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Kevin Yenchi Su - 11048516

ESMA 2019 – Questões para discussão n.1 – São Paulo: editora Abril, 2012 (cap.1)

8. Quais as críticas feitas por Amartya Sen ao conceito de desenvolvimento


sustentável? Pp.55-56
Ele critica o desenvolvimento sustentável pelo fato de ele basicamente se basear apenas em
suprir as necessidades da humanidade sem comprometer as possibilidades das gerações
futuras, o que, segundo Sen, não faz sentido, pois o ser humano possui um processo de
desenvolvimento que vai muito além de simplesmente preencher suas necessidades,
fazendo com que o conceito de desenvolvimento sustentável passe uma visão incompleta
daquilo que realmente define a humanidade, como as coisas que as pessoas prezam, que é
a liberdade de escolha, entretenimento, etc... E os valores que elas carregam.

9. Como Jiahua Pan (da Academia Chinesa de Ciências Sociais) acredita ser
possível conter as emissões de GEE? (p.56)
Jiahua Pan acredita que é possível conter as emissões de GEE cumprindo dois objetivos:
atendendo às necessidades básicas de pessoas que vivem em estado de privação através da
oferta de bases materiais que se fazem necessárias a tal objetivo; e reduzindo o consumo de
materiais e energia que são obtidos gerando GEE através do avanço tecnológico, levando
em frente o primeiro objetivo.

10.Quais os axiomas que embasam o conceito de orçamento carbono?


Os axiomas que embasam o conceito de orçamento carbono são as necessidades humanas
são limitadas para os indivíduos enquanto entidades biológicas, e o desejo humano é
ilimitado, mas o supérfluo e o lixo decorrente das emissões são limitados. E também o fato
de exitir um limite geofísico devido ao caráter finito de nosso planeta.

11.O autor faz várias considerações sobre a relação crescimento X desigualdade


com base em reflexões de John Rawls e em estudos do Banco Mundial e de
outros organismos. O que se pode acrescentar a essa discussão? Como
orientar o crescimento no sentido de uma “nova economia”? (p.64)
Aparentemente crescimento e desigualdade andam juntos, porém esforços para
distribuição de renda devem ser feitos, já que a concentração de renda prejudica o
crescimento econômico. Assim sendo, durante o processo de crescimento econômico, as
nações devem se manter atentas ao nível de desigualdade que está sendo gerado para que
a sociedade ali presente não seja prejudicada, já que quanto maior a concentração de
renda, menor o benefício observado pelos mais pobres. Portanto, crescimento econômico
não é sinônimo de melhor qualidade de vida para toda população, ficando a cargo dos
Estados o esforço para que esse maior fluxo de dinheiro beneficie a todos.
O crescimento orientado para um “nova economia” deve ser focado na obtenção do bem
estar das pessoas e no respeito aos limites da preservação e regeneração dos serviços
ecossistêmicos, ao invés de ser focado no crescimento desenfreado da economia.
12.Qual a relação entre o consumo das pessoas e os limites da biosfera? O que
seria o paradoxo de Easterlin (pp 65-68)?
O consumo das pessoas é inconsistente com os limites da biosfera. Nós compramos para
satisfazer nossos desejos sem ponderar se aquilo é realmente necessário, compramos
somente para nos sentirmos “bem”, porém este sentimento somente é temporário, nos
levando a estar sempre consumindo para nos satisfazermos emocionalmente. Portanto é
necessário que mudemos nossos hábitos de consumo para que nossa biosfera não entre em
colapso no futuro.
O paradoxo de Easterlin, também conhecido como paradoxo da felicidade-renda, diz que:
“Em determinado ponto do tempo, dentro de uma nação ou entre nações, a felicidade varia
diretamente da renda, mas, ao longo do tempo, a felicidade não aumenta quando a renda
aumenta”. Assim, ficamos mais felizes com o aumento de renda pois podemos comprar
coisas melhores, porém, com o tempo, a felicidade atinge um “limite”, onde sentimos o
mesmo nível de satisfação ao consumir qualquer bem, independente de seu valor.

13.O que seria uma economia baseada na ética e no respeito aos limites
ecossistêmicos?
Seria uma economia que respeita o meio ambiente, levando em conta as necessidades das
pessoas e que não se importa somente com o crescimento da economia das nações. Num
mundo ideal, nenhum bem seria desperdiçado e as pessoas não consumiriam apenas para
se sentirem bem, ou superiores. Assim

14.Que considerações o autor faz sobre a alimentação e o transporte, tendo em


vista uma economia como a descrita na questão anterior?
O autor destaca o modo como o desperdício ocorre no setor de alimentação, como o
consumo desenfreado acaba com a saúde e o bem estar das pessoas e como os alimentos
são mal distribuídos, pois enquanto alguns estão passando fome, outros estão
desperdiçando comida. Ele também destaca como o desperdício impacta mais do que
apenas o setor alimentício, já que o consumo de materiais para a produção desses
alimentos acaba sendo maior do que deveria ser se não houvesse desperdício.
Com relação aos automóveis o autor destaca o quão ineficiente eles são, com apenas 1% do
total de energia por eles consumido sendo utilizado para nos transportar, gerando assim
uma emissão em grande quantidade de gases poluentes, citando como o uso individual dos
automóveis é prejudicial, não somente para o ambiente, mas para nosso bem estar
também, já que as grandes quantidades de veículos nas cidades causam
congestionamentos, que aumentam o tempo de viagem das pessoas e causando estresse.

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