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A educação pública (básica) interessa aos mais diversos tipo de Estado (capitalista e

socialistas, autoritários e democráticos), esse interesse se deve, obviamente, ao papel que ela
assume frente a sociedade e ao seu poder de incutir/disseminar valores e pensamentos cujo o
objetivo seja a manutenção do status quo da classe dominante. Entretanto foi no Estado
Capitalista Democrático que o ensino e a educação praticamente se tornou universal, obrigatória
e com tendências gratuitas.
Esse alargamento dos diretos educacionais se deve a política conhecida como “Política
do Bem Estar Social”. Veja bem, essa política atende as demandas da classe dominante, pois ela
está comprometida com o processo de acumulação capitalista e com os interesses dessa classe.
No entanto, para legitimar-se e ganhar apoio social, ela expandiu os direitos econômicos, sociais
e culturais dos trabalhadores.
A “Política do Bem Estar Social” começa a entrar em crise com a ascensão do Estado
Neoliberal. Neste novo modelo de Estado, os “gastos” com políticas públicas e sociais sofrem
bastante redução e em muitos casos são transferidos para a iniciativa privada, é claro que isto
significa uma fragilização dos direitos econômicos, sociais e culturais.
Esse Estado Neoliberal traz consigo algumas marcas para a escola e a educação em si, a
começar pela perda de direitos. Esse Estado revaloriza o ensino privado e cria mecanismos de
mercado na educação. Ou seja, para-se de investir gradativamente na educação e na escola
pública para defender a instituição de ensino privada e seus modelos de educação. Não obstante,
sob o discurso de que o público não tem qualidade, o Estado contrata institutos privados e
colocam dentro das escolas públicas.
Nesse sentido, esse Estado neoliberal através das suas políticas reduz ou impede a
autonomia profissional dos professores e dos agentes da escola, submetendo-os a controles
externos que tem como objetivo transforma-los apenas em meros executores de programas e
currículos elaborados por instituições privadas que defendem interesses hegemônicos do capital.
E aí entra as avaliações externas com a função de controle da educação e seus agentes.
Assim podemos ver que o Estado e suas políticas públicas tem efeito direto nas políticas
de avaliação do ensino público de base.

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