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TÉCNICAS DE ANÁLISE
DE VIBRAÇÕES I
CIMATEC
TÉCNICAS DE ANÁLISE
DE VIBRAÇÕES I
Salvador
2004
Copyright 2004 por SENAI DR BA. Todos os direitos reservados
CDD 621
________________________________________________________
SENAI CIMATEC
Av. Orlando Gomes, 1845 - Piatã
Salvador – Bahia – Brasil
CEP 41650-010
Tel.: (71) 462-9500
Fax. (71) 462-9599
http://www.cimatec.fieb.org.br
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................7
1.1 CONDIÇÕES DO MONITORAMENTO DE MÁQUINAS POR ANÁLISE DE VIBRAÇÕES:.................. 7
1.2 MANUTENÇÃO PREDITIVA ATRAVÉS DA ANÁLISE DE VIBRAÇÕES:........................................ 9
1.3 RESULTADOS PREVISTOS: .................................................................................................... 10
2. FUNDAMENTOS DE VIBRAÇÃO E RESPOSTAS ÀS EXCITAÇÕES: ..............11
2.1 MOVIMENTOS BÁSICOS: ....................................................................................................... 12
2.2 CONCEITOS BÁSICOS: ........................................................................................................... 14
2.3 DOMÍNIO DO TEMPO E DOMÍNIO DA FREQÜÊNCIA:............................................................... 16
2.4 PRINCIPAIS PARÂMETROS: ................................................................................................... 18
2.5 CONCEITUAÇÃO BÁSICA DO COMPORTAMENTO DINÂMICO DE ESTRUTURAS:..................... 19
3. MEDIDAS DE VIBRAÇÃO - INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO:.........................23
3.1 SENSORES:............................................................................................................................ 23
3.2 VANTAGENS E DESVANTAGENS NA ESCOLHA DOS SENSORES: ............................................ 25
3.3 ESCOLHA E MONTAGEM DE SENSORES:................................................................................ 26
3.4 ANALISADORES DE FREQÜÊNCIA DE VIBRAÇÃO: ................................................................. 28
4. PROCESSAMENTO DIGITAL: ...............................................................................32
4.1 CARACTERÍSTICAS DOS SINAIS DINÂMICOS: ........................................................................ 32
4.2 SINAIS HARMÔNICOS:........................................................................................................... 32
4.3 ANÁLISE DE FOURIER:.......................................................................................................... 33
4.4 CARACTERÍSTICAS DA FFT: ................................................................................................. 35
4.5 ENJANELAMENTO (JANELAS): .............................................................................................. 40
4.6 MODULAÇÃO DE SINAIS: ...................................................................................................... 43
5. IDENTIFICANDO OS PROBLEMAS MAIS COMUNS EM MÁQUINAS: ..........49
5.1 VIBRAÇÃO POR DESBALANCEAMENTO: ............................................................................... 49
PROBLEMAS COM EIXOS TORTOS: ..................................................................................................... 50
5.2 VIBRAÇÃO POR DESALINHAMENTO:..................................................................................... 52
5.3 VIBRAÇÃO PROVOCADA POR FOLGA:................................................................................... 55
5.4 VIBRAÇÃO OCASIONADA POR EXCENTRICIDADE: ................................................................ 58
5.5 VIBRAÇÃO POR RESSONÂNCIA: ............................................................................................ 59
5.6 VIBRAÇÃO EM FUNÇÃO DE PROBLEMAS EM MANCAIS DESLIZANTES: ................................. 61
5.7 VIBRAÇÃO DEVIDA À PROBLEMAS HIDRÁULICOS/AERODINÂMICOS.................................... 63
5.8 CONSIDERAÇÕES SOBRE OS TIPOS DE DEFEITOS EM ENGRENAGENS E MANCAIS DE
ROLAMENTO DEVIDO À VIBRAÇÃO .................................................................................................... 66
5.9 TABELA DE DEFEITOS EM ELEMENTOS MECÂNICOS CAUSADOS PELA PRESENÇA DE
VIBRAÇÕES: ....................................................................................................................................... 70
Este material didático foi preparado para funcionar como instrumento de consulta.
Possui informações que são aplicáveis de forma prática no dia-a-dia do
profissional, e apresenta uma linguagem simples e de fácil assimilação. É um
meio que possibilita, de forma eficiente, o aperfeiçoamento do aluno através do
estudo do conteúdo apresentado no módulo.
1. INTRODUÇÃO
• Inspeção Visual;
• Ensaios de Líquido Penetrante;
• Ensaios de Partículas Magnéticas;
• Ultra-som
• Raio X;
• Ensaios com a Corrente de Eddy;
• Análise de Vibrações.
Durante sua vida útil sabemos que as máquinas vão sofrendo um processo de
desgaste continuo. Com o passar do tempo se nada for feito para minimizar ou
evitar este desgaste, o equipamento quebrará causando a parada do processo ao
qual faz parte.
7
fazer o acompanhamento de determinados parâmetros das máquinas e através
destes prever com uma certa antecedência a ocorrência de falhas. Chamamos
este acompanhamento de monitoramento e para tanto, devemos encontrar
parâmetros característicos, os quais descrevam as condições de operação das
máquinas sob análise.
8
A manutenção preditiva diferencia-se da corretiva pelo fato de que a intervenção
no equipamento somente ocorrerá a partir do momento em que este apresentar
os sinais característicos de falha, enquanto que na manutenção corretiva a
intervenção ocorre quando o equipamento quebra, implicando num aumento de
custos de manutenção (horas de parada, mão-de-obra, falta de reposição, etc.).
Os ensaios não destrutivos, entre eles a análise de vibrações são utilizados para
realizar uma avaliação segura das condições de funcionamento dos
equipamentos, acompanhado da evolução de falhas detectadas nas máquinas.
Com isso, é possível fornecer previsões de quebra dos equipamentos, garantindo
a operação sem riscos de quebras inesperadas até a execução de uma parada
planejada. A análise de vibrações é a técnica utilizada na manutenção preditiva
para avaliação de máquinas rotativas que apresenta um melhor custo/benefício,
em relação as demais técnicas, fornecendo dados que possibilitam prolongar a
vida dos equipamentos, baseando-se nas informações obtidas durante a
operação normal do mesmo.
9
manutenções de área, quando os recursos alocados nas áreas não forem
suficientes. Veja Figura 2.
10
• Redução dos custos de manutenção: Com base na análise de vibrações
e nas curvas de tendência, pode-se ter uma previsão de quando será
necessário uma intervenção de manutenção, e quais os serviços a serem
realizados, prolongando-se assim a vida útil de componentes, substituindo-
se apenas o necessário.
Na prática, é muito difícil evitar a vibração. Geralmente ela ocorre devido aos
efeitos dinâmicos de fabricação, folgas, contatos, atrito entre peças de uma
máquina e ainda, devido a forças desequilibradas de componentes rotativos e de
movimentos alternados. É comum que vibrações insignificantes para
determinados elementos, excitem as freqüências de outras peças da estrutura,
provocando defeitos que levam a quebra do equipamento.
11
Figura 3 – Sistema massa-mola.
Movimento periódico:
Movimento harmônico:
12
X = Asen 2πt ( T
)
ϖ = 2π T = 2πf
X = Asen(ϖt )
Movimento randômico:
13
chamado de ruído. Movimento randômico é cada movimento não é repetitivo. (Ex:
O estourar de pipocas dentro de uma panela).
Exemplo:
Vamos supor que um elemento oscila com uma freqüência de 60 ciclos por
segundo, ou seja, durante o intervalo de tempo de 1 segundo ele repete o
movimento 60 vezes. Para encontrarmos o período de tempo em que uma
oscilação ocorre, dividiremos o intervalo de tempo pelo numero de repetições,
teremos assim o intervalo de tempo gasto para realizar uma oscilação (o
período). A freqüência relaciona-se com o período através da seguinte
expressão:
f =1
T
Sendo que f é dada em ciclos por segundo (ou Hertz (Hz)) e T em segundos.
Para o caso acima citado, onde o elemento possui uma freqüência f = 60 Hz,
podemos calcular o período, onde teremos: T = 0.0167 s.
14
Amplitude de vibração:
• Pico-a-pico = 2 * Pico
15
• RMS = 0.707 * Pico
Fontes de freqüência:
16
defeitos em máquinas através do ruído gerado, ou ainda que estes defeitos
podem estar mascarados por outros fora do nosso range de detecção.
17
Figura 7 – Exemplo de um sinal onde foi aplicada a Transformada de Fourier.
D= v = a
2πf (2πf )2
Onde:
D = deslocamento;
v = velocidade;
a = aceleração;
f = freqüência.
18
Figura 8 – Exemplo dos gráficos de deslocamento, velocidade e aceleração respectivamente.
Um sistema tem tanto modos de vibrar quanto são os seus Graus de Liberdade.
19
Conseqüência 1: se Ec = (Ea + Eb) Sc = (Sa +Sb);
Conseqüência 3: para uns sistemas lineares , uma excitação senoidal gera uma
resposta senoidal.
k
Lei de Hook F = - k.x m.a = - kx m.d2x = -kx
dt2 1
m x
20
Conseqüentemente a velocidade será: v = vo.cos(ω.t) , com vo = ω.xo
De 1 e 2 ωn = k
m
xo = amplitude de deslocamento;
vo = amplitude de velocidade;
ao = amplitude de aceleração.
Um Sistema tem tantos Modos de Vibrar quanto são seus Graus de Liberdade.
Cada modo de vibrar é caracterizado por uma freqüência própria ou natural
(eigen frequency) e pela Forma de Vibrar (Modal Shape), que é representada
por um vetor próprio (eigen vector).
Exemplo:
MODO 1 MODO 2
M M M M
OBS: Outros parâmetros modais (massa modal, rigidez modal, etc) podem ser
utilizados, dependendo da modelagem aplicada;
21
um sistema com n graus de liberdade e, portanto, n Modos de Vibrar, pode ser
entendido/modelado/analisado como sendo n sistemas de um grau de liberdade
superpostos (Análise Modal).
k
Ω= Velocidade Crítica
m
22
3. MEDIDAS DE VIBRAÇÃO - INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO:
3.1 Sensores:
Distância
“Eddy Current” ou
“Proxímetro”
Área
Elétrica
Eixo
23
Sensores de velocidade: Sensores de velocidade são usados para medidas de
baixa à média freqüência. Eles são úteis para monitoramento de vibração em
máquinas rotativas. Quando são comparados aos acelerômetros, os sensores de
velocidade têm sensibilidade menor para vibrações de alta freqüência. Desta
forma, eles são menos suscetíveis a sobrecargas do amplificador. As
sobrecargas podem comprometer a fidelidade da amplitude baixa, e sinais de
baixa freqüência. Os sensores de velocidade tradicionais utilizam um sistema
eletromagnético (bobina e imã) para gerar o sinal proporcional de velocidade.
Agora, os sensores de velocidade tradicional e do moderno sensor piezelétrico de
velocidade são mostrados na tabela abaixo.
Acelerômetros:
24
Sensores piezelétricos:
Vantagens:
Desvantagens:
25
Sensor de velocidade
Vantagens:
Desvantagens:
Acelerômetros
Vantagens:
Desvantagens:
26
• O ambiente corre riscos de explosão?
• Existe transiente acústico e ou eletromagnético intenso?
• Existe descarga eletrostática na área?
• A maquina é aterrada?
Outras questões também deve ser levantadas quanto aos conectores, cabos etc.:
• Qual tamanho de cabo é necessário?
• O cabo deve possuir proteção externa?
• A qual temperatura o cabo ficará exposto?
• É necessário conector a prova d’água?
• Será necessário utilizar outro tipo de instrumentação?
• É necessária uma fonte externa de alimentação.
Montagem de sensores:
27
Montagem Stud (prisioneiro):
Magneto tipo “plano” possui melhor resposta que os de “dois pólos” (plano: 50% e
dois pólos: 30% do range de freqüências do acelerômetro).
A ponteira deve ser o último recurso, sendo até não recomendada sua utilização,
devido à perda de repetibilidade do sinal, trazendo o range de freqüências do
acelerômetro para aproxima de 10%.
28
comuns mínimas sem as quais nada poderia ser feito. É muito importante aos
técnicos que irão trabalhar nessa área, entender esses conceitos básicos desses
instrumentos, pois muitos problemas de vibração tem sido erroneamente
identificados ou perdidos, simplesmente porque o analista não entende como
funciona um analisador de vibração.
29
O analisador analógico inclui um filtro que pode sintonizar ou varrer sobre uma
faixa de freqüência de interesse para capturar ou identificar cada freqüência
gerada As únicas diferenças entre um rádio comum e um analisador analógico
são:
30
2. Os analisadores analógicos não podem armazenar dados ou se
comunicarem diretamente com computadores. Já os analisadores digitais
podem armazenar dados de vibração em memória própria e se comunicar
com computadores externos;
31
4. PROCESSAMENTO DIGITAL:
32
- A soma de dois sinais harmônicos de freqüências diferentes resulta em sinal
periódico, mas não harmônico;
Figura 18 – Sinal no domínio do tempo, sua discretização e em seguida o sinal no domínio da freqüência.
No final do século passado, o barão Jean Baptiste Fourier mostrou que qualquer
sinal ondulatório pode ser descrito como uma combinação de sinais senoidais.
Demonstrou ainda que, para cada sinal, a combinação de sinais senoidais que o
descreve é única. Assim, um sinal qualquer pode ser descrito matematicamente
como:
33
No caso do exemplo de sinal vibratório apresentado na Figura 16, ele é o
resultado da combinação de apenas três funções senoidais (Figura 16 (b)) cuja
descrição matemática é:
34
Para a separação das componentes harmônicas, determinar seu espectro de
freqüências, hoje temos os recursos fantásticos em modernos coletores de
dados, os quais aplicam o algoritmo matemático de decomposição harmônico
chamado FFT (Fast Fourier Transformer).
35
Figura 21 – Esquema de obtenção do sinal e do espectro.
Verifica-se pelo esquema, que a FFT transforma o sinal em blocos, cada bloco
equivalente a uma amostragem de um tempo Tr do sinal. Em razão da forma
como são as freqüências no cálculo dos coeficientes da FFT, cada bloco com N
pontos de informação do sinal, é transformado em bloco com N/2 freqüências
igualmente espaçadas. O valor mais alto de freqüência, para a qual é calculada a
amplitude, é dada por:
36
N
f max =
2 ⋅ Tr
as demais freqüências são igualmente espaçadas entre 0 e fmáx, ou seja:
37
de tempo, o algoritmo da FFT supõe que o sinal se espelha para trás e para
frente de forma periódica.
Este procedimento pode causar problemas sempre que o “corte” do sinal ocorrer
de tal forma que a periodicidade do sinal fique distorcida. Ao assumir o sinal
“espelhado”, a FFT estará transformando um sinal diferente do original, não
periódico, e conseqüentemente o resultado não será adequado. Este tipo de
defeito na montagem, ou melhor, na edição do sinal para FFT, é conhecido como
“leakage” (“fuga”) sendo notório o surgimento de freqüências em torno da
freqüência do sinal.
Uma observação importante sobre este fenômeno, é que se o sinal for transiente
no tempo, a edição do sinal, via espelhamento para frente e para trás, redunda
em um sinal periódico e, portanto, a sua FFT levará a um resultado correto. A
Figura 23 ilustra este caso.
38
Este fato, leva à uma proposta de solução para o problema de leakage: basta
“enjanelar” a função editada de modo que nos pontos de edição, as amplitudes
do sinal no tempo se anule, ou melhor, fiquem muito pequenas.
Claude Shannon e Harry Nyquist provaram que, para não se perder a informação
contida num sinal amostrado, é necessário que a freqüência de leitura ou
amostragem (Nº de leituras/Período de amostragem) seja pelo menos o dobro da
maior freqüência de interesse contida no sinal. A esta freqüência é usual chamar-
se freqüência de Nyquist.
39
Figura 26 – Exemplos da ocorrência do “aliasing”.
40
Figura 27 – Período de amostragem coincidente com um número inteiro de ciclos (harmônica de amplitude 1,
fase 0 radianos e freqüência 8 hz).
Assim o espectro obtido pela FFT é rigoroso. Mas na prática nada nos garante
que, quando medimos uma vibração, o período de amostragem escolhido
coincida com um número inteiro de ciclos. Além disso, a vibração real das
máquinas é normalmente composta por variadas contribuições a diferentes
freqüências e fases. Nas Figuras 28 e 29 podemos constatar o que acontece
neste caso ao espectro de freqüência.
Figura 28 – Período de amostragem não coincidente com um número inteiro de ciclos (harmônica de
amplitude 1, fase 0 radianos e freqüência 8 hz).
Figura 29 – Período de amostragem não coincidente com um número inteiro de ciclos da harmônica de
maior freqüência.
41
A razão deste nome deve-se a que a parte amostrada do sinal seja como a parte
do sinal real que vimos através de uma janela Figura 30.
Figura 31 – Período de amostragem não coincidente com um número inteiro de ciclos da harmônica de
maior freqüência. Utilização da janela Hanning.
42
Tipo de sinal Aplicação Janela
Calibração Flat-Top
43
A modulação é composta por um sinal modulador e um sinal portador (chamado
portadora). O sinal portador em sua propagação “transporta” o sinal modulador. O
sinal modulador modifica o portador alterando-lhe ou a amplitude ou a freqüência
ou a fase.
Modulação de amplitude:
f (t ). cos(ϖ p t )
Outra forma de modulação em amplitude AM, o processo físico faz com que os
sinais se associem por um processo de soma. Se a amplitude da portadora for
sempre maior do que o maior pico do sinal modulador, o processo de modulação
irá transportar o sinal modulador sem perder nenhuma informação. O espectro
em freqüência deste tipo de AM contém um pico na freqüência da portadora com
bandas laterais espaçadas da(s) freqüência (s) do sinal modulador.
Modulação em freqüência:
Neste caso, o sinal de alta freqüência (onda portadora) tem sua freqüência
variando conforme o sinal de menor freqüência, denominado sinal modulador. O
sinal FM tem amplitude constante e igual à da portadora e freqüência instantânea
variável.
O espectro FM tem as seguintes características:
44
• Infinitas bandas laterais em torno da freqüência portadora;
• A modulação em freqüência não é linear, portanto, não vale o princípio da
superposição, dificultando a análise de sinais modulados por sinais
complexos;
• Dependendo do valor do índice de modulação , a amplitude da portadora
no espectro pode ser nula.
45
Nos casos mais complexos podemos ter superposição de AM + FM + Batimento
e Super-modulação.
46
Figura 36 – Espectros em freqüência para vários graus de modulação.
Filtros:
B = f 2 − f1
onde:
f1 = a freqüência mais baixa,
Visando uma maior conveniência para ajustar faixas de freqüência sobre as quais
se deseja deixar passar o sinal, é definida internacionalmente, uma freqüência,
denominada freqüência central, expressa pela relação:
47
fc = f1 ⋅ f 2
Nos casos usuais são utilizados basicamente dois tipos de filtros: o de largura de
faixa constante e o de largura de faixa percentual ou proporcional. Os filtros de
largura constante cobrem a faixa de interesse num número de faixas cuja largura
não é alterada em função de freqüência. Um exemplo são os filtros com largura
de faixa de 20 Hz. Os filtros de largura proporcional ou percentual, apresentam
uma largura de faixa que é percentualmente proporcional à freqüência central da
faixa, por exemplo:
fc
B=n
100
onde, n é a largura da faixa em porcentagem da freqüência central.
48
5. IDENTIFICANDO OS PROBLEMAS MAIS COMUNS EM MÁQUINAS:
1. Desbalanceamento;
2. Eixo torto;
3. Desalinhamento;
4. Folgas;
5. Problemas de excentricidade;
6. Ressonância;
7. Rolamentos (caso típico em 88% das ocorrências);
8. Mancais deslizantes;
9. Problemas hidráulicos ou aerodinâmicos;
10. Problemas em motores elétricos AC assíncronos;
11. Engrenagens;
12. Correias.
A análise de vibração, como a medicina, não é uma ciência exata. Entretanto, com a
informação fornecida neste capítulo, associada ao bom senso, tornarão vocês aptos
a indicar a maioria dos problemas de máquinas com confiança.
49
fase geralmente apresentam uma diferença entre 60º e 120º, entre a
horizontal e a vertical.
Cada um desses tipos de distorção irá produzir alta amplitude axial, mas cada tipo
irá ocasionar uma vibração axial notavelmente diferente. Portanto, uma análise de
50
fase não apenas verificará uma condição de empenamento, mas também apontará a
natureza e o local exato do empenamento.
A vibração axial causada por um eixo torto pode realmente acontecer de duas
formas diferentes. Normalmente, o eixo se dobra próximo a um mancal em
particular, como acontece em uma dobra na ponta de um eixo causada por uma
pancada no transporte ou instalação, o mancal vai tender a "dançar" axialmente.
Essa "dança" ou retorção pode ser facilmente reconhecida tomando medições axiais
de fase em várias posições do mesmo mancal, como apresentado na figura abaixo.
Quatro medições de fase axiais por mancal são recomendadas, porém, limitações
físicas e de segurança, com certeza, tornarão impossível obter todas as leituras
recomendadas. De qualquer forma, mais de uma leitura axial é necessária. Então,
tente medir a maior quantidade possível (no mínimo duas posições diametralmente
opostas).
Mancais que são montados tortos em seus alojamentos, também apresentam alta
vibração axial e a mesma característica de fase exposta acima. Entretanto, o mancal
torto possui vibração axial extremamente direcional, então, as amplitudes axiais nas
posições indicadas na figura acima serão muito diferentes umas das outras, sendo
que a maior amplitude será na posição para onde o mancal está torto.
51
mancais. Se o eixo está somente empenado, os suportes dos mancais do rotor irão
revelar uma substancial condição de fora de fase conforme mostrado na figura
abaixo.
Uma verificação com um relógio comparador deve ser feita no rotor para determinar
eventuais empenamentos, especialmente se as amplitudes axiais excederem 50%
da mais alta amplitude radial.
É importante observar que as leituras de fase axial nos suportes dos mancais sejam
feitas com o sensor de vibração sempre na mesma direção. Por exemplo: se você
mede o mancal da direita em sua face do lado direito, o mesmo deve ser feito no
mancal da esquerda. Se não for possível e você girar o sensor e colocá-lo para a
esquerda, o valor de fase lida terá que ser corrigido, subtraindo-se 180º da leitura
obtida.
Verificações têm demonstrado que nos estágios iniciais da maioria dos Programas
de Manutenção Preditiva, o desalinhamento de máquinas diretamente acopladas é
de longe o problema mais comum que causa a vibração nas máquinas. A despeito
de mancais auto-compensadores e acoplamentos flexíveis, é difícil alinhar dois eixos
52
e seus mancais de forma a não existirem forças que irão produzir vibração. Mesmo
com as máquinas bem alinhadas inicialmente, vários fatores podem afetar esse
estado, incluindo:
2. Assentamentos de fundação;
3. Deterioração de ancoragens.
53
defasagens da ordem de 60º na axial é suficiente para sugerir o
desalinhamento.
Outra condição de desalinhamento que gera alta vibração axial é produzida pelo
desalinhamento de polias e catracas usadas em transmissão por correias e
correntes. Na figura abaixo podemos observar vários exemplos desse tipo de
desalinhamento. Essas condições não resultam apenas em vibração destrutiva, mas
também o rápido desgaste de polias, catracas, correntes e correias.
54
Figura 40 – Exemplos de desalinhamento de mancais, rolamentos e polias.
O termo "folga" é muito genérico porque cobre uma larga faixa de possibilidades.
Para os nossos propósitos, dois tipos gerais de folgas e suas características
identificáveis serão discutidas:
55
Folgas associadas ao sistema rotativo:
56
permite, e a medida que o eixo gira levando a força de desbalanceamento,
joga o eixo para baixo novamente, empurrando-o contra a base. A vibração
resultante desse defeito é uma distorção da curva senoidal típica de um
desbalanceamento. Como foi discutido antes, quando um sinal desvia de uma
senoidal, múltiplas freqüências harmônicas de vibração serão evidentes no
resultante no FFT.
Aqui também, como evidência adicional de folga estrutural, uma alta amplitude
vertical será indicada (no caso do exemplo, será realmente muito alta). Condições
de folgas estruturais são facilmente verificadas e identificadas pelo uso de um
simples estudo de sondagem.
Figura 41 – A folga mecânica combinada com uma força de excitação significativa pode resultar em
“martelamento”.
57
5.4 Vibração ocasionada por excentricidade:
É claro que nenhum eixo ou rotor pode ser feito perfeitamente circular. Alguma
excentricidade ou falta de circularidade estará presente em todas as montagens
rotativas. Essa excentricidade é uma das causas mais comuns de
desbalanceamento. Em máquinas simples como ventiladores, sopradores, bombas,
o balanceamento pode ser utilizado normalmente para minimizar os efeitos de
excentricidade. Entretanto, em certas situações, excentricidades podem resultar em
forças de reação que não podem ser compensadas totalmente pelo simples
balanceamento de rotor. Provavelmente os exemplos mais comuns são as polias
excêntricas nos sistemas de correias, catracas de transmissão de corrente, pares
engrenados excêntricos e armaduras de motores elétricos excêntricos. A figura
abaixo ilustra essas fontes comuns de excentricidade juntamente com mancais de
rolamento excêntricos. Mancais excêntricos são raramente causa de vibração
excessiva por causa da alta precisão com que são fabricados, entretanto, no caso
de máquinas-ferramenta, onde as vibrações têm que ser extremamente baixas, a
simples troca de um rolamento pode resultar em um aumento significativo de
vibração por causa das variações nas tolerâncias do rolamento.
Figura 42 – Fontes de excentricidade que não podem ser compensadas por simples balanceamento.
58
A excentricidade da armadura em motores de indução é outro caso em que o
balanceamento não irá resolver o problema de excentricidade. Uma armadura
excêntrica irá resultar em uma variação da folga entre o rotor e o extator que muda
de posição quando o rotor (armadura) girar. Apesar da armadura poder ser muito
bem balanceada para compensar as distribuições de massa do rotor, isso não irá
resolver o problema da folga de ar rotativa. Se a folga entre o rotor e o extator varia
com a rotação, as forças magnéticas entre a armadura e o extator irão também
variar com a rotação, causando um desbalanceamento de forças magnéticas.
Como já foi mencionado várias vezes, cada objeto, e nisso se inclui cada elemento
ou parte de uma máquina, tem uma "Freqüência Natural" ou uma freqüência na qual
ele "gosta" de vibrar. Tocar um sino ou tanger a corda de um violão faz com que eles
vibrem em sua freqüência natural.
O fato de que cada objeto tem pelo menos uma freqüência natural não implica em
um problema. Mas. um problema de vibração excessiva pode acontecer como
resultado da coincidência de uma freqüência natural da máquina com uma
freqüência inerente de funcionamento dela.
59
Conseqüentemente, as freqüências naturais desse item em particular
também serão diferentes para cada uma das direções. Portanto, é fácil de
entender porque a ressonância é um fenômeno muito comum em
máquinas; basta observarmos a quantidade de componentes que uma
máquina tem, cada um deles com múltiplas freqüências naturais, basta
somente uma freqüência de excitação gerada pelo equipamento coincidir
com uma dessas freqüências naturais para a ressonância acontecer e os
níveis de vibração resultantes serem bastante elevados.
Uma vez, em uma planta de cimento, havia uma laje que era suspeita de vibrar por
ressonância. Durante a manobra de um caminhão grande carregado, ele precisou
ser estacionado sobre essa estrutura. Foi verificada imediatamente uma drástica
redução na vibração. A equipe de engenheiros encarregada de estudar o problema
proibiu a retirada do caminhão da área por dois anos até ser estudada e executada
uma reforma corretiva nas estruturas daquele piso.
60
3. Executar um teste de impactos no componente suspeito. Esse é o método
mais rápido, fácil e barato de verificar um problema de ressonância.
Qualquer objeto que é golpeado certamente irá vibrar em sua(s)
freqüência(s) natural(ais). Basta lembrar o princípio de funcionamento do
sino, de um piano, de uma guitarra ou de um violão. É claro que a
freqüência natural excitada pelo impacto decai com o tempo devido ao
amortecimento. Repetidos impactos, porém, podem sustentar as
freqüências naturais por um tempo necessário para se efetuar a análise de
FFT, a fim de identificar as mais significativas freqüências naturais.
Folga excessiva:
61
Folga excessiva de mancais deslizantes em algumas máquinas pode resultar em
vibração associada. Por exemplo, folgas de mancais em caixas de engrenagens
podem produzir uma elevação da amplitude na freqüência de engrenamento e seus
harmônicos devido às mudanças nas folgas e alinhamento entre as engrenagens.
De forma similar, folgas excessivas em bombas centrífugas de alta velocidade
podem revelar um notável incremento na freqüência de passagem das pás, em
função da perda de centro do rotor em relação à carcaça (ou difusores). No caso de
grandes motores, o desgaste dos mancais pode causar uma mudança significativa
no espaço vazio entre a armadura do rotor e o extator (corpo), resultando em forças
magnéticas desbalanceadas, produzindo freqüências características de problemas
elétricos. Em certos casos o desgaste no mancal pode resultar em freqüências sub-
harmônicas em 1/2 rpm. Isso é observado em algumas ocasiões, em mancais com
folga demasiadamente grande em grandes motores.
A figura acima mostra um eixo girando dentro do seu mancal. Devido à gravidade e
outras forças, o eixo não gira perfeitamente centrado dentro do mancal. Apesar da
linha de centro do eixo estar um pouco excêntrica em relação a linha de centro dos
mancais, isso é normal. Como resultado disso, o filme de óleo ao redor do eixo tem
uma espessura variável. Com a rotação do eixo o óleo é empurrado para a área de
carga do mancal embaixo do eixo, como mostrado. Isso também é o normal. O filme
de óleo junto ao eixo tende a aderir e girar com ele. Entretanto, o filme de óleo junto
à parede do mancal tende a aderir a ela permanecendo parada, como conseqüência
o óleo entre a superfície do eixo e do mancal serão cisalhadas e tenderão a girar
dentro da folga em uma velocidade entre 0 rpm e a rotação do eixo. Normalmente,
quando as perdas por fricção são consideradas, a rotação do filme de óleo estará
em torno de 42 a 48% da rotação do eixo. Por exemplo, para uma máquina de 3.600
62
rpm, o filme de óleo gira a aproximadamente 1.600 rpm. 0 problema começa a
acontecer quando a força do óleo girando se torna significativa ou dominante sobre
as demais forças do sistema (estáticas e dinâmicas).
Sempre que um possível problema de "oil whiril" for detectado, as seguintes coisas
devem ser verificadas:
63
Por exemplo, temos uma bomba centrífuga cujo rotor possui 7 pás e gira a 3.600
rpm, a freqüência de passagem das pás será de 3.600 rpm vezes 7 pás ou 25.200
cpm.
• Rotores deformados;
• Quando as pás são soldadas no rotor podem haver erros de
posicionamento e espaçamento, e eventualmente até pás soltas;
• O rotor pode estar fora de centro em relação a carcaça (ou
difusores), tanto no sentido radial quanto no axial;
• Quando bombas com disco estacionário de difusores, podem haver
erros de projeto ou de montagem (difusor errado para o modelo do
rotor) quando o número de difusores e o número de pás do rotor é
múltiplo causa uma espécie de ressonância hidráulica;
• Erros de estocagem e transporte;
• Desalinhamentos internos de eixos e mancais;
• Etc.
64
de sucção de uma bomba centrífuga pode causar uma variação de
pressão e velocidade do fluxo do fluído, entrando no centro do rotor. Essa
variação causa vibração na freqüência de passagem das pás. Alguns
padrões de performance industrial para ventiladores e bombas
estabelecem que curvas em tubulações e dutos tem que ser posicionadas
à uma certa distância da máquina. Por exemplo, a API estabelece em sua
norma API std 610, que as curvas em tubulações de entrada de bombas
não devem estar mais próximas que cinco vezes o diâmetro do tubo. Por
exemplo, se temos uma bomba com diâmetro de entrada de 250 mm,
então a menor distância entre a tomada de entrada da bomba e um
eventual cotovelo na tubulação deverá ser de cinco vezes 250mm ou
1.250mm (1,25 metros).
Como vimos acima, está claro que existem muitas causas possíveis para altas
amplitudes das freqüências de pulsação hidráulica e aerodinâmica. De forma geral,
as seguintes verificações identificam a causa específica:
65
Se as verificações acima, juntamente com as verificações de ressonância eventual,
falharem em identificar o problema, será necessário parar a unidade para uma
inspeção interna a fim de detectar problemas como selos de desgaste soltos ou
gastos, mau posicionamento do rotor, pás quebradas etc.
66
o Erro de transmissão estática;
o Desalinhamento;
o Dentes estragados;
o Variações de torque;
o Sobrecarga;
o Desbalanceamento;
o Lubrificação inadequada;
67
o Erro de projeto, utilizando o rolamento inadequado à função;
A construção dos rolamentos faz com que seu comportamento dinâmico seja bem
definido. Quando os rolamentos estão com defeitos, as vibrações geradas
apresentam sinais bem caracterizados tanto em aspecto e como em freqüência.
Pela rotação do eixo, geometria e dimensões internas, as freqüências fundamentais
dos elementos rolantes, gaiola, pista interna e externa são calculadas sem
dificuldades. As fórmulas são:
2
(
f Gaiola = 1 f o 1 − d cos β
D
) Freqüência da gaiola (FTF);
f Ball = 1 d f o 1 − d
2 D D
( )
cos 2 β
2
Freqüência do elemento rolante (BSF);
2
(
f Externa = 1 Nf o 1 − d cos β
D
) Freqüência da pista externa (BPFO);
2
(
f Externa = 1 Nf o 1 + d cos β
D
) Freqüência da pista interna (BPFI);
onde:
68
Figura 44 – Espectro da identificação de defeitos em rolamentos.
69
5.9 Tabela de defeitos em elementos mecânicos causados pela presença de
vibrações:
Desbalanceamento Caracterização
A amplitude devida ao
Desbalanceamento cresce com o
quadrado da rotação (3X de aumento
de rotação = 9X de aumento na
vibração). Pode ser corrigida pela
colocação, simplesmente, de um peso
de balanceamento em um plano no
centro de gravidade do Rotor (CG).
1X está sempre presente e
normalmente domina o espectro. A
amplitude varia com o quadrado do
crescimento da rotação. Pode
provocar vibrações axiais e radiais
elevadas. A correção exige a
colocação de pesos de
balanceamento em pelo menos 2
planos.
O Desbalanceamento do Rotor em
Balanço causa elevado 1X RPM tanto
na direção axial como na direção
radial.
70
Eixo Empenado Caracterização
O Desalinhamento Angular é
caracterizado pela vibração alta na
axial, 180° fora de fase através do
acoplamento.
71
Rolamento Enjambrado no Eixo Caracterização
Ressonância Caracterização
72
Folga Mecânica Caracterização
73
O tipo C é normalmente
provocado por ajuste
impróprio entre partes
componentes para forças
dinâmicas do rotor. Causa o
truncamento da forma de
onda no tempo.
A folga Mecânica é,
geralmente, altamente
direcional e pode causar
leituras bem diferentes se
comparamos incrementos de
30° de nível na direção radial
em todo o caminho em torno
de uma caixa de mancal.
74
Roçamento Caracterização
O Roçamento do Rotor
produz espectro similar à
folga mecânica quando as
partes rotativas entram em
contato com componentes
estacionários. O atrito pode
ser parcial ou em toda a
rotação. Usualmente, gera
uma série de freqüências,
muitas vezes excitando uma
ou mais ressonâncias.
75
Folga em Mancais Deslizamento Caracterização
Os últimos estágios de
desgaste dos mancais de
bucha são normalmente
evidenciados pela presença
de séries inteiras de
harmônicos da velocidade de
operação (acima de10 ou até
20). Mancais de bucha
desgastados comumente
admitirão altas amplitudes
verticais se comparadas com
as horizontais. Mancais de
bucha com excessiva
liberdade podem permitir um
menor desbalanceamento
e/ou desalinhamento,
provocando vibração alta,
que poderia ser muito menor
se as folgas do mancal
fossem apertadas.
76
Instabilidade na Camada de Óleo Caracterização
A Instabilidade do Filme de
Óleo por Turbilhonamento
ocorre de .42 a .48X RPM e
é muitas vezes bastante
severa e considerada
excessiva quando a
amplitude exceder 50% das
folgas dos mancais.
O Turbilhonamento do Óleo
é uma vibração firmemente
excitada do óleo causada por
desvios nas condições
normais de operação
(posição do ângulo e razão
de excentricidade) fazem
com que a cunha de óleo
empurre o eixo ao redor da
parte interna do mancal. A
força desestabilizadora na
direção de rotação resulta
em um turbilhonamento (ou
precessão).
O Turbilhonamento é
inerentemente instável, uma
vez que ele aumenta as
forças centrífugas que
aumentam as forças do
turbilhonamento. Pode levar
o óleo a não sustentar o eixo,
ou pode se tornar instável
quando a freqüência do
turbilhonamento coincide
com a freqüência natural do
rotor.
Mudanças na viscosidade do
óleo, pressão no tubo e
cargas externas podem
causar o turbilhonamento do
óleo.
77
Instabilidade de Filme de Óleo Caracterização
Pode ocorrer
Chicoteamento do Óleo
se a máquina operar
em ou acima de 2X a
Freqüência Crítica do
Rotor. Quando o Rotor
atinge duas vezes a
Velocidade Crítica, o
Chicoteamento do Óleo
estará muito próximo
da Crítica do Rotor e
talvez cause excessiva
vibração a qual leva a
película de óleo a não
mais ser capaz de
suportar o eixo por
muito tempo.
Agora a Velocidade do
Turbilhonamento se
amarrará à Crítica do
Rotor e seu pico não
ultrapassará mais esta,
mesmo que a máquina
atinja velocidades cada
vez mais altas.
78
Forças Aerodinâmicas e Hidráulicas Caracterização
Freqüência de Passagem
de Palheta (BPF) = No.
de Palhetas(ou Pás) X
RPM.
Esta Freqüência é
inerente à bombas,
ventiladores e
compressores e, normal-
mente não constitui um
problema.
Entretanto, grande
amplitude de BPF (e
harmônicos) podem ser
gerados em uma bomba
se o intervalo entre as
pás rotativas e os
difusores estacionários
não for mantido igual ao
longo de todo o caminho.
79
A turbulência muitas
vezes ocorre em
sopradores devido às
variações de pressão e
velocidade do ar
passando através do
ventilador ou do
sistema de dutos
conectados. A
passagem do fluxo
causa turbulência, que
gerará vibração
aleatória de baixa
freqüência, típica-
mente na faixa de 50 a
2000 Hz.
A cavitação
normalmente gera
energia em banda
larga, de freqüência
mais alta, de caráter
aleatório, que algumas
vezes se superpõe a
harmônicos de
freqüência de passo de
lâmina. Normalmente,
indica pressão de
sucção insuficiente. A
cavitação pode ser
bastante destrutiva
para a parte interna da
bomba, se deixada sem
correção. Ela pode
particularmente erodir
as palhetas do rotor.
Quando presente, ela
soa muitas vezes como
se pedras estivessem
passando através da
bomba.
80
Engrenagens Caracterização
O Espectro Normal
mostra 1X e 2X, junto
com a Freqüência da
Rede de Engrenagens
(GMF). Comumente
GMF tem bandas
laterais da velocidade
de operação em torno
dela todos os picos são
de baixa amplitude, e
não são excitadas as
freqüências naturais
das engrenagens.
O indicador chave do
Dente Gasto é a
Freqüência de
Engrenamento, junto
com bandas laterais em
volta dela, espaçadas
na velocidade de
operação da
engrenagem em mau
estado.
A Freqüência de
Engrenamento pode
mudar ou não em
amplitude, embora
ocorram bandas
laterais de alta
amplitude envolvendo
GMF, em geral quando
o desgaste é
perceptível. As bandas
laterais podem ser
melhores indicadores
do desgaste que as
próprias freqüências
GMF.
81
Freqüências de Dentes
de Engrenagens são
muitas vezes sensíveis
à carga. Altas
amplitudes GMF não
indicam
necessariamente um
problema,
particularmente se as
freqüências de banda
lateral se mantêm em
nível baixo e as
freqüências naturais
das engrenagens não
são excitadas.
Engrenagem
Excêntrica ou eixo fora
de paralelismo: Bandas
laterais de alta
amplitude regularmente
em volta de GMF
sugerem muitas vezes
excentricidade de
engrenagem, folga, ou
eixos não paralelos que
permitem à rotação de
uma engrenagem
"modular" a velocidade
de operação da outra.
A engrenagem com o
problema é indicada
pelo espaçamento das
freqüências de banda
lateral. Folga excessiva
normalmente excita
GMF e a Freqüência
Natural da
82
Engrenagem, ambas
tendo bandas laterais
em 1X RPM. As
amplitudes de GMF
muitas vezes
decrescem com o
crescimento da carga,
se o problema for de
folga na engrenagem.
O Desalinhamento da
engrenagem quase
sempre excita
harmônicos de
segunda ordem, ou de
ordem mais alta de
GMF, os quais terão
banda lateral na
velocidade de
operação.
83
Um Dente Trincado ou
Quebrado gerará uma
amplitude alta em 1X
RPM desta
engrenagem e além
disso excitará a
Freqüência Natural da
Engrenagem (Fn) com
a banda lateral em sua
velocidade de
operação. Ele é melhor
detectado em Forma de
Onda de Tempo, a qual
mostrará uma ponta
pronunciada cada vez
que o dente com
problema tentar
engrenar nos dentes da
engrenagem com que
trabalha. O tempo entre
impactos (∆ )
corresponderá a
1/velocidade da
engrenagem com
problema. Amplitudes
de Pontas de Impacto
na Forma de Onda de
Tempo habitualmente
serão muito maiores
que aquela de 1X RPM
em FFT.
Batimento Caracterização
Uma Freqüência de
Batimento é o resultado
de duas freqüências
muito próximas
entrando e saindo de
sincronismo, uma com
a outra. O espectro de
banda larga
normalmente mostrará
um pico pulsando para
cima e para baixo.
84
Quando se olha mais
de perto nestes picos
(espectro mais abaixo),
vê-se dois picos muito
próximos. A diferença
entre estes dois picos
(F1-F2) é a Freqüência
de Batimento que
aparece, ela mesma, no
Espectro de Banda
Ampla. A Freqüência de
Batimento não é
comumente vista nas
medições de faixa
freqüência normal, uma
vez que ela tem como
característica inerente
ser uma freqüência
baixa, usualmente
ficando numa faixa de
aproximadamente 5 a
100 CPM.
A vibração máxima se
verificará quando a
forma de onda no
tempo de uma
freqüência (F1) estiver
em fase com a outra
freqüência (F2). A
vibração mínima ocorre
quando as formas de
onda destas duas
freqüências estiverem
defasadas de 180°.
85
Problemas com Correias Transmissoras Caracterização
Freqüências de correias
estão abaixo tanto da
RPM do motor como da
RPM do equipamento
acionado.
Muitas vezes à 2X a
Freqüência da Correia
é o pico dominante.
Amplitudes são
normalmente instáveis,
algumas vezes
pulsando com a RPM
do equipamento
acionador ou do
acionado.
Em equipamentos com
correias dentadas, o
desgaste ou o
desalinhamento da
polia é indicada por
altas amplitudes na
Freqüência da Correia
Dentada.
O Desalinhamento das
polias produz alta
vibração em 1X RPM,
predominantemente na
direção axial. A relação
de amplitudes da RPM
do acionador para a do
acionado depende do
local de obtenção dos
dados, bem como da
86
massa relativa e da
rigidez da armação.
Muitas vezes, com o
Desalinhamento dos
eixos, a vibração axial
mais alta no motor
ocorrerá a RPM do
acionado ( ex.:
ventilador).
Polias excêntricas ou
desbalanceadas
ocasionam alta
vibração em 1X RPM
da polia. A amplitude é
normalmente mais
elevada quando em
linha com as correias, e
poderá ser identificada
nos mancais do
acionador e do
acionado. Algumas
vezes é possível
balancear polias
excêntricas prendendo
arruelas aos parafusos
de fixação. Entretanto,
mesmo balanceada, a
excentricidade induzirá
à vibração e à tensões
de fadiga reversíveis na
correia.
A Ressonância da
Correia pode provocar
amplitudes elevadas,
se ocorrer que a
Freqüência Natural da
Correia se aproxima ou
coincide com a RPM do
acionador ou da polia
acionada. A Freqüência
Natural da Correia
87
pode ser alterada tanto
pela mudança da
Tensão da Correia
como do seu
Comprimento. Ela pode
ser detectada
tensionando e depois
reduzindo a tensão da
correia enquanto se
mede a resposta nas
polias ou nos mancais.
Problemas no estator
geram vibração alta em
2X a freqüência da
linha (2FL=120Hz).
Problemas no estator
produzem um espaço
vazio estacionário
desigual entre o Rotor
e o Estator, o que
produz uma alta
vibração bem definida
em freqüência. O Air
Gap Diferencial (Entre-
ferro) não deve exceder
5% para motores de
indução e 10% para
motores síncronos. Pés
amortecidos ou bases
isoladas podem
acarretar a
excentricidade do
estator. O ferro solto é
devido à fragilidade ou
a folga do suporte do
estator. Lâminas do
estator curto-
88
circuitadas podem
causar aquecimento
localizado irregular, o
que pode fazer curvar o
eixo do motor,
produzindo vibração
induzida termicamente
que pode crescer
significativa mente ao
longo do tempo de
operação.
Rotores excêntricos
produzem um Air Gap
(entre-ferro) entre o
rotor e o estator que
induz à vibração
pulsante (normalmente
entre 2 FL e o
harmônico da
velocidade de operação
mais próximo). Muitas
vezes exige um "zoom"
do espectro para
separar 2FL e
harmônicos da
velocidade de
operação.
Rotores excêntricos
geram 2 FL cercado de
bandas laterais de
Passagem de Polo
(FP), bem como
bandas laterais em
volta da velocidade de
operação. A própria FP
aparece em freqüência
baixa (Freqüência de
Passagem de Polo =
Freqüência de
Escorregamento X
No.de Pólos). Valores
89
comuns de FP vão de
aproximadamente 20 a
120 CPM (.30 a 2.0
Hz).
90
Problemas de Fase
devidos a conectores
frouxos ou partidos
podem causar uma
vibração excessiva em
2 X da Freqüência da
Linha (2 FL), a qual
terá bandas laterais em
sua volta em 1/3 da
Freqüência da Linha
(1/3 FL). Níveis em 2FL
poderão ultrapassar 1.0
polegada/segundo se o
problema não for
corrigido. Isto será
particularmente
problemático se o
conector defeituoso
fechar e abrir contato
periodicamente.
Bobinas do Estator
frouxas, em motores
síncronos, gerarão
nitidamente alta
vibração na Freqüência
de Passagem da
Bobina (CPF), que é
igual ao Número de
Bobinas do Estator x
RPM (No. Bobinas do
Estator = No. Pólos x
No. Bobinas/Polo). A
Freqüência de
Passagem da Bobina
terá em sua volta
bandas laterais de 1 X
RPM.
91
Problemas em motores
de CC podem ser
detectados por
amplitudes maiores que
a normal na Freqüência
de Disparo de SCR
(6FL) e seus
harmônicos. Estes
problemas incluem
enrolamentos de
campo partidos, SCR
com mau
funcionamento e
conexões soltas.
Outros problemas,
inclusive fusíveis
queimados ou soltos e
cartões de controle em
curto, podem causar
picos de grande
amplitude em
Freqüências da Linha
de 1 X até 5X (60 -
300 Hz).
92
6. PROGRAMA DE MONITORAMENTO DAS CONDIÇÕES DE
MÁQUINAS:
93
suas decisões relativas à implementação, é imperativo que os membros do
suporte técnico discutam as opções e os compromissos resultantes. Embora
muitas opções tenham sido consideradas na elaboração deste procedimento, é
importante lembrar que estas são apenas diretrizes - o ‘BOM SENSO’, a
característica empreendedora e a experiência do técnico em campo ainda são
fundamentais para uma implementação bem sucedida do programa de
monitoração.
Processo local:
94
podem não refletir a real configuração do equipamento instalado em campo. Este
documento contém o seguinte:
OBS: Entretanto, deve haver uma FDM individual preenchida para cada unidade
a ser testada.
95
elétrica mensurável que é então condicionada/amplificada para a instrumentação
de análise.
MELHOR/MAIS DESEJÁVEL:
MENOS DESEJÁVEL:
96
identificação positiva desse ponto de coleta é fundamental para se obter dados
altamente confiáveis.
Locais de medição:
Convenções:
97
identificação do ponto de coleta é feito como segue: Numere cada mancal em
seqüência partindo do mancal no lado oposto ao acoplamento (LOA) da unidade
acionadora (geralmente um motor ou turbina), passando pelo trem de potência
(na direção do fluxo de energia), pelos mancais do lado acoplado (LA) até o
mancal no lado oposto ao acoplamento (LOA) de unidade não-acionada do
último componente acionado. A compreensão da seqüência do fluxo de energia
na máquina é vital para a avaliação de diagnóstico de dados de espectro de
vibração. Embora muitas opções sejam consideradas na elaboração desta pratica
padronizada, é importante lembrar que estas são apenas diretrizes - o
discernimento e a experiência do representante técnico em campo ainda são
fundamentais para uma implementação bem sucedida do programa de
monitoração. Em cada rolamento, o plano de coleta de dados será identificado
por H para Horizontal, V para Vertical, A para Axial, ou R para Radial
(normalmente para bombas verticais).
98
Novamente, sempre haverá situações em campo que exigirão avaliação e
modificação das convenções de instalação. Certas aplicações, como bombas
centrífugas verticais, demonstram uma necessidade de se entender o sistema
operacional, e proceder-se às medições de acordo. As bombas verticais têm uma
leitura radial ® medida abaixo do plano de mancais a 90o, perpendicularmente ao
plano da voluta de descarga. Se houver problemas de cavitação, é feita uma
medição a 3 diâmetros da conexão da descarga para baixo no tubo de descarga
99
para cada mancal, o acesso limitado poderá exigir apenas uma medição axial por
plano de eixo em algumas aplicações de campo. Motores com tampas da
ventoinha leves ou em forma de anel podem exigir que o orifício de acesso seja
recortado na própria tampa para permitir o acesso de transdutor, ou podem ter a
montagem do transdutor fixada diretamente em uma estrutura de disco. NÃO
obtenha dados na capa do motor se o ponto de coleta não tiver acesso
adequado, os dados poderão ser obtidos na extremidade acoplada do motor.
Os caracteres são:
HFD, SEE, e gE são todas medições de alta freqüência e, portanto, muito mais
críticas para se garantir que os dados são medidos corretamente. Os melhores
resultados para estas leituras são obtidos utilizando-se transdutores montados
permanentemente. Em muitas instalações, entretanto, isto não é possível nem
apropriado para a operação do cliente. Um erro bastante comum no processo de
coleta de dados de uma medição de HFD, gE ou SEE é usar base magnética
100
plana montada numa superfície arredondada. Um programa de sucesso tem que
ser consistente. Quando selecionar o método mais adequado para uma aplicação
específica, considere fatores como; experiência do operador e cansaço potencial
do operador durante longas sessões de coleta,
Figura 49 - Montagem incorreta de base magnética plana em superfície curva permitindo excessiva
liberdade, resultando em dados não repetitivos.
101
• a coleta de dados não é feita no mesmo local todas às vezes;
• aletas de trocador de calor obstruindo o acesso com o sensor, e;
• acesso limitado ao local do ponto de coleta onde devem ser obtidos os
dados ideais.
102
Outros discos de montagem do acelerômetro (blocos sísmicos, arruelas ou outros
materiais ferrosos em ambientes não corrosivos) podem ser usados como opções
para os discos acima.
Fixe o disco no local usando uma fita. Embora a secagem do adesivo possa
ocorrer em poucos minutos, é necessário aguardar-se 24 horas para garantir uma
103
boa adesão e também até que o adesivo torne-se um corpo rígido para obter-se
um bom acoplamento de sinal.
Embora seja preferível manter a fita no local por 24 horas, ela pode ser
geralmente removida algumas horas depois da secagem ao toque do adesivo. É
importante não remover a fita até que o adesivo esteja seco o suficiente para
impedir qualquer movimentação do disco ou o rompimento do filete o que
permitiria que óleo e outros materiais estranhos infiltrassem sob o disco.
104
• Rebaixo feito por Broca de Perfuração Rebaixada:
105
Os pontos principais nesta instalação são:
106
Durante a caminhada final, verifique:
Revisão:
107
equipamentos de uma instalação. Deve-se considerar atentamente os três
critérios abaixo para determinar a classificação do equipamento:
Normalmente, equipamentos essenciais operam por mais de 320 horas por mês
(dois turnos completos, 5 dias por semana) devem ser monitorados no mínimo
uma vez por mês. O equipamento Não-Essencial deve ser monitorado não
menos do que uma vez a cada trimestre.
108
ajustada para se avaliar a vida útil restante, durante o planejamento do reparo ou
substituição. Esse processo de avaliação e diagnóstico contínuo pode ajudar a
operação e a equipe de manutenção no controle de suas opções, permitindo que
eles tomem as decisões operacionais para prolongar a vida da máquina visando
conseguir um tempo de interrupção controlado e aceitável.
109
que os dados sejam coletados considerando-se vários parâmetros (velocidade,
aceleração, envelope de aceleração, etc.), as considerações práticas apelam
para o bom senso dos componentes físicos sendo medidos, e a compreensão da
maneira como a máquina pode potencialmente falhar para se detectar uma
aberração de máquina com antecipação (tempo limite) suficiente para se adotar a
medida corretiva apropriada. Em muitos casos, o simples acesso a um local de
coleta pode impedir que se consiga dados no ponto sugerido. Em alguns casos,
podem ser disponibilizados sensores de proximidade tipo eddy current para
informações de orbitação de eixos. Como todas estas questões são variáveis,
apresentamos aqui uma breve discussão das considerações mais comuns.
110
Figura 53 – Gráfico Amplitude x Freqüência.
OBS: Observe que outros fatores como tempo de resposta de freqüência, filtros,
etc., não foram considerados neste exemplo, para simplificar a apresentação do
conceito. Assim, vemos que para uma medição de velocidade na faixa de baixas
freqüências, temos um indicador visualmente bastante grande, que diminui à
medida que a freqüência aumenta. Desta forma, a velocidade é um indicador
visual muito bom para apresentações de freqüências de ordem mais baixa, como
desbalanceamento, desalinhamento, folga mecânica, e freqüências de rolamento
de ordem baixa que são evidentes em situações de falhas antecipadas.
111
Figura 54 – Gráfico Velocidade x Freqüência.
112
• Os acelerômetros têm uma resposta linear razoavelmente constante ao
longo de uma ampla faixa de freqüências;
Resolução espectral:
onde:
Uma vez que é importante ter-se uma resolução razoável para realizar a análise
definitiva do espectro, podemos usar os dados obtidos por acelerômetro,
estabelecer os respectivos valores de fmax para melhor utilização de suas
características ideais de apresentação, e aumentar a eficiência dos recursos de
diagnose e detecção. Uma alternativa seria aumentar o número de linhas à
113
medida que a freqüência aumenta. Todavia, isto também aumenta o tempo de
coleta de dados, o que pode ser indesejável para os procedimentos de rotina de
coleta de dados.
ESTABELECIMENTO DA ACELERAÇÃO:
114
Definindo fmax a (3x Engrenamento)+10% garante que engrenamentos mais dois
harmônicos do engrenamento fiquem disponíveis para a análise, mais uma
“margem” suficiente para se observar à modulação de banda lateral, se existir,
nos harmônicos da freqüência fundamental do engrenamento.
115
sendo testada. Na maioria dos casos, o envelope de aceleração é mais
adequado para as medições horizontal ou radial, uma vez que elas estão
próximas à zona de carga e a folga no rolamento não é máxima.
Médias:
116
Estabelecimento de bandas:
117
6.4 Estabelecimento de níveis de alerta:
VELOCIDADE
DEF A1 ALERTA GERAL 7.5 mm/s
. DEF A2 ALERTA GERAL 15 mm/s
ACELERAÇÃO
DEF A1 ALERTA GERAL 2 g’s
DEF A2 ALERTA GERAL 3.5 g’s
Note que os níveis gerais, ou não filtrados, de alerta são mais difíceis de serem
quantificados devido à resposta dentro das designações de banda, etc. Consulte
o Vibration Diagnostic Guide (Guia de Diagnóstico de Vibração) para obter
explicações e exemplos.
118
Banda I Banda Banda Banda
II III IV
A1 INSATISFATÓRIO 0,02 gE 0,2 gE 2 gE 5 gE
A2 INACEITÁVEL 0,05 gE 0,5 gE 5 gE 25 gE
(SKF do Brasil - 95)
Tabela 4 – Valores de referência para os níveis de vibração.
NOTA: Os valores da tabela acima são para valores de pico a pico de Envelope
de Aceleração.
Observe que outros padrões e diretrizes podem ser mais apropriados para
aplicações específicas da indústria, i.e., o processamento de petroquímicos
normalmente utiliza especificações API. As aplicações militares usam padrões
militares apropriados.
Autocaptura:
119
Velocidade Registre VELOCIDADE GLOBAL
Autocapture ESPECTRO DE VELOC.
Aceleração Registre ACELERAÇÃO GLOBAL
Registre ESPECTRO DE ACELERAÇÃO, Somente em
Alarme**
Envelope Registre gE GLOBAL
Aceleração Autocapture ENVELOPE DE ESPECTRO
NOTA: Todos os espectros devem ser retidos para um registro de linha de base
do trem d máquina para futura comparação, e para testes de garantia de
qualidade do trem da máquina quando retornar à operação.
120
máquina em sua configuração única, o risco de falha da máquina permanece
mais alto do que o aceitável.
121
qualidade do equipamento. Existem internacionalmente várias normas sobre o
assunto, as mais utilizadas são:
• BS 4375 - Inglesa
122
sucedida independentemente do parâmetro medido (i.e., velocidade, aceleração,
envelope de aceleração, ppm, etc.). Uma diretriz que produz bons resultados
para a avaliação que usa o desempenho de tendência deriva da regra prática, “o
ganho 6 AdB na amplitude sobre os últimos dados coletados indica que deve ser
feito um diagnóstico para se avaliar os dados da máquina”.
PotênciaLida
6dB = 20 log
PotênciaReferência
Se atribuirmos “2” para Potêncialida, e “1” para Pontênciaref, que indica um ganho
de 2X na amplitude medida do sinal, o cálculo nos dirá que um ganho 6dB indica
um aumento de duas vezes na amplitude. Se esta lógica for aplicada ao processo
de avaliação, podemos agora ajustar nosso nível de detecção para identificar
qualquer nível de sinal que seja duas vezes maior do que a amplitude da
medição anterior, ou um ganho de 100%.
123
velocidade e carga, e a tolerância de amplitude existente. Um exemplo seria um
envelope associado que permitisse uma variação de 5 % na velocidade
(freqüência), e um ganho de 20 % na amplitude de uma freqüência discreta antes
que um componente do espectro furasse o envelope estabelecido, e uma
condição de alerta fosse impressa. Este método particular requer um banco de
dados de máquina historicamente maduro, e apoia-se fortemente na experiência
do operador.
Análise estatística:
124
BIBLIOGRAFIA
125