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SEGURANÇA DO
TRABALHO
Volume 1
Técnico em
Segurança do
Trabalho
Saúde e Higiene
Ocupacional
Análise e Avaliação
de Riscos
Volume 1
Técnico em
Segurança do
Trabalho
Saúde e Higiene
Ocupacional
Análise e Avaliação
de Riscos
Volume 1
Material de
Apoio do
Estudante
Créditos
Biossegurança
Validação Técnica: José Antônio Cirillo
Conteúdo: Gustavo Ornilo dos Santos Silva
Primeiros Socorros
Validação Técnica: José Antônio Cirillo
Conteúdo: Paulo Maurício Pereira Coutinho
Inclui bibliografia
ISBN 978-85-7756-236-7
Unidade de Orientação
para o Trabalho (UOT)
Saúde Ocupacional
Biossegurança
Módulo 1 – Unidades
Saúde e Higiene Curriculares
Ocupacional
Primeiro Socorros
Planejamento de uma
Técnico em Comissão Interna de
Segurança do Prevenção de Acidentes
Trabalho – CIPA
Organização e Normas
do Trabalho
Riscos e Segurança do
Módulo 2 – Trabalho
Análise e Unidades
Avaliação de Curriculares
Riscos Mapa de Riscos e Rotas
de Fuga
Projeto Integrador:
Elaboração do Programa
de Prevenção de Riscos
Ambientais – PPRA
7
Técnico em Segurança do Trabalho – Volume 1
Sumário
Módulo 1: Ciência e Tecnologia de Produção e seus
Processos
Saúde Ocupacional 16
1. A Segurança do Trabalho é... 18
7. Vibração ocupacional 27
8. Laudo de insalubridade 28
8
Técnico em Segurança do Trabalho – Volume 1
12. Radiação 35
Biossegurança 42
1. O que é Biossegurança? 44
2. Sobre Biossegurança 45
9
Técnico em Segurança do Trabalho – Volume 1
10
Técnico em Segurança do Trabalho – Volume 1
Saúde e
Módulo 1 Higiene Ocupacional
Saúde Ocupacional
Biossegurança
Primeiros Socorros
Planejamento de uma
Comissão Interna de
Prevenção de Acidentes – CIPA
16
Técnico em Segurança do Trabalho – Volume 1
Saúde Ocupacional
Esta unidade curricular contém 14 anexos. Veja-os a seguir.
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Técnico em Segurança do Trabalho – Volume 1
A ciência presente na Segurança do Trabalho e na Higiene Ocupacional é percebida através da vasta literatura
técnica existente, da legislação aplicada, da constante necessidade de pesquisa e desenvolvimento de novas
técnicas de prevenção, ensaios laboratoriais para o estudo e desenvolvimento de limites de exposição aos
agentes ambientais agressivos, dentre outros. O prevencionista é um profissional que deve estar em constan-
te atualização, tendo em vista as frequentes alterações da legislação e o surgimento constante de novidades
na literatura técnica.
O ambiente de trabalho é um local repleto de segredos. Ele deve encontrar as “armadilhas” instaladas, as con-
dições ambientais e as formas de trabalho que possam prejudicar a saúde e o bem-estar dos trabalhadores.
O prevencionista deve desenvolver a arte da observação.
A ciência na prevenção deve ser aplicada, em primeiro lugar, na antecipação dos riscos. Esta etapa de tra-
balho acontece ainda na fase de concepção. É neste momento que o profissional irá analisar o projeto de um
processo produtivo, ainda não implantado, e encontrar possíveis falhas, que poderão implicar problemas na
saúde e para o bem-estar dos trabalhadores que ali desenvolverão seu trabalho. Portanto, a ideia da anteci-
pação dos riscos existe para que se produza um ambiente de trabalho com segurança para os trabalhadores,
o que, sem dúvida, será melhor do que corrigir erros depois de implementado o projeto. Com a antecipação
poupa-se tempo e dinheiro, pois são evitadas intervenções em um ambiente cuja produção não pode parar.
O reconhecimento é considerado a etapa mais importante que o profissional da prevenção deve executar. Sa-
bemos que a análise de projeto nem sempre é apresentada para a apreciação da Segurança do Trabalho. Sen-
do assim, o prevencionista, geralmente, encontra um processo produtivo em pleno funcionamento, com todos
os riscos instalados e com os trabalhadores já expostos a eles. A obra de arte abstrata está ali, pronta para ser
decodificada! Neste momento, a arte da observação terá que ser posta em prática. Devem ser identificados:
os riscos, as fontes geradoras, as trajetórias e os meios de propagação dos riscos nos locais de trabalho, o
número de trabalhadores expostos, as tarefas realizadas, o tipo de exposição de cada grupo de trabalhadores
e as medidas de proteção já existentes. Também deve ser feita uma pesquisa na literatura técnica disponível,
para se obter informações acerca dos danos que cada agente de risco identificado pode causar à saúde dos
trabalhadores. Lembre-se: um risco não identificado será um risco não controlado.
A etapa de avaliação é aquela em que os agentes quantificáveis serão mensurados. Os resultados obtidos
nas avaliações serão comparados aos limites de exposição existentes na legislação vigente. As avaliações são
realizadas seguindo metodologias específicas, disponíveis nas Normas de Higiene Ocupacional da FUNDACEN-
TRO (NHO) e nas instituições estrangeiras, como o NIOSH e a OSHA. Alguns agentes quantificáveis são: ruídos,
calor, vibrações, poeiras, fumos, gases, vapores, umidade relativa do ar e velocidade do vento. Os resultados
das avaliações quantitativas dimensionam a exposição, subsidiam o equacionamento das medidas de controle
e comprovam a existência ou inexistência de risco ao trabalhador.
* O Senac Rio se reservou ao direito de não alterar os textos contidos neste manual. Portanto, não pode ser responsabilizado
pelos possíveis erros ortográficos e gramaticais. O conteúdo dos documentos aqui utilizados é de responsabilidade de seus
autores.
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Técnico em Segurança do Trabalho – Volume 1
Com isso, percebemos que a Segurança do Trabalho vai muito além de registrar doenças ou acidentes. Ela
previne, através de um trabalho de inteligência, e age na antecipação, no reconhecimento, na avalia-
ção e no controle desses riscos de forma eficaz. Como resultado deste precioso trabalho será obtido um
ambiente laboral mais seguro, trabalhadores mais felizes, uma produção com mais qualidade. Indo além,
ainda poderemos vislumbrar que tudo isso resultará em famílias melhor estruturadas e uma economia mais
forte para o município, o estado e o país.
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Técnico em Segurança do Trabalho – Volume 1
2,50
montados em uma bancada.
1,50
1,40 0,90
BANHEIRO
9,02
3,40
1,90
1,50
4,90
ALMOXARIFADO
2,40
FERRAMENTAS
2,00
2,40
2,50
2,40
2,40
4,30
PRODUÇÃO
5,00
1,00
7,75
De acordo com a NR-9 quais são os riscos envolvidos nas atividades de uma marcenaria?
20
Técnico em Segurança do Trabalho – Volume 1
Fonte: Silva Filho, E. B.; Alves, M. C. M.; Da Motta, M. Lama vermelha da indústria de beneficiamento de
alumina: produção, características, disposição e aplicações alternativas. Revista Matéria, 2007, vol.12, no. 2.
21
Técnico em Segurança do Trabalho – Volume 1
Riscos
Riscos Físicos Riscos Químicos Riscos Biológicos Riscos Acidentes
Ergonômicos
Levantamento Máquinas e
Vibrações Fumos Bactérias e transporte equipamentos
manual de peso sem proteção
Exigência de Ferramentas
Radiações
Névoas Protozoários postura inadequadas ou
ionizantes
inadequada defeituosas
Radiações
Controle rígido de Iluminação
não ioni- Neblinas Fungos
produtividade inadequada
zantes
Imposição de
Frio Gases Parasitas Eletricidade
ritmos excessivos
Probabilidade
Trabalho em
Calor Vapores Bacilos de incêndio ou
turno e noturno
explosão
Monotonia e Animais
Umidade
repetitividade peçonhentos
Outras situa-
Outras situações ções de risco
causadoras de que poderão
stress físico e/ou contribuir para
psíquico a ocorrência de
acidentes
Tabela extraída da PORTARIA N.º 25, DE 29 DE DEZEMBRO DE 1994, consultada em Junho de 2010 no link:
<http://www.mte.gov.br/legislacao/portarias/1994/p_19941229_25.pdf>
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Técnico em Segurança do Trabalho – Volume 1
1- Emitente
PREVIDÊNCIA SOCIAL
INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL 1- Empregador 2- Sindicato 3- Médico 4- Segurado ou dependente
5- Autoridade pública
I - EMITENTE
Empregador
3- Razão Social/Nome
4- Tipo 1- CGC/CNPJ 2- CEI 3- CPF 4-NIT 5- CNAE 6- Endereço - Rua/Av.
Complemento Bairro CEP 7- Município 8-UF 9- Telefone
(continuação)
Acidentado
10- Nome
11- Nome da mãe
12- Data de nasc. 13- Sexo 14- Estado 15- CTPS- Nº /Série/ 16- UF 17- Remuneração
1- Masc. civil Data de emissão Mensal
3- Fem. 1- Solteiro
2- Casado
3- Viúvo
4- Sep. judic.
5- Outro
6 - Ignorado
18- Carteira de Data de Orgão Expedidor 19- UF 20- PIS/PASEP/NIT
Indentidade emissão
21- Endereço - Rua/Av/
25- Nome da ocupação 26- CBO 27- Filiação à Previdência Social 28- Aposentado? 29-Áreas
consulte CBO 1- Empregado 2- Tra. avulso 1- sim 2- não 1- Urbana
7- Seg. especial 2- Rural
8- Médico residente
Acidente ou Doença
30- Data do acidente 31- Hora do 32-Após quantas horas de trabalho? 33- tipo 34- Houve
acidente 1-Típico 2- Doença afastamento?
3- Trajeto 1-sim 2-não
35- Último dia 36- Local do 37 - Especificação do local do acidente 38- CGC/CNPJ 39- UF
trabalhado acidente
43- Descrição da situação geradora do acidente ou doença 44- Houve registro policial ? 1- sim 2- não
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Técnico em Segurança do Trabalho – Volume 1
Testemunhas
46- Nome
47- Endereço Rua/Av/nº/comp.
Bairro CEP 48- Município 49- UF Telefone
50- Nome
51- Endereço Rua/Av/nº/comp.
Bairro CEP 52- Município 53- UF Telefone
______________________________________________
Local e data Assinatura e carimbo do emitente
II - ATESTADO MÉDICO
Deve ser preenchido por profissional médico.
Atendimento
54- Unidade de atendimento médico 55-Data 56- Hora
57- Houve internação 58- Duração provável do tratamento 59- Deverá o acidentado afastar-se do
1-sim 2- não dias trabalho durante o tratamento?
1-sim 2-não
Lesão
60- Descrição e natureza da lesão
Diagnóstico
61- Diagnóstico provável 62- CID-10
63- Observações:
______________________________________________
Local e data Assinatura e carimbo do médico com CRM
III - INSS
64- Recebida em 65- Código da 66-Número do Notas:
Unidade CAT 1- A inexatidão das declarações desta comunicação
implicará nas sanções previstas nos artigos. 171 e 299 do
67- Matricula do servidor Código Penal.
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Técnico em Segurança do Trabalho – Volume 1
6 – Reportagem*
R7 testou: barulho no metrô de SP chega a ter intensidade de show de rock
Infográfico mostra medição dos ruídos nas três principais linhas do metrô.
Os passageiros do Metrô de São Paulo enfrentam, diariamente, ruídos que variam de uma conversa a um
show de rock, segundo levantamento do R7. A reportagem percorreu as três principais linhas – Azul, Ver-
de e Vermelha – com um decibelímetro (equipamento que mede a intensidade de ruídos) em um dia de
semana entre as 14h e as 17h30.
O trecho mais barulhento foi registrado entre as estações Jardim São Paulo e Parada Inglesa, da linha
1-Azul. Nesse trecho, o ruído chegou a 108 dB – equivalente a um show de uma banda de rock, segundo
a ABORLCCF (Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial). Entre essas estações,
o ruído não baixou dos 98 dB, o que é equivalente ao barulho de uma serra elétrica ou de furadeira. Os
valores são similares entre as estações Jardim São Paulo e Santana, onde o decibelímetro marcou ruídos
entre 89 dB e 106 dB.
O inspetor de segurança no trabalho Antônio Leite Rocha pega o metrô de segunda a sexta-feira e reclama
do ruído.
Segundo o otorrinolaringologista Ektor Onishi, integrante da ABORLCCF, os usuários poderiam até perder a
audição se expostos a tal intensidade de ruído por muito tempo – 85 dB por oito horas já pode causar danos
ao sistema auditivo humano. Como raramente um usuário passa horas no metrô, não há esse risco, mas o
barulho alto pode trazer outras consequências, como dor de cabeça, aumento da pressão arterial, úlcera,
gastrite, queimação e insônia.
Para driblar o ruído, Guilherme Marques, atendente de cartório, escuta música eletrônica com fones de
ouvido conectados em seu telefone celular.
– A orientação é não lutar contra o ruído. Senão, você vai usar um ruído mais alto. O ouvido não discrimina
se é música ou barulho. O volume alto é que causa dano.
Mas, no mesmo trem em que registrou valores prejudiciais na linha Azul, foram registradas intensidades
inferiores. Entre as estações Carandiru, Portuguesa-Tietê, Armênia e Tiradentes, o decibelímetro marcou
ruídos entre 74 e 79 dB – equivalente ao tráfego de uma grande cidade e tolerável para seres humanos.
O trecho mais silencioso estava na linha vermelha, entre as estações Tatuapé e Carrão. Fora um rápido pico
de 83 dB, o ruído chegou a marcar 66 dB, nível parecido com o de três pessoas conversando e sem riscos
para o ouvinte.
* O Senac Rio se reservou ao direito de não alterar os textos contidos neste manual. Portanto, não pode ser responsabilizado
pelos possíveis erros ortográficos e gramaticais. O conteúdo dos documentos aqui utilizados é de responsabilidade de seus
autores.
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Técnico em Segurança do Trabalho – Volume 1
6 – Reportagem (continuação)
Fator trem
A explicação para as variações de ruído está relacionada à condição dos trilhos e à tecnologia do carro do
trem, segundo o professor da Escola Politécnica da USP (Universidade de São Paulo) e doutor em ferrovias
Telmo Giolito Porto.
Nas entradas e saídas dos túneis subterrâneos, há um pico de ruído, segundo a medição da reportagem.
Porto explica que isso se deve à mudança no tipo do solo.
A medição da reportagem do R7, que andou em dez trens durante o levantamento, verificou que o “fator
trem” provoca alterações no barulho. Um deles trazia um adesivo de “16º novo trem”, em alusão aos ve-
ículos que passaram a circular neste ano, na linha Verde. Entre as estações Consolação e Vila Madalena,
o máximo de ruído detectado nesse trem foi 86 dB. Mas, no mesmo trecho, em um trem mais antigo, o
barulho chegou a 100 dB – equivalente ao som de uma motosserra.
A reportagem fez várias medições durante os trajetos. Para o cálculo, o levantamento descartou toda a cur-
va ascendente – quando o trem ganha velocidade – e descendente – quando o veículo diminui. Os valores
passaram a ser registrados a partir da primeira oscilação para baixo, no primeiro caso, e foram descartados
em casos de curva totalmente descendente.
Outro lado
Procurado pela reportagem, o Metrô se manifestou por meio da seguinte nota: “Nos trechos onde se iden-
tifica a necessidade, o Metrô implanta atenuadores de vibração nos trilhos e/ou barreiras acústicas na via.
Os testes, para medir os ruídos, são executados sempre que há indícios de anormalidades ou reclamações.
Entre as estações Jardim São Paulo e Tucuruvi, já foram instalados atenuadores de vibração nos trilhos e
barreiras acústicas no elevado”.
Fonte: <http://noticias.r7.com/sao-paulo/noticias/r7-testou-barulho-no-metro-de-sp-chega-a-ter-intensidade-de-
-show-de-rock-20100621.html> – acessado em 23 de novembro de 2010.
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Técnico em Segurança do Trabalho – Volume 1
7 – Vibração ocupacional*
Quando o trabalhador utiliza frequentemente um equipamento ou máquina do tipo de marteletes, mo-
toserras, ou similares, sustentado pela mão, caracteriza-se uma exposição ocupacional a vibrações cha-
mada de vibração de mãos e braços.
A execução de tarefas que exigem o uso das mãos para empunhar utensílios, quando habitual ou rotinei-
ra, proporciona uma condição que pode gerar lesões na microcirculação, causando uma doença conhecida
com síndrome da mão branca.
Síndrome do canal de guyon: É a compressão do nervo ulnar ao nível do chamado canal de Guyon, no
punho, causando distúrbio de sensibilidade no quarto e no quinto dedos, bem como distúrbios motores
na face palmar. Essa síndrome é cinco vezes menos frequente do que o comprometimento do nervo ulnar
no canal cubital.
A utilização excessiva da borda ulnar do punho, traumas, fraturas de ossos do carpo e do metacarpo,
variações anatômicas, tumores de partes moles, comprometimento da artéria ulnar e cistos sinoviais são
os elementos predisponentes mais comuns. Aparece com muita frequência em carimbadores, escrivães
e aramistas.
* O Senac Rio se reservou ao direito de não alterar os textos contidos neste manual. Portanto, não pode ser responsabilizado
pelos possíveis erros ortográficos e gramaticais. O conteúdo dos documentos aqui utilizados é de responsabilidade de seus
autores.
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Técnico em Segurança do Trabalho – Volume 1
8 – Laudo de Insalubridade*
Empresa Contratante da Atividade:
Objetivos:
Averiguar as condições e o meio ambiente de trabalho dos trabalhadores da __________________, objetivando
identificar ou não eventuais atividades insalubres ou periculosas.
Período dos Levantamentos:
Os trabalhos de análise e levantamento das condições de trabalhos da_________, foram realizados nos dias
____ de ______________de 2.000.
A – Seção de_____________:
Quadro Funcional:
Composto de _______ funcionários, os quais são ___ ajudantes, ___ torneiros,____
Informar as funções dos funcionários:
Exemplo: ajudante industrial, apontador, torneiro, etc.
B – Características prediais:
Situa-se em ______________________________________________________________.
Descrever as instalações prediais, informando sobre iluminação, ventilação, pé direito, metragem quadrada,
cobertura, telhado, piso, etc.
C – Equipamentos, máquinas e ferramentas:
Descrever os equipamentos existentes, ferramentas utilizadas, máquinas existentes, bancadas, etc.
D – Atividades que ocorrem nos setores:
Características das atividades de todos os profissionais da seção pelo nome de sua função:
Auxiliar de ________: Opera a máquina X, trabalha de pé, utiliza as mãos para acionar os botões ______ Utiliza
os seguintes equipamentos de proteção individual _______
Auxiliar de _________: Descrever outras funções.
Operador da maquina A_____________ : Descrever as funções de cada operador.
Operador da maquina C ______________ : Descrever as funções de cada operador.
Chefe da seção ou encarregado: Descrever as funções do chefe da seção ou do encarregado.
E – Agentes de risco:
E.1. Ruído: Os níveis de ruído observados na Seção __________________ (sim ou não) ultrapassam o limite de
tolerância [85 dB(A)] para uma jornada de oito horas trabalhadas, segundo relação abaixo e layout em anexo:
Dessa forma, é possível afirmar que os trabalhos desenvolvidos na Seção_______________(sim ou não) se
caracterizam como insalubres, conforme a NR15, em seu Anexo 1, as quais serão listados no item conclusão,
em virtude de exposição ao Ruído.
(como observado, cabe ao gestor em SMS alertar o contratante para o uso de EPIs pelos trabalhadores ou para
o uso de EPC – equipamento de proteção coletiva)
* O Senac Rio se reservou ao direito de não alterar os textos contidos neste manual. Portanto, não pode ser responsabilizado
pelos possíveis erros ortográficos e gramaticais. O conteúdo dos documentos aqui utilizados é de responsabilidade de seus
autores.
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Técnico em Segurança do Trabalho – Volume 1
85 -----------------------8 horas
___---------------------_____
___---------------------_____
E.2 Calor: O nível de calor existente na (caldeira, forno ou outro equivalente) foi verificado com a árvore de
termômetros (constantes dos termômetros _____) e calculado através do Índice de Bulbo Úmido no Termômetro
de Globo (IBUTG), que nos forneceu os seguintes valores:
De acordo com o limite de tolerância para exposição ao calor, em regime de trabalho intermitente com período
de descanso, em ____(citar local)________ , cujo valor é de ____, concluímos que a atividade (e /não) é insa-
lubre, pois (e/não) ultrapassa o limite.
(como observado, cabe ao gestor em SMS alertar o contratante para o uso de EPIs pelos trabalhadores ou para
o uso de EPC – equipamento de proteção coletiva)
As atividades com manipulação dos produtos químicos acima listados se caracterizam (ou não) INSALUBRES,
de acordo com a NR15 – Anexos 11, 12 e 13 – Agentes Químicos.
Agente Agressivo A: Medido com (equipamento de medição), através de método de amostragem instantânea,
de leitura direta (ou não) em 10 amostragens, para cada ponto ao nível respiratório do trabalhador, com inter-
valos de 20 minutos entre as amostragens, apresentando os seguintes valores:
xxx mg/m3 ou Y ppm . Então (ou não) insalubre e [classificado de grau ________.]
Agente Agressivo B: A concentração de poeira respirável é de XX mg/m3 superior ao limite estabelecido pela
NR 15, em seu Anexo 12.
Agente Agressivo C: O agente agressivo (X) é considerado insalubre, pois existe no local e consta da relação de
atividades ou operações, envolvendo agentes químicos constante do anexo 13 da NR 15 (citar o produto, o local
onde se enquadra) e classificado como grau ___________. Ou, caso o agente químico não seja insalubre, pois
não consta de nenhum anexo, convém citá-lo.
(como observado, cabe ao gestor em SMS alertar o contratante para o uso de EPIs pelos trabalhadores ou para
o uso de EPC – equipamento de proteção coletiva)
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Técnico em Segurança do Trabalho – Volume 1
(informar por local) Os trabalhadores do local (X) são treinados e possuem os seguintes equipamentos de
proteção individual:
EPI a
EPI b
EPI c
G - Conclusão
As atividades acima descritas da __seção 1__, desenvolvidas pelos trabalhadores (sim ou não), são insalu-
bres devido à utilização de equipamentos de proteção individual (se houver e citá-los) e de equipamentos
de proteção coletiva (se houver).
As atividades acima descritas da __(seção n) __, desenvolvidas pelos trabalhadores (sim ou não), são
insalubres devido à utilização de equipamentos de proteção individual (se houver e citá-los) e de equipa-
mentos de proteção coletiva (se houver).
Inserir ao Laudo um croqui de localização (layout) das máquinas e dos trabalhadores, evidenciando os lo-
cais de medição, com os valores obtidos.
_________________________________________
30
Técnico em Segurança do Trabalho – Volume 1
carência, e às pessoas portadoras de deficiência, os meios indicados para proporcionar o reingresso no mercado
de trabalho e no contexto em que vivem.
Art.137. O processo de habilitação e de reabilitação profissional do beneficiário será desenvolvido por meio das
funções básicas de:
III - articulação com a comunidade, inclusive mediante a celebração de convênio para reabilitação física restrita
a segurados que cumpriram os pressupostos de elegibilidade ao programa de reabilitação profissional, com vis-
tas ao reingresso no mercado de trabalho; e (Redação dada pelo Decreto nº 4.729, de 9/06/2003)
§ 1º A execução das funções de que trata o caput dar-se-á, preferencialmente, mediante o trabalho de equipe
multiprofissional especializada em medicina, serviço social, psicologia, sociologia, fisioterapia, terapia ocupacio-
nal e outras afins ao processo, sempre que possível na localidade do domicílio do beneficiário, ressalvadas as
situações excepcionais em que este terá direito à reabilitação profissional fora dela.
§ 3º No caso das pessoas portadoras de deficiência, a concessão dos recursos materiais referidos no parágrafo
anterior ficará condicionada à celebração de convênio de cooperação técnico financeira.
§ 4º O Instituto Nacional do Seguro Social não reembolsará as despesas realizadas com a aquisição de órtese
ou prótese e outros recursos materiais não prescritos ou não autorizados por suas unidades de reabilitação
profissional.
* O Senac Rio se reservou ao direito de não alterar os textos contidos neste manual. Portanto, não pode ser responsabilizado
pelos possíveis erros ortográficos e gramaticais. O conteúdo dos documentos aqui utilizados é de responsabilidade de seus
autores.
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Técnico em Segurança do Trabalho – Volume 1
Art.139. A programação profissional será desenvolvida mediante cursos e/ou treinamentos, na comunidade, por
meio de contratos, acordos e convênios com instituições e empresas públicas ou privadas, na forma do art. 317.
§1ºO treinamento do reabilitando, quando realizado em empresa, não estabelece qualquer vínculo em-
pregatício ou funcional entre o reabilitando e a empresa, bem como entre estes e o Instituto Nacional do
Seguro Social.
§ 2º Compete ao reabilitando, além de acatar e cumprir as normas estabelecidas nos contratos, acordos
ou convênios, pautar-se no regulamento daquelas organizações.
Art.140. Concluído o processo de reabilitação profissional, o Instituto Nacional do Seguro Social emitirá
certificado individual indicando a função para a qual o reabilitando foi capacitado profissionalmente, sem
prejuízo do exercício de outra para a qual se julgue capacitado.
§ 2º Cabe à previdência social a articulação com a comunidade, com vistas ao levantamento da oferta do
mercado de trabalho, ao direcionamento da programação profissional e à possibilidade de reingresso do
reabilitando no mercado formal.
§ 3º O acompanhamento e a pesquisa de que trata o inciso IV do art. 137 é obrigatório e tem como fina-
lidade a comprovação da efetividade do processo de reabilitação profissional.
Art.141. A empresa com cem ou mais empregados está obrigada a preencher de dois por cento a cinco
por cento de seus cargos com beneficiários reabilitados ou pessoas portadoras de deficiência, habilitadas,
na seguinte proporção:
§ 1º A dispensa de empregado na condição estabelecida neste artigo, quando se tratar de contrato por
tempo superior a noventa dias e a imotivada, no contrato por prazo indeterminado, somente poderá ocor-
rer após a contratação de substituto em condições semelhantes.
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Técnico em Segurança do Trabalho – Volume 1
10 – Graus de Insalubridade
Níveis de ruído de impacto superiores aos limites de tolerância fixados nos itens 2
2 20%
e 3 do Anexo 2.
Exposição ao calor com valores de IBUTG superiores aos limites de tolerância fixa-
3 20%
dos nos quadros 1 e 2.
6 Ar comprimido. 40%
Agentes químicos cujas concentrações sejam superiores aos limites de tolerância 10%, 20%
11
fixados no quadro 1. e 40%
20% e
14 Agentes biológicos.
40%
33
11 – Análise Preliminar de Riscos
Descrição das
Coordenação e Supervisão de rotinas administrativas e técnicas da unidade
Atividades
EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL TECNOLOGIA DE PROTEÇÃO
EXPOSIÇÃO INDIVIDUAL COLETIVA
FONTE
AGENTE MEIO DE
GERADORA EFEITO GRAU AVALIAÇÃO
(risco EXPOSIÇÃO
DA CRITICO DE AMBIENTAL
potencial) E/R Descrição Eficaz E/R Descrição Eficaz
EXPOSIÇÃO RISCO
Tempo
Intensidade
Potencial de Dano
Exposição Resultante
TEMPO: E – Eventual/ I – Habitual e intermitente/ P – Habitual e Permanente INTENSIDADE: B – baixa/ M – média/ A – Alta
EXPOSIÇÃO RESULTANTE: C – critica/ A – de atenção/ I - irrelevante
OBSERVAÇÕES:
Técnico em Segurança do Trabalho – Volume 1
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Técnico em Segurança do Trabalho – Volume 1
12 – Radiação*
1. RADIAÇÕES IONIZANTES E NÃO IONIZANTES
As radiações constituem uma forma de energia que, de acordo com a sua capacidade de interagir com a
matéria, pode ser subdividida em:
A. Radiações ionizantes: as que possuem energia suficiente para ionizar os átomos e as moléculas com os
quais interagem, sendo as mais conhecidas:
B. Radiações não ionizantes: as que não possuem energia suficiente para ionizar os átomos e as molécu-
las com os quais interagem, sendo as mais conhecidas:
• ultravioletas;
• microondas de aquecimento;
• microondas de radiotelecomunicações;
• corrente elétrica.
As radiações que pertencem ao espectro eletromagnético ocupam aí diferentes posições, de acordo com a
sua energia e comprimento de onda.
* O Senac Rio se reservou ao direito de não alterar os textos contidos neste manual. Portanto, não pode ser responsabilizado
pelos possíveis erros ortográficos e gramaticais. O conteúdo dos documentos aqui utilizados é de responsabilidade de seus
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Técnico em Segurança do Trabalho – Volume 1
12 – Radiação (continuação)
2. FICHA DE INFORMAÇÕES DE SEGURANÇA DE PRODUTO QUÍMICO - FISPQ³
Tetraborato
Ácido Outros
de Sódio
Elemento Bórico Cu Fe Mn Ni Si Ag Sn Al P Pb Zn Elementos
Tetraborato
Total
de Sódio
Notas:
(*) Todos os valores representam a máxima porcentagem de cada elemento na liga ou estão expressos em
uma faixa.
Identificação de perigos: Estes produtos apresentados comercialmente na forma sólida (varetas e fios) não
representam risco para a saúde. No seu manuseio os riscos limitam-se a possíveis acidentes como queda de
material estocado ou manuseio inadequado dos mesmos com possibilidade de ocorrer traumatismos, cortes
ferimentos etc, provocados por contatos violentos das varetas ou bobinas contendo fios, com diversas parte do
corpo do trabalhador envolvido. A prevenção destes possíveis acidentes deve ser feita através de treinamento
para estocagem e manuseio seguro destes materiais assim como do uso de normas, procedimentos e liberação
de serviços, quando necessário.
Principais perigos: Os riscos para a saúde se apresentam fundamentalmente nas exposições a partículas finas
destes materiais geradas no seu uso, nos processos de fundição e formação de fumos metálicos (processo de
solda).
Saúde: A inalação de fumos, gerados nos processos de solda utilizando estes produtos, podem causar, em curto
prazo (exposição aguda) irritação do trato respiratório superior. As exposições crônicas, sem os controles adequa-
dos, podem desenvolver alterações graves de saúde vinculada ao aparelho respiratório e outros órgãos devido
ao efeito sistêmico de alguns dos componentes presentes. Radiação ultravioleta da soldagem pode causar dano
ocular e queimaduras de pele.
O efeito desta radiação sobre o Oxigênio e o Nitrogênio presentes no ar, gera ozônio (O3) e vapores nitrosos
(NOx) na forma gasosa.
3
Disponível em < http://www.centersoldas.com.br/infotecnicas/fichas%20de%20seguran%E7a%20(fispq)/fipq__ligas_de_
cobre.pdf> . Acesso em 09/05/2011
4
Página 2 de 11 de uma FISPQ. Data de elaboração: (23/10/2007) Data de revisão: (28/03/2008). Número de Revisão: (01)
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Técnico em Segurança do Trabalho – Volume 1
12 – Radiação (continuação)
O processo de solda gera fumos metálicos e radiação ultravioleta intensa devido à formação do arco vol-
taico. A energia associada a esta radiação em contato com o ar, tem uma forte ação de oxidação formando
ozônio e óxidos de nitrogênio. A radiação ultravioleta pode causar também queimaduras nos olhos e na
pele.
• Os fumos da solda são listados pela IARC (Agencia Internacional de Pesquisas sobre o Câncer) no Grupo
2B* (possivelmente carcinogênico para seres humanos).
• Exposição a baixos níveis de ozônio pode causar irritação nos olhos, nariz e garganta. A inalação pode
causar dores no peito, dores de cabeça, falta de ar, tosse, enjôo e fechamento das vias respiratórias. Os
sintomas são temporários.
• Exposição a elevados níveis de ozônio pode causar irritação respiratória aguda com falta de ar, alterações
pulmonares, hemorragia e edema pulmonar (água nos pulmões). Um teste de exposição em animais e
humanos mostrou mudanças nos cromossomos, alterações na reprodução, mudanças no sangue e morte
devido a um congestionamento nos pulmões.
• Óxidos de nitrogênio podem causar irritação nos olhos, na pele e nas vias respiratórias. A exposição a
elevados níveis de óxido de nitrogênio pode causar edema pulmonar que pode ser fatal. Óxido nítrico
pode causar formação de carboxiemoglobina, que dificulta o transporte do oxigênio pelo sangue. A su-
perexposição pode causar fibrose pulmonar.
• A inalação de fumos de cobre pode provocar irritação de olhos, garganta e das membranas mucosas, per-
furação do septum nasal, tosse e febre (febre dos fumos metálicos), o contato com a pele pode provocar
dermatite.
• A exposição crônica a elevados níveis de fumos ou partículas de manganês pode causar problemas no
sistema nervoso, pneumonia e problemas de impotência sexual em homens.
• A exposição crônica a partículas inertes de silício pode causar problemas nas vias respiratórias e contri-
buir para bronquite crônica. A exposição de coelhos ao silício produziu lesões pulmonares significativas.
• A exposição a óxido de zinco causados pela queima, soldagem ou fundição do metal pode causar febre,
mal-estar, falta de ar e irritação nas vias respiratórias superiores. Eventuais sintomas podem incluir fe-
bre, mal-estar, náusea, vômitos e dores musculares. A inalação de partículas do mesmo metal apresenta
baixos riscos à saúde.
• A superexposição aos fumos do cobre pode ocorrer na soldagem, no corte com maçarico e outros. A
superexposição às partículas de cobre pode causar irritações nos olhos, na pele e nas vias respiratórias
superiores. A superexposição crônica pode resultar anemia, problemas na pele e descoloração do cabelo.
• A superexposição ao fumo de cobre pode causar uma irritação no sistema respiratório, náuseas, febre,
mal-estar, falta de ar e ma formação fetal.
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Técnico em Segurança do Trabalho – Volume 1
12 – Radiação (continuação)
• Partículas e fumos de níquel podem causar queimaduras na pele, dermatite alérgica no ponto de contato
e conjuntivite. A inalação crônica de altos níveis de níquel pode causar irritação nas vias aéreas e pul-
mões, fibrose pulmonar, perfuração no septo nasal, sinusite, comprometimento total ou parcial do siste-
ma respiratório e asma. Os compostos de níquel têm sido associados com câncer nos pulmões, laringe e
sinusites paranasais em humanos. Estes compostos são listados como cancerígenos para humanos pela
NTP e pela IARC (Grupo 1)*. O metal níquel é provavelmente cancerígeno para humanos como é definido
pela IARC (Grupo 2B)*.
Partículas e fumos de chumbo inorgânico são considerados como um provável agente cancerígeno para
humanos pela IARC Grupo 2B*. A superexposição à esses partículas e fumos podem causar distúrbios esto-
macais, problemas nos rins, no fígado, no sistema nervoso central, no sangue e nos órgãos de reprodução.
A superexposição ao chumbo tem sido associada a problemas no processo de reprodução humana, como
infertilidade e anomalias em fetos. O chumbo é um metal tóxico por inalação ou ingestão
*CLASSIFICAÇÕES IARC:
Há evidências suficientes que existe uma relação entre a exposição ao agente e o câncer no homem.
Geralmente inclui agentes para os quais há pouca evidência em humanos, e ausência de evidência su-
ficiente em estudos com animais.
Meio ambiente: por tratar-se de produtos sólidos muito pouco solúveis em água não apresentam risco para
o meio ambiente, facilitando os processos de coleta, estocagem e destino final de resíduos, visto que este
material é reciclável.
Resíduos na forma de partículas finas, geradas por fusão, vaporização e condensação de vapores (processo
de solda) podem provocar dano ao meio ambiente visto que podem ser dispersadas pela água e continuar
seu processo de transformação em íons de vários metais.
É recomendável conduzir os fumos de solda mediante um sistema de ventilação local exaustora dotado de
filtros adequados para realizar a separação das partículas geradas
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Técnico em Segurança do Trabalho – Volume 1
Se houver suspeita de doença ocupacional, isto é, a presença de sinais e sintomas de doenças relacionadas ao
trabalho, o empregado deve passar por uma avaliação médica em serviço público ou privado. Essa avaliação
deve ser baseada em exame clinico que leve em conta a história ocupacional do trabalhador e, quando justi-
ficado, em exames complementares.
Explique detalhadamente o que você sente e como é o seu trabalho. O médico deve acompanhar a evolução
de cada caso.
Emissão da CAT
Se a empresa se recusar a emitir a CAT, isso pode ser feito pelo médico que o assistiu, por qualquer autoridade
pública, pelo sindicato ou pelo próprio trabalhador.
Portanto a CAT e o relatório médico emitido pelo médico assistente, o empregado deverá ser encaminhado a
um posto de atendimento de acidente do trabalho, para agendamento da perícia médica.
Afastamento do Trabalho
Havendo caracterização de doença ocupacional e incapacidade para o trabalho, o empregado será afastado
pelo INSS e receberá Auxílio - doença acidentário do INSS, a partir do 16º dia de afastamento. Os primeiros
15 dias são cobertos pela empresa.
Esse auxílio é conhecido popularmente como “seguro”. É um beneficio mensal, em dinheiro, que corresponde
a 91% do salário - de - beneficio do trabalhador. Esse salário é a média aritmética simples dos 36 últimos
salários imediatamente anteriores ao afastamento da atividade. O Auxílio - doença acidentário será pago pelo
INSS até a alta definitiva ou aposentadoria, respeitado o limite do valor do salário - de - beneficio.
A alta da perícia médica do INSS resultará no retorno gradual do trabalhador à sua função original, com acom-
panhamento do Serviço Médico ou SESMT - Serviço Especializado de Segurança e Medicina do Trabalho (onde
houver).
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Técnico em Segurança do Trabalho – Volume 1
Havendo restrição (da volta do trabalhador à mesma função), o CRP - Centro de Reabilitação Profissional
do INSS - encaminhará o empregado para readaptação a outra função, com acompanhamento do setor de
recursos humanos da empresa. O CRP deverá promover estágio de readaptação funcional em atividade
compatível com a capacidade de trabalho do empregado.
Auxílio – acidente
Se após a consolidação das lesões decorrentes de qualquer natureza resultar seqüela que reduza sua capa-
cidade funcional, o trabalhador fará jus ao recebimento, como indenização, do beneficio denominado Auxí-
lio - acidente, pago pelo INSS. Esse auxílio mensal será pago até a aposentadoria (Lei nº9 528, de dezem-
bro/97) e corresponde a 50% do salário - de - beneficio do segurado, sendo pago a partir da alta médica.
Obs: O auxílio de natureza vitalícia foi extinto a partir de janeiro de 1998, sem prejuízo dos direitos adqui-
ridos até dezembro de 1997.
Estabilidade no emprego
O trabalhador que, em razão de acidente ou doença do trabalho ou profissional, ficar afastado do trabalho
por mais de 15 dias (recebendo, portanto, o Auxílio - doença acidentário) gozará de estabilidade no empre-
go, pelo período mínimo de 12 meses - salvo outros dispositivos de acordo com a Convenção Coletiva de
Trabalho -, a contar do encerramento do Auxílio - doença acidentário.
Se no final do tratamento, o INSS entender que, em razão de seqüela, o trabalhador não tem condição de
exercer qualquer trabalho, é concedida a Aposentadoria por Invalidez Acidentária, que corresponde a 100%
do salário - de - beneficio.
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Técnico em Segurança do Trabalho – Volume 1
14 – Reportagem
Possível vazamento de amônia da carreta de uma usina mata centenas de peixes nos rios
Cachoeirinha e Turvo
Um possível vazamento de adubo líquido pode ter provocado a morte de centenas de peixes nos rios Cachoei-
rinha e Turvo, em Olímpia.
Segundo matéria da TV Tem, veiculada nesta segunda-feira, 18, centenas de peixes apareceram mortos nos dois
rios na região, e a Cetesb – Companhia Ambiental do estado de São Paulo – já estaria investigando o caso.
A matéria, da afiliada de rede Globo de Rio Preto, mostra que um dourado com mais de cinco quilos não resistiu
à falta de oxigênio na água. Ao longo do rio, centenas deles bóiam perto dos galhos. Além do dourado, peixes
de outras quatro espécies, corimba, piapara, lambari e piau, apareceram mortos no rio Cachoeirinha, principal
afluente do rio Turvo. Segundo pescadores, a mortandade começou há três dias.
Celso Cezário, ouvido pela emissora de TV, aproveitaria o fim de semana pra pescar, mas, quando chegou ao rio,
não teve coragem de jogar o anzol na água. Ao ver peixes enormes boiando na margem, o pescador desistiu.
A ausência de pescadores no barranco do rio, também segundo a reportagem, é o sinal de que algo está erra-
do. “No fim de semana, o local fica lotado. Além do afluente, peixes também foram encontrados mortos no rio
Turvo, um dos principais da região noroeste. Nos dois rios a imagem é a mesma”.
A suspeita é de que o vazamento tenha ocorrido depois de um acidente com um caminhão que transportava
adubo líquido para a usina Cruz Alta. Em nota, a assessoria da empresa afirma que já tomou providências, sem
especificar quais, para normalizar a situação. A usina informou ainda que instaurou procedimentos internos para
apurar as causas da ocorrência.
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Técnico em Segurança do Trabalho – Volume 1
Saúde e
Módulo 1 Higiene Ocupacional
Saúde Ocupacional
Biossegurança
Primeiros Socorros
Planejamento de uma
Comissão Interna de
Prevenção de Acidentes – CIPA
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Técnico em Segurança do Trabalho – Volume 1
Biossegurança
Esta Unidade Curricular contém 7 Anexos. Veja-os a seguir.
1. O que é Biossegurança?
2. Sobre Biossegurança
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Técnico em Segurança do Trabalho – Volume 1
1 – O QUE É BIOSSEGURANÇA*
Para que possamos discutir o que é a Biossegurança, faz-se necessário não somente conhecer o conceito, mas
também ter noções de suas aplicações e os contextos local e atual. Para iniciar a discussão sobre o tema, suge-
rimos a leitura dos textos abaixo:
Biossegurança: o que é?
Uma pessoa à procura de materiais que possam valer algum dinheiro revira sacolas e caixas em um lixão. De
repente, um descuido. O catador se fere com uma seringa utilizada e abandonada no meio do lixo.
Fim de expediente para um profissional de um laboratório que lida com o bacilo da tuberculose. Ele encerra as
atividades sem perceber que sua máscara de proteção estava mal colocada. Três semanas depois, o filho de sua
empregada é diagnosticado com tuberculose.
Hong Kong, China. Um hóspede com sintomas de gripe permanece em um hotel por dois dias. Semanas depois,
pessoas com a Síndrome Aguda Respiratória (Sars) são identificadas em cinco países, incluindo Canadá e Estados
Unidos. A investigação mostra que os casos estavam relacionados ao hóspede do hotel.
As situações acima dizem respeito a um conceito cada vez mais importante nos dias atuais: a Biossegurança.
Essa palavra resume um problema do tamanho do mundo, que envolve desde o controle de uma ameaça séria,
como a gripe do frango, até o simples hábito de lavar, ou não, as mãos. Em síntese: quando o tema é Biossegu-
rança, o que está em pauta é a análise dos riscos a que está sujeita a vida1.
A estrutura da Biossegurança é composta (...) por componentes ocupacionais (infraestrutura laboratorial), edu-
cacionais (política de valorização de recursos humanos e agregação de valores éticos, filosóficos e técnicos),
sociais (ações voltadas para otimização e humanização dos processos de trabalho), informacionais (processo
de comunicação que permeia todos os níveis hierárquicos), normativos (ações reguladoras internas e externas
que estabelecem os parâmetros para o desenvolvimento das atividades), organizacionais (relacionado a vários
seguimentos da economia, como as novas tecnologias químicas, radioativas e geneticamente ‘engenheiradas’,
as áreas biotecnológicas e agropecuárias.”
* O Senac Rio se reservou ao direito de não alterar os textos contidos neste manual. Portanto, não pode ser responsabilizado
pelos possíveis erros ortográficos e gramaticais. O conteúdo dos documentos aqui utilizados é de responsabilidade de seus
autores.
1
Fonte: AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA – ANVISA. Biossegurança. Disponível em http://www.scielo.br/pdf/rsp/
v39n6/26998.pdf. Acessado em: 05 maio 2011.
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Técnico em Segurança do Trabalho – Volume 1
2 – Sobre Biossegurança2
Laboratórios
A preocupação com a Biossegurança cresceu com a circulação, cada vez mais intensa, de pessoas e mercadorias
em todo o mundo. A possibilidade do uso de vírus e bactérias em atentados terroristas também trouxe apreen-
são aos laboratórios e à entrada de substâncias contaminadas em um país.
Nos anos 70, uma série de estudos detectou que os profissionais de laboratórios de saúde apresentavam mais
casos de tuberculose, hepatite B e shigelose – doença caracterizada pela presença de diarreia, febre e cólicas
estomacais – do que pessoas envolvidas com outras atividades. Na Inglaterra, a incidência de tuberculose entre
esses trabalhadores chegava a ser cinco vezes maior do que na população. Na Dinamarca, a proporção de casos
de hepatite era sete vezes mais alta se comparada com o restante das pessoas.
Na opinião de especialistas que discutem a Biossegurança, o grande problema não está nas tecnologias disponí-
veis para eliminar ou minimizar os riscos, e sim no comportamento dos profissionais. Como afirma a pesquisado-
ra da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) Ana Beatriz Moraes, não basta ter bons equipamentos. “De nada adianta
usar luvas de boa qualidade e atender ao telefone ou abrir a porta usando as mesmas luvas, pois outras pessoas
tocarão nesses objetos sem proteção alguma”, explica. Para ela, é fundamental que todos os trabalhadores
envolvidos em atividades que representem algum tipo de ameaça química ou biológica estejam preparados e
dispostos a enxergar e apontar os problemas.
De acordo com o gerente-geral de Laboratórios da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Galdino
Guttmann Bicho, ainda se nota uma dissociação dos conceitos qualidade e segurança. “Entretanto, já é consenso
que essas duas questões devem estar interligadas. (...)”
Perto de todos
Mais recentemente, o tema Biossegurança ultrapassou os limites dos laboratórios e hospitais com a constatação
de que os riscos biológicos e químicos estão presentes também em outros ambientes. A Biossegurança não está
relacionada apenas a sistemas modernos de esterilização do ar de um laboratório ou câmaras de desinfecção
das roupas de segurança. Um profissional de saúde que não lava suas mãos com a frequência adequada ou o lixo
hospitalar descartado de maneira errada são práticas do dia a dia que também trazem riscos. (...)
Por mais básico que possa parecer, o hábito de lavar as mãos ainda é adotado com menos frequência do que
o necessário. A gerente de Investigação e Prevenção de Infecções e dos Eventos Adversos da Anvisa, Adélia
Marçal, acredita que esse ato ultrapassa a questão cultural. “A higiene demanda tempo. Às vezes, o profissional
se encontra tão sobrecarregado pelo trabalho que pula a ação de higiene para ir direto à ação assistencial, que
é vista como mais importante”, justifica. Esse problema é maior quando o médico ou enfermeiro tem que se
deslocar da sua área de trabalho para encontrar, por exemplo, uma pia. Adélia ressalta que fatores como a qua-
lidade dos sabonetes também dificulta a realização de um procedimento simples como a lavagem das mãos. Se
o sabão não for adequado, depois de um período, a pele acaba ficando ressecada e descamada, o que apenas
piora a situação, principalmente dos que lavam as mãos várias vezes ao dia.
2
Trechos extraídos de artigo original publicado pela Revista Saúde Pública, 2005, 39 (6), da FSP/USP, disponível em http://www.
scielo.br/pdf/rsp/v39n6/26998.pdf.
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Técnico em Segurança do Trabalho – Volume 1
A forma de abordar e estudar a Biossegurança, nos últimos anos, ganhou novos contornos. Até mesmo o fator
psicológico dos trabalhadores passou a ser considerado no momento da avaliação dos riscos. Para Paulo Star-
ling, um dos coordenadores do Curso de Especialização de Biossegurança em Instituições de Saúde do Instituto
de Pesquisa Clínica Evandro Chagas, da Fiocruz, problemas como a falta de condições adequadas de trabalho e
pressões por produtividade influenciam negativamente os resultados, mas poucas vezes são considerados. “O
estresse psicossocial gera um sofrimento que provoca dificuldades na atenção e na capacidade de trabalho. A
consequência é a desmotivação para a realização das suas atividades de maneira correta”, justifica. Segundo
Paulo, para identificar a relação entre o estresse e o risco de acidente em um serviço de saúde basta fazer um
mapa das áreas de risco e da incidência de doenças entre os profissionais da instituição. (...)
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Técnico em Segurança do Trabalho – Volume 1
e Conselheira da ABRAPHISET
Causas
Ferimentos Provocados pelo manuseio de material pérfuro-cortantes como: agulha, agulhas para sutura, escal-
pe, lancetas, lâminas de bisturi, cacos de vidro de quebras de ampolas e tubos coletores de sangue, tubos capi-
lares de vidro, tampas de metal de frascos, etc. Também podem ser causados por mordeduras e arranhaduras
de animais.
Reações cutâneas
Provocadas pelo contato de substâncias químicas com a pele, causando dermatites químicas ou queimaduras por
substâncias corrosivas. A reação alérgica mais importante é aquela causada pelo látex das luvas.
Lesões ósteo-musculares
Causadas principalmente pelo manuseio e transporte de pacientes e materiais, movimentação de maca, cadeira
de rodas, carrinho, hamper, acionamento das manivelas das camas, de mesas de refeição, enchimento do man-
guito na medição de PA’s, etc.
Fator de Gravidade
Os ferimentos que apresentam rompimento da pele estão associados ao agente de risco biológico, porque são
portas de entrada de doenças infecciosas graves e letais como a hepatite B e C e a Aids. Dados publicados em
07 de dezembro de 2004 pelo Conselho Internacional de Enfermagem - CIE e pelo Comitê Permanente de Enfer-
meiras da União Européia, revelam que os trabalhadores de saúde sofrem 1 milhão de ferimentos causados por
agulhas por ano e desses 40% afetam profissionais de enfermagem. No Reino Unido, as Enfermeiras Obstétricas
representam 41%, e os médicos, 35% dos trabalhadores de saúde expostos a contágio por doenças de transmis-
são sanguínea adquirida por ferimento pérfuro-cortantes.
* O Senac Rio se reservou ao direito de não alterar os textos contidos neste manual. Portanto, não pode ser responsabilizado
pelos possíveis erros ortográficos e gramaticais. O conteúdo dos documentos aqui utilizados é de responsabilidade de seus
autores.
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Técnico em Segurança do Trabalho – Volume 1
Quando um trabalhador de saúde sofre lesão por instrumento cortante contaminado, existe o risco de infecção
por:
O Comitê Permanente de Enfermeiras da União Européia (PCN) representa mais de um milhão de enfermeiras e
é a entidade independente da profissão. Sitio web: www.pcnweb.org O Conselho Internacional de Enfermagem
(CIE) é uma Federação de 125 associações nacionais de enfermeiras, e representa milhões de enfermeiras em
todo o mundo. Sitio web: www.icn.ch
99 Casos Comprovados
Categoria profissional:
Fonte: HIV/AIDS Surveillance Report. CDC. London, Public Health Laboratory Service, Dec 1997.
Fatores de Risco:
• Descarte inadequado de material pérfuro-cortante (coloca em risco também os profissionais de limpeza, da
lavanderia e do transporte de resíduos);
• Manuseio do material usado antes do descarte; principalmente reencapagem de agulhas;
• Transporte inadequado de material infectado;
• Não uso de equipamentos de proteção;
• Acidentes durante sutura com agulhas;
Outros Fatores:
• Falta de treinamento para um trabalho seguro;
• Insuficiência de trabalhadores causando sobrecarga de trabalho (pressionados os trabalhadores ficam descui-
dados e desatentos);
• Falta de equipamentos seguros;
• Iluminação deficiente dos locais de trabalho;
• Pacientes agitados e agressivos.
48
Técnico em Segurança do Trabalho – Volume 1
Prevenção:
Meios:
• Educação continuada dos trabalhadores para um trabalho seguro e a prática das precauções básicas univer-
sais;
• Número adequado de trabalhadores para a execução das tarefas. Materiais são esquecidos em cima de ma-
cas, balcão, caixas de descarte excessivamente cheias, coisa de quem está com pressa;
• Mobiliário e equipamentos de trabalho com tecnologia para um trabalho seguro. Hoje temos disponíveis
agulhas, escalpes e lancetas com capas protetoras ou retráteis, substituição dos tubos de coleta e capilares de
vidro para tubos de plástico e outros;
• Manutenção preventiva dos equipamentos, principalmente os utilizados para, manuseio e transporte de pa-
cientes e materiais, as manivelas das camas e mesas, etc.
IMPORTANTE: Acidentes de trabalho com sangue e outros fluidos potencialmente contaminados devem ser tra-
tados como emergência médica. A profilaxia da infecção pelo HIV e hepatite B deve ser iniciada logo após a
ocorrência do acidente, para a sua maior eficácia.
• desinfecção do ferimento (lavando exaustivamente com água e sabão de forma delicada para não aumentar
a lesão aplicando anti-sépticos não alcoólicos ou irritantes);
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Técnico em Segurança do Trabalho – Volume 1
• medidas de controle como agulhas mais seguras e a aplicação das medidas universais são eficazes para a
prevenção de mais de 80% das lesões por agulhas;
• investimento na orientação de práticas de trabalho mais seguras e o emprego de tecnologias de proteção
contra as lesões por instrumentos perfurantes e cortantes.
Referências bibliográficas:
2- AFONSO, M. S. M.; TIPPLE, A. F. V.; SOUZA, A. C. S.; PRADO, M. A.; ANDERS, P. S. - A qualidade do ar em ambien-
tes hospitalares climatizados e sua influência na ocorrência de infecções. Revista Eletrônica de Enfermagem,
v. 06, n. 02, 2004. Disponível em www.fen.ufg.br
3- CONSEJO INTERNACIONAL DE ENFERMEROS. Las agujas hipodérmicas seguras puedem salvar vidas. Comunicado
de Prensa, 07 de diciembre de 2004.
4- FIGUEIREDO, Rosely Moralez de, Vacinas para estudantes e profissionais de saúde. Disponível em: www.risco-
biologico.org. Acesso em 04.04.2005.
5- RAPPARINI, Cristiane. Riscos biológicos e profissionais de saúde. Disponível em: www.riscobiologico.org. Aces-
so em 04.04.2005.
7- COCOLO, Ana Cristina. Equipes médicas e de enfermagem menosprezam riscos de acidentes. Disponível em:
www.unifesp.br/comunicação/ipta. Acesso em 20.03.2005.
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Técnico em Segurança do Trabalho – Volume 1
23 de setembro de 2010
Em vez de proteger o usuário, o jaleco médico – indicado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como equipa-
mento de proteção individual para os profissionais do setor – pode ser fonte de contaminação. É o que indica um
estudo realizado por alunas da Pontifícia Universidade Católica (PUC-SP), campus de Sorocaba, e divulgada ontem.
Das amostras analisadas, 95,83% estavam contaminadas. Entre os micro-organismos identificados nos jalecos está
o Staphilococcus aureus, bactéria considerada um dos principais agentes de infecção hospitalar. A pesquisa foi
realizada pelas alunas Fernanda Dias e Débora Jukemura, sob orientação da professora Maria Elisa Zuliani Maluf.
A proposta surgiu após a constatação de que alunos e residentes do hospital-escola do Conjunto Hospitalar de
Sorocaba, da rede estadual de saúde, saíam para o almoço em bares e restaurantes sem tirar o jaleco.
O objetivo foi comparar a microbiota – conjunto de micro-organismos que habitam um ecossistema – existente
nos jalecos, sobretudo na região do punho e na pele dessas pessoas, com a dos não usuários. Foram avaliados
96 estudantes de Medicina, distribuídos nos seis anos da graduação, que atuam na enfermaria de clinica médica
do hospital. A metade usava jalecos (de mangas longas) e a outra metade não.
“Essa elevada taxa de contaminação pode estar relacionada ao contato direto com os pacientes, aliada ao fato
de os micro-organismos poderem permanecer entre 10 e 98 dias em tecidos, como algodão e poliéster”, explica
Fernanda.
O estudo mostrou que os jalecos dos profissionais estão geralmente contaminados, principalmente nas áreas
de contato frequente, como mangas e bolsos. A OMS e outras instituições de referência em Biossegurança
recomendam a sua utilização como uma barreira de proteção contra a transmissão de micro-organismos. No
estudo, a pele da região do punho estava contaminada em 97,91% dos usuários de jaleco. Nos não usuários, a
contaminação era de 93,75%.
Questionamento. “Evidencia-se que a contaminação nos usuários de jaleco não difere significativamente daque-
les que não fazem seu uso, indicando que sua função como proteção pode ser questionada”, disse a professora
Maria Elisa.
De acordo com as alunas, o estudo também revela que a prática de lavar as mãos, em ambos os grupos, não
está adequada. Para ela, a falta de higiene das mãos aumenta a contaminação dos jalecos.
* O Senac Rio se reservou ao direito de não alterar os textos contidos neste manual. Portanto, não pode ser responsabilizado
pelos possíveis erros ortográficos e gramaticais. O conteúdo dos documentos aqui utilizados é de responsabilidade de seus
autores.
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Técnico em Segurança do Trabalho – Volume 1
* O Senac Rio se reservou ao direito de não alterar os textos contidos neste manual. Portanto, não pode ser responsabilizado
pelos possíveis erros ortográficos e gramaticais. O conteúdo dos documentos aqui utilizados é de responsabilidade de seus
autores.
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Técnico em Segurança do Trabalho – Volume 1
O Regulamento Técnico para o Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde, publicado inicialmente por
meio da RDC ANVISA nº. 33 de 25 de fevereiro de 2003, submete-se agora a um processo de harmonização das
normas federais dos Ministérios do Meio Ambiente por meio do Conselho Nacional de Meio Ambiente/CONAMA
e da Saúde através da Agência Nacional de Vigilância Sanitária/ANVISA referentes ao gerenciamento de RSS.
O encerramento dos trabalhos da Câmara Técnica de Saúde, Saneamento Ambiental e Gestão de Resíduos do
CONAMA, originaram a nova proposta técnica de revisão da Resolução CONAMA nº. 283/2001, como resultado
de mais de 1 ano de discussões no Grupo de Trabalho. Este documento embasou os princípios que conduziram
à revisão da RDC ANVISA nº. 33/2003, cujo resultado é este Regulamento Técnico harmonizado com os novos
critérios técnicos estabelecidos.
CAPÍTULO II - ABRANGÊNCIA
Para efeito deste Regulamento Técnico, definem-se como geradores de RSS todos os serviços relacionados com o
atendimento à saúde humana ou animal, inclusive os serviços de assistência domiciliar e de trabalhos de campo;
laboratórios analíticos de produtos para saúde; necrotérios, funerárias e serviços onde se realizem atividades
de embalsamamento (tanatopraxia e somatoconservação); serviços de medicina legal; drogarias e farmácias
inclusive as de manipulação; estabelecimentos de ensino e pesquisa na área de saúde; centros de controle de
zoonoses; distribuidores de produtos farmacêuticos, importadores, distribuidores e produtores de materiais e
controles para diagnóstico in vitro; unidades móveis de atendimento à saúde; serviços de acupuntura; serviços
de tatuagem, dentre outros similares.
Esta Resolução não se aplica a fontes radioativas seladas, que devem seguir as determinações da Comissão
Nacional de Energia Nuclear – CNEN, e às indústrias de produtos para a saúde, que devem observar as condições
específicas do seu licenciamento ambiental.
O gerenciamento deve abranger todas as etapas de planejamento dos recursos físicos, dos recursos materiais e
da capacitação dos recursos humanos envolvidos no manejo dos RSS.
Todo gerador deve elaborar um Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde – PGRSS, baseado
nas características dos resíduos gerados e na classificação constante do Apêndice I, estabelecendo as diretrizes
de manejo dos RSS.
O PGRSS a ser elaborado deve ser compatível com as normas locais relativas à coleta, transporte e disposição fi-
nal dos resíduos gerados nos serviços de saúde, estabelecidas pelos órgãos locais responsáveis por estas etapas.
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Técnico em Segurança do Trabalho – Volume 1
1.1 – SEGREGAÇÃO - Consiste na separação dos resíduos no momento e local de sua geração, de acordo com as
características físicas, químicas, biológicas, o seu estado físico e os riscos envolvidos.
1.2 – ACONDICIONAMENTO - Consiste no ato de embalar os resíduos segregados, em sacos ou recipientes que evi-
tem vazamentos e resistam às ações de punctura e ruptura. A capacidade dos recipientes de acondicionamento
deve ser compatível com a geração diária de cada tipo de resíduo.
1.2.1 – Os resíduos sólidos devem ser acondicionados em saco constituído de material resistente a ruptura e
vazamento, impermeável, baseado na NBR 9191/2000 da ABNT, respeitados os limites de peso de cada saco,
sendo proibido o seu esvaziamento ou reaproveitamento.
1.2.2 - Os sacos devem estar contidos em recipientes de material lavável, resistente à punctura, ruptura e
vazamento, com tampa provida de sistema de abertura sem contato manual, com cantos arredondados e ser
resistente ao tombamento.
1.2.3 – Os recipientes de acondicionamento existentes nas salas de cirurgia e nas salas de parto não necessitam
de tampa para vedação.
1.2.4 - Os resíduos líquidos devem ser acondicionados em recipientes constituídos de material compatível com
o líquido armazenado, resistentes, rígidos e estanques, com tampa rosqueada e vedante.
1.3 - IDENTIFICAÇÃO – Consiste no conjunto de medidas que permite o reconhecimento dos resíduos contidos nos
sacos e recipientes, fornecendo informações ao correto manejo dos RSS.
1.3.1 - A identificação deve estar aposta nos sacos de acondicionamento, nos recipientes de coleta interna e
externa, nos recipientes de transporte interno e externo, e nos locais de armazenamento, em local de fácil vi-
sualização, de forma indelével, utilizando-se símbolos, cores e frases, atendendo aos parâmetros referenciados
na norma NBR 7.500 da ABNT, além de outras exigências relacionadas à identificação de conteúdo e ao risco
específico de cada grupo de resíduos.
1.3.2 - A identificação dos sacos de armazenamento e dos recipientes de transporte poderá ser feita por adesi-
vos, desde que seja garantida a resistência destes aos processos normais de manuseio dos sacos e recipientes.
1.3.3 – O Grupo A é identificado pelo símbolo de substância infectante constante na NBR-7500 da ABNT, com
rótulos de fundo branco, desenho e contornos pretos
1.3.4 – O Grupo B é identificado através do símbolo de risco associado, de acordo com a NBR 7500 da ABNT e
com discriminação de substância química e frases de risco.
1.3.5 – O Grupo C é representado pelo símbolo internacional de presença de radiação ionizante (trifólio de cor
magenta) em rótulos de fundo amarelo e contornos pretos, acrescido da expressão REJEITO RADIOATIVO.
1.3.6 – O Grupo E é identificado pelo símbolo de substância infectante constante na NBR-7500 da ABNT, com
rótulos de fundo branco, desenho e contornos pretos, acrescido da inscrição de RESÍDUO PERFUROCORTANTE,
indicando o risco que apresenta o resíduo
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Técnico em Segurança do Trabalho – Volume 1
1.4.1 - O transporte interno de resíduos deve ser realizado atendendo roteiro previamente definido e em horá-
rios não coincidentes com a distribuição de roupas, alimentos e medicamentos, períodos de visita ou de maior
fluxo de pessoas ou de atividades. Deve ser feito separadamente de acordo com o grupo de resíduos e em reci-
pientes específicos a cada grupo de resíduos.
1.4.2 - Os recipientes para transporte interno devem ser constituídos de material rígido, lavável, impermeável,
provido de tampa articulada ao próprio corpo do equipamento, cantos e bordas arredondados, e serem iden-
tificados com o símbolo correspondente ao risco do resíduo neles contidos, de acordo com este Regulamento
Técnico. Devem ser providos de rodas revestidas de material que reduza o ruído. Os recipientes com mais de
400 L de capacidade devem possuir válvula de dreno no fundo. O uso de recipientes desprovidosde rodas deve
observar os limites de carga permitidos para o transporte pelos trabalhadores, conforme normas reguladoras do
Ministério do Trabalho e Emprego.
1.5 – ARMAZENAMENTO TEMPORÁRIO – Consiste na guarda temporária dos recipientes contendo os resíduos já
acondicionados, em local próximo aos pontos de geração, visando agilizar a coleta dentro do estabelecimento
e otimizar o deslocamento entre os pontos geradores e o ponto destinado à apresentação para coleta externa.
Não poderá ser feito armazenamento temporário com disposição direta dos sacos sobre o piso, sendo obrigatória
a conservação dos sacos em recipientes de acondicionamento.
1.5.1- O armazenamento temporário poderá ser dispensado nos casos em que a distância entre o ponto de ge-
ração e o armazenamento externo justifiquem.
1.5.2 - A sala para guarda de recipientes de transporte interno de resíduos deve ter pisos e paredes lisas e
laváveis, sendo o piso ainda resistente ao tráfego dos recipientes coletores. Deve possuir ponto de iluminação
artificial e área suficiente para armazenar, no mínimo, dois recipientes coletores, para o posterior traslado até
a área de armazenamento externo. Quando a sala for exclusiva para o armazenamento de resíduos, deve estar
identificada como “SALA DE RESÍDUOS”.
1.5.3 - A sala para o armazenamento temporário pode ser compartilhada com a sala de utilidades. Neste caso,
a sala deverá dispor de área exclusiva de no mínimo 2 m2, para armazenar, dois recipientes coletores para pos-
terior traslado até a área de armazenamento externo.
1.5.4 - No armazenamento temporário não é permitida a retirada dos sacos de resíduos de dentro dos recipien-
tes ali estacionados.
1.5.5 - Os resíduos de fácil putrefação que venham a ser coletados por período superior a 24 horas de seu ar-
mazenamento, devem ser conservados sob refrigeração, e quando não for possível, serem submetidos a outro
método de conservação.
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Técnico em Segurança do Trabalho – Volume 1
1.6.1 - O processo de autoclavação aplicado em laboratórios para redução de carga microbiana de culturas e
estoques de microrganismos está dispensado de licenciamento ambiental, ficando sob a responsabilidade dos
serviços que as possuírem, a garantia da eficácia dos equipamentos mediante controles químicos e biológicos
periódicos devidamente registrados.
1.6.2 – Os sistemas de tratamento térmico por incineração devem obedecer ao estabelecido na Resolução
CONAMA nº. 316/2002.
1.7 - ARMAZENAMENTO EXTERNO – Consiste na guarda dos recipientes de resíduos até a realização da etapa de
coleta externa, em ambiente exclusivo com acesso facilitado para os veículos coletores.
1.7.1 - No armazenamento externo não é permitida a manutenção dos sacos de resíduos fora dos recipientes
ali estacionados.
1.8 COLETA E TRANSPORTE EXTERNOS –Consistem na remoção dos RSS do abrigo de resíduos (armazenamento
externo) até a unidade de tratamento ou disposição final, utilizando-se técnicas que garantam a preservação das
condições de acondicionamento e a integridade dos trabalhadores, da população e do meio ambiente, devendo
estar de acordo com as orientações dos órgãos de limpeza urbana.
1.8.1 - A coleta e transporte externos dos resíduos de serviços de saúde devem ser realizados de acordo com as
normas NBR 12.810 e NBR 14652 da ABNT.
1.9 - DISPOSIÇÃO FINAL - Consiste na disposição de resíduos no solo, previamente preparado para recebê-los,
obedecendo a critérios técnicos de construção e operação, e com licenciamento ambiental de acordo com a
Resolução CONAMA nº.237/97.
Capítulo IV – RESPONSABILIDADES
2.1. A elaboração do Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde - PGRSS, obedecendo a critérios
técnicos, legislação ambiental, normas de coleta e transporte dos serviços locais de limpeza urbana e outras
orientações contidas neste Regulamento.
2.1.1 – Caso o estabelecimento seja composto por mais de um serviço com Alvarás Sanitários individualizados,o
PGRSS deverá ser único e contemplar todos os serviços existentes, sob a Responsabilidade Técnica do esta-
belecimento.
2.1.2 - Manter cópia do PGRSS disponível para consulta sob solicitação da autoridade sanitária ou ambiental
competente, dos funcionários, dos pacientes e do público em geral.
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Técnico em Segurança do Trabalho – Volume 1
2.2. A designação de profissional, com registro ativo junto ao seu Conselho de Classe, com apresentação de
Anotação de Responsabilidade Técnica–ART, ou Certificado de Responsabilidade Técnica ou documento similar,
quando couber, para exercer a função de Responsável pela elaboração e implantação do PGRSS.
2.2.1 – Quando a formação profissional não abranger os conhecimentos necessários, este poderá ser assessorado
por equipe de trabalho que detenha as qualificações correspondentes.
2.2.2 - Os serviços que geram rejeitos radioativos devem contar com profissional devidamente registrado pela
CNEN nas áreas de atuação correspondentes, conforme a Norma NE 6.01 ou NE 3.03 da CNEN.
2.2.3 - Os dirigentes ou responsáveis técnicos dos serviços de saúde podem ser responsáveis pelo PGRSS, desde
que atendam aos requisitos acima descritos.
2.2.4 - O Responsável Técnico dos serviços de atendimento individualizado pode ser o responsável pela elabo-
ração e implantação do PGRSS.
2.4 - Prover a capacitação e o treinamento inicial e de forma continuada para o pessoal envolvido no gerencia-
mento de resíduos, objeto deste Regulamento.
2.5 – Fazer constar nos termos de licitação e de contratação sobre os serviços referentes ao tema desta Resolução
e seu Regulamento Técnico, as exigências de comprovação de capacitação e treinamento dos funcionários das
firmas prestadoras de serviço de limpeza e conservação que pretendam atuar nos estabelecimentos de saúde,
bem como no transporte, tratamento e disposição final destes resíduos.
2.6 – Requerer às empresas prestadoras de serviços terceirizados a apresentação de licença ambiental para o
tratamento ou disposição final dos resíduos de serviços de saúde, e documento de cadastro emitido pelo órgão
responsável de limpeza urbana para a coleta e o transporte dos resíduos.
2.7 – Requerer aos órgãos públicos responsáveis pela execução da coleta, transporte, tratamento ou disposição
final dos resíduos de serviços de saúde, documentação que identifique a conformidade com as orientações dos
órgãos de meio ambiente.
2.8 - Manter registro de operação de venda ou de doação dos resíduos destinados à reciclagem ou composta-
gem, obedecidos os itens 13.3.2 e 13.3.3 deste Regulamento. Os registros devem ser mantidos até a inspeção
subseqüente.
3 – A responsabilidade, por parte dos detentores de registro de produto que gere resíduo classificado no Grupo
B, de fornecer informações documentadas referentes ao risco inerente do manejo e disposição final do produto
ou do resíduo. Estas informações devem acompanhar o produto até o gerador do resíduo.
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Técnico em Segurança do Trabalho – Volume 1
4 – Compete a todo gerador de RSS elaborar seu Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde –
PGRSS;
4.1. O Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde é o documento que aponta e descreve as ações
relativas ao manejo dos resíduos sólidos, observadas suas características e riscos, no âmbito dos estabelecimen-
tos, contemplando os aspectos referentes à geração, segregação, acondicionamento, coleta, armazenamento,
transporte, tratamento e disposição final, bem como as ações de proteção à saúde pública e ao meio ambiente.
4.1.1. Caso adote a reciclagem de resíduos para os Grupos B ou D, a elaboração, o desenvolvimento e a im-
plantação de práticas, de acordo com as normas dos órgãos ambientais e demais critérios estabelecidos neste
Regulamento.
4.1.2. Caso possua Instalação Radiativa, o atendimento às disposições contidas na norma CNEN-NE 6.05, de
acordo com a especificidade do serviço.
4.1.4. As rotinas e processos de higienização e limpeza em vigor noserviço, definidos pela Comissão de Controle
de Infecção Hospitalar-CCIH ou por setor específico.
4.1.5. O atendimento às orientações e regulamentações estaduais, municipais ou do Distrito Federal, no que diz
respeito ao gerenciamento de resíduos de serviços de saúde.
4.1.8. Para serviços com sistema próprio de tratamento de RSS, o registro das informações relativas ao moni-
toramento destes resíduos, de acordo com a periodicidade definida no licenciamento ambiental. Os resultados
devem ser registrados em documento próprio e mantidos em local seguro durante cinco anos.
4.2 – Compete ainda ao gerador de RSS monitorar e avaliar seu PGRSS, considerando;
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Técnico em Segurança do Trabalho – Volume 1
4.2.2 – A avaliação referida no item anterior deve ser realizada levando-se em conta, no mínimo, os seguintes
indicadores:
4.2.3 – Os indicadores devem ser produzidos no momento da implantação do PGRSS e posteriormente com
freqüência anual.
4.2.4 – A ANVISA publicará regulamento orientador para a construção dos indicadores mencionados no item
4.2.2.
Para fins de aplicabilidade deste Regulamento, o manejo dos RSS nas fases de Acondicionamento, Identificação,
Armazenamento Temporário e Destinação Final, será tratado segundo a classificação dos resíduos constante do
Apêndice I
5 - GRUPO A1
5.1 – culturas e estoques de microrganismos resíduos de fabricação de produtos biológicos, exceto os hemoderi-
vados; meios de cultura e instrumentais utilizados para transferência, inoculação ou mistura de culturas; resíduos
de laboratórios de manipulação genética. Estes resíduos não podem deixar a unidade geradora sem tratamento
prévio.
5.1.1 - Devem ser inicialmente acondicionados de maneira compatível com o processo de tratamento a ser
utilizado.
5.1.2 – Devem ser submetidos a tratamento, utilizando-se processo físico ou outros processos que vierem a ser
validados para a obtenção de redução ou eliminação da carga microbiana, em equipamento compatível com
Nível III de Inativação Microbiana (Apêndice IV).
5.1.3.1 – Se não houver descaracterização física das estruturas, devem ser acondicionados conforme o item 1.2
, em saco branco leitoso, que devem ser substituídos quando atingirem 2/3 de sua capacidade ou pelo menos
1 vez a cada 24 horas e identificados conforme item 1.3.3.
5.1.3.2 – Havendo descaracterização física das estruturas, podem ser acondicionados como resíduos do Grupo D.
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Técnico em Segurança do Trabalho – Volume 1
5.2.1 – Devem ser submetidos a tratamento, utilizando-se processo físico ou outros processos que vierem a ser
validados para a obtenção de redução ou eliminação da carga microbiana, em equipamento compatível com
Nível III de Inativação Microbiana (Apêndice IV).
5.2.3 – Os demais serviços devem tratar estes resíduos conforme o item 5.2.1 em seu local de geração.
5.2.4.1 – Se não houver descaracterização física das estruturas, devem ser acondicionados conforme o item 1.2,
em saco branco leitoso, que devem ser substituídos quando atingirem 2/3 de sua capacidade ou pelo menos 1
vez a cada 24 horas e identificados conforme item 1.3.3.
5.2.4.2 – Havendo descaracterização física das estruturas, podem ser acondicionados como resíduos do Grupo D.
5.3 - Resíduos resultantes da atenção à saúde de indivíduos ou animais, com suspeita ou certeza de contami-
nação biológica por agentes Classe de Risco 4 (Apêndice II), microrganismos com relevância epidemiológica e
risco de disseminação ou causador de doença emergente que se torne epidemiologicamente importante ou cujo
mecanismo de transmissão seja desconhecido. Devem ser submetidos a tratamento antes da disposição final.
5.3.1 – A manipulação em ambiente laboratorial de pesquisa, ensino ou assistência deve seguir as orientações
contidas na publicação do Ministério da Saúde – Diretrizes Gerais para o Trabalho em Contenção com Material
Biológico, correspondente aos respectivos microrganismos.
5.3.2 - Devem ser acondicionados conforme o item 1.2, em saco vermelho, que devem ser substituídos quando
atingirem 2/3 de sua capacidade ou pelo menos 1 vez a cada 24 horas e identificados conforme item 1.3.3.
5.3.3 – Devem ser submetidos a tratamento utilizando-se processo físico ou outros processos que vierem a ser
validados para a obtenção de redução ou eliminação da carga microbiana, em equipamento compatível com
Nível III de Inativação Microbiana (Apêndice V).
5.3.4.1 – Se não houver descaracterização física das estruturas, devem ser acondicionados conforme o item 1.2,
em saco branco leitoso, que devem ser substituídos quando atingirem 2/3 de sua capacidade ou pelo menos 1
vez a cada 24 horas e identificados conforme item 1.3.3.
5.3.4.2 – Havendo descaracterização física das estruturas, podem ser acondicionados como resíduos do Grupo D.
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Técnico em Segurança do Trabalho – Volume 1
5.4.1 – Devem ser acondicionados conforme o item 1.2 , em saco vermelho, que devem ser substituídos quando
atingirem 2/3 de sua capacidade ou pelo menos 1 vez a cada 24 horas e identificados conforme item 1.3.3.
5.4.2 – Devem ser submetidos a tratamento utilizando-se processo físico ou outros processos que vierem a ser
validados para a obtenção de redução ou eliminação da carga microbiana, em equipamento compatível com
Nível III de Inativação Microbiana (Apêndice IV) e que desestruture as suas características físicas, de modo a se
tornarem irreconhecíveis.
5.4.4 - Caso o tratamento previsto no item 5.4.2 venha a ser realizado fora da unidade geradora, o acondicio-
namento para transporte deve ser em recipiente rígido, resistente à punctura, ruptura e vazamento, com tampa
provida de controle de fechamento e devidamente identificado, conforme item 1.3.3, de forma a garantir o
transporte seguro até a unidade de tratamento.
5.4.5 - As bolsas de hemocomponentes contaminadas poderão ter a sua utilização autorizada para finalidades
específicas tais como ensaios de proficiência e confecção de produtos para diagnóstico de uso in vitro, de acordo
com Regulamento Técnico a ser elaborado pela ANVISA. Caso não seja possível a utilização acima, devem ser
submetidas a processo de tratamento conforme definido no item 5.4.2.
5.4.6 – As sobras de amostras de laboratório contendo sangue ou líquidos corpóreos, podem ser descartadas
diretamente no sistema de coleta de esgotos, desde que atendam respectivamente as diretrizes estabelecidas
pelos órgãos ambientais, gestores de recursos hídricos e de saneamento competentes.
6 – GRUPO A2
6.1 - Carcaças, peças anatômicas, vísceras e outros resíduos provenientes de animais submetidos a processos
de experimentação com inoculação de microorganismos, bem como suas forrações, e os cadáveres de animais
suspeitos de serem portadores de microrganismos de relevância epidemiológica e com risco de disseminação,
que foram submetidos ou não a estudo anátomo-patológico ou confirmação diagnóstica. Devem ser submetidos
a tratamento antes da disposição final.
6.1.1 - Devem ser inicialmente acondicionados de maneira compatível com o processo de tratamento a ser utili-
zado. Quando houver necessidade de fracionamento, em função do porte do animal, a autorização do órgão de
saúde competente deve obrigatoriamente constar do PGRSS.
6.1.2 – Resíduos contendo microrganismos com alto risco de transmissibilidade e alto potencial de letalidade
(Classe de risco 4) devem ser submetidos, no local de geração, a processo físico ou outros processos que vierem
a ser validados para a obtenção de redução ou eliminação da carga microbiana, em equipamento compatível
com Nível III de Inativação Microbiana (Apêndice IV) e posteriormente encaminhados para tratamento térmico
por incineração.
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Técnico em Segurança do Trabalho – Volume 1
6.1.4 – Após o tratamento dos resíduos do item 6.1.3, estes podem ser encaminhados para aterro sanitário licen-
ciado ou local devidamente licenciado para disposição final de RSS, ou sepultamento em cemitério de animais.
6.1.5 – Quando encaminhados para disposição final em aterro sanitário licenciado, devem ser acondicionados
conforme o item 1.2, em saco branco leitoso, que devem ser substituídos quando atingirem 2/3 de sua capaci-
dade ou pelo menos 1 vez a cada 24 horas e identificados conforme item 1.3.3 e a inscrição de “PEÇAS ANATÔ-
MICAS DE ANIMAIS”.
7 – GRUPO A3
7.1 - Peças anatômicas (membros) do ser humano; produto de fecundação sem sinais vitais, com peso menor
que 500 gramas ou estatura menor que 25 centímetros ou idade gestacional menor que 20 semanas, que não
tenham valor científico ou legal e não tenha havido requisição pelo paciente ou seus familiares.
I - Sepultamento em cemitério, desde que haja autorização do órgão competente do Município, do Estado ou do
Distrito Federal ou;
II – Tratamento térmico por incineração ou cremação, em equipamento devidamente licenciado para esse fim.
7.1.2 – Se forem encaminhados para sistema de tratamento, devem ser acondicionados conforme o item 1.2,
em saco vermelho, que devem ser substituídos quando atingirem 2/3 de sua capacidade ou pelo menos 1 vez
a cada 24 horas e identificados conforme item 1.3.3 e a inscrição “PEÇAS ANATÔMICAS”.
7.1.3 - O órgão ambiental competente nos Estados, Municípios e Distrito Federal pode aprovar outros processos
alternativos de destinação.
8 – GRUPO A4
8.1 - Kits de linhas arteriais, endovenosas e dialisadores; filtros de ar e gases aspirados de área contaminada;
membrana filtrante de equipamento médico-hospitalar e de pesquisa, entre outros similares; sobras de amostras
de laboratório e seus recipientes contendo fezes, urina e secreções, provenientes de pacientes que não conte-
nham e nem sejam suspeitos de conter agentes Classe de Risco 4, e nem apresentem relevância epidemiológica
e risco de disseminação, ou microrganismo causador de doença emergente que se torne epidemiologicamente
importante ou cujo mecanismo de transmissão seja desconhecido ou com suspeita de contaminação com príons;
tecido adiposo proveniente de lipoaspiração, lipoescultura ou outro procedimento de cirurgia plástica que gere
este tipo de resíduo; recipientes e materiais resultantes do processo de assistência à saúde, que não contenham
sangue ou líquidos corpóreos na forma livre; peças anatômicas (órgãos e tecidos) e outros resíduos provenientes
de procedimentos cirúrgicos ou de estudos anátomo-patológicos ou de confirmação diagnóstica; carcaças, peças
anatômicas, vísceras e outros resíduos provenientes de animais não submetidos a processos de experimentação
com inoculação de microorganismos, bem como suas forrações; cadáveres de animais provenientes de serviços
de assistência; Bolsas transfusionais vazias ou com volume residual pós-transfusão.
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12.2.4 - O recipiente com rodas de transporte interno de rejeitos radioativos, além das especificações contidas no
item 1.3 deste Regulamento, deve ser provido de recipiente com sistema de blindagem com tampa para acomo-
dação de sacos de rejeitos radioativos, devendo ser monitorado a cada operação de transporte e ser submetido
à descontaminação, quando necessário. Independente de seu volume, não poderá possuir válvula de drenagem
no fundo. Deve conter identificação com inscrição, símbolo e cor compatíveis com o resíduo do Grupo C.
12.3 – TRATAMENTO:
12.3.1 - O tratamento dispensado aos rejeitos do Grupo C – Rejeitos Radioativos é o armazenamento, em con-
dições adequadas, para o decaimento do elemento radioativo. O objetivo do armazenamento para decaimento
é manter o radionuclídeo sob controle até que sua atividade atinja níveis que permitam liberá-lo como resíduo
não radioativo. Este armazenamento poderá ser realizado na própria sala de manipulação ou em sala específica,
identificada como sala de decaimento. A escolha do local de armazenamento, considerando as meia-vidas, as
atividades dos elementos radioativos e o volume de rejeito gerado, deverá estar definida no Plano de Radiopro-
teção da Instalação, em conformidade com a norma NE –6.05 da CNEN. Para serviços com atividade em Medicina
Nuclear, observar ainda a norma NE – 3.05 da CNEN.
12.3.2 - Os resíduos do Grupo A de fácil putrefação, contaminados com radionuclídeos, depois de atendido os
respectivos itens de acondicionamento e identificação de rejeito radioativo, devem observar as condições de
conservação mencionadas no item 1.5.5, durante o período de decaimento do elemento radioativo.
12.3.3 - O tratamento preliminar das excretas de seres humanos e de animais submetidos à terapia ou a expe-
rimentos com radioisótopos deve ser feito de acordo com os procedimentos constantes no Plano de Radiopro-
teção.
12.3.4 – As sobras de alimentos provenientes de pacientes submetidos à terapia com Iodo 131, depois de
atendidos os respectivos itens de acondicionamento e identificação de rejeito radioativo, devem observar as
condições de conservação mencionadas no item 1.5.5 durante o período de decaimento do elemento radioativo.
Alternativamente, poderá ser adotada a metodologia de trituração destes alimentos na sala de decaimento, com
direcionamento para o sistema de esgotos, desde que haja Sistema de Tratamento de Esgotos na região onde
se encontra a unidade.
12.3.5 – O tratamento para decaimento deverá prever mecanismo de blindagem de maneira a garantir que
a exposição ocupacional esteja de acordo com os limites estabelecidos na norma NE-3.01 da CNEN. Quando o
tratamento for realizado na área de manipulação, devem ser utilizados recipientes blindados individualizados.
Quando feito em sala de decaimento, esta deve possuir paredes blindadas ou os rejeitos radioativos devem estar
acondicionados em recipientes individualizados com blindagem.
12.3.6 – Para serviços que realizem atividades de Medicina Nuclear e possuam mais de 3 equipamentos de
diagnóstico ou pelo menos 1 quarto terapêutico, o armazenamento para decaimento será feito em uma sala
de decaimento de rejeitos radioativos com no mínimo 4 m², com os rejeitos acondicionados de acordo com o
estabelecido no item 12.1 deste Regulamento.
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14.7.3 - Os resíduos contaminados com radionuclídeos devem ser submetidos ao mesmo tempo de decaimento
do material que o contaminou, conforme orientações constantes do item 12.3.
14.7.4 – As seringas e agulhas utilizadas em processos de assistência à saúde, inclusive as usadas na coleta la-
boratorial de amostra de paciente e os demais resíduos perfurocortantes não necessitam de tratamento.
As etapas seguintes do manejo dos RSS serão abordadas por processo, por abrangerem mais de um tipo de resí-
duo em sua especificação, e devem estar em conformidade com a Resolução CONAMA nº. 283/2001
15 - ARMAZENAMENTO EXTERNO
15.1 – O armazenamento externo, denominado de abrigo de resíduos, deve ser construído em ambiente exclu-
sivo, com acesso externo facilitado à coleta, possuindo, no mínimo, 01 ambiente separado para atender o arma-
zenamento de recipientes de resíduos do Grupo A juntamente com o Grupo E e 01 ambiente para o Grupo D. O
abrigo deve ser identificado e restrito aos funcionários do gerenciamento de resíduos, ter fácil acesso para os
recipientes de transporte e para os veículos coletores. Os recipientes de transporte interno não podem transitar
pela via pública externa à edificação para terem acesso ao abrigo de resíduos.
15.2 – O abrigo de resíduos deve ser dimensionado de acordo com o volume de resíduos gerados, com capaci-
dade de armazenamento compatível com a periodicidade de coleta do sistema de limpeza urbana local. O piso
deve ser revestido de material liso, impermeável, lavável e de fácil higienização. O fechamento deve ser cons-
tituído de alvenaria revestida de material liso, lavável e de fácil higienização, com aberturas para ventilação, de
dimensão equivalente a, no mínimo, 1/20 (um vigésimo) da área do piso, com tela de proteção contra insetos.
15.3– O abrigo referido no item 15.2 deste Regulamento deve ter porta provida de tela de proteção contra roe-
dores e vetores, de largura compatível com as dimensões dos recipientes de coleta externa, pontos de ilumina-
ção e de água, tomada elétrica, canaletas de escoamento de águas servidas direcionadas para a rede de esgoto
do estabelecimento e ralo sifonado com tampa que permita a sua vedação.
15.4- Os resíduos químicos do Grupo B devem ser armazenados em local exclusivo com dimensionamento com-
patível com as características quantitativas e qualitativas dos resíduos gerados.
15.5 - O abrigo de resíduos do Grupo B, quando necessário, deve ser projetado e construído em alvenaria, fe-
chado, dotado apenas de aberturas para ventilação adequada, com tela de proteção contra insetos. Ter piso e
paredes revestidos internamente de material resistente, impermeável e lavável, com acabamento liso. O piso
deve ser inclinado, com caimento indicando para as canaletas. Deve possuir sistema de drenagem com ralo
sifonado provido de tampa que permita a sua vedação. Possuir porta dotada de proteção inferior para impedir
o acesso de vetores e roedores.
15.6 - O abrigo de resíduos do Grupo B deve estar identificado, em local de fácil visualização, com sinalização de
segurança–RESÍDUOS QUÍMICOS, com símbolo baseado na norma NBR 7500 da ABNT.
15.7 - O armazenamento de resíduos perigosos deve contemplar ainda as orientações contidas na norma NBR
12.235 da ABNT.
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15.9 - O trajeto para o traslado de resíduos desde a geração até o armazenamento externo deve permitir livre
acesso dos recipientes coletores de resíduos, possuir piso com revestimento resistente à abrasão, superfície
plana, regular, antiderrapante e rampa, quando necessária, com inclinação de acordo com a RDC ANVISA nº.
50/2002.
15.10 – O estabelecimento gerador de RSS cuja geração semanal de resíduos não exceda a 700 L e a diária não
exceda a 150 L, pode optar pela instalação de um abrigo reduzido exclusivo, com as seguintes características:
• Ser construído em alvenaria, fechado, dotado apenas de aberturas teladas para ventilação, restrita a duas aber-
turas de 10X20 cm cada uma delas, uma a 20 cm do piso e a outra a 20 cm do teto, abrindo para a área externa.
A critério da autoridade sanitária, estas aberturas podem dar para áreas internas da edificação; • Piso, paredes,
porta e teto de material liso, impermeável e lavável. Caimento de piso para ao lado oposto ao da abertura com
instalação de ralo sifonado ligado à instalação de esgoto sanitário do serviço. • Identificação na porta com o sím-
bolo de acordo com o tipo de resíduo armazenado; • Ter localização tal que não abra diretamente para a área de
permanência de pessoas e, circulação de público, dando-se preferência a locais de fácil acesso à coleta externa
e próxima a áreas de guarda de material de limpeza ou expurgo.
16 – O pessoal envolvido diretamente com os processos de higienização, coleta, transporte, tratamento, e arma-
zenamento de resíduos, deve ser submetido a exame médico admissional, periódico, de retorno ao trabalho, de
mudança de função e demissional, conforme estabelecido no PCMSO da Portaria 3214 do MTE ouem legislação
específica para o serviço público
16.1 – Os trabalhadores devem ser imunizados em conformidade com o Programa Nacional de Imunização-PNI,
devendo ser obedecido o calendário previsto neste programa ou naquele adotado pelo estabelecimento.
16.2 - Os trabalhadores imunizados devem realizar controle laboratorial sorológico para avaliação da resposta
imunológica..
17 - Os exames a que se refere o item anterior devem ser realizados de acordo com as Normas Reguladoras-NRs
do Ministério do Trabalho e Emprego .
18 – O pessoal envolvido diretamente com o gerenciamento de resíduos deve ser capacitado na ocasião de sua
admissão e mantido sob educação continuada para as atividades de manejo de resíduos, incluindo a sua respon-
sabilidade com higiene pessoal, dos materiais e dos ambientes.
18.1- A capacitação deve abordar a importância da utilização correta de equipamentos de proteção individual -
uniforme, luvas, avental impermeável, máscara, botas e óculos de segurança específicos a cada atividade, bem
como a necessidade de mantê-los em perfeita higiene e estado de conservação.
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Técnico em Segurança do Trabalho – Volume 1
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Técnico em Segurança do Trabalho – Volume 1
GRUPO C
Quaisquer materiais resultantes de atividades humanas que contenham radionuclídeos em quantidades supe-
riores aos limites de isenção especificados nas normas do CNEN e para os quais a reutilização é imprópria ou
não prevista.
- Enquadram-se neste grupo os rejeitos radioativos ou contaminados com radionuclídeos, provenientes de labo-
ratórios de análises clinicas, serviços de medicina nuclear e radioterapia, segundo a resolução CNEN-6.05.
GRUPO D
Resíduos que não apresentem risco biológico, químico ou radiológico à saúde ou ao meio ambiente, podendo
ser equiparados aos resíduos domiciliares.
- papel de uso sanitário e fralda, absorventes higiênicos, peças descartáveis de vestuário, resto alimentar de
paciente, material utilizado em anti-sepsia e hemostasia de venóclises, equipo de soro e outros similares não
classificados como A1; - sobras de alimentos e do preparo de alimentos; - resto alimentar de refeitório; - resí-
duos provenientes das áreas administrativas; - resíduos de varrição, flores, podas e jardins - resíduos de gesso
provenientes de assistência à saúde
GRUPO E Materiais perfurocortantes ou escarificantes, tais como: Lâminas de barbear, agulhas, escalpes, ampolas
de vidro, brocas, limas endodônticas, pontas diamantadas, lâminas de bisturi, lancetas; tubos capilares; micro-
pipetas; lâminas e lamínulas; espátulas; e todos os utensílios de vidro quebrados no laboratório (pipetas, tubos
de coleta sanguínea e placas de Petri) e outros similares.
APÊNDICE II
CLASSE DE RISCO 4
- BACTÉRIAS Nenhuma
- FUNGOS Nenhum
- PARASITAS Nenhum
- VÍRUS E MICOPLASMAS Agentes da Febre Hemorrágica ( Criméia-Congo, Lassa, Junin, Machupo, Sabiá, Guanarito
e outros ainda não identificados)
- Encefalites transmitidas por carrapatos (inclui o vírus da Encefalite primavera-verão Russa, Vírus da Doença de
Kyasanur, Febre Hemorrágica de Omsk e vírus da Encefalite da Europa Central).
- Herpesvírus simiae (Monkey B vírus)
- Mycoplasma agalactiae (caprina)
- Mycoplasma mycoides (pleuropneumonia contagiosa bovina)
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Técnico em Segurança do Trabalho – Volume 1
- Vírus de Marburg
- Vírus de Akabane
- Vírus Ebola
OBS : Os microorganismos emergentes que venham a ser identificados deverão ser classificados neste nível até
que os estudos estejam concluídos.
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Técnico em Segurança do Trabalho – Volume 1
- Precauções com objetos de Classe III ou Classe I ou II, juntamente com macacão de pressão com fechamento
automático
- Ar de exaustão não
- Manual de Biossegurança que defina qualquer positiva com suprimento de ar. recirculante
- Amostra sorológica
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Técnico em Segurança do Trabalho – Volume 1
- Nível I Inativação de bactérias vegetativas, fungos e vírus lipofílicos com redução igual ou maior que 6Log10
- Nível 2 Inativação de bactérias vegetativas, fungos, vírus lipofílicos e hidrofílicos, parasitas e micobactérias com
redução igual ou maior que 6Log10
- Nível III Inativação de bactérias vegetativas, fungos, vírus lipofílicos e hidrofílicos, parasitas e micobactérias
com redução igual ou maior que 6Log10, e inativação de esporos do B. stearothermophilus ou de esporos do B.
subtilis com redução igual ou maior que 4Log10.
- Nível IV Inativação de bactérias vegetativas, fungos, vírus lipofílicos e hidrofílicos, parasitas e micobactérias, e
inativação de esporos do B. stearothermophilus com redução igual ou maior que 4Log10.
Fonte : Technical Assistance Manual: State Regulatory Oversight of Medical Waste Treatment Technologies – State and Terri-
torial Association on Alternate Treatment Technologies – abril de 1994
APÊNDICE V
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Técnico em Segurança do Trabalho – Volume 1
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Técnico em Segurança do Trabalho – Volume 1
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Técnico em Segurança do Trabalho – Volume 1
Lista das principais substâncias utilizadas em serviços de saúde que reagem com embalagens de Polietileno de
Alta Densidade (PEAD)
- Àcido butírico
- Dietil benzeno
- Àcido nítrico
- Dissulfeto de carbono
- Bromofórmio Nitrobenzeno
- Ciclohexano p-diclorobenzeno
- Cresol Xileno
Fonte: Chemical Waste Management Guide – University of Florida – Division of Environmental Health & Safety – abril de 2001
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Técnico em Segurança do Trabalho – Volume 1
GLOSSÁRIO
AGENTE BIOLÓGICO – Bactérias, fungos, vírus, clamídias, riquétsias, micoplasmas, prions, parasitas, linhagens
celulares, outros organismos e toxinas.
ATERRO DE RESÍDUOS PERIGOSOS – CLASSE I – Técnica de disposição final de resíduos químicos no solo, sem causar
danos ou riscos à saúde pública, minimizando os impactos ambientais e utilizando procedimentos específicos de
engenharia para o confinamento destes.
ATERRO SANITÁRIO – Técnica de disposição final de resíduos sólidos urbanos no solo, por meio de confinamento
em camadas cobertas com material inerte, segundo normas específicas, de modo a evitar danos ou riscos à
saúde e à segurança, minimizando os impactos ambientais.
CADÁVERES DE ANIMAIS : são os animais mortos. Não oferecem risco à saúde humana, à saúde animal ou de
impactos ambientais por estarem impedidos de disseminar agentes etiológicos de doenças.
CARROS COLETORES – são os contenedores providos de rodas, destinados à coleta e transporte interno de resíduos
de serviços de saúde .
CLASSE DE RISCO 4 (elevado risco individual e elevado risco para a comunidade): condição de um agente biológi-
co que representa grande ameaça para o ser humano e para os animais, representando grande risco a quem o
manipula e tendo grande poder de transmissibilidade de um indivíduo a outro, não existindo medidas preventi-
vas e de tratamento para esses agentes.
COMISSÃO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR – CCIH - órgão de assessoria à autoridade máxima da institui-
ção e de coordenação das ações de controle de infecção hospitalar.
DESTINAÇÃO FINAL- processo decisório no manejo de resíduos que inclui as etapas de tratamento e disposição
final.
EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL – EPI – dispositivo de uso individual, destinado a proteger a saúde e a
integridade física do trabalhador, atendidas as peculiaridades de cada atividade profissional ou funcional.
80
Técnico em Segurança do Trabalho – Volume 1
FONTE SELADA - fonte radioativa encerrada hermeticamente em uma cápsula, ou ligada totalmente a material
inativo envolvente, de forma que não possa haver dispersão de substância radioativa em condições normais e
severas de uso.
FORMA LIVRE - é a saturação de um líquido em um resíduo que o absorva ou o contenha, de forma que possa
produzir gotejamento, vazamento ou derramamento espontaneamente ou sob compressão mínima
HEMODERIVADOS – produtos farmacêuticos obtidos a partir do plasma humano, submetidos a processo de indus-
trialização e normatização que lhes conferem qualidade, estabilidade e especificidade.
INSUMOS FARMACÊUTICOS - Qualquer produto químico, ou material (por exemplo: embalagem) utilizado no pro-
cesso de fabricação de um medicamento, seja na sua formulação, envase ou acondicionamento.
LICENCIAMENTO AMBIENTAL – atos administrativos pelos quais o órgão de meio ambiente aprova a viabilidade do
local proposto para uma instalação de tratamento ou destinação final de resíduos, permitindo a sua construção
e operação, após verificar a viabilidade técnica e o conceito de segurança do projeto.
LICENCIAMENTO DE INSTALAÇÕES RADIATIVAS – atos administrativos pelos quais a CNEN aprova a viabilidade do
local proposto para uma instalação radiativa e permite a sua construção e operação, após verificar a viabilidade
técnica e o conceito de segurança do projeto.
LÍQUIDOS CORPÓREOS: são representados pelos líquidos cefalorraquidiano, pericárdico, pleural, articular, ascítico
e amniótico
MATERIAIS DE ASSISTÊNCIA À SAÚDE: materiais relacionados diretamente com o processo de assistência aos pa-
cientes
MEIA-VIDA FÍSICA – tempo que um radionuclídeo leva para ter a sua atividade inicial reduzida à metade.
METAL PESADO – qualquer composto de Antimônio, Cádmio, Crômio (IV), Chumbo, Estanho, Mercúrio, Níquel,
Selênio, Telúrio e Tálio, incluindo a forma metálica.
81
Técnico em Segurança do Trabalho – Volume 1
PRODUTO PARA DIAGNÓSTICO DE USO IN VITRO: reagentes, padrões, calibradores, controles, materiais, artigos e
instrumentos, junto com as instruções para seu uso, que contribuem para realizar uma determinação qualitativa,
quantitativa ou semi-quantitativa de uma amostra biológica e que não estejam destinados a cumprir função
anatômica, física ou terapêutica alguma, que não sejam ingeridos, injetados ou inoculados em seres humanos e
que são utilizados unicamente para provar informação sobre amostras obtidas do organismo humano. (Portaria
n º 8/MS/SVS, de 23 de janeiro de 1996)
QUIMIOTERÁPICOS ANTINEOPLÁSICOS – substâncias químicas que atuam a nível celular com potencial de produzi-
rem genotoxicidade, citotoxicidade e teratogenicidade .
RECICLAGEM – processo de transformação dos resíduos que utiliza técnicas de beneficiamento para o reprocessa-
mento, ou obtenção de matéria prima para fabricação de novos produtos.
REDUÇÃO DE CARGA MICROBIANA: aplicação de processo que visa a inativação microbiana das cargas biológicas
contidas nos resíduos
RESÍUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE – RSS – são todos aqueles resultantes de atividades exercidas nos serviços defini-
dos no artigo 1o que, por suas características, necessitam de processos diferenciados em seu manejo, exigindo
ou não tratamento prévio à sua disposição final
SOBRAS DE AMOSTRAS: restos de sangue, fezes, urina, suor, lágrima, leite, colostro, líquido espermático, saliva,
secreções nasal, vaginal ou peniana, pêlo e unha que permanecem nos tubos de coleta após a retirada do ma-
terial necessário para a realização de investigação
VEÍCULO COLETOR – veículo utilizado para a coleta externa e o transporte de resíduos de serviços de saúde.
82
Técnico em Segurança do Trabalho – Volume 1
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Resolução nº 5 de 05de agosto de 1993 - “Estabelece definições, classificação e procedimentos mínimos para o
gerenciamento de resíduos sólidos oriundos de serviços de saúde, portos e aeroportos, terminais ferroviários e
rodoviários”
Resolução nº 257 de 30 de junho de 1999 - “Estabelece que pilhas e baterias que contenham em suas com-
posições chumbo, cádmio, mercúrio e seus compostos, tenham os procedimentos de reutilização, reciclagem,
tratamento ou disposição final ambientalmente adequados”
Resolução nº 275, de 25 de abril de 2001- “Estabelece código de cores para diferentes tipos de resíduos na coleta
seletiva” Resolução nº 283 de 12 de julho de 2001- “Dispõe sobre o tratamento e a destinação final dos resíduos
dos serviços de saúde”
Resolução nº 316, de 29 de outubro de 2002 - : “Dispõe sobre procedimentos e critérios para o funcionamento
de sistemas de tratamento térmico de resíduos”
NBR 13853– Coletores para resíduos de serviços de saúde perfurantes ou cortantes – Requisitos e métodos de
ensaio, de maio de 1997
NBR - 7.500 – Símbolos de Risco e Manuseio para o Transporte e Armazenamento de Material, de março de 2000
NBR - 9191 – Sacos plásticos para acondicionamento de lixo – Requisitos e métodos de ensaio, de julho de 2000
NBR 14725 – Ficha de informações de segurança de produtos químicos – FISPQ – julho de 2001
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Técnico em Segurança do Trabalho – Volume 1
NE- 6.01 – Requisitos para o registro de Pessoas Físicas para o preparo, uso e manuseio de fontes radioativas.
RDC nº 50, de 21 de fevereiro de 2002 - Dispõe sobre o Regulamento Técnico para planejamento, programação,
elaboração e avaliação de projetos físicos de estabelecimentos assistenciais de saúde. RDC nº 305 de 14 de
novembro de 2002 - Ficam proibidos, em todo o território nacional, enquanto persistirem as condições que con-
figurem risco à saúde, o ingresso e a comercialização de matéria-prima e produtos acabados, semi-elaborados
ou a granel para uso em seres humanos, cujo material de partida seja obtido a partir de tecidos/fluidos de
animais ruminantes, relacionados às classes de medicamentos, cosméticos e produtos para a saúde, conforme
discriminado.
• MINISTÉRIO DA SAÚDE
Diretrizes gerais para o trabalho em contenção com material biológico – 2004 Portaria SVS/MS 344 de 12 de
maio de 1998 - Aprova o Regulamento Técnico sobre substâncias e medicamentos sujeitos a controle especial.
Portaria 3.214, de 08 de junho de 1978 - Norma Reguladora – NR-7- Programa de Controle Médico de Saúde
Ocupacional.
• PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA
Decreto 2657 de 03 de julho de 1998 - Promulga a Convenção nº 170 da OIT, relativa à Segurança na Utilização
de Produtos Químicos no Trabalho, assinada em Genebra, em 25 de junho de 1990.
84
Técnico em Segurança do Trabalho – Volume 1
Safe management of waste from Health-care activities Emerging and other Communicable Diseases, Surveillan-
ce and Control - 1999
Guidance for Evaluating Medical Waste Treatment Technologies State and Territorial Association on Alternative
Treatment Technologies, April 1994
LITERATURA
• CARVALHO , Paulo Roberto de. Boas Práticas Químicas em Biossegurança. Rio de Janeiro: Interciência, 1999.
• COSTA, Marco Antonio F. da; COSTA, Maria de Fátima Barrozo da; MELO, Norma Suely Falcão de Oliveira. Biosse-
gurança – Ambientes Hospitalares e Odontológicos. São Paulo: Livraria Santos Editora Ltda., 2000.
• DIVISION OF ENVIRONMENTAL HEALTH AND SAFETY. Photographic Materials: Safety issues and disposal procedu-
res. Florida: University of Florida. (www.ehs.ufl.edu)
• Chemical Waste Management Guide. – University of Florida – Division of Environmental Health & Safety - abril
de 2001
• GUIDANCE for evaluating medical waste treatment technologies. 1993 • HIRATA, Mario Hiroyuki; FILHO, Jorge
Mancini. Manual de Biossegurança. São Paulo: Editora Manole, 2002.
• RICHMOND, Jonathan Y.; MCKINNE, Robert W. Organizado por Ana Rosa dos Santos, Maria Adelaide Millington,
Mário César Althoff. Biossegurança em laboratórios biomédicos e de microbiologia – CDC.Brasília: Ministério da
Saúde, 2000.
• The Association for Practicioners in Infection Control, Inc.- Position Paper: Medical Waste (revised) -American
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• Classe de risco 2: possuem risco moderado de contaminação, porém sua disseminação no ambiente é limita-
da, com medidas de contenção e profiláticas eficazes.
• Classe de risco 3: possuem alto risco de contaminação individual, com moderado risco de disseminação no
ambiente.
• Classe de risco 4: organismos que oferecem alto risco de contaminação e disseminação. Em geral, as medi-
das profiláticas e/ou terapêuticas são desconhecidas ou possuem baixa eficácia. Em sua maioria esta classe é
composta por vírus.
• Classe de risco especial: organismos que atingem outros animais que não o homem, porém causam impactos
negativos na economia.
* O Senac Rio se reservou ao direito de não alterar os textos contidos neste manual. Portanto, não pode ser responsabilizado
pelos possíveis erros ortográficos e gramaticais. O conteúdo dos documentos aqui utilizados é de responsabilidade de seus
autores.
95
Técnico em Segurança do Trabalho – Volume 1
Correlações:
Revogadas as disposições que tratam de resíduos sólidos oriundos de serviços de saúde pela Resolução no
358/05.
Dispõe sobre o gerenciamento de resíduos sólidos gerados nos portos, aeroportos, terminais ferroviários e
rodoviários e estabelecimentos prestadores de serviços de saúde.
(Revogadas as disposições que tratam de resíduos sólidos oriundos de serviços de saúde pela Resolução n°
358/05)
O CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE - CONAMA, no uso das atribuições previstas na Lei nº 6.938, de 31 de
agosto de 1981, alterada pelas Leis nº 7.804, de 18 de julho de 1989, e nº 8.028, de 12 de abril de 1990, e re-
gulamentada pelo Decreto nº 99.274, de 6 de junho de 1990, e no Regimento Interno aprovado pela Resolução
CONAMA nº 25, de 3 de dezembro de 1986136,
I - Resíduos Sólidos: conforme a NBR-nº 10.004, da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT - “Resíduos
nos estados sólido e semi-sólido, que resultam de atividades da comunidade de origem: industrial, doméstica,
hospitalar, comercial, agrícola, de serviços e de varrição. Ficam incluídos nesta definição os lodos provenientes
de sistemas de tratamento de água, aqueles gerados em equipamentos e instalações de controle de poluição,
bem como determinados líquidos cujas particularidades tornem inviável seu lançamento na rede pública de
esgotos ou corpos d’água, ou exijam para isso soluções técnica e economicamente inviáveis, em face à melhor
tecnologia disponível”.
* O Senac Rio se reservou ao direito de não alterar os textos contidos neste manual. Portanto, não pode ser responsabilizado
pelos possíveis erros ortográficos e gramaticais. O conteúdo dos documentos aqui utilizados é de responsabilidade de seus
autores.
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Técnico em Segurança do Trabalho – Volume 1
Art. 2o Esta Resolução aplica-se aos resíduos sólidos gerados nos portos, aeroportos, terminais ferroviários e
rodoviários e estabelecimentos prestadores de serviços de saúde.
(Revogadas as disposições que tratam de resíduos sólidos oriundos de serviços de saúde pela Resolução n°
358/05)
136 Resolução revogada implicitamente pelo novo Regimento Interno GESTÃO DE RESÍDUOS E PRODUTOS PERI-
GOSOS – Tratamento... RESOLUÇÃO CONAMA nº 5 de 1993
Art. 3o Para os efeitos desta Resolução, os resíduos sólidos gerados nos estabelecimentos, a que se refere o art.
2o, são classificados de acordo com o anexo I, desta Resolução.
Art. 4o Caberá aos estabelecimentos já referidos o gerenciamento de seus resíduos sólidos, desde a geração até
a disposição final, de forma a atender aos requisitos ambientais e de saúde pública.
Art. 5o A administração dos estabelecimentos citados no art. 2o, em operação ou a serem implantados, deverá
apresentar o Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos, a ser submetido à aprovação pelos órgãos de meio
ambiente e de saúde, dentro de suas respectivas esferas de competência, de acordo com a legislação vigente.
§ 1o Na elaboração do Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos, devem ser considerados princípios que con-
duzam à reciclagem, bem como a soluções integradas ou consorciadas, para os sistemas de tratamento e dispo-
sição final, de acordo com as diretrizes estabelecidas pelos órgãos de meio ambiente e de saúde competentes.
§ 2o Os órgãos de meio ambiente e de saúde definirão, em conjunto, critérios para determinar quais os estabe-
lecimentos estão obrigados a apresentar o plano requerido neste artigo.
Art. 6o Os estabelecimentos listados no art. 2o terão um responsável técnico, devidamente registrado em conse-
lho profissional, para o correto gerenciamento dos resíduos sólidos gerados em decorrência de suas atividades.
Art. 7o Os resíduos sólidos serão acondicionados adequadamente, atendendo às normas aplicáveis da ABNT e
demais disposições legais vigentes.
§ 1o Os resíduos sólidos pertencentes ao grupo “A” do anexo I desta Resolução, serão acondicionados em sacos
plásticos com a simbologia de substância infectante.
§ 2o Havendo, dentre os resíduos mencionados no parágrafo anterior, outros perfurantes ou cortantes estes
serão acondicionados previamente em recipiente rígido, estanque, vedado e identificado pela simbologia de
substância infectante.
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Técnico em Segurança do Trabalho – Volume 1
Art. 9o A implantação de sistemas de tratamento e disposição final de resíduos sólidos fica condicionada ao
licenciamento, pelo órgão ambiental competente em conformidade com as normas em vigor.
Art. 10. Os resíduos sólidos pertencentes ao grupo “A” não poderão ser dispostos no
Parágrafo único. Aterros sanitários implantados e operados conforme normas técnicas vigentes deverão ter pre-
vistos em seus licenciamentos ambientais sistemas específicos que possibilitem a disposição de resíduos sólidos
pertencentes ao grupo “A”.
Art. 11. Dentre as alternativas passíveis de serem utilizadas no tratamento dos resíduos sólidos, pertencentes
ao grupo “A”, ressalvadas as condições particulares de emprego e operação de cada tecnologia, bem como
considerando-se o atual estágio de desenvolvimento tecnológico, recomenda-se a esterilização a vapor ou a
incineração.
§ 1o Outros processos de tratamento poderão ser adotados, desde que obedecido o disposto no art. 10 desta
Resolução e com prévia aprovação pelo órgão de meio ambiente e de saúde competentes.
§ 2o Após tratamento, os resíduos sólidos pertencentes ao grupo “A” serão considerados “resíduos comuns”
(grupo “D”), para fins de disposição final.
Art. 12. Os resíduos sólidos pertencentes ao grupo “B” deverão ser submetidos a tratamento e disposição final
específi cos, de acordo com as características de toxicidade, inflamabilidade, corrosividade e reatividade, segun-
do exigências do órgão ambiental competente.
Art. 13. Os resíduos sólidos classificados e enquadrados como rejeitos radioativos pertencentes ao grupo “C”, do
anexo I, desta Resolução, obedecerão às exigências definidas pela Comissão Nacional de Energia Nuclear - CNEN.
Art. 14. Os resíduos sólidos pertencentes ao grupo “D” serão coletados pelo órgão municipal de limpeza urbana
e receberão tratamento e disposição final semelhante aos determinados para os resíduos domiciliares, desde
que resguardadas as condições de proteção ao meio ambiente e à saúde pública.
Art. 15. Quando não assegurada a devida segregação dos resíduos sólidos, estes serão considerados, na sua
totalidade, como pertencentes ao grupo “A”, salvo os resíduos sólidos pertencentes aos grupos “B” e “C” que,
por suas peculiaridades, deverão ser sempre separados dos resíduos com outras qualificações.
Art. 16. Os resíduos comuns (grupo “D”) gerados nos estabelecimentos explicitados no art. 2o provenientes de
áreas endêmicas definidas pelas autoridades de saúde pública competentes, serão considerados, com vistas ao
manejo e tratamento, como pertencentes ao grupo “A”.
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Técnico em Segurança do Trabalho – Volume 1
Art. 18. Os restos alimentares “IN NATURA” não poderão ser encaminhados para a alimentação de animais, se
provenientes dos estabelecimentos elencados no art. 2o, ou das áreas endêmicas a que se refere o art. 16 desta
Resolução.
sólidos, objeto desta Resolução, serão definidos no âmbito do PRONAR - Programa Nacional de Controle e Quali-
dade do Ar, no prazo de 180 (cento e oitenta) dias, a contar da data de publicação desta Resolução, mantendo-se
aqueles já estabelecidos e em vigência.
Art. 20. As cargas em perdimento consideradas como resíduos, para fins de tratamento e disposição final,
presentes nos terminais públicos e privados, obedecerão ao disposto na Resolução do CONAMA nº 2, de 22 de
agosto de 1991.
Art. 21. Aos órgãos de controle ambiental e de saúde competentes, mormente os partícipes do SISNAMA - Siste-
ma Nacional do Meio Ambiente, incumbe a aplicação desta Resolução, cabendo-lhes a fi scalização, bem como
a imposição das penalidades previstas na legislação pertinente, inclusive a medida de interdição de atividades.
Art. 22. Os órgãos estaduais do meio ambiente com a participação das Secretarias
ANEXO I
99
Técnico em Segurança do Trabalho – Volume 1
Saúde e
Módulo 1 Higiene Ocupacional
Saúde Ocupacional
Biossegurança
Primeiros Socorros
Planejamento de uma
Comissão Interna de
Prevenção de Acidentes – CIPA
100
Técnico em Segurança do Trabalho – Volume 1
Primeiros Socorros
ESTA UNIDADE CURRICULAR CONTÉM 3 ANEXOS. VEJA-OS A SEGUIR.
101
Técnico em Segurança do Trabalho – Volume 1
Estudo de caso 1
Um operário da construção civil sofre uma queda equivalente ao segundo andar de um prédio. Sua queda des-
perta a curiosidade de pedestres que estão próximos ao local e uma aglomeração começa a se formar ao seu
redor. O que você deve fazer?
Estudo de caso 2
Um pedestre do sexo feminino com idade estimada de 50 anos sofre um desmaio. A vítima está deitada incons-
ciente na calçada, não tem pulso e não respira. O que você deve fazer?
102
Técnico em Segurança do Trabalho – Volume 1
103
Técnico em Segurança do Trabalho – Volume 1
Estudo de caso 3
João é funcionário de uma serralheria. Durante o experiente, João sofre um corte profundo na mão direita. João
está com hemorragia e pede socorro. O que você deve fazer?
Estudo de caso 4
Ana está fervendo água para fazer café na copa da empresa em que trabalha. Ao tentar alcançar uma xícara
na prateleira que fica sobre o fogão, a ponta da manga da blusa entra em contato com a chama e pega fogo.
O fogo rapidamente sobe pela manga. Os gritos de Ana atraem você e outros colegas de trabalho até a copa.
Ela apresenta queimaduras de primeiro e segundo grau com extensão de 6% da superfície corporal. O que você
deve fazer?
Estudo de caso 5
Um turista é atropelado por um veículo em alta velocidade. A vítima é lançada sobre os veículos à frente e cai
no asfalto. A vítima está inconsciente e em local de risco. O que você deve fazer?
104
Técnico em Segurança do Trabalho – Volume 1
Saúde e
Módulo 1 Higiene Ocupacional
Saúde Ocupacional
Biossegurança
Primeiros Socorros
Planejamento de uma
Comissão Interna de
Prevenção de Acidentes – CIPA
105
Técnico em Segurança do Trabalho – Volume 1
Comissão Interna de
Prevenção de Acidente (CIPA)
- estudos em EAD
Esta Unidade Curricular contém 1 Anexo. Veja-o a seguir.
106
Técnico em Segurança do Trabalho – Volume 1
Prezado estudante,
Este é o Roteiro de Orientação das Atividades para a utilização do CD “CIPA - Comissão Interna de Prevenção de
Acidentes” que você está recebendo.
O conteúdo do CD “CIPA” é um material de autoestudo que irá contribuir para o desenvolvimento do projeto
integrador – Planejamento de uma Comissão Interna de Prevenção de Acidente – CIPA, que você irá realizar em
grupo.
A tutoria do conteúdo do CD será realizada pelo instrutor responsável pelo projeto integrador, que apresentará o
calendário com as datas e prazos das atividades, orientará e acompanhará o estudo e a execução das atividades.
Seu compromisso é cumprir as atividades propostas nos prazos determinados e, com o estudo realizado, trocar
experiências e compartilhar conhecimentos com o grupo nos momentos presenciais.
O conteúdo do CD está organizado em etapas (módulos de estudo), que você deverá percorrer sequencialmente.
Você avalia sua aprendizagem à medida que realiza as atividades propostas. Nos encontros presenciais haverá
espaço de discussão a partir dos estudos realizados e apresentação do resultado das atividades, onde você pode-
rá compartilhar ideias e experiências com o grupo. No entanto, isso só será possível se você realizar e participar
de todas as atividades de acordo com o plano a seguir.
107
Técnico em Segurança do Trabalho – Volume 1
108
Técnico em Segurança do Trabalho – Volume 1
Saúde e
Módulo 1 Higiene Ocupacional
Saúde Ocupacional
Biossegurança
Primeiros Socorros
Planejamento de uma
Comissão Interna de
Prevenção de Acidentes – CIPA
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Técnico em Segurança do Trabalho – Volume 1
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As comissões de fábrica surgiram no Brasil durante a ditadura militar como uma alternativa de organização dos
trabalhadores no local de trabalho, já que, na época, a maioria dos sindicatos estava sob intervenção do regime
e limitada politicamente na luta pelos trabalhadores.
Com a abertura política nos anos 80 e o fim do regime militar, as comissões de fábrica continuaram e se conso-
lidaram como instrumento de luta e organização nos locais de trabalho, atuando em conjunto com os sindicatos
e as CIPAs na defesa dos trabalhadores.
(...)
Fonte: SINDICATO dos metalúrgicos de Taubaté. Disponível em: <http://www.sindmetau.org.br/>. Acesso em: 22 set. 2010
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2 – Histórico da CIPA
Histórico da CIPA
Na história dos processos produtivos relacionados ao parque industrial brasileiro, a CIPA surgiu como a primeira
manifestação organizada de ações de prevenção de acidentes dentro do território nacional. Foram criados dis-
positivos legais para regular suas atividades, e são as empresas particulares que favorecem o seu funcionamento
dentro das suas dependências.
A partir do aparecimento da CIPA, as ações de prevenção de acidentes do trabalho nos limites do território nacio-
nal foram efetivamente sedimentadas, ainda que de forma bastante incipiente – indivíduos nos mais diferentes
nichos produtivos passaram a ter preocupação com os acidentes e toda a problemática que os envolvem.
As ações de prevenção de acidentes adquiriram cada vez mais força, a partir da iniciativa privada – que perce-
beu o problema e se tornou cada vez mais sensível aos problemas com as mais variadas especificidades que o
acidente causa às suas vítimas, e é a CIPA, um tanto mal -interpretada em alguns momentos na sua ação, que
desempenha um papel marcante na proteção da integridade física do trabalhador, assim como do patrimônio
das empresas.
O início da CIPA se deu de forma um tanto conturbada em razão das orientações que foram dadas para seu
funcionamento, e do descaso que ela sofreu por grande parte do trabalhadores, assim como da falta de uma
política mais clara por parte das instituições para que ela fosse implantada. “Os locais de reunião não são bem
-definidos, equipamentos e materiais ficam fora da sua disponibilidade, os membros são impedidos de partici-
parem de suas reuniões etc.” Apesar das dificuldades encontradas para seu funcionamento, aos poucos a CIPA
foi preenchendo um espaço de fundamental importância para a sociedade civil.
A CIPA conta com a contribuição de diversos órgãos: ABPA – Associação Brasileira de Prevenção de Acidentes,
responsável pela ministração de diverso cursos e treinamentos; SESI e Ministério do Trabalho Indústria e Comér-
cio, – pessoas e instituições que não mediram esforços para que a Comissão fosse implantada.
A OIT é a organização de caráter internacional que está recomendando a implantação da CIPA nas mais variadas
empresas.
Ela é responsável, pela criação de um comitê, que está fazendo os primeiros esboços focados em questões
relacionadas a segurança e higiene ocupacional, e indicações de medidas de cunho preventivo no âmbito dos
acidentes e das doenças do trabalho. As orientações da OIT passaram a ser adotadas por diversos países que
objetivavam seus desdobramentos políticos e sociais – mudança das condições de saúde e segurança dos tra-
balhadores.
Uma das recomendações da OIT, através da ação do Comitê, é a estruturação da Comissão de Segurança do Tra-
balho, para as unidades industriais. No período que corresponde a 10/11/1944, ela foi fundamentada por um
ato da Presidência Republica em exercício através do Decreto-Lei nº 7036 – Nova Lei da Prevenção de Acidentes.
O artigo 82 deste decreto dá à CIPA, a sua real importância e fundamentação legal.
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Cabe ao artigo 82 o seguinte texto: “Os empregadores, cujo número de empregados seja superior a 100, deve-
rão providenciar a organização, em seus estabelecimentos, de comissões internas, com representantes dos em-
pregados, para o fim de estimular o interesse pelas questões de prevenção de acidentes, apresentar sugestões
quanto à orientação e fiscalização das medidas de proteção ao trabalho, realizar palestras instrutivas, propor a
instituição de concursos e prêmios e tomar outras providências tendentes a educar o empregado na prática de
prevenir acidentes.”
A sociedade moderna estava passando por profundas mudanças,: a Europa vivia o final da Segunda Guerra
Mundial e, no bojo de tantas transformações sociais, em 19 de junho de 1945, foi baixada a Portaria nº 229, que
deu a primeira regulamentação da Comissão. A segunda regulamentação da CIPA foi definida pela Portaria nº
155, de 27 de novembro de 1953. A terceira regulamentação ocorreu com a Portaria nº 32, de 29 de novembro
de 1968. A quarta regulamentação da CIPA ocorreu com a Portaria nº 3.456, de 3 de agosto de 1977. Em 22 de
dezembro de 1977, foi aprovada a Lei nº 6.514, que garantiu mais uma correção no capítulo V da CLT, no qual a
CIPA recebeu mais destaque nos enunciados dos seus artigos 163, 164 e 165.
Foi baixada, em 8 de junho de 1978, a Portaria nº 3.214, que revogou as portarias anteriores em vigor que legis-
lavam sobre questões de segurança do trabalho. Esta Portaria aprovou e expediu 28 Normas Regulamentadoras,
entre elas a que é especifica as ações da CIPA – a Norma Regulamentadora nº 5 (NR- 5).
A obrigatoriedade do estabelecimento da CIPA, nas mais diferentes empresas passou a ser parte da CLT, ampa-
rada no Decreto–Lei nº 229 ,– cuja data é de 26 de fevereiro de 1967, –, alterando de forma ampla e profunda
o capítulo V, título ll, da CLT, que viria a legislar sobre questões de segurança e higiene do trabalho, tendo como
ênfase a estruturação da CIPA, nas empresas, que passou a fazer parte da Lei Maior, visando a proteção ao
trabalhador.
A CIPA foi estabelecida pelo Decreto nº 7.036 de 10-/11-/1944, que oficializou a sua obrigatoriedade nas em-
presas geridas pela CLT, a partir de 1945, através da Portaria nº 229 do antigo DNT – Departamento Nacional do
Trabalho ( Ministério do Trabalho). Essa regulamentação se deu através da Lei nº 6.514, de 22 de dezembro de
1977, que alterou o capítulo V, título ll da CLT, concernente a segurança e medicina do trabalho.
Em 08 de junho de 1978, a Portaria nº 3.214 deliberou sobre as NRs. A última redação da NR 5 foi definida e
entrou em vigor em 24/05/99.
Referências:
b)
MANUAL CIPA. Disponível em: <http://Portal.Mte.Gov.Br/Data/Files/FF8080812BCB2790012B-
D527FF7C25B2/Pub_Cne_Cipa.Pdf .>. Acesso: 14 abr. 2011
* O Senac Rio se reservou ao direito de não alterar os textos contidos neste manual. Portanto, não pode ser responsabilizado
pelos possíveis erros ortográficos e gramaticais. O conteúdo dos documentos aqui utilizados é de responsabilidade de seus
autores.
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Uma empresa de desmonte de rocha, com grau de risco 4, vem apresentando um aumento no número de aci-
dentes de pequena gravidade (quedas, torções dos membros inferiores e leves traumas nas mãos).
Nos últimos três meses, dois funcionários da área administrativa sofreram quedas em um dos corredores de
acesso ao refeitório. Segundo o que foi registrado na CAT, em um dos acidentes o corredor estava molhado. Já no
segundo acidente, identificou-se que havia um desnível no piso e que este estava escorregadio.
Ainda nesse período, quatro operários também sofreram pequenos acidentes. Todos foram atendidos no am-
bulatório da empresa e retornaram às suas atividades. Dois desses operários se acidentaram por não estarem
usando as luvas de proteção durante a remoção dos entulhos. Os outros dois foram atingidos por fragmentos de
pedra projetados durante o trabalho de desmonte por outros colegas que trabalhavam ao lado.
Esses eventos recorrentes começaram a chamar a atenção dos membros da CIPA, que decidiram realizar uma
reunião extraordinária.
Imagine que você é um dos funcionários dessa empresa e que é membro da CIPA.
Com base nesse cenário, elabore, junto com seu grupo de trabalho, ações preventivas e corretivas que possam
ser sugeridas nesta reunião da Comissão.
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4 – Dimensionamento de CIPA
Dimensionamento de CIPA
Metalúrgica 150
B
Fabricação de 80
C caminhões
Fabricação de 120
E borracha
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5 – Mapa de risco
Mapa de risco
Mapa de risco é uma representação gráfica dos fatores presentes nos locais de trabalho que podem afetar a
saúde ou causar acidentes para os trabalhadores.
Esses fatores têm origem nos elementos do processo de trabalho, como: materiais, equipamentos, ambientes
de trabalho, organização (ritmo e método de trabalho, posturas, jornada e turnos de trabalho, treinamento etc.).
O mapa de risco é construído sobre a planta baixa do ambiente ou da empresa. Os riscos são identificados pela
cor e pelo tamanho dos círculos, conforme descritos nas tabelas abaixo:
Os mapas os riscos são indicados por círculos coloridos de três tamanhos diferentes de acordo com o grau de
risco apresentado:
Suprimentos
Usinagem Retificação
WC
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João da Silva é funcionário de uma empresa de metalurgia e é membro titular da CIPA, com seis meses de
mandato em exercício.
Com base na situação atual de João, responda aos questionamentos hipotéticos abaixo:
1- A empresa pode mandá-lo embora assim que acabar o seu exercício? Justifique a sua resposta.
2- Se você respondeu que não, daqui a quantos meses a empresa poderá, enfim, mandá-lo embora?
3- João está afastado por doença ocupacional e deve ficar fora da empresa por pelo menos quatro meses. A
empresa deseja desligá-lo da CIPA, substituindo-o por outro funcionário. A empresa poderá fazer isso? Justifique
sua resposta.
4- João recebeu um desafio e será transferido para outra unidade da empresa em que trabalha. Como ficará a
situação do João em relação à sua permanência na CIPA?
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Trabalhadores paralisaram as atividades em todo o canteiro de obras do condomínio de luxo Le Parc, onde, na
última quarta-feira (8), morreram dois operários. A decisão foi tomada nesta sexta-feira (10), em assembleia
geral realizada na entrada do canteiro com a presença de mais de quatro mil operários e diretores do Sindicato
dos Trabalhadores na Indústria da Construção (Sintracom-BA)
Muito tristes e revoltados com a morte dos colegas empregados da empreiteira Tecnotrav, Leandro Marques
Cardoso e Roberto Rodson, ambos auxiliares de mecânico, e com a situação de um terceiro colega vitimado,
Adilson do Nascimento, da empresa Austrália, que teve uma perna amputada e encontra-se na UTI, os trabalha-
dores decidiram que só retornarão ao trabalho quando as empresas construtoras do condomínio atenderem às
reivindicações aprovadas na assembleia.
Na segunda-feira (13), as mobilizações continuaram em frente ao canteiro de obras do Le Parc e em uma reu-
nião com a direção do Sintracom-BA e representantes das empresas na sede da Superintendência Regional do
Trabalho e Emprego (SRTE), nas Mercês. A SRTE interditou as gruas das obras e embargou a grua que desabou
provocando o acidente.
* O Senac Rio se reservou ao direito de não alterar os textos contidos neste manual. Portanto, não pode ser responsabilizado
pelos possíveis erros ortográficos e gramaticais. O conteúdo dos documentos aqui utilizados é de responsabilidade de seus
autores.
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