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Reconhecidos como Cristãos

Atos 11.19-26
Você tem alguém apelido? Gosta ou não dele? Você já deu
apelidos a alguém? Já sofreu por não gostar de um
apelido?
Muito provavelmente todos nós aqui já fomos chapados
por algum tipo de apelido. Alguns fazem dos apelidos
armas para magoar as pessoas, outros os fazer como
demonstração de carinho e afeto.
Há também aqueles rápidos apelidos que colocamos em
alguém por não sabermos o de uma pessoa. Alguém
poderia dizer: Sabe o pastor da presbiteriana? Aquele
negrinho?
Eu já fui chamado de muitos apelidos por causa de minha
cor, e provavelmente você também já foi chamado de
muitas coisas por causa de uma característica física sua.
Mas um cristão, não pode ser reconhecido apenas por sua
aparência física. Precisa haver nele posturas que o
diferencie das demais pessoas e, desta forma, ser
reconhecido pelas pessoas pelo o que Cristo fez em sua
vida.
Os cristãos que estavam vivendo em Antioquia viviam
assim. Ali, pela primeira vez um grupo de pessoas que
seguia os ensinamentos de Jesus foi chamado de Cristãos.
Aqueles homens e mulheres poderiam ter sido chamados
de uma séries de apelidos e nomes pejorativos como,
medrosos, criminosos, refugiados, forasteiros... Contudo,
a conduta daquele grupo de pessoas que saiu de Jerusalém
em busca de paz em Antioquia fez com que os nativos
daquelas terras os chamassem de cristãos.
E é pensando em evidenciar as boas obras de Cristos em
nós... De exalarmos o bom perfume de Cristo nos
ambientes onde Deus nos permite estar é que quero
meditar com vocês no seguinte tema:
Reconhecidos como Cristãos
O que deve haver em nós para que também sejamos
reconhecidos como Cristãos?
I- Anuncio do Evangelho.
Um cristão autentico traz consigo, dentro de seu coração a
responsabilidade de anunciar o evangelho a toda criatura.
Ele foi salvo pela pregação do evangelho e não se sente
confortável em ser salvo e vê outras pessoas caminhando
rumo ao inferno.
Como já dissemos, a situação para esse grupo de irmãos
que foram viver em Antioquia não era nada fácil. Haviam,
mesmo em terras distantes, riscos de serem descobertos e
a prisão ou até mesmo a morte poderia acontecer.
Mas os riscos de prisão, de tortura ou de morte não
calaram aqueles irmãos. Eles anunciavam o evangelho a
Judeus e Gregos, pois entendiam a importância dessa
palavra para as vidas das pessoas.
Paulo, que aparece no final de nosso texto diria anos mais
tarde a seu filho na fé Timóteo para que pregasse a palavra
e que insistisse nessa prática, como o vemos falar em 2Tm
4.2
“prega a palavra, insta, quer seja oportuno, quer não,
corrige, repreende, exorta com toda a longanimidade e
doutrina.”
Os irmãos que foram para Antioquia tinham zelo pessoal
para com a responsabilidade da pregação do evangelho.
Eles não precisavam de pastores para que lhes ensinar
sobre essa responsabilidade, e podemos perceber isso em
nosso texto, pois o mesmo nos informa que a presença de
um pastor só se deu tempos depois, quando a liderança da
igreja em Jerusalém resolve enviar o pastor Barnabé.
Em nossos dias, não são poucos os irmãos que, mesmo
tendo pastores que os ensinem sobre a importância da
pregação, se esquivam dessa responsabilidade com
desculpas as mais variadas, que não preciso elencá-las, e
enquanto as desculpas falarem mais alto em nossas vidas,
dificilmente as pessoas nos conhecerão como cristãos.
O que deve haver em nós para que também sejamos
reconhecidos como Cristãos?
II- Viver o Evangelho
É interessante observar que a primeira coisa percebida por
Barnabé ao chegar em Antioquia fora a Graça de Deus na
vida dos irmãos.
Ele viu virtudes que eram comuns a todos quantos
assumiam a fé em Jesus Cristo. Ele viu o fruto do Espírito
Santo sendo desenvolvido na vida de cada um resultando
em amor, alegria, paz, perdão, harmonia, altruísmo, em
amor abnegado.
Aquele grupo de pessoas era reconhecido como cristão
não apenas porque carregava em sua boca a palavra do
evangelho, mas porque também vivia o evangelho na
prática, ajudando uns aos outros e com posturas éticas e
morais acima das dos cidadãos daquela cidade.
Certa vez li um livro, que não me lembro mais o autor, no
qual ele dizia que o pior dos crentes deve ser melhor que
qualquer pessoa de nossa cidade.
Você deve conhecer uma pessoa que fala que é crente,
frequenta a igreja e em alguns casos até com certa
regularidade, mas que apesar disso, essa pessoa é uma
pessoa sem compromisso com o evangelho.
Esse tipo de pessoa se considera cristã, mas as pessoas a
conhece como uma pessoa mentirosa, antipática,
arrogante, avarenta, chata, desonesta, egoísta, fútil,
hipócrita, mesquinha, racista, narcisista... mas nunca como
cristão.
Infelizmente são muitas as pessoas das igrejas que são
conhecidas não por sua fé, não por seu caráter justo, nem
por sua devoção ou por seu amor, mas justamente pelo
contrário.
Mais uma vez precisamos nos lembrar de como a
conversão autêntica transformava os crentes do primeiro
século. Sim, naquela comunidade haviam problemas como
em qualquer outro lugar onde há pessoas nesse mundo,
contudo, os problemas eram tão escassos e tratados com
disciplina que a comunidade não olhava para os problemas
e sim para suas virtudes, como podemos ver em Atos 2.
É vivendo o evangelho que faremos com que as pessoas
reconheçam em nós as virtudes de Cristo.
O que deve haver em nós para que sejamos reconhecidos
como Cristãos?
III- Crescimento no Evangelho
Crescer é o que normalmente as pessoas querem. Quando
somos crianças queremos crescer para fazer as coisas que
os adultos fazem, e depois que crescemos fisicamente,
queremos crescer intelectualmente, profissionalmente,
financeiramente de maneira que o crescimento é sempre
um objetivo em nossas vidas.
A comunidade de discípulos que vivia na Antioquia
também desejava crescer como qualquer um de nós, mas
de maneira especial no conhecimento do evangelho.
Isso fica claro no verso 26 onde Barnabé e Paulo passam
um ano inteiro junto àqueles irmãos, ensinando-lhes as
verdades do evangelho. O texto faz questão de dizer que
uma numerosa multidão se reunia nos estudos bíblicos
oferecidos por aquela dupla mostrando o interesse pelo
conhecimento bíblico que é inerente a todos que
realmente foram convertidos.
Não tem muito tempo em que vi uma imagem na internet
de duas igrejas, uma cheia de pessoas e outra com
pouquíssimas pessoas. Na igreja pequena estava escrito
Estudo Bíblico enquanto que na igreja cheia estava escrito
Milagres, curas e bênçãos.
Irmãos, eu não quero dizer com isso que um cristão não
pode crescer financeiramente receber milagres ou ser
curado. Há na Bíblia há relatos de pessoas que foram
curadas, libertadas e grande parte dos patriarcas eram
pessoas de posses, e encontramos muitas pessoas ricas na
Bíblia. Mas quando estas coisas impedem o crente de
crescer espiritualmente, de conhecer a vontade de Deus,
de estudar seriamente a Bíblia então uma coisa há de
errada na vida desse cristão.
Em Oséias 6.2 diz: “meu povo está sendo destruído,
porque lhe falta o conhecimento.”. Nesse caso específico
porque os sacerdotes negligenciavam o ensino. Em nossos
dias há sim muitos pastores que negligenciam a Palavra
destruindo assim o povo de Deus, contudo há um número
cada vez mais crescente de crentes que estão se
autodestruindo porque eles vivem suas vidas espirituais na
busca de coisas materiais, se esquivando completamente
do ensino.
E não precisamos ir muito longe. Olho para nossa própria
congregação e vejo um grupo bem reduzido dos que
entendem a importância da Escola Dominical e dos
Estudos Bíblicos para suas vidas. A maioria de vocês não
vem nessas duas atividades não porque não podem, mas
sim porque não a colocaram como prioridade em suas
vidas.
Concluindo...
Em Antioquia pela primeira vez os seguidores de Cristo
foram chamados de Cristãos.
As pessoas te chamam de cristão? Do que as pessoas têm
te chamado nos últimos dias? Eu sei que todos nós temos
defeitos, inclusive eu, mas somos mais reconhecidos pelas
pessoas por nossos defeitos ou por nossas virtudes
geradas por nossa conversão?
Que Deus nos abençoe e que sejamos sempre conhecidos
e reconhecidos como alguém que serve a Deus.

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