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Engenharia Civil

Centro Universitário São Camilo

CENTRO UNIVERSITÁRIO SÃO CAMILO – ES


Curso de Engenharia Civil

GRUPO 8 – NOTURNO A:

Everton Moreira Mozer - 205721

Nivaldo Galavotti - 206639

Tiogo Stein Dias - 205694

Verônica Aparecida de Almeida Bastos - 206433

PROJETO DE REDE DE COLETA DE ESGOTO

Cachoeiro de Itapemirim – ES
Julho/2017
Engenharia Civil
Centro Universitário São Camilo

APRESENTAÇÃO

O presente trabalho tem por objetivo apresentar o Projeto de Esgotamento Sanitário


do Loteamento do Trabalho Pratico – Grupo 8, situado no município de
Cachoeiro de Itapemirim, elaborado para a disciplina de Saneamento Básico e
distribuição de Água.
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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 4
2. SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO EXISTENTE ................................................. 4
2.1. Rede Coletora .............................................................................................................. 4
2.2. Estação de Tratamento de Esgoto ............................................................................... 4
2.3. Lançamento ................................................................................................................. 4
3. CONCEPÇÃO DO SISTEMA DE ESGOTO SANITÁRIO .................................................... 4
3.1. Rede Coletora de Esgotos ........................................................................................... 4
3.2. Interligação à Rede de esgoto Existe .......................................................................... 5
4. DIMENSIONAMENTO DO SISTEMA .................................................................................. 5
4.1. Rede Coletora de Esgotos ........................................................................................... 5
4.1.1. Parâmetros e Critérios de Projeto ......................................................................... 5
4.1.2. Dimensionamento Hidráulico................................................................................. 7
4.1.3. Declividade Mínima ............................................................................................... 8
4.1.4. Lâmina Líquida...................................................................................................... 8
4.1.5. Raio Hidráulico ...................................................................................................... 9
4.1.6. Velocidade no Trecho ........................................................................................... 9
4.1.7. Velocidade Crítica ............................................................................................... 10
4.1.8. Tensão Trativa .................................................................................................... 10
4.2. Sistema de Tratamento Coletivo de Esgotos .............................................................. 10
5. ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DE ESGOTO BRUTO............................................................... 11
5.1. Parâmetros de projeto ................................................................................................ 11
5.1.1. Vazão de projeto ................................................................................................. 11
5.1.2. Velocidades ........................................................................................................ 11
5.1.3. Ciclo de Operação .............................................................................................. 11
5.1.4. Gradeamento ...................................................................................................... 11
5.1.5. Poço de Sucção .................................................................................................. 12
5.2. Dimensionamento da estação elevatória de esgoto bruto .......................................... 12
5.2.1. Tubulação de Recalque ...................................................................................... 12
5.2.2. Perdas de Carga ................................................................................................. 13
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MEMORIAL DESCRITIVO

1. INTRODUÇÃO

Este memorial descreve o projeto do sistema de coleta, transporte e tratamento


de esgotos sanitário, elaborado para o Loteamento do Trabalho Pratico – Grupo
8, localizado na zona urbana do Cachoeiro de Itapemirim, ES

2. SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO EXISTENTE

2.1. Rede Coletora

A Sede do município possui um sistema público de rede coletora de esgotos


sanitários.

2.2. Estação de Tratamento de Esgoto

Existe na Sede do município uma estação de tratamento.

2.3. Lançamento

O corpo receptor do efluente final da estação de tratamento é o Rio Itapemirim.

3. CONCEPÇÃO DO SISTEMA DE ESGOTO SANITÁRIO

O sistema de esgotamento sanitário projetado tem como objetivo permitir a


coleta, o transporte, o tratamento e a disposição final dos efluentes sanitários a
serem gerados no loteamento.

3.1. Rede Coletora de Esgotos

O sistema projetado é do tipo separador absoluto, integrado e homogêneo,


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composto de rede coletora, dotada de dispositivos de inspeção e limpeza, e de


ligações domiciliares.

As canalizações dos coletores foram projetadas para funcionar como conduto


livre.

O traçado da rede coletora foi orientado pela topografia da localidade, uma vez
que o escoamento se processará segundo o caimento do terreno.

3.2. Interligação à Rede de esgoto Existe

A rede projetada fará o lançamento do esgotamento sanitário do Loteamento no


PV localizado em ponto previsto próximo da Av. Perimetral Norte, com cota de
terreno (CT) igual a 736,00 m, cota de fundo (CF) igual a 734,00 m e
profundidade de 2,00 m, conforme parecer técnico de viabilidade da
Concessionária.

4. DIMENSIONAMENTO DO SISTEMA

4.1. Rede Coletora de Esgotos

4.1.1. Parâmetros e Critérios de Projeto

4.1.1.1. Consumo médio de água por habitante, “q”:

Sendo o sistema de esgotamento sanitário receptor final das águas distribuídas


pelo sistema de água, o consumo médio de água a ser utilizado no sistema de
esgotos deverá ser o mesmo do sistema de água, quando não há outras fontes
de suprimento de água a serem consideradas.

Assim, o consumo médio de água a ser utilizado nos estudos e projetos será de
160 l/hab.dia.

4.1.1.2. Coeficientes de variação de vazão, “k1” e “k2”.

Como inexistem dados locais comprovados oriundos de pesquisas, a NBR


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9646/1996 recomenda a adoção dos seguintes valores:

k1, coeficiente de máxima vazão diária: 1,20;

k2, coeficiente de máxima vazão horária: 1,50;

4.1.1.3. Coeficiente de retorno água/esgoto, “C”

De acordo com a orientação da concessionária local, utilizou-se o valor de 0,85


como Coeficiente de retorno água/esgoto.

4.1.1.4. Vazão Doméstica de final de Plano, “Qdf”

A Vazão Doméstica de final de Plano, “Qdf” foi calculada conforme a seguinte


equação:

× × × ×
=
86.400

4.1.1.5. Taxa de contribuição linear, “Txi”:

A Taxa de Contribuição Linear, “Txi” foi calculada conforme a seguinte equação:

= +

Sendo:

Qdf = Vazão Doméstica de final de projeto em L/s

Tinf = taxa de infiltração em L/s.m.

4.1.1.6. Vazão no Trecho

Para o cálculo da vazão em cada trecho do projeto considerou-se a contribuição


do número de ligações em cada trecho em particular. Para tanto, o cálculo foi
realizado através da seguinte equação:
= ×
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Sendo:

Qtrecho = Vazão calculada no trecho em L/s;

tinf = taxa de contribuição de infiltração em L/s.m;

L = comprimento do trecho em m.

4.1.1.7. Vazão a Montante

A vazão a montante foi calculada pela somatória da contribuição das vazões à


jusante dos trechos que contribuem para o PV situado a montante do trecho.

4.1.1.8. Vazão a Jusante

A vazão a jusante foi calculada somando a vazão do trecho com a vazão a


montante.

4.1.1.9. Vazão mínima

A vazão mínima considerada para efeito de cálculo será de 1,50 l/s, de acordo
com a NBR 9649/1986 ou o valor da vazão a jusante quando este superar 1,50
l/s.

4.1.1.10. Lâmina liquida

A lâmina líquida máxima admitida para a tubulação será de 75 % (0,75). Quando


a velocidade final “Vf” superar a velocidade crítica “Vc”, a lâmina líquida máxima
admitida para a tubulação será de 50% (0,50).

4.1.2. Dimensionamento Hidráulico

O dimensionamento hidráulico da rede coletora foi efetuado de acordo com a


NBR 9649/1986, segundo o critério da tensão trativa, lâmina líquida e velocidade
crítica para condutos livres de seção circular.

Conhecida em cada trecho a vazão inicial e final, a declividade a ser adotada


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deve ser aquela que implique na menor escavação possível e o diâmetro


escolhido deverá transportar as vazões de modo que:

→ a tensão trativa não seja inferior a 1,0 Pa para a vazão inicial;

→ a altura de lâmina na tubulação não seja superior a 75% do diâmetro para a


vazão final.

4.1.3. Declividade Mínima


A declividade mínima que satisfaz a condição de tensão trativa de 1,0 Pa, considerando um
coeficiente de rugosidade de Manning n = 0,013, foi obtida pela equação:

"#,$%
= 0,0055 ×

Sendo:

lmin em m/m e

Qi em L/s.

4.1.4. Lâmina Líquida


A Altura da Lâmina Líquida (y/D), foi determinada com o auxílio da tabela 14.5 –
Escoamento em regime permanente uniforme para Canais Circulares com seção
parcialmente cheia encontrado no Manual de Hidráulica de Azevedo Netto et al,
1998, 8ª ed., onde sendo conhecidos o coeficiente de rugosidade, a vazão e o
diâmetro da tubulação utiliza-se a seguinte equação:

×&
' /) ×* /

Onde:

Q = A vazão de projeto em m³/s;

D = o diâmetro da tubulação, m;

n = o coeficiente de rugosidade de Manning, admissional (utilizado n = 0,013);

I = declividade da tubulação, m/m;


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Uma vez encontrado o resultado da equação anterior, interpola-se o valor com os


dados da tabela de dimensionamento hidráulico a fim de determinar o Altura da
Lâmina Líquida (y/D).

4.1.5. Raio Hidráulico


Determinada a Altura da Lâmina Líquida (y/D), calcula-se o Raio Hidráulico
(relação entre a área molhada e o perímetro molhado) utilizando-se as seguintes
equações:

25
+ = 2 × -.//01 21 − 6
'

e:
1 18&+
7 = × 21 − 6×'
4 +

Onde:

7 = raio hidráulico, m;

+ = ângulo em radianos;

D = diâmetro da tubulação, m;
9
:
= altura da lâmina líquida, admissional.

4.1.6. Velocidade no Trecho


As velocidades inicial e final no trecho são dadas pela seguinte equação:

√*
< = ×7 )
&
Onde:

< = velocidade no trecho e m/s;

Rh = raio hidráulico (inicial e final);

n = coeficiente de rugosidade de Manning, admissional (utilizado n = 0,013);

I = declividade da tubulação, m/m;


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4.1.7. Velocidade Crítica


Conforme recomendações da norma brasileira quando a velocidade final for
superior a velocidade crítica, a maior lâmina admissível deve ser de 50% do
diâmetro do coletor.

A velocidade crítica é definida como:

< = 6 × >? × 7
Onde:
g = aceleração da gravidade, m/s²;

Rh = raio hidráulico;

4.1.8. Tensão Trativa


Pelo critério da tensão trativa haverá autolimpeza nas tubulações de esgoto,
desde que pelo menos uma vez por dia atinja uma tensão trativa igual ou
superior a 1,0 Pa, qualquer que seja a altura da lamina liquida. A tensão é
calculada pela equação:

@ = A × 7 × *#
Onde:

σ = tensão trativa, Pa;

γ = peso específico do esgoto, N/m³;

Rh = raio hidráulico, m;

I0 = declividade da tubulação, m/m;

O dimensionamento da rede coletora, assim como o detalhamento e as cotas


topográficas estão indicadas nas planilhas de cálculo em anexo, e representadas
no projeto.

4.2. Sistema de Tratamento Coletivo de Esgotos

O sistema de tratamento coletivo de esgoto é de responsabilidade da


concessionária.
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5. ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DE ESGOTO BRUTO

No Sistema de Esgotamento Sanitário do Loteamento em questão previu-se a


implantação de uma Elevatória de Esgoto Bruto para recalcar os efluentes
coletados pela Bacia.

A Estação Elevatória será dotada de sistema automático de controle de nível


possibilitando o funcionamento independente de assistência de Operadores.

5.1. Parâmetros de projeto

Foram adotadas as seguintes considerações para efeito de cálculo da Elevatória


de Esgoto Bruto:

5.1.1. Vazão de projeto

A vazão de projeto foi definida em função da ocupação das áreas das quadras
que compõem o Loteamento.

5.1.2. Velocidades

As velocidades mínimas e máximas para dimensionamento do emissário de


recalque foram de 0,60 m/s e 2,0 m/s, respectivamente;

5.1.3. Ciclo de Operação

Foi definido como ciclo mínimo de operação para o sistema de recalque o tempo
de 15 minutos.

5.1.4. Gradeamento

O gradeamento tem a finalidade de remover os sólidos grosseiros presentes no


esgoto sanitário, para que estes não danifiquem os dispositivos de transporte de
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esgoto, como bombas e tubulações, como também as unidades de tratamento


subsequentes.

O sistema de gradeamento do presente projeto possuirá uma grade, sendo esta


do tipo média, instalada em um poço de visita.

5.1.5. Poço de Sucção

O volume do Poço de Sucção da Estação Elevatória de Esgoto será calculado


com base no conceito de tempo de detenção média (relação entre o volume
efetivo e a vazão média de início de plano) de no máximo 30 minutos, conforme
recomendado pela NBR 12.208/1992.

5.2. Dimensionamento da estação elevatória de esgoto bruto

5.2.1. Tubulação de Recalque

Pelo fato do diâmetro de recalque ser hidraulicamente indeterminado, a escolha


deste diâmetro foi feita em função da velocidade econômica, a partir da fórmula
de Bresse apresentada a seguir.

Na qual:

D = diâmetro (m);

Q = vazão (m³/s); e,

K = coeficiente de Bresse.

Este último, o coeficiente de Bresse, é função da velocidade econômica do


escoamento da tubulação de recalque (V), conforme a equação:

A fim de evitar a deposição de sólidos na tubulação e a erosão da mesma, a


velocidade do escoamento na tubulação de recalque deve ser limitada a 0,6 a 3,0
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m/s.

5.2.2. Perdas de Carga

A Altura Manométrica corresponde à carga que deve ser vencida pela bomba
para deslocar o líquido até um determinado nível. Esta altura equivale ao
somatório das seguintes grandezas: altura geométrica, perda de carga localizada
e perda de carga distribuída. Conforme apresentado pela equação a seguir.

Na qual:

H = altura manométrica (m);

Hg = altura geométrica (m);

L = comprimento da tubulação de recalque (m);

J = perda de carga unitária (m/m); e,

Hi = perda de carga localizada (m).

A perda de carga unitária foi determinada pela Fórmula de Hazen-Williams,


mostrada a seguir.

Em que:

Q = vazão a ser recalcada (m³/s);

C = coeficiente de rugosidade;

D = diâmetro da tubulação de recalque (m).

Como o material da tubulação utilizada será ferro fundido, o coeficiente de


rugosidade utilizado será igual a 110.

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