Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
ANÁLISE VETORIAL
CÓDIGOS DE ÉTICA
A engenharia é uma profissão que contribui significativamente para a economia e para o bem-estar
social das pessoas em todo o mundo. Espera-se que os engenheiros, como membros dessa importante
profissão, apresentem os mais altos padrões de honestidade e de integridade moral. Infelizmente, o cur-
rículo de engenharia é tão denso que não há oportunidade, em muitas escolas de engenharia, para uma
disciplina na área de ética. Apesar de existirem mais de 850 códigos de ética para diferentes profissões
no mundo, aqui será apresentado o Código de Ética do Instituto de Engenheiros Eletricistas e Eletrôni-
cos (IEEE), para dar aos estudantes uma amostra da importância da ética nas profissões de engenharia.
Nós, membros do IEEE, reconhecendo a importância do impacto de nossas tecnologias na qualida-
de de vida em todo o mundo e aceitando a responsabilidade pessoal perante nossa profissão, nossos co-
legas e as comunidades a que servimos, assumimos aqui nosso compromisso com os mais altos padrões
de conduta ética e profissional e concordamos em:
1. Aceitar a responsabilidade de tomar decisões em engenharia condizentes com a segurança, a
saúde e o bem-estar da população, e de prontamente tornar públicos fatores que possam pôr
em perigo a população ou o meio ambiente.
2. Evitar conflitos de interesse reais ou aparentes, sempre que possível, e indicá-los às partes
afetadas sempre que esses conflitos existirem.
3. Ser honestos e realistas ao fazer declarações ou estimativas com base em dados disponíveis.
4. Rejeitar qualquer forma de suborno.
5. Melhorar a compreensão da tecnologia, das suas aplicações apropriadas e de suas potenciais
consequências.
6. Manter e melhorar a nossa competência técnica e empreender tarefas tecnológicas em bene-
fício de terceiros somente se formos devidamente qualificados, por treinamento ou por expe-
riência, ou após a plena exposição de nossas limitações pertinentes ao caso.
7. Procurar, aceitar e oferecer críticas honestas a trabalhos técnicos, reconhecer e corrigir erros e
dar o devido crédito às contribuições de terceiros.
8. Tratar de modo justo todas as pessoas, independentemente de raça, religião, gênero, deficiên-
cias, idade ou nacionalidade.
9. Evitar causar danos a outras pessoas, seus bens, suas reputações ou seus empregos por meio de
ações mal-intencionadas ou pelo uso de falsidade.
10. Ajudar engenheiros e colegas de trabalho no seu desenvolvimento profissional e apoiá-los no
cumprimento deste código de ética.
1.1 INTRODUÇÃO
O Eletromagnetismo (EM) pode ser considerado o estudo da interação entre cargas elétricas em re-
pouso e em movimento. Envolve a análise, a síntese, a interpretação física e a aplicação de campos
elétricos e magnéticos.
†
1.2 UMA VISÃO PRÉVIA DO LIVRO
O estudo dos fenômenos do eletromagnetismo, feito neste livro, pode ser resumido nas Equações
de Maxwell:
D v (1.1)
B0 (1.2)
1
Para numerosas aplicações de eletrostática, consulte J. H. Crowley, Fundamentals of Applied Electrostatics. New York:
John Wiley & Sons, 1986.
2
Para outras áreas de aplicações de EM, consulte, por exemplo, D. Teplitz, ed., Electromagnetism: Paths To Rescarch. New
York: Plenum Press, 1982.
†
Este símbolo indica seções que podem ser suprimidas, expostas brevemente ou propostas como atividades extraclasse,
caso se pretenda cobrir todo o texto em um só semestre.
4 Parte 1 Análise Vetorial
(1.3)
(1.4)
A análise vetorial é uma ferramenta matemática pela qual os conceitos do eletromagnetismo (EM)
são mais convenientemente expressos e melhor compreendidos. Precisamos, primeiramente, apren-
der suas regras e técnicas antes de aplicá-las com segurança. Já que muitos estudantes fazem esse
curso tendo pouca familiaridade com os conceitos de análise vetorial, uma considerável atenção é
dada ao assunto neste e nos próximos dois capítulos.3 Este capítulo introduz os conceitos básicos
de álgebra vetorial, considerando apenas coordenadas cartesianas. O capítulo seguinte parte daí e
estende esse estudo para outros sistemas de coordenadas.
Uma grandeza pode ser um escalar ou um vetor.
Grandezas como tempo, massa, distância, temperatura, entropia, potencial elétrico e população são
escalares.
3
O leitor que não sinta necessidade de revisão da álgebra vetorial pode seguir para o próximo capítulo.
4
Para um estudo inicial sobre tensores, consulte, por exemplo, A. I. Borisenko e I. E. Tarapor, Vector and Tensor Analysis
with Application. Englewood Cliffs, NJ: Prentice-Hall, 1968.
Capítulo 1 Álgebra Vetorial 5
Para fazer distinção entre um escalar e→um→vetor, convenciona-se representar um vetor por uma
letra com uma flecha sobre ela, tais como A e B, ou por uma letra em negrito, tais como A e B. Um
escalar é simplesmente representado por uma letra, por exemplo: A, B, U e V.
A teoria do EM é essencialmente um estudo de alguns campos particulares.
Se a grandeza é um escalar (ou um vetor), o campo é dito um campo escalar (ou vetorial). Exem-
plos de campos escalares são: a distribuição de temperatura em um edifício, a intensidade de som
em um teatro, o potencial elétrico em uma região e o índice de refração em um meio estratificado.
A força gravitacional sobre um corpo no espaço e a velocidade das gotas de chuva na atmosfera são
exemplos de campos vetoriais.
(1.5)
A AaA (1.6)
(1.8)
(1.9)
6 Parte 1 Análise Vetorial
FIGURA 1.1 (a) Vetores unitários ax, ay e az; (b) componentes de A ao longo de ax, ay e az.
Dois vetores A e B podem ser somados para resultar em um outro vetor C, isto é:
C A B (1.10)
A soma de vetores é feita componente a componente. Dessa forma, se A (Ax, Ay, Az) e
B (Bx, By, Bz),
C (Ax Bx)ax (Ay By)ay (Az Bz)az (1.11)
D A B A (B)
(Ax Bx)ax (Ay By)ay (Az Bz)az (1.12)
Graficamente, a soma e a subtração de vetores são obtidas tanto pela regra do paralelogramo quanto
pela regra do “início de um-final de outro”, como ilustrado nas Figuras 1.2 e 1.3, respectivamente.
As três propriedades básicas da álgebra que são satisfeitas por quaisquer vetores dados A, B e
C, estão resumidas na tabela a seguir:
Comutativa ABBA kA Ak
Associativa A (B C) (A B) C k(ᐉA) (kᐉ)A
Distributiva k(AB) kA kB
onde k e ᐉ são escalares. A multiplicação de um vetor por outro vetor será discutida na Seção 1.7.
FIGURA 1.2 Soma de vetores C A B: (a) regra do paralelogramo; (b) regra do “início de um-final
de outro”.
Capítulo 1 Álgebra Vetorial 7
Um ponto P, em um sistema de coordenadas cartesiano, pode ser representado por (x, y, z).
O vetor posição rP (ou raio vetor) de um ponto P é um vetor que começa na origem O do sistema
de coordenadas e termina no ponto P, isto é:
O vetor posição do ponto P é útil para definir sua posição no espaço. O ponto (3, 4, 5), por exem-
plo, e seu vetor posição 3ax 4ay 5az são mostrados na Figura 1.4.
Se dois pontos, P e Q, são dados por (xP, yP, zP) e (xQ, yQ, zQ), o vetor distância (ou o vetor se-
paração) é o deslocamento de P a Q, como mostrado na Figura 1.5, isto é:
rPQ rQ rP
(xQ xP)ax (yQ yP)ay (zQ zP)az (1.14)
A diferença entre um ponto P e um vetor A deve ser ressaltada. Embora tanto P quanto A pos-
sam ser representados da mesma maneira como (x, y, z) e (Ax, Ay, Az), respectivamente, o ponto P
não é um vetor; somente seu vetor posição rP é um vetor. Entretanto, o vetor A pode depender do
ponto P. Por exemplo, se A ⫽ 2xyax ⫹ y2ay ⫺ xz2az e P é (2, ⫺1, 4), então A em P seria ⫺ 4ax ⫹
ay ⫺ 32az. Um campo vetorial é dito constante ou uniforme se não depende das variáveis de espaço
x, y e z. Por exemplo, o vetor B ⫽ 3ax ⫺ 2ay ⫹ 10az é um vetor uniforme, enquanto o vetor A ⫽
2xyax ⫹ y2ay ⫺ xz2az é não uniforme, porque B é o mesmo em qualquer ponto, enquanto A varia
ponto a ponto.
EXEMPLO 1.1 Se A ⫽ 10ax ⫺ 4ay ⫹ 6az e B ⫽ 2ax ⫹ ay, determine: (a) a componente de A ao longo de ay; (b) a
magnitude de 3A ⫺ B; (c) um vetor unitário ao longo de A ⫹ 2B.
Solução:
(a) a componente de A ao longo de ay é Ay ⫽ ⫺ 4.
(b) 3A ⫺ B ⫽ 3(10, ⫺4, 6) ⫺ (2, 1, 0)
⫽ (30, ⫺12, 18) ⫺ (2, 1, 0)
⫽ (28, 13, 18)
Portanto,
ac
ou
Resposta: (a) 7, (b) (0, ⫺2, 21), (c) 0, (d) ± (0,9117, 0,2279, 0,3419).
Solução:
(a) rp 0ax 2ay 4az 2ay 4az
(b) rPQ rQ rP (3, 1, 5) (0, 2, 4) (3, 1, 1) ou rPQ 3ax ay az
(c) já que rPQ é o vetor distância de P até Q, a distância entre P e Q é a magnitude desse vetor,
isto é:
Alternativamente:
A AaA
onde A 10 é a magnitude de A. Já que A é paralelo a PQ, o vetor unitário deve ser o mesmo de
rPQ ou rQP. Portanto,
Resposta: (a) ax 3ay 5az, 3ax 8az, (b) 2ax ay 2az, (c) 3.
EXEMPLO 1.3 Um rio, no qual um barco navega com sua proa apontada na direção do fluxo da água, corre com
orientação sudeste a 10 km/h. Um homem caminha sobre o convés a 2 km/h, do lado esquerdo para
o lado direito do barco, em direção perpendicular ao seu movimento. Determine a velocidade do
homem em relação à terra.
Solução:
Considere a Figura 1.6 como ilustração do problema. A velocidade do barco é:
Quando dois vetores, A e B, são multiplicados entre si, o resultado tanto pode ser um escalar
quanto um vetor, dependendo de como eles são multiplicados. Dessa forma, existem dois tipos de
multiplicação vetorial:
1. produto escalar (ou ponto): A B
2. produto vetorial (ou cruzado): A B
A multiplicação de três vetores A, B e C, entre si, pode resultar em:
3. um produto escalar triplo: A (B C)
ou
4. um produto vetorial triplo: A (B C)
Capítulo 1 Álgebra Vetorial 11
A. Produto escalar
O produto escalar de dois vetores A e B, escrito como A B, é definido geometricamente como
o produto das magnitudes de A e B e do cosseno do menor ângulo entre eles quando estiverem
desenhados a partir do mesmo ponto de origem.
Assim,
onde AB é o menor ângulo entre A e B. O resultado de AB é denominado de produto escalar,
porque é um escalar, ou de produto ponto, devido ao ponto – sinal que identifica a operação. Se
A (Ax, Ay, Az) e B (Bx, By, Bz), então
A B B A (1.17)
A (B C) A B A C (1.18)
(iii)
A A |A| A
2 2
(1.19)
ax ay ay az az ax 0 (1.20a)
ax ax ay ay az az 1 (1.20b)
É fácil provar as identidades nas equações (1.17) a (1.20) aplicando a equação (1.15) ou (1.16).
B. Produto vetorial
O produto vetorial de dois vetores, A e B, escrito como A B, é uma quantidade vetorial cuja
magnitude é a área do paralelogramo formado por A e B (ver Figura 1.7) e cuja orientação é dada
pelo avanço de um parafuso de rosca direita à medida que A gira em direção a B.
Assim,
onde an é um vetor unitário normal ao plano que contém A e B. A orientação de an é tomada como
a orientação do polegar da mão direita quando os dedos da mão direita giram de A até B, como
mostrado na Figura 1.8(a). Alternativamente, a orientação de an é tomada como a orientação do
12 Parte 1 Análise Vetorial
A B
FIGURA 1.7 O produto de A por B é um vetor com magnitude igual à área de um paralelogramo e
cuja orientação é a indicada.
FIGURA 1.8 Orientação de A B e an usando: (a) regra da mão direita; (b) regra do parafuso de ros-
ca direita.
avanço de um parafuso de rosca direita à medida que A gira em direção a B, como mostrado na
Figura 1.8(b).
A multiplicação vetorial da equação (1.21) é denominada produto cruzado devido à cruz –
sinal que identifica a operação. É também denominada produto vetorial porque o resultado é um
vetor. Se A (Ax, Ay, Az) e B (Bx, By, Bz), então
(1.22a)
a qual é obtida “cruzando” os termos em permutação cíclica. Daí o nome de produto cruzado.
Observe que o produto cruzado, ou produto vetorial, tem as seguintes propriedades básicas:
(i) Não é comutativo:
A B B A (1.23a)
É anticomutativo:
A B B A (1.23b)
Capítulo 1 Álgebra Vetorial 13
A (B C) (A B) C (1.24)
(iii) É distributivo:
A (B C) A B A C (1.25)
(iv)
A A 0 (1.26)
ax ay az
ay az ax (1.27)
az ax ay
que são obtidas por permutação cíclica e estão representadas na Figura 1.9. As identidades nas
equações (1.25) a (1.27) são facilmente verificadas aplicando a equação (1.21) ou (1.22). Deve ser
observado que, ao obter an, usamos a regra da mão direita ou do parafuso de rosca direita, porque
queremos ser consistentes com nosso sistema de coordenadas representado na Figura 1.1, que é
dextrógiro. Um sistema de coordenadas dextrógiro é aquele em que a regra da mão direita é satis-
feita. Isto é, ax ay az é obedecida. Em um sistema levógiro, seguimos a regra da mão esquerda,
ou a regra do parafuso de rosca esquerda, e ax ay az é satisfeita. Ao longo deste livro, consi-
deraremos sistemas de coordenadas dextrógiros.
Da mesma forma que a multiplicação de dois vetores nos dá um resultado escalar ou vetorial,
a multiplicação de três vetores, A, B e C, nos dá um resultado escalar ou vetorial dependendo de
como os vetores são multiplicados. Dessa forma, temos um produto escalar ou vetorial triplo.
A (B C) B (C A) C (A B) (1.28)
obtido em permutação cíclica. Se A (Ax, Ay, Az), B (Bx, By, Bz) e C (Cx, Cy, Cz), então
A (B C) é o volume de um paralelepípedo tendo A, B e C como arestas. Esse volume é facil-
mente obtido encontrando o determinante de uma matriz 3 3, formada por A, B e C, isto é:
(1.29)
FIGURA 1.9 Produto cruzado utilizando permutação cíclica: (a) no sentido horário, para resultados
positivos; (b) no sentido anti-horário, para resultados negativos.
14 Parte 1 Análise Vetorial
Já que o resultado dessa multiplicação vetorial é um escalar, a equação (1.28) ou (1.29) é denomi-
nada de produto escalar triplo.
mas
Uma aplicação direta do produto vetorial é seu uso para determinar a projeção (ou a componente)
de um vetor em uma dada direção. A projeção pode ser escalar ou vetorial. Dado um vetor A, defi-
nimos a componente escalar AB de A ao longo do vetor B como [veja Figura 1.10(a)]
AB A cos AB |A| |aB| cos AB
ou
AB A aB (1.33)
Tanto a componente escalar quanto a vetorial de A estão representadas na Figura 1.10. Observe, na
Figura 1.10(b), que o vetor pode ser decomposto em duas componentes ortogonais: uma compo-
nente AB paralela a B e a outra (A AB) perpendicular a B. De fato, nossa representação cartesiana
de um vetor consiste, essencialmente, em decompô-lo em suas três componentes mutuamente orto-
gonais, como mostrado na Figura 1.1(b).
Consideramos até aqui a soma, a subtração e a multiplicação de vetores. Entretanto, a divisão
de vetores A/B não foi considerada porque é indefinida, exceto quando os vetores são paralelos
entre si, tal que A kB, onde k é uma constante. A diferenciação e a integração de vetores será
tratada no Capítulo 3.
FIGURA 1.10 Componentes de A ao longo de B: (a) componente escalar AB; (b) componente vetorial AB.
Capítulo 1 Álgebra Vetorial 15
EXEMPLO 1.4 Dados os vetores A 3ax 4ay az e B 2ay 5az, determine o ângulo entre A e B.
Solução:
O ângulo AB pode ser determinado usando ou o produto ponto ou o produto cruzado.
Alternativamente:
Resposta: 120,6°.
P 2ax az
Q 2ax ay 2az
R 2ax 3ay az
Determine:
(a) (P Q) (P Q);
(b) Q R P;
(c) P Q R;
(d) sen QR;
(e) P (Q R);
(f) um vetor unitário perpendicular a Q e a R, simultaneamente;
(g) a componente de P ao longo de Q.
16 Parte 1 Análise Vetorial
Solução:
(a) (P Q) (P Q) P (P Q) Q (P Q)
PPPQQPQQ
0QPQP0
2Q P
Alternativamente:
P (Q R) Q (R P) 14
ou
(d)
P (Q R) Q(P R) R(P Q)
(2, 1, 2)(4 0 1) (2, 3, 1)(4 0 2)
(2, 3, 4)
Observe que |a| 1, a Q 0 a R. Qualquer uma dessas relações pode ser usada para conferir
o valor de a.
(g) A componente de P ao longo de Q é:
a b c 2bc cos A
2 2 2
Solução:
Considere um triângulo, como mostrado na Figura 1.11. Da figura, observamos que
aⴙbⴙcⴝ0
isto é,
b c a
Portanto,
a a a (b c) (b c)
2
b b c c 2b c
a2 b2 c2 2bc cos A
EXEMPLO 1.7 Demonstre que os pontos P1(5, 2, 4), P2(1, 1, 2) e P3(3, 0, 8) estão todos sobre uma linha reta.
Determine qual a menor distância entre essa linha e o ponto P4(3, 1, 0).
Solução:
O vetor distância rP1P2 é dado por:
De maneira similar,
(0, 0, 0)
mostrando que o ângulo entre rP1P2 e rP1P3 é zero (sen 0). Isso implica que P1, P2 e P3 estão sobre
a mesma linha reta.
Alternativamente, a equação vetorial da linha reta é facilmente determinada a partir da Figura
1.12(a). Para qualquer ponto P sobre a linha que une P1 e P2,
rP1P rP1P2
isto é,
Essa é a equação vetorial da linha reta que une P1 e P2. Se P3 está sobre essa linha, o vetor posição
de P3 deve satisfazer essa equação; r3 satisfaz essa equação quando 2.
A menor distância entre a linha e o ponto P4 (3, 1, 0) é a distância perpendicular do ponto até
a linha. Da Figura 1.12(b) é evidente que:
Qualquer ponto sobre a linha pode ser usado como ponto de referência. Dessa forma, em vez de
usar P1 como ponto de referência, poderíamos usar P3 tal que:
MATLAB 1.1
% Este script permite ao usuário inserir dois vetores e calcular
% o produto escalar, o produto vetorial, a soma e a diferença entre eles
clear
disp('Módulo de A:')
disp(norm(vA)) % O operador "norm" determina o módulo de um vetor
% multidimensional
disp('Módulo de B:')
disp(norm(vB))
disp('Vetor unitário na orientação de A:')
disp(vA/norm(vA)) % O vetor unitário é o próprio vetor dividido por
% seu módulo.
disp('Vetor unitário na orientação de B:')
disp(vB/norm(vB))
disp('Soma A+B: ')
disp(vA+vB)
disp('Diferença A-B: ')
disp(vA-vB)
disp('Produto escalar (A . B): ')
disp(dot(vA,vB)) % O operador dot realiza o produto escalar entre os
% vetores
disp('Produto vetorial (A x B): ')
disp(cross(vA,vB)) % O operador cross realiza o produto vetorial
% entre os vetores
RESUMO
1. Um campo é uma função que especifica uma quantidade no espaço. Por exemplo, A(x, y, z)
é um campo vetorial, enquanto que V(x, y, z) é um campo escalar.
2. Um vetor A é univocamente especificado pela sua magnitude e por um vetor unitário ao
longo de sua orientação, isto é, A AaA.
3. A multiplicação entre dois vetores A e B resulta em um escalar A B AB cos AB ou em
um vetor A B AB sen ABan. A multiplicação entre três vetores A, B e C resulta em um
escalar A (B C) ou em um vetor A (B C).
Capítulo 1 Álgebra Vetorial 21
QUESTÕES
1.1 Identifique qual das seguintes grandezas não é um vetor: (a) força, (b) momentum, (c) ace-
DE REVISÃO
leração, (d) trabalho, (e) peso.
1.2 Qual das seguintes situações não representa um campo escalar?
(a) Deslocamento de um mosquito no espaço.
(b) A luminosidade em uma sala de estar.
(c) A distribuição de temperatura em uma sala de aula.
(d) A pressão atmosférica em uma dada região.
(e) A umidade do ar em uma cidade.
1.3 Os sistemas de coordenadas retangulares, representados na Figura 1.13, são dextrógiros
(seguem a “regra da mão direita”). Quais não seguem essa regra?
1.4 Qual das expressões abaixo não está correta?
(a) A A |A| (d) ax ay az
2
Respostas: 1.1d; 1.2a; 1.3b,e; 1.4b; 1.5a; 1.6a,b,c; 1.7b; 1.8b; 1.9d; 1.10c.
PROBLEMAS
1.1 Determine o vetor unitário ao longo da direção OP, se O for a origem e P o ponto (4,5,1).
1.2 Dados os vetores A 2ax 5az e B ax 3ay 4az, determine |A B| A B.
1.3 Os vetores posição dos pontos M e N são ax 4ay 2az e 3ax 5ay az, respectivamente.
Determine o vetor distância orientado de M a N.
1.4 Considere A ax az, B ax ay az, C ay 2az e determine:
(a) A (B C)
(b) (A B) C
(c) A (B C)
(d) (A B) C
1.5 Se os vetores posição dos pontos T e S são 3ax 2ay az e 4ax 6ay 2az, respectiva-
mente, determine: (a) as coordenadas de T e S; (b) o vetor distância de T até S; (c) a distân-
cia entre T e S.
1.6 Considere A ax 3ay 2az e B 4ax ay 8az e determine:
(a) os valores e
se A e B forem paralelos
(b) a relação entre e
se B for perpendicular a A
1.7 (a) Demonstre que
(A B) |A B| (AB)
2 2 2