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Gramática II - Frase, Oração e Período
Gramática II - Frase, Oração e Período
a) Hildebrando A. de André
Frase é a unidade do discurso suficiente por si mesma para estabelecer comunicação. Por
discurso, entendemos a língua apreciada na fala ou na escrita. A frase pode ser formada por uma
simples palavra, uma expressão, uma oração ou um período. Pode a frase ter, ou não, verbo. O que
importa é que manifeste um propósito definido de comunicação. A palavra “marchar”, no dicionário
(como as demais que ali se encontram), não é frase; dita, porém, pelo comandante aos seu
subordinados, transforma-se em frase, pois passou a constituirse em unidade de comunicação na fala.
Exemplos de frases sem verbo:
BOM DIA; BOA SORTE; ATÉ LOGO : são expressões que transmitem saudação, desejo, despedida.
SOCORRO!: é apenas uma palavra, mas exprime claramente um pedido de auxílio urgente.
CURVA PERIGOSA; RETORNO; DEVAGAR; DESVÍO À ESQUERDA: são avisos que figuram ao longo
das estradas para orientar os motoristas.
Período é o enunciado que se consitui de duas ou mais orações. Exemplo: Rubião fitou um pé
que se mexia disfarçadamente. Há duas orações: Rubião fitou um pé e que se mexia disfarçadamente.
É hábito dar o nome de “período simples” quando formado por uma só oração; a oração é
denominada “oração absoluta”. Ao período propiamente dito, com duas ou mais orações, chamamos de
“período composto”.
c) Mário A. Perini
A frase e a oração
Frase, oração e período
O termo frase é utilizado de maneira geral para designar uma unidade do discurso bastante
difícil de definir. A conceituação oferecida por Mattoso Camara é provavelmente a melhor, embora não
chegue a ser uma definição plenamente satisfatória:
Unidade de comunicação lingüística, caracterizada [...] do ponto de vista
comunicativo —por ter um propósito definido e ser suficiente para defini-lo—, e do ponto
de vista fonético —por uma entoação [...] que lhe assinala nitidamente o começo e o fim.
[Camara, 1977, p. 122]
Poderíamos acrescentar que, na escrita, a frase é delimitada por uma maiúscula no início e por
certos sinais de pontuação (. ! ? ...) no final.
Esta definição apresenta problemas, que não serão discutidos aqui. Baste-nos reconhecer que
geralmente é possível identificar frases, embora as bases para essa identificação permaneçam em parte
obscuras. Assim, são frases os enunciados seguintes:
(1) Meu livro tem mais de mil páginas.
(2) Quantas páginas tem teu livro?
(3) Vá à padaria e traga oito pãezinhos.
(4) Você poderia me trazer um pãozinho?
(5) Que calor!
(6) Quantas páginas?
(7) Mas que livro enorme!
Oração é uma frase que apresenta determinado tipo de estrutura interna, incluindo sempre um
predicado e freqüentemente um sujeito, assim como vários outros termos. As frases de (1) a (4) são
orações (às vezes compostas, por sua vez, de mais de uma oração); as frases (5) a (7) não são orações,
por carecerem de predicado.
As frases não-oracionais nem por isso deixam de ter estrutura analisável; em geral, verifica-se
que se compõem de elementos que também ocorrem dentro de orações —ou seja, são como que
fragmentos de orações. As frases nã-oracionais estão muito pouco estudadas. Isso não significa, claro,
que não sejam interessantes; em particular, a hipótese de que uma frase não-oracional é sempre
composta de um fragmento de oração merece ser investigada.
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Vocativo
Anexo 2
1) Explique por que os conceitos de frase, oração e período são relativos.
2) No texto que segue, sublinhe e transcreva exemplos de frases, de orações e de períodos.
Justifique a escolha com referências aos autores estudados em relação com estes tópicos.
3) Mude o subtítulo do texto. O novo subtítulo também precisa dar conta do conteúdo do
artigo, mas deve fazê-lo por meio de uma frase sem verbo.
Cara ou coroa?
Exposição apresenta moedas imperiais e conta a história do país por medalhas e condecorações
Já imaginou pagar suas contas em sal e seus empréstimos bancários em conchinhas de praia?
Infelizmente essa não é uma novidade para reduzir o número de inadimplentes. Pelo contrário, as trocas
comerciais realizadas com este tipo de produto, aconteciam nas civilizações antigas quando ainda não
se pensava em trocas monetárias. E para organizar a comercialização de produtos e substituir a simples
troca de mercadorias, surgiu a moeda.
O Itaú Numismática - Museu Herculano Pires, no nono andar do Itaú Cultural, tem exemplares destas e
de outras raridades. Entre elas está a primeira moeda do Brasil independente. Nela, Dom Pedro aparece
de peito nu e com uma coroa de louros na cabeça, imagem que remete aos ditadores romanos. Esse
erro causou a fúria do imperador, que mandou substitui-la. Este é um dos casos dos mais de 6.558
exemplares luso-brasileiros, entre medalhas, moedas e condecorações, que revivem a história do Brasil,
desde o período do descobrimento até os dias de hoje.
O ambiente, dividido em 32 módulos dispostos cronologicamente, apresenta uma porta que lembra a
de um cofre forte que leva o visitante a interagir com a exposição. A visita se inicia com um vídeo
explicativo que ajuda o participante a se situar na História do Brasil. Além disso, ele apresenta pontos
relevantes da numismática.
Revista ParadoXo [15/05/2006]