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I - Chegada dos Aqueus - 2.000 a.C.

Os ​Aqueus​ - aos quais podemos propriamente chamar gregos- instalaram-se na região


da ​Hélade​ por volta de 2.000 a.C. e depararam-se com os povos nativos da região -os
chamados ​pelasgos-​. Estes estavam na idade da pedra, enquanto aqueles já se
encontravam na do bronze, ou seja, subjugaram os povos nativos. -Os Aqueus irão fundar
várias cidades, mas a principal se chamará ​Micenas​ e, por isso, sua sociedade também
pode ser nomeada de micênica-.
Algo interessante sobre os Pelasgos é que, segundo Platão, eles teriam origem atlântida
-sim, o continente perdido-, os pelasgos também são citados no capítulo segundo da Ilíada
em o catálogo das naus.
Em 1.700 a.C temos a chegada dos povos ​Eólios​ e ​Jônios​ - os quais se integraram
pacificamente aos os Aqueus-.
II - Civilização creto-micênica e o fim do período Pré-homérico - 1.200 a.C.
​Ao mesmo tempo, havia na ilha de ​Creta​ uma outra importante civilização, a ​minoica​ - a
qual foi a primeira grande sociedade marítima da região-. O nome minoico vem de ​Minos​ -
um rei mítico da ilha-. Os Aqueus, então, subjugam os cretenses por volta do século XIV
a.C. e daí nasce a​ civilização creto-micênica.
A tão famosa​ Guerra de Troia ​teria ocorrido por 10 anos em algum momento do século
XIII e é recontada pela Ilíada escrita por ​Homero​ o qual teria vivido muito tempo depois do
fim da guerra -digo “teria”, pois a existência de Homero é duvidosa para muitos
historiadores-. Segundo o mesmo, a causa de digladiarem gregos e troianos foi um rapto de
uma princesa espartana(Helena) por um troiano(Páris).
Entretanto, por volta de 1.200 a.C. são os ​Dórios​ que chegam na região da Grécia. Sua
integração, diferente da dos Eólios e Jônios, será violenta, pois os Dórios já estavam na
idade do ferro. Esse povo, por sua vez, fundará diversas cidades e entre elas está ​Esparta​.
III. Período Homérico ou Idade das Trevas - 1200 a.C - 800 a.C.
Após as invasões dóricas deparamo-nos com o desaparecimento da escrita,com ​a
primeira diáspora grega ​e com organizações chamadas de “genos” as quais são grupos
com ligações consanguíneas cujo o chefe era o “páter”, eram comunidades realmente
patriarcais.
Junte vários genos e você terá uma fátria, junte várias fátrias e terá uma tribo, junte várias
tribos e terá um demo -o chefe do demo chama-se basileu-.
Os parentes mais próximos do páter eram os eupátridas -os quais ganhavam as melhores
terras. Haviam geomores (pequenos proprietários rurais), os demiurgos (pequenos
artesãos), os estrangeiros (ou metecos) e os escravos.
Com o tempo, foi-se formando a propriedade privada e o sistema foi, aos poucos, vindo a
falir. Ora, devido ao solo grego muitos começaram a ficar sem terras férteis o que levou a
ocorrência de guerras entre os genos. Esse sistema patriarcal dará origem às póleis gregas
e à segunda diáspora. Dando início ao período Arcaico.
IV. Período Arcaico - 800 a.C. - 510 a.C.
A. Contexto.
Temos, então, uma revitalização da escrita - a qual fora perdida no período Homérico- e,
devido aos excessos populacionais, o estabelecimento de colônias por todo o mar
mediterrâneo. Da cidade mãe os colonizadores levavam o fogo sagrado de Héstia e com ela
a cultura da cidade. A partir disso, começaram a surgir os empórios que eram colônias que
funcionavam exclusivamente com função comercial.
Entretanto, na metade do século VII a.C. começaram a surgir conflitos sociais nas póleis e,
por isso, pareceu-se necessário escolher legisladores para solucionar esses conflitos. O
primeiro que se tem notícia foi ​Zaleuco de Locros​ o qual teria vivido na Magna Grécia e,
em nome das leis, teve coragem de arrancar o olho do próprio filho. Suas leis eram
extremamente engenhosas e posso citar uma que dizia: “Mulheres não devem sair pela
cidade à noite, a não ser que estejam indo cometer adultério". Ora, acho que a maioria das
mulheres não iriam querer sair à noite.
B. Atenas.
Outro legislador importante é ​Drácon​ que legislou em Atenas e donde nasce a expressão
“draconiano” e você já descobrirá o porquê. Ora, tinha origem aristocrática e recebeu em
621 a.C. os meios para tentar pôr fim ao conflito social vigente, estabeleceu, então, um
conjunto de leis onde a maioria dos crimes eram punidos com a pena de morte, entretanto,
era reconhecida a diferença entre homicídio voluntário, involuntário e legítima defesa.
Segundo Pausânias, até uma estátua dum ganhador dos jogos olímpicos já fora condenada
por assassinato devido a ter caído sobre um homem que a chicoteava, a estátua teria sido
jogada no fundo do mar.
Outra coisa interessante é que na antiguidade tinha-se o costume de lançarem-se roupas
diversas num indivíduo que se tinha respeito. Ora, assim que Drácon chegou num certo
teatro se deparou com uma chuva de mantos e chapéus que o sufocaram até a morte.
Após Drácon veio ​Sólon​ que, não por acaso, é um dos sete sábios da Grécia antiga, pois
eliminou a escravidão por dívidas de Atenas, reintroduziu a Eclésia( Assembleia popular) e
estabeleceu que participariam dela todos os atenienses livres maiores de 30 anos e que
pertencessem ao sexo masculino. Criou também o conselho dos 400 formado por 100
membros de cada uma das 4 tribos, esse conselho organizaria assuntos para serem
levados à Assembleia. E deu ainda a oportunidade de indivíduos de classe baixa
processarem qualquer pessoa que de crime fosse suspeita.
Mas essas reformas não foram suficientes para impedir o aparecimento de tiranos e
Pisístrato​ -filho da prima da mãe de Sólon- foi o primeiro em Atenas.
A história do nascimento de Pisístrato também é coisa interessante, pois diz ​Heródoto
que Hipócrates -pai de Pisístrato- estava, certa feita, oferecendo um sacrifício aos deuses,
quando o caldeirão perto do altar, cheio d’água, começou a ferver sem fogo. Quílon, da
Lacedemônia, teria presenciado o milagre e aconselhado Hipócrates a não desposar uma
mulher que fosse fértil e se já fosse casado, a repudiar a esposa, e se tivesse um filho que
não viesse a reconhecê-lo como tal. -Ora, Hipócrates não deu ouvidos aos conselhos de
Quílon e teve como filho ninguém mais que Pisístrato-.
Este tomou o poder fingindo ter sido ferido por seus adversários, pois os Atenienses
permitiram que Pisístrato tivesse uma guarda pessoal e foi com essa guarda que ele
apoderou-se da cidade em 560 a.C., entretanto, foi deposto e expulso em 559 a.C. E,
segundo Heródoto, o ex-tirano tomou uma mulher de belas faces a qual chamava-se Fia,
vestiu-a de guerreira até que ficasse com as feições da deusa Palas Atena, pô-la num carro
e entrou na cidade de maneira que todos acreditassem que era a própria filha de Zeus que
o queria como governante, o plano funcionou, entretanto, por pouco tempo, pois um ano
após ele seria destronado novamente e só para conseguir tomar o poder certo tempo
depois e governar, então, por 19 anos quando veio a falecer em 527 a.C.
Assumiram, então, seus filhos Hípias e Hiparco e após a morte de Hiparco causada por
um aristocrata só Hípias governou até ser exilado em 510 a.C. - Iságoras acabou
assumindo o posto-.
​Iságoras​ propôs que quem não descendesse dos fundadores da cidade não deveria ser
considerado cidadão e isso causou grande inconformidade social. Ora, um certo membro da
família dos Alcmeônidas chamado Clístenes começou a juntar apoios contra o
tirano.-Iságoras pede, então, apoio de Esparta e esta ajuda aquele causando o exilamento
de Clístenes. No entanto, o alcmeônida com certas alianças, consegue voltar e tomar o
poder de Atenas-.
​Clístenes​ é o pai da democracia e fará uma série de reformas em Atenas. Ora, no
governo de Clístenes todos os cidadãos podem participar da assembleia popular,
entrementes, para ser cidadão é necessário ser homem, ter mais de 21 anos e ser filho de
pai e mãe atenienses. O novo governante implantou o ostracismo no qual qualquer
indivíduo que se pusesse contra o regime democrático seria exilado por 10 anos e teria
perda dos direitos políticos.
C. Esparta.
Já o grande Legislador de Esparta foi ​Licurgo​. Suas leis tinham o objetivo de criar
guerreiros e era isso que, de fato, vinheram a criar. Diz Heródoto que alguns falam que foi o
próprio oráculo quem deu as leis de Esparta a Licurgo, entretanto, são os próprios
Espartanos quem dizem que Licurgo trouxe suas leis de Creta. E foi assim que os
Lacedemônios passaram a ter um governo organizado.
Sua sociedade era estratificada, oligárquica e dividia-se em Esparciatas, Periecos e
Hilotas. Ora, os esparciatas eram os legítimos espartanos que receberam a educação
militar espartana e que serviriam à máquina de matar lacedemônia. Os periecos eram os
povos conquistados que viviam na periferia da cidade. E, por sua vez, o Hilota era uma
espécie de servo que dava quase tudo que por ele era produzido para o estado espartano.
D. Fatos Importantes.
Em 559 a.C. Ciro assume o comando do império aquemênida e em 548 a.C. derrota
Creso da Lídia. Em 521 a.C. Dario I torna-se o novo xá -rei- aquemênida. Por último, há
uma revolta jônica em colônias da Ásia Menor. -Revolta essa que foi comandada por Mileto
e apoiada por Atenas-.
V. Período Clássico - 510 a.C. - 323 a.C.
Ora, ​Dario I ​decide punir Atenas por ela ter apoiado as revoltas na Ásia Menor e, assim,
manda uma frota para atacar Atenas e dando início às guerras médicas.
A. Guerras Médicas.
A primeira batalha ocorreu em 490 a.C. em Maratona - cidade grega próxima à Atenas-. Do
lado dos Gregos tínhamos cerca de 10 a 15 mil homens, do lado dos persas cerca de 20 a
30 mil e os Espartanos até poderiam ter diminuído essa diferença ajudando os Atenienses,
entretanto, não o fizeram, pois relataram que estavam no tempo de um certo festival
religioso e só depois de 6 dias poderiam ajudá-los.
Apesar disso tudo, Atenas acabou por vencer a batalha e realizar um verdadeiro massacre
contra os persas. Alfim, o guerreiro Fidípides recebeu a ordem de ​Milcíades​ para que
corresse 42 quilômetros até Atenas para comunicar que os gregos haviam vencido.
Fidípides​ fez o serviço e morreu logo em seguida. -A primeira guerra médica acabara de
terminar-.
Ora, essa derrota em Maratona realmente encolerizou Dario I, pois a Pérsia era o maior
império que o mundo já vira e acabara de ser derrotada pela pequenina Grécia. O rei
começa, então, a revolver no imo peito uma maneira de vingar-se dos Gregos, mas seus
planos não puderam virar realidade, pois o Egito se revoltou contra o reino aquemênida e
acabaram tendo que contê-lo. Dario Morreu logo em seguida e o trabalho vingativo acabou
sobrando para Xerxes -seu filho-.
​Xerxes​, então, organiza em 480 a.C. o maior exército que o mundo já havia visto até então
e parte rumo à Grécia dando início à segunda guerra médica. Ocorrem, então, as batalhas
de Termópilas, de Artemísio, de Salamina,de Plateia e de Mícale. Na de Termópilas a
“vitória” foi persa. Em Artemísio, Salamina, Plateia e Mícale a vitória foi helênica.
Pós o término da guerra, Atenas organiza a liga de Delos para prevenir a Hélade contra
possíveis ataques persas, entrementes, os Atenienses acabaram por utilizar o dinheiro que
era dado à Liga para reformar a cidade de Atenas. -A cidade, então, viveu o seu auge e
principalmente sobre o governo de Péricles-.
Guerra do Peloponeso
Já esse confronto não foi entre Gregos e Persas, mas entre os próprios Gregos -entre os
espartanos e a sua liga do Peloponeso e os atenienses e a sua liga de Delos-. E a guerra
se inicia definitivamente em 431 a.C. com a tentativa de Tebas de atacar uma cidade aliada
de atenas(Plateias) e terminou em 404 a.C com a derrota de Atenas. -O motivo maior da
guerra foi o medo espartano da hegemonia ateniense-
Devido à guerra ocorreu um enfraquecimento do mundo grego como um todo, facilitando
assim o domínio macedônico. Em 323 a.C. tem fim o Período Clássico e inicia-se o ​Período
Helenístico.

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