidade com as
normas brasileiras pertinentes;
b) Ensaio: quando a modelagem matemática do comportamento conjunto dos materiais e
componentes que constituem o sistema, ou dos sistemas que constituem a estrutura, não for
conhecida e consolidada por experimentação, ou não existir norma técnica, permite-se
estabelecer uma resistência última de projeto através de ensaios destrutivos e do traçado do
correspondente diagrama carga x deslocamento, conforme indicado no Anexo B da NBR
15.575-2.

4.2.1.3 Resistência a impactos de corpo mole

4.2.1.3.1 Impactos de corpo mole para paredes externas e internas

A verificação da resistência e do deslocamento das paredes deve ser feita por meio de ensaios
de impacto de corpo mole a serem realizados em laboratório, em protótipo ou em obra. O
corpo-de-prova deve incluir todos os componentes típicos do sistema. Adota-se o método de
ensaio de impacto de corpo mole definido na NBR 11675.
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4.2.1.4 Resistência a impacto de corpo duro

4.2.1.4.1 Impactos de corpo-duro para paredes

A verificação da resistência e indentação provocada pelo impacto de corpo duro deve ser feita
por meio de ensaios em laboratório, protótipo ou obra, devendo o corpo-de-prova representar
fielmente as condições de obra, inclusive tipos de apoio / vinculações. Adota-se o método de
ensaio de impacto de corpo duro definido na NBR 11675, ou no Anexo B da norma NBR
15575-4.

4.2.1.5 Solicitações transmitidas por portas para as paredes


Método de avaliação conforme NBR 15575-4.

4.2.1.6 Resistência à solicitações de cargas de peças suspensas atuantes nos sistemas


de vedações verticais
Método de avaliação conforme Anexo A da NBR 15575-4.

4.2.2 Segurança contra incêndio

4.2.2.1 Dificuldade de inflamação generalizada


A comprovação, dependendo dos materiais de revestimento, acabamento e isolamento, deve
ser feita mediante a realização de ensaios conforme a NBR 9442

4.2.2.2 Limitação da densidade ótica de fumaça


A comprovação do índice de densidade ótica de fumaça de materiais de revestimento ou
acabamento de paredes e coberturas deve ser feita mediante a realização de ensaios
conforme ASTM E 662 ou ASTM E84.

4.2.2.3 Resistência ao fogo


Análise do projeto estrutural em situação de incêndio (Atendimento às Normas de projeto
estrutural, como a NBR 15200 para estruturas de concreto), ou realização de ensaios
conforme a NBR 5628, quando o comportamento ao fogo do sistema não for conhecido.

4.2.3 Estanqueidade à água

4.2.3.1 Estanqueidade à água de chuva em sistemas de vedações verticais externas


(fachadas)
Método de avaliação conforme a NBR 15575-4.
Os corpos-de-prova (paredes de concreto com fôrmas de PVC incorporada), a serem
ensaiados, devem reproduzir fielmente o projeto, as especificações e características
construtivas dos sistemas de vedações verticais externas, com especial atenção às juntas
entre os elementos ou componentes.
Análise de projeto, caso não seja necessária a realização de ensaio.

4.2.4 Desempenho térmico

4.2.4.1 Análise pelo Procedimento Simplicado


Verificação do atendimento aos requisitos e critérios estabelecidos para paredes externas e
estabelecidos na NBR 15575-4; (Procedimento normativo, conforme NBR 15575-1).
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a) Transmitância térmica: a avaliação da transmitância térmica das paredes externas deve


ser feita por meio de cálculos conforme procedimentos especificados na NBR 15220-2;
b) Capacidade térmica: a avaliação da capacidade térmica das paredes externas deve ser
feita por meio de cálculos conforme procedimentos especificados na NBR 15220-2.

4.2.4.2 Análise pelo Procedimento de Simulação ou de Medição


a) Procedimento de Simulação: verificação do atendimento aos requisitos e critérios, por
meio da simulação computacional do desempenho térmico do edifício (Procedimento
informativo, conforme anexo A da NBR 15575-1);
b) Procedimento de Medição: verificação do atendimento aos requisitos e critérios por
meio da realização de medições em edifícios ou protótipos construídos (Procedimento
informativo, conforme anexo A da NBR 15575-1).

4.2.5 Desempenho acústico

4.2.5.1 Isolação sonora promovida pelos elementos da envoltória – critério para medição
em ensaio de campo - D2m,nT,w
Método de avaliação segundo a NBR 15575-4

4.2.5.2 Isolação sonora promovida pelos elementos da fachada – critério para medição
em ensaio de laboratório - Rw
Método de avaliação segundo a NBR 15575-4:
Utilizar a Norma ISO 140-3 para a determinação dos valores do índice de redução sonora, R,
em bandas de terço de oitava entre 100 Hz e 5 000 Hz.
Utilizar o procedimento especificado na ISO 717-1 para a determinação do valor do índice de
redução sonora ponderado, Rw, a partir do conjunto de valores do índice de redução sonora de
cada faixa de freqüências.

4.2.5.3 Isolação sonora entre ambientes promovida pelas vedações verticais internas em
ensaio de campo - D2m,nT,w
Método de avaliação segundo a NBR 15575-4

4.2.5.4 Isolação sonora entre ambientes promovida pelas vedações verticais internas em
ensaio de laboratório - Rw
Método de avaliação segundo a NBR 15575-4.

4.2.6 Durabilidade e manutenabilidade

4.2.6.1 Vida útil de projeto dos elementos - VUP


Verificação da especificação de VUP do sistema de paredes e do seu potencial atendimento. A
VUP deve ser estabelecida em função dos prazos constantes do Anexo C da NBR 15575-1.
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4.2.6.2 Manutenabilidade dos elementos

4.2.6.3 Análise de projeto e do Manual de operação, uso e manutenção do sistema


construtivo.

4.2.6.4 Resistência dos painéis de PVC aos raios ultravioletas


Conforme tabela 1 – item A.

4.2.6.5 Resistência a ação de calor e choque térmico – parede de fachada


Realizar ensaio para averiguar a resistência a choque térmico dos painéis-parede, conforme
Anexo E da NBR 15575-4, considerando um corpo-de-prova de no mínimo 2,40m x altura
equivalente ao pé-direito do projeto com as juntas características do sistema consideradas
nesse corpo-de-prova, com vínculos nas laterais (engastamento). A temperatura máxima de
ensaio deve ser 60ºC e a mínima (temperatura de resfriamento) igual a temperatura ambiente
(que pode variar em função da temperatura do dia).

4.2.6.6 Resistência ao envelhecimento natural – parede de fachada


Expor em condições ambientais uma parede de no mínimo 2,40m x altura, que será
inspecionada a cada seis meses durante 02 anos. A avaliação de surgimento de falhas nessa
parede será visual. A face da parede de 2,40m deve ser posicionada para o Norte.

5. Análise global do desempenho do produto


Os relatórios específicos de análise e de ensaios são consolidados em um Relatório Técnico
de Avaliação, no qual é apresentada uma síntese do desempenho global do produto,
considerando a análise de todos os resultados obtidos no processo de avaliação técnica do
sistema construtivo, realizado no âmbito do SINAT, incluindo os ensaios de caracterização e
de desempenho do sistema construtivo, com base nas exigências especificadas nesta Diretriz.

6. Controle da qualidade na montagem


O controle da qualidade deve ser realizado pelo proponente na fase de fabricação dos painéis
de PVC e na fase de execução da unidade habitacional (recebimento dos painéis de PVC e
montagem das paredes com painéis de PVC e concreto).
Tanto a auditoria inicial, antes da concessão do DATec, como as auditorias periódicas, após
concessão do DATec, serão realizadas na fase de execução das unidades habitacionais em
canteiro de obras. As auditorias técnicas, após concessão do DATec, serão realizadas no
mínimo a cada seis meses.
A Tabela 18 mostra as atividades a serem controladas pelo proponente da tecnologia ou
executor, e as tabelas subsequentes mostram os documentos que devem balizar tal controle e
a freqüência que esses devem ocorrer.
A instituição técnica avaliadora, ITA, pode, a seu critério, solicitar a verificação de resultados
de ensaios (realizar ensaios de controle – contra prova) e verificar a conformidade do
procedimento de execução com a prática de controle da empresa.
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<identificação do produto>

Tabela 18 – Atividades objeto de controle na fase de montagem


Atividade a ser controlada pelo Procedimentos de controle a serem elaborados pelo proponente e
construtor /ou construtor e verificados pela ITA
Controle da qualidade do processo de
Procedimento de controle de aceitação de lote de perfis de PVC
fabricação dos materiais
Controle de aceitação de materiais no Procedimento de controle de aceitação de painéis de PVC(itens e
canteiro-de-obras freqüência de controle – ver Tabela 20
Controle e inspeção das etapas de
Procedimento que conste a verificação das atividades de execução.
execução

6.1 Controle da qualidade no processo de fabricação dos perfis de PVC

Tabela 19 – Controle da qualidade da fabricação de perfis de PVC


Amostragem/
Método de Freqüência de
Item Material/ componente Requisito Critérios/ Tolerâncias
avaliação* inspeção do
produto
Espessura minima do medição com uso
Uniformidade
perfil:1,7mm de equipqmentos
geométrica Comprimento: +/- como paquímetros
5mm; e trenas metálicas ver amostragem
Aspecto visual ausência de falhas: inspeção visual por lote
1 Perfil de PVC
conforme aceita-se variação conforme NBR
Resistência ao
especificação de de +/-10% (ensaio 5426
impacto: queda de
projeto, com no conforme NBR
dardo
mínimo 10J 14289)

Os produtores/fabricantes de perfis e painéis de PVC deverão garantir rastreabilidade dos


lotes entregues em canteiro-de-obra, com relação ao controle de qualidade no processo de
fabricação. Sendo assim, os perfis de PVC entregues em obra devem ter identificação dos
lotes e data de fabricação.
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6.2 Controle de aceitação de materiais e componentes em canteiro de obras

Tabela 20 – Controle de aceitação de materiais: métodos e freqüências de avaliação


Amostragem/ Freqüência de
Item Material/ componente Requisito Método de avaliação*
inspeção do produto
1 Concreto preparado em obra
Consistência ou
1.1 Concreto fresco Ensaio (ver Tabela 17)
espalhamento
Agregado
1.2 Tipo e granulometria Ensaios (ver tabela 17)
(areia / brita)
A cada mistura preparada
Tipo, quantidade e Verificar visualmente tipo e
1.3 Aglomerante para moldar uma unidade
validade quantidade
habitacional (identificar
Verificar características peças moldadas com a
específicas de cada mistura/betonada, para
1.4 Aditivos Tipo e quantidade
aditivo, e quantidade possibilitar rastreamento de
empregada peças)
Resistência à Ensaio conforme a NBR
1.5
compressão 5739
Concreto endurecido
Massa específica (para Ensaio conforme a NBR
1.6
concreto leve) 9778
2 Concreto usinado
Consistência ou Ensaio (ver A cada mistura preparada
espalhamento tabela 17) para moldar uma unidade
2.1 Concreto fresco
viscosidade plástica ensaio conforme NBR habitacional (identificar

aparente 15823-2 paredes concretadas com o


caminhão, para possibilitar
Resistência à Ensaio conforme a NBR
2.2 Concreto endurecido rastreamento de peças)
compressão 5739
Caracterização Medição com paquímetro
3 Armadura Lote de recebimento
geométrica ou trena metálica
4 Fôrmas de PVC
Espessura minima do
perfil de PVC
(t):1,7mm;
Tolerâncias Comprimento: ± 5mm; Conferência com uso de
3.1
geométricas Espessura da parede trena e paquimetro
(e): ±0,4mm (quando e
≤80mm); ±0,6mm
(quando e > 80mm); Lote recebido na obra
Cor (análise para Observação visual, a 1m
Especificação de
3.2 recebimento dos de distância do corpo-de-
projeto
perfis) prova
Admite-se falhas
Integridade das somente nos primeiros
3.3 Inspeção visual
nervuras internas 25cm, no topo ou na
base dos painéis
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Caso outros materiais diferentes dos que constam da tabela anterior sejam empregados,
precisam também ser avaliados antes do seu recebimento em canteiro-de-obras.
A ITA a seu critério pode solicitar, ou realizar, ensaios de verificação do PVC relativo à
densidade óptica de fumaça e resistência à UV, esse último conforme tabela 1.

6.3 Controle da execução em canteiro de obras


A Tabela 21 exemplifica as principais atividades a serem controladas pelo executor/ montador
dos elementos. Estas atividades devem constar de procedimento de montagem do sistema. A
conformidade e aplicação desse procedimento serão verificadas pela ITA. Cada obra deve ter
seu procedimento de execução específico.
No projeto para produção deve constar também planejamento de armazenamento das peças e
equipamentos de transporte que serão necessários.

Tabela 21 – Exemplo das principais atividades a verificar durante a montagem – parede

Item Etapas Requisito Método de avaliação

1 Marcação da obra

Nivelamento do terreno e
2
marcação da fundação
Posicionamento e fixação
3 de perfis-guia no piso -
radier
Posicionamento dos
4
eletrodutos

Posicionamento de tubos
5
de hidráulica
Concretagem da
fundação e
6
posicionamento de ferros
de arranques
Marcação do eixo das Conforme especificação de Inspeção visual baseada em
7 projeto (projeto executivo e projeto e procedimento de
paredes externas
projeto para produção) execução
Posicionamento e
8 encaixe dos painéis de
PVC
Colocação das
9
armaduras construtivas
Posicionamento dos
10 marcos de janelas e
portas
Montagem dos
escoramentos provisórios
11
das paredes e vãos de
janelas e portas
Concretagem (identificar
12
método de concretagem)

Verificação do
13
lançamento do concreto

Limpeza das fôrmas após


14 Tipo de produto
concretagem
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As armaduras, eletrodutos e
Verificar posicionamento
tubos de hidráulica não devem Observação visual durante
15 das armaduras,
encostar na face interna das concretagem
eletrodutos e tubos
formas
Bater em várias regiões da
Não deve existir ninhos de
Verificação de eventuais parede, principalmente sob
16 concretagem (ausência de
“ninhos” de concretagem vaõs de janelas, utilizando
som oco)
martelo de borracha.
Retirada de escoramento Conforme especificação de
17
provisório projeto

Irregularidade superficial
18 ±2mm/m
na régua de 2m

Deformação dos vãos das ±2mm/vão; medido no meio do


19
janelas vão

Depois de finalizada a execução das paredes é necessária realizar inspeção visual do sistema
construtivo montado para identificar a existência de eventuais não conformidades, como
deformações excessivas dos perfis de PVC, vazamento de concreto por entre as juntas dos
painéis de PVC, quebras ou fissuras dos painéis de PVC, ou outros que possam causar
prejuízos ao desempenho do sistema. Caso alguma não-conformidade seja encontrada, é
imprescindível a identificação de suas causas e sua correção de forma adequada.

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