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3 — O parecer da Direcção-Geral do Turismo des- bro, quando as mesmas forem realizadas no interior
tina-se a verificar os seguintes aspectos: de empreendimentos turísticos, desde que:
a) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . a) Se destinem a alterar a classificação ou a capa-
b) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . cidade máxima do empreendimento; ou
c) A apreciação da localização do empreendi- b) Sejam susceptíveis de prejudicar os requisitos
mento turístico, quando este se não situar numa mínimos exigíveis para a classificação do
área que nos termos de plano de urbanização, empreendimento, nos termos do presente
plano de pormenor ou licença ou autorização diploma e do regulamento a que se refere o
de loteamento em vigor esteja expressamente n.o 3 do artigo 1.o
afecta ao uso proposto.
2—..........................................
4—.......................................... 3—..........................................
5—.......................................... 4 — A Direcção-Geral do Turismo deve dar conhe-
6 — A não emissão de parecer dentro do prazo fixado cimento à câmara municipal das obras que autorize nos
no n.o 2 entende-se como parecer favorável. termos dos números anteriores e, se for caso disso, da
alteração da classificação ou da capacidade máxima do
empreendimento, para efeito do seu averbamento ao
Artigo 19.o alvará de licença ou de autorização de utilização
Parecer da direcção regional do ambiente turística.
e do ordenamento do território 5 — Se o interessado pretender realizar as obras refe-
1 — Sem prejuízo do disposto no artigo 39.o do Decre- ridas no n.o 1 durante a construção do empreendimento,
to-Lei n.o 555/99, de 16 de Dezembro, a câmara muni- deve requerer previamente à Direcção-Geral do
cipal deve solicitar o parecer sobre a localização do Turismo a respectiva autorização, aplicando-se nesse
empreendimento turístico à direcção regional do caso o disposto na parte final do n.o 2 e nos n.os 3
ambiente e do ordenamento do território competente, e 4.
se esta não se tiver pronunciado no âmbito do pedido Artigo 22.o
de informação prévia, remetendo-lhe para o efeito a Parecer do Serviço Nacional de Bombeiros
documentação necessária no prazo de 10 dias após a
recepção do requerimento previsto no artigo 11.o 1 — O deferimento pela câmara municipal do pedido
2—.......................................... do licenciamento ou de autorização para a realização
3 — À consulta prevista no n.o 1 aplica-se o disposto de obras de edificação em empreendimentos turísticos
no artigo 19.o do Decreto-Lei n.o 555/99, de 16 de carece de parecer do Serviço Nacional de Bombeiros.
Dezembro, com excepção do prazo previsto no n.o 8 2 — À consulta e à emissão de parecer do Serviço
daquele artigo, que é alargado para 30 dias. Nacional de Bombeiros, no âmbito de um processo de
4 — Quando desfavorável, o parecer da direcção licenciamento ou de autorização, aplica-se o disposto
regional do ambiente e do ordenamento do território no artigo 19.o do Decreto-Lei n.o 555/99, de 16 de
competente é vinculativo. Dezembro, com excepção do prazo previsto no n.o 8
daquele artigo, que é alargado para 30 dias.
3 — O parecer do Serviço Nacional de Bombeiros
Artigo 20.o destina-se a verificar o cumprimento das regras de segu-
Parecer das autoridades de saúde rança contra riscos de incêndio constantes de regula-
mento aprovado por portaria conjunta dos membros do
1 — O deferimento pela câmara municipal do pedido Governo responsáveis pelas áreas da administração
de licenciamento ou de autorização para a realização interna e do turismo.
de obras de edificação em empreendimentos turísticos 4 — Nos casos previstos nos n.os 1 e 5 do artigo ante-
carece de parecer das autoridades de saúde a emitir rior, a Direcção-Geral do Turismo deve consultar o Ser-
pelo delegado concelhio de saúde ou adjunto do dele- viço Nacional de Bombeiros para efeito da emissão de
gado concelhio de saúde, remetendo-lhe para o efeito parecer sobre o cumprimento das regras de segurança
a documentação necessária no prazo de 10 dias após contra riscos de incêndio.
a recepção do requerimento previsto no artigo 11.o
2 — À emissão de parecer das autoridades de saúde
aplica-se o disposto no artigo 19.o do Decreto-Lei Artigo 23.o
n.o 555/99, de 16 de Dezembro, com excepção do prazo Autorização do Serviço Nacional de Bombeiros
previsto no n.o 8 daquele artigo, que é alargado para
1 — Carecem de autorização do Serviço Nacional de
30 dias.
Bombeiros as obras a realizar no interior dos empreen-
3 — O parecer das autoridades de saúde destina-se
dimentos turísticos, quando estejam isentas ou dispen-
a verificar o cumprimento das normas de higiene e saúde sadas de licença ou de autorização municipal, nos termos
públicas previstas no Decreto-Lei n.o 336/93, de 29 de previstos nas alíneas a) e b) do n.o 1 do artigo 6.o do
Setembro. Decreto-Lei n.o 555/99, de 16 de Dezembro, nem sujeitas
4 — Quando desfavorável, o parecer das autoridades a autorização da Direcção-Geral do Turismo, nos termos
de saúde é vinculativo. do artigo 21.o
Artigo 21.o 2 — Para efeito do disposto no número anterior, o
Obras isentas ou dispensadas de licença ou de autorização municipal interessado deve dirigir ao Serviço Nacional de Bom-
beiros um requerimento instruído nos termos da portaria
1 — Carecem de autorização da Direcção-Geral do referida no n.o 3 do artigo 10.o, aplicando-se com as
Turismo as obras previstas nas alíneas a) e b) do n.o 1 necessárias adaptações o disposto no n.o 4 do artigo 21.o
do artigo 6.o do Decreto-Lei n.o 555/99, de 16 de Dezem- 3—..........................................
N.o 59 — 11 de Março de 2002 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A 2087
2 — Salvo no caso de se verificar alguma das situações 3 — A presunção prevista no número anterior veri-
previstas no n.o 1 do artigo anterior, o requerimento fica-se, ainda que se trate de construções amovíveis ou
referido no número anterior deve ser acompanhado de pré-fabricadas e mesmo que não possam ser legalmente
cópia do alvará de licença ou de autorização de uti- consideradas como edifícios ou parte destes.
lização turística. 4 — Sempre que se verifique alguma das situações
3—.......................................... previstas nos n.os 2 e 3 deste artigo, a Direcção-Geral
do Turismo pode oficiosamente, ou a pedido dos órgãos
regionais ou locais de turismo, da Confederação do
Artigo 36.o Turismo Português ou das associações patronais do sec-
Classificação tor, classificar aquelas instalações como empreendimen-
tos turísticos, nos termos a estabelecer no regulamento
1—.......................................... a que se refere o n.o 3 do artigo 1.o
2—.......................................... 5 — As unidades de alojamento dos empreendimen-
3 — A classificação e a capacidade máxima definitivas tos turísticos não se consideram retiradas da exploração
do empreendimento são averbadas ao alvará de licença de serviços de alojamento pelo facto de se encontrarem
ou de autorização de utilização turística, devendo para sujeitas ao regime do direito real de habitação periódica.
o efeito a Direcção-Geral do Turismo comunicar o facto
à câmara municipal. Artigo 44.o
o
Artigo 38. Exploração dos empreendimentos turísticos
Revisão da classificação 1 — A exploração de cada empreendimento turístico
deve ser da responsabilidade de uma única entidade.
1—..........................................
2 — A unidade de exploração do empreendimento
2—.......................................... não é impeditiva de a propriedade das várias fracções
3 — Sempre que as obras necessitem de licença ou imobiliárias que o compõem pertencer a mais de uma
de autorização camarária, o prazo para a sua realização pessoa.
é o fixado pela câmara municipal na respectiva licença 3 — Só as unidades de alojamento podem ser reti-
ou autorização. radas da exploração dos empreendimentos turísticos e
4—.......................................... apenas nos casos e nos termos estabelecidos no regu-
5—.......................................... lamento previsto no n.o 3 do artigo 1.o
6—.......................................... 4 — As unidades de alojamento que tiverem sido reti-
7—.......................................... radas da exploração de um empreendimento turístico
não podem ser objecto de outra exploração comercial,
Artigo 42.o turística ou não.
Artigo 45.o
Referência à classificação e à capacidade
Fracções imobiliárias
1 — Em toda a publicidade, correspondência, docu-
mentação e, de um modo geral, em toda a actividade 1 — Para efeito do disposto no presente diploma, são
externa do empreendimento não podem ser sugeridas consideradas fracções imobiliárias as partes componen-
características que este não possua, sendo obrigatória tes dos empreendimentos turísticos susceptíveis de cons-
a referência à classificação aprovada, sem prejuízo do tituírem unidades distintas e independentes, devida-
disposto no número seguinte. mente delimitadas, e que constituam ou se destinem
2 — Nos anúncios ou reclamos instalados nos pró- à constituição de unidades de alojamento ou a insta-
lações, equipamentos e serviços de exploração turística.
prios empreendimentos pode constar apenas o seu
2 — As unidades de alojamento dos empreendimen-
nome. tos turísticos só constituem fracções imobiliárias quando,
Artigo 43.o nos termos da lei geral, sejam consideradas fracções
autónomas ou como tal possam ser consideradas.
Exploração de serviços de alojamento turístico
r) O encerramento dos empreendimentos turísti- samente previstos na alínea c) do n.o 2 do artigo 5.o
cos sem ter sido efectuada a comunicação pre- do Decreto-Lei n.o 336/93, de 29 de Setembro, e no
vista no artigo 51.o; regulamento a que se refere o n.o 3 do artigo 1.o, com
s) A violação do disposto no n.o 1 do artigo 52.o; base nos comportamentos referidos nas alíneas a), b),
t) A violação do disposto no n.o 2 do artigo 52.o; h), s), t), u), v), ee) e ff) do n.o 1 do artigo anterior.
u) O não cumprimento do prazo fixado nos termos 3 — (Anterior n.o 4.)
do n.o 3 do artigo 52.o; 4 — (Anterior n.o 5.)
v) A violação do disposto nos n.os 1 e 2 do 5 — (Anterior n.o 6.)
artigo 54.o;
x) Impedir ou dificultar o acesso dos funcionários
da Direcção-Geral do Turismo, das câmaras Artigo 64.o
municipais ou dos órgãos regionais ou locais Competência sancionatória
de turismo em serviço de inspecção aos
empreendimentos turísticos; A aplicação das coimas e das sanções acessórias pre-
z) Recusar a apresentação dos documentos soli- vistas no presente diploma e no regulamento a que se
citados nos termos do n.o 1 do artigo 59.o; refere o n.o 3 do artigo 1.o compete:
aa) A violação do disposto nos n.os 1, 2, 3 e 4 do a) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
artigo 60.o; b) Às câmaras municipais, relativamente aos par-
bb) A violação do n.o 2 do artigo 69.o;
ques de campismo.
cc) A violação do disposto no n.o 1 do artigo 77.o;
dd) A falta de depósito do título constitutivo ou do
regulamento de administração do empreendi- Artigo 67.o
mento turístico nos termos do disposto nos n.os 3
Interdição de utilização
e 4 do artigo 77.o;
ee) A violação do disposto no n.o 1 do artigo 78.o; O director-geral do Turismo é competente para deter-
ff) A exploração ou a utilização de empreendimen- minar a interdição temporária do funcionamento dos
tos turísticos sem o projecto de segurança apro- empreendimentos turísticos, na sua totalidade, ou de
vado pelas entidades competentes. partes individualizadas, instalações ou equipamentos,
sem prejuízo das competências atribuídas às autoridades
2 — As contra-ordenações previstas nas alíneas e), n) de saúde pelo Decreto-Lei n.o 336/93, de 29 de Setem-
e z) do número anterior são puníveis com coima de bro, nessa matéria, pelo seu deficiente estado de con-
E 50 ou 10 024$ a E 250 ou 50 120$ no caso de se servação ou pela falta de cumprimento do disposto no
tratar de pessoa singular e de E 125 ou 25 060$ a presente diploma e nos seus regulamentos, quando as
E 1250 ou 250 603$ no caso de se tratar de pessoa mesmas forem susceptíveis de pôr em perigo a saúde
colectiva. pública ou a segurança dos utentes.
3 — As contra-ordenações previstas nas alíneas a),
b), f), o), r), s), u), v), x), aa), cc) e ee) do n.o 1 são
puníveis com coima de E 125 ou 25 060$ a E 1000 ou CAPÍTULO VIII
200 482$ no caso de se tratar de pessoa singular e de
E 500 ou 100 241$ a E 5000 ou 1 002 410$ no caso Disposições finais e transitórias
de se tratar de pessoa colectiva.
4 — As contra-ordenações previstas nas alíneas l), i), Artigo 71.o
p), q), t), bb) e dd) do n.o 1 são puníveis com coima
Alvará de licença ou de autorização de utilização turística
de E 250 ou 50 120$ a E 2500 ou 501 205$ no caso para empreendimentos turísticos existentes
de se tratar de pessoa singular e de E 1250 ou 250 603$
a E 15 000 ou 3 007 230$ no caso de se tratar de pessoa 1 — O alvará de licença ou de autorização de uti-
colectiva. lização turística, emitido na sequência das obras de
5 — As contra-ordenações previstas nas alíneas d), ampliação, reconstrução ou alteração a realizar em
g), j), m) e ff) do n.o 1 são puníveis com coima de E 500 empreendimentos turísticos existentes e em funciona-
ou 100 241$ a E 3740,90 ou 750 000$ no caso de se mento à data da entrada em vigor do presente diploma,
tratar de pessoa singular e de E 2500 ou 2501 205$ a respeita a todo o empreendimento turístico, incluindo
E 30 000 ou 6 001 460$ no caso de se tratar de pessoa as partes não abrangidas pelas obras.
colectiva. 2 — Após a emissão do alvará de licença ou de auto-
6 — As contra-ordenações previstas nas alíneas c) e rização de utilização turística, nos termos previstos no
h) do n.o 1 são puníveis com coimas de E 200 ou 20 048$ número anterior, o interessado deve requerer à Direc-
a E 2500 ou 501 205$ no caso de se tratar de pessoa ção-Geral do Turismo a aprovação definitiva da clas-
singular e de E 250 ou 50 120$ a E 10 000 ou 2 004 820$ sificação do empreendimento.
no caso de se tratar de pessoa colectiva. 3 — Ao requerimento previsto no número anterior
7 — Nos casos previstos nas alíneas a), b), e), f), g), aplica-se, com as necessárias adaptações, o regime pre-
h), i), l), m), n), o), p), q), r), u), z) e aa) do n.o 1
visto nos artigos 34.o a 37.o
a tentativa é punível.
8—..........................................
Artigo 72.o
o
Artigo 62. Autorização de abertura
Sanções acessórias
1 — A autorização de abertura dos empreendimentos
1—.......................................... turísticos existentes à data da entrada em vigor do pre-
2 — O encerramento do empreendimento só pode, sente diploma, concedida pela Direcção-Geral do
porém, ser determinado, para além dos casos expres- Turismo ou pelas câmaras municipais nos termos do
2094 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A N.o 59 — 11 de Março de 2002
artigo 36.o do Decreto-Lei n.o 328/86, de 30 de Setembro, do presente diploma, concedida pela Direcção-Geral do
ou de legislação anterior, mantém-se válida, só sendo Turismo, nos termos do disposto no Decreto-Lei
substituída pelo alvará de licença ou de autorização de n.o 588/70, de 27 de Novembro, ou de legislação anterior,
utilização turística na sequência das obras de ampliação, e pelas câmaras municipais, após a transferência de com-
reconstrução ou alteração. petências operada pelo Decreto-Lei n.o 307/80, de 18
2—.......................................... de Agosto, mantém-se válida, só sendo substituída pelo
alvará de licença ou de autorização de utilização turística
na sequência das obras de ampliação, reconstrução ou
Artigo 74.o alteração.
Processos pendentes respeitantes à autorização de abertura 2 — À autorização de abertura referida no número
de empreendimentos turísticos anterior aplica-se, com as necessárias adaptações, o dis-
1—.......................................... posto no artigo 33.o
2 — Na situação prevista no número anterior, o Artigo 4.o
requerente e a Direcção-Geral do Turismo podem, de Processos pendentes respeitantes à localização, instalação e abertura
comum acordo, optar pela aplicação do regime previsto de novos parques de campismo privativos
no presente diploma para a concessão da licença ou
1 — Os processos, pendentes à data da entrada em
autorização turística e para a emissão do respectivo vigor do presente diploma, respeitantes à apreciação
alvará e para a classificação do empreendimento, da localização e instalação dos anteprojectos e projectos
devendo, nesse caso, aquela Direcção-Geral comunicar de arquitectura de novos parques de campismo priva-
o acordo à câmara municipal respectiva. tivos, salvo se diferentemente requeridos pelos respec-
3 — Aos processos, pendentes nas câmaras munici- tivos promotores, continuam a regular-se pelo regime
pais à data da entrada em vigor do presente diploma, constante do Decreto-Lei n.o 588/70, de 27 de Setembro,
respeitantes à autorização de abertura de parques de e pelo Decreto-Lei n.o 307/80, de 18 de Agosto, com
campismo públicos aplica-se o disposto no presente as especificidades previstas nos números seguintes.
diploma para a emissão do alvará de licença ou de auto- 2 — Se o anteprojecto ou o projecto de arquitectura
rização de utilização turística. dos parques de campismo previstos no número anterior
4 — No caso dos empreendimentos turísticos que esti- for aprovado, o processo de licenciamento ou de auto-
verem em construção à data da entrada em vigor do rização, a partir dessa data, segue os trâmites previstos
presente diploma, o início do seu funcionamento no presente diploma, sendo a respectiva classificação
depende da titularidade do alvará de licença ou de auto- regulada pelo regime constante do Decreto-Lei n.o 588/70,
rização de utilização turística a emitir nos termos nele de 27 de Setembro, e do Decreto Regulamentar
previstos, sendo a respectiva classificação regulada pelo n.o 38/80, de 19 de Agosto.
regime constante do Decreto-Lei n.o 328/86, de 30 de 3 — Se o projecto de arquitectura do empreendi-
Setembro, com as alterações que lhe foram introduzidas, mento não for aprovado pela câmara municipal respec-
e respectivos regulamentos. tiva, qualquer novo pedido respeitante ao projecto do
empreendimento segue os trâmites previstos no presente
Artigo 76.o diploma.
4 — Aos processos pendentes na Direcção-Geral do
Satisfação dos requisitos Turismo ou nas câmaras municipais à data da entrada
em vigor do presente diploma, respeitantes à autorização
Os empreendimentos turísticos licenciados ou auto- de abertura de parques de campismo privativos, aplica-se
rizados e classificados nos termos do disposto nos arti- o disposto no presente diploma para a emissão do alvará
gos 73.o a 75.o devem satisfazer os requisitos previstos de licença ou de autorização de utilização turística.
para a respectiva categoria, de acordo com o presente
diploma e o regulamento a que se refere o n.o 3 do
artigo 1.o, no prazo de dois anos a contar da data da Artigo 5.o
emissão do respectivo alvará de licença ou de autori- Processos pendentes respeitantes a obras de ampliação, reconstrução
zação de utilização turística ou da autorização de ou alteração em parques de campismo privativos existentes
abertura.» 1 — Aos processos, pendentes na Direcção-Geral do
CAPÍTULO II Turismo ou nas câmaras municipais à data da entrada
em vigor do presente diploma, respeitantes a obras de
Disposições finais e transitórias ampliação, reconstrução ou alteração de parques de
campismo privativos existentes e em funcionamento
Artigo 2.o aplica-se, com as necessárias adaptações, o disposto nos
n.os 1 e 2 do artigo anterior.
Parques de campismo privativos existentes
2 — Aos processos, pendentes na Direcção-Geral do
Os parques de campismo privativos existentes à data Turismo ou nas câmaras municipais à data da entrada
da entrada em vigor do presente diploma devem satis- em vigor do presente diploma, respeitantes à entrada
fazer os requisitos previstos no presente diploma e no em funcionamento de parques de campismo privativos
regulamento a que se refere o n.o 3 do artigo 1.o, no resultantes de obras neles realizadas aplica-se o disposto
prazo de dois anos a contar da data da entrada em no n.o 4 do artigo anterior.
vigor daquele regulamento.
Artigo 6.o
Artigo 3.o
Campismo e caravanismo fora dos parques
Autorização de abertura de parques de campismo privativos existentes
1 — O licenciamento ou a autorização do campismo
1 — A autorização de abertura dos parques de cam- fora dos parques é feito de acordo com o disposto no
pismo privativos existentes à data da entrada em vigor Decreto-Lei n.o 316/95, de 28 de Novembro.
N.o 59 — 11 de Março de 2002 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A 2095
2 — À consulta prevista no número anterior aplica-se desfavorável, esta notifica o interessado, dando-lhe a
o disposto no artigo 19.o do Decreto-Lei n.o 555/99, conhecer os mesmos, antes de o comunicar à câmara
de 16 de Dezembro, com excepção do prazo previsto municipal.
no n.o 8 daquele artigo, que é alargado para 30 dias. 2 — No caso previsto no número anterior, pode o
3 — O parecer da Direcção-Geral do Turismo des- interessado no prazo de oito dias a contar da data da
tina-se a verificar os seguintes aspectos: comunicação prevista no número anterior pronunciar-se
a) A adequação do empreendimento turístico pro- por escrito, junto do director-geral do Turismo, de forma
jectado ao uso pretendido; fundamentada.
b) O cumprimento das normas estabelecidas no 3 — Logo que recebida a resposta do interessado pre-
presente diploma e seus regulamentos; vista no número anterior, o director-geral do Turismo
c) A apreciação da localização do empreendi- pode determinar a intervenção de uma comissão, com-
mento turístico, quando este não se situar numa posta por:
área que nos termos de plano de urbanização,
plano de pormenor ou licença ou autorização a) Um perito por ele nomeado, que presidirá;
de loteamento em vigor esteja expressamente b) Dois representantes da Direcção-Geral do
afecta ao uso proposto. Turismo;
c) Um representante da Confederação do Turismo
4 — Salvo no que respeita aos parques de campismo, Português, excepto no caso dos empreendimen-
a Direcção-Geral do Turismo, juntamente com o pare- tos previstos no n.o 3 do artigo 4.o;
cer, aprova o nome do empreendimento e, a título pro- d) Um representante de outra associação patronal
visório, fixa a capacidade máxima e aprova a classificação do sector, no caso de requerente o indicar no
que o mesmo pode atingir de acordo com o projecto pedido de vistoria.
apresentado.
5 — A Direcção-Geral do Turismo pode sujeitar a 4 — Poderão ainda integrar a comissão prevista no
aprovação definitiva da classificação pretendida ao cum- número anterior representantes de outros serviços ou
primento de condicionamentos legais ou regulamen- organismos cuja intervenção seja considerada conve-
tares. niente pelo director-geral do Turismo, embora sem
6 — A não emissão de parecer dentro do prazo fixado
direito a voto.
no n.o 2 entende-se como parecer favorável.
5 — A comissão pronuncia-se sobre a resposta do
interessado no prazo de 15 dias a contar da data do
Artigo 16.o despacho que determina a sua intervenção.
Parecer desfavorável 6 — Compete ao presidente da comissão convocar os
restantes membros com uma antecedência mínima de
1 — Pode ser emitido parecer desfavorável pela cinco dias, devendo para tal solicitar previamente às
Direcção-Geral do Turismo com fundamento na ina- diversas entidades a indicação dos seus representantes.
dequação do empreendimento turístico projectado ao 7 — A ausência dos representantes das entidades
uso pretendido nas seguintes situações:
referidas nas alíneas b) a d) do n.o 3 e no n.o 4, desde
a) Caso se verifique a existência de indústrias, acti- que regularmente convocados, não é impeditiva nem
vidades ou locais insalubres, poluentes, ruidosos constitui justificação do não funcionamento da comissão
ou incómodos nas proximidades do empreen- nem da emissão do parecer.
dimento ou a previsão da sua existência em 8 — A Direcção-Geral do Turismo, quando for caso
plano especial ou municipal de ordenamento disso, reformulará a posição inicial de acordo com o
do território legalmente aprovado; sentido de parecer da comissão.
b) Quando não forem preservadas as condições 9 — No caso previsto no n.o 1, a Direcção-Geral do
naturais ou paisagísticas do meio ambiente e Turismo deve comunicar à câmara municipal que o
do património cultural; prazo previsto no n.o 2 do artigo 15.o se considera sus-
c) Quando não existirem vias de acesso adequadas; penso de acordo com o estabelecido naquele número.
d) Quando não existirem ou forem insuficientes 10 — Quando o director-geral do Turismo não deter-
as estruturas hospitalares ou de assistência minar a intervenção da comissão, a Direcção-Geral do
médica, se o tipo e a dimensão do empreen- Turismo enviará o parecer à câmara municipal no prazo
dimento as justificarem; de 15 dias a contar da data da recepção da resposta
e) Quando se situarem na proximidade de estru- do interessado ou do termo do prazo previsto no n.o 2.
turas urbanas degradadas.
11 — Quando o director-geral do Turismo determinar
a intervenção da comissão nos termos previstos no n.o 3,
2 — Pode ainda ser emitido parecer desfavorável pela
Direcção-Geral do Turismo, com fundamento no des- enviará o parecer à câmara municipal no prazo de 30 dias
respeito das normas referidas nas alíneas b) e c) do a contar da data da recepção do parecer da comissão
n.o 3 do artigo anterior. ou do termo do prazo previsto no n.o 5.
3 — Quando desfavorável, o parecer da Direcção-Ge-
ral do Turismo é vinculativo. Artigo 18.o
Artigo 17.o Alterações a introduzir
Audição prévia
Quando emitir parecer desfavorável, a Direcção-Ge-
1 — Quando a Direcção-Geral do Turismo estiver na ral do Turismo deve justificar as alterações a introduzir
posse de elementos que possam conduzir a um parecer no projecto de arquitectura.
N.o 59 — 11 de Março de 2002 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A 2099
suas partes integrantes, incluindo os estabelecimentos referidos no n.o 1 ou do termo do prazo para a emissão
de restauração e de bebidas. dos mesmos.
3 — O funcionamento do empreendimento pode ser 4 — O prazo para deliberação sobre a concessão da
autorizado por fases, aplicando-se a cada uma delas o licença ou autorização de utilização ou de alteração da
disposto na presente secção. utilização é o constante da alínea b) do n.o 1 do artigo
30.o do Decreto-Lei n.o 555/99, de 16 de Dezembro,
no caso de se tratar de procedimento de autorização,
Artigo 29.o
e o previsto na alínea d) do n.o 1 do artigo 23.o do
Especificações do alvará mesmo diploma, no caso de se tratar de procedimento
de licenciamento, a contar, em ambos os casos, a partir
1 — O alvará de licença ou de autorização de uti- da data da realização da vistoria ou do termo do prazo
lização turística deve especificar, para além dos elemen- para a sua realização.
tos referidos no n.o 5 do artigo 77.o do Decreto-Lei
n.o 555/99, de 16 de Dezembro, os seguintes: Artigo 32.o
a) A identificação da entidade exploradora do Caducidade da licença ou da autorização de utilização turística
empreendimento; 1 — A licença ou a autorização de utilização turística
b) O nome do empreendimento; caduca:
c) A classificação provisoriamente aprovada pela
Direcção-Geral do Turismo; a) Se o empreendimento turístico não iniciar o seu
d) A capacidade máxima do empreendimento pro- funcionamento no prazo de um ano a contar
visoriamente fixada pela Direcção-Geral do da data da emissão do alvará de licença ou de
Turismo; autorização de utilização turística ou do termo
e) No caso dos parques de campismo, a classifi- do prazo para a sua emissão;
cação, e ou a qualificação, consoante os casos, b) Se o empreendimento turístico se mantiver
e a capacidade máxima confirmadas ou alte- encerrado por período superior a um ano, salvo
radas pelo presidente da câmara municipal. por motivo de obras;
c) Quando seja dada ao empreendimento uma uti-
lização diferente da prevista no respectivo
2 — Sempre que haja alteração de qualquer dos ele- alvará;
mentos constantes do alvará, a entidade exploradora d) Se não for requerida a aprovação da classifi-
do empreendimento deve, para efeitos de averbamento, cação do empreendimento nos termos previstos
comunicar o facto à câmara municipal no prazo de no artigo seguinte;
30 dias a contar da data do mesmo, enviando cópia e) Quando, por qualquer motivo, o empreendi-
à Direcção-Geral do Turismo. mento não puder ser classificado ou manter a
classificação de empreendimento turístico.
Artigo 30.o
Modelo de alvará de licença ou autorização de utilização turística
2 — Caducada a licença ou a autorização de utilização
turística, o respectivo alvará é cassado e apreendido pela
O modelo de alvará de licença ou de autorização câmara municipal, por iniciativa própria, no caso dos
de utilização turística é aprovado por portaria conjunta parques de campismo, ou a pedido da Direcção-Geral
dos membros do Governo responsáveis pelas áreas do do Turismo, nos restantes casos.
ordenamento do território e do turismo. 3 — A apreensão do alvará tem lugar na sequência
de notificação ao respectivo titular, sendo em seguida
encerrado o empreendimento.
Artigo 31.o
Alteração da utilização e concessão de licença ou autorização
de utilização em edifícios sem anterior título de utilização Artigo 33.o
Intimação judicial para a prática de acto legalmente devido
1 — Se for requerida a alteração ao uso fixado em
anterior licença ou autorização de utilização para per- 1 — Decorridos os prazos para a prática de qualquer
mitir que o edifício, ou sua fracção, se destine à ins- acto especialmente regulado no presente diploma sem
talação de um dos empreendimentos referidos nas alí- que o mesmo se mostre praticado, aplica-se aos
neas a) a c) do n.o 2 do artigo 1.o ou quando se pretender empreendimentos turísticos, com as necessárias adap-
utilizar total ou parcialmente edifícios que não possuam tações, o disposto nos artigos 111.o, 112.o e 113.o do
licença ou autorização de utilização para neles se pro- Decreto-Lei n.o 555/99, de 16 de Dezembro.
ceder à instalação daqueles empreendimentos, a câmara 2 — As associações patronais do sector do turismo
municipal deve consultar a Direcção-Geral do Turismo, que tenham personalidade jurídica podem intentar, em
o Serviço Nacional de Bombeiros e as autoridades de nome dos seus associados, os pedidos de intimação pre-
saúde, aplicando-se aos pareceres destas entidades, com vistos no número anterior.
as necessárias adaptações, o disposto nos artigos 15.o,
16.o, 20.o e 22.o
SECÇÃO V
2 — Quando as operações urbanísticas previstas no
número anterior envolverem a realização das obras Classificação
previstas nas alíneas a) e b) do n.o 1 do artigo 6.o do
Decreto-Lei n.o 555/99, de 16 de Dezembro, os pareceres Artigo 34.o
referidos no número anterior englobam a autorização
Requerimento
prevista nos artigos 21.o e 23.o
3 — O prazo para a realização da vistoria prevista 1 — No prazo de dois meses a contar da data da emis-
no artigo 26.o conta-se a partir da recepção dos pareceres são do alvará de licença ou de autorização de utilização
2102 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A N.o 59 — 11 de Março de 2002
1 — A exploração de cada empreendimento turístico 3 — Do título previsto no número anterior deve ainda
deve ser da responsabilidade de uma única entidade. fazer parte um regulamento de administração do
2 — A unidade de exploração do empreendimento empreendimento relativo, designadamente, à conserva-
não é impeditiva de a propriedade das várias fracções ção, fruição e funcionamento das instalações, equipa-
imobiliárias que o compõem pertencer a mais de uma mentos e serviços de exploração turística.
pessoa. 4 — O título previsto no n.o 2 deve ser depositado
3 — Só as unidades de alojamento podem ser reti- na Direcção-Geral do Turismo antes da celebração de
radas da exploração dos empreendimentos turísticos e qualquer contrato de transmissão, ou contrato-promessa
apenas nos casos e nos termos estabelecidos no regu- de transmissão, das fracções imobiliárias que integrem
lamento previsto no n.o 3 do artigo 1.o o empreendimento.
4 — As unidades de alojamento que tiverem sido reti- 5 — Para efeitos do disposto no número anterior, os
radas da exploração de um empreendimento turístico proprietários das fracções autónomas afectas à explo-
não podem ser objecto de outra exploração comercial, ração turística devem comunicar à entidade exploradora
turística ou não. a venda, o arrendamento, o direito de uso e habitação
ou qualquer outra forma de transmissão da propriedade
Artigo 45.o dessas fracções.
Fracções imobiliárias 6 — Depois de receber a comunicação prevista no
número anterior, a entidade exploradora do empreen-
1 — Para efeito do disposto no presente diploma, são dimento turístico deve, sempre que a mesma implicar
consideradas fracções imobiliárias as partes componen- a alteração do título constitutivo, comunicar tal facto
tes dos empreendimentos turísticos susceptíveis de cons- à Direcção-Geral do Turismo, para efeitos de depósito
tituírem unidades distintas e independentes, devida- do mesmo.
mente delimitadas, e que constituam ou se destinem 7 — A Direcção-Geral do Turismo pode recusar o
à constituição de unidades de alojamento ou a insta- depósito do título a que se referem os n.os 2 e 6, desde
lações, equipamentos e serviços de exploração turística. que não esteja elaborado de acordo com o disposto no
2 — As unidades de alojamento dos empreendimen- presente diploma e seus regulamentos, sendo concedido,
tos turísticos só constituem fracções imobiliárias quando,
nesse caso, à entidade promotora um prazo de três meses
nos termos da lei geral, sejam consideradas fracções
para apresentação de novo título.
autónomas ou como tal possam ser consideradas.
8 — Se o empreendimento estiver instalado em pré-
dio urbano já sujeito ao regime de propriedade hori-
Artigo 46.o zontal, o título constitutivo da sua composição não pode
Relações entre proprietários conter normas, cláusulas ou condições contrárias ou
modificativas do título da propriedade horizontal, sem
1 — Sem prejuízo do disposto no presente diploma que este tenha sido previamente alterado.
e seus regulamentos, às relações entre os proprietários 9 — O título constitutivo referido no n.o 2 é aprovado
das várias fracções imobiliárias dos empreendimentos por maioria de dois terços dos proprietários das fracções
turísticos é aplicável o regime da propriedade horizontal, imobiliárias, sendo as alterações ao mesmo, nos termos
com as necessárias adaptações resultantes das carac- previstos no n.o 6, aprovadas por maioria simples dos
terísticas do empreendimento. proprietários das fracções imobiliárias.
2 — A entidade titular do alvará de licença ou de 10 — A existência de título depositado nos termos
autorização de utilização turística do empreendimento do n.o 4, ou alterado nos termos previstos no n.o 6,
ou, se este ainda não tiver sido emitido, do alvará de deve ser obrigatoriamente mencionada nos contratos de
licença ou de autorização para a realização de operações transmissão, ou nos contratos-promessa de transmissão,
urbanísticas deve elaborar um título constitutivo da com- sob qualquer forma, de direitos relativos às fracções
posição do empreendimento, no qual são especificadas imobiliárias que integrem o empreendimento, sob pena
obrigatoriamente: de nulidade dos mesmos.
a) As várias fracções imobiliárias que o integram, 11 — A falta da menção referida no número anterior
por forma que fiquem perfeitamente indivi- no título de transmissão constitui fundamento de recusa
dualizadas; do registo da mesma.
b) O valor relativo de cada fracção imobiliária, Artigo 47.o
expresso em percentagem ou permilagem do Despesas de conservação, fruição e funcionamento
valor total do empreendimento, nos termos a
estabelecer em regulamento; 1 — Quando a totalidade das unidades de alojamento
c) A menção do fim a que se destina cada uma de um empreendimento turístico estiver integrada na
das fracções imobiliárias; sua exploração, ainda que aquelas pertençam a mais
d) A identificação das instalações e equipamentos de uma pessoa, as despesas de conservação e de fruição
comuns do empreendimento; de todas as instalações e equipamentos, incluindo as
e) A indicação dos serviços de utilização de uso unidades de alojamento, bem como do funcionamento
comum; dos serviços de utilização turística de uso comum, são
N.o 59 — 11 de Março de 2002 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A 2105
sempre da exclusiva responsabilidade da entidade explo- ções de administradora do mesmo, desde que a deli-
radora, salvo o disposto no n.o 6 do artigo 49.o beração seja tomada por um número de votos corres-
2 — Os proprietários das unidades de alojamento dos pondente à maioria do valor total do empreendimento
empreendimentos turísticos que as retirarem da explo- e que no mesmo acto seja nomeado um novo admi-
ração turística destes mantêm a responsabilidade das nistrador para substituir aquela no exercício dessas fun-
despesas a elas relativas bem como, na proporção cor- ções de administração.
respondente ao seu valor, pelas despesas de conservação, 3 — No caso previsto no número anterior, o novo
fruição e funcionamento das instalações, dos equipa- administrador do empreendimento turístico deve, para
mentos de uso comum e dos serviços de utilização turís- além das funções que lhe cabem nos termos da lei geral,
tica de uso comum. assegurar a conservação e a fruição das instalações e
3 — As despesas de conservação, fruição e funcio- dos equipamentos comuns, bem como o funcionamento
namento relativas às instalações, equipamentos e ser- dos serviços de utilização turística de uso comum, de
viços de exploração turística são da responsabilidade modo a permitir que a entidade exploradora continue
da respectiva entidade exploradora. a exercer a sua actividade turística de exploração do
4 — As instalações e os equipamentos de uso comum, empreendimento de acordo com a respectiva categoria.
bem como os serviços de utilização turística de uso 4 — O administrador nomeado nos termos do n.o 2
comum, são aqueles que, nos termos a estabelecer em deve prestar caução de boa administração, a favor da
regulamento, são postos à disposição dos utentes do entidade exploradora do empreendimento, destinada a
empreendimento sem que possa ser exigida uma retri- assegurar o cumprimento do disposto no número ante-
buição específica pela sua utilização. rior, no montante correspondente ao valor anual das
5 — As instalações, equipamentos e serviços de explo- despesas referidas na parte final do n.o 2 do artigo 47.o,
ração turística são aqueles que, nos termos a estabelecer sem o que não pode entrar em funções.
em regulamento, são postos à disposição dos utentes 5 — A caução referida no número anterior pode ser
do empreendimento pela respectiva entidade explora- prestada por seguro, garantia bancária, depósito ban-
dora mediante o pagamento de retribuição. cário ou títulos de dívida pública, devendo o respectivo
6 — À conservação e à fruição das infra-estruturas título ser depositado na Direcção-Geral do Turismo.
urbanísticas do empreendimento aplica-se o disposto 6 — Quando se verificar a situação prevista no n.o 2,
nos n.os 1 e 2, consoante os casos, enquanto não forem os proprietários de fracções imobiliárias do empreen-
recebidas pela câmara municipal. dimento que tiverem votado favoravelmente a destitui-
ção da entidade exploradora das suas funções de admi-
nistração passam a ser responsáveis pelas despesas de
Artigo 48.o conservação e de fruição da sua fracção, ainda que, no
Deveres do proprietário caso de se tratar de uma unidade de alojamento, esta
se mantenha integrada na exploração do empreen-
1 — O proprietário de qualquer unidade de aloja- dimento.
mento que constitua fracção imobiliária de um empreen- Artigo 50.o
dimento turístico, esteja ou não integrada na sua explo-
ração turística, fica obrigado a: Acesso aos empreendimentos
a) Não alterar substancialmente a sua estrutura 1 — É livre o acesso aos empreendimentos turísticos,
externa ou o seu aspecto estético exterior, de salvo o disposto nos números seguintes.
forma a não afectar a unidade do empreen- 2 — Pode ser recusado o acesso ou a permanência
dimento; nos empreendimentos turísticos a quem perturbe o seu
b) Não aplicar a mesma a fim diverso daquele a funcionamento normal, designadamente por:
que se destina; a) Não utilizar os serviços neles prestados;
c) Não praticar quaisquer actos ou realizar obras b) Se recusar a cumprir as normas de funciona-
que sejam susceptíveis de afectar a continuidade mento privativas do empreendimento, desde
e a unidade urbanística do empreendimento ou que estas se encontrem devidamente publici-
prejudicar a implantação dos respectivos aces- tadas;
sos. c) Alojar indevidamente terceiros;
d) Penetrar nas áreas de serviço.
2 — O proprietário fica ainda obrigado a efectuar a
conservação da unidade de alojamento sempre que a 3 — Nos empreendimentos turísticos pode ser recu-
mesma seja retirada da exploração turística do empreen- sado o acesso às pessoas que se façam acompanhar por
dimento e no caso previsto no n.o 6 do artigo seguinte. animais, desde que essa restrição seja devidamente
publicitada, nas áreas afectas à exploração turística.
Artigo 49.o 4 — O disposto no n.o 1 não prejudica, desde que
devidamente publicitadas:
Administração dos empreendimentos
a) A possibilidade de afectação total ou parcial
1 — Nos empreendimentos turísticos em que a pro- dos empreendimentos turísticos à utilização
priedade das várias fracções imobiliárias que o compõem exclusiva por associados ou beneficiários das
pertencer a mais de uma pessoa, as funções que cabem entidades proprietárias ou da entidade explo-
ao administrador do condomínio, nos termos do regime radora;
da propriedade horizontal, são exercidas, sem limite de b) A reserva temporária de parte ou da totalidade
tempo, pela respectiva entidade exploradora, salvo o de empreendimentos turísticos.
disposto no número seguinte.
2 — A assembleia de proprietários pode destituir a 5 — A utilização do empreendimento ou de parte dele
entidade exploradora do empreendimento das suas fun- nos termos do número anterior não pode prejudicar
2106 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A N.o 59 — 11 de Março de 2002
ou diminuir a oferta de serviços obrigatórios próprios do Turismo o nome da pessoa ou das pessoas que asse-
do tipo de empreendimento. guram permanentemente aquelas funções.
6 — As entidades exploradoras dos empreendimentos
turísticos não podem dar alojamento ou permitir o Artigo 55.o
acesso a um número de utentes superior ao da respectiva
capacidade. Sinais normalizados
7 — Desde que devidamente publicitado, a entidade Nas informações de carácter geral relativas aos
exploradora dos empreendimentos turísticos pode reser- empreendimentos turísticos e aos serviços que neles são
var para os utentes neles alojados e seus acompanhantes oferecidos devem ser usados os sinais normalizados
o acesso e a utilização dos serviços, equipamentos e constantes de tabela a aprovar por portaria do membro
instalações do empreendimento. do Governo responsável pela área do turismo.
r) O encerramento dos empreendimentos turísti- lamentos nele referidos, bem como da culpa do agente
cos sem ter sido efectuada a comunicação pre- e do tipo e classificação do empreendimento, podem
vista no artigo 51.o; ser aplicadas as seguintes sanções acessórias:
s) A violação do disposto no n.o 1 do artigo 52.o;
t) A violação do disposto no n.o 2 do artigo 52.o; a) Apreensão do material através do qual se pra-
u) O não cumprimento do prazo fixado nos termos ticou a infracção;
do n.o 3 do artigo 52.o; b) Suspensão, por um período até dois anos, do
v) A violação do disposto nos n.os 1 e 2 do exercício de actividade directamente relacio-
artigo 54.o; nada com a infracção praticada;
x) Impedir ou dificultar o acesso dos funcionários c) Encerramento do empreendimento ou das ins-
da Direcção-Geral do Turismo, das câmaras talações previstas nos n.os 2 e 3 do artigo 44.o
municipais ou dos órgãos regionais ou locais
de turismo em serviço de inspecção aos 2 — O encerramento do empreendimento só pode,
empreendimentos turísticos; porém, ser determinado, para além dos casos expres-
z) Recusar a apresentação dos documentos soli- samente previstos na alínea c) do n.o 2 do artigo 5.o
citados nos termos do n.o 1 do artigo 59.o; do Decreto-Lei n.o 336/93, de 29 de Setembro, e nos
aa) A violação do disposto nos n.os 1, 2, 3 e 4 do regulamentos a que se refere o n.o 3 do artigo 1.o, com
artigo 60.o; base nos comportamentos referidos nas alíneas a), b),
bb) A violação do n.o 2 do artigo 69.o; h), s), t), u), v), ee) e ff) do n.o 1 do artigo anterior.
cc) A violação do disposto no n.o 1 do artigo 77.o; 3 — Quando for aplicada a sanção acessória de encer-
dd) A falta de depósito do título constitutivo ou do ramento do empreendimento, o presidente da câmara
regulamento de administração do empreendi- municipal, oficiosamente ou a solicitação da Direcção-
mento turístico nos termos do disposto nos n.os 3 -Geral do Turismo, deve apreender o respectivo alvará
e 4 do artigo 77.o; de licença de utilização turística pelo período de duração
ee) A violação do disposto no n.o 1 do artigo 78.o; daquela sanção.
ff) A exploração ou a utilização de empreendimen- 4 — Pode ser determinada a publicidade da aplicação
tos turísticos sem o projecto de segurança apro- das sanções previstas nas alíneas b) e d) do n.o 1
vado pelas entidades competentes. mediante:
a) A fixação de cópia da decisão, pelo período de
2 — As contra-ordenações previstas nas alíneas e), n) 30 dias, no próprio empreendimento turístico,
e z) do número anterior são puníveis com coima de em lugar e por forma bem visíveis; e
E 50 ou 10 024$ a E 250 ou 50 120$ no caso de se b) A sua publicação, a expensas do infractor, pela
tratar de pessoa singular e de E 125 ou 25 060$ a Direcção-Geral do Turismo ou pela câmara
E 1250 ou 250 603$ no caso de se tratar de pessoa
municipal, consoante os casos, em jornal de difu-
colectiva.
são nacional, regional ou local, de acordo com
3 — As contra-ordenações previstas nas alíneas a),
o lugar, a importância e os efeitos da infracção.
b), f), o), r), s), u), v), x), aa), cc) e ee) do n.o 1 são
puníveis com coima de E 125 ou 25 060$ a E 1000 ou
200 482$ no caso de se tratar de pessoa singular e de 5 — A cópia da decisão publicada nos termos da alí-
E 500 ou 100 241$ a E 5000 ou 1 002 410$ no caso nea b) do número anterior não pode ter dimensão supe-
de se tratar de pessoa colectiva. rior a tamanho A6.
4 — As contra-ordenações previstas nas alíneas l), i), Artigo 63.o
p), q), t), bb) e dd) do n.o 1 são puníveis com coima Limites da coima em caso de tentativa e de negligência
de E 250 ou 50 120$ a E 2500 ou 501 205$ no caso
de se tratar de pessoa singular e de E 1250 ou 250 603$ 1 — Em caso de punição da tentativa, os limites
a E 15 000 ou 3 007 230$ no caso de se tratar de pessoa máximo e mínimo das coimas são reduzidos para um
colectiva. terço.
5 — As contra-ordenações previstas nas alíneas d), 2 — Se a infracção for praticada por negligência, os
g), j), m) e ff) do n.o 1 são puníveis com coima de E 500 limites máximo e mínimo das coimas são reduzidos para
ou 100 241$ a E 3740,90 ou 750 000$ no caso de se metade.
tratar de pessoa singular e de E 2500 ou 501 205$ a Artigo 64.o
E 30 000 ou 6 001 460$ no caso de se tratar de pessoa
colectiva. Competência sancionatória
6 — As contra-ordenações previstas nas alíneas c) e A aplicação das coimas e das sanções acessórias pre-
h) do n.o 1 são puníveis com coimas de E 200 ou 20 048$ vistas no presente diploma e nos regulamentos a que
a E 2500 ou 501 205$ no caso de se tratar de pessoa se refere o n.o 3 do artigo 1.o compete:
singular e de E 250 ou 50 120$ a E 10 000 ou 2 004 820$
no caso de se tratar de pessoa colectiva. a) Ao director-geral do Turismo, relativamente aos
7 — Nos casos previstos nas alíneas a), b), e), f), g), empreendimentos turísticos referidos nas alí-
h), i), l), m), n), o), p), q), r), u), z) e aa) do n.o 1 neas a), b) e d) do n.o 2 do artigo 1.o;
a tentativa é punível. b) Às câmaras municipais, relativamente aos par-
8 — A negligência é punível. ques de campismo.
1 — Em função da gravidade e da reiteração das con- 1 — O produto das coimas aplicadas pela Direcção-
tra-ordenações previstas no artigo anterior e nos regu- -Geral do Turismo por infracção ao disposto no presente
N.o 59 — 11 de Março de 2002 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A 2109
diploma e aos regulamentos a que se refere o n.o 3 entrada em vigor, sem prejuízo do disposto nos números
do artigo 1.o reverte em 60 % para os cofres do Estado seguintes.
e em 40 % para a Direcção-Geral do Turismo. 2 — Os empreendimentos turísticos referidos no
2 — O produto das coimas aplicadas pelas câmaras número anterior devem satisfazer os requisitos previstos
municipais por infracção ao disposto no presente para a respectiva categoria, de acordo com o presente
diploma e aos regulamentos a que se refere o n.o 3 diploma e o regulamento a que se refere o n.o 3 do
do artigo 1.o constitui receita dos respectivos municípios. artigo 1.o, no prazo de dois anos a contar da data da
entrada em vigor daquele regulamento, excepto quando
Artigo 66.o esse cumprimento determinar a realização de obras que
se revelem materialmente impossíveis ou que compro-
Embargo e demolição metam a rendibilidade do empreendimento, como tal
Os presidentes das câmaras municipais são compe- reconhecidas pela Direcção-Geral do Turismo.
tentes para embargar e ordenar a demolição das obras 3 — Os empreendimentos de animação culturais e
realizadas em violação do disposto no presente diploma desportivos declarados de interesse para o turismo nos
e nos regulamentos a que se refere o n.o 3 do artigo 1.o, termos do Decreto-Lei n.o 328/86, de 30 de Setembro,
por sua iniciativa ou mediante comunicação da Direc- e do Decreto Regulamentar n.o 8/89, de 21 de Março,
ção-Geral do Turismo, consoante o caso, sem prejuízo consideram-se, independentemente de quaisquer forma-
das competências atribuídas por lei a outras entidades. lidades, declarados de interesse para o turismo nos ter-
mos e para os efeitos previstos no artigo 57.o
Artigo 67.o
Interdição de utilização Artigo 71.o
O director-geral do Turismo é competente para deter- Alvará de licença ou de autorização de utilização turística
minar a interdição temporária do funcionamento dos para empreendimentos turísticos existentes
empreendimentos turísticos, na sua totalidade, ou de 1 — O alvará de licença ou de autorização de uti-
partes individualizadas, instalações ou equipamentos, lização turística, emitido na sequência das obras de
sem prejuízo das competências atribuídas às autoridades ampliação, reconstrução ou alteração a realizar em
de saúde pelo Decreto-Lei n.o 336/93, de 29 de Setem- empreendimentos turísticos existentes e em funciona-
bro, nessa matéria, pelo seu deficiente estado de con- mento à data da entrada em vigor do presente diploma,
servação ou pela falta de cumprimento do disposto no respeita a todo o empreendimento turístico, incluindo
presente diploma e nos seus regulamentos, quando as as partes não abrangidas pelas obras.
mesmas forem susceptíveis de pôr em perigo a saúde 2 — Após a emissão do alvará de licença ou de auto-
pública ou a segurança dos utentes. rização de utilização turística, nos termos previstos no
número anterior, o interessado deve requerer à Direc-
CAPÍTULO VIII ção-Geral do Turismo a aprovação definitiva da clas-
sificação do empreendimento.
Disposições finais e transitórias 3 — Ao requerimento previsto no número anterior
aplica-se, com as necessárias adaptações, o regime pre-
Artigo 68.o visto nos artigos 34.o a 37.o
Taxas
dimentos turísticos, do Decreto-Lei n.o 588/70, de 27 diploma para a emissão do alvará de licença ou de auto-
de Novembro, quanto aos parques de campismo, e pelo rização de utilização turística.
Decreto-Lei n.o 256/86, de 27 de Agosto, quanto às casas 4 — No caso dos empreendimentos turísticos que esti-
de turismo no espaço rural, com as alterações que lhe verem em construção à data da entrada em vigor do
foram introduzidas, e respectivos regulamentos, com as presente diploma, o início do seu funcionamento
especificidades previstas nos números seguintes. depende da titularidade do alvará de licença ou de auto-
2 — Os processos pendentes na Direcção-Geral do rização de utilização turística a emitir nos termos nele
Turismo continuam a correr por ela até à decisão final previstos, sendo a respectiva classificação regulada pelo
que sobre os mesmos for proferida. regime constante do Decreto-Lei n.o 328/86, de 30 de
3 — Se o pedido de localização do empreendimento Setembro, com as alterações que lhe foram introduzidas,
for aprovado, a Direcção-Geral do Turismo remete, e respectivos regulamentos.
após a decisão final, todo o processo com os elementos
que o integram à câmara municipal respectiva para efei-
tos do licenciamento da sua instalação nos termos do Artigo 75.o
presente diploma. Processos pendentes respeitantes a empreendimentos
4 — Se o pedido de localização do empreendimento turísticos existentes
não for aprovado pela Direcção-Geral do Turismo, qual- 1 — Aos processos, pendentes na Direcção-Geral do
quer novo pedido respeitante à apreciação da instalação Turismo à data da entrada em vigor do presente
do empreendimento segue os trâmites previstos no pre- diploma, respeitantes a obras de ampliação, reconstru-
sente diploma. ção ou alteração a realizar em empreendimentos turís-
5 — Se o anteprojecto ou o projecto de arquitectura ticos existentes e em funcionamento aplica-se o disposto
do empreendimento for aprovado, a Direcção-Geral do no artigo 73.o, com as necessárias adaptações.
Turismo remete, após a decisão final, todo o processo, 2 — Aos processos, pendentes na Direcção-Geral do
com os elementos que o integram, à câmara municipal Turismo à data da entrada em vigor do presente
respectiva, seguindo o processo de licenciamento, a par- diploma, respeitantes à entrada em funcionamento de
tir dessa data, os trâmites previstos no presente diploma, parte ou da totalidade de empreendimentos turísticos
sendo a respectiva classificação regulada pelo regime existentes resultante de obras neles realizadas aplica-se
constante do Decreto-Lei n.o 328/86, de 30 de Setembro, o disposto nos n.os 1 e 2 do artigo anterior.
com as alterações que lhe foram introduzidas, e res- 3 — Aos processos, pendentes nas câmaras munici-
pectivos regulamentos. pais à data da entrada em vigor do presente diploma,
6 — Se o projecto de arquitectura do empreendi- respeitantes à entrada em funcionamento de parques
mento não for aprovado pela Direcção-Geral do de campismo públicos, ou de instalações neles situadas,
Turismo, qualquer novo pedido respeitante ao projecto resultante de obras neles realizadas aplica-se o disposto
do empreendimento segue os trâmites previstos no pre- no n.o 3 do artigo anterior.
sente diploma. 4 — No caso das obras referidas nos números ante-
7 — Nos casos previstos nos n.os 1, 4 e 6, a Direc- riores que estiverem em curso à data da entrada em
ção-Geral do Turismo devolve, a pedido e a expensas vigor do presente diploma, aplica-se o n.o 4 do artigo
dos interessados, os elementos existentes nos respectivos anterior.
processos. 5 — À licença de utilização turística que vier a ser
8 — O envio dos processos previstos nos n.os 3 e 5 emitida na sequência dos casos previstos nos números
para as câmaras municipais é notificado aos interessados anteriores aplica-se o disposto no artigo 71.o
por correio registado.
Artigo 74.o Artigo 76.o
Processos pendentes respeitantes à autorização
de abertura de empreendimentos turísticos Satisfação dos requisitos
prietários, à qual se aplicam as regras de convocação 3 — É extinto o registo de quartos inscritos no alo-
e funcionamento da assembleia de condóminos previstas jamento particular existente na Direcção-Geral do
nos n.os 1 a 4 e 6 a 9 do artigo 1432.o do Código Civil. Turismo à data da entrada em vigor do presente
3 — Se a assembleia de proprietários não se realizar diploma, devendo esta entidade remeter os elementos
dentro do prazo fixado no n.o 1 por não ser possível constantes do mesmo para as câmaras municipais
reunir proprietários que representem, pelo menos, um competentes.
quarto do valor total do empreendimento, a entidade
exploradora elabora, sob sua responsabilidade e de Artigo 80.o
acordo com o disposto no presente diploma e seus regu- Hotéis de aplicação
lamentos, o título constitutivo do empreendimento e
procede ao seu depósito nos três meses seguintes ao Os hotéis de aplicação são regulados pelo disposto
termo daquele prazo, enviando, simultaneamente, a nos artigos 26.o e 27.o do Decreto-Lei n.o 333/79, de
todos os proprietários cópia do título depositado. 24 de Agosto.
4 — As entidades referidas no n.o 1 que já tenham
depositado na Direcção-Geral do Turismo o título cons- Artigo 81.o
titutivo do respectivo empreendimento devem proceder
Norma revogatória
à elaboração do regulamento de administração do
empreendimento previsto no n.o 3 do artigo 47.o e depo- 1 — São revogados:
sitá-lo no prazo de um ano a contar da data da entrada
em vigor do presente diploma, aplicando-se, com as a) O capítulo V da Portaria n.o 6065, de 30 de
necessárias adaptações, o disposto nos números ante- Março de 1929, no que se refere à instalação
riores. e ao funcionamento de empreendimentos turís-
Artigo 78.o ticos e estabelecimentos de restauração e de
bebidas;
Segurança contra riscos de incêndio
b) O Regulamento das Condições Sanitárias a
1 — As entidades exploradoras dos empreendimentos Observar nos Estabelecimentos Hoteleiros e
turísticos existentes e em funcionamento à data da Similares, no âmbito do Ministério da Saúde
entrada em vigor do presente diploma, cujo projecto e Assistência, publicado no Diário do Governo,
de segurança contra riscos de incêndio esteja em apre- 2.a série, n.o 253, de 27 de Outubro de 1962;
ciação no Serviço Nacional de Bombeiros, ou em que c) A Lei n.o 7/81, de 12 de Junho;
se estejam a proceder às obras determinadas por aquele d) O Decreto-Lei n.o 207/84, de 25 de Junho;
Serviço destinadas a dar cumprimento às regras de segu- e) O Decreto-Lei n.o 328/86, de 30 de Setembro,
rança contra riscos de incêndio constantes do anexo II à excepção do artigo 34.o;
ao regulamento aprovado pelo Decreto Regulamentar f) O Decreto-Lei n.o 149/88, de 27 de Abril;
n.o 8/89, de 21 de Março, devem apresentar na Direc- g) O Decreto-Lei n.o 434/88, de 21 de Novembro;
ção-Geral do Turismo o certificado de conformidade h) O Decreto Regulamentar n.o 8/89, de 21 de
das instalações com aquelas regras de segurança no Março;
prazo de seis meses a contar da data da entrada em i) O Decreto-Lei n.o 251/89, de 8 de Agosto;
vigor do presente diploma.
j) O Decreto-Lei n.o 235/91, de 27 de Junho;
2 — Se os empreendimentos referidos no número
anterior não possuírem projecto de segurança contra l) A Portaria n.o 247/96, de 8 de Julho.
riscos de incêndio, as respectivas entidades exploradoras
devem apresentá-lo na câmara municipal no prazo 2 — São também revogados os Decretos-Leis
máximo de três meses a contar da data da entrada em n.os 588/70, de 27 de Novembro, e 307/80, de 18 de
vigor de regulamento aprovado pela portaria prevista Agosto, e o Decreto Regulamentar n.o 38/80, de 19 de
no n.o 3 do artigo 21.o Agosto, no que se refere à instalação e ao funcionamento
3 — No caso previsto no número anterior, as câmaras dos parques de campismo públicos.
municipais devem enviar os projectos ao Serviço Nacio- 3 — É ainda revogado o n.o 6 do artigo 408.o do
nal de Bombeiros para apreciação, considerando-se que Código Administrativo no que se refere aos hotéis, hos-
este nada tem a opor ao projecto apresentado, se não pedarias, estalagens, pensões, botequins e semelhantes.
der qualquer resposta sobre o mesmo no prazo de 60 dias
contado da data da sua entrada naquele Serviço.
4 — Se o parecer do Serviço Nacional de Bombeiros Artigo 82.o
for desfavorável, deve indicar as medidas e alterações Regiões Autónomas
que considera essenciais para que o mesmo possa mere-
cer parecer favorável. O regime previsto no presente diploma é aplicável
Artigo 79.o às Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira, sem
prejuízo das adaptações decorrentes da estrutura pró-
Hospedagem
pria da administração regional autónoma, e de espe-
1 — É da competência das assembleias municipais sob cificidades regionais a introduzir por diploma regional
proposta do presidente da câmara a regulamentação adequado.
da instalação, exploração e funcionamento dos estabe-
lecimentos de hospedagem, designados por hospedarias Artigo 83.o
e casas de hóspedes e por quartos particulares. Entrada em vigor
2 — Os serviços de hospedagem compreendidos no
turismo no espaço rural são objecto de legislação O presente diploma entra em vigor no dia 1 de Julho
própria. de 1997.