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Aula 00

Lei 8112 e Ética p/ TRTs - Todos os cargos - com videoaulas


Professor: Daniel Mesquita
Lei 8.112/90 e Ética (todos os cargos) p/ TRTs.
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

AULA 00: Agentes Públicos.

SUMÁRIO

1. APRESENTAÇÃO 2

2. CRONOGRAMA 3

3. INTRODUÇÃO À AULA 00 5

4. BASE CONSTITUCIONAL E LEGAL 5

5. CLASSIFICAÇÃO DE AGENTES PÚBLICOS 19

A. AGENTES POLÍTICOS 22
B. SERVIDORES PÚBLICOS 26
C. MILITARES 33
D. PARTICULARES EM COLABORAÇÃO COM O PODER PÚBLICO 33

6. FUNÇÕES, CARGOS E EMPREGOS PÚBLICOS 37

A. CRIAÇÃO DE CARGOS 52
B. ACESSIBILIDADE A BRASILEIROS E ESTRANGEIROS 54
C. EXIGÊNCIA DE CONCURSO PÚBLICO 60
D. CARGOS EM COMISSÃO E FUNÇÕES DE CONFIANÇA 81
E. CONTRATAÇÃO POR TEMPO DETERMINADO 94
F. DIREITO DE ASSOCIAÇÃO SINDICAL E DIREITO DE GREVE 98
G. REMUNERAÇÃO DOS AGENTES PÚBLICOS 105
H. SERVIDORES EM EXERCÍCIO DE MANDATOS ELETIVOS 120

7. RESUMO DA AULA 127

8. QUESTÕES 135

9. REFERÊNCIAS 166

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1. Apresentação

Bem vindos ao curso de Lei 8.112/90 e Ética preparatório para


Tribunais Regionais do Trabalho – TRTs – todos os cargos.
Meu amigo tenha isso em mente: SE VOCÊ ESTUDAR, VOCÊ VAI
PASSAR E SE VOCÊ PASSAR, VOCÊ VAI SER CHAMADO!
Hoje eu estou aqui desse lado, tentando passar o caminho das
pedras pra você, mas lembre-se de que eu já estive aí, onde você está
agora.
Pra você me conhecer melhor, vou falar um pouco de mim.
Meu nome é Daniel Mesquita, sou formado em Direito pela
Universidade de Brasília (UnB) e pós-graduado em direito público. A
minha vida no mundo dos concursos teve início em 2005, quando me
preparei para o concurso de técnico administrativo – área judiciária – do
Superior Tribunal de Justiça. Já nesse concurso, obtive êxito e trabalhei
por dois anos no Tribunal, na assessoria de Ministro da 1ª Turma.
Em seguida, passei para o concurso de analista do Tribunal
Superior Eleitoral (CESPE/UnB), na quarta colocação.
A partir daí, meu estudo foi focado para as provas de advogado
público (AGU, procuradorias estaduais, defensorias públicas etc.), pois
sempre tive como objetivo a carreira de Procurador de Estado ou do
Distrito Federal.
Nem tudo na vida são louros. Nessa fase obtive muitas derrotas
e reprovações nos concursos. Desanimei por algumas vezes, mas
continuei firme em meu objetivo, pois só não passa em concurso quem
pára de estudar!
E essa atitude rendeu frutos, logo fui aprovado no concurso de
Procurador Federal – AGU.

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Continuei estudando, pois ainda faltava mais um degrau:


Procuradoria de Estado ou do Distrito Federal.
Foi então que todo o suor, dedicação, disciplina, renúncia e
privações deram o resultado esperado, logrei aprovação no concurso de
Procurador do Distrito Federal. Tomei posse em 2009 e exerço essa
função até hoje.
Não posso deixar de mencionar também a minha experiência
como membro de bancas de concursos públicos. A participação na
elaboração de diversas provas de concursos, inclusive para tribunais,
me fez perceber o nível de cobrança do conteúdo nas provas, as
matérias mais recorrentes e os erros mais comuns dos candidatos.
Espero que a minha experiência possa ajudá-lo no estudo do
direito administrativo.
Vamos tomar cuidado com os erros mais comuns, aprofundar
nos conteúdos mais recorrentes e dar a matéria na medida certa, assim
como um bom médico prescreve um medicamento.
Para que esse medicamento seja suficiente, ele deve atacar
todos os sintomas e, ao mesmo tempo, deve ser eficiente contra o foco
da doença. Isso quer dizer que não podemos deixar nenhum ponto do
edital para trás.
Além disso, buscarei usar muitos recursos visuais para que a
apreensão do conteúdo venha mais facilmente.
Para reforçar a aprendizagem, resumirei o conteúdo
apresentado ao final de cada aula e apresentarei as questões
mencionadas ao longo da aula em tópico separado, para que você possa
resolvê-las na véspera da prova.
Todos esses instrumentos você terá a sua disposição para
encarar a batalha.

2. Cronograma

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Abaixo, segue o conteúdo do nosso curso bem como o


cronograma:

Conteúdo do Curso

DISPONÍVEL CONTEÚDO

NORMAS APLICÁVEIS AOS SERVIDORES


PÚBLICOS FEDERAIS: Lei nº 8.112/90 e
Disponível em 16/09/2015 alterações :Agentes públicos: classificação;
poderes, deveres e prerrogativas; cargo,
emprego e função públicos.

NORMAS APLICÁVEIS AOS SERVIDORES


PÚBLICOS FEDERAIS: Lei nº 8.112/90 e
Aula 01 alterações: Das disposições preliminares; Do
Disponível em 23/09/2015 provimento (originário e derivado), vacância,
remoção, redistribuição e substituição. Estágio
Probatório.

NORMAS APLICÁVEIS AOS SERVIDORES


Aula 02 PÚBLICOS FEDERAIS: Lei nº 8.112/90 e
Disponível em 30/09/2015 alterações: Dos direitos e vantagens. Do tempo
de serviço. Do direito de petição.

NORMAS APLICÁVEIS AOS SERVIDORES


PÚBLICOS FEDERAIS: Lei nº 8.112/90 e
Aula 03 alterações: dos deveres e proibições; da
Disponível em 07/10/2015 acumulação; das responsabilidades; das
penalidades, do processo administrativo
disciplinar

IV NORMAS APLICÁVEIS AOS SERVIDORES


PÚBLICOS FEDERAIS: Lei nº 8.112/90 e
Aula 04
alterações: Da seguridade social do servidor.Das
Disponível em 14/10/2015
disposições gerais e das disposições transitórias
e finais

1 Ética e moral. 2 Ética, princípios e valores. 3


Aula 05
Ética e democracia: exercício da cidadania. 4
Disponível em 15/10/2015
Ética e função pública.

5 Ética no Setor Público. 5.1 Código de Ética


Aula 06
Profissional do Serviço Público – Decreto nº
Disponível em 20/10/2015
1.171/1994.

Aula 07 5.3 Lei nº 8.429/1992: Improbidade


Disponível em 21/10/2015 Administrativa.

Aula 08 Processo administrativo (Lei n.º 9.784/99)

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DISPONÍVEL CONTEÚDO

Disponível em 22/10/2015

3. Introdução à aula 00

Nesta aula 00, para TRTs, abordaremos a matéria “NORMAS


APLICÁVEIS AOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS: Lei nº 8.112/90 e
alterações: Agentes públicos: classificação; poderes, deveres e
prerrogativas; cargo, emprego e função públicos.”.
Não se esqueça que, ao final, você terá um resumo da aula e as
questões tratadas ao longo dela. Use esses pontos da aula na véspera
da prova!
Chega de papo, vamos a luta!

4. Base constitucional e legal

O art. 37 da Constituição Federal contém algumas das mais


importantes disposições constitucionais aplicáveis à administração
pública em geral, em todas as esferas de governo. No art. 38, CF, estão
previstas regras aplicáveis ao servidor público da administração direta,
autárquica e fundacional que esteja no exercício de mandato eletivo. O
art. 39, CF, traz regras especificamente aplicáveis aos servidores
públicos estatutários. No art. 40, CF, está disciplinado o regime
previdenciário desses servidores públicos (Regime Próprio de
Previdência Social – RPPS). Por fim, o art. 42, CF, trata dos militares.

Vamos falar rapidamente por alguns desses dispositivos


constitucionais, que são bastante cobrados em provas de concursos,
antes de entrarmos nos detalhes relativos aos agentes públicos.
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O art. 37, inciso I, da CF, estabelece que, para o preenchimento


dos cargos, funções e empregos públicos no Brasil, aplica-se o princípio
da ampla acessibilidade, garantindo essa possibilidade a todos os
brasileiros, natos ou naturalizados, que preencherem os requisitos e aos
estrangeiros, de acordo com a previsão legal.

Isso quer dizer que a investidura em cargo ou emprego público


depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de
provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo
ou emprego, na forma prevista em lei.

Em relação às pessoas portadoras de necessidades


especiais, a lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos e
definirá os critérios de sua admissão.

O prazo de validade do concurso público será de até dois anos,


prorrogável uma vez, por igual período.

Durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação,


aquele aprovado em concurso público de provas ou de provas e títulos
será convocado com prioridade sobre novos concursados para assumir
cargo ou emprego, na carreira.

Quanto à função de confiança e ao cargo em comissão, são


destinados apenas às atribuições de direção, chefia e
assessoramento. A função de confiança é exercida exclusivamente por
servidores ocupantes de cargo efetivo enquanto o cargo em comissão é
exercido por qualquer pessoa, desde que cumpridos os requisitos legais
e obedecidos os percentuais mínimos previstos em lei para servidores
de carreira.

Em seu art. 37, inciso IX, a Constituição Federal prevê a


possibilidade de contratação por tempo determinado para atender a
necessidade temporária de excepcional interesse público, cujos casos
serão estabelecidos em lei.

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É garantido ao servidor público civil o direito à livre associação


sindical e o direito de greve.

No tocante à remuneração ou subsídio dos servidores públicos,


somente poderão ser fixados ou alterados por lei específica, observada
a iniciativa privativa em cada caso, assegurada revisão geral anual,
sempre na mesma data e sem distinção de índices.

Além disso, a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos,


funções e empregos públicos da administração direta, autárquica e
fundacional, dos membros de qualquer dos Poderes da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, dos detentores de
mandato eletivo e dos demais agentes políticos e os proventos, pensões
ou outra espécie remuneratória, percebidos cumulativamente ou não,
incluídas as vantagens pessoais ou de qualquer outra natureza, deverão
limitar-se ao teto remuneratório previsto no art. 37, inciso XI, da CF.
Essa regra também se aplica às empresas públicas e às sociedades de
economia mista, e suas subsidiárias, que receberem recursos da União,
dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios para pagamento de
despesas de pessoal ou de custeio em geral.

Não serão computadas, para efeito do teto remuneratório,


as parcelas de caráter indenizatório previstas em lei.

É vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies


remuneratórias para o efeito de remuneração de pessoal do serviço
público. Além disso, em regra, o subsídio e os vencimentos dos
ocupantes de cargos e empregos públicos são irredutíveis.

A retribuição por subsídio foi fixada na CF para


os seguintes cargos públicos: chefes do Poder Executivo de todas as
ordens políticas; auxiliares imediatos do Poder Executivo; membros do
Poder Legislativo; magistrados federais e estaduais; membros do MP;

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ministros e conselheiros dos Tribunais de Contas; membros da AGU;


procuradores federais e estaduais; defensores públicos; servidores
policiais; demais servidores organizados em carreira, desde que a lei
que disciplina sua remuneração opte pelo subsídio.

Quanto à acumulação remunerada de cargos públicos, a regra é


sua vedação. Entretanto, o texto constitucional, em seu art. 37, inciso
XVI, traz exceções, desde que haja compatibilidade de horários e seja
respeitado o referido teto remuneratório:

1. Dois cargos de PROFESSOR;

2. Um cargo de PROFESSOR com outro, TÉCNICO OU


CIENTÍFICO;

3. Dois cargos ou empregos PRIVATIVOS DE PROFISSIONAIS


DE SAÚDE, com profissões regulamentadas.

Lembre-se que a proibição de acumular estende-se a empregos e


funções e abrange autarquias, fundações, empresas públicas,
sociedades de economia mista, suas subsidiárias, e sociedades
controladas, direta ou indiretamente, pelo poder público.

No caso de servidor público da administração direta, autárquica e


fundacional, no exercício de mandato eletivo, aplicam-se as
seguintes regras:

1) Mandato eletivo federal, estadual ou distrital: afastamento do


cargo, emprego ou função;

2) Mandato de Prefeito: afastamento do cargo, emprego ou


função, com possibilidade de escolher sua remuneração;

3) Mandato de Vereador: há duas possibilidades a)


compatibilidade de horários: vantagens de seu cargo, emprego
ou função, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo; b)

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sem compatibilidade de horários: aplicação da regra do


mandato de prefeito;

4) No caso de afastamento do cargo, emprego ou função, o


tempo de serviço será contado para todos os efeitos legais,
exceto para promoção por merecimento. Além disso, para
efeito de benefício previdenciário, os valores serão
determinados como se no exercício estivesse.

Com base no art. 39 da Constituição Federal, a União, os Estados,


o Distrito Federal e os Municípios instituirão, no âmbito de sua
competência, regime jurídico único e planos de carreira para os
servidores da administração pública direta, das autarquias e das
fundações públicas.

Essa é a redação original do texto constitucional e significa que as


pessoas da Administração Direta e Indireta precisavam uniformizar o
regime para o seu quadro de pessoal, aplicando um único regime de
servidor público para determinada ordem política, ou seja, uma lei que
regule todos os servidores públicos de cargos efetivos de cada ente
político (União, Estados, DF e municípios).

Apesar de a EC nº 19/98 ter alterado a redação do


supracitado dispositivo para afastar a obrigatoriedade do regime jurídico
único dos servidores, o STF, no dia 2 de agosto de 2007, concedeu
medida cautelar na ADI nº 2135 e suspendeu, até decisão final da ação,
a eficácia da nova redação do dispositivo para manter a redação original
da Constituição. Ou seja, o STF afastou a EC 19/98 e fez prevalecer a
necessidade de regime jurídico único até os dias atuais.

O art. 40 da Constituição Federal trata do regime de previdência


social aplicável aos servidores titulares de cargos efetivos da União, dos
estados, do DF e dos municípios, incluídas as respectivas autarquias e

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fundações (RPPS), ou seja: regime próprio de previdência social


dos servidores públicos efetivos.

Esse regime é diferente do regime geral (RGPS),


disciplinado no art. 201, CF, a que estão sujeitos os demais
trabalhadores, não só os da iniciativa privada regidos pela CLT,
autônomos e outros, mas também os servidores ocupantes,
exclusivamente, de cargo em comissão, cargo temporário e emprego
público.

OBS: o regime geral de previdência aplica-se subsidiariamente


aos servidores públicos submetidos ao regime próprio.

O regime tem caráter contributivo e solidário. Dessa forma,


não importa apenas o tempo de serviço do servidor; para fazer jus à
aposentadoria, só será computado o tempo de efetiva contribuição do
beneficiário. É vedado ao legislador estabelecer qualquer forma
de contagem de tempo de contribuição fictício (art. 40, § 10, da
Constituição). A instituição desse regime foi mantida em caráter
facultativo para Estados e Municípios.

Devem contribuir para o sistema o ente público, os servidores


ativos e inativos e os pensionistas. As contribuições devem observar
critérios que preserve o equilíbrio financeiro e atuarial do sistema
(art. 40, caput, da CF).

No art. 40, §1º, a Constituição Federal prevê 3


modalidades de aposentadoria:

1. INVALIDEZ PERMANENTE: com proventos proporcionais ao


tempo de contribuição, em todos os casos, exceto quando a

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invalidez decorrer de acidente de serviço, moléstia profissional


ou doença grave, contagiosa ou incurável, na forma da lei.

2. COMPULSÓRIA (invalidez presumida): aos 70 anos de idade,


independente de ser homem ou mulher, com proventos
proporcionais ao tempo de contribuição. OBS: somente dará
direito a proventos integrais se o funcionário já tiver
completado o tempo de contribuição exigido para a
aposentadoria voluntária, ou seja, 35 anos, para homem, e 30
para a mulher.

3. VOLUNTÁRIA: pode se dar com proventos integrais ou


proporcionais.

São 4 requisitos para aposentadoria voluntária com proventos


integrais:

tempo de efetivo serviço público: 10 anos;

tempo de serviço no cargo efetivo em que se dará a


aposentadoria: 5 anos;

idade mínima: 60 anos, para o homem, e 55, para a mulher;

tempo de contribuição: 35 anos para o homem e 30 para a


mulher.

Já para a aposentadoria voluntária com proventos


proporcionais são apenas 3 requisitos:

tempo de efetivo serviço público: 10 anos;

tempo de serviço no cargo efetivo em que se dará a


aposentadoria: 5 anos;

idade mínima: 65 anos, para o homem, e 60, para a mulher.

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ATENÇÃO, PARA PROVENTOS PROPORCIONAIS não se exige um


tempo mínimo de contribuição, porém os proventos serão
proporcionais ao tempo de contribuição.

4. ESPECIAL: cabível para o professor, para o deficiente físico,


para os que exerçam atividades de risco e para aqueles cuja
atividades sejam exercidas sob condições especiais que
prejudiquem a saúde ou a integridade física, não sendo
admitido qualquer outro tratamento especial (art. 40, §§ 4º e
5º, da CF).

A aposentadoria especial do professor é a única que


tem seus requisitos expressos já no texto constitucional. No caso de
professor ou professora que comprove exclusivamente tempo de efetivo
exercício das funções de magistério na educação infantil e ensino
fundamental e médio, o tempo de contribuição e o limite de idade dão
reduzidos em 5 anos para a concessão de aposentadoria voluntária com
proventos integrais. Perceba que os professores universitários estão
excluídos desse tratamento diferenciado. Ademais, não inclui a
aposentadoria voluntária com proventos proporcionais.

As demais hipóteses de aposentadoria especial possuem sua


concretização condicionada à definição por lei complementar.

Na contagem do prazo para aquisição do direito à


aposentadoria, o servidor pode considerar o tempo de contribuição
tanto federal, quanto estadual ou municipal (art. 40, §9º, CF). Além
disso, aplica-se o princípio da reciprocidade, que admite o
aproveitamento do tempo de contribuição por serviço prestado à
atividade privada (art. 40, §3º, CF).

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Ressalvadas as aposentadorias decorrentes dos cargos


acumuláveis, é vedada a percepção de mais de uma aposentadoria à
conta do RPPS.

O art. 40, §3º, da Constituição Federal, é a regra constitucional


responsável pelo fim da aposentadoria com proventos integrais do
servidor público. Os proventos não corresponderão, como antes era
possível, ao valor da última remuneração do servidor. Seu valor será
uma média calculada, nos termos da lei, com base nas remunerações
sobre as quais o servidor contribuiu ao longo de sua vida profissional.

O art. 40, §8º, da CF, prevê a revisão dos proventos,


assegurando o reajustamento dos benefícios para preservar-lhes, em
caráter permanente, o valor real, conforme critérios estabelecidos em
lei. Assim, fica instituído o princípio da preservação do valor real, que é
o grande sonho de qualquer trabalhador, já que significa a manutenção
do poder aquisitivo do servidor, do seu poder de compra.

Com o fim da aposentadoria integral, levada a cabo pela


EC41/2003, veio também a obrigatoriedade de instituição do regime
de previdência complementar. O ente político que pretenda
estabelecer como teto dos proventos por ela pagos o limite de
benefícios do RGPS deverá instituir esse regime complementar, por
meio de lei ordinária de iniciativa do chefe do Poder Executivo
(Presidente da República, governador do estado ou do DF ou prefeito),
com a finalidade de permitir que o servidor contribua mais e com isso
conquiste o direito de adquirir proventos superiores ao teto.

Esse regime complementar será organizado de forma autônoma


em relação ao regime geral de previdência social e ao regime de
previdência próprio do servidor público. Ficará a cargo de entidades
fechadas de previdência complementar, de natureza pública, que

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oferecerão aos respectivos participantes planos de benefícios somente


na modalidade de contribuição definida.

O servidor que tenha ingressado no serviço público até a data da


publicação do ato de instituição do correspondente regime de
previdência complementar a ele estará sujeito somente se prévia e
expressamente formalizar opção nesse sentido.

A mesma EC 41/03 inseriu outro dispositivo “inocente” no art. 40


da Constituição Federal, trata-se do § 18, que instituiu a
obrigatoriedade da contribuição do inativo. A contribuição incide
sobre os proventos de aposentadorias e pensões concedidas pelo
regime próprio de previdência dos servidores civis que superem o limite
máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de previdência
(atualmente R$ 3.416,54), com percentual igual ao estabelecido para
os servidores titulares de cargos efetivos (atualmente 11%). OBS: no
caso de portador de doença incapacitante, essa contribuição
incidirá apenas sobre as parcelas que superem o dobro do teto
do RGPS.

Outro dispositivo inserido pela EC 41/03 foi o §19 do art. 40 da


Constituição Federal, que trouxe uma nova natureza para a figura do
“abono de permanência”, que continua servindo para evitar a saída
dos servidores e risco de comprometimento dos serviços, garantindo o
funcionamento da Administração Pública.

E em que consiste esse instituto? Ele equivale à dispensa


do pagamento da contribuição previdenciária para o servidor que
permaneça em atividade após ter completado os requisitos para
requerer a aposentadoria voluntária não proporcional (60 anos de idade
e 35 de contribuição, se homem; 55 anos de idade e 30 de
contribuição, se mulher; 10 anos de efetivo exercício no serviço público;
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5 anos no cargo efetivo em que se dará a aposentadoria). O servidor


fará jus ao abono enquanto permanecer na ativa, até o limite de 70
anos, idade em que é alcançado pela aposentadoria compulsória.

O art. 41 da Constituição Federal trata da estabilidade do servidor


público, que consiste em uma garantia constitucional de permanência
no serviço público, e não no cargo, vinculado à atividade de mesma
natureza de quando ingressou.

Agora vamos falar de algumas importantes alterações promovidas


pela Emenda Constitucional nº 19/1998 na Constituição no que diz
respeito ao servidor público.

Com a EC 19/98, a estabilidade passou a ser conferida somente


após três anos de efetivo exercício e não mais dois anos apenas.
Ademais, a nova redação passou a exigir outros requisitos além da
prévia aprovação em concurso público.

A partir da EC nº 19/98, passaram a ser requisitos concomitantes


para aquisição de estabilidade:

1. concurso público;

2. cargo público de provimento específico;

3. três anos de efetivo exercício;

4. aprovação em avaliação especial de desempenho por comissão


instituída para essa finalidade.

A respeito da perda do cargo, a partir da EC nº 19/98, verifica-


se que passam a ser 4 as hipóteses de rompimento não voluntário do
vínculo funcional do servidor já estável, expressas no texto
constitucional (art. 41, §1º e art. 169, §4º):

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1. sentença judicial transitada em julgado;

2. processo administrativo, desde que assegurados o


contraditório e a ampla defesa;

3. insuficiência de desempenho, verificada mediante avaliação


periódica, na forma de lei complementar, assegurados também
o contraditório e a ampla defesa;

4. excesso de despesa com pessoal.

Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor estável,


será ele reintegrado, e o eventual ocupante da vaga, se estável,
reconduzido ao cargo de origem, sem direito a indenização, aproveitado
em outro cargo ou posto em disponibilidade com remuneração
proporcional ao tempo de serviço.

Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o servidor


estável ficará em disponibilidade, com remuneração proporcional ao
tempo de serviço, até seu adequado aproveitamento em outro cargo.

Quanto aos militares, o art. 42 da CF preceitua que os membros


das Polícias Militares e Corpos de Bombeiros Militares, instituições
organizadas com base na hierarquia e disciplina, são militares dos
Estados, do Distrito Federal e dos Territórios, sendo as patentes dos
oficiais conferidas pelos respectivos governadores.

Por fim, em obediência à redação original do art. 39 da CF


(determina que as pessoas da Administração Direta e Indireta
uniformizem o regime para o seu quadro de pessoal, aplicando um
único regime para determinada ordem política), a Lei nº 8.112/90
dispõe sobre o regime jurídico dos servidores públicos civis da União,
das autarquias e das fundações públicas federais.
Essas são as principais regras trazidas pela Constituição no que
diz respeito aos servidores públicos (arts. 37 a 40).

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1. (FCC – 2014 – TRT 2ª Região (SP) – Técnico Judiciário – Área


Administrativa) Diante de real demanda de pessoal na Administração
direta e indireta, o Chefe do Executivo de determinado ente federado
editou decreto criando número bastante relevante de cargos os quais
deveriam ser preenchidos por meio de concurso público, regra expressa
da Constituição Federal.

A conduta adotada pelo Governador

a) é regular e válida, caso reste demonstrada a disponibilidade


orçamentária para esse incremento de despesas.

b) não é compatível com a norma constitucional, que exige lei


para criação de cargos, por meio da qual são definidas as atribuições e
padrões de remuneração dessas unidades de poderes e deveres
estatais.

c) é regular e válida desde que tenham sido especificadas as


atribuições e padrões de remuneração para cada natureza de função a
ser desenvolvida.

d) não é compatível com a norma constitucional, que exige


convalidação por medida provisória que demonstre a disponibilidade de
recursos e o interesse público na conduta.

e) é inconstitucional, tendo em vista que a atividade de criação de


cargos depende de autorização legislativa ou de autorização judicial,
mediante provocação do Chefe do Executivo.

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Como visto na aula, no âmbito federal, a criação de cargos,


empregos e funções públicas ocorre por meio de lei, da competência
do Congresso Nacional. A iniciativa dessa lei é privativa do Presidente
da República, quando se tratar de cargos, funções ou empregos
públicos na administração federal direta e autárquica.

De acordo com o princípio do paralelismo, o STF considera que os


Estados devem seguir o mesmo modelo. Portanto, nos Estados-
membros, o Governador tem a iniciativa do projeto de lei e a
Assembléia Legislativa tem a competência de editá-la.

Portanto, no caso da questão, a criação dos cargos depende de lei


e não de decreto, não sendo a conduta do Governador compatível com
a CF. Assim, a resposta correta é a letra B.

Gabarito: B

2. (CONSULPLAN – 20145 - TJ-MG - Titular de Serviços de Notas


e de Registro) Em relação à remuneração dos servidores públicos, é
correto afirmar, EXCETO:

a) Somente poderá ser fixada ou alterada por lei específica, observada


a iniciativa privativa em cada caso.
b) É assegurada a revisão geral e anual, sempre na mesma data e sem
distinção de índices.
c) No âmbito do Poder Legislativo dos Estados e Distrito Federal, aplica-
se como limite o subsídio dos Deputados Estaduais e Distritais.
d) As parcelas de caráter indenizatório previstas em lei serão
computadas no teto remuneratório.

Os ocupantes de cargos, funções e empregos públicos da


administração direta, autárquica e fundacional, dos membros de
qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, dos detentores de mandato eletivo e dos demais agentes
políticos e os proventos, pensões ou outra espécie remuneratória,

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percebidos cumulativamente ou não, incluídas as vantagens pessoais ou


de qualquer outra natureza, deverão limitar-se ao teto remuneratório
previsto no art. 37, inciso XI, da CF. Essa regra também se aplica às
empresas públicas e às sociedades de economia mista, e suas
subsidiárias, que receberem recursos da União, dos Estados, do Distrito
Federal ou dos Municípios para pagamento de despesas de pessoal ou
de custeio em geral.

Gabarito: Letra D

5. Classificação de agentes públicos

Agora destacaremos a principal classificação de agentes públicos


adotada. Trata-se da apresentada por Maria Sylvia Zanella Di Pietro.
Para ela, os agentes públicos dividem-se em 4 categorias:

1. agentes políticos: titulares dos cargos estruturais à


organização política do País;

2. servidores públicos: em sentido amplo, englobam as


pessoas físicas que prestam serviços ao Estado e às entidades
da Administração Indireta, com vínculo de dependência com o
poder público (estatutário ou celetista), de natureza
profissional, de caráter não eventual e mediante remuneração
paga pelos cofres públicos;

3. Militares: prestam serviços às Forças Armadas (Marinha,


Exército e Aeronáutica) e às Polícias Militares e Corpos de
Bombeiros Militares dos Estados, DF e dos Territórios, com
vínculo estatutário sujeito a regime jurídico próprio; e

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4. particulares em colaboração com o Poder Público: as


pessoas físicas que prestam serviços ao Estado, ainda que em
caráter ocasional ou temporário, sem vínculo empregatício,
com ou sem remuneração.

3. (FCC - 2012 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Juiz do Trabalho) São


considerados agentes públicos

a) apenas aqueles que exercem atividades típicas de governo,


detentores de mandato eletivo e seus auxiliares diretos.

b) apenas aqueles ligados ao Poder Público por vínculo de


natureza estatutária, investidos mediante nomeação para cargo público.

c) os servidores públicos, os agentes políticos, os militares e os


particulares em colaboração com o Poder Público.

d) os servidores públicos, desde que detentores de vínculo


estatutário, bem como os agentes políticos, excluídos os militares.

e) exclusivamente os servidores públicos, detentores de vínculo


estatutário ou celetista, excluídos os agentes políticos.

Como acabei de afirmar, os agentes públicos dividem-se em 4


categorias:

1. agentes políticos;

2. servidores públicos;

3. militares; e

4. particulares em colaboração com o Poder Público.

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Gabarito: Letra “c”.

4. (CONSULPLAN – 2015 - TRE-MG - Técnico Judiciário -


Programação de Sistemas) São denominados agentes públicos todos
aqueles que exercem uma função pública como prepostos do Estado e
que em seu nome manifestam determinada vontade. Tais agentes
atuam em diversas categorias, as quais são objeto de estudo dos
doutrinadores no que tange à sua classificação. Acerca do tema,
marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas.

( ) O agente político é gênero, do qual os agentes públicos são


espécie.
( ) O membro de Mesa Receptora de votos quando das eleições é
considerado um agente particular colaborador.
( ) Os servidores, quando integrantes de pessoas governamentais de
Direito Privado, não podem ser caracterizados como agentes públicos.

( ) Os Chefes do Executivo, seus auxiliares e os membros do Poder


Legislativo são classificados como pertencentes a um mesmo grupo,
qual seja, o de agentes políticos.
a)V,F,V,F.
b)V,V,F,F.
c)F,V,F,V.
d)F,V,F,F.
1. O agente político é aquele possuidor de cargo eletivo, eleito por
mandatos transitórios. Já os agentes públicos são agentes políticos,
servidores públicos, militares e particulares em colaboração com o
poder Público, ou seja, o agente político é uma espécie de agente
público. Logo está errada.
2. Os particulares em colaboração com o Poder Público são as pessoas
físicas que prestam serviços ao Estado, ainda que em caráter ocasional
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ou temporário, sem vínculo empregatício, com ou sem remuneração.


Logo está correta.
3. Errado, são caracterizados como agente particulares, uma vez que
são integrantes de pessoas governamentais de direito privado, ou seja,
não é agente público. Logo está errada.
4. Correta. Todos os chefes do executivo e auxiliares e membros do
Poder Legislativo, são agente políticos. Logo está correta.

Gabarito: Letra C

a. Agentes políticos

Para Celso Antônio Bandeira de Mello: “agentes políticos são os


titulares dos cargos estruturais à organização política do País,
ou seja, são os ocupantes dos cargos que compõem o arcabouço
constitucional do Estado e, portanto, o esquema fundamental do
poder. Sua função é a de formadores da vontade superior do Estado.”
(Curso de Direito Administrativo, 2008).

Podemos dizer que o agente político é aquele


possuidor de cargo eletivo, eleito por mandatos transitórios. Exemplos:
Os Chefes de Poder Executivo e membros do Poder Legislativo, além de
cargos de Ministros de Estado e de Secretários nas Unidades da
Federação, os quais não se sujeitam ao processo administrativo
disciplinar.

O regime jurídico desses agentes, os direitos e deveres aplicáveis


a eles, estão previstos em lei ou, em alguns casos, na própria
Constituição Federal, afastando, assim, a natureza contratual da
relação.

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Assim, como bem salienta Fernanda Marinela, o vínculo jurídico


desses agentes é, em regra, de natureza política. Podem ser
nomeados, mas, em sua maioria, são escolhidos por eleição popular e o
que os qualifica não é a aptidão técnica e sim a qualidade de cidadão
com a capacidade de conduzir a sociedade.

Suas principais características são:

1. Competência prevista na própria Constituição Federal;

2. Não sujeição às regras comuns aplicáveis aos servidores


públicos em geral;

3. Normalmente, a investidura em seus cargos é por meio de


eleição, nomeação ou designação;

4. Não são hierarquizados, salvo os auxiliares imediatos dos


Chefes dos Executivos, sujeitando-se somente às regras
constitucionais.

Um parecer da AGU merece um destaque especial:

Parecer-AGU nº GQ-35, vinculante: “4. A Lei nº 8.112, de 1990, comina a


aplicação de penalidade a quem incorre em ilícito administrativo, na condição
de servidor público, assim entendido a pessoa legalmente investida em cargo
público, de provimento efetivo ou em comissão, nos termos dos arts. 2º e 3º.
Essa responsabilidade de que provém a apenação do servidor não alcança os
titulares de cargos de natureza especial, providos em caráter precário e
transitório, eis que falta a previsão legal da punição. Os titulares dos cargos
de Ministro de Estado (cargo de natureza especial) se excluem da viabilidade
legal de responsabilização administrativa, pois não os submete a positividade
do regime jurídico dos servidores públicos federais aos deveres funcionais,
cuja inobservância acarreta a penalidade administrativa.”

De acordo com esse parecer, os que possuem cargos eletivos,


eleitos por mandatos transitórios, como os Chefes de Poder Executivo e
membros do Poder Legislativo, além de cargos de Ministros de Estado e

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de Secretários nas Unidades da Federação, não se sujeitam ao processo


administrativo disciplinar.

Para você que vai fazer esse concurso, é


IMPORTANTE saber que atualmente há uma tendência a considerar os
membros da Magistratura (juízes e desembargadores) e do Ministério
Público (promotores e procuradores de justiça) como agentes políticos.

1) “Os magistrados enquadram-se na espécie de agente político,


investidos para o exercício de atribuições constitucionais,
sendo dotados de plena liberdade funcional no desempenho de
suas funções, com prerrogativas próprias e legislação
específica” (RE 228.977/SP, STF – Segunda Turma, Rel. Min.
Néri da Silveira, julg: 05.03.2002, DJ: 12.04.2002).

2) Segundo o STF, a função dos agentes diplomáticos é


eminentemente política (Ext 1082, STF – Tribunal Pleno, Rel.
Min. Celso de Mello, julg: 19.06.2008, DJe: 07.08.2008).

5. (FCC-2015- TRT - 6ª Região (PE)- Juiz do Trabalho Substituto)


O conceito de agente público NÃO é coincidente com o de agente
político, cabendo destacar que

a) os particulares que atuam em colaboração com a


Administração, embora no exercício de função estatal, não são
considerados agentes públicos.

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b) todos aqueles que exercem função estatal em caráter


transitório, sem vínculo com a Administração, não são considerados
agentes públicos e sim agentes políticos.

c) apenas os ocupantes de cargos, empregos e funções na


Administração pública podem ser considerados agentes públicos.

d) são exemplos de agentes políticos os Chefes do Executivo e


seus auxiliares imediatos, assim entendidos Ministros e Secretários de
Estado.

e) os detentores de mandato eletivo são os únicos que se


caracterizam como agentes políticos.

Resposta:

Como já estudamos, o agente político é aquele titular de cargo


estrutural à organização política do País, ou seja, são os ocupantes dos
cargos que compõem o arcabouço constitucional do Estado e, portanto,
o esquema fundamental do poder. Exemplos: Os Chefes de Poder
Executivo e membros do Poder Legislativo, além de cargos de Ministros
de Estado e de Secretários nas Unidades da Federação.

Gabarito: Letra “d”

6. (CONSULPLAN – 2015 - TRE-MG - Técnico Judiciário -


Programação de Sistemas) Como regra geral, o serviço
público é desempenhado por aqueles que exercem cargos públicos ou
de confiança. No que se refere ao efetivo desempenho das atribuições
dos cargos públicos ou da função de confiança, é correto afirmar que
estas se darão no

a)prazo de 30 dias, a partir da publicação do ato de provimento.


b)prazo de 15 a 45 dias, contados a partir do ato de remoção, no caso
do servidor removido para exercício em outro município.

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c)prazo de 30 dias, contados a partir da data da posse do servidor


público, ou a partir da data do ato de designação da função de
confiança.
d)prazo de 15 dias, a partir da data da posse do servidor
público, ou a partir da data de publicação do ato de designação
da função de confiança.
O art. 15 § 1o da lei 8.112/90 dispõe que: “Art. 15. Exercício é o efetivo
desempenho das atribuições do cargo público ou da função de confiança.
§ 1o É de quinze dias o prazo para o servidor empossado em cargo
público entrar em exercício, contados da data da posse”.

Gabarito: Letra D

b. Servidores públicos

Em sentido amplo, englobam as pessoas físicas que prestam


serviços ao Estado e às entidades da Administração Indireta, sejam
pessoas jurídicas de direito público ou privado, com vínculo
empregatício (ou seja, natureza profissional, de caráter não eventual e
sob vínculo de dependência) e mediante remuneração paga pelos cofres
públicos.

Subdividem-se em:

1. SERVIDORES ESTATUTÁRIOS: sujeitos ao regime


estatutário (= regime disposto em lei especial para disciplinar
os servidores de determinado ente público) e ocupantes de
cargos públicos (aqui se incluem os ocupantes de
funções de confiança e cargos em comissão).

No regime estatutário, ressalvadas as pertinentes disposições


constitucionais impeditivas, o Estado deterá o poder de
alterar legislativamente o regime jurídico de seus servidores,
inexistindo a garantia de que continuarão sempre
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disciplinados pelas disposições vigentes quando de seu


ingresso, já que não há direito adquirido quanto à
manutenção do regime.

2. EMPREGADOS PÚBLICOS: contratados sob o regime da


legislação trabalhista (CLT) e ocupantes de emprego público,
tendo como vínculo jurídico um contrato de trabalho (regime
contratual).

Para o regime celetista ou contratual, os direitos e obrigações


constituídos na ocasião da avença são unilateralmente
imutáveis, gerando para o servidor direito adquirido.

3. SERVIDORES TEMPORÁRIOS: contratados por tempo


determinado para atender à necessidade temporária de
excepcional interesse público. Exercem função, sem estarem
vinculados a cargo ou emprego público.

A Constituição exige a adoção, por parte de cada ente da


Federação, de um só regime jurídico (regime jurídico único)
aplicável a todos os servidores integrantes de sua administração
direta, autarquias e fundações públicas.

CUIDADO!Os servidores das empresas públicas, sociedades de


economia mista e fundações privadas regem-se pela legislação
trabalhista.

No caso dos empregados públicos, não podem Estados e


Municípios derrogar outras normas da legislação trabalhista, já que não

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têm competência para legislar sobre Direito do Trabalho, reservada


privativamente à União (art. 22, I, CF).

Aos servidores temporários aplica-se regime jurídico especial a


ser disciplinado em lei de cada unidade da federação.

7. (FCC – 2013 – TRT 5ª Região (BA) – Técnico Judiciário – Área


Administrativa) Considerando o tipo de vínculo que une o particular ao
Estado, pode-se afirmar corretamente que são servidores públicos os

a) ocupantes de cargos públicos criados por lei e admitidos sob


o regime estatutário, não integrando essa categoria os empregados
públicos, porque admitidos sob o regime da legislação trabalhista.

b) ocupantes de emprego público que têm vínculo contratual


sob a regência da CLT e os ocupantes de cargos públicos criados por lei
e admitidos sob o regime estatutário.

c) que ingressam no serviço público mediante concurso público


de provas ou de provas e títulos, não integrando referida categoria os
que ocupam cargos de livre provimento e exoneração.

d) que ingressam no serviço público mediante concurso público


de provas ou de provas e títulos, não integrando referida categoria os
contratados temporariamente com supedâneo no artigo 37, IX, da
Constituição Federal.

e) investidos em cargos públicos efetivos criados por lei e


admitidos sob o regime estatutário, não integrando essa categoria os

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empregados públicos, porque admitidos sob o regime da legislação


trabalhista e os investidos em cargo em comissão.

Para responder esta questão, vamos considerar a doutrina de


Maria Sylvia Zanella Di Pietro no tocante à classificação dos agentes
públicos, estudada no tópico da aula.

Letra (A). Como acabamos de analisar, os empregados


públicos também integram o conceito de servidores públicos. Portanto,
está INCORRETA.

Letra (B). Tanto os ocupantes de cargos públicos como os


ocupantes de empregos públicos estão dentro do conceito de servidores
públicos. Portanto, está CERTA.

Letra (C). Os ocupantes de cargo público, seja efetivo ou em


comissão (livre provimento e exoneração), integram o conceito de
servidores públicos. Portanto, está ERRADA.

Letra (D). Os contratados temporariamente também são


conceituados como servidores públicos. Logo, está INCORRETA.

Letra (E). Os empregados públicos e os investidos em cargo


em comissão integram sim o conceito de servidores públicos. Portanto,
está ERRADA.

Gabarito: B

8. (FCC – 2013 – TRT 1ª Região (RJ) – Analista Judiciário –


Execução de Mandados) Considere as seguintes afirmações em relação
ao regime jurídico dos servidores públicos, à luz da Constituição da
República e da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal sobre a
matéria:

I. Dentro do prazo de validade de concurso público, a


Administração poderá escolher o momento no qual se realizará a
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nomeação, mas não poderá dispor sobre a própria nomeação, estando


obrigada a nomear os aprovados dentro do número de vagas previsto
no edital, ressalvadas situações excepcionalíssimas que justifiquem
soluções diferenciadas, devidamente motivadas de acordo com o
interesse público.

II. Salvo nos casos previstos na Constituição, o salário mínimo


não pode ser usado como indexador de base de cálculo de vantagem de
servidor público, nem ser substituído por decisão judicial.

III. Até que sobrevenha lei específica para regulamentar o


exercício do direito de greve pelos servidores públicos civis, aplica-se-
lhes, no que couber, a lei que disciplina o exercício do direito de greve
dos trabalhadores em geral.

Está correto o que se afirma em

a) I e II, apenas.

b) I e III, apenas.

c) II e III, apenas.

d) I, II e III.

e) I, apenas.

Item I. Está de acordo com a jurisprudência do STF (RE


598.099, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgamento em 10-8-2011,
Plenário, DJE de 3-10-2011, com repercussão geral). Logo, está
CORRETO.

Item II. Está de acordo com a Súmula Vinculante nº 4 do STF:


“Salvo nos casos previstos na Constituição, o salário mínimo não pode
ser usado como indexador de base de cálculo de vantagem de servidor
público ou de empregado, nem ser substituído por decisão judicial”.
Portanto, está CERTO.
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Item III. Está de acordo com a jurisprudência do STF (MI


708/DF, rel. Min. Gilmar Mendes, 24.5.2007). Mais recentemente, o MI
774: “Agravo regimental em mandado de injunção. 2. Omissão
legislativa do exercício do direito de greve por funcionários públicos
civis. Aplicação do regime dos trabalhadores em geral. Precedentes” (MI
774 AgR, Relator(a): Min. GILMAR MENDES, Tribunal Pleno, julgado em
28/05/2014, ACÓRDÃO ELETRÔNICO DJe-125 DIVULG 27-06-2014
PUBLIC 01-07-2014)

Logo, está CORRETO.

Assim, todos os itens estão corretos (letra D).

Gabarito: D

9. (FCC - 2010 - TCE-AP - Procurador) Em relação à regra


constitucional que obriga a realização de concurso público para
provimento de cargos e empregos públicos, é EXCEÇÃO à sua aplicação
a

a) nomeação para cargo em comissão declarado em lei de livre


nomeação e exoneração.

b) contratação de servidores sob o regime celetista na


Administração Indireta.

c) contratação de empregados públicos por sociedades de


economia mista.

d) contratação de funcionários públicos para prestação de serviços


junto a entidades paraestatais.

e) nomeação para função de confiança em emprego, desde que


para prestar serviços em empresa pública.

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Letra (A). A investidura em cargo ou emprego público depende de


aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos,
de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na
forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em
comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração (art. 37,
inciso II, CF). Logo, está CORRETA.

Letra (B). Aplica-se a regra de concurso público à administração


direta e indireta. Assim, para contratar um servidor da Administração
indireta sob regime celetista, faz-se necessário o concurso público.
Logo, está INCORRETA.

Letra (C). A exigência de concurso público inclui o preenchimento


de empregos nas empresas públicas e sociedades de economia mista,
pessoas jurídicas de direito privado integrantes da administração
indireta. Logo, está INCORRETA.

Letra (D). O funcionário público é aquele que ocupa cargo público


e a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação
prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo
com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma
prevista em lei. Logo, está INCORRETA.

Letra (E). As funções de confiança são exercidas exclusivamente


por servidores ocupantes de cargo efetivo. Portanto, o indivíduo, para
recebê-la, já deverá ser servidor público, sendo necessário concurso
público. Logo, está INCORRETA.

Gabarito: Letra “a”.

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c. Militares

Abrangem as pessoas físicas que prestam serviços às Forças


Armadas (Marinha, Exército e Aeronáutica) e às Polícias Militares e
Corpos de Bombeiros Militares dos Estados, DF e dos Territórios, com
vínculo estatutário sujeito a regime jurídico próprio, mediante
remuneração paga pelos cofres públicos. Eram considerados servidores
públicos até a EC nº 18/98, sendo excluídos da categoria, só lhes
aplicando as normas referentes aos servidores públicos quando houver
previsão expressa nesse sentido.

d. Particulares em colaboração com o Poder Público

Englobam as pessoas físicas que prestam serviços ao Estado,


ainda que em caráter ocasional ou temporário, sem vínculo
empregatício, com ou sem remuneração.

Dividem-se em:

1. DELEGADOS DO PODER PÚBLICO: exercem função pública,


em seu próprio nome, sem vínculo empregatício, porém sob
fiscalização do Poder Público. A remuneração que recebem
não é paga pelos cofres públicos, mas pelos terceiros usuários
do serviço. Exemplos: os que exercem serviços notariais e de
registro, os leiloeiros, tradutores e intérpretes públicos.

Importante ressaltar que os oficiais dos


serviços notariais, apesar da exigência de concurso público,
não perdem a qualidade de particular, não devendo ser
incluídos na categoria de servidores públicos, como alguns
acabam confundindo. Como bem salienta o STF, os notários e
os registradores exercem atividade estatal, entretanto não
são titulares de cargo público efetivo, tampouco ocupam

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cargo público, não sendo, assim, servidores públicos (ADI


2602/MG, STF – Tribunal Pleno, Rel. Min. Joaquim Barbosa e
Min. Eros Grau, julg: 24.11.2005, DJ: 31.03.2006).

2. REQUISITADOS, NOMEADOS OU DESIGNADOS PARA O


EXERCÍCIO DE FUNÇÕES PÚBLICAS RELEVANTES: não
têm vínculo empregatício e, em geral, não recebem
remuneração. São agentes convocados para exercer função
pública, tendo assim a obrigação de participar sob pena de
sanção. Exemplos: jurados, convocados para prestação de
serviço militar ou eleitoral, comissários de menores,
integrantes de comissões, grupos de trabalho, etc.

3. GESTORES DE NEGÓCIO: assumem, espontaneamente,


determinada função pública em momento de emergência, como
epidemia, incêndio, enchente, etc.

Para sistematizar, apresentamos o esquema da


classificação de Di Pietro. ABRA O OLHO, e tenha esse quadro sempre
em mente!

Agentes políticos Titulares dos cargos estruturais à organização


política do País (Ex.: Presidente, Senadores,
Governadores, Deputados etc).

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Servidores Servidores ESTATUTÁRIOS: regime estatutário e


públicos
ocupantes de cargos públicos (Ex.: você ao passar
neste concurso)
EMPREGADOS PÚBLICOS: regime trabalhista e
ocupantes de emprego público (Ex.: carteiro dos
Correios);
SERVIDORES TEMPORÁRIOS: contratados por
tempo determinado para atender à necessidade
temporária de excepcional interesse público (Ex.:
enfermeiro contratado para fazer frente a um surto
de dengue).

Militares Prestam serviços às Forças Armadas (Marinha,


Exército e Aeronáutica) e às Polícias Militares e
Corpos de Bombeiros Militares dos Estados, DF e
dos Territórios, com vínculo estatutário e regime
jurídico próprio (Ex.: soldado do Exército e da PM).

Particulares em DELEGADOS DO PODER PÚBLICO: exercem função


colaboração com
pública, em seu próprio nome, sem vínculo
o Poder Público
empregatício, porém sob fiscalização do Poder
Público (Ex.: donos de cartórios).
REQUISITADOS, NOMEADOS OU DESIGNADOS
PARA O EXERCÍCIO DE FUNÇÕES PÚBLICAS
RELEVANTES: não têm vínculo empregatício e, em
geral, não recebem remuneração (Ex.: jurado do
Tribunal do Júri).
GESTORES DE NEGÓCIO: assumem,
espontaneamente, determinada função pública em
momento de emergência (Ex.: cidadão que se
prontifica a catalogar donativos para vítimas de
enchentes).

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10. (FCC – 2012 – TJ/RJ – Analista Judiciário – Execução de


Mandados) As pessoas que exercem atos por delegação do Poder
Público, tais como os serviços notariais e de registro podem ser
consideradas

a) servidores públicos estatutários, caso tenham prestado


concurso público.
b) empregados públicos, desde que tenham prestado concurso
público.
c) particulares em colaboração com o Poder Público, sem
vínculo empregatício.
d) funcionários públicos lato sensu, na medida em que se
submetem à fiscalização do Poder Público.
e) agentes públicos estatutários, desde que recebam
remuneração do Poder Público.

Os particulares em colaboração do Poder Público são pessoas


físicas que prestam serviços ao Estado, ainda que em caráter ocasional
ou temporário, sem vínculo empregatício, com ou sem remuneração.
Abrangem os delegados do poder público, que exercem função pública,
em seu próprio nome, sem vínculo empregatício, porém sob fiscalização
do Poder Público. A remuneração que recebem não é paga pelos cofres
públicos, mas pelos terceiros usuários do serviço. Exemplos: os que
exercem serviços notariais e de registro, os leiloeiros, tradutores e
intérpretes públicos.
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Assim, a resposta correta é a letra C.


Gabarito: C

6. Funções, cargos e empregos públicos

Qual seria a distinção entre cargo, emprego e função pública?

 CARGO PÚBLICO: conjunto de atribuições e responsabilidades


previstas na estrutura organizacional que devem ser cometidas a um
servidor, criando com este um vínculo estatutário.

Segundo Marinela, cargo público é a mais simples e indivisível


unidade de competência a ser expressa por um agente público para o
exercício de uma função pública, representando um lugar dentro da
organização funcional da Administração Pública direta, autárquica e
fundacional. Possui regime jurídico definido em lei, denominado assim
regime legal ou estatutário, de índole institucional e não contratual.
Assim, para lembrar o que é cargo público (como um “lugar”
dentro da estrutura da Administração), tenha em mente a seguinte
imagem + vínculo estatutário:

+ VÍNCULO ESTATUTÁRIO

Fonte:

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O cargo público é acessível a todos os brasileiros.


Em regra, é criado por lei, que definirá um número
determinado, uma denominação própria e correspondente vencimento
pago pelos cofres públicos, para provimento em caráter efetivo ou em
comissão. Essa lei é de iniciativa de cada Poder.
EXCEÇÃO: no caso dos serviços auxiliares do Poder
Legislativo, a criação do cargo público será feita por resolução de cada
uma das Casas do Congresso Nacional, não dependendo de lei,
lembrando, entretanto, que a fixação de sua remuneração depende de
lei.
Por paralelismo de formas, sua extinção também só poderá
ocorrer por meio de lei, ressalvado o caso de cargos públicos vagos,
que poderão ser extintos por decreto do Presidente da República.
Aquele que ocupa o cargo público é chamado de funcionário
público.

Em relação ao cargo público, Marinela ainda destaca outros


conceitos relacionados:

a) Carreira: é um conjunto de cargos organizados em uma


estrutura escalonada, hierarquizada;

b) Classe: é o agrupamento de cargos da mesma profissão e com


idênticas atribuições, responsabilidades e vencimentos,
consistindo nos degraus de acesso dentro da carreira;

c) Quadro: é o conjunto de carreiras e cargos isolados que


compõe a estrutura de um órgão ou Poder, podendo ser
permanente ou provisório.

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Por fim, Marinela traz duas formas de classificar os cargos


públicos:

1) De acordo com a sua posição estatal no quadro funcional da


Administração, em:

a) Cargos de carreira: aqueles organizados em uma série de


classes, que consiste nos agrupamentos de cargos da
mesma profissão, com idênticas atribuições,
responsabilidades e vencimentos, estando essas classes
escalonadas em função do grau de hierarquia existente no
serviço, que decorre do nível de responsabilidade e
complexidade de suas atribuições. Nesse caso, é garantido
aos servidores a possibilidade de ascensão funcional, o que
ocorre, normalmente, por meio de promoção.

b) Cargos isolados: apesar de estarem no quadro funcional da


Administração, não estão escalonados; são estanques, não
contando os seus ocupantes com a possibilidade de
progressão, de ascensão funcional.

2) Conforme a sua vocação para retenção de seus ocupantes,


considerando se o servidor tem maior ou menor garantia de
permanência, em:

a) Cargo em comissão: consiste em um lugar no quadro


funcional da Administração que conta com um conjunto de
atribuições e responsabilidades de direção, chefia e
assessoramento. É ocupado em caráter transitório e pode
ser preenchido por qualquer pessoa. É de livre nomeação e
livre exoneração, não dependendo de qualquer justificativa
ou motivação. Assim, não há qualquer garantia de
permanência.

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b) Cargo efetivo: depende de prévia aprovação em concurso


público, sendo que a nomeação é feita em caráter definitivo
e seu ocupante tem a possibilidade de, preenchidos os
requisitos constitucionais (art. 41, CF), adquirir a
estabilidade. Nesse caso, a retirada do servidor não ocorre
de forma livre, dependendo de motivação com prévio
processo administrativo, ou seja, conta com maior garantia
de permanência.

c) Cargo vitalício: é o mais seguro, o que oferece ao servidor a


maior garantia de permanência, pelo fato de o desligamento
só poder ocorrer via processo judicial. Em regra, esse cargo
depende de prévia aprovação em concurso público, como na
Magistratura (art. 95, I, CF) e no Ministério Público (art.
128, §5º, I, “a”, CF), salvo as exceções previstas no texto
constitucional, tais como os Ministros e Conselheiros dos
Tribunais de Contas (art. 73, §3º, CF). Essa garantia se
justifica pela independência necessária à atuação desses
agentes.

 EMPREGO PÚBLICO: é um núcleo de encargo de trabalho


permanente a ser preenchido por agente contratado para desempenhá-
lo, ou seja, também é uma unidade de atribuições e responsabilidades,
distinguindo-se do cargo pelo tipo de vínculo que liga o servidor ao
Estado.

O ocupante de emprego público tem um vínculo contratual e


submete-se ao regime trabalhista (CLT), com a aplicação de algumas
normas do regime público.

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+ VÍNCULO TRABALHISTA

Fonte:
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Para o âmbito federal, a União, com o


objetivo de definir as regras aplicáveis aos empregados públicos, editou
a Lei nº 9.962/00. O diploma estabelece, dentre outras regras, que a
escolha desses empregados deve ser por meio de concurso público (art.
2º), trata-se de um contrato com prazo indeterminado e a sua resilição
não pode ser unilateral (art. 3º). Assim fica afastada a dispensa desses
empregados de forma imotivada, só sendo possível quando ocorrer:
falta grave (art. 482, CLT); acumulação ilegal de cargos, empregos e
funções públicas; necessidade de redução de quadros por excesso de
despesa (art. 169, CF) e insuficiência de desempenho apurada em
processo administrativo.
A criação e a extinção desses empregos públicos também
devem ser feitos por meio de lei.

 FUNÇÃO PÚBLICA: é o conjunto de atribuições às quais não


corresponde um cargo ou emprego (conceito residual), não contando,
assim, com um lugar no quadro funcional da Administração. Segundo
Marinela, consiste no conjunto de atribuições e responsabilidades
assinaladas a um servidor; é a atividade em si mesma, ou seja,

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corresponde às inúmeras tarefas que devem ser desenvolvidas por um


servidor.

A criação e a extinção dessa função também deve ser feita por


meio de lei.

Abrange 2 tipos de situação: função exercida por servidores


contratados temporariamente, para a qual não se exige,
necessariamente, concurso público, e função de natureza permanente,
correspondentes a chefia, direção, assessoramento (função de
confiança, de livre provimento e exoneração).

PARA AS OBSERVAÇÕES:

OBS1) As funções de confiança, exercidas exclusivamente por


servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em comissão,
a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos,
condições e percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se
apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento.

OBS2) No art. 37, II, da Constituição Federal, o constituinte só


exigiu concurso público para a investidura em cargo ou
emprego. Nos casos de função, essa exigência não existe.

Confira os seguintes dispositivos constitucionais:

37. II - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação


prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a
natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei,
ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre
nomeação e exoneração;
(...)
V - as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores
ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos
por servidores de carreira nos casos, condições e percentuais mínimos
previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e
assessoramento

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IMPORTANTE OBSERVAR que os tribunais


brasileiros já sedimentaram o entendimento de que não existe direito
adquirido à manutenção do regime jurídico do servidor público;
o regime jurídico pode ser alterado unilateralmente pelo poder público,
com a simples alteração da lei de regência.

11. (FCC – 2015 - TCM-GO - Auditor Conselheiro Substituto) A


Constituição Federal estabeleceu o concurso público como exigência ao
ingresso na Administração pública objetivando igualar, da melhor forma
possível, as oportunidades de acesso às vagas disponíveis no serviço
público. A partir dessa afirmativa, é correto afirmar:

a) A regra do concurso público incide no acesso aos cargos de


provimento efetivo, não alcançando o procedimento de contratação pela
CLT levado a efeito pela Administração pública, que, neste caso, está
obrigada a realizar processo de seleção simplificado.
b) O servidor que tenha originalmente ingressado na Administração
pública por concurso público pode ser alçado a cargo de outra carreira
sem que, com isso, haja ofensa ao princípio do concurso público, o que
se denomina provimento por derivação.
c) É exceção à regra do concurso público a nomeação para cargo em
comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração, bem como
os casos de contratação por tempo determinado para atender
necessidade temporária de excepcional interesse público.
d) É exceção à regra da prévia aprovação em concurso público de
provas e de provas e títulos o provimento de emprego público em

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autarquias, porquanto estas integram a Administração pública indireta,


que realiza concurso baseado unicamente em títulos.
e) A exigência constitucional do concurso público aplica-se inclusive ao
provimento de cargos em comissão, razão porque os servidores
comissionados, a partir da Constituição Federal de 1988, são dotados
de estabilidade.
Conforme estudado ao longo da aula, as nomeações para cargo
em comissão que forem declarados em lei, são de livre nomeação e
exoneração (art. 37, inciso II, CF).
Gabarito: Letra C

12. (FCC/2009/TCE-GO/Analista Externo) A pessoa legalmente


investida em cargo, de provimento efetivo ou em comissão, com
denominação, função e vencimento próprios, número certo e
remunerado pelos cofres públicos.

Esta é a definição de

a) agente público.

b) particular em colaboração com a Administração.

c) servidor público em sentido amplo.

d) empregado público.

e) funcionário público.

Letra (A). Para Maria Sylvia Zanella Di Pietro, agente público é


toda pessoa física que presta serviços ao Estado e às pessoas jurídicas
da Administração Indireta. Trata-se de um conceito amplo. Logo, está
INCORRETA.

Letra (B). Particulares em colaboração com a Administração


englobam as pessoas físicas que prestam serviços ao Estado, sem
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vínculo empregatício, com ou sem remuneração. Logo, está


INCORRETA.

Letra (C). Servidor público em sentido amplo engloba as pessoas


físicas que prestam serviços ao Estado e às entidades da Administração
Indireta, com vínculo empregatício e mediante remuneração paga pelos
cofres públicos. Logo, está INCORRETA.

Letra (D). Empregados públicos são os servidores públicos


contratados sob o regime da legislação trabalhista (CLT) e ocupantes de
emprego público. Logo, está INCORRETA.

Letra (E). Funcionários públicos são sujeitos ao regime estatutário


(= regime disposto em lei especial para disciplinar os servidores de
determinado ente público) e ocupantes de cargos públicos. Logo, está
CORRETA.

Gabarito: Letra “e”.

13. (FCC – 2015 - TJ-GO - Juiz Substituto) As normas


constitucionais que delineiam os contornos do regime jurídico dos
servidores públicos preconizam a possibilidade de contratação sem
prévio concurso público de provas e títulos para

I. empregos públicos, em sociedades de economia mista e empresas


públicas que atuem em regime de competição no mercado.
II. cargos em comissão, destinados exclusivamente a funções de chefia,
direção e assessoramento.
III. contratações temporárias, limitadas a 20% do quadro permanente
efetivo.
Está correto as situações descritas APENAS em
a) III.

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b) I
c) I e II.
d) II e III.
e) II.
Essa é fácil pessoal. Como já foi estudado, a possibilidade de
contratação sem prévio concurso público de provas e títulos é para os
cargos em comissão, que são voltados a três funções, tais elas:
CHEFIA, DIREÇÃO e ASSESSORAMENTO.
Gabarito – Letra E.

14. FCC - 2010 - TRT - 9ª REGIÃO (PR) - Técnico Judiciário) No


tocante aos cargos, empregos e funções públicos, é INCORRETO
afirmar:

a) Cargo em comissão é o que somente admite provimento em


caráter provisório, sendo declarados em lei de livre nomeação e
exoneração, destinando-se apenas às atribuições de direção, chefia e
assessoramento.

b) Todo cargo tem função, mas pode haver função sem cargo.

c) Cargo isolado é aquele que não se escalona em classes, por ser


o único na sua categoria.

d) Classe consiste no agrupamento de carreiras de mesma


profissão, com idênticas atribuições, responsabilidades e vencimentos.

e) O cargo de chefia pode ser de carreira ou isolado, de


provimento efetivo ou em comissão, tudo dependendo da lei que o
instituiu.

Vamos ver se você acertou?


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Letra (A). Os cargos em comissão são preenchidos por servidores


de carreira nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em
lei, destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e
assessoramento. São de caráter provisório. Independente de quanto
tempo o servidor exerça aquele cargo, ele não adquirirá estabilidade em
decorrência do exercício de cargo comissionado. Logo, está CORRETA.

Letra (B). Não existe cargo sem função, uma vez que todo cargo
encerra um conjunto de atribuições. Mas podem existir funções sem um
cargo específico correspondente. Logo, está CORRETA.

Letra (C). O cargo isolado é aquele que não possui classes por ser
o único cargo de sua carreira. Logo, está CORRETA.

Letra (D). O conjunto de cargos da mesma profissão, com as


mesmas atribuições, responsabilidades e vencimentos idênticos, é a
denominada classe. É o conjunto de cargos e não de carreiras. Logo,
está INCORRETA.

Letra (E). Segundo Hely Lopes Meirelles o cargo de chefia é o que


se destina à direção de serviços. Pode ser de carreira ou isolada, de
provimento efetivo ou em comissão, tudo dependendo da lei que o
instituir. Logo, está CORRETA.

Reposta: letra D

15. (FCC – 2013 – TRT 5ª Região (BA) – Analista Judiciário –


Oficial de Justiça Avaliador) As normas constitucionais que instituem e
disciplinam direitos dos servidores públicos, estabelecem que

a) os cargos efetivos são disponíveis apenas aos brasileiros


natos, sendo possível disponibilizar a estrangeiros, na forma da lei,

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apenas empregos públicos a serem preenchidos na Administração


indireta.

b) a aprovação em concurso público gera apenas expectativa


de direito à nomeação, podendo a Administração optar pela realização
de novo certame, independentemente de prazo, como forma de
expressão de seu poder discricionário.

c) fica vedado aos servidores públicos, de todas as esferas, o


exercício do direito de greve, devendo essa categoria se restringir a
protestos pacíficos, sem paralisação, a fim de privilegiar a
essencialidade intrínseca a todos os serviços públicos.

d) é possível excepcionar a regra da obrigatoriedade do


concurso público, tal como a contratação por tempo determinado, nos
casos e na forma prevista em lei.

e) a remuneração dos servidores ocupantes de cargo efetivo


pode ser alterada mediante decreto autônomo, prescindindo da edição
de lei específica para tanto.

Letra (A). Os cargos, empregos e funções públicas são


acessíveis aos brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em
lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei (art. 37, inciso I,
da CF). Além disso, os brasileiros podem ser natos ou naturalizados,
ressalvado alguns cargos específicos que exigem que sejam natos.
Portanto, está INCORRETA.

Letra (B). O prazo de validade do concurso público será de até


dois anos, prorrogável uma vez, por igual período (art. 37, inciso III, da
CF). Logo, está INCORRETA.

Letra (C). O direito de greve será exercido nos termos e nos


limites definidos em lei específica (art. 37, inciso VII, da CF). Diante da

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falta de lei para regular a greve no serviço público, o Supremo Tribunal


Federal decidiu que, enquanto não for elaborada tal regulamentação,
valem as regras previstas para o setor privado(Lei nº 7.783/89). Logo,
está ERRADA.

Letra (D). A lei estabelecerá os casos de contratação por


tempo determinado para atender a necessidade temporária de
excepcional interesse público (art. 37, inciso IX, da CF). Logo, está
CORRETA.

Letra (E). A remuneração dos servidores públicos e o subsídio


somente poderão ser fixados ou alterados por lei específica,
observada a iniciativa privativa em cada caso, assegurada revisão geral
anual, sempre na mesma data e sem distinção de índices (art. 37,
inciso X, da CF). Portanto, está ERRADA.

Gabarito: D

16. (FCC - 2010 - TRT - 9ª REGIÃO (PR) - Técnico Judiciário) No


tocante aos cargos, empregos e funções públicos, é INCORRETO
afirmar:

a) Cargo em comissão é o que somente admite provimento em


caráter provisório, sendo declarados em lei de livre nomeação e
exoneração, destinando-se apenas às atribuições de direção, chefia e
assessoramento.

b) Todo cargo tem função, mas pode haver função sem cargo.

c) Cargo isolado é aquele que não se escalona em classes, por ser


o único na sua categoria.

d) Classe consiste no agrupamento de carreiras de mesma


profissão, com idênticas atribuições, responsabilidades e vencimentos.

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e) O cargo de chefia pode ser de carreira ou isolado, de


provimento efetivo ou em comissão, tudo dependendo da lei que o
instituiu.

Letra (A). Os cargos em comissão são preenchidos por servidores


de carreira nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em
lei, destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e
assessoramento. São de caráter provisório. Independente de quanto
tempo o servidor exerça aquele cargo, ele não adquirirá estabilidade em
decorrência do exercício de cargo comissionado. Logo, está CORRETA.

Letra (B). Não existe cargo sem função, uma vez que todo cargo
encerra um conjunto de atribuições. Mas podem existir funções sem um
cargo específico correspondente. Logo, está CORRETA.

Letra (C). O cargo isolado é aquele que não possui classes por ser
o único cargo de sua carreira. Logo, está CORRETA.

Letra (D). O conjunto de cargos da mesma profissão, com as


mesmas atribuições, responsabilidades e vencimentos idênticos, é a
denominada classe. É o conjunto de cargos e não de carreiras. Logo,
está INCORRETA.

Letra (E). Segundo Hely Lopes Meirelles o cargo de chefia é o que


se destina à direção de serviços. Pode ser de carreira ou isolada, de
provimento efetivo ou em comissão, tudo dependendo da lei que o
instituir. Logo, está CORRETA.

Resposta: letra D

17. (FCC/2010/TRT-8ª Reg/Técnico Judiciário ) As funções de


confiança serão exercidas

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a) por servidor designado mesmo que não ocupe cargo na


Administração Pública.

b) preferencialmente por servidores ocupantes de cargo efetivo.

c) alternadamente por ocupantes de cargo efetivo e de cargo em


comissão.

d) exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo.

e) por servidor aposentado que retorna ao serviço público, sem


ocupar cargo.

Letra (A). O servidor deve ser ocupante de cargo efetivo na


Administração Pública obrigatoriamente. Logo, está INCORRETA.

Letra (B). O servidor deve ser ocupante exclusivamente de cargo


efetivo. Logo, está INCORRETA.

Letra (C). Todas as funções de confiança só podem ser


designadas a ocupantes de cargo efetivo. Logo, está INCORRETA.

Letra (D). As funções de confiança, exercidas exclusivamente por


servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em comissão, a
serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e
percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às
atribuições de direção, chefia e assessoramento (art. 37, inciso V, CF).
Logo, está CORRETA.

Letra (E). A função de confiança é exclusiva para ocupantes de


cargos efetivos. Logo, está INCORRETA.

Gabarito: Letra “d”.

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18. (CESPE - 2011 - TRE-ES - Analista Judiciário - Área


Administrativa - Específicos) Cargo público é o conjunto de atribuições e
responsabilidades que, previstas na estrutura organizacional, devem ser
cometidas a um servidor.

CARGO PÚBLICO: conjunto de atribuições e responsabilidades


previstas na estrutura organizacional que devem ser cometidas a um
servidor, criando com este um vínculo estatutário. Acessível a todos
os brasileiros, criado por lei, com denominação própria e vencimento
pago pelos cofres públicos, para provimento em caráter efetivo ou em
comissão. Aquele que ocupa o cargo público é chamado de
funcionário público

Resposta: Certo.

19. (CESPE - 2013 - TC-DF - Procurador) A promoção constitui


investidura derivada, enquanto a nomeação traduz investidura
originária do servidor público.

Meus caros, saiba desde já que a única forma de provimento


originário é a nomeação, qualquer outra é derivada.
Gabarito: Certo.

a. Criação de cargos

E como se dá a criação, transformação e extinção de cargos,


empregos e funções públicas?

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No âmbito federal, isso ocorre por meio de lei, da competência do


Congresso Nacional. A iniciativa dessa lei é privativa do Presidente da
República, quando se tratar de cargos, funções ou empregos públicos
na administração federal direta e autárquica.

De acordo com o princípio do paralelismo, o STF considera que os


Estados devem seguir o mesmo modelo. Portanto, nos Estados-
membros, o Governador tem a iniciativa do projeto de lei e a
Assembleia Legislativa tem a competência de editá-la.

No caso específico de cargo ou função pública que estejam


vagos, a extinção pode ser feita mediante decreto do próprio Chefe
do Executivo (não precisa edição de lei pelo Legislativo).

A extinção de função ou cargo público preenchido


somente poderá ser efetivada mediante lei; caso o cargo esteja
vago, a competência para sua extinção é privativa do Chefe do
Poder Executivo, mediante decreto autônomo.

20. (CESPE - 2011 - TCU - Auditor Federal de Controle Externo)


Apesar do princípio da legalidade, que norteia toda a administração
pública, o presidente da República pode dispor, por meio de decreto,
sobre a organização e o funcionamento da administração federal se isso
não implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos
públicos.

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Compete privativamente ao Presidente da República, a organização


e funcionamento da administração federal, quando não implicar
aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos,
segundo o artigo 84, VI, da Constituição Federal. Item certo.

b. Acessibilidade a brasileiros e estrangeiros

Marinela conceitua acessibilidade como o conjunto de regras e


princípios que regulam o ingresso de pessoas nos quadros da
Administração Pública.

De acordo com o art. 37, I, da Constituição Federal, os cargos,


empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que
preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos
estrangeiros, na forma da lei. Trata-se do princípio da ampla
acessibilidade.

Os referidos requisitos estabelecidos em lei devem,


obrigatoriamente, mostrar-se necessários ao adequado desempenho da
função pública correspondente. Além disso, é vedado o
estabelecimento de exigências ou condições pelos editais de concursos
públicos que não possuam amparo legal. OBS: a EC nº 45/2004
estabeleceu duas hipóteses novas de requisitos constitucionais
especificamente para o acesso aos cargos de juiz e de membro
do Ministério Público, tanto estaduais quanto federais. A
referida emenda passou a exigir do bacharel em direito, em
ambos os casos, no mínimo 3 anos de atividade jurídica, além da
aprovação em concurso público de provas e títulos.

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No caso dos brasileiros, natos ou naturalizados, basta o


atendimento aos requisitos da lei para que se tenha a possibilidade de
acesso aos cargos, empregos e funções públicas. Já para os
estrangeiros, é necessária a edição de lei que estabeleça as condições
de ingresso; por exemplo, o art. 5º, §3º, da Lei nº 8.112/90 prevê que
as universidades e instituições de pesquisa científica e tecnológica
federais poderão prover seus cargos com professores, técnicos e
cientistas estrangeiros.

Segundo Fernanda Marinela, esse conjunto de normas que define


os requisitos e parâmetros para o acesso ao serviço público deve ser
respeitado rigorosamente pelos Administradores, gerando, assim, no
que tange aos parâmetros exigidos, um direito subjetivo para os
candidatos a essas vagas, sendo vedada qualquer possibilidade de
discriminação abusiva, o que gera flagrante desrespeito ao princípio da
isonomia.

Quanto aos brasileiros, é importante ressaltar a exceção do art.


12, §3º, da CF, que listou alguns cargos que só podem ser preenchidos
por brasileiros natos, em razão da segurança nacional.

Art. 12.§3º - São privativos de brasileiro nato os cargos:


I - de Presidente e Vice-Presidente da República;
II - de Presidente da Câmara dos Deputados;
III - de Presidente do Senado Federal;
IV - de Ministro do Supremo Tribunal Federal;
V - da carreira diplomática;
VI - de oficial das Forças Armadas.
VII - de Ministro de Estado da Defesa (Incluído pela Emenda Constitucional nº
23, de 1999)

Além disso, exige-se a qualidade de brasileiro nato aos cidadãos


que vão ocupar as seis vagas no Conselho da República (art. 89, VII).

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Esse tópico não pode ser encerrado sem a seguinte transcrição da


Lei nº 8.112/90, que trata da contratação de professores estrangeiros:

Art. 5º (...)
§ 3o As universidades e instituições de pesquisa científica e tecnológica
federais poderão prover seus cargos com professores, técnicos e cientistas
estrangeiros, de acordo com as normas e os procedimentos desta Lei.

21. (FCC – 2010 - TRT-8ª Região - Técnico Judiciário) Sobre cargo


público é correto afirmar:

a) Cargo público e emprego público são expressões sinônimas.

b) Os cargos públicos são acessíveis aos brasileiros que preencham


os requisitos estabelecidos em lei e aos estrangeiros, na forma da lei.

c) Cargo em Comissão pode ser provido em caráter permanente.

d) Nem todo cargo tem função, mas a toda função corresponde um


cargo.

e) A criação de cargo pode se feita por decreto do Chefe do Poder


Executivo.

Letra (A). Cargo público é o conjunto de atribuições e


responsabilidades previstas na estrutura organizacional que devem ser
cometidas a um servidor, criando com este um vínculo estatutário.
Acessível a todos os brasileiros, criado por lei, com denominação
própria e vencimento pago pelos cofres públicos, para provimento em
caráter efetivo ou em comissão. Já o emprego público é uma unidade
de atribuições, distinguindo-se do cargo pelo tipo de vínculo que liga o
servidor ao Estado. O ocupante de emprego público tem um vínculo
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contratual. Portanto, não são expressões sinônimas. Logo, está


INCORRETA.

Letra (B). Os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis


aos brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim
como aos estrangeiros, na forma da lei (art. 37, inciso I, CF). Logo, está
CORRETA.

Letra (C). Os cargos em comissão são livres de nomeação e


exoneração, portanto não podem ser permanentes. Logo, está
INCORRETA.

Letra (D). Não existe cargo sem função, uma vez que todo cargo
encerra um conjunto de atribuições. Além disso, nem toda função
corresponde a um cargo, são os casos por exemplo, das funções
ocupadas por aqueles contratados temporariamente e das funções de
livre provimento. Logo, está INCORRETA.

Letra (E). O cargo público somente pode ser criado por lei, o chefe
do executivo poderá apenas extinguir os cargos quando vagos, mas
nunca criá-los. Logo, está INCORRETA.

Gabarito: Letra “b”.

22. (FCC - 2012 - TRT - 11ª Região (AM) - Juiz do Trabalho)


Integra o regime constitucional dos servidores públicos a regra segundo
a qual

a) as funções de confiança, exercidas exclusivamente por


indivíduos que não ocupem cargo efetivo, e os cargos em comissão, a
serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e
percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às
atribuições de direção, chefia e assessoramento.

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b) é garantido ao servidor público civil o direito à livre associação


sindical, mediante autorização, em cada caso, da pessoa da
Administração a que se vincule.

c) os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos


brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim
como aos estrangeiros, na forma da lei.

d) a investidura em cargo ou emprego público depende de


aprovação prévia em concurso público de provas, de provas e títulos, ou
de títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou
emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para
cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração.

e) o prazo de validade do concurso público será de até quatro


anos, prorrogável uma vez, por igual período.

No caso de função de confiança, como vimos, a designação para o


seu exercício deve recair, obrigatoriamente, sobre servidor ocupante
de cargo efetivo. A questão afirma “as funções de confiança, exercidas
exclusivamente por indivíduos que não ocupem cargo efetivo” por isso a
alternativa “a” está errada.

O art. 37, VI, da Constituição Federal garante ao servidor público


civil o direito à livre associação sindical. Alternativa “b” errada.

De acordo com o art. 37, I, da Constituição Federal, os cargos,


empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que
preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos
estrangeiros, na forma da lei. Letra “c” correta.

O Art. 37, II CF/88 afirma que a investidura em cargo ou emprego


público depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou
de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do

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cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações


para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e
exoneração. Letra “d” errada.

Conforma a Constituição Federal: Art. 37, III CF/88 - o prazo de


validade do concurso público será de até dois anos, prorrogável uma
vez, por igual período. Letra “d” errada.

Gabarito: Letra “c”.

23. (CESPE - 2013 - TCE-RS - Oficial de Controle Externo)


Professor estrangeiro que resida no Brasil e pretenda ocupar cargo
público em universidade federal somente poderá atuar como professor
visitante, visto que a investidura em cargo público é restrita a
brasileiros natos ou naturalizados.

A disposição constitucional que guiará nosso raciocínio para


essa questão é o artigo 37, I. Os cargos públicos são acessíveis tanto a
brasileiros que preencham os requisitos quanto a estrangeiros, na
forma da lei. Veja que a questão do estrangeiro na maioria das vezes é
fonte de dúvidas, mas agora, você já gravou o dispositivo constitucional
que permite a investidura.
Além disso, a Lei 8.112 prevê expressamente a
possibilidade de as Universidades e instituições de pesquisa proverem
seus cargos com professores, técnicos e cientistas estrangeiros.
Portanto o gabarito é: Errado.

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c. Exigência de concurso público

A investidura em cargo ou emprego público depende de


aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos,
de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na
forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em
comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração.

Esse dispositivo é aplicável à administração direta e indireta,


inclusive para o preenchimento de empregos nas empresas
públicas e sociedades de economia mista, pessoas jurídicas de
direito privado integrantes da administração indireta.

Ao falar em concurso público, a Constituição Federal está exigindo


procedimento aberto a todos os interessados, ficando vedados os
chamados concursos internos, só abertos a quem já pertence ao quadro
de pessoal da Administração Pública. Além disso, deve-se propiciar igual
oportunidade de acesso a cargos e empregos públicos a todos os que
atendam aos requisitos estabelecidos de forma geral e abstrata em lei.

Marinela entende que o concurso público é um procedimento


administrativo colocado à disposição da Administração Pública para a
escolha de seus futuros servidores. Representa a efetivação de
princípios como a impessoalidade, a isonomia, a moralidade
administrativa, permitindo que qualquer um que preencha os requisitos,
sendo aprovado em razão de seu mérito, possa ser servidor público,
ficando afastados os favoritismos e perseguições pessoais, bem como o
nepotismo.

Como bem lembrado por Marinela, para evitar


os abusos, os Tribunais Superiores vem realizando um papel
fundamental para aplicação dessa exigência, reconhecendo, por
exemplo:

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1) a impossibilidade de provimento ou deslocamento de um


servidor para cargos de carreiras diversas, antigamente
denominadas transposição ou ascensão funcional (Súmula nº
685 do STF);

2) a impossibilidade de transformação de cargos ou a


transferência de servidores celetistas não submetidos a
concurso público para servidores estatutários, o que pressupõe
a ocupação de cargos efetivos (ADI 248/RJ, STF – Tribunal
Pleno, Rel. Min. Celso de Mello, DJ: 08.04.1994; RMS
13604/RO, STJ – Sexta Turma, Rel. Min. Paulo Medina, julg:
03.03.2005, DJ: 18.04.2005);

3) a proibição para criação de novas carreiras com inúmeros


cargos para serem preenchidos com antigos servidores de
carreiras diversas, independentemente de serem eles celetistas
ou estatutários. Nova carreira exige novo concurso público;

4) ser vedado o aproveitamento de servidores de um ente político


em cargos ou empregos de outros entes públicos. A exigência
de concurso público se refere à investidura em cargo ou
emprego público de carreira de cada pessoa jurídica de direito
público, não autorizando o provimento inicial de cargo ou
emprego de entidade política diversa (ADI 402, STF – Tribunal
Pleno, Rel. Min. Moreira Alves, DJ: 20.04.2001);

5) ser proibido o aproveitamento de servidores de cargos extintos


em outros cargos em que não haja plena identidade
substancial entre eles, compatibilidade funcional e
remuneratória e equivalência dos requisitos exigidos em
concurso (ADI 3.051/MG, STF – Tribunal Pleno, Rel. Min. Carlos
Britto, DJ: 28.10.2005; EREsp 279.920/PE, Rel. Min. Paulo
Medina, DJ: 06.02.2006).

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CUIDADO COM AS EXCEÇÕES, MEUS CAROS!!!

Para os cargos em comissão e para a contratação por tempo


determinado (contratos temporários) para atender a necessidade
temporária de excepcional interesse público, dispensa-se o concurso
público. Também a nomeação dos membros dos Tribunais não
necessita ser precedida de concurso público. Outras exceções são:
cargos de mandato eletivo e ex-combatentes que tenham
efetivamente participado das operações bélicas da Segunda Guerra
Mundial.

Segundo o art. 11 da Lei nº 8.112/90, o concurso será de provas


ou de provas e títulos, podendo ser realizado em duas etapas, conforme
dispuserem a lei e o regulamento do respectivo plano de carreira,
condicionada a inscrição do candidato ao pagamento do valor fixado no
edital, quando indispensável ao seu custeio, e ressalvadas as hipóteses
de isenção nele expressamente previstas

Importante perceber que o concurso público deverá ser de


provas ou de provas e títulos, ficando, assim, proibida a realização
de contratações para cargos ou empregos efetivos com base em análise
exclusiva de títulos ou currículos ou quaisquer outros procedimentos
que não incluam a realização de provas.

No Brasil, hoje é vedada a prova somente de


títulos por prejudicar a disputa igualitária. A prova de titulação não
pode ser o único parâmetro para seleção de candidatos a cargo ou
emprego público, sob pena de excluir as pessoas que estão no início da

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carreira, servindo apenas como mecanismo para definir a classificação


dos candidatos no concurso.

A regra da acessibilidade e do concurso visa dar a todos iguais


oportunidades, não se admitindo distinções entre brasileiros natos e
naturalizados, exceto hipóteses do art. 12, §3º, da CF, nem mesmo as
distinções em razão de idade e sexo, exceto aquelas distinções cuja
natureza do cargo assim o exigir, desde que previstas em lei.

A exigência de 3 anos de atividade jurídica para as carreiras da


Magistratura e do Ministério Público é possível no concurso
independente de lei formal para instituí-la, isso porque trata-se de regra
expressa na Constituição Federal a partir do advento da EC nº 45/2004
(arts. 95, I, e 129, §3º). Inclusive, essa norma já foi objeto da ADI nº
3.460 no STF, sendo declarada constitucional.

Admite-se a exigência de aprovação em exame psicotécnico


para provimento de alguns cargos públicos, com vistas à avaliação
pessoal, intelectual e profissional do candidato. No entanto, exige-se a
presença dos seguintes pressupostos:

a) haver previsão legal, sendo insuficiente mera exigência no


edital. Segundo a Súmula nº 686 do STF, só por lei se pode
sujeitar a exame psicotécnico a habilitação de candidato a
cargo público.

b) ser realizado a partir de critérios objetivos de aferição da


capacidade psicológica do candidato, por meio da
cientificidade. Não pode haver subjetivismos tampouco
discriminação dos candidatos;

c) ser passível de recurso pelo candidato.

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Caso não obedeça a essas exigências, será uma avaliação ilegal,


devendo ser anulada, de forma a submeter o candidato a um novo
exame válido. Essa anulação não gera para o candidato o direito de
continuar ou obter aprovação automática nas demais fases do certame,
devendo o teste ser repetido.

1) Segundo a jurisprudência do STF e STJ, somente por lei pode o


Administrador estabelecer critérios discriminatórios em concurso
público, tais como sexo, limite de idade, altura, peso, exame
psicotécnico (Ag Reg no AI 534560, STF – Primeira Turma, Rel. Min.
Ricardo Lewandowski, DJ: 25.08.2006; e AgRg no REsp 748271/RS, STJ
– Quinta Turma, Relª Minª Laurita Vaz, Julg: 11.12.2008, DJe:
09.02.2009).

2) Conforme Súmula nº 683 do STF, o limite de idade para


inscrição em concurso público só se legitima em face do art. 7º, XXX,
da Constituição, quando possa ser justificado pela natureza das
atribuições do cargo a ser preenchido. No Agravo em Recurso
Extraordinário nº ARE 678112 o STF definiu que é possível sim limitar a
idade em concurso para a carreira de polícia civil: “Segundo o ministro
Fux, a decisão do TJ-MG está em consonância com a jurisprudência da
Corte, razão pela qual não merece reparos. ‘Insta saber se é razoável
ou não limitar idade para ingressar em carreira policial, a par da
aprovação em testes médicos e físicos. Com efeito, o Supremo tem
entendido, em casos semelhantes, que o estabelecimento de limite de
idade para inscrição em concurso público apenas é legítimo quando
justificado pela natureza das atribuições do cargo a ser preenchido’,
concluiu”.

4) A jurisprudência do STF e STJ fixou no sentido de que o exame


psicotécnico pode ser estabelecido para concurso público desde que por
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lei, tendo por base critérios objetivos de reconhecido caráter científico,


devendo existir, inclusive, a possibilidade de reexame (RE 473719
AgR/DF, STF – Segunda Turma, Rel. Min. Eros Grau, julg: 17.06.2008,
DJe: 31.07.2008; e RMS 29087/MS, STJ – Quinta Turma, Rel. Min. Felix
Fischer, julg: 05.05.2009, DJe: 01.06.2009).

Quanto às regras a serem observadas pelos candidatos no


momento da inscrição para o certame, devem ser previstas no edital,
não podendo a Administração extrapolar as suas exigências. Além
disso, essas condições devem ser razoáveis, guardar compatibilidade
com as atribuições do cargo e estar previstas na lei que disciplina a
carreira.

Em qual momento deve o candidato demonstrar o


preenchimento dos requisitos??? No momento da inscrição, na hora da
prova, na nomeação ou na posse??? A fim de escolher o momento
certo, deve o Administrador verificar quando o requisito em questão é
condicionante. Por exemplo, a Súmula nº 266 do STJ traz o
entendimento de que o diploma ou habilitação legal para o exercício do
cargo deve ser exigido na posse e não na inscrição para o concurso
público.

No tocante à taxa de inscrição, a jurisprudência já reconheceu


como inconstitucionais as normas que vinculam a taxa de inscrição ao
salário-mínimo (ADI 1568 MC/ES, STF – Tribunal Pleno, Rel. Min. Carlos
Velloso, julg: 26.05.1997, DJe: 20.06.1997). Quanto à isenção, no caso
dos concursos no âmbito do Poder Executivo Federal, o Decreto nº
6.593/08 concede para candidato inscrito no Cadastro único de
Programas sociais ou membro de família de baixa renda.

No caso de indeferimento do pedido de inscrição, a autoridade


deve demonstrar os motivos que justificaram a exclusão do candidato.

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Nesse sentido, a Súmula nº 684 do STF: “É inconstitucional o veto não


motivado à participação de candidato a concurso público.”.

Os atos praticados em concurso público são atos administrativos


e, por isso, estão sujeitos à publicidade, devendo ser praticados com
os cuidados necessários para atender a seus objetivos e cumprir as
exigências do ordenamento jurídico.

1) Conforme jurisprudência do STJ: “(...) 1. Muito embora não


houvesse previsão expressa no edital do certame de intimação pessoal
do candidato acerca de sua nomeação, em observância aos princípios
constitucionais da publicidade e da razoabilidade, a Administração
Pública deveria, mormente em face do longo lapso temporal decorrido
entre a homologação do concurso e a nomeação do recorrente (mais de
três anos), comunicar pessoalmente o candidato sobre sua nomeação,
para que pudesse exercer, se fosse de seu interesse, seu direito à
posse. (...) é dever da Administração conferir aos seus atos a mais
ampla divulgação possível, principalmente quando os administrados
forem individualmente afetados (...) (RMS 21.554, STJ – Sexta Turma,
Rel.ª Min.ª Maria Tereza de Assis Moura, julg: 04.05.2010, DJ:
02.08.2010).

2) Assim reconhece o STJ: “(...) 1. O edital, em regra, deve


prever a forma como tornará pública a convocação dos candidatos para
as etapas do concurso público e, se possível, a data em que ocorrerá tal
ato, considerando o princípio da publicidade e a circunstância de não ser
razoável exigir do cidadão que, diariamente, leia o Diário Oficial. (...)”
(RMS 22508/BA, STJ – Quinta Turma, Rel. Min. Arnaldo Esteves, julg:
03.04.08, DJe: 02.06.08).

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No dia 15.12.2011, foi aprovada a Lei nº


12.550, que inseriu no Código Penal o art. 311-A, passando a tipificar
como crime a conduta de utilizar ou divulgar, indevidamente, com o fim
de beneficiar a si ou a outrem, ou de comprometer a credibilidade do
certame, conteúdo sigiloso de concurso público, avaliação ou exame
público, processo seletivo para ingresso no ensino superior ou exame ou
processo seletivo previstos em lei.

Como princípio específico do concurso público, tem-se a


vinculação ao instrumento convocatório. Por essa razão, a doutrina
diz que o edital é a lei interna do concurso, valendo ressaltar que o
Administrador tem liberdade para definir seu conteúdo. Trata-se de
uma decisão discricionária da autoridade, observando a conveniência e
a oportunidade para o interesse público, que se exaure com sua
publicação, estando a autoridade públia, a partir desse momento,
vinculada a seus ditames. Assim, com a publicação, o edital transforma-
se em ato vinculado.

Em relação à mudança em edital de concurso, a jurisprudência só


admite em caráter excepcional, como ocorre com a superveniência de
norma legal que estabeleça novas regras para a carreira, mas deve-se
sempre observar todos os princípios pertinentes à atuação da
Administração Pública, como isonomia, impessoalidade, publicidade,
além de outros.

Nos termos do art. 37, II, da Constituição, o prazo de validade


do concurso público será de até dois anos (ou seja, o edital pode fixar
um prazo inferior), prorrogável uma vez, por igual período. A
prorrogação fica a critério da Administração, inexistindo, para os
candidatos aprovados, direito subjetivo a essa prorrogação.

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Esse prazo é contado da homologação do concurso, que é o ato


administrativo mediante o qual a autoridade competente certifica que o
procedimento do concurso foi válida e regularmente concluído.

O prazo de validade do concurso e as condições de sua realização


serão fixados em edital, que será publicado no Diário Oficial da União e
em jornal diário de grande circulação.

1) È indispensável que essa decisão de prorrogar seja


tomada antes de vencer o primeiro período, pois é impossível prorrogar
algo que não existe mais (RE 352258/BA, STF – Segunda Turma, Rel.ª
Min.ª Ellen Gracie, DJ: 14.05.2004).

2) A prorrogação é uma decisão discricionária do


administrador que deverá ser devidamente fundamentada, levando em
consideração a conveniência e a oportunidade do interesse público
(AgRg no REsp 834175/DF, STJ – Sexta Turma, Rel. Min. Vasco Della
Giustina (Desembargador convocado do TJ/RS), julg: 28.06.2011, DJe:
03.08.2011). Essa decisão é passível de revogação, desde que o prazo
de prorrogação não tenha ainda iniciado (STF, RE 301.163, Rel. Min.
Eros Grau, julg: 25.11.2004).

NÃO SE ESQUEÇA DISSO JAMAIS:

A orientação atual do STF é que a aprovação em concurso


público, dentro do número de vagas fixado no edital e enquanto
válido o certame, cria para o candidato direito adquirido à
nomeação e não mera expectativa de direito, obedecida,
evidentemente, a ordem de classificação. Entretanto, a

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administração tem direito de efetuar parceladamente as


nomeações, dentro do prazo de validade do concurso.

Reconhece o STF que a Administração Pública tem o dever de


boa-fé, o dever incondicional às regras do edital, inclusive quanto às
vagas, além do respeito à segurança jurídica como princípio de proteção
à confiança. Admite ainda que o direito à nomeação é uma garantia
fundamental da plena efetividade do princípio do concurso público.

No entanto, vale ressaltar que, apesar de reconhecido o direito


subjetivo à nomeação, tal garantia não é absoluta, admitindo o STF que
em situações excepcionalíssimas a Administração motivadamente
poderá não nomear. Tais situações exigem algumas características
como a superveniência do fato, a imprevisibilidade, a gravidade
exigindo acontecimentos extremamente graves, além da necessidade,
ou seja, a não nomeação deve ser uma solução drástica e excepcional.

O STJ foi ainda mais longe: se o edital não fixar o número de


vagas, ou seja, se o concurso for apenas para o “cadastro de
reserva”, o primeiro colocado no concurso tem direito à
nomeação, pois se presume que há uma vaga disponível (AgRg
no RMS 33.426-RS).

Veja ainda o que disse o STJ:

O candidato aprovado fora das vagas previstas originariamente no


edital, mas classificado até o limite das vagas surgidas durante o
prazo de validade do concurso, possui direito líquido e certo à
nomeação se o edital dispuser que serão providas, além das vagas
oferecidas, as outras que vierem a existir durante sua validade.

MAS ATENÇÃO!!!

Mais recentemente o STJ limitou o direito subjetivo à


nomeação para cargos criados no curso do prazo de validade do
concurso e julgou no sentido de que, “ainda que sejam criados novos
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cargos durante a validade do concurso, a Administração Pública não


poderá ser compelida a nomear candidato aprovado fora do
número de vagas oferecidas no edital de abertura do certame na
hipótese em que inexista dotação orçamentária específica” (RMS
37.700-RO, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, julgado em 4/4/2013).

Portanto, existe uma condição para que o candidato aprovado fora


do número de vagas seja nomeado para cargos novos criados durante a
validade do concurso: Deve haver dotação orçamentária específica!

Assim, chegamos às seguintes conclusões:

- quem passou dentro do número de vagas tem direito subjetivo à


nomeação (= o Estado tem a obrigação de nomear) – STF

- concurso só para cadastro de reserva: candidato aprovado em


1º lugar tem direito subjetivo à nomeação – STJ

- candidato aprovado fora das vagas do edital, mas dentro das


vagas surgidas no prazo de validade do certame só tem direito à
nomeação se existir dotação orçamentária específica para a nomeação –
STJ.

Ainda quanto ao concurso público, há a regra do art. 37, IV, da


Constituição Federal:

IV - durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação, aquele


aprovado em concurso público de provas ou de provas e títulos será
convocado com prioridade sobre novos concursados para assumir cargo ou
emprego, na carreira

Esse dispositivo da Constituição estabelece prioridade para a


nomeação de aprovados em um concurso anterior ainda dentro do
prazo de validade sobre os aprovados no novo concurso para o mesmo
cargo ou emprego.

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Para resguardar a aplicação desse dispositivo constitucional, a Lei


nº 8.112/90 proíbe a abertura de concurso público para determinado
cargo ou emprego enquanto ainda esteja dentro do prazo de validade
um concurso anterior realizado pela mesma administração.

Art. 12 (...) § 2o Não se abrirá novo concurso enquanto houver candidato


aprovado em concurso anterior com prazo de validade não expirado.

E se um candidato passou em 1º lugar, mas a administração


convocou o 3º da lista?

O 1º lugar tem direito adquirido à nomeação se a administração


nomear antes dele outro candidato que haja obtido colocação inferior no
certame.

O art. 37, §2º, da Constituição Federal, estabelece que a não


observância da exigência de concurso público, respeitado seu prazo de
validade, implicará na nulidade do ato e na punição da autoridade
responsável.

ATENÇÃO!!!!

Em virtude da exigência constitucional de aprovação em concurso


público específico para cada cargo, o servidor público desviado de
suas funções não pode ser reenquadrado, mas tem direito ao
recebimento, como indenização, da diferença remuneratória entre os
vencimentos do cargo efetivo e os daquele exercido de fato.

Também não se admite a transposição de cargos públicos, ou


seja, a mudança das funções de um servidor de determinada carreira
para as funções de outra carreira, seja mediante ato administrativo seja
mediante lei, sob pena de se violar a regra do concurso público.

Quanto aos portadores de deficiências, o art. 37, VIII, da


Constituição Federal, dispõe que a lei reservará percentual dos cargos e

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empregos públicos para as pessoas portadoras de deficiência e definirá


os critérios de sua admissão.

A Lei nº 8.112/90 prevê esse percentual da seguinte forma, em


seu art. 5º:

§ 2o Às pessoas portadoras de deficiência é assegurado o direito de se


inscrever em concurso público para provimento de cargo cujas atribuições
sejam compatíveis com a deficiência de que são portadoras; para tais pessoas
serão reservadas até 20% (vinte por cento) das vagas oferecidas no
concurso.

Veja que a lei autoriza a reserva de até 20% das vagas aos
portadores de necessidades especiais.

Para a Súmula nº 377 do STF, o portador de visão monocular tem


direito de concorrer, em concurso público, às vagas reservadas aos
deficientes.

No que tange à possibilidade de controle dos concursos


públicos, a orientação jurisprudencial é de que o Poder Judiciário não
pode controlar todos os aspectos do concurso, como, por exemplo,
adentrar nos critérios estabelecidos no edital, nem tampouco se imiscuir
no mérito das correções das questões da prova (ex: o juiz não pode, via
de regra, afirmar que o examinador do concurso está errado ao dar o
gabarito da questão como certo ou errado e alterar o gabarito da
questão do concurso). Esses aspectos, de acordo com a jurisprudência
majoritária, são considerados mérito administrativo, sobre qual o
Poder Judiciário não pode interferir.

Contudo, assim como todo ato administrativo, o concurso público


é sujeito ao controle de legalidade em sentido amplo, ou seja, o juiz
pode declarar a nulidade de um edital se verificar que ele apresenta
disposições contrárias à lei.

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Dessa forma, admite-se o controle dos concursos no que diz


respeito às regras e exigências do edital considerando a aplicação de
todos os princípios constitucionais, tais como isonomia, razoabilidade,
proporcionalidade, moralidade, impessoalidade e outros, considerando
tratar-se de controle de legalidade em sentido amplo, sendo um
controle de regras constitucionais.

Ademais, o concurso público está sujeito também ao controle


interno feito pela própria Administração. No caso de constatar a
ocorrência de irregularidade na realização de um concurso em
quaisquer de suas fases, a Administração deve se valer de seu poder de
autotutela e invalidar o concurso público. Nesse caso, a hipótese é de
anulação, quando se constata alguma ilegalidade insanável em alguma
etapa do certame.

Em relação à investidura irregular, orienta o STF em


jurisprudência consolidada que, quando a investidura for irregular,
embora sua situação tenha aparência de legalidade, o que é
denominado “agente de fato putativo” ou “teoria do funcionário de
fato”, em nome dos princípios da aparência, boa-fé dos administrados,
segurança jurídica e presunção de legalidade, deve ser invalidada essa
investidura, mas os atos praticados pelo suposto servidor devem ser
considerados válidos se não houver outro motivo que os invalide, não
havendo obrigação de devolver a remuneração percebida no período
trabalhado, sob pena de caracterizar enriquecimento ilícito da
Administração.

Ressalte-se, contudo, que, para a invalidação da investidura, é


exigido o devido procedimento administrativo, respeitados os princípios
do contraditório e da ampla defesa.

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24. (FGV – 2015 - TJ-BA - Analista Judiciário - Área


Administrativa) Em matéria de concurso público, a Constituição da
República de 1988 estabelece que:

a) a investidura em cargo público depende de aprovação prévia em


concurso público de provas ou de provas e títulos, quando se tratar da
Administração Direta, não sendo tal obrigatoriedade exigida para
entidades da Administração Indireta;
b) o prazo de validade do concurso público será de 2 (dois) anos,
prorrogável uma vez, por igual período, a critério da Administração
Pública e do presidente da comissão organizadora do concurso;
c) durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação,
aquele aprovado em concurso público de provas ou de provas e títulos
será convocado com prioridade sobre novos concursados para assumir
cargo ou emprego, na carreira;
d) as funções de confiança e os cargos em comissão apenas podem ser
preenchidos por servidores não concursados, desde que sejam
exercidas atribuições de direção, chefia e assessoramento;
e) os cargos em comissão recaem exclusivamente por servidores
ocupantes de cargo efetivo e destinam-se às atribuições de direção,
chefia e assessoramento.
Para respondermos essa questão, basta a leitura do art. 37 inc. IV
da Constituição Federal:
IV - durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação, aquele
aprovado em concurso público de provas ou de provas e títulos será
convocado com prioridade sobre novos concursados para assumir cargo ou
emprego, na carreira

Gabarito: Letra C

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25. (FCC – 2015 - TJ-SC - Juiz Substituto) Considere as seguintes


afirmações:
I. Só por lei se pode sujeitar a exame psicotécnico a habilitação de
candidato a cargo público.

II. É inconstitucional a vinculação do reajuste de vencimentos de


servidores estaduais ou municipais a índices federais de correção
monetária.
III. É inconstitucional toda modalidade de provimento que propicie ao
servidor investir-se, sem prévia aprovação em concurso público
destinado ao seu provimento, em cargo que não integra a carreira na
qual anteriormente investido.
Conforme jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, está correto o
que se afirma em
a) I e III, apenas.
b) III, apenas.
c) I, II e III.
d) I e II, apenas.
e) II e III, apenas.
I - Conforme estudado nesta aula, a súmula 686 do STF dispõe
que: só por lei se pode sujeitar a exame psicotécnico a habilitação
de candidato a cargo público.

II - Já a Súmula nº 681 do STF e a Súmula Vinculante nº 4 assim


dispõem:

Súmula nº 681 É inconstitucional a vinculação do reajuste de vencimentos de


servidores estaduais ou municipais a índices federais de correção
monetária.
Súmula Vinculante 4 Salvo nos casos previstos na Constituição, o salário
mínimo não pode ser usado como indexador de base de cálculo de
vantagem de servidor público ou de empregado, nem ser substituído por
decisão judicial.

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III - Com a EC 19/98, a estabilidade passou a ser conferida


somente após três anos de efetivo exercício e não mais dois anos
apenas. Ademais, a nova redação passou a exigir outros requisitos além
da prévia aprovação em concurso público.

A partir da EC nº 19/98, passaram a ser requisitos concomitantes


para aquisição de estabilidade:

5. concurso público;

6. cargo público de provimento específico;

7. três anos de efetivo exercício;

8. aprovação em avaliação especial de desempenho por comissão


instituída para essa finalidade.

Gabarito: LETRA C

26. (FCC – 2013 – TRT 15ª Região – Analista Judiciário –


Contabilidade) O Sr. João, portador de deficiência, sempre alimentou o
sonho de trabalhar em prol da sociedade. Para a satisfação desse
desejo, optou por prestar concurso público para um cargo cujas
atribuições são compatíveis com a deficiência da qual é portador. Nos
termos da Lei, para o Sr. João, e para todos aqueles nessa condição,
em relação às vagas oferecidas no concurso, os editais deverão reservar

a) 10%.

b) até 10%.

c) 15%.

d) até 20%.

e) 20%.

Às pessoas portadoras de deficiência é assegurado o direito de


se inscrever em concurso público para provimento de cargo cujas
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atribuições sejam compatíveis com a deficiência de que são portadoras;


para tais pessoas serão reservadas até 20% (vinte por cento) das
vagas oferecidas no concurso (art. 5º, §2º, da Lei nº 8.112/90). Logo, a
resposta correta é a letra D.

Gabarito: D

27. (FCC – 2013 – TRT 12ª Região (SC) – Técnico Judiciário)


Segundo a Lei no 8.112/90, especificamente no que concerne ao regime
jurídico dos servidores públicos da União, é INCORRETO:

a) Para as pessoas portadoras de deficiência serão reservadas


até 10% (dez por cento) das vagas oferecidas no concurso público para
provimento de cargo com atribuições compatíveis com a deficiência de
que são portadoras.
b) Só haverá posse nos casos de provimento de cargo por
nomeação.
c) A posse, em regra, ocorrerá no prazo de trinta dias
contados da publicação do ato de provimento.
d) Não se abrirá novo concurso enquanto houver can- didato
aprovado em concurso anterior com prazo de validade não expirado.
e) As universidades e instituições de pesquisa científica e
tecnológica federais poderão prover seus cargos com professores,
técnicos e cientistas estrangeiros, de acordo com as normas e os
procedimentos previstos em lei.

ATENÇÃO!!! É para marcar a incorreta!!!


Letra (A). Às pessoas portadoras de deficiência é assegurado o
direito de se inscrever em concurso público para provimento de cargo

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cujas atribuições sejam compatíveis com a deficiência de que são


portadoras; para tais pessoas serão reservadas até 20% (vinte por
cento) das vagas oferecidas no concurso (art. 5º, §2º, da Lei nº
8.112/90). Logo, está INCORRETA.
Letra (B). Está de acordo com o art. 13, §4º, da Lei nº
8.112/90. Portanto, está CERTA.
Letra (C). Está em consonância com o art. 13, §1º, da Lei nº
8.112/90. Logo, está CORRETA.
Letra (D). Está de acordo com o art. 12, §2º, da Lei nº
8.112/90. Portanto, está CERTA.
Letra (E). Está em consonância com o art. 5º, §3º, da Lei nº
8.112/90. Logo, está CORRETA.
Gabarito: A

28. (FCC - 2012 - TST - Técnico Judiciário) É requisito básico para


investidura nos cargos públicos em geral:

a) nacionalidade brasileira ou estrangeira.

b) nível de escolaridade mínimo igual ou equivalente a ensino


universitário.

c) idade mínima de vinte e um anos.

d) aptidão física e mental.

e) aprovação em concurso público de provas e títulos.

Os requisitos básicos para investidura em cargo público estão


elencados no art. 5º, da Lei 8.112/90, tais quais: a nacionalidade
brasileira, o gozo dos direitos políticos, a quitação com as obrigações
militares e eleitorais, o nível de escolaridade exigido para o exercício do
cargo, a idade mínima de dezoito anos e aptidão física e mental.

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Gabarito: Letra “d”.

29. (FCC – 2013 – TRT 5ª Região (BA) – Analista Judiciário –


Oficial de Justiça Avaliador) O Tribunal Regional do Trabalho da 5ª
Região - TRT/BA teve concurso público para provimento de cargos
efetivos questionado judicialmente pelos seguintes motivos: previu
validade de até dois anos; previu a possibilidade de prorrogação por
uma vez, por igual período; publicou o edital somente no Diário Oficial
da União e em jornal de grande circulação; havia concurso anterior com
lista remanescente de candidatos aprovados ainda dentro do prazo de
validade; o concurso previu provas e títulos. Quem processou poderá
ter seu pleito atendido, uma vez que

a) o prazo máximo de validade do concurso deveria ser de um


ano.

b) não é permitida a prorrogação da validade do concurso.

c) o edital não foi publicado em jornal de circulação local.

d) não é permitida a abertura de novo concurso se ainda


houver candidatos aprovados em concurso anterior com prazo de
validade não expirado.

e) não é permitida a prova de títulos em razão do seu caráter


subjetivo.

Letra (A). O prazo de validade do concurso público será de até


dois anos, prorrogável uma vez, por igual período (art. 37, inciso III,
da CF). Logo, está INCORRETA.

Letra (B). O prazo de validade do concurso público será de até


dois anos, prorrogável uma vez, por igual período (art. 37, inciso
III, da CF). Logo, está INCORRETA.
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Letra (C). O prazo de validade do concurso e as condições de


sua realização serão fixados em edital, que será publicado no Diário
Oficial da União e em jornal diário de grande circulação (art. 12, §1º, da
Lei nº 8.112/90). Assim, não se exige publicação em jornal de
circulação local. Portanto, está ERRADA.

Letra (D). Está de acordo com o art. 12, §2º, da Lei nº


8.112/90. Logo, está CERTA.

Letra (E). O concurso será de provas ou de provas e títulos,


podendo ser realizado em duas etapas, conforme dispuserem a lei e o
regulamento do respectivo plano de carreira, condicionada a inscrição
do candidato ao pagamento do valor fixado no edital, quando
indispensável ao seu custeio, e ressalvadas as hipóteses de isenção nele
expressamente previstas (art. 11 da Lei nº 8.112/90). Logo, está
INCORRETA.

Gabarito: D

30. (CESPE - 2012 - TC-DF - Auditor de Controle Externo) Os


candidatos inscritos em concurso público não têm direito adquirido à
realização do certame.

O candidato não tem direito a realização do certame, uma vez que


a Administração pode anular ou revogar o procedimento do concurso se
verificar qualquer problema ou se constatar que os cargos não
necessitam ser preenchidos naquele momento.

Gabarito: Certo

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d. Cargos em comissão e funções de confiança

Segundo o art. 37, V, da Constituição Federal, as funções de


confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes
de cargo efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por
servidores de carreira nos casos, condições e percentuais mínimos
previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de direção,
chefia e assessoramento.

Existe cargo sem função, professor? E função sem cargo?

Não existe cargo sem função, uma vez que todo cargo encerra um
conjunto de atribuições. Entretanto, podem existir funções sem um
cargo específico correspondente, como é o caso das funções de
confiança ou aquelas oferecidas aos que foram contratados
temporariamente.

Os cargos em comissão são declarados em lei como de livre


nomeação e exoneração (exoneração ad nutum), ou seja, a escolha é
baseada na confiança.

E o que significa isso?

Significa que, em regra, qualquer pessoa, mesmo que não seja


servidor público efetivo em nenhum Poder ou esfera da Federação,
pode ser nomeada para exercer um cargo em comissão. Entretanto,
alguns dos cargos em comissão deverão ser preenchidos por servidores
de carreira (concursados), nos casos, condições e percentuais mínimos
previstos em lei.

Nosso constituinte, preocupado com as


intermináveis substituições que ocorrem no cargos em comissão, e para
proteger a continuidade dos serviços públicos, considerando que esses

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cargos podem ser ocupados por qualquer pessoa, inclusive aquelas que
não tenham prática na atividade administrativa, decidiu reservar um
número mínimo, previsto em lei, que só pode ser atribuído a servidores
de carreira. Esses servidores afastam-se de seus cargos efetivos,
passam a exercer o cargo de confiança e a receber a sua remuneração
e, quando exonerados, retornam para o seu cargo de origem.

No caso de “função de confiança”, como vimos, a designação para


o seu exercício deve recair, obrigatoriamente, sobre servidor
ocupante de cargo efetivo. Convém lembrar que cargo efetivo é daquele
que conta com nomeação em caráter definitivo e com prévia aprovação
em concurso público. Dessa maneira, uma pessoa qualquer, que não
está nos quadros da Administração Pública, não pode ser titular de uma
função pública.

ATENÇÃO!!! Não se adquire, em nenhuma hipótese, estabilidade


em decorrência do exercício de cargo comissionado, não importa
durante quanto tempo o servidor o exerça.

Além disso, a exoneração de cargo em comissão e a dispensa de


função de confiança dar-se-á a juízo da autoridade competente (= não
é preciso a abertura de procedimento administrativo ou sequer
demotivação) ou a pedido do próprio servidor (art. 35).

Quanto ao nepotismo, destaca-se o que preceitua a Súmula


Vinculante nº 13:

“A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou


por afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de
servidor da mesma pessoa jurídica, investido em cargo de direção, chefia ou
assessoramento, para o exercício de cargo em comissão ou de confiança, ou,
ainda, de função gratificada na Administração Pública direta e indireta, em
qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
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municípios, compreendido o ajuste mediante designações recíprocas, viola a


Constituição Federal.”

Observe que fica resguardada da proibição a nomeação de


parentes para cargos políticos, como os de Ministro ou Secretário
Estadual ou Municipal.

Importante salientar, ainda, que o STF reconhece que


a vedação do nepotismo não exige a edição de lei formal, porque a
proibição decorre diretamente dos princípios contidos no art. 37, caput,
fa CF (RE 579.951/RN, STF – Tribunal Pleno, Rel. Min. Ricardo
Lewandowski, julg: 20.08.2008, DJe: 24.10.2008).

Ainda com relação aos cargos em comissão, não podemos deixar


de mencionar o disposto no art. 9º da Lei nº 8.112/90:

Art. 9o A nomeação far-se-á:


(...)
II - em comissão, inclusive na condição de interino, para cargos de confiança
vagos.
Parágrafo único. O servidor ocupante de cargo em comissão ou de natureza
especial poderá ser nomeado para ter exercício, interinamente, em outro
cargo de confiança, sem prejuízo das atribuições do que atualmente ocupa,
hipótese em que deverá optar pela remuneração de um deles durante o
período da interinidade.

Veja que, se um servidor ocupante de cargo em comissão for


nomeado para ter exercício interinamente em outro cargo de confiança,
sem prejuízo das atribuições do que atualmente ocupa, ele deverá optar
pela remuneração de um dos dois cargos.

Por fim, a Lei nº 8.112/90 prevê uma importante obrigação


àqueles que ocupam cargo em comissão ou função de confiança: eles se
submetem ao regime de integral dedicação ao serviço, podendo ser
convocado sempre que houver interesse da Administração (art. 19, §
1º).

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31. (FCC – 2013 – TRT 1ª Região (RJ) – Técnico Judiciário – Área


Administrativa) Suponha que lei federal tenha criado diversos cargos
em comissão, para o exercício de atribuições de chefe de unidade e de
assessor, a serem preenchidos necessariamente por servidores de
carreira. Essa lei é

a) inconstitucional, uma vez que, de acordo com a Constituição


Federal, cargos em comissão apenas podem ser preenchidos por
servidores que não sejam de carreira.

b) constitucional, uma vez que, de acordo com a Constituição


Federal, os cargos em comissão deverão ser preenchidos por servidores
de carreira nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em
lei, destinando-se apenas às atribuições de direção, chefia e
assessoramento.

c) constitucional, uma vez que, de acordo com a Constituição


Federal, os cargos em comissão somente podem ser preenchidos por
servidores de carreira e devem destinar-se apenas às atribuições de
direção, chefia e assessoramento.

d) constitucional, uma vez que a Constituição Federal


estabelece os mesmos requisitos para o preenchimento dos cargos em
comissão e para o exercício das funções de confiança.

e) inconstitucional, uma vez que a Constituição Federal veda a


criação de cargos em comissão, permitindo apenas as funções de
confiança exercidas por servidores ocupantes de cargos efetivos.

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Letra (A). Os cargos em comissão, a serem preenchidos por


servidores de carreira nos casos, condições e percentuais
mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de
direção, chefia e assessoramento (art. 37, V, da CF). Logo, está
INCORRETA.

Letra (B). Está de acordo com o art. 37, V, da CF. Portanto,


está CORRETA.

Letra (C). Os cargos em comissão também podem ser


preenchidos por qualquer pessoa, mesmo que não seja servidor
público efetivo em nenhum Poder ou esfera da Federação. Portanto,
está ERRADA.

Letra (D). As funções de confiança são exercidas


exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo enquanto os
cargos em comissão podem ser preenchidos por qualquer pessoa,
mesmo que não seja servidor público efetivo em nenhum Poder ou
esfera da Federação. Logo, está INCORRETA.

Letra (E). As funções de confiança, exercidas exclusivamente


por servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em comissão,
a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e
percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às
atribuições de direção, chefia e assessoramento (art. 37, V, da CF).
Portanto, está ERRADA.

Gabarito: B

32. (FCC – 2014 – TJ/AP – Analista Judiciário – Área Judiciária –


Execução de Mandados) O ingresso no serviço público se dá mediante a
aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos.
Essa regra constitucional encontra exceção nas hipóteses autorizadas

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pela própria Constituição Federal. No que pertine ao acesso ao serviço


público é correto afirmar que

a) é exceção à regra do concurso público as nomeações para


cargo em comissão declarados em lei de livre nomeação e exoneração.

b) a investidura em cargos em comissão declarados em lei de


livre nomeação e exoneração deixou de ser juridicamente viável após a
Constituição Federal de 1988 em razão do princípio do concurso público.

c) a investidura em cargo público efetivo se dá mediante


concurso público, o que não ocorre com a investidura em emprego
público, que independe da prévia aprovação em concurso público, isso
em razão do regime jurídico ser o da CLT.

d) a investidura em cargo ou emprego público independe da


prévia aprovação em concurso público desde que, para tanto, haja
excepcional interesse público e necessidade inadiável consubstanciada
no risco iminente à continuidade da prestação do serviço público.

e) a investidura em cargo público efetivo é acessível apenas


aos brasileiros e não depende da prévia aprovação em concurso público.

Letra (A). A investidura em cargo ou emprego público depende


de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e
títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou
emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para
cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e
exoneração (art. 37, inciso II, da CF). Logo, está CORRETA.

Letra (B). As funções de confiança, exercidas exclusivamente


por servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em comissão,
a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e
percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às

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atribuições de direção, chefia e assessoramento (art. 37, inciso V, da


CF). Portanto, está INCORRETA.

Letra (C). A investidura em emprego público também depende


de prévia aprovação em concurso público, com base no art. 37, inciso
II, da CF, transcrito no comentário ao item A. Logo, está ERRADA.

Letra (D). Quando houver necessidade de contratar agentes


públicos devido à necessidade temporária de excepcional interesse
público, deverão ser contratados servidores temporários. E esses
servidores exercerão função pública, sem estarem vinculados a cargo
ou emprego público, que dependem de prévio concurso público para sua
ocupação. Portanto, está INCORRETA.

Letra (E). Os cargos, empregos e funções públicas são


acessíveis aos brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em
lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei (art. 37, inciso I,
da CF). Além disso, depende de concurso público sim, com base no art.
37, inciso II, da CF. Logo, está ERRADA.

Gabarito: A

33. (FCC – 2013 – TRT 5ª Região (BA) – Técnico Judiciário – Área


Administrativa) Prefeitura municipal pretende preencher cargo efetivo
de Assistente Social, que foi recentemente criado, por lei, junto aos
quadros de sua Secretaria de Relações do Trabalho e Emprego. Para
tanto, o município

a) deverá abrir concurso público de provas ou de provas e


títulos a todos os candidatos que preencherem os requisitos previstos
em lei.

b) deverá abrir concurso público de provas ou de provas e


títulos que, no entanto, poderá, havendo justificativa para tanto, ficar

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restrito aos servidores que já pertençam ao quadro de pessoal da


Administração municipal.

c) poderá abrir concurso público a todos os candidatos que


preencherem os requisitos exigidos por lei ou poderá nomear livremente
servidor público comissionado, desde que o faça justificadamente.

d) poderá contratar, desde que por prazo determinado, sem


concurso público, servidor público temporário, faculdade que independe
da existência de lei municipal disciplinando esse tipo de contratação.

e) poderá recrutar, em caráter precário e experimental,


empregados de empresa pública municipal para desempenhar a função
afeta ao cargo.

Letra (A). A investidura em cargo ou emprego público depende


de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e
títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou
emprego, na forma prevista em lei (art. 37, inciso II, da CF). Logo, está
CORRETA.

Letra (B). Com o concurso público, o Constituinte pretendeu


assegurar a igualdade entre os participantes e garantir que os
aprovados sejam pessoas capazes e competentes. Para isso, um dos
requisitos indispensáveis é que o concurso é público não pode ser
restringido a determinado grupo, como quando apenas aqueles que já
são servidores podem participar (concursos internos). Portanto, está
ERRADA.

Letra (C). Os cargos em comissão são de livre nomeação e


exoneração, não necessitando, portanto, de justificativa para nomear
ou exonerar. Logo, está INCORRETA.

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Letra (D). A lei estabelecerá os casos de contratação por


tempo determinado para atender a necessidade temporária de
excepcional interesse público (art. 37, inciso IX, da CF). Assim, deve
existir sim lei municipal disciplinando a contratação. Portanto, está
ERRADA.

Letra (E). A investidura em cargo ou emprego público depende


de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e
títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou
emprego, na forma prevista em lei (art. 37, inciso II, da CF). Portanto,
está ERRADA.

Gabarito: A

34. (FCC/2011/TRT/19ªReg-AL/Técnico Judiciário) O servidor,


ocupante de cargo em comissão, poderá ser nomeado para ter
exercício, interinamente, em outro cargo de confiança, sem prejuízo das
atribuições do que atualmente ocupa. Durante o período da
interinidade, esse servidor

a) receberá obrigatoriamente a remuneração proveniente do cargo


de confiança que assumiu interinamente.

b) receberá obrigatoriamente a remuneração do cargo em


comissão originário.

c) terá direito a receber duas remunerações.

d) deverá optar pela remuneração de um dos cargos.

e) receberá duas remunerações, acrescidas de percentual legal, por


exercer, durante o mesmo período, atribuições decorrentes de dois
cargos diversos.

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Letra (A). O servidor poderá optar pela remuneração de um deles


durante o período de interinidade. Logo, está INCORRETA.

Letra (B). O servidor terá o direito de optar entre as duas


remunerações. Logo, está INCORRETA.

Letra (C). O servidor só poderá receber uma das duas


remunerações, tendo direito de optar. Logo, está INCORRETA.

Letra (D). O servidor ocupante de cargo em comissão ou de


natureza especial poderá ser nomeado para ter exercício,
interinamente, em outro cargo de confiança, sem prejuízo das
atribuições do que atualmente ocupa, hipótese em que deverá optar
pela remuneração de um deles durante o período da interinidade (art.
9º, parágrafo único, Lei nº 8.112/90). Logo, está CORRETA.

Letra (E). O servidor deverá optar por uma das remunerações.


Logo, está INCORRETA.

Resposta: letra D

35. (FCC - 2012 - TJ-RJ - Comissário da Infância e da Juventude)


A norma constitucional que exige a realização de concurso público para
ingresso de servidores na Administração Pública NÃO atinge

a) os ocupantes de emprego público, desde que se trate de nível


médio de formação.

b) os cargos e funções públicas, desde que a natureza da


atividade seja de baixa complexidade.

c) os cargos em comissão de livre nomeação e exoneração.

d) os cargos ocupados por temporários, desde que de livre


nomeação.

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e) as Funções de confiança existentes para quaisquer atribuições,


ainda que por prazo indeterminado.

Conforme afirma a Constituição Federal: A investidura em cargo


ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público
de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a
complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei,
ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de
livre nomeação e exoneração. Letra “a” errada.

O Art. 37, II CF/88 afirma que a investidura em cargo ou emprego


público depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou
de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do
cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações
para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e
exoneração. Veja que não trata da função pública. Letra “b” errada.

Quanto a contratação por tempo determinado, o STF tem


afirmado que o inciso IX do art. 37 da Constituição Federal deve ser
interpretado restritivamente, porque configura exceção à regra geral
que estabelece o concurso público como meio idôneo à admissão de
pessoal no serviço público. Letra “d” errada.

As funções de confiança são atribuídas aos ocupantes de cargo


efetivo. Letra “e” errada.

Gabarito: Letra “c”

36. (FCC - 2012 - TRT - 6ª Região (PE) - Técnico Judiciário) A


Constituição Federal previu, em seu artigo 37, inciso IX, a possibilidade
de contratação por tempo determinado, para atender a necessidade
temporária de excepcional interesse público, nos termos da lei.

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Partindo-se do pressuposto de que não foi realizado concurso público


para a contratação de servidores temporários, é correto afirmar que os
admitidos

a) ocupam cargo efetivo.

b) ocupam emprego.

c) ocupam emprego temporário.

d) desempenham função.

e) desempenham função estatutária.

Como vimos, servidores temporários são contratados por tempo


determinado para atender à necessidade temporária de excepcional
interesse público. Exercem função, sem estarem vinculados a
cargo ou emprego público.

Gabarito: Letra “d”.

37. (CESPE - 2011 - TRE-ES - Técnico Judiciário) Ainda que


interinamente, é vedado ao servidor público exercer mais de um cargo
em comissão.

Obviamente o item está errado, conforme o parágrafo único do art.


9º, acima transcrito.

38. (CESPE – 2013 – TRT10ª região- Técnico Judiciário) Os


servidores ocupantes de cargo em comissão, declarado em lei de livre
nomeação e exoneração, desde que não ocupem também cargo efetivo,
submetem-se ao regime geral de previdência social.

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O Art. 40, § 13 dispõe que: Ao servidor ocupante, exclusivamente,


de cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração
bem como de outro cargo temporário ou de emprego público, aplica-se
o regime geral de previdência social.
Chamamos atenção para o fato de que o regime próprio de
previdência dos servidores públicos, no âmbito das pessoas federativas,
abrange tão só os ocupantes de cargos EFETIVOS, ou seja, não alcança
os que ocupem, EXCLUSIVAMENTE, cargos em comissão ou
temporários, que estarão ligados ao Regime GERAL de Previdência
Social.
Item Correto!

39. (FGV – 2015 - TJ-SC – Odontólogo) Alexandre é servidor


ocupante exclusivamente de cargo em comissão declarado em lei de
livre nomeação e exoneração, do Tribunal de Justiça de Santa Catarina,
e está lotado no gabinete de determinado desembargador. Em matéria
de regime jurídico, com amparo no texto constitucional, é correto
afirmar que a Alexandre:

a) não se aplica a vedação constitucional de acumulação de cargos e


empregos públicos;
b) não se aplica o teto constitucional de remuneração de servidores
públicos;
c) aplica-se o benefício do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço
(FGTS);
d) aplica-se a estabilidade, após três anos de efetivo exercício;
e) aplica-se o chamado regime geral de previdência social.

O Art. 40, § 13 dispõe que: Ao servidor ocupante, exclusivamente,


de cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração

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bem como de outro cargo temporário ou de emprego público, aplica-se


o regime geral de previdência social.
Gabarito: Letra E

e. Contratação por tempo determinado

De acordo com o art. 37, IX, da Constituição Federal, “a lei


estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado para
atender a necessidade temporária de excepcional interesse público”.
Representa uma situação excepcional nos quadros da Administração
Pública.

O referido dispositivo constitucional trata-se de uma norma de


eficácia limitada, ou seja, a contratação temporária de pessoal só pode
ser exercida após o advento da lei, elaborada por cada ente da
federação, considerando que uns podem ter interesse e necessidade
desse tipo de contrato e outros não. Considerada essa exigência
constitucional, a jurisprudência pátria já reconheceu que a ausência de
lei anterior compromete a validade do vínculo temporário, tornando-se
um mero contrato de trabalho, o que não pode ser praticado pela
Administração.

Nessa situação, o pessoal não ocupa cargo público e não se trata


do “contrato de trabalho” propriamente dito, previsto na CLT.

Então, qual seria o regime jurídico dos contratados por


tempo determinado?

O regime jurídico dos agentes públicos contratados por tempo


determinado não é trabalhista e sim estatutário (= regulados por um

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regime trazido em lei específica, no âmbito da União, pela Lei n.


8.745/93). Diante dessa constatação, o STF firmou a orientação de que
as lides entre o Poder Público contratante e os agentes públicos
temporários não são da competência da Justiça do Trabalho e sim da
Justiça Comum, federal ou estadual, conforme o caso. Esse
entendimento é aplicado independentemente da validade do vínculo, o
que também deve ser analisado na mesma Justiça Comum.

É justamente por isso que o STJ entende que os servidores


contratados em caráter temporário têm direito à gratificação de
insalubridade/periculosidade percebida pelos servidores ocupantes de
cargo efetivo que desenvolvem suas atividades no mesmo setor
considerado insalubre (RMS 24.495-SC).

E qual o regime de previdência desses contratados?

O regime de previdência social a que estão sujeitos os agentes


públicos contratados por tempo determinado é o regime geral (RGPS).

O STF tem afirmado que o inciso IX do art. 37 da Constituição


Federal deve ser interpretado restritivamente, porque configura exceção
à regra geral que estabelece o concurso público como meio idôneo à
admissão de pessoal no serviço público.

Por fim, apresentamos os 4 requisitos


cumulativos para que se considere legítima a contratação temporária,
em todos os níveis da Federação:

1. Os casos excepcionados devem estar previstos em lei;

2. O prazo de contratação deve ser predeterminado;

3. A necessidade deve ser temporária;

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4. O interesse público deve ser excepcional (ou seja, não pode


referir-se a situações administrativas rotineiras, comuns).

Se ausente um desses requisitos, a contratação será ilegal.

1) A orientação do STF é a de que a prorrogação do prazo de


vigência do contrato temporário não altera a natureza jurídica de cunho
administrativo que se estabelece originalmente, admitindo que a
medida poderá comprometer sua validade ou caracterizar ato de
improbidade, entretanto não modifica a competência da Justiça Comum.
Além disso, a prorrogação, no caso de ser necessária, deve ser feita de
forma transparente e motivada, demonstrando o preenchimento de
todos os requisitos para esse tipo de contrato, evitando assim a prática
de desvio de finalidade.

2) Conforme orientação dominante no país, a necessidade


dessas funções deve ser temporária, portanto, caracterizada
necessidade permanente, o estado deve realizar concurso público e
preencher pelas vias normais, usando cargos ou empregos públicos.
Inclusive decisões do STF reconhecem ser inconstitucional a utilização
de contratos temporários para admissão de servidores para funções
burocráticas ordinárias e permanentes.

3) Nos contratos temporários ilegais, nos contratos já vencidos


em que o serviço continua sendo prestado, a orientação do TCU é pela
impossibilidade de devolução das parcelas de natureza salarial,
considerando que o trabalho foi efetivamente prestado.

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40. (FCC - 2013 - TRT - 9ª REGIÃO (PR) - Analista Judiciário) A


Constituição Federal brasileira determina, no inciso IX, do artigo 37,
que “a lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado
para atender a necessidade temporária de excepcional interesse
público.” Sobre esses servidores temporários contratados sem a
realização de concurso público, é correto afirmar que

a) podem ocupar emprego público quando exercerem suas


atividades em empresas públicas.

b) podem ocupar função pública ou emprego público, desde que


nesse caso seja prescindível a realização de concurso público.

c) ocupam função pública, para a qual não se exige concurso,


inclusive em razão da urgência da contratação.

d) ocupam emprego público, com as normas aplicáveis aos


celetistas vigendo pelo tempo que durar o contrato de trabalho, com
exceção daquelas referentes a extinção do vínculo.

e) podem ocupar cargo público transitório, não se estendendo a


eles, no entanto, as vantagens do regime estatutário.

Como vimos, o regime jurídico dos agentes públicos contratados


por tempo determinado não é trabalhista e sim estatutário.

O STF tem afirmado que o inciso IX do art. 37 da Constituição


Federal deve ser interpretado restritivamente, porque configura exceção
à regra geral que estabelece o concurso público como meio idôneo à
admissão de pessoal no serviço público.

São 4 os requisitos cumulativos para que se considere legítima a


contratação temporária, em todos os níveis da Federação:

1. Os casos excepcionados devem estar previstos em lei;

2. O prazo de contratação deve ser predeterminado;


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3. A necessidade deve ser temporária;

4. O interesse público deve ser excepcional.

Gabarito: Letra “c”.

f. Direito de associação sindical e direito de greve

O art. 37, VI, da Constituição Federal garante ao servidor público


civil o direito à livre associação sindical, ou seja, permite ao servidor
aderir ao sindicato representativo de sua categoria profissional. Pode
ser exercido de forma livre pelos servidores, a liberdade é absoluta, daí
não haver obrigatoriedade na filiação desse servidor.

Essa garantia, apesar de exercida há muitos anos


pelos empregados comuns, regidos pela CLT, era vedada aos servidores
públicos pelo art. 566 da CLT, sendo asssim uma novidade da CF/88.

Conforme destaca Marinela, no que tange à estabilidade sindical,


o entendimento que prevalece é que essa também deve ser aplicável
aos servidores públicos, utilizando como fundamento o mesmo art. 8º,
inciso VIII, da CF, sendo proibida a dispensa de empregado
sindicalizado a partir de sua candidatura a cargo representativo no
sindicato. Essa garantia não é reconhecida para os servidores ocupantes
de cargos em comissão em razão de sua natureza transitória.

O inciso VII do art. 37 da Constituição Federal concede aos


servidores públicos o direito de greve, nos termos e limites definidos em
lei específica, ou seja, lei ordinária que deve cuidar especificamente
desse assunto.

A lei regulamentadora do direito de greve dos servidores públicos,


requerida pela Constituição, até hoje não foi editada.

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E o que aconteceu, diante dessa inércia?

O STF determinou a aplicação temporária ao setor público, no que


couber, da lei de greve vigente no setor privado, até que o
Congresso Nacional edite a mencionada lei regulamentadora.

Conforme destacado por Marinela, a decisão do STF alerta para a


necessidade de compatibilização e coerência entre o exercício do direito
de greve pelo servidor público e a continuidade na prestação dos
serviços públicos.

Isso quer dizer que se deve reconhecer o direito de greve dos


servidores sem desconsiderar a garantia da continuidade na prestação
dos serviços públicos, que é elemento fundamental para a preservação
do interesse público. Daí por que não deve ser aplicado ao exercício de
greve no âmbito da Administração tão somente a fria letra do disposto
na Lei nº 7.783/89, devendo ser realizadas as adaptações necessárias.
Lembrando que cada greve apresenta um quadro fático próprio e, por
isso, deve ser analisada segundo suas peculiaridades.

Com relação à greve dos empregados públicos, aplica-se a


regência da CLT.

A sindicalização e a greve são vedadas aos militares.

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1) Conforme a orientação jurisprudencial, não se admite a


exoneração de servidor em estágio probatório pelo fato de ter aderido
ao movimento grevista, uma vez que essa ausência não teria como
motivação a vontade consciente de não comparecer ao trabalho
simplesmente por não comparecer ou por não gostar de trabalhar.
Revelaria, isso sim, inassiduidade imprópria, resultante de um
movimento de paralisação da categoria em busca de melhores
condições de trabalho.

2) O STF entende que, quanto à competência para julgamento


do direito de greve, é da Justiça do Trabalho quando os vínculos forem
trabalhistas e da Justiça Comum quando forem jurídico-administrativos,
especialmente os estatutários. Orienta, ainda, o STF que o STJ é
competente para decidir sobre greves de servidores públicos civis
quando a paralisação for nacional ou abranger mais de uma unidade da
federação.

3) O STF entende que “as atividades exercidas por policiais


civis constituem serviços públicos essenciais desenvolvidos por grupos
armados, consideradas, para esse efeito, análogas às dos militares”.
Assim, os policiais civis não possuem direito subjetivo à greve.
(MI 774 AgR, Relator(a): Min. GILMAR MENDES, Tribunal Pleno,
julgado em 28/05/2014, ACÓRDÃO ELETRÔNICO DJe-125 DIVULG 27-
06-2014 PUBLIC 01-07-2014)

41. (FCC – 2014 – TRT 18ª Região (GO) – Juiz do Trabalho) O


exercício do direito de greve pelos servidores públicos civis da
Administração direta

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a) deve ser considerado inconstitucional, até que seja editada


a lei definidora dos termos e limites em que possa ser exercido, a fim
de preservar a continuidade da prestação dos serviços públicos.

b) deve ser considerado abusivo se exercido por servidores


públicos em estágio probatório.

c) é constitucional, visto que previsto em norma da


Constituição Federal com aplicabilidade imediata, não necessitando de
regulamentação, nem de integração normativa, para que o direito nela
previsto possa ser exercido.

d) é constitucional, devendo, no entanto, observar a


regulamentação legislativa da greve dos trabalhadores em geral, que se
aplica, naquilo que couber, aos servidores públicos enquanto não for
promulgada lei específica para o exercício desse direito.

e) é constitucional e poderá ensejar convenção coletiva em que


seja prevista a majoração dos vencimentos dos servidores públicos.

Letra (A). Embora não tenha sido editada ainda a lei definidora
de seus termos e limites, o exercício do direito de greve pelos
servidores públicos não deixa de ser constitucional. Logo, está
INCORRETA.

Letra (B). O art. 37, inciso VII, da CF, prevê que o direito de
greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei específica.
A CF não traz nenhuma restrição aos servidores estatutários em estágio
probatório. Logo, está ERRADA.

Letra (C). Trata-se de norma constitucional de aplicabilidade


limitada, necessitando de regulamentação para que o direito de greve
seja exercido. Portanto, está INCORRETA.

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Letra (D). O STF determinou a aplicação temporária ao setor


público, no que couber, da lei de greve vigente no setor privado, até
que o Congresso Nacional edite a mencionada lei regulamentadora
(dentre outros julgados do STF, o MI 774). Logo, está CERTA.

Letra (E). A fixação de vencimentos dos servidores públicos não


pode ser objeto de convenção coletiva (Súmula nº 679 do STF), uma
vez que somente lei específica pode dispor sobre vencimento de
servidor. Portanto, está ERRADA.

Gabarito: D

42. (FCC – 2013 – TRT 1ª Região (RJ) – Juiz do Trabalho


Substituto) No tocante ao direito de greve dos servidores públicos, é
correto afirmar:

a) Seu exercício é constitucionalmente vedado aos servidores


estatutários que se encontrem em estágio probatório.
b) Conforme entendimento do Supremo Tribunal Federal, deve
ser aplicado analogicamente o art. 7o da Lei no 7.783/89 aos servidores
públicos estatutários, para fins de desconto dos dias de paralisação.
c) Segundo o entendimento do Supremo Tribunal Federal, a
competência para conhecer do dissídio de greve é da Justiça
Trabalhista, seja qual for a natureza do vínculo do servidor.
d) O direito de greve deve ser exercido nos termos e limites
definidos em lei complementar, em razão de exigência constitucional
nesse sentido.
e) A Constituição veda o direito de greve aos militares e aos
membros das carreiras diplomáticas.

Letra (A). O art. 37, inciso VII, da CF, prevê que o direito de
greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei específica.

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A CF não traz nenhuma restrição aos servidores estatutários em estágio


probatório. Logo, está ERRADA.
Letra (B). A inércia de quase vinte anos do Congresso Nacional
em regulamentar o direito de greve dos servidores públicos levou o
STF, em decisão tomada em 2007, a conhecer os Mandados de Injunção
(MIs) 670, 708 e 712 e aplicar por analogia a Lei nº. 7783/89, que
cuida do exercício do direito de greve no setor privado. Assim, a
alternativa está CERTA.
Letra (C). O entendimento do STF é de que o art. 114, II da
CF/88 não prevê a competência da Justiça do Trabalho para
processamento de demanda envolvendo os servidores públicos
estatutários, sendo a competência, nesse caso, da Justiça Comum (MI
670, Relator(a): Min. MAURÍCIO CORRÊA, Relator(a) p/ Acórdão: Min.
GILMAR MENDES, Tribunal Pleno, julgado em 25/10/2007, DJe-206
DIVULG 30-10-2008 PUBLIC 31-10-2008). Portanto, está INCORRETA.
Letra (D). O art. 37, inciso VII, da CF, prevê que o direito de
greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei específica.
Não fala em lei complementar, logo está ERRADA.
Letra (E). Ao militar são proibidas a sindicalização e a greve
(art. 142, §3º, IV, da CF). Entretanto, não há vedação expressa à greve
dos membros de carreiras diplomáticas na CF/88. Portanto, está
INCORRETA.
Gabarito: B

43. (FCC/2010/TRE-AL/Analista Judiciário) Marcelo, nomeado para


o cargo de analista judiciário - especialidade engenharia civil, encontra-
se em estágio probatório. Nesse caso, dentre outras situações, Marcelo
NÃO poderá exercer quaisquer:

a) cargos de provimento em comissão no órgão em que é lotado.

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b) funções de chefia na entidade de lotação em que é lotado.

c) funções de direção no órgão ou entidade em que é lotado.

d) cargos de provimento em comissão em órgãos ou entidades


estaduais.

e) funções de assessoramento no órgão de lotação em que é


lotado.

Pessoal, chegou um momento importante para comentar com


vocês um detalhe sobre os cargos cujo provimento é em comissão no
âmbito estadual. Vamos ver do que se trata?

Letra (A). O servidor em estágio probatório poderá exercer


quaisquer cargos de provimento em comissão ou funções de direção,
chefia ou assessoramento no órgão ou entidade de lotação, e somente
poderá ser cedido a outro órgão ou entidade para ocupar cargos de
Natureza Especial, cargos de provimento em comissão do Grupo-
Direção e Assessoramento Superiores - DAS, de níveis 6, 5 e 4, ou
equivalentes (art. 20, §3º, Lei nº 8.112/90). Logo, está INCORRETA.

Letra (B). O servidor em estágio probatório pode exercer função


de chefia na entidade em que é lotado. Logo, está INCORRETA.

Letra (C). Quando em estágio probatório, o servidor pode ocupar


função de direção no seu órgão de lotação. Logo, está INCORRETA.

Letra (D). O servidor em estágio probatório só pode ocupar


cargo em comissão no órgão em que é lotado. Logo, está
CORRETA.

Letra (E). Durante o estágio probatório, o servidor pode exercer


função de assessoramento no seu próprio órgão. Logo, está
INCORRETA.

Resposta: letra D

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44. (CESPE - 2012 - TC-DF - Auditor de Controle Externo) O


direito à livre associação sindical é aplicável ao servidor público civil,
mas não abrange o servidor militar, já que existe norma constitucional
expressa que veda aos militares a sindicalização e a greve.

O art. 37, VI, da Constituição Federal garante ao servidor público


civil o direito à livre associação sindical. E não se esqueça: A
sindicalização e a greve são vedadas aos militares.

Gabarito: Certo.

g. Remuneração dos agentes públicos

Prezados alunos, se vocês quiserem eleger um tópico desta aula


para estudar muito e revisar dois minutos antes da prova, eu sugiro que
você escolha este! Hoje todo mundo quer saber quanto o servidor
público ganha, porque ganha, se pode ganhar...

Por isso, meus caros, OLHO ABERTO PARA OS PRÓXIMOS


PARÁGRAFOS!!!

Vale, inicialmente a leitura do art. 37, X, da CF:

X - a remuneração dos servidores públicos e o subsídio de que trata o § 4º do


art. 39 somente poderão ser fixados ou alterados por lei específica, observada
a iniciativa privativa em cada caso, assegurada revisão geral anual, sempre
na mesma data e sem distinção de índices;

Muito cuidado meus caros!!! É vedada a prestação de serviços


gratuitos, salvo os previstos em lei. Confira o dispositivo da Lei
8112/90:

Art. 4o É proibida a prestação de serviços gratuitos, salvo os casos


previstos em lei.

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Observe que o sistema remuneratório dos agentes públicos é


composto por três distintas categorias jurídicas, a saber:

1. SUBSÍDIO (introduzido com a Reforma Administrativa de


1998): retribuição fixada em parcela única, vedado o acréscimo
de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de
representação ou outra espécie remuneratória. É modalidade de
remuneração (em sentido amplo) de aplicação:

Obrigatória: para os agentes políticos (ex: chefes do


Poder Executivo, deputados, senadores, vereadores, ministros
de Estado, secretários estaduais e municipais, membros da
magistratura, membros do Ministério Público, ministros dos
tribunais de contas, etc) e para alguns servidores públicos
(servidores das carreiras pertencentes à AGU, à Defensoria
Pública, à Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, às
procuradorias dos estados e do DF e os servidores da Polícia
Federal, Polícia Ferroviária Federal, polícias civis, polícias
militares e corpos de bombeiros militares);

Facultativa: para os servidores públicos organizados em


carreira, desde que assim disponham as leis federais,
estaduais, municipais ou do DF, conforme a carreira de que se
trate.

2. VENCIMENTO BÁSICO: é a retribuição pecuniária básica,


estabelecido em lei. Nos termos do art. 40 da Lei 8112/90, é a
retribuição pecuniária pelo exercício de cargo público. Pode
ser menor que o salário mínimo.

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3. REMUNERAÇÃO: conjunto das retribuições (sinônimo de


“vencimentos”). Não pode ser menor que o salário mínimo.
Composto pelo vencimento básico do cargo e mais as
vantagens pecuniárias de caráter permanente estabelecidas
em lei. Pagos aos servidores públicos submetidos a regime
jurídico estatutário.

remuneração = vencimento básico + vantagens


pecuniárias

3. SALÁRIO: contraprestação pecuniária paga aos empregados


públicos, admitidos sob o regime jurídico trabalhista, contratual,
sujeitos predominantemente à CLT.

Questão de
concurso

45. (FCC – 2014 – TRT 19ª Região (AL) – Analista Judiciário –


Oficial de Justiça Avaliador) Lei federal determinou a vinculação da
remuneração dos empregados públicos da Administração federal à
variação da remuneração do Chefe do Poder Executivo. A vinculação
determinada pela Lei é.

a) inconstitucional, uma vez que permitida apenas a vinculação à


variação da remuneração do Presidente do Congresso Nacional.

b) inconstitucional, uma vez que permitida apenas a vinculação à


variação da remuneração do Presidente do Supremo Tribunal Federal.

c) inconstitucional, uma vez que vedada a vinculação ou


equiparação de quaisquer espécies remuneratórias para o efeito de
remuneração do pessoal do serviço público.

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d) constitucional, uma vez que a vinculação da remuneração dos


empregados públicos à variação da remuneração do Chefe do Poder
Executivo observou o princípio da estrita legalidade.

e) constitucional, uma vez que é vedada a vinculação ou


equiparação de quaisquer espécies remuneratórias para o efeito de
remuneração dos servidores titulares de cargos públicos, não se
aplicando a restrição aos ocupantes de empregos públicos.

O art. 37, inciso XIII, da CF, prevê que é vedada a vinculação


ou equiparação de quaisquer espécies remuneratórias para o efeito de
remuneração de pessoal do serviço público. Logo, a vinculação tratada
na questão é inconstitucional, nos termos descritos na letra C.

Gabarito: C

46. (CESPE - 2011 - TRE-ES - Técnico Judiciário)O vencimento, a


remuneração e o provento de um servidor somente podem ser objeto
de penhora nos casos de indenização ao erário e prestação alimentícia
que resultem de decisão judicial.

A Lei 8.112 coloca que o vencimento, a remuneração e o


provento não serão objeto de arresto, seqüestro ou
penhora, exceto nos casos de prestação de alimentos resultante de
decisão judicial. Gabarito: errado.

CUIDADO! MUITA CALMA NESSA HORA!

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Isso não quer dizer que o servidor não possa sofrer desconto em
folha. A lei é clara no sentido de autorizar o desconto sobre a
remuneração ou provento nos casos de imposição legal, mandado
judicial, autorização do servidor a favor de terceiros (art. 45 da
Lei nº 8.112/90) e reposições ao erário (art. 46).

Quanto aos descontos, são possíveis em caso de falta sem


motivo justificado e de atrasos, sendo, neste caso, proporcionais, desde
que não tenha havido compensação autorizada pela chefia (art. 44 da
Lei nº 8.112/90).

Além disso, o servidor pode autorizar a consignação em folha de


pagamento a favor de terceiros. Veja o disposto no parágrafo único do
art. 45:

Parágrafo único. Mediante autorização do servidor, poderá haver consignação


em folha de pagamento a favor de terceiros, a critério da administração e
com reposição de custos, na forma definida em regulamento.

Esse dispositivo foi regulamentado pelo Decreto nº 6.386/2008


que determina que a soma mensal das consignações facultativas de
cada consignado não excederá a trinta por cento da respectiva
remuneração, excluído do cálculo o valor pago a título de contribuição
para serviços de saúde patrocinados por órgãos ou entidades públicas,
(art. 8º).

Há ainda a hipótese de desconto em folha do servidor para


promover reposições e indenizações ao erário. Nesse caso, a
regulamentação é feita pelo art. 46 da Lei nº 8.112/90. Confira:

Art. 46. As reposições e indenizações ao erário, atualizadas até 30 de junho


de 1994, serão previamente comunicadas ao servidor ativo, aposentado ou ao
pensionista, para pagamento, no prazo máximo de trinta dias, podendo ser
parceladas, a pedido do interessado.
§ 1o O valor de cada parcela não poderá ser inferior ao correspondente a
dez por cento da remuneração, provento ou pensão.
§ 2o Quando o pagamento indevido houver ocorrido no mês anterior ao do

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processamento da folha, a reposição será feita imediatamente, em uma única


parcela.
§ 3o Na hipótese de valores recebidos em decorrência de cumprimento a
decisão liminar, a tutela antecipada ou a sentença que venha a ser revogada
ou rescindida, serão eles atualizados até a data da reposição.

Em razão de possuírem natureza alimentar, o vencimento, a


remuneração e o provento não podem ser objeto de penhora,
arresto e seqüestro, salvo por débito alimentar (art. 48 da Lei nº
8.112/90).

Vamos em frente, com os aspectos gerais da remuneração do


servidor público.

Em regra, exige-se lei ordinária específica para que se fixe ou


altere a remuneração (em sentido amplo) dos servidores públicos, para
cada cargo, emprego ou função, após prévia dotação orçamentária e
autorização específica na lei de diretrizes orçamentárias. Ou seja, cada
alteração de remuneração de qualquer cargo deverá ser feita por meio
de edição de uma lei ordinária que somente trate deste assunto. A
iniciativa privativa das leis que fixem ou alterem remunerações
dependerá do cargo a que a lei se refira.

No âmbito da administração direta e indireta (“servidores do


Executivo”), a iniciativa é do Chefe do Poder Executivo.

Em algumas hipóteses expressas na CF, a remuneração não será


definida por lei e sim por decreto legislativo, como no caso do
Presidente da República, Ministros de Estado, Senadores e Deputados
Federais, além dos Vereadores.

Os servidores têm direito subjetivo à revisão geral anual de sua


remuneração, sempre na mesma data e sem distinção de índices (art.
37, inciso X, CF). O que seria isso, professor?

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Essa revisão geral anual tem como objetivo atualizar as


remunerações de modo a acompanhar a evolução do poder aquisitivo
da remuneração do servidor, ou seja, reajustar genericamente e
recompor a perda do poder aquisitivo do servidor em decorrência da
inflação. A revisão geral, diferentemente das reestruturações de
carreiras, deve estender-se a todos os servidores públicos (civis), sejam
ou não ocupantes de cargos pertencentes a carreiras que tenham sido
reestruturadas.

Essa revisão anual constitui direito dos servidores, o que não


impede revisões outras, feitas com o objetivo de reestruturar ou
conceder melhorias a carreiras determinadas, por outras razões que
não a de atualização do poder aquisitivo dos vencimentos e subsídios.

Com base no texto constitucional, Marinela traz os


seguintes requisitos para a revisão da remuneração dos servidores
públicos:

Previsão por lei específica, observada a regra de iniciativa


privativa para cada caso (requisito formal)

Caráter geral, ou seja, a revisão deve atingir a totalidade


dos servidores, de todos os poderes

Anualidade, ou seja, o intervalo entre um reajuste e outro


deve ser o prazo máximo de um ano, sendo possíveis
reajustes com intervalos menores

Idênticos índices de revisão (isonomia)

Quanto ao teto das remunerações e subsídios, o art. 37, XI,


da Constituição Federal, prevê:

“XI - a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, funções e


empregos públicos da administração direta, autárquica e fundacional, dos
membros de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal

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e dos Municípios, dos detentores de mandato eletivo e dos demais agentes


políticos e os proventos, pensões ou outra espécie remuneratória, percebidos
cumulativamente ou não, incluídas as vantagens pessoais ou de qualquer
outra natureza, não poderão exceder o subsídio mensal, em espécie,
dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, aplicando-se como limite,
nos Municípios, o subsídio do Prefeito, e nos Estados e no Distrito
Federal, o subsídio mensal do Governador no âmbito do Poder
Executivo, o subsídio dos Deputados Estaduais e Distritais no âmbito do
Poder Legislativo e o subsídio dos Desembargadores do Tribunal de Justiça,
limitado a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do
subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal
Federal, no âmbito do Poder Judiciário, aplicável este limite aos
membros do Ministério Público, aos Procuradores e aos Defensores
Públicos;”

O teto abrange tanto os que continuam sob o regime


remuneratório como os que passarem para o regime de subsídio.
Engloba os servidores públicos ocupantes de cargos, funções e
empregos públicos, o que significa que o teto independe do regime
jurídico, estatutário ou trabalhista, a que se submete o servidor.

O teto alcança os servidores da Administração Direta, autárquica


e fundacional.

Quanto às empresas públicas, sociedades de


economia mista e subsidiárias, somente são alcançadas pelo teto se
receberem recursos da União, dos Estados, do DF ou dos
Municípios para pagamento de despesas de pessoal ou de custeio em
geral (ex: os empregados da Petrobrás não se sujeitam ao teto, pois a
empresa não recebe recursos da União).

O teto atinge os proventos dos aposentados e a pensão devida


aos dependentes do servidor falecido.

Os limites incluem todas as espécies remuneratórias e todas as


parcelas integrantes do valor total percebido, incluídas as vantagens
pessoais ou quaisquer outras, excetuadas as parcelas de caráter

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indenizatório previstas em lei. Abrangem os valores resultantes de


acumulação de remunerações ou subsídios, ou de remunerações ou
subsídios com proventos, pensões ou qualquer outra espécie
remuneratória, seja ou não lícita a acumulação. O servidor que esteja
em regime de acumulação está sujeito a um teto único que abrange a
soma da dupla retribuição pecuniária.

Como se vê, a aplicação da regra do teto é ampla!

ATENÇÃO PARA AS VERBAS QUE FICAM EXCLUÍDAS DO TETO!!!

Verbas de natureza indenizatória, em razão de visarem à


recomposição de uma despesa tida pelo servidor na prestação
do serviço e de caráter transitório

Direitos sociais como o 13º salário, o terço constitucional de


férias, o adiantamento de férias, o trabalho extraordinário,
além de outros previstos no art. 39, §3º, da CF

Abono de permanência em serviço (pago ao servidor que, já


tendo os requisitos para se aposentar, decide continuar
trabalhando)

Exercício do magistério (para os juízes a exclusão dessa verba


do teto encontra previsão no art. 8º, II, a, da Resolução CNJ nº
13/06)

Atualmente, há um teto geral, que é o subsídio dos ministros do


STF, e outros limites nos estados, Distrito Federal e municípios, que
podem ser inferiores ou, no máximo, iguais ao subsídio dos ministros do
STF. Nos municípios, o teto é o subsídio percebido pelo Prefeito; nos
estados e no DF, há um limite diferenciado por Poder, correspondendo
ao subsídio mensal do Governador para o Poder Executivo, ao subsídio
dos deputados estaduais ou distritais no Poder Legislativo e ao subsídio
dos desembargadores do TJ, no âmbito do Poder Judiciário.

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Fica facultado aos Estados e ao Distrito Federal fixar, em seu


âmbito, mediante emenda às respectivas Constituições e Lei Orgânica,
como limite único, o subsídio mensal dos Desembargadores do
respectivo Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e
cinco centésimos por cento (90,25%) do subsídio mensal dos Ministros
do Supremo Tribunal Federal, não se aplicando o disposto neste
parágrafo aos subsídios dos Deputados Estaduais e Distritais e dos
Vereadores.

Quanto aos pagamentos em atraso, atualmente, a posição


dominante é que incide atualização monetária sobre os valores
atrasados, com a finalidade de impedir que a remuneração sofra
redução em seu valor real provocada pelo decurso do tempo e pela
inflação. Neste sentido, a Súmula nº 682 do STF: “Não ofende a
Constituição a correção monetária no pagamento com atraso dos
vencimentos de servidores públicos”.

Qual o índice utilizado na correção monetária??? Segundo


entende o STJ, é o INPC, por ser o índice que melhor reflete a realidade
inflacionária (REsp 1.097.672/PR, Rel. Ministro ARNALDO ESTEVES
LIMA, QUINTA TURMA, julgado em 21/05/2009, DJe 15/06/2009).

Além da correção monetária, o atraso também gera incidência


de juros de mora, os quais se limitam a 6% ao ano (art. 1º-F da Lei nº
9.494/97, dispositivo reconhecido como constitucional pelo STF).

ATENÇÃO!!! A possibilidade de o servidor público pleitear


remuneração prescreve em cinco anos (Decreto nº 20.910/32)!!!

IMPORTANTE você levar pra prova a redação dos seguintes incisos


do art. 37 da Constituição:

XII - os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário


não poderão ser superiores aos pagos pelo Poder Executivo;
XIII - é vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies

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remuneratórias para o efeito de remuneração de pessoal do serviço público;

Como se vê, os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do


Poder Judiciário não poderão ser superiores aos pagos pelo Poder
Executivo. É evidente que o comando somente pode se referir a
cargos assemelhados nos três Poderes, já que o propósito do
constituinte foi evitar as disparidades entre os Poderes e entre os
cargos, funções ou empregos idênticos. O art. 41, §4º, da Lei nº
8.112/90, foi criado para o mesmo sentido.

Além disso, ATENÇÃO! É vedada a vinculação ou equiparação de


quaisquer espécies remuneratórias para o efeito de remuneração de
pessoal do serviço público. A finalidade é evitar os aumentos em
cascata, que ocorrem quando uma classe de servidores é beneficiada
com um reajuste e as demais também conseguem a vantagem de
forma indireta.

Vinculação (relação de comparação vertical) = critérios (fórmulas)


automáticos de reajustamento da remuneração. Segundo Marinela, um
cargo inferior (menores atribuições e complexidade) vincula-se a outro
superior, para efeito de retribuição, de sorte que, aumentando-se os
vencimentos de um, os do outro também ficam automaticamente
majorados, para guardar a mesma distância preestabelecida.

Equiparar (relação de comparação horizontal)= afirmar em uma


lei que um determinado cargo terá remuneração igual à de um outro
cargo. Para Marinela, equipara-se cargos de denominação e atribuições
diversas, considerando-se iguais para fins de lhes conferirem os
mesmos vencimentos, de tal sorte que, aumentando-se o padrão do

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cargo-paradigma, automaticamente o do outro fica também majorado


na mesma proporção.

Essas vedações (reajuste automático de vencimentos) existem


porque a Administração Pública precisa de previsão orçamentária para
pagar seus servidores.

Por isso, a Súmula nº 681 do STF e a Súmula Vinculante nº 4


assim dispõem:

Súmula nº 681 É inconstitucional a vinculação do reajuste de vencimentos de


servidores estaduais ou municipais a índices federais de correção
monetária.

Súmula Vinculante 4 Salvo nos casos previstos na Constituição, o salário


mínimo não pode ser usado como indexador de base de cálculo de
vantagem de servidor público ou de empregado, nem ser substituído por
decisão judicial.

Ainda quanto à remuneração, a Constituição afirma que os


acréscimos pecuniários percebidos por servidor público não serão
computados nem acumulados para fins de concessão de acréscimos
ulteriores (art. 37, XIV, CF). Isso quer dizer que o cálculo cumulativo de
uma vantagem sobre outra é vedado, qualquer que seja o título ou
fundamento sob os quais sejam pagas.

Outro IMPORTANTE aspecto da remuneração dos agentes


públicos, analisamos a irredutibilidade de vencimentos, já
mencionada acima.

Segundo o art. 37, XV, da Constituição Federal, o subsídio e os


vencimentos dos ocupantes de cargos e empregos públicos são
irredutíveis, ressalvadas algumas situações. IMPORTANTE!!! Tal
garantia só é válida quando a retribuição paga ao servidor é legal,
fixada com obediência às exigências constitucionais e legais!!!

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O STF já decidiu que o preceito em foco aplica-se não só aos


cargos efetivos, mas também aos cargos em comissão.

Destacamos algumas exceções ao referido


dispositivo:

 Redução de vencimentos decorrente da vedação da incidência


de acréscimos sobre outras parcelas, incorporadas ou não, ao
vencimento básico.

 Redução da parcela dos subsídios ou vencimentos que


excederem o teto de remuneração.

 A irredutibilidade não impede a criação ou a majoração de


tributos incidentes sobre os vencimentos ou os subsídios, ou
sobre os correspondentes proventos de aposentadoria ou de
pensão.

Por último, é preciso enfatizar que a jurisprudência do STF afirma


que essa irredutibilidade dos vencimentos e subsídios é nominal (= o
valor numeral do que o servidor recebe), inexistindo garantia de
irredutibilidade real (= valor real de compra) de vencimentos ou
subsídios.

1) O STF reconheceu que o direito de irredutibilidade da


remuneração não impede a mudança na forma de cálculo, desde que
não cause redução nominal dos valores, não existindo para o servidor
público direito adquirido à forma como são calculadas as suas
remunerações (Repercussão Geral – Mérito – RE 563965/RN, STF –
Tribunal Pleno, Rel.ª Min.ª Cármem Lúcia, julgamento 11.02.2009, DJe:
19.03.2009).

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2) O STF possui entendimento consolidado no sentido de que o


servidor público não tem direito adquirido de manter o regime jurídico
existente no momento em que ingressou no serviço público. No
entanto, as mudanças no regime jurídico do servidor não podem reduzir
a sua remuneração, considerando que o art. 37, XV, da CF/88 assegura
o princípio da irredutibilidade dos vencimentos (STF. Plenário. MS
25875/DF, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 9/10/2014).

Não podemos encerrar este tópico sem as seguintes Súmulas do


STF:

Súmula Vinculante 6 Não viola a Constituição o estabelecimento de


remuneração inferior ao salário mínimo para as praças prestadoras de serviço
militar inicial.
Súmula Vinculante 15 O cálculo de gratificações e outras vantagens do
servidor público não incide sobre o abono utilizado para se atingir o salário
mínimo.
STF Súmula nº 339 Não cabe ao Poder Judiciário, que não tem função
legislativa, aumentar vencimentos de servidores públicos sob fundamento de
isonomia.

47. (FCC - 2012 - TRF - 2ª REGIÃO - Analista Judiciário) A


acumulação remunerada de cargos públicos é vedada, EXCETO quando
se tratar, dentre outras hipóteses, a de

a) dois cargos de profissionais de saúde com empregos privados


no setor de saúde, independente do limite remuneratório e da
compatibilidade de horários estabelecidos na Constituição Federal.

b) dois cargos de provimento em comissão, independentemente


da compatibilidade de horários, mas desde que observado o limite
remuneratório estabelecido na Constituição Federal.

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c) dois cargos de professor e houver compatibilidade de horários,


observado o limite remuneratório estabelecido na Constituição Federal.

d) dois cargos providos em decorrência de reversão, não sendo


extensível aos empregos nas empresas públicas e sociedades de
economia mista.

e) cargos de natureza técnica ou científica originários de


transformação, exceção essa não aplicável às autarquias e fundações
públicas.

Letra (A). Deve-se obedecer ao limite remuneratório previsto na


Constituição Federal e deve existir compatibilidade de horários. Logo,
está INCORRETA.

Letra (B). A regra é que o servidor não poderá exercer mais de


um cargo em comissão (art. 119, “caput”, Lei nº 8.112/90). Logo, está
INCORRETA.

Letra (C). é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos,


exceto, quando houver compatibilidade de horários, observado em
qualquer caso o teto constitucional: a de dois cargos de professor (art.
37, inciso XVI, alínea “a”, CF). Logo, está CORRETA.

Letra (D). Não há previsão dessa exceção na Constituição Federal.


Logo, está INCORRETA.

Letra (E). Não há previsão dessa exceção na Constituição Federal.


Logo, está INCORRETA.

Resposta: letra C

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h. Servidores em exercício de mandatos eletivos

Para estudar esse ponto, indispensável a leitura do art. 38 da


Constituição Federal:

Art. 38. Ao servidor público da administração direta, autárquica e fundacional,


no exercício de mandato eletivo, aplicam-se as seguintes disposições:
I - tratando-se de mandato eletivo federal, estadual ou distrital, ficará
afastado de seu cargo, emprego ou função;
II - investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, emprego ou
função, sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração;
III - investido no mandato de Vereador, havendo compatibilidade de
horários, perceberá as vantagens de seu cargo, emprego ou função, sem
prejuízo da remuneração do cargo eletivo, e, não havendo compatibilidade,
será aplicada a norma do inciso anterior;
IV - em qualquer caso que exija o afastamento para o exercício de mandato
eletivo, seu tempo de serviço será contado para todos os efeitos legais,
exceto para promoção por merecimento;
V - para efeito de benefício previdenciário, no caso de afastamento, os
valores serão determinados como se no exercício estivesse.

Como se vê, o dispositivo elenca 3 situações


específicas relacionadas à acumulação de cargos e remunerações de
servidores públicos das Administrações Diretas, autarquias e fundações
públicas, eleitos para o exercício de mandatos nos Poderes
Executivo ou Legislativo:

 Servidor público eleito para QUALQUER CARGO, do Executivo


ou do Legislativo, federal, estadual ou distrital (Presidente
da República, governador de estado ou do DF, senador,
deputado federal, deputado estadual ou distrital):
afastamento obrigatório do seu cargo, efetivo ou em
comissão, função ou emprego público. A remuneração
percebida será, obrigatoriamente, a do cargo eletivo.

 Servidor público eleito para PREFEITO: afastamento


obrigatório de seu cargo, emprego ou função pública. Nesse
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caso, o servidor poderá optar entre a remuneração do


cargo de prefeito e a remuneração do cargo, emprego ou
função de que foi afastado.

 Servidor público eleito para VEREADOR: faculdade de


acumulação do exercício da vereança com o de seu cargo,
função ou emprego público, caso haja compatibilidade de
horários. Na hipótese de acumulação, o servidor receberá as
duas remunerações, a de vereador e a de seu outro cargo,
emprego ou função pública, obedecidos os limites
constitucionais. OBS: não existindo compatibilidade de
horários, o servidor será afastado de seu cargo,
exercendo apenas o de vereador; poderá, entretanto,
optar entre a remuneração de vereador e a
remuneração do cargo, emprego ou função de que foi
afastado.

Quando o servidor estiver em atividade e


resolver assumir um mandato eletivo, em regra esse não poderá
acumular, só sendo possível no caso de mandato eletivo de vereador
quando o horário de trabalho dos dois cargos for compatível.

A Lei nº 8.112/90 repete as disposições constitucionais,


complementando a regulamentação do tema com os seguintes
dispositivos:

Art. 94.
(...)
§ 1o No caso de afastamento do cargo, o servidor contribuirá para a
seguridade social como se em exercício estivesse.
§ 2o O servidor investido em mandato eletivo ou classista não poderá ser
removido ou redistribuído de ofício para localidade diversa daquela onde
exerce o mandato.

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48. (FCC – 2013 – TRT 18ª Região (GO) – Analista Judiciário –


Oficial de Justiça Avaliador) O exercício de mandato eletivo de vereador
por servidor público, nos termos da Lei no 8.112/90,

a) é incompatível com o vínculo funcional de servidor público,


devendo haver prévia exoneração do cargo para assunção ao cargo.

b) exige afastamento do cargo público ocupado, podendo optar


pela remuneração do mesmo.

c) pode exigir afastamento do cargo, caso não haja


compatibilidade de horários, podendo receber as vantagens de seu
cargo, cumuladas com os vencimentos do cargo eletivo.

d) exigirá afastamento do cargo, caso não haja compatibilidade de


horários, podendo optar, nesse caso, pela sua remuneração.

e) não exige afastamento do cargo em havendo compatibilidade


de horários, podendo ser cumulados os vencimentos e vantagens
percebidos.

Para responder esta questão, devemos ter em mente o art.


94, inciso III, alíneas “a” e “b”, da Lei nº 8.112/90:
Art. 94. Ao servidor investido em mandato eletivo aplicam-se as seguintes
disposições:
III - investido no mandato de vereador:
a) havendo compatibilidade de horário, perceberá as vantagens de seu
cargo, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo;
b) não havendo compatibilidade de horário, será afastado do cargo,
sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração.

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Letra (A). É compatível sim com o vínculo funcional do


servidor. Logo, está ERRADA.
Letra (B). Só exige afastamento se não houver
compatibilidade de horário. Portanto, está INCORRETA.
Letra (C). Só pode cumular as vantagens de seu cargo com a
remuneração do cargo eletivo se houver compatibilidade de horário.
Portanto, está ERRADA.
Letra (D). Está de acordo com o art. 94, inciso III, alínea “b”,
da Lei nº 8.112/90. Logo, está CORRETA.
Letra (E). O que se acumula são as vantagens do cargo e a
remuneração do cargo eletivo. Portanto, está INCORRETA.
Gabarito: D

49. (FCC – 2013 – TRT 15ª Região – Técnico Judiciário – Área


Administrativa) Servidor público estadual eleito para exercer mandato
de Vereador e neste investido

a) será exonerado de seu cargo, emprego ou função, somente


podendo retornar para os quadros da Administração por meio de novo
concurso público.
b) ficará afastado de seu cargo, emprego ou função, não lhe
sendo facultado optar pela sua remuneração.
c) será obrigatoriamente afastado do cargo, emprego ou
função, sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração.
d) perceberá as vantagens de seu cargo, emprego ou função,
sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo, desde que haja
compatibilidade de horários.
e) terá seu tempo de serviço contado para todos os efeitos
legais, na hipótese de ser exigido afastamento para exercício do
mandato eletivo.

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Para responder esta questão, devemos ter em mente o art.


38, incisos II, III e IV, da Constituição Federal:
Art. 38. Ao servidor público da administração direta, autárquica e fundacional,
no exercício de mandato eletivo, aplicam-se as seguintes disposições:
II - investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, emprego ou
função, sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração;
III - investido no mandato de Vereador, havendo compatibilidade de
horários, perceberá as vantagens de seu cargo, emprego ou função, sem
prejuízo da remuneração do cargo eletivo, e, não havendo compatibilidade,
será aplicada a norma do inciso anterior;
IV - em qualquer caso que exija o afastamento para o exercício de
mandato eletivo, seu tempo de serviço será contado para todos os efeitos
legais, exceto para promoção por merecimento;

Letra (A). Ele poderá ser afastado, mas não exonerado. Logo,
está INCORRETA.
Letra (B). No caso de não haver compatibilidade de horários, o
servidor será afastado do cargo, emprego ou função, sendo-lhe
facultado optar pela sua remuneração. Portanto, está ERRADA.
Letra (C). Só será afastado se não houver compatibilidade de
horários. Logo, está INCORRETA.
Letra (D). Está de acordo com o disposto no inciso III do art.
38 da CF, transcrito acima. Portanto, está CORRETA.
Letra (E). O tempo de serviço não é contado para promoção
por merecimento. Logo, está ERRADA.
Gabarito: D

50. (FCC – 2013 – TRT 9ª Região (PR) – Analista Judiciário – Área


Administrativa) Nos termos da Constituição Federal, em qualquer caso
que exija o afastamento do servidor público para o exercício de
mandato eletivo, seu tempo de serviço

a) será contado para todos os efeitos legais, exceto para


promoção por merecimento.

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b) será contado para todos os efeitos legais, exceto para


promoção por antiguidade.
c) será contado para todos os efeitos legais, sem qualquer
exceção.
d) não será computado para qualquer efeito legal.
e) será contado tão somente para a promoção por
merecimento.

Nos termos do art. 38, inciso IV, da CF, em qualquer caso que
exija o afastamento para o exercício de mandato eletivo, seu tempo de
serviço será contado para todos os efeitos legais, exceto para promoção
por merecimento. Portanto, a resposta correta é a letra A.
Gabarito: A

51. (FCC – 2012 – TRT 6ª Região (PE) – Analista Judiciário –


Execução de Mandados) João, servidor público da administração direta
federal, foi eleito para o cargo de Prefeito em seu Município. De acordo
com as disposições constitucionais e legais aplicáveis à espécie, ele

a) poderá solicitar afastamento do cargo ou licença parcial com


redução proporcional da remuneração.
b) deverá ser exonerado do cargo, pois se trata de cumulação
vedada com impossibilidade de afastamento.
c) poderá solicitar exoneração a pedido e reversão ao cargo de
origem ao final do mandato.
d) ficará afastado do cargo durante o período de mandato,
podendo optar entre a remuneração do cargo público ou do eletivo.
e) poderá permanecer em exercício no cargo de origem, desde
que comprove a compatibilidade de horários e atribuições.

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Segundo o art. 38, inciso II, da CF, o servidor público da


administração direta, autárquica e fundacional investido no mandato de
Prefeito será afastado do cargo, emprego ou função, sendo-lhe
facultado optar pela sua remuneração. Portanto, a resposta correta
é a letra D.
Gabarito: D

52. (CESPE - 2013 - TRT - 10ª REGIÃO- DF e TO- Técnico


Judiciário)A acumulação lícita de cargos públicos por parte do servidor é
condicionada à demonstração de compatibilidade de horários.

Prezados, sempre que pensarmos em acumulação de cargos, um


dos primeiros itens a ser observado é se há compatibilidade de horários.
Se não houver, no agente não poderá desempenhar as duas funções e
portanto, receberá apenas um dos salários. Essa é a determinação do
artigo 118, parágrafo 2º da Lei 8.112/90.

Gabarito: Certo.

Encerramos por aqui. Por hoje é só!

Vamos ao resumo da aula!

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7. Resumo da aula

Agentes políticos Titulares dos cargos estruturais à organização


política do País.
Servidores Servidores ESTATUTÁRIOS
públicos EMPREGADOS PÚBLICOS
SERVIDORES TEMPORÁRIOS
Militares Prestam serviços às Forças Armadas (Marinha,
Exército e Aeronáutica) e às Polícias Militares e
Corpos de Bombeiros Militares dos Estados, DF e
dos Territórios, com vínculo estatutário e regime
jurídico próprio.
Particulares em DELEGADOS DO PODER PÚBLICO
colaboração com REQUISITADOS, NOMEADOS OU DESIGNADOS
o Poder Público PARA O EXERCÍCIO DE FUNÇÕES PÚBLICAS
RELEVANTES
GESTORES DE NEGÓCIO

Distinção entre cargo, emprego e função:

 CARGO PÚBLICO: conjunto de atribuições e


responsabilidades previstas na estrutura organizacional que
devem ser cometidas a um servidor, criando com este um
vínculo estatutário. Acessível a todos os brasileiros, criado
por lei, com denominação própria e vencimento pago pelos
cofres públicos, para provimento em caráter efetivo ou em
comissão.

 EMPREGO PÚBLICO: é um núcleo de encargo de trabalho


permanente a ser preenchido por agente contratado para
desempenhá-lo, ou seja, também é uma unidade de
atribuições e responsabilidades, distinguindo-se do cargo pelo
tipo de vínculo que liga o servidor ao Estado. O ocupante de
emprego público tem um vínculo contratual e submete-se
ao regime trabalhista (CLT), com a aplicação de algumas
normas do regime público.

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 FUNÇÃO PÚBLICA: é o conjunto de atribuições às quais não


corresponde um cargo ou emprego (conceito residual), não
contando, assim, com um lugar no quadro funcional da
Administração. Segundo Marinela, consiste no conjunto de
atribuições e responsabilidades assinaladas a um servidor; é a
atividade em si mesma, ou seja, corresponde às inúmeras
tarefas que devem ser desenvolvidas por um servidor.
Abrange 2 tipos de situação: função exercida por servidores
contratados temporariamente, para a qual não se exige,
necessariamente, concurso público, e função de natureza
permanente, correspondentes a chefia, direção,
assessoramento (função de confiança, de livre provimento e
exoneração).

A criação, transformação e extinção de cargos, empregos e


funções públicas são da competência do Congresso Nacional, por meio
de lei. A iniciativa dessa lei é privativa do Presidente da República,
quando se tratar de cargos, funções ou empregos públicos na
administração federal direta e autárquica.

De acordo com o princípio do paralelismo, o STF considera que os


Estados devem seguir o mesmo modelo. Portanto, nos Estados-
membros, o Governador tem a iniciativa do projeto de lei e a
Assembleia Legislativa tem a competência de editá-la.

ATENÇÃO!!! A extinção de função ou cargo público


preenchido somente poderá ser efetivada mediante lei; caso o
cargo esteja vago, a competência para sua extinção é privativa
do Chefe do Poder Executivo, mediante decreto autônomo.

De acordo com o art. 37, I, da Constituição Federal, os cargos,


empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que
preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos

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estrangeiros, na forma da lei. Trata-se do princípio da ampla


acessibilidade.

Quanto à obrigatoriedade do concurso, a investidura em cargo ou


emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de
provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a
complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei,
ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de
livre nomeação e exoneração.

CUIDADO COM AS EXCEÇÕES!!!

Para os cargos em comissão e para a contratação por tempo


determinado (contratos temporários) para atender a necessidade
temporária de excepcional interesse público, dispensa-se o concurso
público. Também a nomeação dos membros dos Tribunais são
necessita ser precedida de concurso público. Outras exceções são:
cargos de mandato eletivo e ex-combatentes que tenham
efetivamente participado das operações bélicas da Segunda Guerra
Mundial.

Nos termos do art. 37, II, da Constituição, o prazo de validade


do concurso público será de até dois anos (ou seja, o edital pode fixar
um prazo inferior), prorrogável uma vez, por igual período. A
prorrogação fica a critério da Administração, inexistindo, para os
candidatos aprovados, direito subjetivo a essa prorrogação.

O art. 37, §2º, da Constituição Federal, estabelece que a não


observância da exigência de concurso público, respeitado seu prazo de
validade, implicará na nulidade do ato e na punição da autoridade
responsável.

A orientação atual do STF é que a aprovação em concurso público


dentro do número de vagas fixado no edital cria para o candidato direito
adquirido à nomeação e não mera expectativa de direito, obedecida,

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evidentemente, a ordem de classificação. Entretanto, a administração


tem direito de efetuar parceladamente as nomeações, dentro do prazo
de validade do concurso.

Lembre-se dos julgados do STJ para chegar às seguintes


conclusões:

- quem passou dentro do número de vagas tem direito subjetivo à


nomeação (= o Estado tem a obrigação de nomear) – STF

- concurso só para cadastro de reserva: candidato aprovado em


1º lugar tem direito subjetivo à nomeação – STJ

- candidato aprovado fora das vagas do edital, mas dentro das


vagas surgidas no prazo de validade do certame só tem direito à
nomeação se existir dotação orçamentária específica para a nomeação –
STJ.

Segundo o art. 37, V, da Constituição Federal, as funções de


confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo
efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores
de carreira nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em
lei, destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e
assessoramento.

De acordo com o art. 37, IX, da Constituição Federal, “a lei


estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado para
atender a necessidade temporária de excepcional interesse público”.
Representa uma situação excepcional nos quadros da Administração
Pública.

Quais são os requisitos cumulativos para que se considere


legítima a contratação temporária?

 Os casos excepcionados devem estar previstos em lei;

 O prazo de contratação deve ser predeterminado;

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 A necessidade deve ser temporária;

 O interesse público deve ser excepcional (ou seja, não pode


referir-se a situações administrativas rotineiras, comuns).

Se ausente um desses requisitos, a contratação será ilegal.

O art. 37, VI, da Constituição Federal garante ao servidor público


civil o direito à livre associação sindical, ou seja, permite ao servidor
aderir ao sindicato representativo de sua categoria profissional. Pode
ser exercido de forma livre pelos servidores, a liberdade é absoluta, daí
não haver obrigatoriedade na filiação desse servidor.

O inciso VII do art. 37 da Constituição Federal concede aos


servidores públicos o direito de greve, nos termos e limites definidos em
lei específica, ou seja, lei ordinária que deve cuidar especificamente
desse assunto.

O STF determinou a aplicação temporária ao setor público, no que


couber, da lei de greve vigente no setor privado, até que o
Congresso Nacional edite a mencionada lei regulamentadora.

A sindicalização e a greve são vedadas aos militares.

ATENÇÃO!!! Observe que o sistema remuneratório dos agentes


públicos é composto por três distintas categorias jurídicas, a saber:

1. SUBSÍDIO (introduzido com a Reforma Administrativa de 1998):


retribuição fixada em parcela única, vedado o acréscimo de qualquer
gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de representação ou outra
espécie remuneratória. É modalidade de remuneração (em sentido
amplo) de aplicação:

Obrigatória: para os agentes políticos (ex: chefes do Poder


Executivo, deputados, senadores, vereadores, ministros de Estado,
secretários estaduais e municipais, membros da magistratura,
membros do Ministério Público, ministros dos tribunais de contas,

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etc) e para alguns servidores públicos (servidores das carreiras


pertencentes à AGU, à Defensoria Pública, à Procuradoria-Geral da
Fazenda Nacional, às procuradorias dos estados e do DF e os
servidores da Polícia Federal, Polícia Ferroviária Federal, polícias
civis, polícias militares e corpos de bombeiros militares;

Facultativa: para os servidores públicos organizados em carreira,


desde que assim disponham as leis federais, estaduais, municipais
ou do DF, conforme a carreira de que se trate.

2. VENCIMENTO BÁSICO: é a retribuição pecuniária básica,


estabelecido em lei. Nos termos do art. 40 da Lei 8112/90, é a
retribuição pecuniária pelo exercício de cargo público. Pode ser
menor que o salário mínimo.

3. REMUNERAÇÃO: conjunto das retribuições (sinônimo de


“vencimentos”). Não pode ser menor que o salário mínimo.
Composto pelo vencimento básico do cargo e mais as vantagens
pecuniárias de caráter permanente estabelecidas em lei. Pagos aos
servidores públicos submetidos a regime jurídico estatutário.

remuneração = vencimento básico + vantagens


pecuniárias

3. SALÁRIO: contraprestação pecuniária paga aos empregados


públicos, admitidos sob o regime jurídico trabalhista, contratual,
sujeitos predominantemente à CLT.

Em regra, exige-se lei ordinária específica para que se fixe ou


altere a remuneração (em sentido amplo) dos servidores públicos, para
cada cargo, emprego ou função, após prévia dotação orçamentária e
autorização específica na lei de diretrizes orçamentárias.

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Os servidores têm direito subjetivo à revisão geral anual de sua


remuneração, sempre na mesma data e sem distinção de índices (art.
37, inciso X, CF).

Atualmente, há um teto geral, que é o subsídio dos ministros do


STF, e outros limites nos estados, Distrito Federal e municípios, que
podem ser inferiores ou, no máximo, iguais ao subsídio dos ministros do
STF. Nos municípios, o teto é o subsídio percebido pelo Prefeito; nos
estados e no DF, há um limite diferenciado por Poder, correspondendo
ao subsídio mensal do Governador para o Poder Executivo, ao subsídio
dos deputados estaduais ou distritais no Poder Legislativo e ao subsídio
dos desembargadores do TJ, no âmbito do Poder Judiciário.

Fica facultado aos Estados e ao Distrito Federal fixar, em seu


âmbito, mediante emenda às respectivas Constituições e Lei Orgânica,
como limite único, o subsídio mensal dos Desembargadores do
respectivo Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e
cinco centésimos por cento (90,25%) do subsídio mensal dos Ministros
do Supremo Tribunal Federal, não se aplicando o disposto neste
parágrafo aos subsídios dos Deputados Estaduais e Distritais e dos
Vereadores.

Os limites incluem todas as espécies remuneratórias e todas as


parcelas integrantes do valor total percebido, incluídas as vantagens
pessoais ou quaisquer outras, excetuadas as parcelas de caráter
indenizatório previstas em lei.

Segundo o art. 37, XV, da Constituição Federal, o subsídio e os


vencimentos dos ocupantes de cargos e empregos públicos são
irredutíveis, ressalvadas algumas situações. IMPORTANTE!!! Tal
garantia só é válida quando a retribuição paga ao servidor é legal,
fixada com obediência às exigências constitucionais e legais!!!

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O STF já decidiu que o preceito em foco aplica-se não só aos


cargos efetivos, mas também aos cargos em comissão.

Destacamos algumas exceções ao referido dispositivo:

 Redução de vencimentos decorrente da vedação da incidência


de acréscimos sobre outras parcelas, incorporadas ou não, ao
vencimento básico.

 Redução da parcela dos subsídios ou vencimentos que


excederem o teto de remuneração.

 A irredutibilidade não impede a criação ou a majoração de


tributos incidentes sobre os vencimentos ou os subsídios, ou
sobre os correspondentes proventos de aposentadoria ou de
pensão.

Por último, é preciso enfatizar que a jurisprudência do STF afirma


que essa irredutibilidade dos vencimentos e subsídios é nominal (= o
valor numeral do que o servidor recebe), inexistindo garantia de
irredutibilidade real (= valor real de compra) de vencimentos ou
subsídios.

O art. 38 da CF elenca 3 situações específicas relacionadas à


acumulação de cargos e remunerações de servidores públicos das
Administrações Diretas, autarquias e fundações públicas, eleitos para
o exercício de mandatos nos Poderes Executivo ou Legislativo:

 Servidor público eleito para QUALQUER CARGO, do Executivo


ou do Legislativo, federal, estadual ou distrital (Presidente
da República, governador de estado ou do DF, senador,
deputado federal, deputado estadual ou distrital):
afastamento obrigatório do seu cargo, efetivo ou em
comissão, função ou emprego público. A remuneração
percebida será, obrigatoriamente, a do cargo eletivo.

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 Servidor público eleito para PREFEITO: afastamento


obrigatório de seu cargo, emprego ou função pública. Nesse
caso, o servidor poderá optar entre a remuneração do
cargo de prefeito e a remuneração do cargo, emprego ou
função de que foi afastado.

 Servidor público eleito para VEREADOR: faculdade de


acumulação do exercício da vereança com o de seu cargo,
função ou emprego público, caso haja compatibilidade de
horários. Na hipótese de acumulação, o servidor receberá as
duas remunerações, a de vereador e a de seu outro cargo,
emprego ou função pública, obedecidos os limites
constitucionais. OBS: não existindo compatibilidade de
horários, o servidor será afastado de seu cargo,
exercendo apenas o de vereador; poderá, entretanto,
optar entre a remuneração de vereador e a
remuneração do cargo, emprego ou função de que foi
afastado.

8. Questões

1. (FCC – 2014 – TRT 2ª Região (SP) – Técnico Judiciário – Área


Administrativa) Diante de real demanda de pessoal na
Administração direta e indireta, o Chefe do Executivo de
determinado ente federado editou decreto criando número

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bastante relevante de cargos os quais deveriam ser


preenchidos por meio de concurso público, regra expressa da
Constituição Federal.

A conduta adotada pelo Governador

a) é regular e válida, caso reste demonstrada a disponibilidade


orçamentária para esse incremento de despesas.

b) não é compatível com a norma constitucional, que exige lei


para criação de cargos, por meio da qual são definidas as atribuições e
padrões de remuneração dessas unidades de poderes e deveres
estatais.

c) é regular e válida desde que tenham sido especificadas as


atribuições e padrões de remuneração para cada natureza de função a
ser desenvolvida.

d) não é compatível com a norma constitucional, que exige


convalidação por medida provisória que demonstre a disponibilidade de
recursos e o interesse público na conduta.

e) é inconstitucional, tendo em vista que a atividade de criação de


cargos depende de autorização legislativa ou de autorização judicial,
mediante provocação do Chefe do Executivo.

2. (CONSULPLAN – 20145 - TJ-MG - Titular de Serviços de Notas


e de Registro) Em relação à remuneração dos servidores públicos, é
correto afirmar, EXCETO:

a) Somente poderá ser fixada ou alterada por lei específica, observada


a iniciativa privativa em cada caso.
b) É assegurada a revisão geral e anual, sempre na mesma data e sem
distinção de índices.

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c) No âmbito do Poder Legislativo dos Estados e Distrito Federal, aplica-


se como limite o subsídio dos Deputados Estaduais e Distritais.
d) As parcelas de caráter indenizatório previstas em lei serão
computadas no teto remuneratório.

3. (FCC - 2012 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Juiz do Trabalho) São


considerados agentes públicos

a) apenas aqueles que exercem atividades típicas de governo,


detentores de mandato eletivo e seus auxiliares diretos.

b) apenas aqueles ligados ao Poder Público por vínculo de


natureza estatutária, investidos mediante nomeação para cargo público.

c) os servidores públicos, os agentes políticos, os militares e os


particulares em colaboração com o Poder Público.

d) os servidores públicos, desde que detentores de vínculo


estatutário, bem como os agentes políticos, excluídos os militares.

e) exclusivamente os servidores públicos, detentores de vínculo


estatutário ou celetista, excluídos os agentes políticos.

4. (CONSULPLAN – 2015 - TRE-MG - Técnico Judiciário -


Programação de Sistemas) São denominados agentes públicos todos
aqueles que exercem uma função pública como prepostos do Estado e
que em seu nome manifestam determinada vontade. Tais agentes
atuam em diversas categorias, as quais são objeto de estudo dos
doutrinadores no que tange à sua classificação. Acerca do tema,
marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas.

( ) O agente político é gênero, do qual os agentes públicos são


espécie.
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( ) O membro de Mesa Receptora de votos quando das eleições é


considerado um agente particular colaborador.
( ) Os servidores, quando integrantes de pessoas governamentais de
Direito Privado, não podem ser caracterizados como agentes públicos.

( ) Os Chefes do Executivo, seus auxiliares e os membros do Poder


Legislativo são classificados como pertencentes a um mesmo grupo,
qual seja, o de agentes políticos.
a)V,F,V,F.
b)V,V,F,F.
c)F,V,F,V.
d)F,V,F,F.

5. (FCC-2015- TRT - 6ª Região (PE)- Juiz do Trabalho


Substituto) O conceito de agente público NÃO é coincidente com o de
agente político, cabendo destacar que

a) os particulares que atuam em colaboração com a


Administração, embora no exercício de função estatal, não são
considerados agentes públicos.

b) todos aqueles que exercem função estatal em caráter


transitório, sem vínculo com a Administração, não são considerados
agentes públicos e sim agentes políticos.

c) apenas os ocupantes de cargos, empregos e funções na


Administração pública podem ser considerados agentes públicos.

d) são exemplos de agentes políticos os Chefes do Executivo e


seus auxiliares imediatos, assim entendidos Ministros e Secretários de
Estado.

e) os detentores de mandato eletivo são os únicos que se


caracterizam como agentes políticos.

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6. (CONSULPLAN – 2015 - TRE-MG - Técnico Judiciário -


Programação de Sistemas) Como regra geral, o serviço
público é desempenhado por aqueles que exercem cargos públicos ou
de confiança. No que se refere ao efetivo desempenho das atribuições
dos cargos públicos ou da função de confiança, é correto afirmar que
estas se darão no

a)prazo de 30 dias, a partir da publicação do ato de provimento.


b)prazo de 15 a 45 dias, contados a partir do ato de remoção, no caso
do servidor removido para exercício em outro município.
c)prazo de 30 dias, contados a partir da data da posse do servidor
público, ou a partir da data do ato de designação da função de
confiança.
d)prazo de 15 dias, a partir da data da posse do servidor
público, ou a partir da data de publicação do ato de designação
da função de confiança.

7. (FCC – 2013 – TRT 5ª Região (BA) – Técnico Judiciário – Área


Administrativa) Considerando o tipo de vínculo que une o particular ao
Estado, pode-se afirmar corretamente que são servidores públicos os

a) ocupantes de cargos públicos criados por lei e admitidos sob


o regime estatutário, não integrando essa categoria os empregados
públicos, porque admitidos sob o regime da legislação trabalhista.

b) ocupantes de emprego público que têm vínculo contratual


sob a regência da CLT e os ocupantes de cargos públicos criados por lei
e admitidos sob o regime estatutário.

c) que ingressam no serviço público mediante concurso público


de provas ou de provas e títulos, não integrando referida categoria os
que ocupam cargos de livre provimento e exoneração.

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d) que ingressam no serviço público mediante concurso público


de provas ou de provas e títulos, não integrando referida categoria os
contratados temporariamente com supedâneo no artigo 37, IX, da
Constituição Federal.

e) investidos em cargos públicos efetivos criados por lei e


admitidos sob o regime estatutário, não integrando essa categoria os
empregados públicos, porque admitidos sob o regime da legislação
trabalhista e os investidos em cargo em comissão.

8. (FCC – 2013 – TRT 1ª Região (RJ) – Analista Judiciário –


Execução de Mandados) Considere as seguintes afirmações em relação
ao regime jurídico dos servidores públicos, à luz da Constituição da
República e da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal sobre a
matéria:

I. Dentro do prazo de validade de concurso público, a


Administração poderá escolher o momento no qual se realizará a
nomeação, mas não poderá dispor sobre a própria nomeação, estando
obrigada a nomear os aprovados dentro do número de vagas previsto
no edital, ressalvadas situações excepcionalíssimas que justifiquem
soluções diferenciadas, devidamente motivadas de acordo com o
interesse público.

II. Salvo nos casos previstos na Constituição, o salário mínimo


não pode ser usado como indexador de base de cálculo de vantagem de
servidor público, nem ser substituído por decisão judicial.

III. Até que sobrevenha lei específica para regulamentar o


exercício do direito de greve pelos servidores públicos civis, aplica-se-
lhes, no que couber, a lei que disciplina o exercício do direito de greve
dos trabalhadores em geral.

Está correto o que se afirma em


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a) I e II, apenas.

b) I e III, apenas.

c) II e III, apenas.

d) I, II e III.

e) I, apenas.

9. (FCC - 2010 - TCE-AP - Procurador) Em relação à regra


constitucional que obriga a realização de concurso público para
provimento de cargos e empregos públicos, é EXCEÇÃO à sua aplicação
a

a) nomeação para cargo em comissão declarado em lei de livre


nomeação e exoneração.

b) contratação de servidores sob o regime celetista na


Administração Indireta.

c) contratação de empregados públicos por sociedades de


economia mista.

d) contratação de funcionários públicos para prestação de serviços


junto a entidades paraestatais.

e) nomeação para função de confiança em emprego, desde que


para prestar serviços em empresa pública.

10. (FCC – 2012 – TJ/RJ – Analista Judiciário – Execução de


Mandados) As pessoas que exercem atos por delegação do Poder
Público, tais como os serviços notariais e de registro podem ser
consideradas

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a) servidores públicos estatutários, caso tenham prestado


concurso público.
b) empregados públicos, desde que tenham prestado concurso
público.
c) particulares em colaboração com o Poder Público, sem
vínculo empregatício.
d) funcionários públicos lato sensu, na medida em que se
submetem à fiscalização do Poder Público.
e) agentes públicos estatutários, desde que recebam
remuneração do Poder Público.

11. (FCC – 2015 - TCM-GO - Auditor Conselheiro Substituto) A


Constituição Federal estabeleceu o concurso público como exigência ao
ingresso na Administração pública objetivando igualar, da melhor forma
possível, as oportunidades de acesso às vagas disponíveis no serviço
público. A partir dessa afirmativa, é correto afirmar:

a) A regra do concurso público incide no acesso aos cargos de


provimento efetivo, não alcançando o procedimento de contratação pela
CLT levado a efeito pela Administração pública, que, neste caso, está
obrigada a realizar processo de seleção simplificado.
b) O servidor que tenha originalmente ingressado na Administração
pública por concurso público pode ser alçado a cargo de outra carreira
sem que, com isso, haja ofensa ao princípio do concurso público, o que
se denomina provimento por derivação.
c) É exceção à regra do concurso público a nomeação para cargo em
comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração, bem como
os casos de contratação por tempo determinado para atender
necessidade temporária de excepcional interesse público.
d) É exceção à regra da prévia aprovação em concurso público de
provas e de provas e títulos o provimento de emprego público em
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autarquias, porquanto estas integram a Administração pública indireta,


que realiza concurso baseado unicamente em títulos.
e) A exigência constitucional do concurso público aplica-se inclusive ao
provimento de cargos em comissão, razão porque os servidores
comissionados, a partir da Constituição Federal de 1988, são dotados
de estabilidade.

12. (FCC/2009/TCE-GO/Analista Externo) A pessoa legalmente


investida em cargo, de provimento efetivo ou em comissão, com
denominação, função e vencimento próprios, número certo e
remunerado pelos cofres públicos.

Esta é a definição de

a) agente público.

b) particular em colaboração com a Administração.

c) servidor público em sentido amplo.

d) empregado público.

e) funcionário público.

13. (FCC – 2015 - TJ-GO - Juiz Substituto) As normas


constitucionais que delineiam os contornos do regime jurídico dos
servidores públicos preconizam a possibilidade de contratação sem
prévio concurso público de provas e títulos para

I. empregos públicos, em sociedades de economia mista e empresas


públicas que atuem em regime de competição no mercado.

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II. cargos em comissão, destinados exclusivamente a funções de chefia,


direção e assessoramento.
III. contratações temporárias, limitadas a 20% do quadro permanente
efetivo.
Está correto as situações descritas APENAS em
a) III.
b) I
c) I e II.
d) II e III.
e) II.

14. FCC - 2010 - TRT - 9ª REGIÃO (PR) - Técnico Judiciário) No


tocante aos cargos, empregos e funções públicos, é INCORRETO
afirmar:

a) Cargo em comissão é o que somente admite provimento em


caráter provisório, sendo declarados em lei de livre nomeação e
exoneração, destinando-se apenas às atribuições de direção, chefia e
assessoramento.

b) Todo cargo tem função, mas pode haver função sem cargo.

c) Cargo isolado é aquele que não se escalona em classes, por ser


o único na sua categoria.

d) Classe consiste no agrupamento de carreiras de mesma


profissão, com idênticas atribuições, responsabilidades e vencimentos.

e) O cargo de chefia pode ser de carreira ou isolado, de


provimento efetivo ou em comissão, tudo dependendo da lei que o
instituiu.

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15. (FCC – 2013 – TRT 5ª Região (BA) – Analista Judiciário –


Oficial de Justiça Avaliador) As normas constitucionais que instituem e
disciplinam direitos dos servidores públicos, estabelecem que

a) os cargos efetivos são disponíveis apenas aos brasileiros


natos, sendo possível disponibilizar a estrangeiros, na forma da lei,
apenas empregos públicos a serem preenchidos na Administração
indireta.

b) a aprovação em concurso público gera apenas expectativa


de direito à nomeação, podendo a Administração optar pela realização
de novo certame, independentemente de prazo, como forma de
expressão de seu poder discricionário.

c) fica vedado aos servidores públicos, de todas as esferas, o


exercício do direito de greve, devendo essa categoria se restringir a
protestos pacíficos, sem paralisação, a fim de privilegiar a
essencialidade intrínseca a todos os serviços públicos.

d) é possível excepcionar a regra da obrigatoriedade do


concurso público, tal como a contratação por tempo determinado, nos
casos e na forma prevista em lei.

e) a remuneração dos servidores ocupantes de cargo efetivo


pode ser alterada mediante decreto autônomo, prescindindo da edição
de lei específica para tanto.

16. (FCC - 2010 - TRT - 9ª REGIÃO (PR) - Técnico Judiciário) No


tocante aos cargos, empregos e funções públicos, é INCORRETO
afirmar:
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a) Cargo em comissão é o que somente admite provimento em


caráter provisório, sendo declarados em lei de livre nomeação e
exoneração, destinando-se apenas às atribuições de direção, chefia e
assessoramento.

b) Todo cargo tem função, mas pode haver função sem cargo.

c) Cargo isolado é aquele que não se escalona em classes, por ser


o único na sua categoria.

d) Classe consiste no agrupamento de carreiras de mesma


profissão, com idênticas atribuições, responsabilidades e vencimentos.

e) O cargo de chefia pode ser de carreira ou isolado, de


provimento efetivo ou em comissão, tudo dependendo da lei que o
instituiu.

17. (FCC/2010/TRT-8ª Reg/Técnico Judiciário ) As funções de


confiança serão exercidas

a) por servidor designado mesmo que não ocupe cargo na


Administração Pública.

b) preferencialmente por servidores ocupantes de cargo efetivo.

c) alternadamente por ocupantes de cargo efetivo e de cargo em


comissão.

d) exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo.

e) por servidor aposentado que retorna ao serviço público, sem


ocupar cargo.

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18. (CESPE - 2011 - TRE-ES - Analista Judiciário - Área


Administrativa - Específicos) Cargo público é o conjunto de atribuições e
responsabilidades que, previstas na estrutura organizacional, devem ser
cometidas a um servidor.

19. (CESPE - 2013 - TC-DF - Procurador) A promoção constitui


investidura derivada, enquanto a nomeação traduz investidura
originária do servidor público.

20. (CESPE - 2011 - TCU - Auditor Federal de Controle Externo)


Apesar do princípio da legalidade, que norteia toda a administração
pública, o presidente da República pode dispor, por meio de decreto,
sobre a organização e o funcionamento da administração federal se isso
não implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos
públicos.

21. (FCC – 2010 - TRT-8ª Região - Técnico Judiciário) Sobre


cargo público é correto afirmar:

a) Cargo público e emprego público são expressões sinônimas.

b) Os cargos públicos são acessíveis aos brasileiros que preencham


os requisitos estabelecidos em lei e aos estrangeiros, na forma da lei.

c) Cargo em Comissão pode ser provido em caráter permanente.

d) Nem todo cargo tem função, mas a toda função corresponde um


cargo.

e) A criação de cargo pode se feita por decreto do Chefe do Poder


Executivo.

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22. (FCC - 2012 - TRT - 11ª Região (AM) - Juiz do Trabalho)


Integra o regime constitucional dos servidores públicos a regra segundo
a qual

a) as funções de confiança, exercidas exclusivamente por


indivíduos que não ocupem cargo efetivo, e os cargos em comissão, a
serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e
percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às
atribuições de direção, chefia e assessoramento.

b) é garantido ao servidor público civil o direito à livre associação


sindical, mediante autorização, em cada caso, da pessoa da
Administração a que se vincule.

c) os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos


brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim
como aos estrangeiros, na forma da lei.

d) a investidura em cargo ou emprego público depende de


aprovação prévia em concurso público de provas, de provas e títulos, ou
de títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou
emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para
cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração.

e) o prazo de validade do concurso público será de até quatro


anos, prorrogável uma vez, por igual período.

23. (CESPE - 2013 - TCE-RS - Oficial de Controle Externo)


Professor estrangeiro que resida no Brasil e pretenda ocupar cargo
público em universidade federal somente poderá atuar como professor

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visitante, visto que a investidura em cargo público é restrita a


brasileiros natos ou naturalizados.

24. (FGV – 2015 - TJ-BA - Analista Judiciário - Área


Administrativa) Em matéria de concurso público, a Constituição da
República de 1988 estabelece que:

a) a investidura em cargo público depende de aprovação prévia em


concurso público de provas ou de provas e títulos, quando se tratar da
Administração Direta, não sendo tal obrigatoriedade exigida para
entidades da Administração Indireta;
b) o prazo de validade do concurso público será de 2 (dois) anos,
prorrogável uma vez, por igual período, a critério da Administração
Pública e do presidente da comissão organizadora do concurso;
c) durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação,
aquele aprovado em concurso público de provas ou de provas e títulos
será convocado com prioridade sobre novos concursados para assumir
cargo ou emprego, na carreira;
d) as funções de confiança e os cargos em comissão apenas podem ser
preenchidos por servidores não concursados, desde que sejam
exercidas atribuições de direção, chefia e assessoramento;
e) os cargos em comissão recaem exclusivamente por servidores
ocupantes de cargo efetivo e destinam-se às atribuições de direção,
chefia e assessoramento.

25. (FCC – 2015 - TJ-SC - Juiz Substituto) Considere as seguintes


afirmações:
I. Só por lei se pode sujeitar a exame psicotécnico a habilitação de
candidato a cargo público.

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II. É inconstitucional a vinculação do reajuste de vencimentos de


servidores estaduais ou municipais a índices federais de correção
monetária.
III. É inconstitucional toda modalidade de provimento que propicie ao
servidor investir-se, sem prévia aprovação em concurso público
destinado ao seu provimento, em cargo que não integra a carreira na
qual anteriormente investido.
Conforme jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, está correto o
que se afirma em
a) I e III, apenas.
b) III, apenas.
c) I, II e III.
d) I e II, apenas.
e) II e III, apenas.

26. (FCC – 2013 – TRT 15ª Região – Analista Judiciário –


Contabilidade) O Sr. João, portador de deficiência, sempre alimentou o
sonho de trabalhar em prol da sociedade. Para a satisfação desse
desejo, optou por prestar concurso público para um cargo cujas
atribuições são compatíveis com a deficiência da qual é portador. Nos
termos da Lei, para o Sr. João, e para todos aqueles nessa condição,
em relação às vagas oferecidas no concurso, os editais deverão reservar

a) 10%.

b) até 10%.

c) 15%.

d) até 20%.

e) 20%.

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27. (FCC – 2013 – TRT 12ª Região (SC) – Técnico Judiciário)


Segundo a Lei no 8.112/90, especificamente no que concerne ao regime
jurídico dos servidores públicos da União, é INCORRETO:

a) Para as pessoas portadoras de deficiência serão reservadas


até 10% (dez por cento) das vagas oferecidas no concurso público para
provimento de cargo com atribuições compatíveis com a deficiência de
que são portadoras.
b) Só haverá posse nos casos de provimento de cargo por
nomeação.
c) A posse, em regra, ocorrerá no prazo de trinta dias
contados da publicação do ato de provimento.
d) Não se abrirá novo concurso enquanto houver can- didato
aprovado em concurso anterior com prazo de validade não expirado.
e) As universidades e instituições de pesquisa científica e
tecnológica federais poderão prover seus cargos com professores,
técnicos e cientistas estrangeiros, de acordo com as normas e os
procedimentos previstos em lei.

28. (FCC - 2012 - TST - Técnico Judiciário) É requisito básico para


investidura nos cargos públicos em geral:

a) nacionalidade brasileira ou estrangeira.

b) nível de escolaridade mínimo igual ou equivalente a ensino


universitário.

c) idade mínima de vinte e um anos.

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d) aptidão física e mental.

e) aprovação em concurso público de provas e títulos.

29. (FCC – 2013 – TRT 5ª Região (BA) – Analista Judiciário –


Oficial de Justiça Avaliador) O Tribunal Regional do Trabalho da 5ª
Região - TRT/BA teve concurso público para provimento de cargos
efetivos questionado judicialmente pelos seguintes motivos: previu
validade de até dois anos; previu a possibilidade de prorrogação por
uma vez, por igual período; publicou o edital somente no Diário Oficial
da União e em jornal de grande circulação; havia concurso anterior com
lista remanescente de candidatos aprovados ainda dentro do prazo de
validade; o concurso previu provas e títulos. Quem processou poderá
ter seu pleito atendido, uma vez que

a) o prazo máximo de validade do concurso deveria ser de um


ano.

b) não é permitida a prorrogação da validade do concurso.

c) o edital não foi publicado em jornal de circulação local.

d) não é permitida a abertura de novo concurso se ainda


houver candidatos aprovados em concurso anterior com prazo de
validade não expirado.

e) não é permitida a prova de títulos em razão do seu caráter


subjetivo.

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30. (CESPE - 2012 - TC-DF - Auditor de Controle Externo) Os


candidatos inscritos em concurso público não têm direito adquirido à
realização do certame.

31. (FCC – 2013 – TRT 1ª Região (RJ) – Técnico Judiciário – Área


Administrativa) Suponha que lei federal tenha criado diversos cargos
em comissão, para o exercício de atribuições de chefe de unidade e de
assessor, a serem preenchidos necessariamente por servidores de
carreira. Essa lei é

a) inconstitucional, uma vez que, de acordo com a Constituição


Federal, cargos em comissão apenas podem ser preenchidos por
servidores que não sejam de carreira.

b) constitucional, uma vez que, de acordo com a Constituição


Federal, os cargos em comissão deverão ser preenchidos por servidores
de carreira nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em
lei, destinando-se apenas às atribuições de direção, chefia e
assessoramento.

c) constitucional, uma vez que, de acordo com a Constituição


Federal, os cargos em comissão somente podem ser preenchidos por
servidores de carreira e devem destinar-se apenas às atribuições de
direção, chefia e assessoramento.

d) constitucional, uma vez que a Constituição Federal


estabelece os mesmos requisitos para o preenchimento dos cargos em
comissão e para o exercício das funções de confiança.

e) inconstitucional, uma vez que a Constituição Federal veda a


criação de cargos em comissão, permitindo apenas as funções de
confiança exercidas por servidores ocupantes de cargos efetivos.

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32. (FCC – 2014 – TJ/AP – Analista Judiciário – Área Judiciária –


Execução de Mandados) O ingresso no serviço público se dá mediante a
aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos.
Essa regra constitucional encontra exceção nas hipóteses autorizadas
pela própria Constituição Federal. No que pertine ao acesso ao serviço
público é correto afirmar que

a) é exceção à regra do concurso público as nomeações para


cargo em comissão declarados em lei de livre nomeação e exoneração.

b) a investidura em cargos em comissão declarados em lei de


livre nomeação e exoneração deixou de ser juridicamente viável após a
Constituição Federal de 1988 em razão do princípio do concurso público.

c) a investidura em cargo público efetivo se dá mediante


concurso público, o que não ocorre com a investidura em emprego
público, que independe da prévia aprovação em concurso público, isso
em razão do regime jurídico ser o da CLT.

d) a investidura em cargo ou emprego público independe da


prévia aprovação em concurso público desde que, para tanto, haja
excepcional interesse público e necessidade inadiável consubstanciada
no risco iminente à continuidade da prestação do serviço público.

e) a investidura em cargo público efetivo é acessível apenas


aos brasileiros e não depende da prévia aprovação em concurso público.

33. (FCC – 2013 – TRT 5ª Região (BA) – Técnico Judiciário – Área


Administrativa) Prefeitura municipal pretende preencher cargo efetivo
de Assistente Social, que foi recentemente criado, por lei, junto aos

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quadros de sua Secretaria de Relações do Trabalho e Emprego. Para


tanto, o município

a) deverá abrir concurso público de provas ou de provas e


títulos a todos os candidatos que preencherem os requisitos previstos
em lei.

b) deverá abrir concurso público de provas ou de provas e


títulos que, no entanto, poderá, havendo justificativa para tanto, ficar
restrito aos servidores que já pertençam ao quadro de pessoal da
Administração municipal.

c) poderá abrir concurso público a todos os candidatos que


preencherem os requisitos exigidos por lei ou poderá nomear livremente
servidor público comissionado, desde que o faça justificadamente.

d) poderá contratar, desde que por prazo determinado, sem


concurso público, servidor público temporário, faculdade que independe
da existência de lei municipal disciplinando esse tipo de contratação.

e) poderá recrutar, em caráter precário e experimental,


empregados de empresa pública municipal para desempenhar a função
afeta ao cargo.

34. (FCC/2011/TRT/19ªReg-AL/Técnico Judiciário) O servidor,


ocupante de cargo em comissão, poderá ser nomeado para ter
exercício, interinamente, em outro cargo de confiança, sem prejuízo das
atribuições do que atualmente ocupa. Durante o período da
interinidade, esse servidor

a) receberá obrigatoriamente a remuneração proveniente do cargo


de confiança que assumiu interinamente.

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b) receberá obrigatoriamente a remuneração do cargo em


comissão originário.

c) terá direito a receber duas remunerações.

d) deverá optar pela remuneração de um dos cargos.

e) receberá duas remunerações, acrescidas de percentual legal, por


exercer, durante o mesmo período, atribuições decorrentes de dois
cargos diversos.

35. (FCC - 2012 - TJ-RJ - Comissário da Infância e da Juventude)


A norma constitucional que exige a realização de concurso público para
ingresso de servidores na Administração Pública NÃO atinge

a) os ocupantes de emprego público, desde que se trate de nível


médio de formação.

b) os cargos e funções públicas, desde que a natureza da


atividade seja de baixa complexidade.

c) os cargos em comissão de livre nomeação e exoneração.

d) os cargos ocupados por temporários, desde que de livre


nomeação.

e) as Funções de confiança existentes para quaisquer atribuições,


ainda que por prazo indeterminado.

36. (FCC - 2012 - TRT - 6ª Região (PE) - Técnico Judiciário) A


Constituição Federal previu, em seu artigo 37, inciso IX, a possibilidade
de contratação por tempo determinado, para atender a necessidade
temporária de excepcional interesse público, nos termos da lei.
Partindo-se do pressuposto de que não foi realizado concurso público

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para a contratação de servidores temporários, é correto afirmar que os


admitidos

a) ocupam cargo efetivo.

b) ocupam emprego.

c) ocupam emprego temporário.

d) desempenham função.

e) desempenham função estatutária.

37. (CESPE - 2011 - TRE-ES - Técnico Judiciário) Ainda que


interinamente, é vedado ao servidor público exercer mais de um cargo
em comissão.

38. (CESPE – 2013 – TRT10ª região- Técnico Judiciário) Os


servidores ocupantes de cargo em comissão, declarado em lei de livre
nomeação e exoneração, desde que não ocupem também cargo efetivo,
submetem-se ao regime geral de previdência social.

39. (FGV – 2015 - TJ-SC – Odontólogo) Alexandre é servidor


ocupante exclusivamente de cargo em comissão declarado em lei de
livre nomeação e exoneração, do Tribunal de Justiça de Santa Catarina,
e está lotado no gabinete de determinado desembargador. Em matéria
de regime jurídico, com amparo no texto constitucional, é correto
afirmar que a Alexandre:

a) não se aplica a vedação constitucional de acumulação de cargos e


empregos públicos;

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b) não se aplica o teto constitucional de remuneração de servidores


públicos;
c) aplica-se o benefício do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço
(FGTS);
d) aplica-se a estabilidade, após três anos de efetivo exercício;
e) aplica-se o chamado regime geral de previdência social.

40. (FCC - 2013 - TRT - 9ª REGIÃO (PR) - Analista Judiciário) A


Constituição Federal brasileira determina, no inciso IX, do artigo 37,
que “a lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado
para atender a necessidade temporária de excepcional interesse
público.” Sobre esses servidores temporários contratados sem a
realização de concurso público, é correto afirmar que

a) podem ocupar emprego público quando exercerem suas


atividades em empresas públicas.

b) podem ocupar função pública ou emprego público, desde que


nesse caso seja prescindível a realização de concurso público.

c) ocupam função pública, para a qual não se exige concurso,


inclusive em razão da urgência da contratação.

d) ocupam emprego público, com as normas aplicáveis aos


celetistas vigendo pelo tempo que durar o contrato de trabalho, com
exceção daquelas referentes a extinção do vínculo.

e) podem ocupar cargo público transitório, não se estendendo a


eles, no entanto, as vantagens do regime estatutário.

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41. (FCC – 2014 – TRT 18ª Região (GO) – Juiz do Trabalho) O


exercício do direito de greve pelos servidores públicos civis da
Administração direta

a) deve ser considerado inconstitucional, até que seja editada


a lei definidora dos termos e limites em que possa ser exercido, a fim
de preservar a continuidade da prestação dos serviços públicos.

b) deve ser considerado abusivo se exercido por servidores


públicos em estágio probatório.

c) é constitucional, visto que previsto em norma da


Constituição Federal com aplicabilidade imediata, não necessitando de
regulamentação, nem de integração normativa, para que o direito nela
previsto possa ser exercido.

d) é constitucional, devendo, no entanto, observar a


regulamentação legislativa da greve dos trabalhadores em geral, que se
aplica, naquilo que couber, aos servidores públicos enquanto não for
promulgada lei específica para o exercício desse direito.

e) é constitucional e poderá ensejar convenção coletiva em que


seja prevista a majoração dos vencimentos dos servidores públicos.

42. (FCC – 2013 – TRT 1ª Região (RJ) – Juiz do Trabalho


Substituto) No tocante ao direito de greve dos servidores públicos, é
correto afirmar:

a) Seu exercício é constitucionalmente vedado aos servidores


estatutários que se encontrem em estágio probatório.
b) Conforme entendimento do Supremo Tribunal Federal, deve
ser aplicado analogicamente o art. 7o da Lei no 7.783/89 aos servidores
públicos estatutários, para fins de desconto dos dias de paralisação.

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c) Segundo o entendimento do Supremo Tribunal Federal, a


competência para conhecer do dissídio de greve é da Justiça
Trabalhista, seja qual for a natureza do vínculo do servidor.
d) O direito de greve deve ser exercido nos termos e limites
definidos em lei complementar, em razão de exigência constitucional
nesse sentido.
e) A Constituição veda o direito de greve aos militares e aos
membros das carreiras diplomáticas.

43. (FCC/2010/TRE-AL/Analista Judiciário) Marcelo, nomeado para


o cargo de analista judiciário - especialidade engenharia civil, encontra-
se em estágio probatório. Nesse caso, dentre outras situações, Marcelo
NÃO poderá exercer quaisquer:

a) cargos de provimento em comissão no órgão em que é lotado.

b) funções de chefia na entidade de lotação em que é lotado.

c) funções de direção no órgão ou entidade em que é lotado.

d) cargos de provimento em comissão em órgãos ou entidades


estaduais.

e) funções de assessoramento no órgão de lotação em que é


lotado.

44. (CESPE - 2012 - TC-DF - Auditor de Controle Externo) O


direito à livre associação sindical é aplicável ao servidor público civil,
mas não abrange o servidor militar, já que existe norma constitucional
expressa que veda aos militares a sindicalização e a greve.

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45. (FCC – 2014 – TRT 19ª Região (AL) – Analista Judiciário –


Oficial de Justiça Avaliador) Lei federal determinou a vinculação da
remuneração dos empregados públicos da Administração federal à
variação da remuneração do Chefe do Poder Executivo. A vinculação
determinada pela Lei é.

a) inconstitucional, uma vez que permitida apenas a vinculação à


variação da remuneração do Presidente do Congresso Nacional.

b) inconstitucional, uma vez que permitida apenas a vinculação à


variação da remuneração do Presidente do Supremo Tribunal Federal.

c) inconstitucional, uma vez que vedada a vinculação ou


equiparação de quaisquer espécies remuneratórias para o efeito de
remuneração do pessoal do serviço público.

d) constitucional, uma vez que a vinculação da remuneração dos


empregados públicos à variação da remuneração do Chefe do Poder
Executivo observou o princípio da estrita legalidade.

e) constitucional, uma vez que é vedada a vinculação ou


equiparação de quaisquer espécies remuneratórias para o efeito de
remuneração dos servidores titulares de cargos públicos, não se
aplicando a restrição aos ocupantes de empregos públicos.

46. (CESPE - 2011 - TRE-ES - Técnico Judiciário)O vencimento, a


remuneração e o provento de um servidor somente podem ser objeto
de penhora nos casos de indenização ao erário e prestação alimentícia
que resultem de decisão judicial.

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47. (FCC - 2012 - TRF - 2ª REGIÃO - Analista Judiciário) A


acumulação remunerada de cargos públicos é vedada, EXCETO quando
se tratar, dentre outras hipóteses, a de

a) dois cargos de profissionais de saúde com empregos privados


no setor de saúde, independente do limite remuneratório e da
compatibilidade de horários estabelecidos na Constituição Federal.

b) dois cargos de provimento em comissão, independentemente


da compatibilidade de horários, mas desde que observado o limite
remuneratório estabelecido na Constituição Federal.

c) dois cargos de professor e houver compatibilidade de horários,


observado o limite remuneratório estabelecido na Constituição Federal.

d) dois cargos providos em decorrência de reversão, não sendo


extensível aos empregos nas empresas públicas e sociedades de
economia mista.

e) cargos de natureza técnica ou científica originários de


transformação, exceção essa não aplicável às autarquias e fundações
públicas.

48. (FCC – 2013 – TRT 18ª Região (GO) – Analista Judiciário –


Oficial de Justiça Avaliador) O exercício de mandato eletivo de vereador
por servidor público, nos termos da Lei no 8.112/90,

a) é incompatível com o vínculo funcional de servidor público,


devendo haver prévia exoneração do cargo para assunção ao cargo.

b) exige afastamento do cargo público ocupado, podendo optar


pela remuneração do mesmo.

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c) pode exigir afastamento do cargo, caso não haja


compatibilidade de horários, podendo receber as vantagens de seu
cargo, cumuladas com os vencimentos do cargo eletivo.

d) exigirá afastamento do cargo, caso não haja compatibilidade de


horários, podendo optar, nesse caso, pela sua remuneração.

e) não exige afastamento do cargo em havendo compatibilidade


de horários, podendo ser cumulados os vencimentos e vantagens
percebidos.

49. (FCC – 2013 – TRT 15ª Região – Técnico Judiciário – Área


Administrativa) Servidor público estadual eleito para exercer mandato
de Vereador e neste investido

a) será exonerado de seu cargo, emprego ou função, somente


podendo retornar para os quadros da Administração por meio de novo
concurso público.
b) ficará afastado de seu cargo, emprego ou função, não lhe
sendo facultado optar pela sua remuneração.
c) será obrigatoriamente afastado do cargo, emprego ou
função, sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração.
d) perceberá as vantagens de seu cargo, emprego ou função,
sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo, desde que haja
compatibilidade de horários.
e) terá seu tempo de serviço contado para todos os efeitos
legais, na hipótese de ser exigido afastamento para exercício do
mandato eletivo.

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50. (FCC – 2013 – TRT 9ª Região (PR) – Analista Judiciário – Área


Administrativa) Nos termos da Constituição Federal, em qualquer caso
que exija o afastamento do servidor público para o exercício de
mandato eletivo, seu tempo de serviço

a) será contado para todos os efeitos legais, exceto para


promoção por merecimento.
b) será contado para todos os efeitos legais, exceto para
promoção por antiguidade.
c) será contado para todos os efeitos legais, sem qualquer
exceção.
d) não será computado para qualquer efeito legal.
e) será contado tão somente para a promoção por
merecimento.

51. (FCC – 2012 – TRT 6ª Região (PE) – Analista Judiciário –


Execução de Mandados) João, servidor público da administração direta
federal, foi eleito para o cargo de Prefeito em seu Município. De acordo
com as disposições constitucionais e legais aplicáveis à espécie, ele

a) poderá solicitar afastamento do cargo ou licença parcial com


redução proporcional da remuneração.
b) deverá ser exonerado do cargo, pois se trata de cumulação
vedada com impossibilidade de afastamento.
c) poderá solicitar exoneração a pedido e reversão ao cargo de
origem ao final do mandato.
d) ficará afastado do cargo durante o período de mandato,
podendo optar entre a remuneração do cargo público ou do eletivo.

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e) poderá permanecer em exercício no cargo de origem, desde


que comprove a compatibilidade de horários e atribuições.

52. (CESPE - 2013 - TRT - 10ª REGIÃO- DF e TO- Técnico


Judiciário)A acumulação lícita de cargos públicos por parte do servidor é
condicionada à demonstração de compatibilidade de horários.

Gabarito:
27. A
1. B 28. D
2. D 29. D
3. C 30. CERTO
4. C 31. B
5. D 32. A
6. D 33. A
7. B 34. D
8. D 35. C
9. A 36. D
10. C 37. ERRADO
11. C 38. CERTO
12. E 39. E
13. E 40. C
14. D 41. D
15. D 42. B
16. D 43. D
17. D 44. CERTO
18. CERTO 45. C
19. CERTO 46. ERRADO
20. CERTO 47. C
21. B 48. D
22. C 49. D
23. ERRADO 50. A
24. C 51. D
25. C 52. CERTO
26. D

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9. Referências

ALEXANDRINO, Marcelo e PAULO, Vicente. Direito Administrativo


descomplicado. 18ª ed. São Paulo: Método, 2010.
BANDEIRA DE MELLO, Celso Antônio. Curso de Direito Administrativo.
27ª ed. São Paulo: Malheiros, 2010.
CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de Direito Administrativo.
13ª ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2005.
DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. 22ª ed. São
Paulo: Editora Atlas, 2009.
GASPARINI, Diogenes. Direito Administrativo. 13ª ed. São Paulo:
Saraiva, 2008.
MARINELA, Fernanda. Direito Administrativo, 8ª Ed., Niterói: Impetrus,
2014.
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo brasileiro. São Paulo:
Malheiros, 2003.
MESQUITA, Daniel. Direito Administrativo – Série Advocacia Pública,
Vol. 3, Ed. Forense, Rio de Janeiro, Ed. Método, São Paulo, 2011.
STOCO, Rui. Responsabilidade civil e sua interpretação jurisprudencial:
doutrina e jurisprudência. 4ª ed. São Paulo: Revista dos Tribunais,
1999.
Informativos de jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, em
www.stf.jus.br, e do Superior Tribunal de Justiça, em www.stj.jus.br.

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