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Leitura - Face de Concreto PDF
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RESUMO
ABSTRACT
Concrete Face Rock Fill Dams (CFRD) have increased in number everywhere in the
world. However, their design criteria are still quite empirical, based on the practical
experience of previous projects. More recently, it has been observed in some cases,
mainly for very high embankment dams, the appearance of cracks and fissures on
the upstream concrete slab, resulting from the rock fill displacements. The valley
geometry is one of the factors commonly mentioned as those that induce deformation
in the rock fill due to the load transfer by arching between the abutments. The
present work presents a three-dimensional numerical simulation of a hypothetical
concrete upstream-face rock fill dam, aiming to analyze the influence of the valley
shape on the embankment behavior.
Quanto às BEFC, segundo a International Water Power & Dam Construction (2005)
existem cerca de 383 BEFC construídas no mundo, com altura superior a 50m. A
Figura 1 apresenta uma distribuição mundial das BEFC.
Nepal-1 (0,3%)
Sri Lanka- (0,3%) Philipinas-2 (0,5%)
Malasia-6(1,6%) Africa-12 ( 3,1%)
Iran-5 (1,3%) Venezuela-4 (1,0%)
Libano-1 (0,3%) Oceânia-22 (5,8%)
Panamá-3 (0,8%)
Tailandia-4 (1,0%)
México-6 (1,6%) Chile-14 (3,7%)
Japão-1 (0,3%)
laos-7 (1,8%) Canadá-4(1,0%)
India-3 (0,8%) Asia-203 Peru-8 (2,1%)
Colômbia-9 (2,4%)
Korea do Sul- 5
(53,1%) America
(1,3%) Argentina-8 (2,1%)
87 (22,8%)
Rep. Korea-12 China - 149 (39.0%)
(3,1%) Equador-1 (0,3%)
Estados Unidos
Indonésia-3 (0.8%) 17 (4,5%)
Brasil-13 (3,4%)
Paquistão-3 (0,8%)
Europa-58 (15,2%)
No Brasil esta técnica tem sido aplicada com sucesso à barragens de grandes
alturas. A Tabela 1 apresenta as BEFC no Brasil.
Apesar desse tipo de barragem ter sido construído em diferentes partes do mundo e
estarem operando satisfatoriamente, os critérios de projeto são ainda
Segundo alguns autores, [2], [3], [4] e [5], as deformações experimentadas pelo
maciço de enrocamento são condicionadas por diversos fatores como a mineralogia,
granulometria, índice de vazios, forma, dimensão e textura das partículas, grau de
alteração e resistência da rocha e compactação com ou sem molhagem.
Uma barragem de enrocamento com face de concreto apresenta duas fases distintas
de solicitação: inicialmente ela é submetida apenas ao peso próprio das camadas à
medida que sobe o maciço; depois com o enchimento do reservatório, a pressão
hidráulica. As conseqüentes deformações são indicadas esquematicamente na
Figura 2 [6].
(a) (b)
FIGURA 2: Deslocamento Experimentado por uma Seção Transversal de uma
BEFC: a) Final de Construção; b) Após o Enchimento [6].
[7] mostra para a barragem Foz do Areia que a maior parte dos movimentos
causados pelo enchimento concentra-se nas proximidades da laje e no terço de
montante do enrocamento, enquanto que na maior parte da porção de jusante, cerca
de 90% da deformação já havia ocorrido antes do inicio do enchimento. Nota-se
também que o recalque ocasionado pelo enchimento junto a face representa mais de
60 % do recalque total, no terço inferior, e 40% na metade superior Figura 3 [7].
2.1.1 Infiltrações
A primeira situação pode ser ilustrada com o caso ocorrido de trincas horizontais
observadas nas lajes de concreto da Barragem de Aguamilpa, no México, após o
enchimento do reservatório, conforme descrito por [8]. As trincas somente foram
descobertas quando ocorreu um rebaixamento do nível do reservatório em 30m. A
seção transversal típica dessa barragem apresenta a montante do eixo, cascalho
aluvionar compactado, e a jusante enrocamento de escavações em rocha além de
uma transição intermediária em enrocamento fino.
eixo da barragem
EL VAR.
IIA Enrocamento de calcáreo são a pouco alterado
IIIB
1.25 φmáx = 0,8m, molhagem: 20% em volume
1.0
1.0 Enrocamento Argilito, φmáx = 0,8 m,
1.4 IIIC
espessura de camada=0,80m
EL VAR.
EL 616,50 IIIC Enrocamento calcáreo, φmáx = 1,0m,
IIID
espessura de camada=1,0m
EL 675,00 EL 645,85
EL 660 IIB Transição de enrocamento fino
IA IIIB
EL 650,00
IIID
IIB IB
IB
IA
(b)
Shumann, W. H.,[10] o deslocamento máximo da laje pode ser estimado por meio da
relação empírica:
d = H2/Ev
Onde:
d é o deslocamento em cm,
H é a altura da barragem, em m,,
Ev é o módulo construtivo (em kg/cm2).
Segundo MORI, R. T. [6] as trincas nas lajes de concreto podem ser de três tipos,
quais sejam:
Tipo C: São trincas causadas por deformações diferenciais do maciço, seja pela
construção em etapas como em Tianshengquiao I, seja pelo zoneamento com
materiais de módulos de deformação muito diferentes em interface vertical, como em
Aguamilpa. A Figura 8 apresenta a localização das trincas em planta e em corte
transversal pela seção de máxima altura, além do zoneamento da barragem.
Jusante
Montante
z x
N.A. 100,00 m
N.A. 50,00 m
N.A. 30,00 m
p = γh
4.1.1 Tensões
1800
1600
Tensão vertical (kPa)
1400
1200
1000
800
600
400
200 2D 3D
0
0 50 100 150 200 250 300
x (m )
4.1.2 Deslocamentos
Y (m)
60
40
20
3D 2D
0
0 0,1 0,2 0,3 0,4
deslocamento horizontal (m)
Y (m)
60
50
40
30
20
10
0
-2 -1 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Deslocamento horizontal (direção z - 10-3 m)
4.2.1 Tensões
1800
Tensão vertical (kPa)
1600
1400
1200
1000
800
600
400
200 2D 3D
0
0 50 100 150 200 250 300
x (m)
120
100
Y (m) 80
60
40
20
3D 2D
0
0,00 0,10 0,20 0,30 0,40 0,50 0,60
deslocamento horizontal (m)
Deslocamentos (m)
Nó
4573
x y z
4574
4583 0,005 - 0,005 - 0,05
4582 -0,007 -0,37 -0,36
4575
4581 -0,026 -0,43 -0,42
4576
4580 -0,030 -0,31 -0,31
4577
4579 -0,033 -0,26 -0,28
4578
4578 -0,028 -0,22 -0,24
4579
4577 -0,019 -0,18 -0,20
4581
4576 -0,008 -0,14 -0,17
4582
4575 0,004 -0,11 -0,13
4583 4574 0,023 -0,05 -0,07
4573 0,008 -0,00 -0,00
FIGURA 25: Malha Deformada para o Final de Enchimento (Fator Escala = 50).
Jusante
Montante
5. CONCLUSÕES
6. AGRADECIMENTO
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
[3] Frassoni A., Hegg, V. & Rossi, P.P. (1982). Large scale laboratory tests for the
mechanical characterization of granular material for embankment dams.
Proceedings, 14th International Congress on large Dams, Rio de Janeiro, Brazil,
pp.727-751.
[4] Materón, B., (1999). Novos Métodos Construtivos em BEFC. II Simpósio sobre
Barragens de Enrocamento com Face de Concreto, Florianópolis, SC, pp. 397-
412.
[8] Cooke, J.B. (1999). The development of today’s CFRD Dam. II Simpósio sobre
Barragens de Enrocamento com Face de Concreto, Florianópolis, SC, pp.1-10.
[9] Freita Jr., M.S., Borgatti, L., Araya, J.M. & Mori, R.T. (1999). Barragem de
Tianshengqiao I – Monitoramento com Eletroníveis da face de concreto. XXIII
Seminário Nacional de Grandes Barragens, V.I, pp.105-115.
[11] Farias, M.M. 1993. Numerical analysis of clay core dams. PhD Thesis,
University College of Swansea, Swansea, UK, 159p.