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Está perdido
nos planos de aula? Está apavorado só de pensar em dar aula ? Calma… Essa
publicação foi feito pra você!
Nesse sentido, esta publicação estará dividida nesses cinco eixos, os quais
denominamos Corpo (epiderme), Coberta (roupa), Cobertura (casa),
Correlação (identidade social) e Comunhão (crosta terrestre). Em cada um
deles apresentam-se produções artísticas e artistico-pedagógicas que foram
produzidas e propostas pelos membros da RODA.
Quando eu não sei onde guardei um papel importante e a procura revela-se
inútil, pergunto-me: se eu fosse eu e tivesse um papel importante para
guardar, que lugar escolheria? Às vezes dá certo. Mas muitas vezes fico tão
pressionada pela frase "se eu fosse eu", que a procura do papel se torna
secundária, e começo a pensar, diria melhor SENTIR.
E não me sinto bem. Experimente: se você fosse você, como seria e o que
faria? Logo de início se sente um constrangimento: a mentira em que nos
acomodamos acabou de ser movida do lugar onde se acomodara. No entanto
já li biografias de pessoas que de repente passavam a ser elas mesmas e
mudavam inteiramente de vida.
Metade das coisas que eu faria se eu fosse eu, não posso contar. Acho por
exemplo, que por um certo motivo eu terminaria presa na cadeia. E se eu
fosse eu daria tudo que é meu e confiaria o futuro ao futuro.
"Se eu fosse eu" parece representar o nosso maior perigo de viver, parece a
entrada nova no desconhecido.
No inicio das aulas, vamos preparar um caderno onde tudo o que vamos
aprender será colocado lá, da maneira quiser. Do jeito que quiser.
• Estimular o trabalho em equipe;
• Conhecer a si e ao outro
• Um grupo de pessoas;
• Papel;
• Caneta/lápis (colorido também);
• Barbante ou cordão de lã
Cada aluno irá receber um papel onde deve escrever palavras-chave relacionadas as
suas afetividades, trajetória, vivências (que consideram importante) até o presente
momento (é importante colocar um limite de palavras de 3 a 5);
A partir dessas palavras eles irão pensar e produzir um desenho em uma folha única,
onde um não pode ver o desenho do outro;
Depois todos teriam tempo para observar o resultado coletivo e a partir daí
comentar sobre esse processo (o que ele pensou quando construiu isso? Qual a tua
estória?) e construir uma teia afetiva única. Com as falas eles iriam linkar uma
conversa (desenho) ao outro e costurar isso.
Ser criação, experiência de ser-no-mundo,
experiência de ser-mundo. O corpo cria
movimentos gerando sentidos - expansão do corpo
- dobras do corpo no mundo, determinações
atravessam o corpo, mas o corpo se desdobra,
mexe, dança, ativa.
:
Observar que todas as roupas formam um grande coletivo, e que mesmo com
todas as diferenças existimos.
todas as camadas-descamadas
todos os corpos
todas as peles
todas as cascas
Lorna Simpsn
AURA
Lenora de Barros
Àquilo que dá abrigo, proteção, teto, serve de manto... Quais cobertas
tens feito de casa? Quais têm sido as tuas coberturas?
É preciso lançar-se ao acaso para lembrar da importância das belezas que nos
permitimos viver, daquelas que os olhos cansados deixam passar, daquelas
que sonhamos ou idealizamos viver um dia.
Assim como:
Parte II
Convidá-los a percorrer os entornos da escola a procura de coisas que
consideram bonitas ou que chamem a atenção de alguma maneira,
sejam elas simples pedras, flores, sorrisos, detalhes vistos em alguém,
as cores do céu, a leveza da brisa e etc
Pedir para que descrevam de forma livre aquilo que foi observado,
seja em uma única palavra, frase, desenho ou fotografia
Reunir as descrições em um mural coletivo
Parte III
Pedir para que, durante o caminho que fazem para casa e para os
outros lugares que vão diariamente, observem aquilo que gostam ou
consideram interessante/bonito.
Pedir que descrevam o que foi observado em palavra, frase, desenho
ou fotografia
Parte V
Pedir para que materializem seus sonhos em palavras, frases,
desenhos ou fotografias.
Preencher e finalizar o mural.
Brígida Baltar
A atividade possui o objetivo de instigar nos estudantes um olhar aguçado
para o seu contexto social, buscando identificar nos espaços que frequenta os
vieses artísticos presentes. Objetiva também estabelecer relações de
afetividade e empatia com artistas e obras populares presentes no cotidiano,
pesquisar sobre os artistas da rua, do bairro, da cidade, etc e estabelecer
relações temáticas e estilísticas com artistas e obras de outros contextos, e
criar uma galeria pessoal de artistas que dialogam entre si e com o estudante.
https://www.youtube.com/watch?v=tLB_g52JJvc
Pode-se apresentar aos alunos uma temática extraclasse em prol de unir a
vivência de cada participante e mesclá-la com a do próximo.
A atividade consiste no estudante fotografar locais da cidade que se sente
mais afeiçoado. Ao chegar na classe, peça para que todos formem um círculo
aleatório e o conjunto de imagens realizado por cada participante deverá ser
entregue para a pessoa a sua esquerda, e esta terá que ressignificar com o seu
olhar, (seja por meio de colagem, fotomontagem, pintura, corte, etc.) a visão
de mundo de seu colega de classe.
Elena Almeida
Só a Antropofagia nos une. Socialmente. Economicamente. Filosoficamente.
Única lei do mundo. Expressão mascarada de todos os individualismos, de
todos os coletivismos. De todas as religiões. De todos os tratados de paz. Tupi,
or not tupi that is the question. Contra todas as catequeses. E contra a mãe
dos Gracos. Só me interessa o que não é meu. Lei do homem. Lei do
antropófago. Estamos fatigados de todos os maridos católicos suspeitosos
postos em drama. Freud acabou com o enigma mulher e com outros sustos
da psicologia impressa. O que atropelava a verdade era a roupa, o
impermeável entre o mundo interior e o mundo exterior. A reação contra o
homem vestido. O cinema americano informará. Filhos do sol, mãe dos
viventes. Encontrados e amados ferozmente, com toda a hipocrisia da
saudade, pelos imigrados, pelos traficados e pelos touristes. No país da cobra
grande. Foi porque nunca tivemos gramáticas, nem coleções de velhos
vegetais. E nunca soubemos o que era urbano, suburbano, fronteiriço e
continental. Preguiçosos no mapa-múndi do Brasil. Uma consciência
participante, uma rítmica religiosa. Contra todos os importadores de
consciência enlatada. A existência palpável da vida. E a mentalidade pré-
lógica para o Sr. Lévy-Bruhl estudar. Queremos a Revolução Caraiba. Maior
que a Revolução Francesa. A unificação de todas as revoltas eficazes na
direção do homem. Sem nós a Europa não teria sequer a sua pobre
declaração dos direitos do homem. A idade de ouro anunciada pela América.
A idade de ouro. E todas as girls. Filiação. O contato com o Brasil Caraíba. Ori
Villegaignon print terre. Montaig-ne. O homem natural. Rousseau. Da
Revolução Francesa ao Romantismo, à Revolução Bolchevista, à Revolução
Surrealista e ao bárbaro tecnizado de Keyserling. Caminhamos.. Nunca fomos
catequizados. Vivemos através de um direito sonâmbulo. Fizemos Cristo
nascer na Bahia. Ou em Belém do Pará.
Panfletagem Subliminar
Estamos em Território Inimigo & o Inimigo está em nós. A primeira Grande Batalha
Puros, Belos & Loucos. Mau Olhado Policial que aprisiona nossa Espontaneidade
transgressora.
As raízes do Poder Total do Império estão em nossa psique e regem nosso cotidiano.
O Assustador Buraco Negro do Poder que tudo absorve & que tudo subverte & que
lucra zilhões com a revolta dos Pobres Formigomens, tristes Ibus declamando
discursos
Os Protestos & Discursos não devem mais ser Espalhafatosos & Coniventes com a
O Novo Ativismo Global encontra-se num beco sem saída: A "Geração de Seattle"
encontra-se presa à sua própria mitologia. Os protestos contra a guerra não deram
em
nada. Os tanques nas avenidas de Bagdá são um Triste Retrato de uma derrota
precoce.
noite. Vândalos & Bárbaros criando Novas Situações que arrebentem as correntes da
Realidade Consensual.
fragmentada
"Tornai-vos Invisíveis
Vândalos que fodem com o Cotidiano (mas que devem, impreterivelmente, Gozar
Dentro)"
Terrorismo Postal & Sabotagem Ideológica (Santo Hakim), mas lembre-se que a
Demônio está embriagado com seu Vinho Do Poder & que os Magos não estão do lado
do Império.
Faça seu Ativismo Secreto & suas Loucas Conspirações e no mundo real: seja um
Programa: salva-guarda
Partido: Sim, pode ser uma afirmação. Sim, pode ser o meu comentário sobre
o que se pode fazer. E então eu tomo pelo gosto e começo a continuação.
Agora, pública.
Arbitrariedade? SIM. Por quê? Impossível não ser assim para decidir o que é
relevante de tombo e o que não é. A máquina de escrever, por exemplo,
TOMBADA!!! A fotografia é suporte que revela um pensamento – a minha
melhor foto não tem foco direito e é LINDA. POR ENQUANTO EU OBEDEÇO
A INTUIÇÃO. O pensamento cartesiano está fora de moda, hihihi - quem–te
ensinou a sensibilidade?
Prédios das décadas de 60, 70 e 80, casas dessa mesma época e mais
antigas, que apresentem características modernistas <<tropicais>>
na cidade do Recife;
Hábitos como ter uma máquina de costura em casa e fazer suas
próprias roupas, cortinas, toalhas;
Jambeiros, mangueiras, ruas de paralelepípedos (essa palavra é um
escândalo) e folhas de papel;
Os momentos em que todos estão descontraídos
https://issuu.com/daruapraruazine/stacks/6f0c5dd1d310499fa8993d3ce2df79ff
acesso dia 25/05/2018
Para que a atividade seja efetiva, é necessário que haja por parte do cuidador
da planta uma responsabilidade de cuidado e manutenção: regar, trocar de
vaso quando necessário, adubar, proteger de insetos, etc.
Cola
Revista
Tesoura
Fotos
O que acharam?
Já conheciam o poema ou autor?
Do que se trata o conteúdo abordado no texto?
Agora deixemos eles darem asas a sua imaginação, proponha que eles assim
como o menino do texto criem livremente através da técnica de colagem.
Com os resultados das colagens peça que eles deem nome e características às
suas invenções.
O Menino Que Carregava Água Na o mesmo que carregar água na
peneira.
Peneira... No escrever o menino viu
que era capaz de ser
(Manoel de Barros) noviça, monge ou mendigo
ao mesmo tempo.
O menino aprendeu a usar as palavras.
Tenho um livro sobre águas e meninos. Viu que podia fazer peraltagens com as
Gostei mais de um menino palavras.
que carregava água na peneira. E começou a fazer peraltagens.
A mãe disse que carregar água na Foi capaz de interromper o vôo de um
peneira
era o mesmo que roubar um vento e pássaro
sair botando ponto final na frase.
correndo com ele para mostrar aos Foi capaz de modificar a tarde botando
irmãos. uma chuva nela.
A mãe disse que era o mesmo que O menino fazia prodígios.
catar espinhos na água Até fez uma pedra dar flor!
O mesmo que criar peixes no bolso. A mãe reparava o menino com ternura.
O menino era ligado em despropósitos. A mãe falou:
Quis montar os alicerces de uma casa Meu filho você vai ser poeta.
sobre orvalhos. Você vai carregar água na peneira a
A mãe reparou que o menino vida toda.
gostava mais do vazio Você vai encher os
do que do cheio. vazios com as suas
Falava que os vazios são maiores peraltagens
e até infinitos. e algumas pessoas
Com o tempo aquele menino vão te amar por seus
que era cismado e esquisito despropósitos.
porque gostava de carregar água na
peneira
Com o tempo descobriu que escrever
seria
Por que determinados países ficam abaixo no mapa do mundo? Por que
aprendemos a agregar valor ao que “está em cima”? Por que costumamos ter
o continente Europeu ao centro? Por que estudamos a arte européia como
conhecimento universal?
Obs.: Uma sugestão interessante é que o jogo seja realizado após uma aula
prévia sobre alguns trabalhos fotográficos, como norteamento.
Essa roda de conversa lhe servirá como forma de avaliação, tendo como
critérios norteadores a participação, a coletividade, a criatividade e mais do
que isso… a comunhão.
P.S.: A partir das fotografias tiradas, você pode propor um projeto para ser
construído, no decorrer das aulas, de forma individual ou coletiva. Por
exemplo: fotolivros, livros de artista, animação, entre outros. Para isso é
importante que traga referências para ampliar o campo de criação da turma.
Tema: Cor e Textura
Suporte: Fotografia
Corpos
Qualquer Câmera
Será necessário sair da sala de aula e ir para um ambiente externo. Pode ser
tanto dentro da escola quanto em um ambiente urbano, rural, um museu,
uma praça, enfim, de qualquer tipo. Sendo um local onde os estudantes
possam ficar a vontade, sem curiosos e observadores que possam inibí-los,
perfeito. Deve ser um lugar onde seja seguro e tranquilo para sentir o mundo
e fotografá-lo. Mas se não for possível, explorar o ambiente externo da escola
também pode ser muito enriquecedor, pois os jovens irão observar e
interagir com um ambiente usual e rotineiro e seus objetos de uma forma
completamente nova, ressignificando assim este espaço.
(1º momento)
Em RODA, inicie um debate sobre cor. Lance perguntas como:
O que é cor? A cor existe? Quantas cores existem? Há cores que não
podemos enxergar? Quantas cores existem no mundo? Por que é
importante pensar sobre as cores para a fotografia?
Se achar propício, você pode falar um pouco sobre Alejandro
Jodorowsky e seu trabalho; falar sobre o texto “Como Fazer Cinema” e
explicar que este texto será a base das atividades; colocar que o
cinema é feito de fotografia por isso, podemos trabalhar com
fotografia um texto que fala sobre cinema.
Peça para que fechem os olhos. Algumas respirações profundas
podem ajudar acaso os ânimos estejam exaltados. Peça para que
escutem atentamente. Faça a leitura tranqüila da sexta lição:
(2º momento)
Volte para a RODA. Agora iremos repetir a atividade, Mas, procuraremos
observar, além das cores, as texturas dos objetos. Você pode fomentar um
pequeno debate, perguntando: O que é textura? Onde podemos encontrar?
Vocês costumam prestar atenção às texturas ao seu redor? etc. Peça para que
fechem os olhos. Oriente algumas respirações profundas novamente. Peça
para que escutem atentamente. Faça a leitura tranquila da sexta lição:
“Sinta as pontas dos seus dedos como se fosse a ponta da sua língua.
Apóie as pontas dos dedos nos objetos do mundo pensando que são frágeis,
que uma pequena pressão pode quebrá-los.
Peça-lhes permissão antes de tocá-los.
Antes de apoiar os dedos em sua superfície,
sinta como penetra na sua atmosfera.
Aprenda a sentir e a acariciar com respeito.
Qualquer ação que faça no mundo com as suas
mãos ou corpo pode ser uma carícia.”
Para a próxima aula, peça que cada estudante selecione duas fotografias, uma
de cada etapa da atividade e que escreva algo breve sobre ela. Peça que
revelem as fotos em tamanho A4 (é barato!) e monte junto com a turma uma
exposição em algum ambiente da escola. Coloque os textinhos junto das
fotos. Em RODA, aponte as fotografias, perguntando para o coletivo o que
acham dela, o que ela transmite etc. Após, peça ao autor da foto que fale
sobre ela e como foi a sua experiência na atividade. Prossiga assim até todas
as fotos serem comentadas.
REFERÊNCIA: JODOROWSKY, Alejandro. Como Fazer Cinema. em: Catálogo Mostra Jodorowsky. 2ª
edição. SESC, 2009
Vídeo-arte
Poder transformar a cidade sem mexer em absolutamente nada. Isso é possível e tem
nome: video mapping. São projeções feitas em fachadas de prédios, muros e outras
estruturas. Ao mesmo tempo que brincam com a arquitetura, as intervenções trazem
luz para os espaços.
Link: https://vimeo.com/13462990
Coletivo que vem ocupando e transformando espaços públicos em diversos bairros de
São Paulo a partir de desejos das pessoas que vivem em seu entorno. “ACUPUNTURA
URBANA é um negócio social que transforma relações humanas a partir de espaços
coletivos.Acupuntura, porque a nossa agulha é o afeto. Urbana, porque coexistimos
com toda a beleza e desafios dos nós da cidade”.
link: http://acupunturaurbana.com.br/