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GUARAPUAVA
2022
VINICIOS AYOLAN DE MELO MACHAJEWSKI
GUARAPUAVA
2022
Dedico este trabalho à minha família, em
especial ao meu filho, Raul.
AGRADECIMENTOS
This work deals with analog filtering circuits applied in effect processors and their
frequency response control methods. It aims at the study for the feasibility and
implementation of an effect processor circuit controlled in a sensory and real-time
way of the adjustable parameters. A prototype implemented from known circuits with
alteration of the control performed by means of spatial position sensors will be
analyzed to know if the method is viable and provides satisfactory control of the
parameters. The study demonstrates the performance of the application with chosen
components.
A/D Analógico/Digital
Amp-Op Amplificador Operacional
AP All Pass
Bit Binary Digit
BP Band Pass
BR Band Reject
BW Bandwidth
CI Circuíto Integrado
CS Chip Select
fc Frequência de corte
FET Field Effect Transistor
FFT Fast Fourier Transform
GND Ground
HP High Pass
IDE Integrated Development Environment
INC Increment
LED light-emitting diode
LFO Low Frequency Oscillator
LP Low Pass
POT Potenciômetro
RC Resistivo Capacitivo
RH Resistor High
RL Resistor Low
RW Resistor Wipe
SCL Serial Clock
SDA Signal Serial Data
U/D Up/Down
Vpp Tensão de Pico a Pico
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO........................................................................................................13
2 OBJETIVOS........................................................................................................... 15
2.1 OBJETIVO GERAL..............................................................................................15
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS................................................................................15
3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA..............................................................................16
3.1 EFEITOS DE ÁUDIO NA MÚSICA......................................................................16
3.2 O SOM................................................................................................................. 16
3.3 O SOM COMO UM SINAL...................................................................................17
3.3.1 Analógico x Digital............................................................................................ 17
3.3.2 Amostragem do Sinal no Domínio da Frequência............................................20
3.3.3 Transformada de Fourier..................................................................................21
3.4 PRINCIPAIS COMPONENTES............................................................................22
3.4.1 Amplificadores Operacionais............................................................................22
3.4.2 Arduíno............................................................................................................. 23
3.4.3 Potenciômetro Digital........................................................................................24
3.4.4 Acelerômetro.....................................................................................................24
3.5 FILTROS..............................................................................................................25
3.5.1 Classificação dos Filtros...................................................................................26
3.5.2 Classificação Quanto ao Tipo de Curva............................................................28
3.5.3 Filtro Bessel...................................................................................................... 28
3.5.4 Filtro Butterworth...............................................................................................29
3.5.5 Filtro Chebyshev...............................................................................................30
3.5.6 Topologias Básicas...........................................................................................30
3.5.7 Filtros de Primeira Ordem.................................................................................31
3.6 EFEITOS BASEADOS EM FILTROS ANALÓGICOS..........................................35
3.6.1 Wah-Wah..........................................................................................................36
4 METODOLOGIA.....................................................................................................38
4.1 ALIMENTAÇÃO................................................................................................... 39
4.2 PRÉ-AMPLIFICAÇÃO..........................................................................................41
4.3 FILTRO DE VARIÁVEIS DE ESTADO.................................................................43
4.4 CIRCUITO DE CONTROLE.................................................................................51
5 RESULTADOS....................................................................................................... 54
5.1 TESTE DO CIRCUITO DE CONTROLE..............................................................54
5.2 TESTE DO FILTRO ANALÓGICO.......................................................................57
5.3 TESTES DE ÁUDIO.............................................................................................62
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS....................................................................................66
REFERÊNCIAS......................................................................................................... 68
ANEXO A – Circuito do Filtro de Variáveis de Estado..........................................70
ANEXO B – Circuito de Controle............................................................................72
ANEXO C – Código do Circuito de Controle.........................................................74
ANEXO D – Circuito Protótipo de Filtragem e Controle.......................................78
13
1 INTRODUÇÃO
2 OBJETIVOS
3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
3.2 O SOM
Iazetta (2019), afirma que pode-se explicar o som como sendo uma variação
de pressão que se propaga em um determinado meio elástico, como o ar, por
exemplo e que irá vibrar em uma determinada frequência. Para que essas variações
de pressão em forma de ondas sejam percebidas pelos ouvidos, elas devem ocorrer
dentro de uma gama de frequências perceptíveis à audição humana. A essa gama
de frequências se dá o nome de espectro sonoro, que está compreendido entre 20 e
20.000 Hz.
Estas ondas são representadas graficamente na Figura 1 em dois eixos, o
horizontal (eixo x) para o tempo e o vertical (eixo y) para a amplitude. No eixo x do
tempo, observa-se a frequência, quantas vezes essa onda oscilará por unidade de
tempo. Ela equivale a altura da nota, ou seja, à propriedade dos sons serem mais
17
Por outro lado, existem os sinais digitais, os quais são obtidos a partir de um
sinal analógico que passará por um processo de conversão Analógica-Digital
(FIGURA 3). Nessa forma de representação apresenta-se uma sequência de
números discretos, cada número representará um valor de sinal em cada instante de
tempo. Isso é chamado de amostragem do sinal. Como o sinal é definido apenas
nos instantes da amostragem, não se pode mais dizer que ele é uma função
contínua no tempo. Agora é um dito sinal discreto no tempo. Porém, tem-se os
valores das amplitudes de cada amostra em uma faixa contínua, logo ainda se
considera o sinal como analógico (SEDRA, 2011).
Pode-se representar cada amostra de sinal por um número com dígitos finitos.
Sedra (2011), chama de quantização, discretização ou simplesmente de
digitalização do sinal. A forma mais comum de representação para o sinal
digitalizado será o sistema numérico binário, no qual cada dígito assume somente
valores de 0 ou 1, correspondentes a dois níveis de tensão, chamados de alto e
baixo.
19
Logo o sinal digital será uma sequência de números que por si representarão
as amplitudes de cada amostra de sinal no tempo (FIGURA 4).
Esses dígitos binários são chamados de “bits” e quanto maior seu número,
mais a palavra digital quantizada se aproxima do valor da amostra verdadeira. Logo,
quanto maior o número de bits, maior é a resolução da conversão analógico-digital.
Porém, quanto maior a resolução, mais complexo e caro torna-se o circuito projetado
(TOCCI, 2011).
Nota-se que, por maior que seja a resolução de um sistema conversor
analógico-digital, sempre haverá perda de informação. O que se busca no circuito
digital é chegar mais próximo possível da representação do sinal analógico. Aplica-
se aqui ao conceito de fidelidade e segundo Braga (1986), significa manter a forma
de onda do som o mais próximo possível do som original durante todo o
processamento do sinal de áudio pelo equipamento. Assim sendo, conclui-se que,
20
(01)
3.4.2 Arduíno
3.4.4 Acelerômetro
3.5 FILTROS
Figura 9 - (a) Filtro passa baixas passivo, (b) Filtro passa altas ativo.
- Bandpass (BP) – Esse filtro permite a passagem das frequências entre duas
frequências de corte, inferior e superior e atenua as frequências acima e abaixo
dessa faixa. Podemos definir a largura de banda BW (bandwidth) na Equação 03:
- Bandreject ou Rejeita-faixa (BR) – Esse filtro (FIGURA 13) também terá duas
frequências de corte, uma inferior e outra superior. Porém, permitirá a passagem das
frequências abaixo da frequência de corte inferior e das acima da frequência de
corte superior, cria-se assim uma faixa de rejeição de frequências a serem
atenuadas.
O projeto para cada tipo de curva é geralmente feito por meio de softwares ou
tabelas de aproximações de filtros, visto a dificuldade de cálculo dependendo da
complexidade do filtro (SEDRA, 2000),
Existe uma aplicação online da fabricante de componentes eletrônicos Texas
Instruments, Filter Design Tool, para criação dos circuitos para cada aproximação,
que pode ser utilizada de forma gratuita.
Nos filtros de primeira ordem, por existir apenas um circuito RC, só podem
produzir uma resposta passa-baixa ou passa-alta. Schaumann (2001), descreve e
exemplifica algumas formas de implementação para os filtros de primeira ordem,
com configurações inversora ou não inversora para circuitos de filtros ativos. A
seguir (FIGURAS 18 a 23) estão apresentados alguns modos de implementação de
filtros de primeira ordem com suas equações principais de ganho e frequência de
corte.
A Figura 18 apresenta um filtro passa-baixa com configuração não inversora
de ganho unitário. O ganho e a frequência de corte são definidos pela Equação 04 e
Equação 05, respectivamente:
A v =1 (04)
1
f c= (05)
2 π R1 C 1
R2
Av = +1 (06)
R1
1
f c= (07)
2 π R3 C 1
R2
A v =−( ) (08)
R1
1
f c= (09)
2 π R2 C 1
A v =1 (10)
1
f c= (11)
2 π R1 C 1
R2
Av = +1 (12)
R1
1
f c= (13)
2 π R3 C 1
C1
A v =−( ) (14)
C2
35
1
f c= (15)
2 π R2 C 1
3.6.1 Wah-Wah
O sinal de áudio que entra no circuito e passa pelo filtro passa-banda e pode
ser utilizado em sua totalidade na saída ou mixado com o sinal original de entrada
(FIGURA 25).
O controle pode ser feito também de forma automática, por meio de um
detector de envelope, que pela amplitude do sinal de entrada, gera o sinal que
controla o movimento da largura de banda do filtro. O efeito controlado de forma
automática é chamado auto-wah ou envelope-filter.
Para o controle automático do efeito, também pode-se se utilizar osciladores
de baixa frequência, os LFOs (Low Frequency Oscillator). Nesses osciladores uma
frequência pré-definida é quem controla a intensidade e velocidade com que o filtro
atuará para produção do efeito. A diferença é que enquanto no caso do envelope-
filter o controle depende totalmente da dinâmica com que o músico executa as
notas, o LFO permite executar ajustes através de knobs e botões.
No entanto, LFOs são geralmente encontrados em sintetizadores (teclados)
37
4 METODOLOGIA
4.1 ALIMENTAÇÃO
Essa solução torna possível alimentar qualquer circuito com amp-ops que
necessitem alimentação simétrica.
41
4.2 PRÉ-AMPLIFICAÇÃO
R3
A v =−( ) (17)
R 1 + POT 1
1
f c= (18)
2 π R3 C 3
43
1 R
f c= ζ= (19, 20)
2 π Rf C 2 (R+ Rζ )
Como até essa etapa foram executadas apenas simulações para observar o
comportamento do filtro de variáveis de estado, foi colocado, por conveniência,
apenas um resistor na entrada de cada amp-op: R10 e R11, respectivamente. Mas a
partir da constatação de que um corte nessa região não faz sentido, observa-se a
necessidade de calcular uma resistência mínima de controle.
A Figura 38 mostra graficamente como o filtro não apresenta corte no
espectro audível, até 20 kHz para a saída passa-baixas e um corte total para as
saídas passa-alta e passa-banda.
Figura 39 – Resposta das saídas HP, LP e BP para R10 = R11 = 3,3 kΩ.
Q=2 ζ (21)
5 RESULTADOS
A Figura 56 exibe o sinal após a saída HP. Nota-se a grande atenuação das
frequências baixas no gráfico gerado.
63
Quando da percepção auditiva, fica ainda mais clara a atenuaçao dos graves.
O som apresenta claramente a característica aguda e estridente do filtro high-pass.
Na sequência, o ensaio é realizado na saída passa-banda. Aqui, o corte de
frequências se mostra mais sútil, tanto visualmente no gráfico gerado (FIGURA 57)
quanto na percepção auditiva.
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
TOCCI, Ronald J.; WIDMER, Neal S.; MOSS, Gregory L. Sistemas Digitais;
princípios e aplicações. 10ª. Edição. Rio de Janeiro: MZEditora, 2007.
ZÖLZER, Udo et al. DAFX-Digital audio effects. John Wiley & Sons, 2002.
LATHI, B.P. Sinais e Sistemas Lineares. Disponível em: Minha Biblioteca, (2nd
edição). Grupo A, 2006.
70
ARDUÍNO ARDUÍNO
2
7
1
7
1
U5
U/D
U/D
CS
CLK
CS
CLK
POTENCIÔMETRO DIGITAL 1 POTENCIÔMETRO DIGITAL 2
W1
W1
B1
A1
B1
A1
C1
6
5
3
6
5
3
10pF
Audio In
POT 1 R3
1M R7
120k
22k
R6 C4 C5
22k
C2 U2 2.2nF 2.2nF
U1
R4 U3
R10 U4
4.7uF 4.7k R11
3.3k
C3 OPAMP 3.3k
OPAMP
OPAMP
OPAMP
2.2uF
R2
220k R8
22k
HP out BP out LP out
R9
120k
72
#include<Wire.h>
void setup(){
}
void loop(){
//Começa uma transmissão com o sensor
Wire.beginTransmission(ENDERECO_SENSOR);
//Finaliza e transmite os dados para o sensor. O false fará com que seja enviado uma mensagem
//de restart e o barramento não será liberado
Wire.endTransmission(false);
//Solicita os dados do sensor, solicitando 14 bytes, o true fará com que o barramento seja
liberado após a solicitação
76
//Comandos do potenciômetro.
if (acelY>10000){
digitalWrite(ledTeste, HIGH);
digitalWrite(ledTesteo, 0);
delay(1);
} else if (acelY< -1000) {
digitalWrite(ledTeste, LOW);
delay(1);
digitalWrite(ledTesteo, HIGH);
delay(1);
}else{
digitalWrite(pinoCS, HIGH);
digitalWrite(ledTeste, LOW);
delay(1);
digitalWrite(ledTesteo, LOW);
delay(1);
}
delay(1);
//Printa o valor X do acelerômetro na serial
Serial.print("Acelerômetro X = ");
Serial.print(acelX);
//Printa o valor Y do acelerômetro na serial
Serial.print(" \tY = ");
Serial.print(acelY);
//Printa o valor Z do acelerômetro na serial
Serial.print(" \tZ = ");
Serial.println(acelZ);
delay(200);
}
78