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Esqueceram de Mim
Salmo 13
INTRODUÇÃO
1. PERPLEXIDADE (v. 1 e 2)
Pode haver uma angústia maior do que esta: de julgar que Deus nos
esqueceu? Que Deus nos abandonou? Que estamos condenados “para sempre”
a viver sem Deus? “Sem ar, sem luz, sem razão”?.
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Mas será que Deus pode esquecer de nós? Será que Ele nos abandona?
Disse o apóstolo Paulo que não há, nem haverá, qualquer circunstância em todo
o universo que nos possa separar do amor de Deus. Deus não se esquece de
ninguém; não abandona a quem quer que seja.
E foi o mesmo Paulo quem deu a razão: Se Deus enviou a Jesus Cristo
para morrer por nós, se Ele foi capaz de fazer a coisa mais difícil, por que, depois
de tudo, haveria de nos abandonar e nos esquecer à nossa própria sorte? Isso
seria impossível!
Aquele que não poupou a seu próprio Filho, mas o entregou por todos
nós, como não nos dará juntamente com ele, e de graça, todas as coisas?
Pois estou convencido de que nem morte nem vida, nem anjos nem
demônios, nem o presente nem o futuro, nem quaisquer poderes,
nem altura nem profundidade nem qualquer outra coisa na criação será
capaz de nos separar do amor de Deus que está em Cristo Jesus, nosso
Senhor. - Romanos 8. 32, 38 e39
Davi agora manifesta uma perplexidade consigo mesmo. Ele olha agora
para dentro de si, e se vê em uma atitude estranha, lutando entre dois
pensamentos, coxeando entre duas atitudes, relutando entre o certo e errado.
O certo seria confiar em Deus e nunca desconfiar de Sua soberana
vontade. O errado seria atropelar as coisas passando por alto a hora de Deus.
O certo e o errado clamavam e lutavam dentro do salmista.
A esperança e o desespero relutavam dentro daquele triste coração:
“Se Deus me ungiu como rei de Israel, por que eu deveria passar por todas
estas tribulações? O que eu fiz de errado para estar assim nesta situação
aflitiva? Mas se Ele me ungiu, por que deveria estar preocupado? ”
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Você também está lutando e relutando com algumas coisas difíceis de
resolver em sua vida? É muito duro suportar tristeza a cada dia que passa por
algum sofrimento, alguma dor aguda, pela falta de um ente querido que se foi.
É duro suportar a solidão porque o esposo abandonou a família, deixando
a esposa e os filhos em uma profunda melancolia, perguntando-se: “Onde foi
que eu errei? Até quando ficarei com essa tristeza em meu coração e com essas
dúvidas que estão corroendo a minha vida e a minha felicidade?”
Por acaso você está relutando dentro de si mesmo por causa de algum
problema financeiro? Algumas pessoas ficam angustiadas, fazem uma profunda
análise dentro de si mesmas e perguntam: “Como posso estar nessa dificuldade
toda, enquanto sou fiel a Deus nos dízimos e ofertas?”
2. PETIÇÃO (v. 3)
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Mas este não é problema para um Deus onisciente, onipresente e
onipotente. Ele pode lhe dar atenção a qualquer hora do dia e a qualquer
momento, e em cada segundo do dia ou da noite ou da madrugada!
Muitos ainda estão em nosso mundo pedindo que Deus atente para eles.
Mas você pode saber que Deus está atento para você, mesmo que muitas coisas
estejam indo de mal a pior! Mesmo assim, a sua prece é necessária, a fim de
ajudar a você se encontrar em comunhão com um Deus Todo-poderoso!
Era uma prece para que o inimigo de Davi não pudesse falar
jactanciosamente que tinha prevalecido contra ele. Davi temia o seu inimigo e
também receava da zombaria, do escárnio e do ridículo a que seria exposto,
caso ele viesse a perecer nas mãos do seu principal inimigo.
Isso não parecia uma guerra em que ele pedia a vitória sobre os inimigos.
Isso parecia mais uma perseguição de um poderoso inimigo que o perseguia
sem que ele fosse culpado.
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Em outras palavras, Davi orava por libertação do seu inimigo particular.
Este era um inimigo tão perverso que desejava a sua morte e ansiava o dia em
que pudesse dizer: “Ele era duro de matar, mas agora, eu prevaleci contra ele.”
Tudo indica que esse inimigo era o rei Saul.
3. PERSEVERANÇA
“Eu porém...” (v. 5). No que diz respeito a mim, de minha parte, eu farei
isso e aquilo. Davi estava pensando em si mesmo, e isso era justo e necessário.
Deus faz ou deixa de fazer certas coisas; o inimigo está me perseguindo; mas
quanto a mim, eu tenho a minha parte a fazer, custe o que custar.
Davi estava revelando um traço de perseverança inquebrantável. Ele era
capaz de ver muita luz através das nuvens escuras e trevosas e perseverava
corajosamente em direção da luz.
Assim também nós estamos enfrentando diariamente as investidas do
nosso principal inimigo:
“O diabo, vosso adversário, anda em derredor, como leão que ruge
procurando alguém para devorar; resisti-lhe firmes na fé, certos de que
sofrimentos iguais aos vossos estão-se cumprindo na vossa irmandade
espalhada pelo mundo. ” (1Pedro 5.8-9).
Cada um de nós deve ser vitorioso a seu modo particular. Cada um deve
saber como vencer. Se Satanás vem contra nós, como um leão, disse Pedro que
devemos ser perseverantes, resistindo firmes em nossa fé.
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“Cantarei ao Senhor, porquanto me tem feito muito bem” (v. 6).
Jubilosos cantos de louvor e gratidão partiam daquele coração pronto para
exaltar a Deus. Esta é a sua promessa final: sua perseverança em continuar no
louvor a Deus porque, embora ele pudesse dizer que se sentia abandonado e
esquecido por Deus, no fundo de sua alma havia uma esperança incansável, e
uma fé inabalável que ainda podia contemplar os feitos salvadores que o Senhor
lhe havia feito no passado.
Isso me faz lembrar a frase de exultação de Jó em meio aos tomentos de
sua provação: Eu sei que o meu Redentor vive, e que no fim se levantará
sobre a terra. - Jó 19.25
CONCLUSÃO