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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS

INSTITUTO DE FÍSICA

Física Experimental 1

ROTEIRO EXPERIMENTAL
SEGUNDA LEI DE NEWTON

Maceió – AL
2015
1. Objetivos
 Investigar as relações de proporcionalidades entre as grandezas físicas descritas pela da
segunda lei de Newton;
 Relacionar o trabalho e a variação da energia cinética;
 Interpretação e analise de gráficos.

2. Materiais Utilizados
Qt.
 Trilho 120cm; 01
 Cronômetro digital multifunções com fonte DC 12 V; 01
 Sensores fotoelétricos com suporte fixador (S1 e S2); 02
 Eletroímã com bornes e haste; 01
 Fixador de eletroímã com manípulo; 01
 Chave liga-desliga; 01
 Y de final de curso com roldana raiada; 01
 Suporte para massas aferidas – 9g; 01
 Massa aferida 10g com furo central de Ø2,5mm; 01
 Massas aferidas 20g com furo central de Ø2,5mm; 02
 Massas aferidas 10g com furo central de Ø5mm; 02
 Massas aferidas 20g com furo central de Ø5mm; 04
 Massas aferidas 50g com furo central de Ø5mm; 02
 Cabo de ligação conjugado; 01
 Unidade de fluxo de ar; 01
 Cabo de força tripolar 1,5m; 01
 Mangueira para aspirador 1,5”; 01
 Pino para carrinho para fixá-lo no eletroímã; 01
 Carrinho para trilho azul; 01
 Pino para carrinho para interrupção de sensor; 01
 Porcas borboletas; 03
 Arruelas lisas; 07
 Manípulo de latão 13mm; 04
 Pino para carrinho com gancho; 01
 Balança Eletrônica. 01
3. Fundamentação Teórica
Newton enunciou sua segunda lei como:
“A variação do movimento é proporcional à força motriz imprimida e atua na
direção da reta segundo a qual a força é dirigida.”
Com o termo “movimento” Newton se referia a uma grandeza hoje chamada momento.
O momento ⃗⃗⃗
𝑷 de um objeto de massa m que se move com velocidade vetorial 𝐯⃗ é:
⃗⃗⃗
P = m. v
⃗ (1)
Para Newton, a expressão “força motriz” significava a força resultante FR. Onde a força
é expressa pela soma vetorial de todas as forças atuantes em um corpo.
⃗⃗⃗⃗
F𝑅 = ⃗⃗⃗⃗
F1 + ⃗⃗⃗⃗
F2 + ⃗⃗⃗⃗
F3 + ⋯ (2)
Se a constante de proporcionalidade entre a “força motriz” e a “variação do momento”
for igual a 1, então a segunda lei de Newton torna-se:

dp
⃗⃗⃗⃗
F𝑅 = dt (3)

Além disso, se admitirmos que a massa do objeto é independente do tempo t, então:



dp d ⃗
dv
= (m. v
⃗) = m = m. a⃗ (4)
dt dt dt

Dessa forma, reescrevemos a equação (3) como:


⃗⃗⃗⃗
F𝑅 = m. a⃗ (5)
A equação (5) é também conhecida como segunda lei de Newton e a mesma afirma que:
“A aceleração de um objeto é proporcional à força resultante exercida sobre ele,
e a massa do objeto é o fator de proporcionalidade entre a força resultante e a
aceleração.”
Neste experimento, analisaremos como a mudança nas variáveis (m, Fr e a) afetam as
relações entre cada termo da segunda lei de Newton.

4. Procedimentos experimentais
Parte I: Relação entre força resultante e aceleração
1. Montar o equipamento conforme o esquema de ligação do cronômetro na figura 1,
escolhendo a função F2 do cronômetro.
Figura 1 – Esquema de ligação do cronômetro com a chave liga-desliga e o sensor S2

Fonte: Referência [2].

2. Com o cabo apropriado conectar a chave liga-desliga ao cronômetro.


3. Ligar o eletroímã à fonte de tensão variável deixando em serie a chave liga-desliga.
4. Com uma balança verifique a massa do carrinho, Mc =________kg.
5. Suspender no suporte de massas aferidas (9g) uma massa de 20g, o que dará uma força
aceleradora de:
P = MS . g
Massa suspensa: MS = 29g;
Força resultante: FR = m. g = _________N (g = aceleração gravitacional).
Assim o sistema terá uma massa total igual a: Mt = Ma + MS + Mc =________kg.
6. Fixar o carrinho no eletroímã e ajustar a tensão aplicada para que o carrinho fique na
iminência do movimento.
7.Acrescentar aos pinos do carrinho duas massas de 20g e duas massas de 10g totalizando
60g.
8. Posicionar o sensor S2 a uma distancia x = 0,300 m do carrinho. Este deslocamento dever
ser medido entre o pino central do carrinho e o centro de S2.
9. Zerar o cronômetro (reset) e desligar1 o eletroímã liberando o carrinho.
10. Anotar na tabela 1 o intervalo de tempo registrado no cronômetro, repetindo o
procedimento por três vezes. Ao final calcular o tempo médio tm.

1
Nota: o desligamento do eletroímã por meio da chave lig/des deve ser feito em movimento firme e único a fim de evitar o
acionamento do cronômetro antes da liberação do carrinho.
Tabela 1 – Valores das massas e seus respectivos tempos e força resultante

Tempos (s)
ΔX (m) M (kg) FR (N) tm a (m/s2) F/a (kg)
t1 t2 t3

0,300

Média

11.Calcular o valor da aceleração imprimida ao carrinho usando a equação:


2Δx
a=
t2
12.Transferir uma massa de 10g do carrinho para o suporte de massas aferidas. Assim a nova
força aceleradora será igual a:
Força resultante FR = m. g = ________N.
13. Prender o carrinho ao eletroímã e repetir o procedimento (9). Refazer estes procedimentos
sempre transferindo massa do carrinho para o suporte até completar a tabela 1.
14. Construir o gráfico FR = f(a) (força resultante em função da aceleração).
15. Determinar os coeficientes angular e linear do gráfico FR = f(a).
Coeficiente angular A =________
Coeficiente linear B =________

Questões
1) De acordo com a tolerância de 5%, definida pelo fabricante do equipamento, pode-se
afirmar que a massa do sistema (segunda coluna da tabela 1) é igual à relação F/a
(última coluna da tabela 1)?
2) Qual a forma do gráfico FR = f(a)? Essa forma mostra que aceleração e força
resultante são direta ou inversamente proporcionais?
3) Qual o significado físico do coeficiente angular do gráfico FR = f(a)?
4) Com base nos resultados desse experimento, é valida a afirmação de Newton sobre a
causa da variação do movimento? Comente.
Parte II: Relação entre aceleração e massa
1. Para este experimento deve-se usar a montagem da parte I e a função F2 do cronômetro.
2. Medir a massa do carrinho, Mc =________kg.
3. Colocar no suporte de massas aferidas (9g) duas massas de 20g, o que resultará numa força
aceleradora de: P = M∙g = ________N.
4. A Massa total do sistema será igual à soma de (Mc + Ms) kg.
Massa suspensa Ms = 0,049kg.
Força resultante FR =________N (constante).
Massa acrescentada Ma = 0,000kg.
Massa total M = Ms + Mc + Ma =________kg (preencher esse valor na 1ª linha da 2ª coluna da
tabela 2.)
5. Com o cabo apropriado conectar a chave liga-desliga a o cronômetro.
6. Posicionar o sensor S2 a uma distancia x = 0,300 m do carrinho. Este deslocamento deve
ser medido entre o pino central do carrinho e o centro de S2.
16. Fixar o carrinho no eletroímã e ajustar a tensão aplicada para que o carrinho fique na
iminência do movimento.
7. Zerar o cronômetro (reset) e desligar2 o eletroímã, liberando o carrinho; Anotar na tabela 2
o intervalo de tempo registrado no cronômetro.
8. Acrescentar 20g ao carrinho (10g de cada lado) e repetir o procedimento.
Massa suspensa Ms = 0,049kg.
Força resultante FR =________N.
Massa acrescentada Ma = 0,020kg.
Massa total M = Ms + Mc + Ma =________kg (preencher esse valor na 2ª linha da segunda
coluna da tabela 2).
9. Desligar o eletroímã, liberando o carrinho, anotar na tabela 2 o intervalo de tempo
registrado no cronômetro.
10. Realizar três medidas de tempo para cada massa acrescida ao carrinho.
11. Calcular a aceleração para cada um dos tempos obtidos, utilizando a mesma fórmula
usada na primeira parte e preencher a tabela 2.
2Δx
a=
t2
12.Completar a tabela acrescentando sempre 20g ao carrinho, repetindo os procedimentos
anteriores.

2
Nota: o desligamento do eletroímã por meio da chave lig/des deve ser feito em movimento firme e único a fim de evitar o
acionamento do cronômetro antes da liberação do carrinho.
Tabela 2 - Valores das massas e seus respectivos tempos

ΔX(m) M(kg) 1/M(kg-1) FR(N) t1(s) t2(s) t3(s) tm(s) a(m/s2) M.a(N)

0,300

13. Construir o gráfico a = f(M) (aceleração em função da massa) utilizando os dados da


tabela 2.
1
14. Linearizar o gráfico a = f(M). Para linearizar, formar a tabela a (m/s2) versus kg −1 .
M
1
15. Determinar os coeficientes angular e linear do gráfico a = f ( ).
M
Coeficiente angular A =________.
Coeficiente linear B =________.

Questões
1) De acordo com a tolerância de 5%, definida pelo fabricante do equipamento, pode-se
afirmar que a terceira coluna (força resultante) é igual a ultima coluna (produto da
massa pela aceleração)?
1
2) Qual o significado físico do coeficiente angular da reta do gráfico a = f (M)?

3) Qual a relação de proporcionalidade entre a aceleração e a massa do sistema sob a


ação de uma força resultante de intensidade constante?
Parte III: Relação entre trabalho e variação da energia cinética.
1. Manter a montagem dos experimentos anteriores (partes I e II), escolher a função F2.
2. Colocar no suporte para massas aferidas (9g) uma massa de 30g. Com a aceleração da
gravidade (g) local determine P = m∙g =________N. O barbante deve ter comprimento
suficiente para que o suporte para massas aferidas não venha a tocar o chão ao final do
deslocamento.
3. Posicionar o sensor (S2) a uma distancia x = 0,100m do carrinho. Este deslocamento deve
ser medido entre o pino central do carrinho e o centro de S2.
4. Anotar na tabela 3 a massa total do sistema (usar a balança para medir a massa envolvida
no experimento).
Massa do carrinho Mc =________kg.
Massa do suporte com massas aferidas Ms =________kg.
Massa total M =________kg.
5. Fixar o carrinho ao eletroímã e ajustar a tensão aplicada para que o carrinho fique na
iminência do movimento.
6. Desligar3 o eletroímã liberando o carrinho e anotar na tabela 3 o tempo indicado no
cronômetro.
7. Repetir os procedimentos (5) e (6) colhendo três valores de tempo para o mesmo
deslocamento, anotando na tabela 3 e calculando o tempo médio.
8. Reposicionar o S2 em 0,100m (∆x = 0,200m), e assim sucessivamente até completar a
tabela 3.
9. Determinar os valores da velocidade inicial, final e da aceleração do carrinho.

Tabela 3 - Valores de deslocamentos e seus respectivos tempos médios (tm)

M(Kg) Fr x t1 (s) t2 (s) t3 (s) tm (s) V0(m/s) V(m/s) a(m/s2)

3
Nota: o desligamento do eletroímã por meio da chave lig/des deve ser feito em movimento firme e único a fim de evitar o
acionamento do cronômetro antes da liberação do carrinho.
10. De posse dos dados da tabela 3, calcular os valores para a energia cinética e trabalho da
força aceleradora sobre o carrinho, preenchendo a tabela 4.

Tabela 4: Valores de energia cinética e trabalho.

Ec0 Ecf Ec W(J)

11.Considerando a tolerância de 5%, pode-se afirmar que a quarta coluna da tabela 4 (trabalho
realizado) é igual à terceira coluna (variação da energia cinética)? Fisicamente o que isso
representa?

5. Referências Bibliográficas
[1] KELLER, Frederick. Física Volume 1. São Paulo: Pearson Makron Books, 2004.
[2] Manual de instruções e guia de experimentos Azeheb, Trilho de ar linear.

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