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Danças de dor,,
Danças insones ..
De terrenos baldios..
Em corpodesdançado
Corpopardo,sem incêndio
Encalhada no caos ,
Desdança insignificante,,
Corpodesaparecido,segue em sombra ,
Desencorpada
nesse ir e vir
pra nenhum lugar
desdançada ,
ela não vai
tem dois redemoinho
no alto de sua
cabeça acesa..
Em matéria de fracasso ,
Desdobrada,desmanchada em abismos.
Na mistura do dia,
Sem brilho...
Pretaparda doida
Pretaparda ,doida,..
Deixa riso no ar ..
VALAS NEGRAS
Desaparecidos , invisibilizados
Da tirania fascista
Estragos do dia ..
Na escrita grafitada
Distorcíamos a paisagem
Eu andando e chorando
E foi ,,
Atravessada de outro ,,
desdobrei a esquina ,
perfurada na carne,
meu olho se marejou ,,
por ele atravessado em meus passos
jaz,
seu corpo dobrado ,,
me alcançou ,,
andar me pesou ....
DESEMPEDRAVA POESIADANÇA
Desautorizado ,
Dança na contra-mão
Belisca o céu ,,
E perfura a carne ,,
De escuro e chão..
desempedrava poesiadança,
britava passos ,,
empedras,
empedrinhas,
embrilhantes,
minas de pó ,,
os passospedras..
Ela luzia.
Em rosa,
em dia,
é mana do afeto,
rexistência
é seu existir,
no seu dialeto.
Devirflor de rosa,,
universo.
encarna a boca
na caraparda linda,,
Rebentando as portas ,
em acontecimentos ..
De rosa em rosa ,,
caraparda,
sugasangue do chão,,
ridícula andança ,
despressuriza dor ,
nas panelas ,
de corpos
sujos de chão .
Poemas de maria .
SOQUEI O AR
Cuspi o sol ..
Desnacendo
Carne seca ,,
Salguei a boca ,
Carne moída ,
Sequei no caos ,
Carne fria ,,
Soquei o ar ,,
Carne de sangue ,,
Girei no céu,
Carne no inferno ,
Dancei o sol,
Carne macia ..
TIRAÇÃO
Mas se invadir .
E chega na tiração ,,
Batizados de ausência
corpobueiro ..
Corpobueiro –
corpobueiro ..
LAMBIDA DE RUA ..
No apogeu da chuvacidade
de cidade chuviscada ..
Nos postesdepromessas,,
e minhas culpasdívidas ,
trabalhos desfeitos
No poste tenho amor de volta sem cobrar nada antes, só depois do amor..
CORPOS NEBLINADOS
Seus ouvidos
silenciada
de barulho e existência...
CORPOHORIZONTE
em vida anoitecida
De boca banguela
Me cheira e exala ..
Rua transvaginada ,
Rua molhada,
Os pássaros desalados,
Andantes desalojados,
Exceto as nuvens
CORPOSOLIDÃO
Em seu centrorua,
Na ruacidade de corposolidão
No corposolidão,
Atravessado de viaduto,
Corposolidão,atravessado de vento,
O abandono é cinza,
Na ruacidade,
EXISTÊNCIA DE DESERTO
Corposolidão de rua,
A rua te sitiou,
As esquinas te abraçam,
Corposolidão de rua.
RUA DE MÃO ÚNICA
Carregado de abismos,
Desaquecido de tudo,
Se abandona ,e se aquieta
Que se encarrega ,
Um devirfogo,
Ninguém viu,
Partido de frio,
Impronunciado ,
Despediu a vida,
De frio partiu
Viaduto silencioso.
Ah ,paisagem de gente ,
Em vozes partidas ,,
Me encosto no passado
Me escureço em cinza
De fim do mundo ,
Vagamos fantasmagóricos
Em pontes sombrias .
Um pressagio de possível..
PAISAGEM DESMANCHADANÇA
Na paisagem desmanchadança .
Lá se desmancha
Instantes de medo
Não te alcança.
Lá respirando escuridão
Nesse lugar
De paredes em ruínas ,
Portas escancaradas ,
Escorrega o corpo só
Sem palco ..
Tão suas..
SOBRE MENINOS E MUROS
E prendo o ar de minha
Catástrofe crônica ,
Se deita .
Nascente invisível ,
Flores teimosas
Nascem chorando ,
Brotos de passado ,
De dores nuas ,
De viver em teimosia,
Do seguro .
Me despossuo em prantos ,
De memórias abandonadas ,
De parquesmuros ,
Viventes .
Pertenço em instantes
Num tempoespaço,
Dos vagalumesoutros.