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Atividade econômica
Ótica da produção
Sob esta ótica, que mede a contribuição das atividades para a
geração do valor adicionado bruto9, o crescimento de 6,1% do Produto
Interno Bruto - PIB foi decorrente de um acréscimo de 6,1% dos serviços,
5,3% da indústria e 4,8% da agropecuária. Os impostos sobre produtos
(6,2%) cresceram mais que o valor adicionado bruto (5,8%), e dentre
estes os que mais aumentaram foram o imposto sobre as importações
(24,2%) e os impostos sobre o valor adicionado (7,9%).
Agropecuária – A agropecuária apresentou crescimento, em vo-
lume, de 4,8% no valor adicionado bruto, em relação ao ano de 2006,
que pode ser explicado, sobretudo, pelo desempenho da lavoura no
ano de 2007.
Na atividade agricultura, silvicultura e exploração florestal
observa-se um acréscimo, em volume, de 6,6 % no valor adicionado
bruto. Segundo a pesquisa Produção Agrícola Municipal 2007, do IBGE,
9
O valor adicionado bruto é sempre a preços básicos (exclui qualquer imposto e qualquer custo de
transporte faturado separadamente e inclui qualquer subsídio sobre o produto)
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As taxas de variação em volume do valor adicionado bruto de serviços de intermediação financeira e seguros passaram
de 1,6 ponto percentual, entre 2005 e 2004, para 3,1 pontos percentuais, entre 2006 e 2005, e 6,6 pontos percentuais, entre
2007 e 2006.
11
De acordo com o Relatório Anual 2007 do Banco Central, “as operações de crédito do sistema financeiro registraram
significativa expansão em 2007, movimento consistente com a trajetória declinante das taxas de juros e com os desdobra-
mentos, sobre decisões relativas a consumo e a investimentos, associados à consolidação da estabilidade da economia
do país.” (BOLETIM..., 2007).
_____________________________________________________________ Sistema de Contas Nacionais 2003-2007
Ótica da demanda
O PIB pela ótica da demanda é composto pela soma do consumo final, do saldo
externo de bens e serviços (exportações menos importações) e da formação bruta
de capital. Esta última, por sua vez, decompõe-se em formação bruta de capital fixo
e variação de estoques12.
O crescimento do PIB em 2007, sob a ótica da demanda, foi decorrente, princi-
palmente, do aumento de 5,8% da despesa de consumo final em volume. O aumento
de 6,3% na despesa de consumo das famílias foi impulsionado pelo crescimento de
5,4% da massa salarial real, segundo a Pesquisa Mensal de Emprego, do IBGE. Além
disso, houve uma elevação de 18,8%, em termos nominais, do saldo das operações
de crédito do sistema financeiro com recursos livres para a pessoa física (POLÍTICA...,
2008). Também apresentaram crescimento, a despesa de consumo da administração
pública (5,1%) e a Formação Bruta de Capital Fixo (13,9%), que foram, entre outros fa-
tores, positivamente afetadas por uma redução média de 6,0% no custo de importação
de bens capital. A queda da taxa de câmbio (-10,5%), porém, contribuiu para uma taxa
de crescimento das importações (19,9%) muito superior que a das exportações (6,2%)
e, portanto, para uma contribuição negativa do saldo externo de comercialização de
bens e serviços para o PIB em 2007. A despesa de consumo final das instituições sem
fim de lucro a serviço das famílias teve uma queda de 2,6% em 2007.
12
Para fins de análise, desconsidera-se, em geral, a variação de estoques, por se constituir de uma variação de um saldo,
sem poder explicativo.
Análise dos principais resultados das Contas Nacionais _______________________________________________
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Novas culturas permanentes, novas matas plantadas, bovinos destinados à reprodução e rebanho leiteiro.
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2007
Variação Variação Variação
Categorias de uso 2006 A preços 2007
de de do
Valor constantes Valor
volume preço valor
corrente do ano corrente
(%) (%) (%)
anterior
Exportação FOB 340 457 6,2 361 559 (-) 1,6 355 672 4,5
Bens de capital 34 796 8,4 37 723 (-) 2,3 36 861 5,9
Bens de consumo duráveis 14 446 (-) 0,4 14 391 (-) 8,3 13 199 (-) 8,6
Bens e serviços de consumo não duráveis 57 218 (-) 2,8 55 644 6,0 59 009 3,1
Bens de consumo semiduráveis 6 377 69,9 10 835 (-) 44,9 5 975 (-) 6,3
Bens e serviços intermediários 227 619 6,7 242 966 (-) 1,0 240 628 5,7
Importação FOB (1) 271 679 19,9 325 676 (-) 3,2 315 282 16,0
Bens de capital 26 183 42,9 37 428 (-) 5,9 35 231 34,6
Bens de consumo duráveis 7 022 59,9 11 231 (-) 8,4 10 287 46,5
Bens e serviços de consumo não duráveis 34 048 11,8 38 067 3,8 39 517 16,1
Bens de consumo semiduráveis 2 610 63,4 4 265 4,6 4 459 70,9
Bens e serviços intermediários 201 817 16,3 234 686 (-) 3,8 225 788 11,9
Ótica da renda
A expansão de 1,6% do número de ocupações apurada pelo Sistema de Contas
Nacionais, entre 2006 e 2007, correspondeu ao acréscimo de cerca de 1,5 milhão de novos
postos de trabalho14. Em termos absolutos, o grupamento de atividades serviços, com o
maior peso na oferta de empregos no País15, respondeu em grande parte por este resultado.
No entanto, em termos relativos, a indústria foi o grupo que se destacou com a ampliação
de 4,2% no número de vagas. Em contrapartida, a ocupação na agropecuária caiu 4,3%
(de 18,4 para 17,6 milhões). O comportamento da ocupação, segundo as atividades do
Sistema de Contas Nacionais, é apresentado na Tabela Sinótica 14 e revelou, nos dois
últimos anos ganhos de participação da indústria (de 19,5% para 20,1%) e de serviços (de
60,7% para 61,4%), em detrimento da agropecuária (de 19,7% para 18,6%).
O cenário favorável do mercado de trabalho no Brasil tem se sustentado não ape-
nas na manutenção da trajetória de expansão do emprego desde 2003. O crescimento
da formalização e o aumento real dos rendimentos recebidos pelos trabalhadores têm
se apresentado como determinantes qualitativos de uma melhora considerável das con-
dições de trabalho. Os resultados relativos ao emprego formal, em 2007, corroboraram
14
Em 2007, foram contabilizados 94,7 milhões de postos de trabalho na economia.
15
Entre 2006 e 2007, o número de ocupações do grupo de atividades serviços passou de 56,6 milhões para 58,1 milhões,
correspondente a uma variação de 2,6%.
Análise dos principais resultados das Contas Nacionais _______________________________________________
com este movimento e com um incremento de 4,3% das ocupações com vínculo16, bem
superior ao comportamento observado nas ocupações sem o vínculo formal: autônomos,
com variação de 0,1%; e empregados sem carteira com queda de 1,2%.
No que diz respeito aos rendimentos dos trabalhadores, que já vinham assi-
nalando acréscimos desde 2003, tanto a remuneração dos empregados quanto o
rendimento misto bruto apresentaram, em 2007, aumentos significativos (13,5% e
13,1%, respectivamente).
A estrutura de repartição da renda gerada no processo de produção entre os
fatores capital, trabalho e administrações públicas não sofreu alteração significati-
va em relação a 2006. Entre os componentes do fator trabalho, a remuneração dos
empregados representou 41,3% da renda, enquanto o rendimento misto, 9,0%. A
proporção da remuneração do fator capital, representado no excedente operacional
bruto, correspondeu a 34,4% e a relativa às administrações públicas, 15,2%. Contudo,
ressalta-se que a parcela da remuneração de empregados vem delineando uma tra-
jetória ascendente nos últimos três anos, refletindo a evolução positiva do mercado
de trabalho no período. Os dados do Gráfico 4 descrevem essa trajetória.
Contas econômicas
Procedimentos de elaboração
As contas econômicas registram, em cada linha, as operações econômicas,
saldos e agregados, que representam a sequência de equações que retratam o fun-
cionamento da economia nacional. Iniciando na geração da renda, passando pela
16
Em 2007, dentre os grupos e atividades divulgadas pelo Sistema de Contas Nacionais, a Indústria sobressaiu-se com a
maior expansão no total de ocupações formais (6,0%) e neste segmento em particular, a indústria de extrativa mineral,
com 9,8% e a construção, com 7,5%. Em serviços, onde o emprego com vínculo formal cresceu 4,1%, os destaques foram
as atividades imobiliárias e aluguel (18,1%) e os serviços de informação (10,3%).
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Por convenção, o manual System of national accounts 1993 estabelece que as operações relacionadas com os débitos
das contas (usos) devem ser registradas do lado esquerdo, e as relacionadas com créditos (recursos), do lado direito.
Análise dos principais resultados das Contas Nacionais _______________________________________________
Registros Registros
correspon- correspon-
dentes à dentes à
Seto- Seto-
Conta Conta Conta Conta
de res res
do do de
Contas bens insti- Códigos Operações e saldos insti- Contas
resto resto bens
e tucio- tucio-
servi- do do e
nais nais
ços mun- mun- servi-
(recur- do do ços
sos) (usos)
Contas correntes (1 000 000 R$) Contas correntes (1 000 000 R$)
Usos Recursos
Registros Registros
correspon- correspon-
dentes à dentes à
2.1.2.
Alocação
D.4 Rendas de propriedade da renda
Alocação primária
da renda
2.2. Dis-
primária Saldo das rendas primárias tribuição
B.5
brutas/Renda nacional bruta secundária
da renda
Registros Registros
correspon- correspon-
dentes à dentes à
Seto- Seto-
Conta Conta Conta Conta
res res
de do de
Contas do insti- Códigos Operações e saldos insti- Contas
bens resto bens
e resto tucio- tucio-
do e
servi- do nais nais
mun- servi-
ços mun-
(recur- do ços
do
sos) (usos)
Contas correntes (1 000 000 R$) Contas correntes (1 000 000 R$)
Usos Recursos
Impostos correntes sobre a
D.5 renda, patrimônio, etc. 2.2. Dis-
D.61 Contribuições sociais tribuição
secun-
D.62 Benefícios sociais, exceto dária da
2.2. Dis-
transferências sociais em renda
tribuição
D.7 Outras transferências
secun-
correntes
dária da
B.6 Renda disponível bruta
renda 2.3. Redis-
tribuição
da renda
em
espécie
Análise dos principais resultados das Contas Nacionais _______________________________________________
Contas correntes (1 000 000 R$) Contas correntes (1 000 000 R$)
Usos Recursos
B.6 Renda disponível bruta
P.4 Consumo final efetivo
P.3 Despesa de consumo final
D.8 Ajustamento pela variação
2.4. Uso 2.4. Uso
das participações líquidas das
da renda da renda
famílias nos fundos de
pensões, FGTS e PIS/P ASEP
B.8 Poupança bruta
B.12 Saldo externo corrente
B.6 Renda disponível bruta
P.3 Despesa de consumo final
P.31 Despesa de consumo final
2.4.1 Uso indivuidual 2.4.1 Uso
P.32 Despesa de consumo final
da renda da renda
coletiva
nacional nacional
D.8 Ajustamento pela variação
dispo- dispo-
das participações líquidas das
nível nível
famílias nos fundos de
pensões, FGTS e PIS/P ASEP
B.8 Poupança bruta
B.12 Saldo externo corrente
B.6 Renda disponível bruta
B.7 Renda disponível bruta
ajustada
Ajustamento entre S7 e S6
2.4.2 Uso P.4 Consumo final efetivo 2.4.2 Uso
da renda da renda
P.41 Consumo final efetivo
nacional nacional
P.42 Consumo final efetivo coletivo
dispo- dispo-
D.8 Ajustamento pela variação
nível nível
das participações líquidas das
ajustada ajustada
famílias nos fundos de
pensões, FGTS e PIS/P ASEP
B.8 Poupança bruta
B.12 Saldo externo corrente
_____________________________________________________________ Sistema de Contas Nacionais 2003-2007
A conta de uso da renda disponível tem como objetivo mostrar como as fa-
mílias, as instituições sem fins de lucro a serviço das famílias e as administrações
públicas alocam sua renda disponível em consumo e poupança. A partir da renda
disponível bruta, as despesas de consumo aparecem sendo realizadas pelos setores
que efetivamente despenderam os recursos. As despesas de consumo individual das
administrações públicas e das instituições sem fins de lucro a serviço das famílias são
as relativas às transferências sociais em espécie para as famílias.
Registros Registros
correspon- Seto- Seto- correspon-
dentes à dentes à
res res
Conta Conta insti-
insti- Conta
Contas de do Códigos Operações e saldos Conta Contas
tucio- tucio- de
bens resto do
e nais nais bens
do resto e
servi-
ços mun- do servi-
(recur- do mun- ços
sos) do (usos)
Contas de acumulação Contas de acumulação
(1 000 000 R$) (1 000 000 R$)
Variações de ativos Variações de passivos e patri-
mônio líquido
Os fluxos de bens e serviços registrados na tabela das CEI são obtidos das TRU.
Os valores referentes às operações e fluxos da economia nacional, desagregados por
setor institucional, são apresentados nas CEI.
Resultados de 2000-2006
Contas econômicas por setor institucional
Com o intuito de facilitar o uso e análise dos setores institucionais , o IBGE
publica, a partir dos resultados do Sistema de Contas Nacionais 2007, uma série de
novos quadros.
O novo esquema apresentado fornece as mesmas informações das CEI, mas sua
forma de apresentação prioriza a análise temporal, já que o resultado é apresentado
para cada setor institucional e para a economia nacional, considerando um determi-
nado período de tempo. Nas contas por setor, os usos e recursos são apresentados
por linha com as respectivas operações detalhadas abaixo. Os anos são apresentados
nas colunas. Nesta publicação estão sendo divulgados os resultados da série 2000 a
2006. As CEI com os resultados de 2007 não está sendo divulgada, já que o IBGE não
teve acesso aos registros administrativos do Imposto de Renda Pessoa Jurídica, 2007,
peça fundamental na sua construção.
Com esses novos quadros, as operações envolvendo os setores institucionais
passam a ser apresentadas em dois conjuntos de tabelas. A tabela com todos os
setores integrados, que permite uma visão geral dos setores institucionais, da eco-
nomia nacional e das relações com o resto do mundo e a nova, com ênfase maior na
análise temporal.
Em função da republicação dos resultados das CEI para o período de 2000 a
2006 nesse novo formato, foram feitas algumas pequenas revisões nos resultados de
alguns setores institucionais, mas que não impactaram os resultados do PIB.
Setores institucionais
Empresas não financeiras - O setor institucional empresas não financeiras é
composto por empresas privada e pública, produtoras de bens e serviços mercantis.
A produção de bens e serviços mercantis significa a prática de preços economica-
mente significativos pelas empresas. Os preços são considerados economicamente
significativos quando têm grande influência nos montantes que os produtores estão
dispostos a oferecer e nos montantes que os compradores desejam comprar. O cri-
tério utilizado nas contas nacionais, para determinar se o preço é economicamente
significativo, é verificar se o valor da venda dos bens e serviços cobrem mais de 50%
dos custos de produção.
Empresas financeiras - As empresas financeiras são unidades institucionais que
se dedicam, principalmente, à intermediação financeira ou às atividades auxiliares
estreitamente ligadas a ela. Portanto, também, incluem as empresas cuja principal
função é facilitar a intermediação sem que elas próprias a pratiquem.
O setor institucional empresas financeiras é subdividido em instituições fi-
nanceiras e instituições de seguro. No primeiro grupo, incluem-se o Banco Central
do Brasil, as sociedades que compõem o sistema financeiro nacional e os auxiliares
financeiros. No segundo grupo, incluem-se as sociedades de seguros, planos de saúde
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