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PropagacaodeSinais PDF
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Propagação de Sinais
Notas de Aula
2. Conteúdo programático
O curso abordará o processo de propagação de ondas na atmosfera. Está divi-
dido nos seguintes tópicos:
1. Conceitos de Eletromagnetismo [RIBEIRO, pp. 15-72].
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Propagação de Sinais – Aula 1 – Professor Marcio Eisencraft – julho 2004
3. Avaliação
Serão realizadas três provas versando sobre o conteúdo visto nas aulas. O
aluno estará aprovado caso consiga média maior ou igual a 7,0 e estará re-
provado caso consiga média inferior a 5,5. Se a média ficar entre 5,5 e 6,9
o aluno será aprovado caso possua mais de 80% de presença em aula; caso
contrário estará reprovado.
Cuidado: será considerado presente o aluno que estiver em sala no
momento em que é realizada a chamada. Não serão abonadas faltas
(exceto os casos previstos em lei). A tolerância para entrada em sala é
de 30 minutos
As provas serão realizadas no horário das aulas nos seguintes dias:
PROVA Turma F (2ª feira) Peso
P1 20/09 Peso 1
P2 25/10 Peso 1
P3 A ser definida Peso 2
4. Bibliografia
As notas de aula do curso estão organizadas aula a aula e estão disponíveis
na página do curso que pode ser acessada em
http://meusite.mackenzie.com.br/marcioft/.
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Propagação de Sinais – Aula 1 – Professor Marcio Eisencraft – julho 2004
Além disso, serão preparadas listas de exercícios que também estarão dis-
poníveis também na página do curso.
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Propagação de Sinais – Aula 1 – Professor Marcio Eisencraft - julho 2004
1. Conceitos de Eletromagnetismo
1.1. O campo eletromagnético
• Existência de campo eletromagnético é constatada com o emprego de uma
carga elétrica q de massa desprezível deslocando-se com uma velocidade v .
• Sobre ela aparece uma força f conhecida como força de Lorentz dada por:
f = q(e + v × b )
f = força de Lorentz (N)
v = velocidade (m/s)
b = μh
b = indução magnética (T)
1
Propagação de Sinais – Aula 1 – Professor Marcio Eisencraft - julho 2004
μ = μ 0 = 4π ⋅ 10 −7 H/m,
válido com excelente aproximação também para o ar.
Costuma-se comparar a permeabilidade do meio com a do vácuo introdu-
zindo-se um fator μ r conhecido como permeabilidade relativa:
μ = μr μ0 .
Repare que μ r é adimensional.
De maneira simplificada, os materiais classificam-se em:
o diamagnéticos: μ r constante e ligeiramente inferior à unidade.
Para um mesmo valor de campo magnético, a indução nestes ma-
teriais é um pouco inferior à do vácuo. Exemplos: cobre
( μ r =0,9999912) e prata ( μ r = 0,99999981).
o Paramagnéticos: μ r constante e ligeiramente maior do que a uni-
dade. Para um mesmo valor de campo magnético, a indução é um
pouco maior do que a encontrada no vácuo. Exemplos: alumínio
( μ r =1,00000065) e berílio ( μ r =1,00000079).
o Ferromagnéticos: μ r fortemente dependente da amplitude do
campo magnético e valor muito maior do que a unidade. Exem-
plos: ferro, aço e níquel.
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Propagação de Sinais – Aula 1 – Professor Marcio Eisencraft - julho 2004
1 10 −9
ε0 = =
μ0c 2
36π F/m,
ε = ε rε 0 .
O valor da permissividade relativa (ou constante dielétrica) é bastante de-
pendente do meio, valendo aproximadamente 1,0 para o ar, cerca de 2,5 no
polietileno, 81 para a água e acima de 1000 para alguns materiais especiais
como o titanato de bário.
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Propagação de Sinais – Aula 1 – Professor Marcio Eisencraft - julho 2004
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Propagação de Sinais – Aula 1 – Professor Marcio Eisencraft - julho 2004
qs cos θ qs sin θ
E= ar + aθ
2πε 0 r 3
4πε 0 r 3
P = χ eε 0 E
sendo ε 0 a permissividade elétrica do vácuo.
Por causa da polarização interna do meio, a densidade de fluxo elétrico ou
deslocamento elétrico, que representa o fluxo elétrico por unidade de su-
perfície, passa a consistir de duas componentes. Uma delas é a que existiria
em ausência do meio material, D = ε o E . A outra é oriunda da polarização.
Assim,
D = ε 0 E + P = (1 + χ e )ε o E = ε r ε 0 E .
em que
ε r = 1+ χe
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Propagação de Sinais – Aula 1 – Professor Marcio Eisencraft - julho 2004
B = μ0 H + μ0 χ m H = (1 + χ m )μ0 H = μr μ0 H
em que
μr = 1 + χ m
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Propagação de Sinais – Aula 2 – Professor Marcio Eisencraft - julho 2004
σ = condutividade (S/m)
G 2
j = densidade de corrente (A/m )
σ
f0 =
2πε .
f0
f ≤ Î Meio condutor
100
f ≥ 100 f 0 Î Meio dielétrico
f0
< f < 100 f 0 Î Meio quase condutor
100
Exercícios
1. O solo de determinada região apresenta as seguintes características eletro-
magnéticas: condutividade de 2 × 10 −2 S/m, permissividade de 8ε 0 e permea-
bilidade magnética igual à do vácuo. Determinar as faixas de freqüência
para as quais esse meio comporta-se como condutor, dielétrico e quase-
condutor.
2. Determinar a freqüência crítica para a água do mar, cujas principais carac-
terísticas eletromagnéticas são permissividade de 81 ε 0 e condutividade
4S/m.
2
Propagação de Sinais – Aula 2 – Professor Marcio Eisencraft - julho 2004
G
∇ × H = (σ + jωε )E (Lei de Ampère)
G
∇ × E = − jωμH (Lei de Faraday)
G
∇⋅D = ρ (Lei de Gauss para o campo elétrico)
G
∇⋅B = 0 (Lei de Gauss para o campo magnético)
E = E 0 e − γ ⋅r
H = H 0 e − γ ⋅r
com γ = γ ⋅ γˆ e
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Propagação de Sinais – Aula 2 – Professor Marcio Eisencraft - julho 2004
E = E 0 e −αξ cos(ωt ± βξ )
H = H 0 e −αξ cos(ωt ± βξ )
e o fator α afeta a amplitude do campo à medida que ξ cresce e o fator β é
responsável pela alteração na fase com a distância.
Assim, α é chamado de fator de atenuação, medido em népers/m (Np/m) e
β é conhecido como fator de fase expresso em (rad/m).
με ⎛⎜ ⎛σ ⎞ ⎞
2
α =ω 1+ ⎜ ⎟ − 1⎟
2 ⎜ ⎝ ωε ⎠ ⎟ (2)
⎝ ⎠
με ⎛⎜ ⎛σ ⎞ ⎞
2
β =ω 1+ ⎜ ⎟ + 1⎟
2 ⎜ ⎝ ωε ⎠ ⎟ (3)
⎝ ⎠
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Propagação de Sinais – Aula 2 – Professor Marcio Eisencraft - julho 2004
β ≈ ω με
μωσ
β≈
2
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Propagação de Sinais – Aula 2 – Professor Marcio Eisencraft - julho 2004
Exercícios
3. Uma onda eletromagnética com variação harmônica no tempo e freqüência
12MHz propaga-se em um meio não-ferromagnético que apresenta as se-
guintes características: condutividade de 0,002S/m, permissividade de 3ε 0 .
Determinar o fator de atenuação e o fator de fase para esta onda.
4. A água do mar é um meio não-magnetizável que apresenta as seguintes
características eletromagnéticas: condutividade 4S/m, permissividade de
81ε 0 . Determinar a distância necessária para que a amplitude de um campo
jωμ jωμ
η= =
γ σ + jωε
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Propagação de Sinais – Aula 2 – Professor Marcio Eisencraft - julho 2004
μ μ r μ0 μ0 μr μr
η= = = = 120π
ε ε rε 0 ε0 εr εr
μ⎡ ⎛ σ ⎞⎤
η= 1 + j ⎜ ⎟⎥
ε ⎢⎣ ⎝ 2ωε ⎠⎦
η = RS + jX S
ωμ
RS = X S =
2σ
Exercício
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Propagação de Sinais – Aula 2 – Professor Marcio Eisencraft - julho 2004
E f = hf , sendo:
Exercícios
7. Determinar o fluxo de quanta de energia por unidade de tempo em uma
irradiação eletromagnética associada a:
(a) uma potência de 10kW na freqüência de 1MHz;
(b) uma potência de 1mW na freqüência correspondente a 1μm.
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Propagação de Sinais – Aula 2 – Professor Marcio Eisencraft - julho 2004
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Propagação de Sinais – Aula 3 – Professor Marcio Eisencraft - julho 2004
ω
vP =
β
1
Propagação de Sinais – Aula 3 – Professor Marcio Eisencraft - julho 2004
−1 −1
⎡ ∂β ⎤ ⎧ ⎡ − 2ωμε + jμσ ⎤ ⎫
vG = ⎢ ⎥ = ⎨Im⎢ ⎥⎬
⎣ ∂ω ⎦ ⎩ ⎣ 2γ ⎦⎭
2
Propagação de Sinais – Aula 3 – Professor Marcio Eisencraft - julho 2004
2 cos φη
vE =
μ
εη +
η
2 1
vE = = = v P = vG
μ ε με
ε +μ .
ε μ
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Propagação de Sinais – Aula 3 – Professor Marcio Eisencraft - julho 2004
c
N=
vP
c
NG =
vG
Exercícios
1. Determinar a velocidade de fase, a velocidade de grupo e a velocidade
de deslocamento da energia para uma onda eletromagnética com fre-
qüência 18MHz que se propaga em um meio não-ferromagnético que
apresenta condutividade de 4mS/m e permissividade de 4 ε 0 .
4
Propagação de Sinais – Aula 3 – Professor Marcio Eisencraft - julho 2004
2π
λ=
β .
vP
λ= .
f
O comprimento de onda é um parâmetro que depende do meio de pro-
pagação, pois nas duas expressões mostradas existem fatores que sofrem
influência de suas características eletromagnéticas.
Uma onda eletromagnética com uma freqüência fixa altera seu compri-
mento ao passar de um material para outro material.
Exercício
3. Para os dados do Exercício 2, compare o comprimento de onda no meio
especificado com o valor que ele teria se a onda estivesse deslocando-se
no vácuo.
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Propagação de Sinais – Aula 3 – Professor Marcio Eisencraft - julho 2004
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Propagação de Sinais – Aula 3 – Professor Marcio Eisencraft - julho 2004
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Propagação de Sinais – Aula 3 – Professor Marcio Eisencraft - julho 2004
(
E = E X a X + E y e jφ a y e −γz )
A figura a seguir ilustra a situação, mostrando a inclinação dos eixos da
elipse em relação ao sistema de coordenadas de referência.
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Propagação de Sinais – Aula 3 – Professor Marcio Eisencraft - julho 2004
2 E X EY cos φ
tan 2θ =
E X2 − E y2
Exercício
4. Uma radiação eletromagnética com polarização elíptica é descrita em
π
⎛ j ⎞
E = ⎜10a X + 15e 6 a y ⎟e − jβz
sua forma complexa por ⎜ ⎟ V/m. Determi-
⎝ ⎠
nar a inclinação da elipse de polarização em um plano transversal à di-
reção de propagação.
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Propagação de Sinais – Aula 3 – Professor Marcio Eisencraft - julho 2004
v
fN = f − cos θ
λ com
f = freqüência da onda
v = velocidade do receptor
λ = comprimento de onda
θ = ângulo entre a direção de deslocamento da onda e a direção de deslo-
camento do receptor.
Aplicações: medição de velocidade de carros nas estradas, determinação
do movimento de objetos e corpos astronômicos, comprovação do des-
vio galáctico para o vermelho Æ base da teoria do Big Bang.
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Propagação de Sinais – Aula 3 – Professor Marcio Eisencraft - julho 2004
Exercícios
5. Admitir que houvesse um aumento de 0,35% no comprimento de onda
de uma luz que incidiu sobre uma partícula que se afasta da fonte. Esti-
mar a velocidade radial dessa partícula.
6. Um sistema de telefonia móvel celular opera na freqüência de 850MHz
e o sinal incide na antena de um receptor cujo proprietário encontra-se
em um veículo deslocando-se a 80km/h. Determinar a modificação má-
xima que ocorre na freqüência do sinal recebido.
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Propagação de Sinais – Aula 4 – Professor Marcio Eisencraft - agosto 2004
2. Reflexão e refração
2.1. Condições de contorno na superfície de separação entre dois meios
(a) Conceitos gerais
Quando houver uma descontinuidade do meio, isto é, se a onda se propagar
por regiões do espaço com propriedades eletromagnéticas diferentes, os
campos devem satisfazer um conjunto de leis sobre esta superfície. Estas
são conhecidas como condições de contorno.
E 2t = E1t
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Propagação de Sinais – Aula 4 – Professor Marcio Eisencraft - agosto 2004
D2 n − D1n = ρ S
Se não existirem cargas sobre a superfície
D2 n = D1n ⇒ ε 2 E2 n = ε1E1n
B2 n = B1n
E1t = E 2t = 0 e B2 n = B1n = 0
Portanto, o campo elétrico é normal e o magnético tangencial à superfície.
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Propagação de Sinais – Aula 4 – Professor Marcio Eisencraft - agosto 2004
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Propagação de Sinais – Aula 4 – Professor Marcio Eisencraft - agosto 2004
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Propagação de Sinais – Aula 4 – Professor Marcio Eisencraft - agosto 2004
Figura 4 – Ondas (a) transversal elétrica (TE) e (b) transversal magnética (TM) [RIBEIRO].
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Propagação de Sinais – Aula 4 – Professor Marcio Eisencraft - agosto 2004
E RN = ΓEN E IN
ETN = τ EN E IN ,
sendo
E RN = campo elétrico da onda refletida
Mostra-se que:
sin θ i − x EN
ΓEN =
sin θ i + x EN , τ EN = 1 + ΓEN (1)
2
μ1ε 2 ⎛ μ1 ⎞
sendo x En = − ⎜⎜ ⎟⎟ cos 2 θ i .
μ 2ε 1 ⎝ μ 2 ⎠
6
Propagação de Sinais – Aula 4 – Professor Marcio Eisencraft - agosto 2004
H RN = ΓHN H IN
H TN = τ HN H IN
sendo
H RN = campo magnético da onda refletida
Mostra-se que:
sin θ i − x HN
ΓHN =
sin θ i + x HN , τ HN = 1 + ΓHN (2)
2
μ 2ε 1 ⎛ ε 1 ⎞
sendo x Hn = − ⎜ ⎟ cos 2 θ i .
μ1ε 2 ⎜⎝ ε 2 ⎟⎠
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Propagação de Sinais – Aula 4 – Professor Marcio Eisencraft - agosto 2004
⎛ μ2 ⎞ ⎛ ε1 ⎞
⎜⎜ ⎟⎟ − ⎜⎜ ⎟⎟
μ ε
sin θ B = ⎝ 1 ⎠ ⎝ 2 ⎠ , ·· (3)
⎛ ε 2 ⎞ ⎛ ε1 ⎞
⎜⎜ ⎟⎟ − ⎜⎜ ⎟⎟
⎝ ε1 ⎠ ⎝ ε 2 ⎠
⎛ ε 2 ⎞ ⎛ μ1 ⎞
⎜⎜ ⎟⎟ − ⎜⎜ ⎟⎟
ε μ
sin θ B = ⎝ 1 ⎠ ⎝ 2 ⎠ . (4)
⎛ μ 2 ⎞ ⎛ μ1 ⎞
⎜⎜ ⎟⎟ − ⎜⎜ ⎟⎟
⎝ μ1 ⎠ ⎝ μ 2 ⎠
Exercícios
1. Deduza as equações (3) e (4).
2. Uma onda eletromagnética com freqüência de 9MHz vinda do ar incide na
superfície de um meio não-magnetizável sem perdas com ε = 5ε 0 . Determi-
ne os coeficientes de reflexão e de transmissão na fronteira dos dois meios
para os dois tipos básicos de polarização. Admitir um ângulo de incidência
de 8º em relação à superfície do segundo plano.
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Propagação de Sinais – Aula 4 – Professor Marcio Eisencraft - agosto 2004
obtém-se:
μ 2ε 2
cosθ C =
μ1ε 1
em que o valor θ C obtido com este cálculo é conhecido como ângulo crítico.
Repare que, para meios não-magnetizáveis, a reflexão total só ocorre se
ε 2 < ε1 .
Esta situação não é muito comum nas transmissões pela atmosfera terres-
tre. Nas proximidades do solo, ocorrem reflexões em obstáculos naturais
ou artificiais, cujas permissividades são sempre maiores do que as do ar, de
modo que não se criam as condições para a existência do ângulo crítico.
Todavia, será demonstrado que nas partes mais elevadas da atmosfera po-
dem ocorrer variações nos índices de refração que estabelecem as condi-
ções para a ocorrência da reflexão total.
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Propagação de Sinais – Aula 4 – Professor Marcio Eisencraft - agosto 2004
Exercício
3. Uma onda eletromagnética com freqüência de 2MHz propaga-se em um
meio não-magnetizável com permissividade de 3ε 0 . Essa onda incide na
fronteira desse meio com o ar segundo um ângulo de 30º em relação à in-
terface. Qual será a atenuação sofrida pelo campo no segundo meio a uma
distância de 100 metros, na direção normal à interface?
reflexão nula para polarização com campo elétrico paralelo ao plano de incidência. [RI-
BEIRO].
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Propagação de Sinais – Aula 4 – Professor Marcio Eisencraft - agosto 2004
reflexão nula para polarização com campo elétrico paralelo ao plano de incidência. [RI-
BEIRO].
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Propagação de Sinais – Aula 5 – Professor Marcio Eisencraft - setembro 2004
Onda TE
η 2 sin θ i − η1 sin θ t
ΓEN = τ EN = 1 + ΓEN
η 2 sin θ i + η1 sin θ t
Onda TM
η1 sin θi − η 2 sin θt
ΓHN = τ HN = 1 + ΓHN
η1 sin θi + η 2 sin θt
Neste caso, θ t deve ser calculada através de uma versão mais generalizada
da equação de Snell:
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Propagação de Sinais – Aula 5 – Professor Marcio Eisencraft - setembro 2004
cos θ t γ 1 μ1 (σ 1 + jωε1 )
= =
cos θ i γ 2 μ 2 (σ 2 + jωε 2 )
Exercícios
1. Uma onda com freqüência de 9MHz vinda pela atmosfera incide na super-
fície de um solo com as seguintes propriedades eletromagnéticas: μ = μ 0 ,
ε = 5ε 0 , σ = 2 × 10 −3 S/m. O ângulo de incidência em relação ao solo é de 8º.
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Propagação de Sinais – Aula 5 – Professor Marcio Eisencraft - setembro 2004
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Propagação de Sinais – Aula 5 – Professor Marcio Eisencraft - setembro 2004
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Propagação de Sinais – Aula 5 – Professor Marcio Eisencraft - setembro 2004
Nesse segundo modelo, a transferência de energia pode ser feita sem a pre-
sença de um meio natural, até mesmo no vácuo, como ficou explicito no
estudo da onda eletromagnética.
A propagação em ambientes abertos normalmente envolve a atmosfera ter-
restre, o espaço exterior, efeitos do solo, da massa líquida da superfície da
Terra, da vegetação, etc. Nestas circunstâncias, o deslocamento de energia
é conhecido como propagação nos meios naturais.
Os dois sistemas de transmissão estão ilustrados na figura a seguir:
Figura 4 – (a) Sistema de transmissão por meio guiado; (b) Sistema de trans-
missão por irradiação. [RIBEIRO]
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Propagação de Sinais – Aula 5 – Professor Marcio Eisencraft - setembro 2004
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Propagação de Sinais – Aula 5 – Professor Marcio Eisencraft - setembro 2004
Troposfera: parte mais baixa onde está concentrada a maior parte do vapor
de água, é onde se formam as nuvens e são observadas as condições meteo-
rológicas. É importante na análise de propagação, pois em altitude dentro
desta faixa geralmente são feitas as comunicações terrestres em visada di-
reta. Uma propriedade desta faixa é que, na média, sua temperatura diminui
com a altura.
Tropopausa: região de alguns quilômetros em que a temperatura permane-
ce constante.
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⎛ h ⎞
⎜ 3− ⎟
p = 10,043 ⎝ 16 ⎠
,
com h em quilômetros e p em milibares.
A figura a seguir mostra as variações típicas da pressão atmosférica (em
milibares) segundo dados da International Civil Aviation Organization (I-
CAO) e do International Committee for Space Research (COSPAR).
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Propagação de Sinais – Aula 5 – Professor Marcio Eisencraft - setembro 2004
Exercício
2. Tomando por base os resultados experimentais para a atmosfera terrestre,
estimar sua pressão nas altitudes de 1000m e 10000m.
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Propagação de Sinais – Aula 8 – Professor Marcio Eisencraft - outubro 2004
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Propagação de Sinais – Aula 8 – Professor Marcio Eisencraft - outubro 2004
• Durante muitos anos enlaces feitos com ondas troposféricas foram úteis
para distâncias elevadas sem o emprego de repetidoras.
• A comunicação é feita principalmente entre 1GHz e 2GHz.
• Esse método de comunicação envolve grandes atenuações.
• São necessárias antenas especiais capazes de concentrar a energia da onda
em feixes estreitos dirigidos para uma dada região da camada troposférica.
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Propagação de Sinais – Aula 8 – Professor Marcio Eisencraft - outubro 2004
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Propagação de Sinais – Aula 8 – Professor Marcio Eisencraft - outubro 2004
Figura 4 – Ilustração dos campos que constituem uma onda de superfície [RI-
BEIRO].
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Ocorre nas altas latitudes: no hemisfério norte, por exemplo, ocorre na No-
ruega, Groenlândia, região central do Canadá, Alasca e Sibéria.
As auroras têm efeitos devastadores sobre as comunicações de altas fre-
qüências, causando grandes atenuações e fortes flutuações sobre as ondas
eletromagnéticas.
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0,3 ⋅ 10 N ≤ f ≤ 3 ⋅ 10 N
com os comprimentos de onda correspondentes calculados considerando o
meio como o vácuo.
Exemplos de serviços:
o radiodifusão AM: 300kHz – 30MHz
o TV Æ 54MHz a 88MHz e 174MHz a 216MHz (VHF)
outros canais até perto de 600MHz (UHF)
o Telefonia móvel celular: 800MHz a 900MHz
o rádio FM: 88MHz – 108MHz
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o Na década de 1970 foi sugerida uma nova subdivisão, adotada pelo Depar-
tamento de Defesa Americano. Veja a Tabela 3 a seguir.
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Exercício
1. Pesquise o significado das seguintes siglas e descreva sucintamente o sis-
tema representado por elas:
(a) TACAN (b) DME (c) IFF (d) ATC
(e) GPS (f) DBS (g) Radar (h) MILSTAR
(i) ASC4 (j) MARISAT
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Propagação de Sinais – Aula 8 – Professor Marcio Eisencraft - outubro 2004
⎛P ⎞
N (dB ) = 10 log⎜⎜ m ⎟⎟
⎝ Pn ⎠
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Propagação de Sinais – Aula 8 – Professor Marcio Eisencraft - outubro 2004
⎛X ⎞
N (dB ) = 20 log⎜⎜ m ⎟⎟
⎝ Xn ⎠
⎡ P (W ) ⎤ ⎡ P (mW )⎤
P(dBm ) = 10 log ⎢ m −3 ⎥ = 10 log ⎢ m ⎥
⎣ 10 ⎦ ⎣ 1mW ⎦
⎡ P (W ) ⎤
P(dBW ) = 10 log ⎢ m ⎥
⎣ 1W ⎦
⎡ P (kW ) ⎤
P(dBk ) = 10 log ⎢ m ⎥
⎣ 1kW ⎦
⎡ E (V/m ) ⎤
E (dBμ ) = 20 log ⎢ −6 ⎥
⎣10 (V/m )⎦
Exercícios
2. Determinar o número de decibéis a que corresponde uma relação de potên-
cia igual a 2. Qual é a quantidade de decibéis correspondente a uma relação
de potência 100 e a uma relação de potência de campos (elétrico ou magné-
tico) também de 100?
3. A potência emitida por um equipamento de radiocomunicações é de 10W e
até a entrada do receptor o sinal sofreu uma atenuação total de 112dB. De-
terminar a potência de excitação do equipamento nessa extremidade do en-
lace.
19
Propagação de Sinais – Aula 8 – Professor Marcio Eisencraft - outubro 2004
20
Propagação de Sinais – Aula 9 – Professor Marcio Eisencraft - outubro 2004
Esfera de raio
Antena
r
r isotrópica
1
Propagação de Sinais – Aula 9 – Professor Marcio Eisencraft - outubro 2004
PT ⎛ W ⎞
W0 = ⎜ ⎟
4πr 2 ⎝ m 2 ⎠ (1)
Define-se o ganho de uma antena sem perdas como a relação entre a densi-
dade de potência numa dada direção pela densidade de potência que uma
antena isotrópica geraria no mesmo ponto. Assim, o ganho é uma função de
θ e φ:
W (θ , φ , r )
G (θ , φ ) =
PT 4πr 2 (adimensional)
PT G (θ , φ )
W (θ , φ ) =
4πr 2
e na direção de máxima radiação
PT G0
Wmax =
4πr 2 .
2
Propagação de Sinais – Aula 9 – Professor Marcio Eisencraft - outubro 2004
EIRP
Wmax =
4πr 2 .
Exercício
1. Uma potência de 20W na freqüência de 1GHz foi irradiada por uma antena
isotrópica e por uma antena com ganho de 30dBi. Determinar a intensidade
3
Propagação de Sinais – Aula 9 – Professor Marcio Eisencraft - outubro 2004
PR = WAe (θ , φ ) (W)
em que Ae (θ , φ ) é a área efetiva da antena. Pode-se demonstrar (vide curso de
Ondas Eletromagnéticas 2) que a área efetiva de uma antena e o ganho estão
relacionados por
λ2
Ae (θ , φ ) = G (θ , φ )
4π (m2)
Exercícios
2. Um sistema de telefonia móvel celular opera na freqüência de 870MHz,
com a estação base irradiando uma potência de 5W. A antena transmissora
tem um ganho de 6dBi. A 10km de distância tem-se uma antena receptora
com ganho de 1dB. Determinar a potência entregue na entrada do receptor.
4
Propagação de Sinais – Aula 9 – Professor Marcio Eisencraft - outubro 2004
λ2 PT λ2
PR = WT G R (θ R , φ R ) = GT (θ T , φT ) G R (θ R , φ R )
4π 4πr 4π
2
⎛ λ ⎞
2
PR = PT ⎜ ⎟ GT (θ T , φT )G R (θ R , φ R )
⎝ 4πr ⎠
5
Propagação de Sinais – Aula 9 – Professor Marcio Eisencraft - outubro 2004
Exercícios
4. Seja uma ligação entre duas antenas idênticas distantes de 30km em linha
reta. O sistema usa antenas casadas em seus terminais, com ganho de 30dB
em relação à antena isotrópica, cada uma. Sendo a freqüência de operação
3GHz e a potência transmitida 10W, calcular a potência recebida. Conside-
rar o trajeto totalmente desobstruído. Desprezar as perdas nos cabos, nas
conexões e no trajeto entre as antenas.
5. Seja a ligação entre duas cidades distantes de 45km. O sistema usa antenas
idênticas cuja área efetiva é 10m2, casada em seus terminais. Sendo a fre-
qüência de operação igual a 4GHz e a potência na saída do transmissor i-
gual a 5W, calcular a potência na entrada do receptor. Considerar o trajeto
totalmente desobstruído e uma perda total nos cabos e conectores de 5dB.
Resp: -18,55dBm.
6
Propagação de Sinais – Aula 9 – Professor Marcio Eisencraft - outubro 2004
λ P T GT G R
r=
4π PR
na qual ainda não estão contemplados diversos fatores que influenciam no sis-
tema real.
Se Pr min for a menor potência detectável no receptor, a máxima separação
entre as antenas de transmissão e recepção é:
λ P T GT GR
r0 MAX =
4π PRMIN .
7
Propagação de Sinais – Aula 9 – Professor Marcio Eisencraft - outubro 2004
⎛ λ ⎞ −2αr
2
PR = GT G R PT ⎜ ⎟ e
⎝ 4πr ⎠
valor que deve ser maior ou igual à mínima detectável pelo sistema.
Igualando a potência a este limite, obtém-se o valor para o alcance máxi-
mo:
λ e −α r MAX
PT GT GR
rMAX = = r0 MAX e−αrMAX
4π PRMIN
Exercícios
7. Um sistema é constituído por duas antenas idênticas com ganho de 30dBi.
A potência transmitida é de 5W e a potência mínima detectada no receptor
é de -40dBm. Determinar o alcance máximo para operação na freqüência
de 4GHz.
8
Propagação de Sinais – Aula 9 – Professor Marcio Eisencraft - outubro 2004
N t = kTB ,
sendo k = 1,38 × 10 −23 J/K a constante de Boltzmann.
É conveniente definir a densidade espectral de ruído térmico pela relação
entre a sua potência e a largura de faixa medida em watts/Hz:
9
Propagação de Sinais – Aula 9 – Professor Marcio Eisencraft - outubro 2004
Nt
N tu = = kT .
B
É possível admitir que todos os ruídos presentes na antena sejam originá-
rios de uma fonte equivalente de ruído térmico que resulte na potência total
medida.
Considera-se uma temperatura equivalente de ruído como sendo aquela
que produz uma potência igual ao valor presente no componente, no circui-
to ou no ponto especificado do equipamento ou sistema.
A experiência demonstra que, para antenas de grandes diretividades, a va-
riação na temperatura equivalente é pequena e suave na faixa entre
600MHz e 10GHz, para elevações entre 0º e 30º. Com 0º de elevação tem-
se um valor típico em torno de 150K e para 30º obtém-se uma temperatura
equivalente de aproximadamente 30K.
Exercícios
9. A temperatura ambiente média no Brasil é de aproximadamente 27ºC ou
aproximadamente 300K em valores absolutos. Calcular a densidade espec-
tral de potência de ruído térmico correspondente.
que o sinal desça para o receptor em uma freqüência mais baixa do que a
utilizada no enlace. Um conversor desse tipo, usado em um receptor de mi-
croondas de comunicação por satélite possui uma temperatura equivalente
de ruído de 10000K e uma largura de faixa de 6MHz. Qual a potência de
ruído em sua saída?
Resp: -90,82dBm.
⎛ N ⎞
N = GkTEX B + N C = GkB⎜ TEX + C ⎟ .
⎝ GkB ⎠
A segunda parcela dentro dos parênteses é a temperatura equivalente de
ruído do estágio definido como:
11
Propagação de Sinais – Aula 9 – Professor Marcio Eisencraft - outubro 2004
NC
TE =
GkB .
Si N o S ⎛ GN i + N C ⎞ N
F= ⋅ = i ⎜⎜ ⎟⎟ = 1 + C
S O N i GS i ⎝ Ni ⎠ GN i
Para o levantamento deste coeficiente deve-se estabelecer uma temperatura
equivalente de entrada como referência. Frequentemente é tomada como
sendo 290K de modo que a potência de ruído da entrada fica dada por
N i = kT0 B , sendo T0 a temperatura equivalente de ruído de referência.
Te
F = 1+
T0
12
Propagação de Sinais – Aula 9 – Professor Marcio Eisencraft - outubro 2004
Ta (L1 − 1) T
T= + T0 + Te 2 + e3
L1 L1 G2
Com este valor de temperatura, pode-se obter a relação entre ganho e tem-
peratura equivalente da antena receptora, um valor de relevância na de-
terminação da qualidade do equipamento. O mais comum é obter sua ex-
pressão em dB/K por meio de:
Exercícios
12. Um amplificador de baixo ruído acoplado a uma antena de recepção de
sinais de satélite operando na faixa de 4GHz apresenta temperatura de ruí-
do equivalente de 60K. Calcule sua figura de ruído.
Resp: 0,82dB.
13
Propagação de Sinais – Aula 9 – Professor Marcio Eisencraft - outubro 2004
⎛ λ ⎞
2
C = GT G R PT ⎜ ⎟ .
⎝ 4πr ⎠
Usando que a potência de ruído é N = kTe B , temos:
C (GT PT ) ⎛ G R ⎞ 1
= ⎜ ⎟⎟
N ⎛ 4πr ⎞ 2 ⎜⎝ Te ⎠ kB
ou
⎜ ⎟
⎝ λ ⎠
C EIRP ⎛ G ⎞ 1
= ⎜ ⎟
N A0 ⎝ T ⎠ R kB
14
Propagação de Sinais – Aula 9 – Professor Marcio Eisencraft - outubro 2004
4πr ⎞
2
C EIRP ⎛ G ⎞ 1
= ⎜ ⎟
N0 A0 ⎝ T ⎠ R k
Exercício
15. Um satélite geoestacionário localizado a 36000km de altura irradia uma
potência de 2W por meio de uma antena com ganho de 30dBi, na freqüên-
cia de 4GHz. Na estação terrestre, tem-se uma antena com ganho de 40dBi
e temperatura equivalente de ruído igual a 30K. Determinar a relação sinal-
ruído na entrada do receptor, admitido que se tenha uma largura de faixa do
sistema de 10MHz.
⎛ C⎞
H = B log 2 ⎜1 + ⎟ (bits/s).
⎝ N⎠
C
lim H = log 2 e
B →∞ N0 .
15
Propagação de Sinais – Aula 9 – Professor Marcio Eisencraft - outubro 2004
Exercício
16. Para o sistema do Exercício 15, determinar a máxima taxa de transmissão
prevista pela fórmula de Shannon, na largura de faixa do equipamento. Em
seguida, determine o limite máximo teoricamente possível para o sistema,
no caso de uma largura de faixa infinita.
16
Propagação de Sinais – Aula 12 – Professor Marcio Eisencraft - novembro 2004
5. Propagação na troposfera
5.1. Introdução
Num sistema real o meio de transmissão das ligações via rádio é com-
posto pelo conjunto superfície terrestre – atmosfera.
O fato de a propagação não se realizar no vácuo produz una série de e-
feitos não previstos nas aulas de Ondas Eletromagnéticas 2 como obs-
trução, reflexão, difração e outros.
A obstrução reflete o fato de que mesmo que as antenas estejam em vi-
sada direta, se o feixe de microondas passar muito perto de um obstácu-
lo, a obstrução parcial resultará no aumento da perda na transmissão.
A reflexão é outro fenômeno que costuma atrapalhar bastante as comu-
nicações. Dependendo do comprimento do percurso do sinal refletido,
comparado ao sinal direto, o sinal refletido pode atingir a antena em fa-
se ou fora de fase em relação ao sinal direto, o que causa interferências
construtivas ou destrutivas respectivamente.
Já com relação à influência da atmosfera os principais fenômenos a se-
rem analisados são a influência das precipitações e a refração que ocor-
re porque a troposfera não é um meio homogêneo e as ondas de rádio
trafegam a diferentes velocidades no meio com densidades variáveis
devido à presença de moléculas e vapor d’água.
1
Propagação de Sinais – Aula 12 – Professor Marcio Eisencraft - novembro 2004
5.1.1. O dBr
• Unidade utilizada para referir-se ao nível de um sinal em qualquer ponto do
circuito, com relação a um ponto arbitrário denominado de ponto de nível
relativo zero.
Exercício
1. Na figura a seguir, expresse em dBr o valor do nível de potência em cada
um dos fios.
2
Propagação de Sinais – Aula 12 – Professor Marcio Eisencraft - novembro 2004
c
n= (adimensional)
v
em que c = 3× 10 8 m/s é a velocidade da luz no vácuo e v é a velocidade da
luz no meio em questão.
O índice de refração do ar, que é o meio que nos interessa aqui, é função de
sua temperatura, pressão total e umidade. Por ser um número muito próxi-
mo de um, define-se um parâmetro em geral mais conveniente de se lidar,
denominado refratividade, dado por:
N = (n − 1) × 10 6 (ppm)
ou seja, N é o excesso em ppm de n em relação à unidade.
A refratividade pode ser calculada por
p e
N = 77,6 + 3,73 × 10 5 2
T T
em que p e e são respectivamente a pressão do ar e a pressão do vapor
d’água (em milibar) e T é a temperatura (em kelvin).
A temperatura, a pressão e a umidade do ar variam com a altura e, em con-
seqüência também a refratividade da atmosfera varia.
3
Propagação de Sinais – Aula 12 – Professor Marcio Eisencraft - novembro 2004
N (h ) = N 0 e − bh
em que N 0 é a refratividade no nível do mar, b é uma constante e h é a al-
titude. Os parâmetros N 0 , b e h dependem da localização geográfica e da
época do ano, sendo obtidos a partir de levantamentos em campo.
Em relatórios do ITU-R podem ser encontrados valores típicos desses pa-
râmetros para diferentes regiões do globo terrestre. O ITU-R define tam-
bém como atmosfera padrão a que exibe a seguinte variação de refrativida-
de com a altura:
Exercício
2. Para a atmosfera padrão do ITU-R, calcule o índice de refração ao nível do
mar e a uma altitude de 1km.
4
Propagação de Sinais – Aula 12 – Professor Marcio Eisencraft - novembro 2004
sin θ 2 n1
= desde que sin θ1
n1
<1
sin θ1 n2 n2
n1
sin θ C =1
n2
é chamado de ângulo crítico, sendo que para ângulos θ1 > θ C a onda incidente
é totalmente refletida. A figura a seguir ilustra essa situação.
5
Propagação de Sinais – Aula 12 – Professor Marcio Eisencraft - novembro 2004
ou seja, a lei de Snell pode ser aplicada diretamente para um trecho da atmos-
fera na qual a variação do índice de refração é contínua:
6
Propagação de Sinais – Aula 12 – Professor Marcio Eisencraft - novembro 2004
n(hi )
sin θ (hi ) =1
n(hc )
então nesse ponto ocorrerá reflexão total da onda incidente.
O trajeto de volta é idêntico ao de ida como mostra a figura a seguir.
7
Propagação de Sinais – Aula 12 – Professor Marcio Eisencraft - novembro 2004
Podemos escrever:
Δθ Δθ
ΔA = 2r sin e Δh = ΔA cos θ ⇒ Δh = 2r sin cos θ
2 2
Notar também que
ρ = lim r
Δθ → 0
8
Propagação de Sinais – Aula 12 – Professor Marcio Eisencraft - novembro 2004
9
Propagação de Sinais – Aula 12 – Professor Marcio Eisencraft - novembro 2004
10
Propagação de Sinais – Aula 12 – Professor Marcio Eisencraft - novembro 2004
5.2.6. Propagação
O raio de curvatura das ondas depende da variação do índice de refração ( n )
ou da refratividade ( N = (n − 1) × 10 6 ) com a altura. Assim, de acordo com esta
variação podemos ter diversos casos como os mostrados na Figura 4 a seguir.
O primeiro caso (Figura a1) corresponde à situação usual em que o índice de
refração decresce com a altura de modo que o raio de curvatura do feixe é
maior do que o raio de curvatura da Terra. Nessa situação existe um aumento
do alcance da ligação em relação à linha ótica de visada. Na figura b.1 está
representado o traçado da Terra equivalente, que nesse caso tem R ′ = KR
com 1 < K < ∞ .
A seguir (figuras a.2 e b.2) é apresentada uma situação limite em que o índi-
ce de refração decresce com a altura de modo que o raio de curvatura do fei-
xe resulta idêntico ao da Terra. Nesse caso, o traçado da Terra equivalente é
tal que K = ∞ ( R ′ = ∞ ) e se trabalha com uma superfície terrestre plana. Esta
situação é rara.
Outra condição é apresentada nas figuras a.3 e b.3. Nesse caso supõe-se o
índice de refração constante com a altitude, não sofrendo o feixe, portanto,
11
Propagação de Sinais – Aula 12 – Professor Marcio Eisencraft - novembro 2004
dn 1
refração ( = 0 → = 0 ). Para este caso, a Terra equivalente não se modi-
dh ρ
fica.
A figura a.4 apresenta o caso que o índice de refração decresce acentuada-
mente com a altitude, resultando numa curvatura do feixe menor que a cur-
vatura da Terra (fenômeno de super-refração). Para esta situação a Terra
equivalente tem a sua curvatura invertida, significando um valor de K < 0 ,
sendo esta muito incomum.
No último caso apresentado, há uma inversão do comportamento do índice
de refração, o qual cresce com a altitude (fenômeno de sub-refração). Ob-
serva-se que o raio é então inclinado para cima, “aumentando” a altitude de
algum obstáculo.
Como resultado do encurvamento do feixe, que em geral é variável com o
tempo, temos como principais conseqüências as seguintes:
- obstrução parcial das ondas por obstáculos (por exemplo, morros);
- desvio da energia irradiada da antena transmissora
- anomalias de propagação, como os casos de percursos múltiplos e for-
mação de dutos.
- modificação nas condições de reflexão da onda.
12
Propagação de Sinais – Aula 12 – Professor Marcio Eisencraft - novembro 2004
13
Propagação de Sinais – Aula 12 – Professor Marcio Eisencraft - novembro 2004
ΔN = ( N 1km − N T )
em que
N 1km = refratividade a uma altura de 1km
maior.
O ITU-R (Rep. 563) apresenta diagramas sazonais dos quais podem ser
extraídos gradientes de refração ΔN válidos para 50% do tempo. Veja as
Figuras 5 e 6 a seguir.
14
Propagação de Sinais – Aula 12 – Professor Marcio Eisencraft - novembro 2004
Exercícios
4. Em um enlace de 40km entre duas cidades do estado de São Paulo, calcular
o fator K para 50% do tempo e indicar em qual dos casos da Figura 2 este
enlace se encaixa.
5. Para qual valor de ΔN temos refração com feixe paralelo à Terra?
6. Para quais valores de ΔN temos super-refração?
7. Para quais valores de ΔN temos sub-refração?
16
Propagação de Sinais – Aula 12 – Professor Marcio Eisencraft - novembro 2004
17
Propagação de Sinais – Aula 12 – Professor Marcio Eisencraft - novembro 2004
(σ 0 )2
σ3 =
d
1+
d0
em que
σ 0 foi obtido no item 2.
d é o comprimento do enlace
Exercícios
8. Calcular o fator K para 0,1% do tempo em um enlace de 33km na região
central de Minas Gerais.
9. Repita o cálculo para um enlace localizado nas proximidades de Recife.
18
Propagação de Sinais – Aula 12 – Professor Marcio Eisencraft - novembro 2004
19
Propagação de Sinais – Aula 12 – Professor Marcio Eisencraft - novembro 2004
20
Propagação de Sinais – Aula 12 – Professor Marcio Eisencraft - novembro 2004
5.2.9. Dutos
Os dutos troposféricos (ou simplesmente dutos) são conseqüências de um
fenômeno denominado de inversão de temperatura que freqüentemente se
verifica em certas regiões da Terra, como por exemplo, no litoral e nos de-
sertos.
21
Propagação de Sinais – Aula 12 – Professor Marcio Eisencraft - novembro 2004
22
Propagação de Sinais – Aula 12 – Professor Marcio Eisencraft - novembro 2004
24
Propagação de Sinais–Lista de Exercícios Suplementares 1 – Professor Marcio Eisencraft - agosto 2004
Propagação de Sinais
P=
1
(3a x − a y + 4a z ) nC/m2. Calcule:
10π
(a) χ e ; (b) E ; (c) D .
RESP: (a) 2,16; (b) 5a x − 1,67a y + 6,67a z V/m; (c) 139,7a x − 46,6a y + 186,3a z pC/m2.
B = 10e − y a z mWb/m2.
Encontre: (a) χ m ; (b) H ; (c) M .
1
Propagação de Sinais–Lista de Exercícios Suplementares 1 – Professor Marcio Eisencraft - agosto 2004
8. [RIBEIRO, p. 71] (a) Defina índice de refração. (b) Admitir que se tenha um meio
no qual o seu valor é de 1,52 em que se propaga uma onda que no vácuo apresenta o
comprimento de 1,3μm. Determine a velocidade de propagação dessa onda e o cor-
respondente comprimento de onda no meio.
11. [RIBEIRO, p. 103] Dois feixes ópticos de comprimento de onda de 1,0μm e 1,2μm,
vindos do ar, incidem com o mesmo ângulo de 35º na superfície de um material die-
létrico perfeito. O índice de refração do meio é de 1,50 para o menor comprimento
2
Propagação de Sinais–Lista de Exercícios Suplementares 1 – Professor Marcio Eisencraft - agosto 2004
12. [RIBEIRO, p. 104] Uma onda eletromagnética com freqüência de 10MHz propaga-
se em um meio não-magnetizável com permissividade de 2,3 ε 0 . Essa onda incide
na fronteira desse meio com o ar segundo um ângulo de 22º em relação à interface.
Qual será a atenuação sofrida pelo campo no segundo meio, a uma distância de
60metros, na direção normal à interface?
14. [RIBEIRO, p. 105] (a) Explique o que se entende por um meio opticamente ativo.
(b) Descreva resumidamente a rotação de Faraday em meios ativos.
15. [RIBEIRO, p. 105] (a) Explique e justifique o fenômeno da dupla refração. (b) Ex-
plique o significado de raio ordinário e extraordinário.
3
Propagação de Sinais–Lista de Exercícios Suplementares 1 – Professor Marcio Eisencraft - outubro 2004
Propagação de Sinais
1. [RIBEIRO, p. 131] Quais são os mecanismos mais importantes por meio dos quais a
onda emitida por uma antena pode alcançar o receptor?
1
Propagação de Sinais–Lista de Exercícios Suplementares 1 – Professor Marcio Eisencraft - outubro 2004
11. [RIBEIRO, p. 159] Uma antena parabólica operando em 4GHz apresenta um ganho
de 40dBi na direção de máxima emissão e irradia uma potência de 5W. Qual deveria
ser a potência irradiada por uma antena isotrópica para se ter o mesmo valor de
campo elétrico a uma distância de 10km, em uma região completamente desobstruí-
da?
12. [RIBEIRO, p. 159] Tem-se uma antena com ganho de 16dBd irradiando uma potên-
cia de 20W na freqüência de 100MHz. Determine o campo elétrico a uma distância
de 20km em uma região completamente desobstruída. Qual seria o valor desse cam-
po se a mesma potência fosse irradiada por uma antena isotrópica? E por uma antena
com ganho igual a 23dBi?
14. [RIBEIRO, p. 160] De acordo com a fórmula de Friis, quanto maior for a freqüência
maior será também a atenuação do espaço livre. Nestas circunstâncias, do ponto de
2
Propagação de Sinais–Lista de Exercícios Suplementares 1 – Professor Marcio Eisencraft - outubro 2004
3
Propagação de Sinais–Lista de Exercícios Suplementares 3 – Professor Marcio Eisencraft – novembro 2004
Propagação de Sinais
Lista de Exercícios Suplementares 3
OBS: Estes exercícios são SUPLEMENTARES. Foram retirados de provas anteriores
e servem como suplemento ao estudo. Para se preparar para a prova é importante
também ler e resolver os exercícios das notas de aula e do livro-texto além de ter co-
nhecimento dos assuntos discutidos em sala.
LEMBRE-SE: NA P3 CAI TODA MATÉRIA VISTA NO SEMESTRE. ASSIM, É
ACONSELHÁVEL (RE) FAZER OS EXERCÍCIOS DAS OUTRAS 2 LISTAS!
2. Num sistema de rádio enlace digital em 8,5GHz são usadas repetidoras para regenerar o
sinal transmitido depois de certa distância. Para que o sinal possa ser regenerado com
uma probabilidade de erro de bit aceitável, ele deve chegar ao regenerador com uma po-
tência mínima de 1nW. Cada repetidora gera um sinal de 10W e a potência do transmis-
sor também é 10W. Sendo o ganho de todas as antenas (transmissão e recepção) 22dB
cada, calcule quantas estações repetidoras são necessárias para cobrir uma distância de
165km. É necessário que o sinal chegue ao receptor com uma potência de no mínimo
1nW. Considere apenas perdas de espaço livre.
Resp: 3 repetidoras.
3. Num sistema de rádio enlace digital em 5GHz são usadas repetidoras para regenerar o
sinal transmitido depois de certa distância. Para que o sinal possa ser regenerado com
uma probabilidade de erro de bit aceitável, ele deve chegar ao regenerador com uma po-
tência mínima de 2,7nW. Cada repetidora gera um sinal de 12W e a potência do trans-
1
Propagação de Sinais–Lista de Exercícios Suplementares 3 – Professor Marcio Eisencraft – novembro 2004
4. Uma estação de rádio FM operando em 105MHz utiliza uma antena que, numa certa
direção, apresenta um ganho de 12dB em relação a uma antena isotrópica. A potência
total transmitida pela emissora nesta freqüência é 100kW. Supondo que uma casa fique
nesta direção a uma distância de 5km da antena e que todas as condições sejam ideais,
calcule a potência entregue a um receptor de rádio desta casa que utiliza uma antena di-
polo-λ/2 com ganho de 5dB na direção da antena da estação.
Resp: 10,36mW.
5. Uma equação que aparece comumente em manuais de projeto de radio enlace é a que
fornece a atenuação de espaço livre A0 para um sistema trabalhando numa freqüência
6. Uma estação de TV UHF que transmite seu sinal com uma portadora de 850MHz utiliza
uma antena que, numa certa direção, apresenta um ganho de 15dB em relação a uma an-
tena isotrópica. A potência total transmitida pela emissora nesta freqüência é 100kW.
Supondo que uma casa fique nesta direção a uma distância de 12km da antena e que to-
das as condições sejam ideais, calcule a potência entregue a um receptor de rádio desta
casa que utiliza uma antena em laço circular com ganho de 5dB na direção da antena da
estação. Considere apenas as perdas por espaço livre.
Resp: 54,767μW.
2
Propagação de Sinais–Lista de Exercícios Suplementares 3 – Professor Marcio Eisencraft – novembro 2004
8. O que são dutos troposféricos? Como se formam? Comente sobre sua influência para
um sistema de rádio-enlace.
9. Numa certa situação da atmosfera, o índice de refração varia com a altura segundo
N (h ) ≈ sin 2 (2h ) , sendo h a altitude em metros. Calcule o raio de curvatura para uma
onda propagando-se horizontalmente a uma altitude de 50m nesta situação.
RESP: 572,5km
10. Em situações anormais da atmosfera é possível que a refratividade não varie mais de
forma exponencial, mas sim da forma N (h ) = −12h 3 + N 0 sendo h a altura em metros e
11. Em situações anormais da atmosfera é possível que a refratividade não varie mais de
forma exponencial, mas sim da forma N (h ) = −5h 3 + N 0 sendo h a altura em metros e
3
Propagação de Sinais–Lista de Exercícios Suplementares 3 – Professor Marcio Eisencraft – novembro 2004
12. Num enlace de satélite geoestacionário, o sinal sai da antena transmissora, chega ao
satélite a uma altitude de 36000km e é retransmitido para a antena receptora. Conside-
rando que a atmosfera atenua o sinal numa razão de 0,002dB/km e que o sinal é trans-
mitido em 0dBr, qual é o ganho que o satélite deve fornecer ao sinal para que ele che-
gue com uma intensidade de -100dBr à antena receptora?
RESP: 44dB.
13. Num enlace de satélite de órbita baixa, o sinal sai da antena transmissora, chega ao saté-
lite a uma altitude de 1000km e é retransmitido para a antena receptora. Considerando
que a atmosfera atenua o sinal em 0,3dB/km e que é necessário que o sinal chegue ao
receptor com uma potência mínima de 0dBr, qual a potência, em dBr, que o sinal
transmitido deve ter? Considere que o satélite amplifica o sinal em 100dB antes de re-
transmiti-lo.
RESP: 500dBr.
14. Num sistema de comunicações em HF, o sinal na saída do receptor tem uma potência de
1dBm. Sabe-se que, durante a propagação, o espaço livre atenua o sinal em 25dB e no
receptor existe um amplificador de 10dB.
(a) Qual a potência transmitida na saída do transmissor (em W e em dBm)?
(b) Considerando que o nível do sinal na saída do transmissor está em 0dBr, qual o ní-
vel do sinal na saída do receptor em dBr?
RESP: (a) 16dBm e 39,81mW; (b) -15dBr.
15. Num sistema de comunicações em HF, o sinal na saída do receptor tem uma potência de
5dBm. Sabe-se que, durante a propagação, o espaço livre atenua o sinal em 15dB e no
receptor existe um amplificador de 5dB.
(a) Qual a potência transmitida na saída do transmissor (em W e em dBm)?
(b) Considerando que o nível do sinal na saída do transmissor está em 0dBr, qual o ní-
vel do sinal na saída do receptor em dBr?
RESP: (a) 15dBm e 31,62W; (b) -10dBr.
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Propagação de Sinais–Lista de Exercícios Suplementares 3 – Professor Marcio Eisencraft – novembro 2004
16. Vimos em aula que o raio de curvatura do trajeto de propagação de uma onda eletro-
magnética é dado por:
1 sin θ dn
=− .
ρ n dh
1
(a) Escreva uma expressão para em função da variação da refratividade com a altitude
ρ
). (Lembre-se que N = (n − 1) × 10 6 ).
dN
(
dh
(b) Calcule o raio de curvatura para uma onda propagando-se próxima à superfície da Terra
e com ângulo de inclinação praticamente horizontal. Considere a atmosfera padrão ITU-R
N (h ) = 315e −0,136 h .
(c) Na prática, costuma-se estimar a variação da refratividade com a altura por
dN ΔN ( N1km − N T )
≈ = . Sendo assim, repita o cálculo do item (b) usando esta apro-
dh Δh 1
ximação e compare os resultados obtidos.
17. Para uma localidade obteve-se que o gradiente de refratividade para 50% do tempo é
ΔN (50% ) = −45 .
(a) Para um projeto de um enlace de rádio profissional, explique por que este valor não tem
muito significado prático.
(b) Para esta mesma localidade, obteve-se:
ΔN (10% ) = +12
ΔN (2% ) = +45
d
= 1,3
d0
18. Num sistema de comunicações o transmissor tem uma potência de saída de x dBr. Su-
ponha que o meio atenue o sinal transmitido em cerca de 2dB/km. Um receptor está lo-
calizado a 20km da antena transmissora e é necessário que ele receba o sinal em um ní-
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Propagação de Sinais–Lista de Exercícios Suplementares 3 – Professor Marcio Eisencraft – novembro 2004
vel mínimo de 0dBr. Para cumprir esta exigência é necessário utilizar estações repetido-
ras entre a transmissora e a receptora. Uma estação repetidora recebe o sinal num nível
mínimo de 15dBr e o retransmite em x dBr. Nestas condições, pede-se:
(a) Qual é o menor valor de x de forma que seja possível o projeto deste enlace utilizando-
se apenas 1 repetidora entre as antenas?
(b) Sabendo que o nível na entrada do receptor para o valor de x do item (a) é 2μW, calcu-
le a potência de saída do transmissor em watts e em dBm.
RESP: (a) 27,5dBr; (b) 0,5103dBm ou 1,1247mW.
19. Em situações anormais da atmosfera é possível que o índice de refração não varie mais
(
de forma exponencial, mas sim parabólica. Teremos nesse caso N (h ) ≈ − k h 2 + h + W0 , )
sendo h a altura em metros e k e W0 constantes positivas. Qual a condição que k deve
obedecer para que o raio de curvatura para uma onda propagando-se horizontalmente
próxima à superfície seja maior do que o raio da Terra (6371,2km)?
RESP: k < 0,15696 .
20. Para uma localidade no sul da Bahia obteve-se que o gradiente de refratividade para
50% do tempo é ΔN (50% ) = −52 .
(a) Para um projeto de um enlace de rádio profissional, explique por que este valor não tem
muito significado prático.
(b) Para esta mesma localidade, obteve-se:
ΔN (10% ) = −15
ΔN ( 2% ) = − 1
d 0 = 30km
21. Um projeto de rádio enlace entre duas sedes A e B distantes 25km precisa ser feito de
forma que a potência que chega ao receptor seja 0dBr. Analisando a topologia do terre-
no, chegou-se à conclusão de que há a possibilidade de se instalar uma antena repetido-
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Propagação de Sinais–Lista de Exercícios Suplementares 3 – Professor Marcio Eisencraft – novembro 2004
22. A partir da seguinte figura que representa um raio propagando-se na atmosfera, pede-se:
23. Num projeto de rádio enlace você deve prever a possibilidade de subrefração. Suponha
que na localidade, analisando mapas estatísticos você tenha obtido um gradiente de re-
fratividade para 50% do tempo de ΔN (50% ) = −40 .
(a) Com este valor, pode-se afirmar que não ocorrerá subrefração durante um ano? Justifi-
que.
(b) Para esta mesma localidade, obteve-se:
ΔN (10% ) = −3
ΔN (2% ) = −0,8
d 0 = 30km
24. [SADIKU, p.568] (1,5) A potência transmitida por um satélite em órbita síncrona é de
320W. Se a antena tem 40dB de ganho a 15GHz, calcule a potência recebida por uma
outra antena de 32dB de ganho a uma distância de 24567km.
RESP: 21,28pW.
25. [SIEMENS, p. 3.6] (2,0) Calcular a potência no receptor da Estação C para o lance a
seguir. Considere que as antenas das Estações A e C tem um ganho de 39,05dB cada. A
estação B é passiva: apenas redireciona o sinal não oferecendo nenhum ganho.
RESP: -41,92dBm.
26. Para uma localidade no sul da Bahia obteve-se que o gradiente de refratividade para
50% do tempo é ΔN (50% ) = −52 .
(a) Para um projeto de um enlace de rádio profissional, explique por que este valor não tem
muito significado prático.
(b) Para esta mesma localidade, obteve-se:
ΔN (10% ) = −15
ΔN ( 2 % ) = − 1
d 0 = 30km
27. Num sistema de comunicações o transmissor tem uma potência de saída de x dBr. Su-
ponha que o meio atenue o sinal transmitido em cerca de 3dB/km. Um receptor está lo-
calizado a 25km da antena transmissora e é necessário que ele receba o sinal em um ní-
vel mínimo de 0dBr. Para cumprir esta exigência é necessário utilizar estações repetido-
ras entre a transmissora e a receptora. Uma estação repetidora recebe o sinal num nível
mínimo de 15dBr e o retransmite em x dBr. Nestas condições, pede-se:
(a) Qual é o menor valor de x de forma que seja possível o projeto deste enlace utilizando-
se apenas 2 repetidoras entre as antenas?
(b) Sabendo que o nível na entrada do receptor para o valor de x do item (a) é 2,5μW, cal-
cule a potência de saída do transmissor em watts e em dBm.
RESP: (a) 35dBr; (b) 7,905mW = 8,97dBm.
28. Em situações anormais da atmosfera é possível que o índice de refração não varie mais
(
de forma exponencial, mas sim parabólica. Teremos nesse caso N (h ) ≈ −c h 2 + h + N 0 , )
sendo h a altura em metros e c e N 0 constantes positivas. Qual a condição que c deve
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Propagação de Sinais–Lista de Exercícios Suplementares 3 – Professor Marcio Eisencraft – novembro 2004
obedecer para que o raio de curvatura para uma onda propagando-se horizontalmente
próxima à superfície seja menor do que o raio da Terra (6371,2km)?
RESP: c > 015696 .
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