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As violações dos direitos e interesses da estudante-consumidora do
serviço de financiamento com finalidade educacional, com a infração de lei, resultando em
cobrança indevida de juros e encargos contratuais, torna inafastável a legitimidade passiva da
CEF, para fins de condenação ao ressarcimento dos valores cobrados indevidamente e para
adequação do contrato celebrado aos ditames legais.
II - DOS FATOS
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Destaca-se, que a amortização perpetrada pelo banco réu (Tabela Price), a
qual acaba por acarretar um aumento substancial do saldo devedor do contrato de financiamento
é um procedimento irregular, conforme se verá a seguir.
DEMONSTRATIVO DO FINANCIAMENTO:
Custeio dos encargos educacionais do curso de graduação aditamentos
repassados para as Entidades Escolares.
D D V P V
data data valor parcela valor
r V P D A P
prestaçao vencimento pagamento devido amortizaçao pago
P
ç parcela de
J
juros
0 2 1 R
01 0/12/2003 5/12/2003 R$ 13,64 $ 0,00 R$ 13,64
0 2 3 R
02 0/03/2004 1/03/2004 R$ 50,00 $ 0,00 R$ 51,00
0 2 0 R
03 0/06/2004 7/06/2004 R$ 50,00 $ 0,00 R$ 50,00
0 2 0 R
32 0/10/2009 6/10/2009 R$ 149,70 $ 0,00 R$ 149,70
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Soma Total
Pago............................................................................................................................... R$
2.765,04
Assim, desde já, requer que, na fase instrutória, seja realizada perícia
contábil capaz de apurar os reais valores devidos na contratualidade, para ao final declarar o
verdadeiro "quantum debeatur".
DOS FUNDAMENTOS
Da possibilidade de revisão
Á Título de Ilustração
A Lei 8.078/90, precisamente em seu artigo 6º, inc. V, c/c o artigo 83,
autoriza o consumidor à propositura de qualquer demanda visando à modificação ou revisão
de contratos contra legem, como no caso presente. Da mesma forma, o artigo 51, caput,
especialmente no seu § 4º, do mesmo diploma especial, cujas normas perfeitamente coadunam-se
com o disposto nos artigos 145 e 147 do Estatuto Material, atestam a possibilidade do
consumidor buscar essa recomposição contratual. Dessa forma, as normas que amparam o
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presente pleito são variadas, dentre as quais necessário ressaltar o artigo 4º do Código de Ritos e
o próprio artigo 5º, XXXV, da Carta Magna, mas aplicam-se perfeitamente ao caso em apreço.
Nas precisas palavras do mestre Miguel Reale, foi salientada aquela que
viria a ser não só uma idéia já defendida pelo Código de Defesa do Consumidor de 1990, mas
agora uma realidade reconhecida e aclamada pela nova codificação material:
Da Comissão de Permanência
Das multas
Limite de Juros
__________________
¹² v1 + taxa cotada anual - 1
P = prestação
C = capital inicial
m = período
i = taxa de juros
sendo a fórmula:
P = C x (1 + i)m x 1
(1 + i)m - 1
Nos contratos de FIES, como o que ora se analisa, por força do disposto
no artigo 5º, inciso II, da Lei n.º 10.260/2001 e na Resolução BACEN n.º 2.647/99, a taxa de
juros, via de regra, vem contratualmente estipulada em 9% ao ano. Aplicando-se a primeira
equação matemática supraindicada com base nessa taxa, obtém-se uma parcela mensal de juros
de 0,72073%, exatamente igual àquela constante do contrato, que obviamente, fica aquém do
índice mensal de 0,75000%, que se alcançaria a partir da divisão simples da taxa de 9% por 12
meses. Como corolário lógico disso, entendo que, dada a natureza exata da ciência matemática,
para que a capitalização composta seja afastada, basta a determinação de que seja observado o
limite de juros anual fixado para a contratação - ou seja, a taxa efetiva - porque, nessa hipótese,
em princípio, não haverá a possibilidade de a taxa cotada anual vir a ser ultrapassada ao final do
ano.
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Da Inversão Do Ônus Da Prova.
DA REPETIÇÃO DO INDÉBITO.
b)Periculum in mora
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Pedido de Justiça Gratuita
Salienta-se, mais uma vez, que o valor destinado aos depósitos judiciais
resultantes dessa lide, será fruto de ajuda familiar. Enfim, o justo deferimento da justiça gratuita
(assistência judiciária gratuita) seria não só um alento, mas um alívio.
DOS REQUERIMENTOS
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periciais, conforme declaração de pobreza em anexo, sem prejuízo de seu
sustento próprio e de sua família.
Prequestiona-se os artigos 1°, caput, II, III; 3°, III; 5°, XXXII, XXXIV,
LIV, LV; 6°; 48, XIII; 119, caput, I; 170, V; 205, todos da Constituição
Federal/1988 e Súmula 121 do STF.
Nesses termos,
Pede deferimento.
Local e data
advogado
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