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TÉCNICO EM

SEGURANÇA DO
TRABALHO
Volume 1
Técnico em
Segurança do
Trabalho

Saúde e Higiene
Ocupacional

Análise e Avaliação
de Riscos

Volume 1
Técnico em
Segurança do
Trabalho

Saúde e Higiene
Ocupacional

Análise e Avaliação
de Riscos

Volume 1

Material de
Apoio do
Estudante
Créditos

Técnico em Segurança do Trabalho © Senac Rio, 2013

Direitos desta edição reservados ao Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial –


Administração Regional do Rio de Janeiro.

Vedada, nos termos da lei, a reprodução total ou parcial deste livro.


SISTEMA FECOMÉRCIO-RJ
SENAC RIO
Presidência do Conselho Regional: Orlando Diniz
Diretoria Geral do Senac Rio: Eduardo Diniz

Diretoria de Produtos Educacionais


Diretoria: Ana Paula Alfredo

Gerência Corporativa de Produtos de Saúde e Beleza


Gerência: Marcelo José Moura

Gerência de Produto Segurança e Meio Ambiente


Gerência: Marcelo Pereira Barbosa

Módulo 1: Saúde Ocupacional


Saúde Ocupacional
Validação Técnica: José Antônio Cirillo
Conteúdo: Gerson Ferreira Silva

Biossegurança
Validação Técnica: José Antônio Cirillo
Conteúdo: Gustavo Ornilo dos Santos Silva

Primeiros Socorros
Validação Técnica: José Antônio Cirillo
Conteúdo: Paulo Maurício Pereira Coutinho

Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA)


Validação Técnica: José Antônio Cirillo
Conteúdo: Gustavo Ornilo dos Santos Silva

Planejamento de uma Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA


Validação Técnica: José Antônio Cirillo
Conteúdo: Gustavo Ornilo dos Santos Silva

Módulo 2: Análise e Avaliação de Riscos


Organização e Normas do Trabalho
Validação Técnica: Ana Cláudia Sena
José Antônio Cirillo
Conteúdo: Leclerc Victor Caetano

Riscos e Segurança do Trabalho


Validação Técnica: Ana Cláudia Sena
José Antônio Cirillo
Conteúdo: Carlos Eduardo Perez de Almeida
Mapa de Riscos e Rotas de Fuga
Validação Técnica: Ana Cláudia Sena
Conteúdo: Ana Claudia Sena

Projeto Integrador: Elaboração do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais –


PPRA
Validação Técnica: Ana Cláudia Sena
José Antônio Cirillo
Conteúdo: José Carlos Salomão

Gerência Corporativa de Educação


Gerência: Wilma B. A Freitas

Gerência de Desenvolvimento Metodológico


Gerência: Maria Teresa Moraes Nori
Validação Pedagógica: Elizabeth Batista de Souza
Érica Carvalho
Lázaro Santos
Maria Teresa Moraes Nori

Diretoria de Operações Comerciais


Diretoria: Marcelo Loureiro

Gerência Corporativa de Publicação


Gerência: Manuel Vieira

Gerência de Mídias Educacionais


Gerência: Manuel Vieira
Coordenação de Produção: Miriely Casotto
Coordenação Pedagógica: Marina Mendonça
Desenho Instrucional: Flavia Silveira
Marina Mendonça
Revisão Técnica: Juliana Garcia
Copidesque: Isis Pinto
Jander de Melo M. Araújo
Taís Cavalcanti
Projeto Gráfico: Aline Coelho
Filipe Moura
Diagramação: Mônica Vaz
Victor Willemsens
Ilustração: Clarisse Paiva
Gabi Aoyagi
Impressão: Vix Comercial Ltda.

1ª edição: abril 2013


2ª edição: xxxx 2014

CIP-BRASIL. CATALOGAÇÃO NA PUBLICAÇÃO


SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ
______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
T253

Técnico em segurança do trabalho : análise e avaliação de riscos : volume 1 : material de apoio do


estudante / Senac Rio. - 1. ed. - Rio de Janeiro : Ed. Senac Rio de Janeiro, 2013.
297 p. : il. ; 28 cm.

Inclui bibliografia
ISBN 978-85-7756-236-7

1. Técnicos em segurança do trabalho - Manuais, guias, etc. 2. Segurança do trabalho - Orientação


profissional. 3. Segurança do trabalho - Manuais, guias, etc. I. Senac Rio.

13-00020 CDD: 363.11


CDU: 331.4
________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Bem-vindo!
Caro(a) Estudante,

Você está participando do Curso Técnico em Segurança do Trabalho


desenvolvido pelo Senac Rio.

O técnico em segurança do trabalho está habilitado a orientar e coordenar os


sistemas de segurança de trabalho, investigando riscos, causas de acidentes
e analisando esquemas de prevenção, com o intuito de reduzir, para níveis
mínimos, ou eliminar, se possível, os riscos de acidentes no trabalho.

Esse profissional deve participar da elaboração e implementação de


políticas de segurança do trabalho, entre outras funções, como: informar
ao empregador e aos trabalhadores sobre os riscos presentes no ambiente
de trabalho e promover campanhas e outros eventos de divulgação das
normas de segurança e saúde no ambiente laboral, além do estudo dos
dados estatísticos sobre acidentes e doenças relacionadas ao trabalho.

Para garantir um processo de aprendizagem dinâmico, objetivo e útil,


foi elaborado este Material de Apoio, especialmente para orientar e
complementar sua participação nos encontros presenciais e auxiliá-lo em
seus estudos, favorecendo a constituição das competências necessárias à
sua prática profissional.

Esperamos que este material o ajude durante o curso e que o estimule


ao contínuo aperfeiçoamento profissional, necessário para acompanhar as
novas tendências de mercado.

Aproveite bastante esta oportunidade.

Desejamos a você bom estudo.


Técnico em Segurança do Trabalho – Volume 1

Estrutura do Material de Apoio do Estudante

Para que você tenha o máximo de aproveitamento, o volume 1 contém os módulos 1 e 2,


onde serão estudadas as Unidades Curriculares apresentadas a seguir.Observe que a Unidade
de Orientação para o Trabalho (UOT) não está presente, pois você receberá o jogo “Trilha do
Sucesso” em separado.

Unidade de Orientação
para o Trabalho (UOT)

Saúde Ocupacional

Biossegurança
Módulo 1 – Unidades
Saúde e Higiene Curriculares
Ocupacional
Primeiro Socorros

CIPA (Estudos em EAD)

Planejamento de uma
Técnico em Comissão Interna de
Segurança do Prevenção de Acidentes
Trabalho – CIPA

Organização e Normas
do Trabalho

Riscos e Segurança do
Módulo 2 – Trabalho
Análise e Unidades
Avaliação de Curriculares
Riscos Mapa de Riscos e Rotas
de Fuga

Projeto Integrador:
Elaboração do Programa
de Prevenção de Riscos
Ambientais – PPRA

7
Técnico em Segurança do Trabalho – Volume 1

Sumário
Módulo 1: Ciência e Tecnologia de Produção e seus
Processos
Saúde Ocupacional 16
1. A Segurança do Trabalho é... 18

2. Planta baixa de uma marcenaria 20

3. Fluxograma de beneficiamento de alumina 21

4. Tabela I – Classificação dos principais riscos


ocupacionais em grupos, de acordo com
a sua natureza e a padronização das
cores correspondentes 22

5. Comunicação de acidentes de trabalho – CAT 23

6. Reportagem – R7 testou: barulho no metrô


de SP chega a ter Intensidade de show de rock 25

7. Vibração ocupacional 27

8. Laudo de insalubridade 28

9. Decreto 3048/1999, que aprova o Regulamento


da Previdência Social, de 06/05/1999 31

10. Graus de insalubridade 33

11. Análise preliminar de riscos – APR 34

8
Técnico em Segurança do Trabalho – Volume 1

12. Radiação 35

13. O que fazer em caso de suspeita de LER 39

14. Reportagem: possível vazamento de amônia


da carreta de uma usina mata centenas
de peixes nos rios Cachoeirinha e Turvo 41

Biossegurança 42
1. O que é Biossegurança? 44

2. Sobre Biossegurança 45

3. Apresentação do Fórum Permanente em Defesa das Mãos 47

4. Contaminação atinge 95% dos jalecos médicos 51

5. Resolução RDC nº 306 de 7 de dezembro de 2004 e


Resolução nº 358, de 29 abril de 2005 52

6. Síntese da classificação sobre os níveis de biossegurança 95

7. Resolução do CONAMA nº 5, de 5 de agosto de 1993 96

Primeiros Socorros 101


1. Instrumento de avaliação escrita – estudos de casos 1 e 2 102

2. Corpo humano dividido em regiões 103

3. Instrumento de avaliação escrita - estudos de casos 3,4 e 5 104

Comissão Interna de Prevenção de Acidentes


(CIPA) – Estudos em EAD 106

1. Roteiro de orientação das atividades 107

9
Técnico em Segurança do Trabalho – Volume 1

Planejamento de uma Comissão Interna de


Prevenção de Acidentes – CIPA 110
1. As comissões de fábrica: breve relato 111

2. Histórico da CIPA 112

3. Estudo de caso: desmonte de rocha 114

4. Dimensionamento de CIPA 115

5. Mapa de risco 116

6. Caso João da Silva 117

7. Notícias Sintracom-BA – Operários protestam


por morte de colegas e param construção na BA 118

10
Técnico em Segurança do Trabalho – Volume 1

Saúde e
Módulo 1 Higiene Ocupacional

Unidade de Orientação para


o Trabalho (UOT)

Saúde Ocupacional

Biossegurança

Primeiros Socorros

CIPA (Estudos em EAD)

Planejamento de uma
Comissão Interna de
Prevenção de Acidentes – CIPA

16
Técnico em Segurança do Trabalho – Volume 1

Saúde Ocupacional
Esta unidade curricular contém 14 anexos. Veja-os a seguir.

1. A Segurança do Trabalho é...


2. Planta baixa de uma marcenaria
3. Fluxograma de beneficiamento de alumina
4. TABELA I - Classificação dos principais riscos ocupacionais em grupos, de acordo com sua natureza
e padronização das cores correspondentes
5. Comunicação de acidentes de trabalho - CAT
6. Reportagem - R7 testou: barulho no metrô de SP chega a ter Intensidade de show de rock
7. Vibração ocupacional
8. Laudo de insalubridade
9. Fragmentos dos capítulos II, II, IV E V do Decreto 3048/1999, que aprova o Regulamento da Previ-
dência Social, de 06/05/1999
10. Graus de insalubridade
11. Análise preliminar de riscos – APR
12. Radiação
13. O que fazer em caso de suspeita de LER
14. Reportagem: possível vazamento de amônia da carreta de uma usina mata centenas de peixes nos
rios Cachoeirinha e Turvo

17
Técnico em Segurança do Trabalho – Volume 1

1 – Texto “A Segurança do Trabalho é...”*


A Segurança do Trabalho é...

A Segurança do Trabalho é a ciência que objetiva a antecipação, o reconhecimento, a avaliação e o conse-


quente controle dos perigos e riscos originados no local de trabalho que possam causar doenças, acidentes e/
ou comprometimento do conforto, bem-estar e eficiência dos trabalhadores e membros de uma comunidade.

A ciência presente na Segurança do Trabalho e na Higiene Ocupacional é percebida através da vasta literatura
técnica existente, da legislação aplicada, da constante necessidade de pesquisa e desenvolvimento de novas
técnicas de prevenção, ensaios laboratoriais para o estudo e desenvolvimento de limites de exposição aos
agentes ambientais agressivos, dentre outros. O prevencionista é um profissional que deve estar em constan-
te atualização, tendo em vista as frequentes alterações da legislação e o surgimento constante de novidades
na literatura técnica.

O ambiente de trabalho é um local repleto de segredos. Ele deve encontrar as “armadilhas” instaladas, as con-
dições ambientais e as formas de trabalho que possam prejudicar a saúde e o bem-estar dos trabalhadores.
O prevencionista deve desenvolver a arte da observação.

A ciência na prevenção deve ser aplicada, em primeiro lugar, na antecipação dos riscos. Esta etapa de tra-
balho acontece ainda na fase de concepção. É neste momento que o profissional irá analisar o projeto de um
processo produtivo, ainda não implantado, e encontrar possíveis falhas, que poderão implicar problemas na
saúde e para o bem-estar dos trabalhadores que ali desenvolverão seu trabalho. Portanto, a ideia da anteci-
pação dos riscos existe para que se produza um ambiente de trabalho com segurança para os trabalhadores,
o que, sem dúvida, será melhor do que corrigir erros depois de implementado o projeto. Com a antecipação
poupa-se tempo e dinheiro, pois são evitadas intervenções em um ambiente cuja produção não pode parar.

O reconhecimento é considerado a etapa mais importante que o profissional da prevenção deve executar. Sa-
bemos que a análise de projeto nem sempre é apresentada para a apreciação da Segurança do Trabalho. Sen-
do assim, o prevencionista, geralmente, encontra um processo produtivo em pleno funcionamento, com todos
os riscos instalados e com os trabalhadores já expostos a eles. A obra de arte abstrata está ali, pronta para ser
decodificada! Neste momento, a arte da observação terá que ser posta em prática. Devem ser identificados:
os riscos, as fontes geradoras, as trajetórias e os meios de propagação dos riscos nos locais de trabalho, o
número de trabalhadores expostos, as tarefas realizadas, o tipo de exposição de cada grupo de trabalhadores
e as medidas de proteção já existentes. Também deve ser feita uma pesquisa na literatura técnica disponível,
para se obter informações acerca dos danos que cada agente de risco identificado pode causar à saúde dos
trabalhadores. Lembre-se: um risco não identificado será um risco não controlado.

A etapa de avaliação é aquela em que os agentes quantificáveis serão mensurados. Os resultados obtidos
nas avaliações serão comparados aos limites de exposição existentes na legislação vigente. As avaliações são
realizadas seguindo metodologias específicas, disponíveis nas Normas de Higiene Ocupacional da FUNDACEN-
TRO (NHO) e nas instituições estrangeiras, como o NIOSH e a OSHA. Alguns agentes quantificáveis são: ruídos,
calor, vibrações, poeiras, fumos, gases, vapores, umidade relativa do ar e velocidade do vento. Os resultados
das avaliações quantitativas dimensionam a exposição, subsidiam o equacionamento das medidas de controle
e comprovam a existência ou inexistência de risco ao trabalhador.

* O Senac Rio se reservou ao direito de não alterar os textos contidos neste manual. Portanto, não pode ser responsabilizado
pelos possíveis erros ortográficos e gramaticais. O conteúdo dos documentos aqui utilizados é de responsabilidade de seus
autores.

18
Técnico em Segurança do Trabalho – Volume 1

1 – Texto “A Segurança do Trabalho é...” (continuação)


Os riscos reconhecidos e avaliados nos ambientes de trabalho podem causar doenças nos trabalhadores
(algumas podem levar à morte em poucos anos de exposição, ou até mesmo em poucos minutos). As con-
dições físicas dos ambientes, quando mal planejadas, também podem ser uma potente causa de acidentes
e/ou comprometimento do conforto e do bem-estar do trabalhador. Os acidentes podem causar lesões,
perda de matéria-prima, danos à propriedade e perda de tempo. Tais condições inseguras e ergonomica-
mente incorretas também causam a perda da eficiência para o trabalho. Algumas das condições de riscos
encontrados podem, inclusive, afetar os membros de uma comunidade. Portanto, todos os riscos identifi-
cados devem ser eliminados ou controlados, lembrando sempre que a prevenção age não só no ambiente,
mas nos trabalhadores. Ações de melhoria no ambiente de trabalho devem vir sempre acompanhadas de
um trabalho de treinamento e conscientização dos trabalhadores. Não se pode admitir que os trabalhadores
adoeçam ou sofram acidentes.

Com isso, percebemos que a Segurança do Trabalho vai muito além de registrar doenças ou acidentes. Ela
previne, através de um trabalho de inteligência, e age na antecipação, no reconhecimento, na avalia-
ção e no controle desses riscos de forma eficaz. Como resultado deste precioso trabalho será obtido um
ambiente laboral mais seguro, trabalhadores mais felizes, uma produção com mais qualidade. Indo além,
ainda poderemos vislumbrar que tudo isso resultará em famílias melhor estruturadas e uma economia mais
forte para o município, o estado e o país.

Gerson Ferreira Silva, 2010


Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho
The National Institute For Occupational Safety and Health
Occupational Safety & Health Administration

19
Técnico em Segurança do Trabalho – Volume 1

2 – Planta Baixa de uma Marcenaria


Planta baixa de uma Mercenaria

Planta baixa de uma Marcenaria

Em uma marcenaria, foram iden-


5,10
tificadas duas serras elétricas, um
torno elétrico para moldes em 0,90 2,40
2,40
madeira, três plainas manuais,
quatro lixadeiras elétricas e fer-
RECEPÇÃO
ramentas manuais diversas como
martelos, serrotes, grampos de
fixação e quatro tornos manuais, ESCRITÓRIO

2,50
montados em uma bancada.

1,50
1,40 0,90

BANHEIRO

9,02
3,40
1,90

1,50
4,90

ALMOXARIFADO
2,40

FERRAMENTAS
2,00

2,40
2,50
2,40

2,40
4,30

PRODUÇÃO

5,00
1,00

7,75

De acordo com a NR-9 quais são os riscos envolvidos nas atividades de uma marcenaria?

20
Técnico em Segurança do Trabalho – Volume 1

3 – Fluxograma de Beneficiamento de Alumina


Fluxograma de beneficiamento de alumina:

Fonte: Silva Filho, E. B.; Alves, M. C. M.; Da Motta, M. Lama vermelha da indústria de beneficiamento de
alumina: produção, características, disposição e aplicações alternativas. Revista Matéria, 2007, vol.12, no. 2.

Consultado em Outubro de 2010 no link:


<http://www.materia.coppe.ufrj.br/sarra/artigos/artigo10888/#_bibliografia>

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Técnico em Segurança do Trabalho – Volume 1

4 – TABELA I – CLASSIFICAÇÃO DOS PRINCIPAIS RISCOS


OCUPACIONAIS EM GRUPOS, DE ACORDO COM A SUA NATUREZA E A
PADRONIZAÇÃO DAS CORES CORRESPONDENTES

GRUPO 1 GRUPO 2 GRUPO 3 GRUPO 4 GRUPO 5


VERDE VERMELHO MARROM AMARELO AZUL

Riscos
Riscos Físicos Riscos Químicos Riscos Biológicos Riscos Acidentes
Ergonômicos

Esforço físico Arranjo físico


Ruídos Poeiras Vírus
intenso inadequado

Levantamento Máquinas e
Vibrações Fumos Bactérias e transporte equipamentos
manual de peso sem proteção

Exigência de Ferramentas
Radiações
Névoas Protozoários postura inadequadas ou
ionizantes
inadequada defeituosas

Radiações
Controle rígido de Iluminação
não ioni- Neblinas Fungos
produtividade inadequada
zantes

Imposição de
Frio Gases Parasitas Eletricidade
ritmos excessivos

Probabilidade
Trabalho em
Calor Vapores Bacilos de incêndio ou
turno e noturno
explosão

Substâncias, compostas Jornadas de


Pressões Armazenamento
ou produtos químicos trabalho
anormais inadequado
em geral prolongadas

Monotonia e Animais
Umidade
repetitividade peçonhentos

Outras situa-
Outras situações ções de risco
causadoras de que poderão
stress físico e/ou contribuir para
psíquico a ocorrência de
acidentes

Tabela extraída da PORTARIA N.º 25, DE 29 DE DEZEMBRO DE 1994, consultada em Junho de 2010 no link:
<http://www.mte.gov.br/legislacao/portarias/1994/p_19941229_25.pdf>

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Técnico em Segurança do Trabalho – Volume 1

5 – COMUNICAÇÃO DE ACIDENTE DE TRABALHO (CAT)

1- Emitente

PREVIDÊNCIA SOCIAL
INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL 1- Empregador 2- Sindicato 3- Médico 4- Segurado ou dependente
5- Autoridade pública

COMUNICAÇÃO DE ACIDENTE 2- Tipo de CAT


DO TRABALHO - CAT
1- Inicial 2- Reabertura 3- Comunicação de Óbito em:

I - EMITENTE
Empregador
3- Razão Social/Nome
4- Tipo 1- CGC/CNPJ 2- CEI 3- CPF 4-NIT 5- CNAE 6- Endereço - Rua/Av.
Complemento Bairro CEP 7- Município 8-UF 9- Telefone
(continuação)

Acidentado
10- Nome
11- Nome da mãe
12- Data de nasc. 13- Sexo 14- Estado 15- CTPS- Nº /Série/ 16- UF 17- Remuneração
1- Masc. civil Data de emissão Mensal
3- Fem. 1- Solteiro
2- Casado
3- Viúvo
4- Sep. judic.
5- Outro
6 - Ignorado
18- Carteira de Data de Orgão Expedidor 19- UF 20- PIS/PASEP/NIT
Indentidade emissão
21- Endereço - Rua/Av/

Bairro CEP 22- Município 23- UF 24- Telefone

25- Nome da ocupação 26- CBO 27- Filiação à Previdência Social 28- Aposentado? 29-Áreas
consulte CBO 1- Empregado 2- Tra. avulso 1- sim 2- não 1- Urbana
7- Seg. especial 2- Rural
8- Médico residente

Acidente ou Doença
30- Data do acidente 31- Hora do 32-Após quantas horas de trabalho? 33- tipo 34- Houve
acidente 1-Típico 2- Doença afastamento?
3- Trajeto 1-sim 2-não
35- Último dia 36- Local do 37 - Especificação do local do acidente 38- CGC/CNPJ 39- UF
trabalhado acidente

40-Municipio do local 41-Parte(s) do corpo atingida(s) 42- Agente causador


do acidente

43- Descrição da situação geradora do acidente ou doença 44- Houve registro policial ? 1- sim 2- não

45- Houve morte ? 1- sim 2- não

23
Técnico em Segurança do Trabalho – Volume 1

5 – COMUNICAÇÃO DE ACIDENTE DE TRABALHO (CAT) – continuação

Testemunhas
46- Nome
47- Endereço Rua/Av/nº/comp.
Bairro CEP 48- Município 49- UF Telefone

50- Nome
51- Endereço Rua/Av/nº/comp.
Bairro CEP 52- Município 53- UF Telefone

______________________________________________
Local e data Assinatura e carimbo do emitente

II - ATESTADO MÉDICO
Deve ser preenchido por profissional médico.
Atendimento
54- Unidade de atendimento médico 55-Data 56- Hora

57- Houve internação 58- Duração provável do tratamento 59- Deverá o acidentado afastar-se do
1-sim 2- não dias trabalho durante o tratamento?
1-sim 2-não
Lesão
60- Descrição e natureza da lesão

Diagnóstico
61- Diagnóstico provável 62- CID-10
63- Observações:

______________________________________________
Local e data Assinatura e carimbo do médico com CRM

III - INSS
64- Recebida em 65- Código da 66-Número do Notas:
Unidade CAT 1- A inexatidão das declarações desta comunicação
implicará nas sanções previstas nos artigos. 171 e 299 do
67- Matricula do servidor Código Penal.

2- A comunicação de acidente do trabalho deverá ser feita


Matrícula _______________________________ até o 1° dia útil após o acidente, sob pena de multa, na
Assinatura do servidor forma prevista no art. 22 da Lei nº 8.213/91.

A COMUNICAÇÃO DO ACIDENTE É OBRIGATÓRIA, MESMO NO CASO EM QUE NÃO HAJA


AFASTAMENTO DO TRABALHO

24
Técnico em Segurança do Trabalho – Volume 1

6 – Reportagem*
R7 testou: barulho no metrô de SP chega a ter intensidade de show de rock

Infográfico mostra medição dos ruídos nas três principais linhas do metrô.

Os passageiros do Metrô de São Paulo enfrentam, diariamente, ruídos que variam de uma conversa a um
show de rock, segundo levantamento do R7. A reportagem percorreu as três principais linhas – Azul, Ver-
de e Vermelha – com um decibelímetro (equipamento que mede a intensidade de ruídos) em um dia de
semana entre as 14h e as 17h30.

O trecho mais barulhento foi registrado entre as estações Jardim São Paulo e Parada Inglesa, da linha
1-Azul. Nesse trecho, o ruído chegou a 108 dB – equivalente a um show de uma banda de rock, segundo
a ABORLCCF (Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial). Entre essas estações,
o ruído não baixou dos 98 dB, o que é equivalente ao barulho de uma serra elétrica ou de furadeira. Os
valores são similares entre as estações Jardim São Paulo e Santana, onde o decibelímetro marcou ruídos
entre 89 dB e 106 dB.

O inspetor de segurança no trabalho Antônio Leite Rocha pega o metrô de segunda a sexta-feira e reclama
do ruído.

– É muito barulhento. Parece que o freio vem dentro do ouvido.

Segundo o otorrinolaringologista Ektor Onishi, integrante da ABORLCCF, os usuários poderiam até perder a
audição se expostos a tal intensidade de ruído por muito tempo – 85 dB por oito horas já pode causar danos
ao sistema auditivo humano. Como raramente um usuário passa horas no metrô, não há esse risco, mas o
barulho alto pode trazer outras consequências, como dor de cabeça, aumento da pressão arterial, úlcera,
gastrite, queimação e insônia.

– Tudo depende do tempo de exposição e da sensibilidade auditiva da pessoa.

Para driblar o ruído, Guilherme Marques, atendente de cartório, escuta música eletrônica com fones de
ouvido conectados em seu telefone celular.

– Só consigo ouvir no último volume.

A prática de Marques não é recomendada pelo especialista.

– A orientação é não lutar contra o ruído. Senão, você vai usar um ruído mais alto. O ouvido não discrimina
se é música ou barulho. O volume alto é que causa dano.

Mas, no mesmo trem em que registrou valores prejudiciais na linha Azul, foram registradas intensidades
inferiores. Entre as estações Carandiru, Portuguesa-Tietê, Armênia e Tiradentes, o decibelímetro marcou
ruídos entre 74 e 79 dB – equivalente ao tráfego de uma grande cidade e tolerável para seres humanos.

O trecho mais silencioso estava na linha vermelha, entre as estações Tatuapé e Carrão. Fora um rápido pico
de 83 dB, o ruído chegou a marcar 66 dB, nível parecido com o de três pessoas conversando e sem riscos
para o ouvinte.

* O Senac Rio se reservou ao direito de não alterar os textos contidos neste manual. Portanto, não pode ser responsabilizado
pelos possíveis erros ortográficos e gramaticais. O conteúdo dos documentos aqui utilizados é de responsabilidade de seus
autores.

25
Técnico em Segurança do Trabalho – Volume 1

6 – Reportagem (continuação)
Fator trem

A explicação para as variações de ruído está relacionada à condição dos trilhos e à tecnologia do carro do
trem, segundo o professor da Escola Politécnica da USP (Universidade de São Paulo) e doutor em ferrovias
Telmo Giolito Porto.

– Um pequeno defeito na roda ou no trilho pode gerar ruído durante o contato.

Nas entradas e saídas dos túneis subterrâneos, há um pico de ruído, segundo a medição da reportagem.
Porto explica que isso se deve à mudança no tipo do solo.

A medição da reportagem do R7, que andou em dez trens durante o levantamento, verificou que o “fator
trem” provoca alterações no barulho. Um deles trazia um adesivo de “16º novo trem”, em alusão aos ve-
ículos que passaram a circular neste ano, na linha Verde. Entre as estações Consolação e Vila Madalena,
o máximo de ruído detectado nesse trem foi 86 dB. Mas, no mesmo trecho, em um trem mais antigo, o
barulho chegou a 100 dB – equivalente ao som de uma motosserra.

A reportagem fez várias medições durante os trajetos. Para o cálculo, o levantamento descartou toda a cur-
va ascendente – quando o trem ganha velocidade – e descendente – quando o veículo diminui. Os valores
passaram a ser registrados a partir da primeira oscilação para baixo, no primeiro caso, e foram descartados
em casos de curva totalmente descendente.

Outro lado

Procurado pela reportagem, o Metrô se manifestou por meio da seguinte nota: “Nos trechos onde se iden-
tifica a necessidade, o Metrô implanta atenuadores de vibração nos trilhos e/ou barreiras acústicas na via.
Os testes, para medir os ruídos, são executados sempre que há indícios de anormalidades ou reclamações.
Entre as estações Jardim São Paulo e Tucuruvi, já foram instalados atenuadores de vibração nos trilhos e
barreiras acústicas no elevado”.

Fonte: <http://noticias.r7.com/sao-paulo/noticias/r7-testou-barulho-no-metro-de-sp-chega-a-ter-intensidade-de-
-show-de-rock-20100621.html> – acessado em 23 de novembro de 2010.

26
Técnico em Segurança do Trabalho – Volume 1

7 – Vibração ocupacional*
Quando o trabalhador utiliza frequentemente um equipamento ou máquina do tipo de marteletes, mo-
toserras, ou similares, sustentado pela mão, caracteriza-se uma exposição ocupacional a vibrações cha-
mada de vibração de mãos e braços.

A execução de tarefas que exigem o uso das mãos para empunhar utensílios, quando habitual ou rotinei-
ra, proporciona uma condição que pode gerar lesões na microcirculação, causando uma doença conhecida
com síndrome da mão branca.

Lesão do nervo mediano, na base da mão: é a conse-


quência da compressão extrínseca do nervo, causada,
por exemplo, pelo uso de ferramentas como chave de
fenda de cabo curto; vibração e uso da base da mão,
como, por exemplo, com o uso de martelo para gram-
pear, carimbar, etc.

Síndrome do canal cubital: É a compressão do nervo


ulnar ao nível do túnel cubital. Quando o cotovelo é
progressivamente fletido, e o ombro, abduzido, há um
aumento da pressão intraneural, estimulando os flexo-
res que estreitam o túnel em aproximadamente 55%,
achatando e alongando o nervo cubital em quase 5mm.

Traumas agudos, processos degenerativos e infeccio-


sos, anomalias musculares, tumores de partes moles,
sequelas de fraturas, esforços de preensão e flexão,
ferramentas inadequadas e vibrações são as causas
predisponentes mais comuns. Mais uma vez, o diag-
nóstico é essencialmente clínico.

Síndrome do canal de guyon: É a compressão do nervo ulnar ao nível do chamado canal de Guyon, no
punho, causando distúrbio de sensibilidade no quarto e no quinto dedos, bem como distúrbios motores
na face palmar. Essa síndrome é cinco vezes menos frequente do que o comprometimento do nervo ulnar
no canal cubital.

A utilização excessiva da borda ulnar do punho, traumas, fraturas de ossos do carpo e do metacarpo,
variações anatômicas, tumores de partes moles, comprometimento da artéria ulnar e cistos sinoviais são
os elementos predisponentes mais comuns. Aparece com muita frequência em carimbadores, escrivães
e aramistas.

Síndrome do interósseo posterior: Consiste no comprometimento do ramo profundo do nervo radial,


após sua bifurcação na extremidade proximal do antebraço, causado por sequelas de fraturas ou luxação
do cotovelo, processos inflamatórios, tumores de partes moles, variações anatômicas e iatrogênicas,
além de intoxicação por metais pesados, herpes zoster, sarcoidose e hanseníase.

* O Senac Rio se reservou ao direito de não alterar os textos contidos neste manual. Portanto, não pode ser responsabilizado
pelos possíveis erros ortográficos e gramaticais. O conteúdo dos documentos aqui utilizados é de responsabilidade de seus
autores.

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Técnico em Segurança do Trabalho – Volume 1

8 – Laudo de Insalubridade*
Empresa Contratante da Atividade:
Objetivos:
Averiguar as condições e o meio ambiente de trabalho dos trabalhadores da __________________, objetivando
identificar ou não eventuais atividades insalubres ou periculosas.
Período dos Levantamentos:
Os trabalhos de análise e levantamento das condições de trabalhos da_________, foram realizados nos dias
____ de ______________de 2.000.
A – Seção de_____________:
Quadro Funcional:
Composto de _______ funcionários, os quais são ___ ajudantes, ___ torneiros,____
Informar as funções dos funcionários:
Exemplo: ajudante industrial, apontador, torneiro, etc.
B – Características prediais:
Situa-se em ______________________________________________________________.
Descrever as instalações prediais, informando sobre iluminação, ventilação, pé direito, metragem quadrada,
cobertura, telhado, piso, etc.
C – Equipamentos, máquinas e ferramentas:
Descrever os equipamentos existentes, ferramentas utilizadas, máquinas existentes, bancadas, etc.
D – Atividades que ocorrem nos setores:
Características das atividades de todos os profissionais da seção pelo nome de sua função:
Auxiliar de ________: Opera a máquina X, trabalha de pé, utiliza as mãos para acionar os botões ______ Utiliza
os seguintes equipamentos de proteção individual _______
Auxiliar de _________: Descrever outras funções.
Operador da maquina A_____________ : Descrever as funções de cada operador.
Operador da maquina C ______________ : Descrever as funções de cada operador.
Chefe da seção ou encarregado: Descrever as funções do chefe da seção ou do encarregado.
E – Agentes de risco:
E.1. Ruído: Os níveis de ruído observados na Seção __________________ (sim ou não) ultrapassam o limite de
tolerância [85 dB(A)] para uma jornada de oito horas trabalhadas, segundo relação abaixo e layout em anexo:
Dessa forma, é possível afirmar que os trabalhos desenvolvidos na Seção_______________(sim ou não) se
caracterizam como insalubres, conforme a NR15, em seu Anexo 1, as quais serão listados no item conclusão,
em virtude de exposição ao Ruído.
(como observado, cabe ao gestor em SMS alertar o contratante para o uso de EPIs pelos trabalhadores ou para
o uso de EPC – equipamento de proteção coletiva)

* O Senac Rio se reservou ao direito de não alterar os textos contidos neste manual. Portanto, não pode ser responsabilizado
pelos possíveis erros ortográficos e gramaticais. O conteúdo dos documentos aqui utilizados é de responsabilidade de seus
autores.

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Técnico em Segurança do Trabalho – Volume 1

8 – Laudo de Insalubridade (continuação)


Os limites de tolerância para a exposição ao ruído, contínuo ou intermitente, são fixados pela NR 15, em seu
Anexo 1, e são os seguintes.

Nível de Ruído dB(A) – máxima exposição diária permissível:

85 -----------------------8 horas

___---------------------_____

___---------------------_____

E.2 Calor: O nível de calor existente na (caldeira, forno ou outro equivalente) foi verificado com a árvore de
termômetros (constantes dos termômetros _____) e calculado através do Índice de Bulbo Úmido no Termômetro
de Globo (IBUTG), que nos forneceu os seguintes valores:

De acordo com o limite de tolerância para exposição ao calor, em regime de trabalho intermitente com período
de descanso, em ____(citar local)________ , cujo valor é de ____, concluímos que a atividade (e /não) é insa-
lubre, pois (e/não) ultrapassa o limite.

(como observado, cabe ao gestor em SMS alertar o contratante para o uso de EPIs pelos trabalhadores ou para
o uso de EPC – equipamento de proteção coletiva)

Alocar os cálculos executados: IBUTG, IBUTG médio (fórmulas na NR 15 Anexo 3).

E.3: Outros agentes agressivos físicos: (umidade, radiação, vibrações, frio)

E.4. Produtos químicos e poeiras minerais existentes:

As atividades com manipulação dos produtos químicos acima listados se caracterizam (ou não) INSALUBRES,
de acordo com a NR15 – Anexos 11, 12 e 13 – Agentes Químicos.

De acordo com os seguintes itens:

Agente Agressivo A: Medido com (equipamento de medição), através de método de amostragem instantânea,
de leitura direta (ou não) em 10 amostragens, para cada ponto ao nível respiratório do trabalhador, com inter-
valos de 20 minutos entre as amostragens, apresentando os seguintes valores:

xxx mg/m3 ou Y ppm . Então (ou não) insalubre e [classificado de grau ________.]

Agente Agressivo B: A concentração de poeira respirável é de XX mg/m3 superior ao limite estabelecido pela
NR 15, em seu Anexo 12.

Agente Agressivo C: O agente agressivo (X) é considerado insalubre, pois existe no local e consta da relação de
atividades ou operações, envolvendo agentes químicos constante do anexo 13 da NR 15 (citar o produto, o local
onde se enquadra) e classificado como grau ___________. Ou, caso o agente químico não seja insalubre, pois
não consta de nenhum anexo, convém citá-lo.

(como observado, cabe ao gestor em SMS alertar o contratante para o uso de EPIs pelos trabalhadores ou para
o uso de EPC – equipamento de proteção coletiva)

29
Técnico em Segurança do Trabalho – Volume 1

8 – Laudo de Insalubridade (continuação)


F- Equipamentos de Proteção Individual

(informar por local) Os trabalhadores do local (X) são treinados e possuem os seguintes equipamentos de
proteção individual:

EPI a

EPI b

EPI c

(devem ser treinados, fiscalizados de acordo com a NR 01)

G - Conclusão

As atividades acima descritas da __seção 1__, desenvolvidas pelos trabalhadores (sim ou não), são insalu-
bres devido à utilização de equipamentos de proteção individual (se houver e citá-los) e de equipamentos
de proteção coletiva (se houver).

As atividades acima descritas da __(seção n) __, desenvolvidas pelos trabalhadores (sim ou não), são
insalubres devido à utilização de equipamentos de proteção individual (se houver e citá-los) e de equipa-
mentos de proteção coletiva (se houver).

Informar por local.

Citar quais são os equipamentos de proteção coletiva existentes.

Inserir ao Laudo um croqui de localização (layout) das máquinas e dos trabalhadores, evidenciando os lo-
cais de medição, com os valores obtidos.

Cidade, ___ de ______________de 2_____.

_________________________________________

Gestor de Segurança do Trabalho.

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Técnico em Segurança do Trabalho – Volume 1

9 – Decreto 3049/1999, que aprova o regulamento da Previdência


Social, de 06/05/1999, publicada em DOU de 07/05/1999,
republicada em 15/05/1999*
Art.79. O segurado em gozo de auxílio-doença, insuscetível de recuperação para sua atividade habitual, deverá
submeter-se a processo de reabilitação profissional para exercício de outra atividade, não cessando o benefí-
cio até que seja dado como habilitado para o desempenho de nova atividade que lhe garanta a subsistência
ou,quando considerado não recuperável, seja aposentado por invalidez.

Art.136. A assistência (re)educativa e de (re)adaptação profissional, instituída sob a denominação genérica de


habilitação e reabilitação profissional, visa proporcionar aos beneficiários, incapacitados parcial ou totalmente
para o trabalho, em caráter obrigatório, independentemente de

carência, e às pessoas portadoras de deficiência, os meios indicados para proporcionar o reingresso no mercado
de trabalho e no contexto em que vivem.

Art.137. O processo de habilitação e de reabilitação profissional do beneficiário será desenvolvido por meio das
funções básicas de:

I - avaliação do potencial laborativo; (Redação dada pelo Decreto nº 3.668, de 22/11/2000)

II - orientação e acompanhamento da programação profissional;

III - articulação com a comunidade, inclusive mediante a celebração de convênio para reabilitação física restrita
a segurados que cumpriram os pressupostos de elegibilidade ao programa de reabilitação profissional, com vis-
tas ao reingresso no mercado de trabalho; e (Redação dada pelo Decreto nº 4.729, de 9/06/2003)

IV - acompanhamento e pesquisa da fixação no mercado de trabalho.

§ 1º A execução das funções de que trata o caput dar-se-á, preferencialmente, mediante o trabalho de equipe
multiprofissional especializada em medicina, serviço social, psicologia, sociologia, fisioterapia, terapia ocupacio-
nal e outras afins ao processo, sempre que possível na localidade do domicílio do beneficiário, ressalvadas as
situações excepcionais em que este terá direito à reabilitação profissional fora dela.

§ 2º Quando indispensáveis ao desenvolvimento do processo de reabilitação profissional, o Instituto Nacional


do Seguro Social fornecerá aos segurados, inclusive aposentados, em caráter obrigatório, prótese e órtese, seu
reparo ou substituição, instrumentos de auxílio para locomoção, bem como equipamentos necessários à habili-
tação e à reabilitação profissional, transporte urbano e alimentação e, na medida das possibilidades do Instituto,
aos seus dependentes.

§ 3º No caso das pessoas portadoras de deficiência, a concessão dos recursos materiais referidos no parágrafo
anterior ficará condicionada à celebração de convênio de cooperação técnico financeira.

§ 4º O Instituto Nacional do Seguro Social não reembolsará as despesas realizadas com a aquisição de órtese
ou prótese e outros recursos materiais não prescritos ou não autorizados por suas unidades de reabilitação
profissional.

* O Senac Rio se reservou ao direito de não alterar os textos contidos neste manual. Portanto, não pode ser responsabilizado
pelos possíveis erros ortográficos e gramaticais. O conteúdo dos documentos aqui utilizados é de responsabilidade de seus
autores.

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Técnico em Segurança do Trabalho – Volume 1

9 – Decreto 3049/1999, que aprova o regulamento da Previdência


Social, de 06/05/1999, publicada em DOU de 07/05/1999,
republicada em 15/05/1999 (continuação)
Art.138. Cabe à unidade de reabilitação profissional comunicar à perícia médica a ocorrência de que trata o §
2º do art. 337.

Art.139. A programação profissional será desenvolvida mediante cursos e/ou treinamentos, na comunidade, por
meio de contratos, acordos e convênios com instituições e empresas públicas ou privadas, na forma do art. 317.

§1ºO treinamento do reabilitando, quando realizado em empresa, não estabelece qualquer vínculo em-
pregatício ou funcional entre o reabilitando e a empresa, bem como entre estes e o Instituto Nacional do
Seguro Social.

§ 2º Compete ao reabilitando, além de acatar e cumprir as normas estabelecidas nos contratos, acordos
ou convênios, pautar-se no regulamento daquelas organizações.

Art.140. Concluído o processo de reabilitação profissional, o Instituto Nacional do Seguro Social emitirá
certificado individual indicando a função para a qual o reabilitando foi capacitado profissionalmente, sem
prejuízo do exercício de outra para a qual se julgue capacitado.

§ 1º Não constitui obrigação da previdência social a manutenção do segurado no mesmo emprego ou a


sua colocação em outro para o qual foi reabilitado, cessando o processo de reabilitação profissional com a
emissão do certificado a que se refere o caput.

§ 2º Cabe à previdência social a articulação com a comunidade, com vistas ao levantamento da oferta do
mercado de trabalho, ao direcionamento da programação profissional e à possibilidade de reingresso do
reabilitando no mercado formal.

§ 3º O acompanhamento e a pesquisa de que trata o inciso IV do art. 137 é obrigatório e tem como fina-
lidade a comprovação da efetividade do processo de reabilitação profissional.

Art.141. A empresa com cem ou mais empregados está obrigada a preencher de dois por cento a cinco
por cento de seus cargos com beneficiários reabilitados ou pessoas portadoras de deficiência, habilitadas,
na seguinte proporção:

I- até duzentos empregados, dois por cento;

II- de duzentos e um a quinhentos empregados, três por cento;

III- de quinhentos e um a mil empregados, quatro por cento; ou

IV- mais de mil empregados, cinco por cento.

§ 1º A dispensa de empregado na condição estabelecida neste artigo, quando se tratar de contrato por
tempo superior a noventa dias e a imotivada, no contrato por prazo indeterminado, somente poderá ocor-
rer após a contratação de substituto em condições semelhantes.

Fonte: Legislação Previdenciária

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Técnico em Segurança do Trabalho – Volume 1

10 – Graus de Insalubridade

Anexo Atividades ou operações que exponham o trabalhador Percentual

Níveis de ruído contínuo ou intermitente superiores aos limites de tolerância fixa-


1 20%
dos no quadro constante no Anexo 1 e no item 6 do mesmo anexo.

Níveis de ruído de impacto superiores aos limites de tolerância fixados nos itens 2
2 20%
e 3 do Anexo 2.

Exposição ao calor com valores de IBUTG superiores aos limites de tolerância fixa-
3 20%
dos nos quadros 1 e 2.

4 Revogado pela Portaria MTPS n.º 3.751, de 23 de novembro de 1990. --------

Níveis de radiações ionizantes com radioatividade superior aos limites de tolerân-


5 40%
cia fixados neste anexo.

6 Ar comprimido. 40%

Radiações não-ionizantes consideradas insalubres em decorrência de inspeção


7 20%
realizada no local de trabalho.

Vibrações consideradas insalubres em decorrência de inspeção realizada no local


8 20%
de trabalho.

Frio considerado insalubre em decorrência de inspeção realizada no local de trab-


9 20%
alho.

Umidade considerada insalubre em decorrência de inspeção realizada no local de


10 20%
trabalho.

Agentes químicos cujas concentrações sejam superiores aos limites de tolerância 10%, 20%
11
fixados no quadro 1. e 40%

Poeiras minerais cujas concentrações sejam superiores aos limites de tolerância


12 40%
fixados neste anexo.

Atividades ou operações, envolvendo agentes químicos, consideradas insalubres 10%, 20%


13
em decorrência de inspeção realizada no local de trabalho. e 40%

20% e
14 Agentes biológicos.
40%

33
11 – Análise Preliminar de Riscos

ANÁLISE PRELIMINAR DE RISCOS


EMPRESA: CARACTERISTICAS DO SETOR
SETOR: Pé direito: Cobertura:
FUNÇÃO: Iluminação: Fechamento:
DATA DA VISTORIA: Ventilação: Piso:

Descrição das
Coordenação e Supervisão de rotinas administrativas e técnicas da unidade
Atividades
EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL TECNOLOGIA DE PROTEÇÃO
EXPOSIÇÃO INDIVIDUAL COLETIVA

FONTE
AGENTE MEIO DE
GERADORA EFEITO GRAU AVALIAÇÃO
(risco EXPOSIÇÃO
DA CRITICO DE AMBIENTAL
potencial) E/R Descrição Eficaz E/R Descrição Eficaz
EXPOSIÇÃO RISCO

Tempo
Intensidade
Potencial de Dano

Exposição Resultante

TEMPO: E – Eventual/ I – Habitual e intermitente/ P – Habitual e Permanente INTENSIDADE: B – baixa/ M – média/ A – Alta
EXPOSIÇÃO RESULTANTE: C – critica/ A – de atenção/ I - irrelevante

Potencial de Dano: B – baixo/ M – médio/ A – alto/ I – iminente


Grau de Risco: Trivial/ Moderado / Substancial/ Intolerável E – existente R – recomendado S – sim N – não

OBSERVAÇÕES:
Técnico em Segurança do Trabalho – Volume 1

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Técnico em Segurança do Trabalho – Volume 1

12 – Radiação*
1. RADIAÇÕES IONIZANTES E NÃO IONIZANTES

As radiações constituem uma forma de energia que, de acordo com a sua capacidade de interagir com a
matéria, pode ser subdividida em:

A. Radiações ionizantes: as que possuem energia suficiente para ionizar os átomos e as moléculas com os
quais interagem, sendo as mais conhecidas:

• raios x e raios gama (radiações eletromagnéticas);

• raios alfa, raios beta, nêutrons, prótons (radiações corpusculares).

B. Radiações não ionizantes: as que não possuem energia suficiente para ionizar os átomos e as molécu-
las com os quais interagem, sendo as mais conhecidas:

• luz visível e infravermelhos;

• ultravioletas;

• microondas de aquecimento;

• microondas de radiotelecomunicações;

• corrente elétrica.

As radiações que pertencem ao espectro eletromagnético ocupam aí diferentes posições, de acordo com a
sua energia e comprimento de onda.

* O Senac Rio se reservou ao direito de não alterar os textos contidos neste manual. Portanto, não pode ser responsabilizado
pelos possíveis erros ortográficos e gramaticais. O conteúdo dos documentos aqui utilizados é de responsabilidade de seus
autores.

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Técnico em Segurança do Trabalho – Volume 1

12 – Radiação (continuação)
2. FICHA DE INFORMAÇÕES DE SEGURANÇA DE PRODUTO QUÍMICO - FISPQ³

LIGAS DE COBRE PARA SOLDAGEM E METALIZAÇÃO4

Tetraborato de sódio 1330-43-4


Acido bórico 10043-35-3
Quadro 1.
Componentes da liga (*): Incluindo composição do revestimento.

Tetraborato
Ácido Outros
de Sódio
Elemento Bórico Cu Fe Mn Ni Si Ag Sn Al P Pb Zn Elementos
Tetraborato
Total
de Sódio

Composição 44-- 0- 0– 0,10- 0– 0– 0– 0– 0-


0-9 0-9 -- -- 0,50
% 98 1,5 11,0 3.5 4,00 11.00 0,25 0,05 45

Notas:

(*) Todos os valores representam a máxima porcentagem de cada elemento na liga ou estão expressos em
uma faixa.

Identificação de perigos: Estes produtos apresentados comercialmente na forma sólida (varetas e fios) não
representam risco para a saúde. No seu manuseio os riscos limitam-se a possíveis acidentes como queda de
material estocado ou manuseio inadequado dos mesmos com possibilidade de ocorrer traumatismos, cortes
ferimentos etc, provocados por contatos violentos das varetas ou bobinas contendo fios, com diversas parte do
corpo do trabalhador envolvido. A prevenção destes possíveis acidentes deve ser feita através de treinamento
para estocagem e manuseio seguro destes materiais assim como do uso de normas, procedimentos e liberação
de serviços, quando necessário.

Principais perigos: Os riscos para a saúde se apresentam fundamentalmente nas exposições a partículas finas
destes materiais geradas no seu uso, nos processos de fundição e formação de fumos metálicos (processo de
solda).

Saúde: A inalação de fumos, gerados nos processos de solda utilizando estes produtos, podem causar, em curto
prazo (exposição aguda) irritação do trato respiratório superior. As exposições crônicas, sem os controles adequa-
dos, podem desenvolver alterações graves de saúde vinculada ao aparelho respiratório e outros órgãos devido
ao efeito sistêmico de alguns dos componentes presentes. Radiação ultravioleta da soldagem pode causar dano
ocular e queimaduras de pele.

O efeito desta radiação sobre o Oxigênio e o Nitrogênio presentes no ar, gera ozônio (O3) e vapores nitrosos
(NOx) na forma gasosa.

3
Disponível em < http://www.centersoldas.com.br/infotecnicas/fichas%20de%20seguran%E7a%20(fispq)/fipq__ligas_de_
cobre.pdf> . Acesso em 09/05/2011

4
Página 2 de 11 de uma FISPQ. Data de elaboração: (23/10/2007) Data de revisão: (28/03/2008). Número de Revisão: (01)

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Técnico em Segurança do Trabalho – Volume 1

12 – Radiação (continuação)
O processo de solda gera fumos metálicos e radiação ultravioleta intensa devido à formação do arco vol-
taico. A energia associada a esta radiação em contato com o ar, tem uma forte ação de oxidação formando
ozônio e óxidos de nitrogênio. A radiação ultravioleta pode causar também queimaduras nos olhos e na
pele.

• Os fumos da solda são listados pela IARC (Agencia Internacional de Pesquisas sobre o Câncer) no Grupo
2B* (possivelmente carcinogênico para seres humanos).

• Exposição a baixos níveis de ozônio pode causar irritação nos olhos, nariz e garganta. A inalação pode
causar dores no peito, dores de cabeça, falta de ar, tosse, enjôo e fechamento das vias respiratórias. Os
sintomas são temporários.

• Exposição a elevados níveis de ozônio pode causar irritação respiratória aguda com falta de ar, alterações
pulmonares, hemorragia e edema pulmonar (água nos pulmões). Um teste de exposição em animais e
humanos mostrou mudanças nos cromossomos, alterações na reprodução, mudanças no sangue e morte
devido a um congestionamento nos pulmões.

• Óxidos de nitrogênio podem causar irritação nos olhos, na pele e nas vias respiratórias. A exposição a
elevados níveis de óxido de nitrogênio pode causar edema pulmonar que pode ser fatal. Óxido nítrico
pode causar formação de carboxiemoglobina, que dificulta o transporte do oxigênio pelo sangue. A su-
perexposição pode causar fibrose pulmonar.

• A inalação de fumos de cobre pode provocar irritação de olhos, garganta e das membranas mucosas, per-
furação do septum nasal, tosse e febre (febre dos fumos metálicos), o contato com a pele pode provocar
dermatite.

• A exposição crônica a elevados níveis de fumos ou partículas de manganês pode causar problemas no
sistema nervoso, pneumonia e problemas de impotência sexual em homens.

• A exposição crônica a partículas inertes de silício pode causar problemas nas vias respiratórias e contri-
buir para bronquite crônica. A exposição de coelhos ao silício produziu lesões pulmonares significativas.

• A exposição a óxido de zinco causados pela queima, soldagem ou fundição do metal pode causar febre,
mal-estar, falta de ar e irritação nas vias respiratórias superiores. Eventuais sintomas podem incluir fe-
bre, mal-estar, náusea, vômitos e dores musculares. A inalação de partículas do mesmo metal apresenta
baixos riscos à saúde.

• A superexposição aos fumos do cobre pode ocorrer na soldagem, no corte com maçarico e outros. A
superexposição às partículas de cobre pode causar irritações nos olhos, na pele e nas vias respiratórias
superiores. A superexposição crônica pode resultar anemia, problemas na pele e descoloração do cabelo.

• A superexposição ao fumo de cobre pode causar uma irritação no sistema respiratório, náuseas, febre,
mal-estar, falta de ar e ma formação fetal.

37
Técnico em Segurança do Trabalho – Volume 1

12 – Radiação (continuação)
• Partículas e fumos de níquel podem causar queimaduras na pele, dermatite alérgica no ponto de contato
e conjuntivite. A inalação crônica de altos níveis de níquel pode causar irritação nas vias aéreas e pul-
mões, fibrose pulmonar, perfuração no septo nasal, sinusite, comprometimento total ou parcial do siste-
ma respiratório e asma. Os compostos de níquel têm sido associados com câncer nos pulmões, laringe e
sinusites paranasais em humanos. Estes compostos são listados como cancerígenos para humanos pela
NTP e pela IARC (Grupo 1)*. O metal níquel é provavelmente cancerígeno para humanos como é definido
pela IARC (Grupo 2B)*.

Partículas e fumos de chumbo inorgânico são considerados como um provável agente cancerígeno para
humanos pela IARC Grupo 2B*. A superexposição à esses partículas e fumos podem causar distúrbios esto-
macais, problemas nos rins, no fígado, no sistema nervoso central, no sangue e nos órgãos de reprodução.
A superexposição ao chumbo tem sido associada a problemas no processo de reprodução humana, como
infertilidade e anomalias em fetos. O chumbo é um metal tóxico por inalação ou ingestão

Condições médicas agravadas pela exposição ao produto:

Doença pulmonar crônica, formigamento na pele e asma.

*CLASSIFICAÇÕES IARC:

Grupo 1: O agente é cancerígeno para humanos.

Há evidências suficientes que existe uma relação entre a exposição ao agente e o câncer no homem.

Grupo 2B: O agente provavelmente é cancerígeno para humanos.

Geralmente inclui agentes para os quais há pouca evidência em humanos, e ausência de evidência su-
ficiente em estudos com animais.

Meio ambiente: por tratar-se de produtos sólidos muito pouco solúveis em água não apresentam risco para
o meio ambiente, facilitando os processos de coleta, estocagem e destino final de resíduos, visto que este
material é reciclável.

Resíduos na forma de partículas finas, geradas por fusão, vaporização e condensação de vapores (processo
de solda) podem provocar dano ao meio ambiente visto que podem ser dispersadas pela água e continuar
seu processo de transformação em íons de vários metais.

É recomendável conduzir os fumos de solda mediante um sistema de ventilação local exaustora dotado de
filtros adequados para realizar a separação das partículas geradas

38
Técnico em Segurança do Trabalho – Volume 1

13 – O que Fazer em Caso de Suspeita de LER


Suspeita de doença ocupacional

Se houver suspeita de doença ocupacional, isto é, a presença de sinais e sintomas de doenças relacionadas ao
trabalho, o empregado deve passar por uma avaliação médica em serviço público ou privado. Essa avaliação
deve ser baseada em exame clinico que leve em conta a história ocupacional do trabalhador e, quando justi-
ficado, em exames complementares.

Explique detalhadamente o que você sente e como é o seu trabalho. O médico deve acompanhar a evolução
de cada caso.

Emissão da CAT

Em casos de acidentes ou doenças ocupacionais, é obrigatório o preenchimento da CAT (Comunicação de


Acidente do Trabalho).

Se a empresa se recusar a emitir a CAT, isso pode ser feito pelo médico que o assistiu, por qualquer autoridade
pública, pelo sindicato ou pelo próprio trabalhador.

INSS Perícia Médica

Portanto a CAT e o relatório médico emitido pelo médico assistente, o empregado deverá ser encaminhado a
um posto de atendimento de acidente do trabalho, para agendamento da perícia médica.

Afastamento do Trabalho

Havendo caracterização de doença ocupacional e incapacidade para o trabalho, o empregado será afastado
pelo INSS e receberá Auxílio - doença acidentário do INSS, a partir do 16º dia de afastamento. Os primeiros
15 dias são cobertos pela empresa.

Auxílio - doença acidentário

Esse auxílio é conhecido popularmente como “seguro”. É um beneficio mensal, em dinheiro, que corresponde
a 91% do salário - de - beneficio do trabalhador. Esse salário é a média aritmética simples dos 36 últimos
salários imediatamente anteriores ao afastamento da atividade. O Auxílio - doença acidentário será pago pelo
INSS até a alta definitiva ou aposentadoria, respeitado o limite do valor do salário - de - beneficio.

Alta sem restrição

A alta da perícia médica do INSS resultará no retorno gradual do trabalhador à sua função original, com acom-
panhamento do Serviço Médico ou SESMT - Serviço Especializado de Segurança e Medicina do Trabalho (onde
houver).

39
Técnico em Segurança do Trabalho – Volume 1

13 – O que Fazer em Caso de Suspeita de LER (continuação)


Alta com restrição

Havendo restrição (da volta do trabalhador à mesma função), o CRP - Centro de Reabilitação Profissional
do INSS - encaminhará o empregado para readaptação a outra função, com acompanhamento do setor de
recursos humanos da empresa. O CRP deverá promover estágio de readaptação funcional em atividade
compatível com a capacidade de trabalho do empregado.

Auxílio – acidente

Se após a consolidação das lesões decorrentes de qualquer natureza resultar seqüela que reduza sua capa-
cidade funcional, o trabalhador fará jus ao recebimento, como indenização, do beneficio denominado Auxí-
lio - acidente, pago pelo INSS. Esse auxílio mensal será pago até a aposentadoria (Lei nº9 528, de dezem-
bro/97) e corresponde a 50% do salário - de - beneficio do segurado, sendo pago a partir da alta médica.

Obs: O auxílio de natureza vitalícia foi extinto a partir de janeiro de 1998, sem prejuízo dos direitos adqui-
ridos até dezembro de 1997.

Estabilidade no emprego

O trabalhador que, em razão de acidente ou doença do trabalho ou profissional, ficar afastado do trabalho
por mais de 15 dias (recebendo, portanto, o Auxílio - doença acidentário) gozará de estabilidade no empre-
go, pelo período mínimo de 12 meses - salvo outros dispositivos de acordo com a Convenção Coletiva de
Trabalho -, a contar do encerramento do Auxílio - doença acidentário.

Aposentadoria por invalidez acidentária

Se no final do tratamento, o INSS entender que, em razão de seqüela, o trabalhador não tem condição de
exercer qualquer trabalho, é concedida a Aposentadoria por Invalidez Acidentária, que corresponde a 100%
do salário - de - beneficio.

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Técnico em Segurança do Trabalho – Volume 1

14 – Reportagem
Possível vazamento de amônia da carreta de uma usina mata centenas de peixes nos rios
Cachoeirinha e Turvo

Seg, 18 de Outubro de 2010 23:11

Um possível vazamento de adubo líquido pode ter provocado a morte de centenas de peixes nos rios Cachoei-
rinha e Turvo, em Olímpia.

Segundo matéria da TV Tem, veiculada nesta segunda-feira, 18, centenas de peixes apareceram mortos nos dois
rios na região, e a Cetesb – Companhia Ambiental do estado de São Paulo – já estaria investigando o caso.

A matéria, da afiliada de rede Globo de Rio Preto, mostra que um dourado com mais de cinco quilos não resistiu
à falta de oxigênio na água. Ao longo do rio, centenas deles bóiam perto dos galhos. Além do dourado, peixes
de outras quatro espécies, corimba, piapara, lambari e piau, apareceram mortos no rio Cachoeirinha, principal
afluente do rio Turvo. Segundo pescadores, a mortandade começou há três dias.

Celso Cezário, ouvido pela emissora de TV, aproveitaria o fim de semana pra pescar, mas, quando chegou ao rio,
não teve coragem de jogar o anzol na água. Ao ver peixes enormes boiando na margem, o pescador desistiu.

A ausência de pescadores no barranco do rio, também segundo a reportagem, é o sinal de que algo está erra-
do. “No fim de semana, o local fica lotado. Além do afluente, peixes também foram encontrados mortos no rio
Turvo, um dos principais da região noroeste. Nos dois rios a imagem é a mesma”.

A suspeita é de que o vazamento tenha ocorrido depois de um acidente com um caminhão que transportava
adubo líquido para a usina Cruz Alta. Em nota, a assessoria da empresa afirma que já tomou providências, sem
especificar quais, para normalizar a situação. A usina informou ainda que instaurou procedimentos internos para
apurar as causas da ocorrência.

Fonte: Câmara dos Deputados. Disponível em: www.camara.leg.br/internet/plenario/notas/extraord/em130400.pdf.


Acesso em: 03 de março 2011.

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Técnico em Segurança do Trabalho – Volume 1

Saúde e
Módulo 1 Higiene Ocupacional

Unidade de Orientação para


o Trabalho (UOT)

Saúde Ocupacional

Biossegurança

Primeiros Socorros

CIPA (Estudos em EAD)

Planejamento de uma
Comissão Interna de
Prevenção de Acidentes – CIPA

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Técnico em Segurança do Trabalho – Volume 1

Biossegurança
Esta Unidade Curricular contém 7 Anexos. Veja-os a seguir.

1. O que é Biossegurança?

2. Sobre Biossegurança

3. Apresentação do Fórum Permanente em Defesa das Mãos

4. Contaminação atinge 95% dos jalecos médicos

5. Resolução RDC nº 306 de 7 de dezembro de 2004 e Resolução nº 358, de 29 abril de 2005

6. Síntese da classificação sobre os níveis de biossegurança

7. Resolução do CONAMA nº 5, de 5 de agosto de 1993

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Técnico em Segurança do Trabalho – Volume 1

1 – O QUE É BIOSSEGURANÇA*
Para que possamos discutir o que é a Biossegurança, faz-se necessário não somente conhecer o conceito, mas
também ter noções de suas aplicações e os contextos local e atual. Para iniciar a discussão sobre o tema, suge-
rimos a leitura dos textos abaixo:

Biossegurança: o que é?

Uma pessoa à procura de materiais que possam valer algum dinheiro revira sacolas e caixas em um lixão. De
repente, um descuido. O catador se fere com uma seringa utilizada e abandonada no meio do lixo.

Fim de expediente para um profissional de um laboratório que lida com o bacilo da tuberculose. Ele encerra as
atividades sem perceber que sua máscara de proteção estava mal colocada. Três semanas depois, o filho de sua
empregada é diagnosticado com tuberculose.

Hong Kong, China. Um hóspede com sintomas de gripe permanece em um hotel por dois dias. Semanas depois,
pessoas com a Síndrome Aguda Respiratória (Sars) são identificadas em cinco países, incluindo Canadá e Estados
Unidos. A investigação mostra que os casos estavam relacionados ao hóspede do hotel.

As situações acima dizem respeito a um conceito cada vez mais importante nos dias atuais: a Biossegurança.
Essa palavra resume um problema do tamanho do mundo, que envolve desde o controle de uma ameaça séria,
como a gripe do frango, até o simples hábito de lavar, ou não, as mãos. Em síntese: quando o tema é Biossegu-
rança, o que está em pauta é a análise dos riscos a que está sujeita a vida1.

A estrutura da Biossegurança é composta (...) por componentes ocupacionais (infraestrutura laboratorial), edu-
cacionais (política de valorização de recursos humanos e agregação de valores éticos, filosóficos e técnicos),
sociais (ações voltadas para otimização e humanização dos processos de trabalho), informacionais (processo
de comunicação que permeia todos os níveis hierárquicos), normativos (ações reguladoras internas e externas
que estabelecem os parâmetros para o desenvolvimento das atividades), organizacionais (relacionado a vários
seguimentos da economia, como as novas tecnologias químicas, radioativas e geneticamente ‘engenheiradas’,
as áreas biotecnológicas e agropecuárias.”

* O Senac Rio se reservou ao direito de não alterar os textos contidos neste manual. Portanto, não pode ser responsabilizado
pelos possíveis erros ortográficos e gramaticais. O conteúdo dos documentos aqui utilizados é de responsabilidade de seus
autores.
1
Fonte: AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA – ANVISA. Biossegurança. Disponível em http://www.scielo.br/pdf/rsp/
v39n6/26998.pdf. Acessado em: 05 maio 2011.

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Técnico em Segurança do Trabalho – Volume 1

2 – Sobre Biossegurança2
Laboratórios

A preocupação com a Biossegurança cresceu com a circulação, cada vez mais intensa, de pessoas e mercadorias
em todo o mundo. A possibilidade do uso de vírus e bactérias em atentados terroristas também trouxe apreen-
são aos laboratórios e à entrada de substâncias contaminadas em um país.

Nos anos 70, uma série de estudos detectou que os profissionais de laboratórios de saúde apresentavam mais
casos de tuberculose, hepatite B e shigelose – doença caracterizada pela presença de diarreia, febre e cólicas
estomacais – do que pessoas envolvidas com outras atividades. Na Inglaterra, a incidência de tuberculose entre
esses trabalhadores chegava a ser cinco vezes maior do que na população. Na Dinamarca, a proporção de casos
de hepatite era sete vezes mais alta se comparada com o restante das pessoas.

Na opinião de especialistas que discutem a Biossegurança, o grande problema não está nas tecnologias disponí-
veis para eliminar ou minimizar os riscos, e sim no comportamento dos profissionais. Como afirma a pesquisado-
ra da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) Ana Beatriz Moraes, não basta ter bons equipamentos. “De nada adianta
usar luvas de boa qualidade e atender ao telefone ou abrir a porta usando as mesmas luvas, pois outras pessoas
tocarão nesses objetos sem proteção alguma”, explica. Para ela, é fundamental que todos os trabalhadores
envolvidos em atividades que representem algum tipo de ameaça química ou biológica estejam preparados e
dispostos a enxergar e apontar os problemas.

De acordo com o gerente-geral de Laboratórios da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Galdino
Guttmann Bicho, ainda se nota uma dissociação dos conceitos qualidade e segurança. “Entretanto, já é consenso
que essas duas questões devem estar interligadas. (...)”

Perto de todos

Mais recentemente, o tema Biossegurança ultrapassou os limites dos laboratórios e hospitais com a constatação
de que os riscos biológicos e químicos estão presentes também em outros ambientes. A Biossegurança não está
relacionada apenas a sistemas modernos de esterilização do ar de um laboratório ou câmaras de desinfecção
das roupas de segurança. Um profissional de saúde que não lava suas mãos com a frequência adequada ou o lixo
hospitalar descartado de maneira errada são práticas do dia a dia que também trazem riscos. (...)

Por mais básico que possa parecer, o hábito de lavar as mãos ainda é adotado com menos frequência do que
o necessário. A gerente de Investigação e Prevenção de Infecções e dos Eventos Adversos da Anvisa, Adélia
Marçal, acredita que esse ato ultrapassa a questão cultural. “A higiene demanda tempo. Às vezes, o profissional
se encontra tão sobrecarregado pelo trabalho que pula a ação de higiene para ir direto à ação assistencial, que
é vista como mais importante”, justifica. Esse problema é maior quando o médico ou enfermeiro tem que se
deslocar da sua área de trabalho para encontrar, por exemplo, uma pia. Adélia ressalta que fatores como a qua-
lidade dos sabonetes também dificulta a realização de um procedimento simples como a lavagem das mãos. Se
o sabão não for adequado, depois de um período, a pele acaba ficando ressecada e descamada, o que apenas
piora a situação, principalmente dos que lavam as mãos várias vezes ao dia.

2
Trechos extraídos de artigo original publicado pela Revista Saúde Pública, 2005, 39 (6), da FSP/USP, disponível em http://www.
scielo.br/pdf/rsp/v39n6/26998.pdf.

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Técnico em Segurança do Trabalho – Volume 1

2 – Sobre Biossegurança (continuação)


Outras fronteiras

A forma de abordar e estudar a Biossegurança, nos últimos anos, ganhou novos contornos. Até mesmo o fator
psicológico dos trabalhadores passou a ser considerado no momento da avaliação dos riscos. Para Paulo Star-
ling, um dos coordenadores do Curso de Especialização de Biossegurança em Instituições de Saúde do Instituto
de Pesquisa Clínica Evandro Chagas, da Fiocruz, problemas como a falta de condições adequadas de trabalho e
pressões por produtividade influenciam negativamente os resultados, mas poucas vezes são considerados. “O
estresse psicossocial gera um sofrimento que provoca dificuldades na atenção e na capacidade de trabalho. A
consequência é a desmotivação para a realização das suas atividades de maneira correta”, justifica. Segundo
Paulo, para identificar a relação entre o estresse e o risco de acidente em um serviço de saúde basta fazer um
mapa das áreas de risco e da incidência de doenças entre os profissionais da instituição. (...)

Fonte: Anvisa. Disponível em: <www.anvisa.gov.br/divulg/boletim/58_05.pdf>. Acesso em: 16 nov. 2011.

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Técnico em Segurança do Trabalho – Volume 1

3 – Apresentação do Fórum Permanente em


Defesa das Mãos *
Acidentes nas Mãos em Profissionais de Saúde

Ivone Martini de Oliveira

Conselheira do COREN-SP, Diretora da ANENT

e Conselheira da ABRAPHISET

Lesões mais freqüentes:

• Ferimentos contusos, perfurantes, cortantes, lacerantes e escoriantes, ditos, ferimentos pérfuro-cortantes

• Lesões ósteo-musculares por traumatismos e por esforços repetitivos

• Queimaduras e reações cutâneas de contato, alérgicas ou não.

Causas

Ferimentos Provocados pelo manuseio de material pérfuro-cortantes como: agulha, agulhas para sutura, escal-
pe, lancetas, lâminas de bisturi, cacos de vidro de quebras de ampolas e tubos coletores de sangue, tubos capi-
lares de vidro, tampas de metal de frascos, etc. Também podem ser causados por mordeduras e arranhaduras
de animais.

Reações cutâneas

Provocadas pelo contato de substâncias químicas com a pele, causando dermatites químicas ou queimaduras por
substâncias corrosivas. A reação alérgica mais importante é aquela causada pelo látex das luvas.

Lesões ósteo-musculares

Causadas principalmente pelo manuseio e transporte de pacientes e materiais, movimentação de maca, cadeira
de rodas, carrinho, hamper, acionamento das manivelas das camas, de mesas de refeição, enchimento do man-
guito na medição de PA’s, etc.

Fator de Gravidade

Os ferimentos que apresentam rompimento da pele estão associados ao agente de risco biológico, porque são
portas de entrada de doenças infecciosas graves e letais como a hepatite B e C e a Aids. Dados publicados em
07 de dezembro de 2004 pelo Conselho Internacional de Enfermagem - CIE e pelo Comitê Permanente de Enfer-
meiras da União Européia, revelam que os trabalhadores de saúde sofrem 1 milhão de ferimentos causados por
agulhas por ano e desses 40% afetam profissionais de enfermagem. No Reino Unido, as Enfermeiras Obstétricas
representam 41%, e os médicos, 35% dos trabalhadores de saúde expostos a contágio por doenças de transmis-
são sanguínea adquirida por ferimento pérfuro-cortantes.

* O Senac Rio se reservou ao direito de não alterar os textos contidos neste manual. Portanto, não pode ser responsabilizado
pelos possíveis erros ortográficos e gramaticais. O conteúdo dos documentos aqui utilizados é de responsabilidade de seus
autores.

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Técnico em Segurança do Trabalho – Volume 1

3 – Apresentação do Fórum Permanente em


Defesa das Mãos (continuação)
Os dados publicados relatam ainda que:

Quando um trabalhador de saúde sofre lesão por instrumento cortante contaminado, existe o risco de infecção
por:

1. Hepatite B: 1 em cada 3 trabalhadores;

2. Hepatite C: 1 em cada 30 trabalhadores;

3. Contágio pelo HIV: 1 em cada 300 trabalhadores.

O Comitê Permanente de Enfermeiras da União Européia (PCN) representa mais de um milhão de enfermeiras e
é a entidade independente da profissão. Sitio web: www.pcnweb.org O Conselho Internacional de Enfermagem
(CIE) é uma Federação de 125 associações nacionais de enfermeiras, e representa milhões de enfermeiras em
todo o mundo. Sitio web: www.icn.ch

Casos de soroconversão pelo HIV


Acidentes ocupacionais em profissionais de saúde:

99 Casos Comprovados

Categoria profissional:

71% profissionais da Enfermagem e técnicos de laboratórios clínicos.

Tipo de exposição: 89% Exposições Percutâneas.

Material biológico envolvido: 91% exposições a sangue.

Fonte: HIV/AIDS Surveillance Report. CDC. London, Public Health Laboratory Service, Dec 1997.

Fatores de Risco:
• Descarte inadequado de material pérfuro-cortante (coloca em risco também os profissionais de limpeza, da
lavanderia e do transporte de resíduos);
• Manuseio do material usado antes do descarte; principalmente reencapagem de agulhas;
• Transporte inadequado de material infectado;
• Não uso de equipamentos de proteção;
• Acidentes durante sutura com agulhas;

Outros Fatores:
• Falta de treinamento para um trabalho seguro;
• Insuficiência de trabalhadores causando sobrecarga de trabalho (pressionados os trabalhadores ficam descui-
dados e desatentos);
• Falta de equipamentos seguros;
• Iluminação deficiente dos locais de trabalho;
• Pacientes agitados e agressivos.

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Técnico em Segurança do Trabalho – Volume 1

3 – Apresentação do Fórum Permanente em


Defesa das Mãos (continuação)
Importante:

A notificação do acidente por parte do acidentado.

Prevenção:

Objetivo: Proteger o trabalhador e eliminar ou reduzir as condições que geram os acidentes.

Meios:

• Educação continuada dos trabalhadores para um trabalho seguro e a prática das precauções básicas univer-
sais;

• Número adequado de trabalhadores para a execução das tarefas. Materiais são esquecidos em cima de ma-
cas, balcão, caixas de descarte excessivamente cheias, coisa de quem está com pressa;

• Condições ambientais que propiciem um trabalho seguro, principalmente iluminação;

• Uso de equipamentos de proteção individual;

• Exames de saúde periódicos;

• Imunização ativa dos trabalhadores;

• Comunicação imediata da ocorrência de qualquer ferimento;

• Mobiliário e equipamentos de trabalho com tecnologia para um trabalho seguro. Hoje temos disponíveis
agulhas, escalpes e lancetas com capas protetoras ou retráteis, substituição dos tubos de coleta e capilares de
vidro para tubos de plástico e outros;

• Manutenção preventiva dos equipamentos, principalmente os utilizados para, manuseio e transporte de pa-
cientes e materiais, as manivelas das camas e mesas, etc.

Procedimento em caso de Acidente

IMPORTANTE: Acidentes de trabalho com sangue e outros fluidos potencialmente contaminados devem ser tra-
tados como emergência médica. A profilaxia da infecção pelo HIV e hepatite B deve ser iniciada logo após a
ocorrência do acidente, para a sua maior eficácia.

Medidas locais apropriadas para o tipo de lesão:

• desinfecção do ferimento (lavando exaustivamente com água e sabão de forma delicada para não aumentar
a lesão aplicando anti-sépticos não alcoólicos ou irritantes);

• retirada da substância química do contato com a pele;

• proteção das queimaduras etc.

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Técnico em Segurança do Trabalho – Volume 1

3 – Apresentação do Fórum Permanente em


Defesa das Mãos (continuação)
O Conselho Internacional de Enfermagem - CIE e o Comitê Permanente de Enfermeiras da União
Européia RECOMENDAM:

• medidas de controle como agulhas mais seguras e a aplicação das medidas universais são eficazes para a
prevenção de mais de 80% das lesões por agulhas;
• investimento na orientação de práticas de trabalho mais seguras e o emprego de tecnologias de proteção
contra as lesões por instrumentos perfurantes e cortantes.

Referências bibliográficas:

1- SOUZA, A. C. S. Risco biológico e biossegurança no cotidiano de enfermeiros e auxiliares de enfermagem.


Revista Eletrônica de Enfermagem (on-line), v. 4, n.1, p. 65, 2002. Disponível em http://www.fen.ufg.br

2- AFONSO, M. S. M.; TIPPLE, A. F. V.; SOUZA, A. C. S.; PRADO, M. A.; ANDERS, P. S. - A qualidade do ar em ambien-
tes hospitalares climatizados e sua influência na ocorrência de infecções. Revista Eletrônica de Enfermagem,
v. 06, n. 02, 2004. Disponível em www.fen.ufg.br

3- CONSEJO INTERNACIONAL DE ENFERMEROS. Las agujas hipodérmicas seguras puedem salvar vidas. Comunicado
de Prensa, 07 de diciembre de 2004.

4- FIGUEIREDO, Rosely Moralez de, Vacinas para estudantes e profissionais de saúde. Disponível em: www.risco-
biologico.org. Acesso em 04.04.2005.

5- RAPPARINI, Cristiane. Riscos biológicos e profissionais de saúde. Disponível em: www.riscobiologico.org. Aces-
so em 04.04.2005.

6- MARTINHO, Eliane. Conceito de segurança em dispositivos médicos-hospitalares: a teoria e o mercado – o


surgimento e a evolução do conceito de segurança: o mercado. Disponível em: www.riscobilogico.org. Acesso
em 04.04.2005.

7- COCOLO, Ana Cristina. Equipes médicas e de enfermagem menosprezam riscos de acidentes. Disponível em:
www.unifesp.br/comunicação/ipta. Acesso em 20.03.2005.

Fonte: http://www.fundacentro.gov.br/conteudo.asp?d=ctn&c=494&menuaberto=493 Acesso em: 25 jan. 2011.

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Técnico em Segurança do Trabalho – Volume 1

4 – Contaminação atinge 95% dos jalecos médicos


Micro-organismos encontrados podem causar infecção hospitalar; OMS indica uso do avental
para proteger os profissionais de saúde

23 de setembro de 2010

José Maria Tomazela SOROCABA – O Estado de S.Paulo

Em vez de proteger o usuário, o jaleco médico – indicado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como equipa-
mento de proteção individual para os profissionais do setor – pode ser fonte de contaminação. É o que indica um
estudo realizado por alunas da Pontifícia Universidade Católica (PUC-SP), campus de Sorocaba, e divulgada ontem.

Das amostras analisadas, 95,83% estavam contaminadas. Entre os micro-organismos identificados nos jalecos está
o Staphilococcus aureus, bactéria considerada um dos principais agentes de infecção hospitalar. A pesquisa foi
realizada pelas alunas Fernanda Dias e Débora Jukemura, sob orientação da professora Maria Elisa Zuliani Maluf.

A proposta surgiu após a constatação de que alunos e residentes do hospital-escola do Conjunto Hospitalar de
Sorocaba, da rede estadual de saúde, saíam para o almoço em bares e restaurantes sem tirar o jaleco.

O objetivo foi comparar a microbiota – conjunto de micro-organismos que habitam um ecossistema – existente
nos jalecos, sobretudo na região do punho e na pele dessas pessoas, com a dos não usuários. Foram avaliados
96 estudantes de Medicina, distribuídos nos seis anos da graduação, que atuam na enfermaria de clinica médica
do hospital. A metade usava jalecos (de mangas longas) e a outra metade não.

“Essa elevada taxa de contaminação pode estar relacionada ao contato direto com os pacientes, aliada ao fato
de os micro-organismos poderem permanecer entre 10 e 98 dias em tecidos, como algodão e poliéster”, explica
Fernanda.

O estudo mostrou que os jalecos dos profissionais estão geralmente contaminados, principalmente nas áreas
de contato frequente, como mangas e bolsos. A OMS e outras instituições de referência em Biossegurança
recomendam a sua utilização como uma barreira de proteção contra a transmissão de micro-organismos. No
estudo, a pele da região do punho estava contaminada em 97,91% dos usuários de jaleco. Nos não usuários, a
contaminação era de 93,75%.

Questionamento. “Evidencia-se que a contaminação nos usuários de jaleco não difere significativamente daque-
les que não fazem seu uso, indicando que sua função como proteção pode ser questionada”, disse a professora
Maria Elisa.

De acordo com as alunas, o estudo também revela que a prática de lavar as mãos, em ambos os grupos, não
está adequada. Para ela, a falta de higiene das mãos aumenta a contaminação dos jalecos.

Os resultados mostraram, ainda, que o número de micro-organismos patogênicos aumentou consideravelmente


nas coletas realizadas entre segunda e quinta-feira, dias de maior atividade médica. Para a orientadora, a pes-
quisa mostrou que o jaleco pode representar um possível veículo de transmissão de micro-organismos associado
à infecção hospitalar, caso seu uso não seja aliado a cuidados.

A PUC-SP pretende aprofundar os estudos para encaminhá-los à OMS.

* O Senac Rio se reservou ao direito de não alterar os textos contidos neste manual. Portanto, não pode ser responsabilizado
pelos possíveis erros ortográficos e gramaticais. O conteúdo dos documentos aqui utilizados é de responsabilidade de seus
autores.

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Técnico em Segurança do Trabalho – Volume 1

5 – Resolução – RDC nº 306, de 7 de dezembro de 2004*


DOU, de 10/12/2004
Dispõe sobre o Regulamento Técnico para o gerenciamento de resíduos de serviços de saúde.
A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, no uso da atribuição que lhe confere o art. 11,
inciso IV, do Regulamento da ANVISA aprovado pelo Decreto n.º 3.029, de 16 de abril de 1999, c/c o Art. 111,
inciso I, alínea “b”, § 1º do Regimento Interno aprovado pela Portaria n.º 593, de 25 de agosto de 2000, publi-
cada no DOU de 22 de dezembro de 2000, em reunião realizada em 6 de dezembro de 2004,
considerando as atribuições contidas nos Art. 6º , Art. 7º, inciso III e Art. 8º da Lei 9782, de 26 de janeiro de 1999;
considerando a necessidade de aprimoramento, atualização e complementação dos procedimentos contidos na
Resolução RDC 33, de 25 de fevereiro de 2003, relativos ao gerenciamento dos resíduos gerados nos serviços de
saúde - RSS, com vistas a preservar a saúde pública e a qualidade do meio ambiente
considerando os princípios da biossegurança de empregar medidas técnicas, administrativas e normativas para-
prevenir acidentes, preservando a saúde pública e o meio ambiente;
considerando que os serviços de saúde são os responsáveis pelo correto gerenciamento de todos os RSS por eles
gerados, atendendo às normas e exigências legais, desde o momento de sua geração até a sua destinação final;
considerando que a segregação dos RSS, no momento e local de sua geração, permite reduzir o volume de resíduos
perigosos e a incidência de acidentes ocupacionais dentre outros benefícios à saúde pública e ao meio ambiente;
considerando a necessidade de disponibilizar informações técnicas aos estabelecimentos de saúde, assim como aos
órgãos de vigilância sanitária, sobre as técnicas adequadas de manejo dos RSS, seu gerenciamento e fiscalização;
Adota a seguinte Resolução da Diretoria Colegiada e eu, Diretor-Presidente, determino a sua publicação:
Art. 1º Aprovar o Regulamento Técnico para o Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde, em Anexo a
esta Resolução, a ser observado em todo o território nacional, na área pública e privada.
Art. 2º Compete à Vigilância Sanitária dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal, com o apoio dos Órgãos
de Meio Ambiente, de Limpeza Urbana, e da Comissão Nacional de Energia Nuclear – CNEN, divulgar, orientar e
fiscalizar o cumprimento desta Resolução .
Art. 3º A vigilância sanitária dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal, visando o cumprimento do Re-
gulamento Técnico, poderão estabelecer normas de caráter supletivo ou complementar, a fim de adequá-lo às
especificidades locais.
Art. 4º A inobservância do disposto nesta Resolução e seu Regulamento Técnico configura infração sanitária e
sujeitará o infrator às penalidades previstas na Lei nº. 6.437, de 20 de agosto de 1977, sem prejuízo das respon-
sabilidades civil e penal cabíveis.
Art. 5º Todos os serviços em funcionamento, abrangidos pelo Regulamento Técnico em anexo, têm prazo máxi-
mo de 180 dias para se adequarem aos requisitos nele contidos. A partir da publicação do Regulamento Técnico,
os novos serviços e aqueles que pretendam reiniciar suas atividades, devem atender na íntegra as exigências
nele contidas, previamente ao seu funcionamento.
Art. 6º Esta Resolução da Diretoria Colegiada entra em vigor na data de sua publicação, ficando revogada a Re-
solução ANVISA - RDC nº. 33, de 25 de fevereiro de 2003

* O Senac Rio se reservou ao direito de não alterar os textos contidos neste manual. Portanto, não pode ser responsabilizado
pelos possíveis erros ortográficos e gramaticais. O conteúdo dos documentos aqui utilizados é de responsabilidade de seus
autores.

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Técnico em Segurança do Trabalho – Volume 1

5 – Resolução – RDC nº 306, de 7 de dezembro


de 2004 (continuação)
CAPÍTULO I – HISTÓRICO

O Regulamento Técnico para o Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde, publicado inicialmente por
meio da RDC ANVISA nº. 33 de 25 de fevereiro de 2003, submete-se agora a um processo de harmonização das
normas federais dos Ministérios do Meio Ambiente por meio do Conselho Nacional de Meio Ambiente/CONAMA
e da Saúde através da Agência Nacional de Vigilância Sanitária/ANVISA referentes ao gerenciamento de RSS.

O encerramento dos trabalhos da Câmara Técnica de Saúde, Saneamento Ambiental e Gestão de Resíduos do
CONAMA, originaram a nova proposta técnica de revisão da Resolução CONAMA nº. 283/2001, como resultado
de mais de 1 ano de discussões no Grupo de Trabalho. Este documento embasou os princípios que conduziram
à revisão da RDC ANVISA nº. 33/2003, cujo resultado é este Regulamento Técnico harmonizado com os novos
critérios técnicos estabelecidos.

CAPÍTULO II - ABRANGÊNCIA

Este Regulamento aplica-se a todos os geradores de Resíduos de Serviços de Saúde-RSS.

Para efeito deste Regulamento Técnico, definem-se como geradores de RSS todos os serviços relacionados com o
atendimento à saúde humana ou animal, inclusive os serviços de assistência domiciliar e de trabalhos de campo;
laboratórios analíticos de produtos para saúde; necrotérios, funerárias e serviços onde se realizem atividades
de embalsamamento (tanatopraxia e somatoconservação); serviços de medicina legal; drogarias e farmácias
inclusive as de manipulação; estabelecimentos de ensino e pesquisa na área de saúde; centros de controle de
zoonoses; distribuidores de produtos farmacêuticos, importadores, distribuidores e produtores de materiais e
controles para diagnóstico in vitro; unidades móveis de atendimento à saúde; serviços de acupuntura; serviços
de tatuagem, dentre outros similares.

Esta Resolução não se aplica a fontes radioativas seladas, que devem seguir as determinações da Comissão
Nacional de Energia Nuclear – CNEN, e às indústrias de produtos para a saúde, que devem observar as condições
específicas do seu licenciamento ambiental.

CAPÍTULO III – GERENCIAMENTO DOS RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE

O gerenciamento dos RSS constitui-se em um conjunto de procedimentos de gestão, planejados e implementa-


dos a partir de bases científicas e técnicas, normativas e legais, com o objetivo de minimizar a produção de resí-
duos e proporcionar aos resíduos gerados, um encaminhamento seguro, de forma eficiente, visando à proteção
dos trabalhadores, a preservação da saúde pública, dos recursos naturais e do meio ambiente.

O gerenciamento deve abranger todas as etapas de planejamento dos recursos físicos, dos recursos materiais e
da capacitação dos recursos humanos envolvidos no manejo dos RSS.

Todo gerador deve elaborar um Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde – PGRSS, baseado
nas características dos resíduos gerados e na classificação constante do Apêndice I, estabelecendo as diretrizes
de manejo dos RSS.

O PGRSS a ser elaborado deve ser compatível com as normas locais relativas à coleta, transporte e disposição fi-
nal dos resíduos gerados nos serviços de saúde, estabelecidas pelos órgãos locais responsáveis por estas etapas.

53
Técnico em Segurança do Trabalho – Volume 1

5 – Resolução – RDC nº 306, de 7 de dezembro


de 2004 (continuação)
1 – MANEJO: O manejo dos RSS é entendido como a ação de gerenciar os resíduos em seus aspectos intra e extra
estabelecimento, desde a geração até a disposição final, incluindo as seguintes etapas:

1.1 – SEGREGAÇÃO - Consiste na separação dos resíduos no momento e local de sua geração, de acordo com as
características físicas, químicas, biológicas, o seu estado físico e os riscos envolvidos.

1.2 – ACONDICIONAMENTO - Consiste no ato de embalar os resíduos segregados, em sacos ou recipientes que evi-
tem vazamentos e resistam às ações de punctura e ruptura. A capacidade dos recipientes de acondicionamento
deve ser compatível com a geração diária de cada tipo de resíduo.

1.2.1 – Os resíduos sólidos devem ser acondicionados em saco constituído de material resistente a ruptura e
vazamento, impermeável, baseado na NBR 9191/2000 da ABNT, respeitados os limites de peso de cada saco,
sendo proibido o seu esvaziamento ou reaproveitamento.

1.2.2 - Os sacos devem estar contidos em recipientes de material lavável, resistente à punctura, ruptura e
vazamento, com tampa provida de sistema de abertura sem contato manual, com cantos arredondados e ser
resistente ao tombamento.

1.2.3 – Os recipientes de acondicionamento existentes nas salas de cirurgia e nas salas de parto não necessitam
de tampa para vedação.

1.2.4 - Os resíduos líquidos devem ser acondicionados em recipientes constituídos de material compatível com
o líquido armazenado, resistentes, rígidos e estanques, com tampa rosqueada e vedante.

1.3 - IDENTIFICAÇÃO – Consiste no conjunto de medidas que permite o reconhecimento dos resíduos contidos nos
sacos e recipientes, fornecendo informações ao correto manejo dos RSS.

1.3.1 - A identificação deve estar aposta nos sacos de acondicionamento, nos recipientes de coleta interna e
externa, nos recipientes de transporte interno e externo, e nos locais de armazenamento, em local de fácil vi-
sualização, de forma indelével, utilizando-se símbolos, cores e frases, atendendo aos parâmetros referenciados
na norma NBR 7.500 da ABNT, além de outras exigências relacionadas à identificação de conteúdo e ao risco
específico de cada grupo de resíduos.

1.3.2 - A identificação dos sacos de armazenamento e dos recipientes de transporte poderá ser feita por adesi-
vos, desde que seja garantida a resistência destes aos processos normais de manuseio dos sacos e recipientes.

1.3.3 – O Grupo A é identificado pelo símbolo de substância infectante constante na NBR-7500 da ABNT, com
rótulos de fundo branco, desenho e contornos pretos

1.3.4 – O Grupo B é identificado através do símbolo de risco associado, de acordo com a NBR 7500 da ABNT e
com discriminação de substância química e frases de risco.

1.3.5 – O Grupo C é representado pelo símbolo internacional de presença de radiação ionizante (trifólio de cor
magenta) em rótulos de fundo amarelo e contornos pretos, acrescido da expressão REJEITO RADIOATIVO.

1.3.6 – O Grupo E é identificado pelo símbolo de substância infectante constante na NBR-7500 da ABNT, com
rótulos de fundo branco, desenho e contornos pretos, acrescido da inscrição de RESÍDUO PERFUROCORTANTE,
indicando o risco que apresenta o resíduo

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5 – Resolução – RDC nº 306, de 7 de dezembro


de 2004 (continuação)
1.4 – TRANSPORTE INTERNO - Consiste no traslado dos resíduos dos pontosde geração até local destinado ao ar-
mazenamento temporário ou armazenamento externo com a finalidade de apresentação para a coleta.

1.4.1 - O transporte interno de resíduos deve ser realizado atendendo roteiro previamente definido e em horá-
rios não coincidentes com a distribuição de roupas, alimentos e medicamentos, períodos de visita ou de maior
fluxo de pessoas ou de atividades. Deve ser feito separadamente de acordo com o grupo de resíduos e em reci-
pientes específicos a cada grupo de resíduos.

1.4.2 - Os recipientes para transporte interno devem ser constituídos de material rígido, lavável, impermeável,
provido de tampa articulada ao próprio corpo do equipamento, cantos e bordas arredondados, e serem iden-
tificados com o símbolo correspondente ao risco do resíduo neles contidos, de acordo com este Regulamento
Técnico. Devem ser providos de rodas revestidas de material que reduza o ruído. Os recipientes com mais de
400 L de capacidade devem possuir válvula de dreno no fundo. O uso de recipientes desprovidosde rodas deve
observar os limites de carga permitidos para o transporte pelos trabalhadores, conforme normas reguladoras do
Ministério do Trabalho e Emprego.

1.5 – ARMAZENAMENTO TEMPORÁRIO – Consiste na guarda temporária dos recipientes contendo os resíduos já
acondicionados, em local próximo aos pontos de geração, visando agilizar a coleta dentro do estabelecimento
e otimizar o deslocamento entre os pontos geradores e o ponto destinado à apresentação para coleta externa.
Não poderá ser feito armazenamento temporário com disposição direta dos sacos sobre o piso, sendo obrigatória
a conservação dos sacos em recipientes de acondicionamento.

1.5.1- O armazenamento temporário poderá ser dispensado nos casos em que a distância entre o ponto de ge-
ração e o armazenamento externo justifiquem.

1.5.2 - A sala para guarda de recipientes de transporte interno de resíduos deve ter pisos e paredes lisas e
laváveis, sendo o piso ainda resistente ao tráfego dos recipientes coletores. Deve possuir ponto de iluminação
artificial e área suficiente para armazenar, no mínimo, dois recipientes coletores, para o posterior traslado até
a área de armazenamento externo. Quando a sala for exclusiva para o armazenamento de resíduos, deve estar
identificada como “SALA DE RESÍDUOS”.

1.5.3 - A sala para o armazenamento temporário pode ser compartilhada com a sala de utilidades. Neste caso,
a sala deverá dispor de área exclusiva de no mínimo 2 m2, para armazenar, dois recipientes coletores para pos-
terior traslado até a área de armazenamento externo.

1.5.4 - No armazenamento temporário não é permitida a retirada dos sacos de resíduos de dentro dos recipien-
tes ali estacionados.

1.5.5 - Os resíduos de fácil putrefação que venham a ser coletados por período superior a 24 horas de seu ar-
mazenamento, devem ser conservados sob refrigeração, e quando não for possível, serem submetidos a outro
método de conservação.

1.5.6 – O armazenamento de resíduos químicos deve atender à NBR 12235 da ABNT.

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1.6 TRATAMENTO - Consiste na aplicação de método, técnica ou processo que modifique as características dos
riscos inerentes aos resíduos, reduzindo ou eliminando o risco de contaminação, de acidentes ocupacionais ou
de dano ao meio ambiente. O tratamento pode ser aplicado no próprio estabelecimento gerador ou em outro
estabelecimento, observadas nestes casos, as condições de segurança para o transporte entre o estabelecimento
gerador e o local do tratamento. Os sistemas para tratamento de resíduos de serviços de saúde devem ser objeto
de licenciamento ambiental, de acordo com a Resolução CONAMA nº. 237/1997 e são passíveis de fiscalização
e de controle pelos órgãos de vigilância sanitária e de meio ambiente.

1.6.1 - O processo de autoclavação aplicado em laboratórios para redução de carga microbiana de culturas e
estoques de microrganismos está dispensado de licenciamento ambiental, ficando sob a responsabilidade dos
serviços que as possuírem, a garantia da eficácia dos equipamentos mediante controles químicos e biológicos
periódicos devidamente registrados.

1.6.2 – Os sistemas de tratamento térmico por incineração devem obedecer ao estabelecido na Resolução
CONAMA nº. 316/2002.

1.7 - ARMAZENAMENTO EXTERNO – Consiste na guarda dos recipientes de resíduos até a realização da etapa de
coleta externa, em ambiente exclusivo com acesso facilitado para os veículos coletores.

1.7.1 - No armazenamento externo não é permitida a manutenção dos sacos de resíduos fora dos recipientes
ali estacionados.

1.8 COLETA E TRANSPORTE EXTERNOS –Consistem na remoção dos RSS do abrigo de resíduos (armazenamento
externo) até a unidade de tratamento ou disposição final, utilizando-se técnicas que garantam a preservação das
condições de acondicionamento e a integridade dos trabalhadores, da população e do meio ambiente, devendo
estar de acordo com as orientações dos órgãos de limpeza urbana.

1.8.1 - A coleta e transporte externos dos resíduos de serviços de saúde devem ser realizados de acordo com as
normas NBR 12.810 e NBR 14652 da ABNT.

1.9 - DISPOSIÇÃO FINAL - Consiste na disposição de resíduos no solo, previamente preparado para recebê-los,
obedecendo a critérios técnicos de construção e operação, e com licenciamento ambiental de acordo com a
Resolução CONAMA nº.237/97.

Capítulo IV – RESPONSABILIDADES

2. Compete aos serviços geradores de RSS:

2.1. A elaboração do Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde - PGRSS, obedecendo a critérios
técnicos, legislação ambiental, normas de coleta e transporte dos serviços locais de limpeza urbana e outras
orientações contidas neste Regulamento.

2.1.1 – Caso o estabelecimento seja composto por mais de um serviço com Alvarás Sanitários individualizados,o
PGRSS deverá ser único e contemplar todos os serviços existentes, sob a Responsabilidade Técnica do esta-
belecimento.

2.1.2 - Manter cópia do PGRSS disponível para consulta sob solicitação da autoridade sanitária ou ambiental
competente, dos funcionários, dos pacientes e do público em geral.

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2.1.3 –Os serviços novos ou submetidos a reformas ou ampliação devem encaminhar o PGRSS juntamente com
o Projeto Básico de Arquitetura para a vigilância sanitária local, quando da solicitação do alvará sanitário.

2.2. A designação de profissional, com registro ativo junto ao seu Conselho de Classe, com apresentação de
Anotação de Responsabilidade Técnica–ART, ou Certificado de Responsabilidade Técnica ou documento similar,
quando couber, para exercer a função de Responsável pela elaboração e implantação do PGRSS.

2.2.1 – Quando a formação profissional não abranger os conhecimentos necessários, este poderá ser assessorado
por equipe de trabalho que detenha as qualificações correspondentes.

2.2.2 - Os serviços que geram rejeitos radioativos devem contar com profissional devidamente registrado pela
CNEN nas áreas de atuação correspondentes, conforme a Norma NE 6.01 ou NE 3.03 da CNEN.

2.2.3 - Os dirigentes ou responsáveis técnicos dos serviços de saúde podem ser responsáveis pelo PGRSS, desde
que atendam aos requisitos acima descritos.

2.2.4 - O Responsável Técnico dos serviços de atendimento individualizado pode ser o responsável pela elabo-
ração e implantação do PGRSS.

2.3 – A designação de responsável pela coordenação da execução do PGRSS.

2.4 - Prover a capacitação e o treinamento inicial e de forma continuada para o pessoal envolvido no gerencia-
mento de resíduos, objeto deste Regulamento.

2.5 – Fazer constar nos termos de licitação e de contratação sobre os serviços referentes ao tema desta Resolução
e seu Regulamento Técnico, as exigências de comprovação de capacitação e treinamento dos funcionários das
firmas prestadoras de serviço de limpeza e conservação que pretendam atuar nos estabelecimentos de saúde,
bem como no transporte, tratamento e disposição final destes resíduos.

2.6 – Requerer às empresas prestadoras de serviços terceirizados a apresentação de licença ambiental para o
tratamento ou disposição final dos resíduos de serviços de saúde, e documento de cadastro emitido pelo órgão
responsável de limpeza urbana para a coleta e o transporte dos resíduos.

2.7 – Requerer aos órgãos públicos responsáveis pela execução da coleta, transporte, tratamento ou disposição
final dos resíduos de serviços de saúde, documentação que identifique a conformidade com as orientações dos
órgãos de meio ambiente.

2.8 - Manter registro de operação de venda ou de doação dos resíduos destinados à reciclagem ou composta-
gem, obedecidos os itens 13.3.2 e 13.3.3 deste Regulamento. Os registros devem ser mantidos até a inspeção
subseqüente.

3 – A responsabilidade, por parte dos detentores de registro de produto que gere resíduo classificado no Grupo
B, de fornecer informações documentadas referentes ao risco inerente do manejo e disposição final do produto
ou do resíduo. Estas informações devem acompanhar o produto até o gerador do resíduo.

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3.1 – Os detentores de registro de medicamentos devem ainda manter atualizada, junto à Gerência Geral de Me-
dicamentos/GGMED/ANVISA, listagem de seus produtos que, em função de seu princípio ativo e forma farma-
cêutica, não oferecem riscos de manejo e disposição final. Devem informar o nome comercial, o princípio ativo,
a forma farmacêutica e o respectivo registro do produto. Essa listagem ficará disponível no endereço eletrônico
da ANVISA, para consulta dos geradores de resíduos.

Capítulo V - PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE - PGRSS

4 – Compete a todo gerador de RSS elaborar seu Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde –
PGRSS;

4.1. O Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde é o documento que aponta e descreve as ações
relativas ao manejo dos resíduos sólidos, observadas suas características e riscos, no âmbito dos estabelecimen-
tos, contemplando os aspectos referentes à geração, segregação, acondicionamento, coleta, armazenamento,
transporte, tratamento e disposição final, bem como as ações de proteção à saúde pública e ao meio ambiente.

O PGRSS deve contemplar ainda:

4.1.1. Caso adote a reciclagem de resíduos para os Grupos B ou D, a elaboração, o desenvolvimento e a im-
plantação de práticas, de acordo com as normas dos órgãos ambientais e demais critérios estabelecidos neste
Regulamento.

4.1.2. Caso possua Instalação Radiativa, o atendimento às disposições contidas na norma CNEN-NE 6.05, de
acordo com a especificidade do serviço.

4.1.3. As medidas preventivas e corretivas de controle integrado de insetos e roedores.

4.1.4. As rotinas e processos de higienização e limpeza em vigor noserviço, definidos pela Comissão de Controle
de Infecção Hospitalar-CCIH ou por setor específico.

4.1.5. O atendimento às orientações e regulamentações estaduais, municipais ou do Distrito Federal, no que diz
respeito ao gerenciamento de resíduos de serviços de saúde.

4.1.6. As ações a serem adotadas em situações de emergência e acidentes.

4.1.7. As ações referentes aos processos de prevenção de saúde do trabalhador.

4.1.8. Para serviços com sistema próprio de tratamento de RSS, o registro das informações relativas ao moni-
toramento destes resíduos, de acordo com a periodicidade definida no licenciamento ambiental. Os resultados
devem ser registrados em documento próprio e mantidos em local seguro durante cinco anos.

4.1.9 – O desenvolvimento e a implantação de programas de capacitação abrangendo todos os setores ge-


radores de RSS, os setores de higienização e limpeza, a Comissão de Controle de Infecção Hospitalar – CCIH,
Comissões Internas de Biossegurança, os Serviços de Engenharia de Segurança e Medicina no Trabalho – SESMT,
Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA, em consonância com o item 18 deste Regulamento e com
as legislações de saúde, ambiental e de normas da CNEN, vigentes.

4.2 – Compete ainda ao gerador de RSS monitorar e avaliar seu PGRSS, considerando;

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4.2.1 – O desenvolvimento de instrumentos de avaliação e controle, incluindo a construção de indicadores claros,
objetivos, auto-explicativos e confiáveis, que permitam acompanhar a eficácia do PGRSS implantado.

4.2.2 – A avaliação referida no item anterior deve ser realizada levando-se em conta, no mínimo, os seguintes
indicadores:

• Taxa de acidentes com resíduo pérfurocortante

• Variação da geração de resíduos

• Variação da proporção de resíduos do Grupo A

• Variação da proporção de resíduos do Grupo B

• Variação da proporção de resíduos do Grupo D

• Variação da proporção de resíduos do Grupo E

• Variação do percentual de reciclagem

4.2.3 – Os indicadores devem ser produzidos no momento da implantação do PGRSS e posteriormente com
freqüência anual.

4.2.4 – A ANVISA publicará regulamento orientador para a construção dos indicadores mencionados no item
4.2.2.

CAPÍTULO VI – MANEJO DE RSS

Para fins de aplicabilidade deste Regulamento, o manejo dos RSS nas fases de Acondicionamento, Identificação,
Armazenamento Temporário e Destinação Final, será tratado segundo a classificação dos resíduos constante do
Apêndice I

5 - GRUPO A1

5.1 – culturas e estoques de microrganismos resíduos de fabricação de produtos biológicos, exceto os hemoderi-
vados; meios de cultura e instrumentais utilizados para transferência, inoculação ou mistura de culturas; resíduos
de laboratórios de manipulação genética. Estes resíduos não podem deixar a unidade geradora sem tratamento
prévio.

5.1.1 - Devem ser inicialmente acondicionados de maneira compatível com o processo de tratamento a ser
utilizado.

5.1.2 – Devem ser submetidos a tratamento, utilizando-se processo físico ou outros processos que vierem a ser
validados para a obtenção de redução ou eliminação da carga microbiana, em equipamento compatível com
Nível III de Inativação Microbiana (Apêndice IV).

5.1.3 – Após o tratamento, devem ser acondicionados da seguinte forma:

5.1.3.1 – Se não houver descaracterização física das estruturas, devem ser acondicionados conforme o item 1.2
, em saco branco leitoso, que devem ser substituídos quando atingirem 2/3 de sua capacidade ou pelo menos
1 vez a cada 24 horas e identificados conforme item 1.3.3.

5.1.3.2 – Havendo descaracterização física das estruturas, podem ser acondicionados como resíduos do Grupo D.

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5.2 - Resíduos resultantes de atividades de vacinação com microorganismos vivos ou atenuados, incluindo fras-
cos de vacinas com expiração do prazo de validade, com conteúdo inutilizado, vazios ou com restos do produto,
agulhas e seringas. Devem ser submetidos a tratamento antes da disposição final.

5.2.1 – Devem ser submetidos a tratamento, utilizando-se processo físico ou outros processos que vierem a ser
validados para a obtenção de redução ou eliminação da carga microbiana, em equipamento compatível com
Nível III de Inativação Microbiana (Apêndice IV).

5.2.2 - Os resíduos provenientes de campanha de vacinação e atividade de vacinação em serviço público de


saúde, quando não puderem ser submetidos ao tratamento em seu local de geração, devem ser recolhidos e
devolvidos às Secretarias de Saúde responsáveis pela distribuição, em recipiente rígido, resistente à punctura,
ruptura e vazamento, com tampa e devidamente identificado, de forma a garantir o transporte seguro até a
unidade de tratamento.

5.2.3 – Os demais serviços devem tratar estes resíduos conforme o item 5.2.1 em seu local de geração.

5.2.4 – Após o tratamento, devem ser acondicionados da seguinte forma:

5.2.4.1 – Se não houver descaracterização física das estruturas, devem ser acondicionados conforme o item 1.2,
em saco branco leitoso, que devem ser substituídos quando atingirem 2/3 de sua capacidade ou pelo menos 1
vez a cada 24 horas e identificados conforme item 1.3.3.

5.2.4.2 – Havendo descaracterização física das estruturas, podem ser acondicionados como resíduos do Grupo D.

5.3 - Resíduos resultantes da atenção à saúde de indivíduos ou animais, com suspeita ou certeza de contami-
nação biológica por agentes Classe de Risco 4 (Apêndice II), microrganismos com relevância epidemiológica e
risco de disseminação ou causador de doença emergente que se torne epidemiologicamente importante ou cujo
mecanismo de transmissão seja desconhecido. Devem ser submetidos a tratamento antes da disposição final.

5.3.1 – A manipulação em ambiente laboratorial de pesquisa, ensino ou assistência deve seguir as orientações
contidas na publicação do Ministério da Saúde – Diretrizes Gerais para o Trabalho em Contenção com Material
Biológico, correspondente aos respectivos microrganismos.

5.3.2 - Devem ser acondicionados conforme o item 1.2, em saco vermelho, que devem ser substituídos quando
atingirem 2/3 de sua capacidade ou pelo menos 1 vez a cada 24 horas e identificados conforme item 1.3.3.

5.3.3 – Devem ser submetidos a tratamento utilizando-se processo físico ou outros processos que vierem a ser
validados para a obtenção de redução ou eliminação da carga microbiana, em equipamento compatível com
Nível III de Inativação Microbiana (Apêndice V).

5.3.4 – Após o tratamento, devem ser acondicionados da seguinte forma:

5.3.4.1 – Se não houver descaracterização física das estruturas, devem ser acondicionados conforme o item 1.2,
em saco branco leitoso, que devem ser substituídos quando atingirem 2/3 de sua capacidade ou pelo menos 1
vez a cada 24 horas e identificados conforme item 1.3.3.

5.3.4.2 – Havendo descaracterização física das estruturas, podem ser acondicionados como resíduos do Grupo D.

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5.4 - Bolsas transfusionais contendo sangue ou hemocomponentes rejeitadas por contaminação ou por má con-
servação, ou com prazo de validade vencido, e aquelas oriundas de coleta incompleta; sobras de amostras de
laboratório contendo sangue ou líquidos corpóreos, recipientes e materiais resultantes do processo de assistên-
cia à saúde, contendo sangue ou líquidos corpóreos na forma livre. Devem ser submetidos a tratamento antes
da disposição final.

5.4.1 – Devem ser acondicionados conforme o item 1.2 , em saco vermelho, que devem ser substituídos quando
atingirem 2/3 de sua capacidade ou pelo menos 1 vez a cada 24 horas e identificados conforme item 1.3.3.

5.4.2 – Devem ser submetidos a tratamento utilizando-se processo físico ou outros processos que vierem a ser
validados para a obtenção de redução ou eliminação da carga microbiana, em equipamento compatível com
Nível III de Inativação Microbiana (Apêndice IV) e que desestruture as suas características físicas, de modo a se
tornarem irreconhecíveis.

5.4.3 – Após o tratamento, podem ser acondicionados como resíduos do Grupo D.

5.4.4 - Caso o tratamento previsto no item 5.4.2 venha a ser realizado fora da unidade geradora, o acondicio-
namento para transporte deve ser em recipiente rígido, resistente à punctura, ruptura e vazamento, com tampa
provida de controle de fechamento e devidamente identificado, conforme item 1.3.3, de forma a garantir o
transporte seguro até a unidade de tratamento.

5.4.5 - As bolsas de hemocomponentes contaminadas poderão ter a sua utilização autorizada para finalidades
específicas tais como ensaios de proficiência e confecção de produtos para diagnóstico de uso in vitro, de acordo
com Regulamento Técnico a ser elaborado pela ANVISA. Caso não seja possível a utilização acima, devem ser
submetidas a processo de tratamento conforme definido no item 5.4.2.

5.4.6 – As sobras de amostras de laboratório contendo sangue ou líquidos corpóreos, podem ser descartadas
diretamente no sistema de coleta de esgotos, desde que atendam respectivamente as diretrizes estabelecidas
pelos órgãos ambientais, gestores de recursos hídricos e de saneamento competentes.

6 – GRUPO A2

6.1 - Carcaças, peças anatômicas, vísceras e outros resíduos provenientes de animais submetidos a processos
de experimentação com inoculação de microorganismos, bem como suas forrações, e os cadáveres de animais
suspeitos de serem portadores de microrganismos de relevância epidemiológica e com risco de disseminação,
que foram submetidos ou não a estudo anátomo-patológico ou confirmação diagnóstica. Devem ser submetidos
a tratamento antes da disposição final.

6.1.1 - Devem ser inicialmente acondicionados de maneira compatível com o processo de tratamento a ser utili-
zado. Quando houver necessidade de fracionamento, em função do porte do animal, a autorização do órgão de
saúde competente deve obrigatoriamente constar do PGRSS.

6.1.2 – Resíduos contendo microrganismos com alto risco de transmissibilidade e alto potencial de letalidade
(Classe de risco 4) devem ser submetidos, no local de geração, a processo físico ou outros processos que vierem
a ser validados para a obtenção de redução ou eliminação da carga microbiana, em equipamento compatível
com Nível III de Inativação Microbiana (Apêndice IV) e posteriormente encaminhados para tratamento térmico
por incineração.

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6.1.3 – Os resíduos não enquadrados no item 6.1.2 devem ser tratados utilizando-se processo físico ou outros
processos que vierem a ser validados para a obtenção de redução ou eliminação da carga microbiana, em equi-
pamento compatível com Nível III de Inativação Microbiana (Apêndice IV). O tratamento pode ser realizado fora
do local de geração, mas os resíduos não podem ser encaminhados para tratamento em local externo ao serviço.

6.1.4 – Após o tratamento dos resíduos do item 6.1.3, estes podem ser encaminhados para aterro sanitário licen-
ciado ou local devidamente licenciado para disposição final de RSS, ou sepultamento em cemitério de animais.

6.1.5 – Quando encaminhados para disposição final em aterro sanitário licenciado, devem ser acondicionados
conforme o item 1.2, em saco branco leitoso, que devem ser substituídos quando atingirem 2/3 de sua capaci-
dade ou pelo menos 1 vez a cada 24 horas e identificados conforme item 1.3.3 e a inscrição de “PEÇAS ANATÔ-
MICAS DE ANIMAIS”.

7 – GRUPO A3

7.1 - Peças anatômicas (membros) do ser humano; produto de fecundação sem sinais vitais, com peso menor
que 500 gramas ou estatura menor que 25 centímetros ou idade gestacional menor que 20 semanas, que não
tenham valor científico ou legal e não tenha havido requisição pelo paciente ou seus familiares.

7.1.1 - Após o registro no local de geração, devem ser encaminhados para:

I - Sepultamento em cemitério, desde que haja autorização do órgão competente do Município, do Estado ou do
Distrito Federal ou;

II – Tratamento térmico por incineração ou cremação, em equipamento devidamente licenciado para esse fim.

7.1.2 – Se forem encaminhados para sistema de tratamento, devem ser acondicionados conforme o item 1.2,
em saco vermelho, que devem ser substituídos quando atingirem 2/3 de sua capacidade ou pelo menos 1 vez
a cada 24 horas e identificados conforme item 1.3.3 e a inscrição “PEÇAS ANATÔMICAS”.

7.1.3 - O órgão ambiental competente nos Estados, Municípios e Distrito Federal pode aprovar outros processos
alternativos de destinação.

8 – GRUPO A4

8.1 - Kits de linhas arteriais, endovenosas e dialisadores; filtros de ar e gases aspirados de área contaminada;
membrana filtrante de equipamento médico-hospitalar e de pesquisa, entre outros similares; sobras de amostras
de laboratório e seus recipientes contendo fezes, urina e secreções, provenientes de pacientes que não conte-
nham e nem sejam suspeitos de conter agentes Classe de Risco 4, e nem apresentem relevância epidemiológica
e risco de disseminação, ou microrganismo causador de doença emergente que se torne epidemiologicamente
importante ou cujo mecanismo de transmissão seja desconhecido ou com suspeita de contaminação com príons;
tecido adiposo proveniente de lipoaspiração, lipoescultura ou outro procedimento de cirurgia plástica que gere
este tipo de resíduo; recipientes e materiais resultantes do processo de assistência à saúde, que não contenham
sangue ou líquidos corpóreos na forma livre; peças anatômicas (órgãos e tecidos) e outros resíduos provenientes
de procedimentos cirúrgicos ou de estudos anátomo-patológicos ou de confirmação diagnóstica; carcaças, peças
anatômicas, vísceras e outros resíduos provenientes de animais não submetidos a processos de experimentação
com inoculação de microorganismos, bem como suas forrações; cadáveres de animais provenientes de serviços
de assistência; Bolsas transfusionais vazias ou com volume residual pós-transfusão.

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8.1.1 – Estes resíduos podem ser dispostos, sem tratamento prévio, em local devidamente licenciado para dispo-
sição final de RSS. 8.1.2 – Devem ser acondicionados conforme o item 1.2, em saco branco leitoso, que devem
ser substituídos quando atingirem 2/3 de sua capacidade ou pelo menos 1 vez a cada 24 horas e identificados
conforme item 1.3.3.
9 – GRUPO A5
9.1 - Órgãos, tecidos, fluidos orgânicos, materiais perfurocortantes ou escarificantes e demais materiais resultan-
tes da atenção à saúde de indivíduos ou animais, com suspeita ou certeza de contaminação com príons.
9.1.1 – Devem sempre ser encaminhados a sistema de incineração, de acordo com o definido na RDC ANVISA nº
305/2002.
9.1.2 - Devem ser acondicionados conforme o item 1.2, em saco vermelho, que devem ser substituídos após
cada procedimento e identificados conforme item 1.3.3. Devem ser utilizados dois sacos como barreira de pro-
teção, com preenchimento somente até 2/3 de sua capacidade, sendo proibido o seu esvaziamento ou reapro-
veitamento.
10 - Os resíduos do Grupo A, gerados pelos serviços de assistência domiciliar, devem ser acondicionados e re-
colhidos pelos próprios agentes de atendimento ou por pessoa treinada para a atividade, de acordo com este
Regulamento, e encaminhados ao estabelecimento de saúde de referência.
11 – GRUPO B
11.1 – As características dos riscos destas substâncias são as contidas na Ficha de Informações de Segurança de
Produtos Químicos – FISPQ, conforme NBR 14725 da ABNT e Decreto/PR 2657/98.
11.1.1 - A FISPQ não se aplica aos produtos farmacêuticos e cosméticos.
11.2 - Resíduos químicos que apresentam risco à saúde ou ao meio ambiente, quando não forem submetidos
a processo de reutilização, recuperação ou reciclagem, devem ser submetidos a tratamento ou disposição final
específicos. 11.2.1 - Resíduos químicos no estado sólido, quando não tratados, devem ser dispostos em aterro
de resíduos perigosos – Classe I.
11.2.2 - Resíduos químicos no estado líquido devem ser submetidos a tratamento específico, sendo vedado o
seu encaminhamento para disposição final em aterros.
11.2.3 – Os resíduos de substâncias químicas constantes do Apêndice VI, quando não fizerem parte de mistura
química, devem ser obrigatoriamente segregados e acondicionados de forma isolada
11.3 - Devem ser acondicionados observadas as exigências de compatibilidade química dos resíduos entre si
(Apêndice V), assim como de cada resíduo com os materiais das embalagens de forma a evitar reação quími-
caentre os componentes do resíduo e da embalagem, enfraquecendo ou deteriorando a mesma, ou a possibili-
dade de que o material da embalagem seja permeável aos componentes do resíduo.
11.3.1 – Quando os recipientes de acondicionamento forem constituídos de PEAD, deverá ser observada a com-
patibilidade constante do Apêndice VII.
11.4- Quando destinados à reciclagem ou reaproveitamento, devem ser acondicionados em recipientes indivi-
dualizados, observadas as exigências de compatibilidade química do resíduo com os materiais das embalagens
de forma a evitar reação química entre os componentes do resíduo e da embalagem, enfraquecendo ou dete-
riorando a mesma, ou a possibilidade de que o material da embalagem seja permeável aos componentes do
resíduo.

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11.5 – Os resíduos líquidos devem ser acondicionados em recipientes constituídos de material compatível com o
líquido armazenado, resistentes, rígidos e estanques, com tampa rosqueada e vedante. Devem ser identificados
de acordo com o item 1.3.4 deste Regulamento Técnico.
11.6 - Os resíduos sólidos devem ser acondicionados em recipientes de material rígido, adequados para cada
tipo de substância química, respeitadas as suas características físico-químicas e seu estado físico, e identificados
de acordo com o item 1.3.4 deste Regulamento Técnico.
11.7- As embalagens secundárias não contaminadas pelo produto devem ser fisicamente descaracterizadas e
acondicionadas como Resíduo do Grupo D, podendo ser encaminhadas para processo de reciclagem.
11.8– As embalagens e materiais contaminados por substâncias caracterizadas no item 11.2 deste Regulamento
devem ser tratados da mesma forma que a substância que as contaminou.
11.9 - Os resíduos gerados pelos serviços de assistência domiciliar, devem ser acondicionados, identificados e
recolhidos pelos próprios agentes de atendimento ou por pessoa treinada para a atividade, de acordo com este
Regulamento, e encaminhados ao estabelecimento de saúde de referência.
11.10 - As excretas de pacientes tratados com quimioterápicos antineoplásicos podem ser eliminadas no esgoto,
desde que haja Sistema de Tratamento de Esgotos na região onde se encontra o serviço. Caso não exista trata-
mento de esgoto, devem ser submetidas a tratamento prévio no próprio estabelecimento.
11.11 – Resíduos de produtos hormonais e produtos antimicrobianos; citostáticos; antineoplásicos; imunossu-
pressores; digitálicos; imunomoduladores; anti-retrovirais, quando descartados por serviços assistenciais de saú-
de, farmácias, drogarias e distribuidores de medicamentos ou apreendidos, devem ter seu manuseio conforme
o item 11.2.
11.12 - Os resíduos de produtos e de insumos farmacêuticos, sujeitos a controle especial, especificados na Por-
taria MS 344/98 e suas atualizações devem atender à legislação sanitária em vigor.
11.13 - Os reveladores utilizados em radiologia podem ser submetidos a processo de neutralização para alcança-
rem pH entre 7 e 9, sendo posteriormente lançados na rede coletora de esgoto ou em corpo receptor, desde que
atendam as diretrizes estabelecidas pelos órgãos ambientais, gestores de recursos hídricos e de saneamento
competentes.
11.14– Os fixadores usados em radiologia podem ser submetidos a processo de recuperação da prata ou então
serem submetidos ao constante do item 11.16.
11.15 – O descarte de pilhas, baterias e acumuladores de carga contendo Chumbo (Pb), Cádmio (Cd) e Mercúrio
(Hg) e seus compostos, deve ser feito de acordo com a Resolução CONAMA nº. 257/1999.
11.16- Os demais resíduos sólidos contendo metais pesados podem ser encaminhados a Aterro de Resíduos
Perigosos–Classe I ou serem submetidos a tratamento de acordo com as orientações do órgão local de meio
ambiente, em instalações licenciadas para este fim. Os resíduos líquidos deste grupo devem seguir orientações
específicas dos órgãos ambientais locais.
11.17 – Os resíduos contendo Mercúrio (Hg) devem ser acondicionados em recipientes sob selo d’água e enca-
minhados para recuperação.
11.18 - Resíduos químicos que não apresentam risco à saúde ou ao meio ambiente
11.18.1 – Não necessitam de tratamento, podendo ser submetidos a processo de reutilização, recuperação ou
reciclagem.

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11.18.2 - Resíduos no estado sólido, quando não submetidos à reutilização, recuperação ou reciclagem, devem
ser encaminhados para sistemas de disposição final licenciados.
11.18.3 - Resíduos no estado líquido podem ser lançados na rede coletora de esgoto ou em corpo receptor,
desde que atendam respectivamente as diretrizes estabelecidas pelos órgãos ambientais, gestores de recursos
hídricos e de saneamento competentes.
11.19 - Os resíduos de produtos ou de insumos farmacêuticos que, em função de seu princípio ativo e forma
farmacêutica, não oferecem risco à saúde e ao meio ambiente, conforme definido no item 3.1, quando descarta-
dos por serviços assistenciais de saúde, farmácias, drogarias e distribuidores de medicamentos ou apreendidos,
devem atender ao disposto no item 11.18.
11.20 - Os resíduos de produtos cosméticos, quando descartados por farmácias, drogarias e distribuidores ou
quando apreendidos, devem ter seu manuseio conforme o item 11.2 ou 11.18, de acordo com a substância quí-
mica de maior risco e concentração existente em sua composição, independente da forma farmacêutica.
11.21– Os resíduos químicos dos equipamentos automáticos de laboratórios clínicos e dos reagentes de labora-
tórios clínicos, quando misturados, devem ser avaliados pelo maior risco ou conforme as instruções contidas na
FISPQ e tratados conforme o item 11.2 ou 11.18.
12 – GRUPO C
12.1 – Os rejeitos radioativos devem ser segregados de acordo com a natureza física do material e do radionu-
clídeo presente, e o tempo necessário para atingir o limite de eliminação, em conformidade com a norma NE
– 6.05 da CNEN. Os rejeitos radioativos não podem ser considerados resíduos até que seja decorrido o tempo de
decaimento necessário ao atingimento do limite de eliminação.
12.1.1 - Os rejeitos radioativos sólidos devem ser acondicionados em recipientes de material rígido, forrados
internamente com saco plástico resistente e identificados conforme o item 12.2 deste Regulamento.
12.1.2 - Os rejeitos radioativos líquidos devem ser acondicionados em frascos de até dois litros ou em bombonas
de material compatível com o líquido armazenado, sempre que possível de plástico, resistentes, rígidos e estan-
ques, com tampa rosqueada, vedante, acomodados em bandejas de material inquebrável e com profundidade
suficiente para conter, com a devida margem de segurança, o volume total do rejeito, e identificados conforme
o item 10.2 deste Regulamento.
12.1.3 - Os materiais perfurocortantes contaminados com radionuclídeos, devem ser descartados separada-
mente, no local de sua geração, imediatamente após o uso, em recipientes estanques, rígidos, com tampa,
devidamente identificados, sendo expressamente proibido o esvaziamento desses recipientes para o seu rea-
proveitamento. As agulhas descartáveis devem ser desprezadas juntamente com as seringas, sendo proibido
reencapá-las ou proceder a sua retirada manualmente.
12.2 – IDENTIFICAÇÃO:
12.2.1 - O Grupo C é representado pelo símbolo internacional de presença de radiação ionizante (trifólio de cor
magenta) em rótulos de fundo amarelo e contornos pretos, acrescido da expressão REJEITO RADIOATIVO, indican-
do o principal risco que apresenta aquele material, além de informações sobre o conteúdo, nome do elemento
radioativo, tempo de decaimento, data de geração, nome da unidade geradora, conforme norma da CNEN NE
6.05 e outras que a CNEN determinar.
12.2.2 - Os recipientes para os materiais perfurocortantes contaminados com radionuclídeo devem receber a
inscrição de “’PERFUROCORTANTE” e a inscrição REJEITO RADIOATIVO, e demais informações exigidas.

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12.2.3 – Após o decaimento do elemento radioativo a níveis do limite de eliminação estabelecidos pela norma
CNEN NE 6.05, o rótulo de REJEITO RADIOATIVO deve ser retirado e substituído por outro rótulo, de acordo com o
Grupo do resíduo em que se enquadrar.

12.2.4 - O recipiente com rodas de transporte interno de rejeitos radioativos, além das especificações contidas no
item 1.3 deste Regulamento, deve ser provido de recipiente com sistema de blindagem com tampa para acomo-
dação de sacos de rejeitos radioativos, devendo ser monitorado a cada operação de transporte e ser submetido
à descontaminação, quando necessário. Independente de seu volume, não poderá possuir válvula de drenagem
no fundo. Deve conter identificação com inscrição, símbolo e cor compatíveis com o resíduo do Grupo C.

12.3 – TRATAMENTO:

12.3.1 - O tratamento dispensado aos rejeitos do Grupo C – Rejeitos Radioativos é o armazenamento, em con-
dições adequadas, para o decaimento do elemento radioativo. O objetivo do armazenamento para decaimento
é manter o radionuclídeo sob controle até que sua atividade atinja níveis que permitam liberá-lo como resíduo
não radioativo. Este armazenamento poderá ser realizado na própria sala de manipulação ou em sala específica,
identificada como sala de decaimento. A escolha do local de armazenamento, considerando as meia-vidas, as
atividades dos elementos radioativos e o volume de rejeito gerado, deverá estar definida no Plano de Radiopro-
teção da Instalação, em conformidade com a norma NE –6.05 da CNEN. Para serviços com atividade em Medicina
Nuclear, observar ainda a norma NE – 3.05 da CNEN.

12.3.2 - Os resíduos do Grupo A de fácil putrefação, contaminados com radionuclídeos, depois de atendido os
respectivos itens de acondicionamento e identificação de rejeito radioativo, devem observar as condições de
conservação mencionadas no item 1.5.5, durante o período de decaimento do elemento radioativo.

12.3.3 - O tratamento preliminar das excretas de seres humanos e de animais submetidos à terapia ou a expe-
rimentos com radioisótopos deve ser feito de acordo com os procedimentos constantes no Plano de Radiopro-
teção.

12.3.4 – As sobras de alimentos provenientes de pacientes submetidos à terapia com Iodo 131, depois de
atendidos os respectivos itens de acondicionamento e identificação de rejeito radioativo, devem observar as
condições de conservação mencionadas no item 1.5.5 durante o período de decaimento do elemento radioativo.
Alternativamente, poderá ser adotada a metodologia de trituração destes alimentos na sala de decaimento, com
direcionamento para o sistema de esgotos, desde que haja Sistema de Tratamento de Esgotos na região onde
se encontra a unidade.

12.3.5 – O tratamento para decaimento deverá prever mecanismo de blindagem de maneira a garantir que
a exposição ocupacional esteja de acordo com os limites estabelecidos na norma NE-3.01 da CNEN. Quando o
tratamento for realizado na área de manipulação, devem ser utilizados recipientes blindados individualizados.
Quando feito em sala de decaimento, esta deve possuir paredes blindadas ou os rejeitos radioativos devem estar
acondicionados em recipientes individualizados com blindagem.

12.3.6 – Para serviços que realizem atividades de Medicina Nuclear e possuam mais de 3 equipamentos de
diagnóstico ou pelo menos 1 quarto terapêutico, o armazenamento para decaimento será feito em uma sala
de decaimento de rejeitos radioativos com no mínimo 4 m², com os rejeitos acondicionados de acordo com o
estabelecido no item 12.1 deste Regulamento.

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12.3.7 - A sala de decaimento de rejeitos radioativos deve ter o seu acesso controlado. Deve estar sinalizada com
o símbolo internacional de presença de radiação ionizante e de área de acesso restrito, dispondo de meios para
garantir condições de segurança contra ação de eventos induzidos por fenômenos naturais e estar de acordo com
o Plano de Radioproteção aprovado pela CNEN para a instalação.
12.3.8 – O limite de eliminação para rejeitos radioativos sólidos é de 75 Bq/g, para qualquer radionuclídeo, con-
forme estabelecido na norma NE 6.05 da CNEN. Na impossibilidade de comprovar-se a obediência a este limite,
recomenda-se aguardar o decaimento do radionuclídeo até níveis comparáveis à radiação de fundo.
12.3.9 - A eliminação de rejeitos radioativos líquidos no sistema de esgoto deve ser realizada em quantidades
absolutas e concentrações inferiores às especificadas na norma NE-6.05 da CNEN, devendo esses valores ser
parte integrante do plano de gerenciamento.
12.3.10 - A eliminação de rejeitos radioativos gasosos na atmosfera deve ser realizada em concentrações infe-
riores às especificadas na norma NE-6.05 da CNEN, mediante prévia autorização da CNEN.
12.3.11 - O transporte externo de rejeitos radioativos, quando necessário, deve seguir orientação prévia especí-
fica da Comissão Nacional de Energia Nuclear/CNEN.
13 - GRUPO D
13.1 - ACONDICIONAMENTO
13.1.1 - Devem ser acondicionados de acordo com as orientações dos serviços locais de limpeza urbana, uti-
lizando-se sacos impermeáveis, contidos em recipientes e receber identificação conforme o item 13.2 deste
Regulamento.
13.1.2 - Os cadáveres de animais podem ter acondicionamento e transporte diferenciados, de acordo com o
porte do animal, desde que submetidos à aprovação pelo órgão de limpeza urbana, responsável pela coleta,
transporte e disposição final deste tipo de resíduo.
13.2 – IDENTIFICAÇÃO :
13.2.1 - Para os resíduos do Grupo D, destinados à reciclagem ou reutilização, a identificação deve ser feita nos
recipientes e nos abrigos de guarda de recipientes, usando código de cores e suas correspondentes nomeações,
baseadas na Resolução CONAMA nº. 275/2001, e símbolos de tipo de material reciclável :
I - azul - PAPÉIS
II- amarelo - METAIS
III - verde - VIDROS
IV - vermelho - PLÁSTICOS
V - marrom - RESÍDUOS ORGÂNICOS
13.2.2 - Para os demais resíduos do Grupo D deve ser utilizada a cor cinza nos recipientes.
13.2.3 – Caso não exista processo de segregação para reciclagem, não existe exigência para a padronização de
cor destes recipientes.
13.2.3 – São admissíveis outras formas de segregação, acondicionamento e identificação dos recipientes destes
resíduos para fins de reciclagem, de acordo com as características específicas das rotinas de cada serviço, deven-
do estar contempladas no PGRSS

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13.3 – TRATAMENTO
13.3.1– Os resíduos líquidos provenientes de esgoto e de águas servidas de estabelecimento de saúde devem
ser tratados antes do lançamento no corpo receptor ou na rede coletora de esgoto, sempre que não houver sis-
tema de tratamento de esgoto coletivo atendendo a área onde está localizado o serviço, conforme definido na
RDC ANVISA nº. 50/2002.
13.3.2 - Os resíduos orgânicos, flores, resíduos de podas de árvore e jardinagem, sobras de alimento e de pré-
-preparo desses alimentos, restos alimentares de refeitórios e de outros que não tenham mantido contato com
secreções, excreções ou outro fluido corpóreo, podem ser encaminhados ao processo de compostagem.
13.3.3 – Os restos e sobras de alimentos citados no item 13.3.2 só podem ser utilizados para fins de ração
animal, se forem submetidos ao processo de tratamento que garanta a inocuidade do composto, devidamente
avaliado e comprovado por órgão competente da Agricultura e de Vigilância Sanitária do Município, Estado ou
do Distrito Federal.
14 – GRUPO E
14.1 – Os materiais perfurocortantes devem ser descartados separadamente, no local de sua geração, ime-
diatamente após o uso ou necessidade de descarte, em recipientes, rígidos, resistentes à punctura, ruptura e
vazamento, com tampa, devidamente identificados, atendendo aos parâmetros referenciados na norma NBR
13853/97 da ABNT, sendo expressamente proibido o esvaziamento desses recipientes para o seu reaprovei-
tamento. As agulhas descartáveis devem ser desprezadas juntamente com as seringas, quando descartáveis,
sendo proibido reencapá-las ou proceder a sua retirada manualmente.
14.2 - O volume dos recipientes de acondicionamento deve ser compatível com a geração diária deste tipo de
resíduo.
14.3 – Os recipientes mencionados no item 14.1 devem ser descartados quando o preenchimento atingir 2/3
desua capacidade ou o nível de preenchimento ficar a 5 (cinco) cm de distância da boca do recipiente, sendo
proibido o seu esvaziamento ou reaproveitamento.
14.4 - Os resíduos do Grupo E, gerados pelos serviços de assistência domiciliar, devem ser acondicionados e
recolhidos pelos próprios agentes de atendimento ou por pessoa treinada para a atividade, de acordo com este
Regulamento, e encaminhados ao estabelecimento de saúde de referência.
14.5 – Os recipientes devem estar identificados de acordo com o item 1.3.6, com símbolo internacional de risco
biológico, acrescido da inscrição de “PERFUROCORTANTE” e os riscos adicionais, químico ou radiológico.
14.6– O armazenamento temporário, o transporte interno e o armazenamento externo destes resíduos podem
ser feitos nos mesmos recipientes utilizados para o Grupo A.
14.7 – TRATAMENTO
14.7.1 – Os resíduos perfurocortantes contaminados com agente biológico Classe de Risco 4, microrganismos
com relevância epidemiológica e risco de disseminação ou causador de doença emergente que se torne epi-
demiologicamente importante ou cujo mecanismo de transmissão seja desconhecido, devem ser submetidos
a tratamento, utilizando-se processo físico ou outros processos que vierem a ser validados para a obtenção de
redução ou eliminação da carga microbiana, em equipamento compatível com Nível III de Inativação Microbiana
(Apêndice IV).

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14.7.2 – Dependendo da concentração e volume residual de contaminação por substâncias químicas perigosas, estes
resíduos devem ser submetidos ao mesmo tratamento dado à substância contaminante.

14.7.3 - Os resíduos contaminados com radionuclídeos devem ser submetidos ao mesmo tempo de decaimento
do material que o contaminou, conforme orientações constantes do item 12.3.

14.7.4 – As seringas e agulhas utilizadas em processos de assistência à saúde, inclusive as usadas na coleta la-
boratorial de amostra de paciente e os demais resíduos perfurocortantes não necessitam de tratamento.

As etapas seguintes do manejo dos RSS serão abordadas por processo, por abrangerem mais de um tipo de resí-
duo em sua especificação, e devem estar em conformidade com a Resolução CONAMA nº. 283/2001

15 - ARMAZENAMENTO EXTERNO

15.1 – O armazenamento externo, denominado de abrigo de resíduos, deve ser construído em ambiente exclu-
sivo, com acesso externo facilitado à coleta, possuindo, no mínimo, 01 ambiente separado para atender o arma-
zenamento de recipientes de resíduos do Grupo A juntamente com o Grupo E e 01 ambiente para o Grupo D. O
abrigo deve ser identificado e restrito aos funcionários do gerenciamento de resíduos, ter fácil acesso para os
recipientes de transporte e para os veículos coletores. Os recipientes de transporte interno não podem transitar
pela via pública externa à edificação para terem acesso ao abrigo de resíduos.

15.2 – O abrigo de resíduos deve ser dimensionado de acordo com o volume de resíduos gerados, com capaci-
dade de armazenamento compatível com a periodicidade de coleta do sistema de limpeza urbana local. O piso
deve ser revestido de material liso, impermeável, lavável e de fácil higienização. O fechamento deve ser cons-
tituído de alvenaria revestida de material liso, lavável e de fácil higienização, com aberturas para ventilação, de
dimensão equivalente a, no mínimo, 1/20 (um vigésimo) da área do piso, com tela de proteção contra insetos.

15.3– O abrigo referido no item 15.2 deste Regulamento deve ter porta provida de tela de proteção contra roe-
dores e vetores, de largura compatível com as dimensões dos recipientes de coleta externa, pontos de ilumina-
ção e de água, tomada elétrica, canaletas de escoamento de águas servidas direcionadas para a rede de esgoto
do estabelecimento e ralo sifonado com tampa que permita a sua vedação.

15.4- Os resíduos químicos do Grupo B devem ser armazenados em local exclusivo com dimensionamento com-
patível com as características quantitativas e qualitativas dos resíduos gerados.

15.5 - O abrigo de resíduos do Grupo B, quando necessário, deve ser projetado e construído em alvenaria, fe-
chado, dotado apenas de aberturas para ventilação adequada, com tela de proteção contra insetos. Ter piso e
paredes revestidos internamente de material resistente, impermeável e lavável, com acabamento liso. O piso
deve ser inclinado, com caimento indicando para as canaletas. Deve possuir sistema de drenagem com ralo
sifonado provido de tampa que permita a sua vedação. Possuir porta dotada de proteção inferior para impedir
o acesso de vetores e roedores.

15.6 - O abrigo de resíduos do Grupo B deve estar identificado, em local de fácil visualização, com sinalização de
segurança–RESÍDUOS QUÍMICOS, com símbolo baseado na norma NBR 7500 da ABNT.

15.7 - O armazenamento de resíduos perigosos deve contemplar ainda as orientações contidas na norma NBR
12.235 da ABNT.

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15.8– O abrigo de resíduos deve possuir área específica de higienização para limpeza e desinfecção simultânea
dos recipientes coletores e demais equipamentos utilizados no manejo de RSS. A área deve possuir cobertura,
dimensões compatíveis com os equipamentos que serão submetidos à limpeza e higienização, piso e paredes
lisos, impermeáveis, laváveis, ser provida de pontos de iluminação e tomada elétrica, ponto de água, prefe-
rencialmente quente e sob pressão, canaletas de escoamento de águas servidas direcionadas para a rede de
esgotos do estabelecimento e ralo sifonado provido de tampa que permita a sua vedação.

15.9 - O trajeto para o traslado de resíduos desde a geração até o armazenamento externo deve permitir livre
acesso dos recipientes coletores de resíduos, possuir piso com revestimento resistente à abrasão, superfície
plana, regular, antiderrapante e rampa, quando necessária, com inclinação de acordo com a RDC ANVISA nº.
50/2002.

15.10 – O estabelecimento gerador de RSS cuja geração semanal de resíduos não exceda a 700 L e a diária não
exceda a 150 L, pode optar pela instalação de um abrigo reduzido exclusivo, com as seguintes características:

• Ser construído em alvenaria, fechado, dotado apenas de aberturas teladas para ventilação, restrita a duas aber-
turas de 10X20 cm cada uma delas, uma a 20 cm do piso e a outra a 20 cm do teto, abrindo para a área externa.
A critério da autoridade sanitária, estas aberturas podem dar para áreas internas da edificação; • Piso, paredes,
porta e teto de material liso, impermeável e lavável. Caimento de piso para ao lado oposto ao da abertura com
instalação de ralo sifonado ligado à instalação de esgoto sanitário do serviço. • Identificação na porta com o sím-
bolo de acordo com o tipo de resíduo armazenado; • Ter localização tal que não abra diretamente para a área de
permanência de pessoas e, circulação de público, dando-se preferência a locais de fácil acesso à coleta externa
e próxima a áreas de guarda de material de limpeza ou expurgo.

CAPÍTULO VII – SEGURANÇA OCUPACIONAL

16 – O pessoal envolvido diretamente com os processos de higienização, coleta, transporte, tratamento, e arma-
zenamento de resíduos, deve ser submetido a exame médico admissional, periódico, de retorno ao trabalho, de
mudança de função e demissional, conforme estabelecido no PCMSO da Portaria 3214 do MTE ouem legislação
específica para o serviço público

16.1 – Os trabalhadores devem ser imunizados em conformidade com o Programa Nacional de Imunização-PNI,
devendo ser obedecido o calendário previsto neste programa ou naquele adotado pelo estabelecimento.

16.2 - Os trabalhadores imunizados devem realizar controle laboratorial sorológico para avaliação da resposta
imunológica..

17 - Os exames a que se refere o item anterior devem ser realizados de acordo com as Normas Reguladoras-NRs
do Ministério do Trabalho e Emprego .

18 – O pessoal envolvido diretamente com o gerenciamento de resíduos deve ser capacitado na ocasião de sua
admissão e mantido sob educação continuada para as atividades de manejo de resíduos, incluindo a sua respon-
sabilidade com higiene pessoal, dos materiais e dos ambientes.

18.1- A capacitação deve abordar a importância da utilização correta de equipamentos de proteção individual -
uniforme, luvas, avental impermeável, máscara, botas e óculos de segurança específicos a cada atividade, bem
como a necessidade de mantê-los em perfeita higiene e estado de conservação.

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19 - Todos os profissionais que trabalham no serviço, mesmo os que atuam temporariamente ou não estejam direta-
mente envolvidos nas atividades de gerenciamento de resíduos, devem conhecer o sistema adotado para o gerencia-
mento de RSS, a prática de segregação de resíduos, reconhecer os símbolos, expressões, padrões de cores adotados,
conhecer a localização dos abrigos de resíduos, entre outros fatores indispensáveis à completa integração ao PGRSS.
20 - Os serviços geradores de RSS devem manter um programa de educação continuada, independente do vín-
culo empregatício existente, que deve contemplar dentre outros temas:
• Noções gerais sobre o ciclo da vida dos materiais;
• Conhecimento da legislação ambiental, de limpeza pública e de vigilância sanitária relativas aos RSS;
• Definições, tipo e classificação dos resíduos e potencial de risco do resíduo;
• Sistema de gerenciamento adotado internamente no estabelecimento;
• Formas de reduzir a geração de resíduos e reutilização de materiais;
• Conhecimento das responsabilidades e de tarefas;
• Identificação das classes de resíduos;
• Conhecimento sobre a utilização dos veículos de coleta;
• Orientações quanto ao uso de Equipamentos de Proteção Individual–EPI e Coletiva-EPC;
• Orientações sobre biossegurança (biológica, química e radiológica);
• Orientações quanto à higiene pessoal e dos ambientes;
• Orientações especiais e treinamento em proteção radiológica quando houver rejeitos radioativos;
• Providências a serem tomadas em caso de acidentes e de situações emergenciais;
• Visão básica do gerenciamento dos resíduos sólidos no município;
• Noções básicas de controle de infecção e de contaminação química.
20.1 – Os programas de educação continuada podem ser desenvolvidos sob a forma de consorciamento entre os
diversos estabelecimentos existentes na localidade.
21 – Todos os atos normativos mencionados neste Regulamento, quando substituídos ou atualizados por novos
atos, terão a referência automaticamente atualizada em relação ao ato de origem.
Apêndice I
Classificação
GRUPO A
Resíduos com a possível presença de agentes biológicos que, por suas características, podem apresentar risco
de infecção.
A1 - Culturas e estoques de microrganismos; resíduos de fabricação de produtos biológicos, exceto os hemo-
derivados; descarte de vacinas de microrganismos vivos ou atenuados; meios de cultura e instrumentais utili-
zados para transferência, inoculação ou mistura de culturas; resíduos de laboratórios de manipulação genética.
- Resíduos resultantes da atenção à saúde de indivíduos ou animais, com suspeita ou certeza de contaminação
biológica por agentes classe de risco 4, microrganismos com relevância epidemiológica e risco de disseminação
ou causador de doença emergente que se torne epidemiologicamente importante ou cujo mecanismo de trans-
missão seja desconhecido. - Bolsas transfusionais contendo sangue ou hemocomponentes rejeitadas por conta-
minação ou por má conservação, ou com prazo de validade vencido, e aquelas oriundas de coleta incompleta.
- Sobras de amostras de laboratório contendo sangue oulíquidos corpóreos, recipientes e materiais resultantes
do processo de assistência à saúde, contendo sangue ou líquidos corpóreos na forma livre.

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A2 - Carcaças, peças anatômicas, vísceras e outros resíduos provenientes de animais submetidos a processos
deexperimentação com inoculação de microorganismos, bem como suas forrações, e os cadáveres de animais
suspeitos de serem portadores de microrganismos de relevância epidemiológica e com risco de disseminação,
que foram submetidos ou não a estudo anátomo-patológico ou confirmação diagnóstica.
A3 - Peças anatômicas (membros) do ser humano; produto de fecundação sem sinais vitais, com peso menor
que 500 gramas ou estatura menor que 25 centímetros ou idade gestacional menor que 20 semanas, que não
tenham valor científico ou legal e não tenha havido requisição pelo paciente ou familiares.
A4 - Kits de linhas arteriais, endovenosas e dialisadores, quando descartados.
- Filtros de ar e gases aspirados de área contaminada; membrana filtrante de equipamento médico-hospitalar e
de pesquisa, entre outros similares.
- Sobras de amostras de laboratório e seus recipientes contendo fezes, urina e secreções, provenientes de pa-
cientes que não contenham e nem sejam suspeitos de conter agentes Classe de Risco 4, e nem apresentem
relevância epidemiológica e risco de disseminação, ou microrganismo causador de doença emergente que se
torne epidemiologicamente importante ou cujo mecanismo de transmissão seja desconhecido ou com suspeita
de contaminação com príons.
- Resíduos de tecido adiposo proveniente de lipoaspiração, lipoescultura ou outro procedimento de cirurgia plás-
tica que gere este tipo de resíduo.
- Recipientes e materiais resultantes do processo de assistência à saúde, que não contenha sangue ou líquidos
corpóreos na forma livre.
- Peças anatômicas (órgãos e tecidos) e outros resíduos provenientes de procedimentos cirúrgicos ou de estudos
anátomo-patológicos ou de confirmação diagnóstica.
- Carcaças, peças anatômicas, vísceras e outros resíduos provenientes de animais não submetidos a processos de
experimentação com inoculação de microorganismos, bem como suas forrações.
- Bolsas transfusionais vazias ou com volume residual pós-transfusão.
A5 - Órgãos, tecidos, fluidos orgânicos, materiais perfurocortantes ou escarificantese demais materiais resultan-
tes da atenção à saúde de indivíduos ou animais, com suspeita ou certeza de contaminação com príons.
GRUPO B
Resíduos contendo substâncias químicas que podem apresentar risco à saúde pública ou ao meio ambiente,
dependendo de suas características de inflamabilidade, corrosividade, reatividade e toxicidade.
- Produtos hormonais e produtos antimicrobianos; citostáticos; antineoplásicos; imunossupressores; digitálicos;
imunomoduladores; anti-retrovirais, quando descartados por serviços de saúde, farmácias, drogarias e distribui-
dores de medicamentos ou apreendidos e os resíduos e insumos farmacêuticos dos Medicamentos controlados
pela Portaria MS 344/98 e suas atualizações.
- Resíduos de saneantes, desinfetantes, desinfestantes; resíduos contendo metais pesados; reagentes para labo-
ratório, inclusive os recipientes contaminados por estes.
- Efluentes de processadores de imagem (reveladores e fixadores).
- Efluentes dos equipamentos automatizados utilizados em análises clínicas

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Técnico em Segurança do Trabalho – Volume 1

5 – Resolução – RDC nº 306, de 7 de dezembro


de 2004 (continuação)
- Demais produtos considerados perigosos, conforme classificação da NBR 10.004 da ABNT (tóxicos, corrosivos,
inflamáveis e reativos).

GRUPO C

Quaisquer materiais resultantes de atividades humanas que contenham radionuclídeos em quantidades supe-
riores aos limites de isenção especificados nas normas do CNEN e para os quais a reutilização é imprópria ou
não prevista.

- Enquadram-se neste grupo os rejeitos radioativos ou contaminados com radionuclídeos, provenientes de labo-
ratórios de análises clinicas, serviços de medicina nuclear e radioterapia, segundo a resolução CNEN-6.05.

GRUPO D

Resíduos que não apresentem risco biológico, químico ou radiológico à saúde ou ao meio ambiente, podendo
ser equiparados aos resíduos domiciliares.

- papel de uso sanitário e fralda, absorventes higiênicos, peças descartáveis de vestuário, resto alimentar de
paciente, material utilizado em anti-sepsia e hemostasia de venóclises, equipo de soro e outros similares não
classificados como A1; - sobras de alimentos e do preparo de alimentos; - resto alimentar de refeitório; - resí-
duos provenientes das áreas administrativas; - resíduos de varrição, flores, podas e jardins - resíduos de gesso
provenientes de assistência à saúde

GRUPO E Materiais perfurocortantes ou escarificantes, tais como: Lâminas de barbear, agulhas, escalpes, ampolas
de vidro, brocas, limas endodônticas, pontas diamantadas, lâminas de bisturi, lancetas; tubos capilares; micro-
pipetas; lâminas e lamínulas; espátulas; e todos os utensílios de vidro quebrados no laboratório (pipetas, tubos
de coleta sanguínea e placas de Petri) e outros similares.

APÊNDICE II

Classificação de Agentes Etiológicos Humanos e Animais – Instrução normativa CTNBio nº 7 de 06/06/1997 e


Diretrizes Gerais para o Trabalho em Contenção com Material Biológico - Ministério da Saúde - 2004

CLASSE DE RISCO 4

- BACTÉRIAS Nenhuma
- FUNGOS Nenhum
- PARASITAS Nenhum
- VÍRUS E MICOPLASMAS Agentes da Febre Hemorrágica ( Criméia-Congo, Lassa, Junin, Machupo, Sabiá, Guanarito
e outros ainda não identificados)
- Encefalites transmitidas por carrapatos (inclui o vírus da Encefalite primavera-verão Russa, Vírus da Doença de
Kyasanur, Febre Hemorrágica de Omsk e vírus da Encefalite da Europa Central).
- Herpesvírus simiae (Monkey B vírus)
- Mycoplasma agalactiae (caprina)
- Mycoplasma mycoides (pleuropneumonia contagiosa bovina)

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Técnico em Segurança do Trabalho – Volume 1

5 – Resolução – RDC nº 306, de 7 de dezembro


de 2004 (continuação)
- Peste eqüina africana

- Peste suína africana

- Varíola caprina Varíola de camelo

- Vírus da dermatite nodular contagiosa

- Vírus da doença de Nairobi (caprina)

- Vírus da doença de Teschen

- Vírus da doença de Wesselsbron

- Vírus da doença hemorrágica de coelhos

- Vírus da doença vesicular suína

- Vírus da enterite viral dos patos, gansos e cisnes

- Vírus da febre aftosa (todos os tipos)

- Vírus da febre catarral maligna

- Vírus da febre efêmera de bovinos

- Vírus da febre infecciosa petequial bovina

- Vírus da hepatite viral do pato

- Vírus da louping III Vírus da lumpy skin

- Vírus da peste aviária Vírus da peste bovina

- Viris da peste dos pequenos ruminantes

- Vírus da peste suína clássica (amostra selvagem)

- Vírus de Marburg

- Vírus de Akabane

- Vírus do exantema vesicular

- Vírus Ebola

OBS : Os microorganismos emergentes que venham a ser identificados deverão ser classificados neste nível até
que os estudos estejam concluídos.

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5 – Resolução – RDC nº 306, de 7 de dezembro


de 2004 (continuação)
APÊNDICE III

Quadro resumo das Normas de Biossegurança para o Nível Classe de Risco 4 -

AGENTES PRATICAS EQUIP. SEGURANÇA BARREIRAS PRIMÁRIAS INSTALAÇÕES BARREIRAS SECUNDÁRIAS

- Agentes exóticos ou perigosos que impõem um alto

- Práticas padrões de microbiologia

- Acesso controlado Todos os procedimentos conduzidos em Cabines

- Edifício separado ou área isolada

- Porta de acesso dupla risco de doenças que ameaçam a vida;

- Avisos de risco biológico

- Precauções com objetos de Classe III ou Classe I ou II, juntamente com macacão de pressão com fechamento
automático

- Ar de exaustão não

- infecções laboratoriais transmitidas via perfurocortantes

- Manual de Biossegurança que defina qualquer positiva com suprimento de ar. recirculante

- Fluxo de ar negativo dentro do laboratório

- Sistema de abastecimento aerossol ou relacionadas a agentes com risco desconhecido de descontaminação de


dejetos ou normas de vigilância médica

- Descontaminação de e escape, a vácuo, e de descontaminação.

transmissão. todo o resíduo

- Descontaminação da roupa usada no laboratório antes de ser lavada

- Amostra sorológica

- Mudança de roupa antes de entrar

- Banho de ducha na saída

- Todo material descontaminado na saída das instalações

Fonte : Biossegurança em laboratórios biomédicos e de microbiologia - CDC-NIH 4ª edição-1999

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Técnico em Segurança do Trabalho – Volume 1

5 – Resolução – RDC nº 306, de 7 de dezembro


de 2004 (continuação)
APÊNDICE IV

NÍVEIS DE INATIVAÇÃO MICROBIANA

- Nível I Inativação de bactérias vegetativas, fungos e vírus lipofílicos com redução igual ou maior que 6Log10

- Nível 2 Inativação de bactérias vegetativas, fungos, vírus lipofílicos e hidrofílicos, parasitas e micobactérias com
redução igual ou maior que 6Log10

- Nível III Inativação de bactérias vegetativas, fungos, vírus lipofílicos e hidrofílicos, parasitas e micobactérias
com redução igual ou maior que 6Log10, e inativação de esporos do B. stearothermophilus ou de esporos do B.
subtilis com redução igual ou maior que 4Log10.

- Nível IV Inativação de bactérias vegetativas, fungos, vírus lipofílicos e hidrofílicos, parasitas e micobactérias, e
inativação de esporos do B. stearothermophilus com redução igual ou maior que 4Log10.

Fonte : Technical Assistance Manual: State Regulatory Oversight of Medical Waste Treatment Technologies – State and Terri-
torial Association on Alternate Treatment Technologies – abril de 1994

APÊNDICE V

Tabela de Incompatibilidade das principais substâncias utilizadas em Serviços de Saúde


Substância Incompatível com
- Acetileno Cloro, Bromo,Flúor, Cobre, Prata, Mercúrio
- Ácido acético Ácido crômico, Ácido perclórico, , peróxidos, permanganatos, Ácido nítrico, etilenoglicol
- Acetona Misturas de Ácidos sulfúrico e nítrico concentrados, Peróxido de hidrogênio.
- Ácido crômico Ácido acético, naftaleno, cânfora, glicerol, turpentine, álcool, outros líquidos inflamáveis
- Ácido hidrociânico Ácido nítrico, álcalis
- Ácido fluorídrico anidro, fluoreto de hidrogênio Amônia (aquosa ou anidra)
- Àcido nítrico concentrado Ácido cianídrico, anilinas, Óxidos de cromo VI, Sulfeto de hidrogênio, líquidos e gases
combustíveis, ácido acético, ácido crômico.
- Ácido oxálico Prata e Mercúrio
- Ácido perclórico Anidrido acético, álcoois, Bismuto e suas ligas, papel, madeira
- Ácido sulfúrico Cloratos, percloratos, permanganatos e água
- Alquil alumínio
- Água Amônia anidra Mercúrio, Cloro, Hipoclorito de cálcio, Iodo, Bromo, Ácido fluorídrico
- Anidrido acético Compostos contendo hidroxil tais como etilenoglicol, Ácido perclórico
- Anilina Ácido nítrico, Peróxido de hidrogênio
- Azida sódica Chumbo, Cobre e outros metais

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Técnico em Segurança do Trabalho – Volume 1

5 – Resolução – RDC nº 306, de 7 de dezembro


de 2004 (continuação)
- Bromo e Cloro Benzeno, Hidróxido de amônio, benzina de petróleo, Hidrogênio, acetileno, etano, propano,
butadienos, pós-metálicos.
- Carvão ativo Dicromatos, permanganatos, Ácido nítrico, Ácido sulfúrico, Hipoclorito de sódio
- Cloro Amônia, acetileno, butadieno, butano, outros gases de petróleo, Hidrogênio, Carbeto de sódio, turpentine,
benzeno, metais finamente divididos, benzinas e outras frações do petróleo.
Cianetos Ácidos e álcalis
- Cloratos, percloratos, clorato de potássio Sais de amônio, ácidos, metais em pó, matérias orgânicas particula-
das, substâncias combustíveis
- Cobre metálico Acetileno, Peróxido de hidrogênio, azidas
- Dióxido de cloro Amônia, metano, Fósforo, Sulfeto de hidrogênio
- Flúor Isolado de tudo
- Fósforo Enxofre, compostos oxigenados, cloratos, percloratos, nitratos, permanganatos
- Halogênios (Flúor, Cloro, Bromo e Iodo) Amoníaco, acetileno e hidrocarbonetos
- Hidrazida Peróxido de hidrogênio, ácido nítrico e outros oxidantes
- Hidrocarbonetos (butano, propano, tolueno) Ácido crômico, flúor, cloro, bromo, peróxidos
- Iodo Acetileno, Hidróxido de amônio, Hidrogênio
- Líquidos inflamáveis Ácido nítrico, Nitrato de amônio, Óxido de cromo VI, peróxidos, Flúor, Cloro, Bromo, Hidrogênio
- Mercúrio Acetileno, Ácido fulmínico, amônia.
- Metais alcalinos Dióxido de carbono, Tetracloreto de carbono, outros hidrocarbonetos clorados
- Nitrato de amônio Ácidos, pós-metálicos, líquidos inflamáveis, cloretos, Enxofre, compostos orgânicos em pó.
- Nitrato de sódio Nitrato de amônio e outros sais de amônio
- Óxido de cálcio Água
- Óxido de cromo VI Ácido acético, glicerina, benzina de petróleo, líquidos inflamáveis, naftaleno,
- Oxigênio Óleos, graxas, Hidrogênio, líquidos, sólidos e gases inflamáveis
- Perclorato de potássio Ácidos
- Permanganato de potássio Glicerina, etilenoglicol, Ácido sulfúrico
- Peróxido de hidrogênio Cobre, Cromo, Ferro, álcoois, acetonas, substâncias combustíveis
- Peróxido de sódio Ácido acético, Anidrido acético, benzaldeído, etanol, metanol, etilenoglicol, Acetatos de
metila e etila, furfural
- Prata e sais de Prata Acetileno, Ácido tartárico, Ácido oxálico, compostos de amônio.
- Sódio Dióxido de carbono, Tetracloreto de carbono, outros hidrocarbonetos clorados
- Sulfeto de hidrogênio Ácido nítrico fumegante, gases oxidantes
Fonte: Manual de Biossegurança – Mario Hiroyuki Hirata;Jorge Mancini Filho

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Técnico em Segurança do Trabalho – Volume 1

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de 2004 (continuação)
APÊNDICE VI
- Substâncias que devem ser segregadas separadamente
- Líquidos inflamáveis
- Ácidos
- Bases
- Oxidantes
- Compostos orgânicos não halogenados
- Compostos orgânicos halogenados
- Óleos
- Materiais reativos com o ar
- Materiais reativos com a água
- Mercúrio e compostos de Mercúrio
- Brometo de etídio
- Formalina ou Formaldeído
- Mistura sulfocrômica
- Resíduo fotográfico
- Soluções aquosas
- Corrosivas
- Explosivas
- Venenos
- Carcinogênicas, Mutagênicas e Teratogênicas
- Ecotóxicas Sensíveis ao choque
- Criogênicas
- Asfixiantes
- De combustão espontânea
- Gases comprimidos
- Metais pesados
Fonte: Chemical Waste Management Guide. – University of Florida – Division of Environmental Health & Safety - abril de 2001

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de 2004 (continuação)
APÊNDICE VII

Lista das principais substâncias utilizadas em serviços de saúde que reagem com embalagens de Polietileno de
Alta Densidade (PEAD)

- Àcido butírico

- Dietil benzeno

- Àcido nítrico

- Dissulfeto de carbono

- Ácidos concentrados Éter

- Bromo Fenol / clorofórmio

- Bromofórmio Nitrobenzeno

- Álcool benzílico o-diclorobenzeno

- Anilina Óleo de canela

- Butadieno Óleo de cedro

- Ciclohexano p-diclorobenzeno

- Cloreto de etila, forma líquida Percloroetileno

- Cloreto de tionila solventes bromados & fluorados

- Bromobenzeno solventes clorados

- Cloreto de Amila Tolueno

- Cloreto de vinilideno Tricloroeteno

- Cresol Xileno

Fonte: Chemical Waste Management Guide – University of Florida – Division of Environmental Health & Safety – abril de 2001

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de 2004 (continuação)
APÊNDICE VIII

GLOSSÁRIO

AGENTE BIOLÓGICO – Bactérias, fungos, vírus, clamídias, riquétsias, micoplasmas, prions, parasitas, linhagens
celulares, outros organismos e toxinas.

ATENDIMENTO INDIVIDUALIZADO – ação desenvolvida em estabelecimento onde se realiza o atendimento com


apenas um profissional de saúde em cada turno de trabalho. (consultório)

ATERRO DE RESÍDUOS PERIGOSOS – CLASSE I – Técnica de disposição final de resíduos químicos no solo, sem causar
danos ou riscos à saúde pública, minimizando os impactos ambientais e utilizando procedimentos específicos de
engenharia para o confinamento destes.

ATERRO SANITÁRIO – Técnica de disposição final de resíduos sólidos urbanos no solo, por meio de confinamento
em camadas cobertas com material inerte, segundo normas específicas, de modo a evitar danos ou riscos à
saúde e à segurança, minimizando os impactos ambientais.

CADÁVERES DE ANIMAIS : são os animais mortos. Não oferecem risco à saúde humana, à saúde animal ou de
impactos ambientais por estarem impedidos de disseminar agentes etiológicos de doenças.

CARCAÇAS DE ANIMAIS : são produtos de retaliação de animais, provenientes de estabelecimentos de tratamento


de saúde animal, centros de experimentação, de Universidades e unidades de controle de zoonoses e outros
similares

CARROS COLETORES – são os contenedores providos de rodas, destinados à coleta e transporte interno de resíduos
de serviços de saúde .

CLASSE DE RISCO 4 (elevado risco individual e elevado risco para a comunidade): condição de um agente biológi-
co que representa grande ameaça para o ser humano e para os animais, representando grande risco a quem o
manipula e tendo grande poder de transmissibilidade de um indivíduo a outro, não existindo medidas preventi-
vas e de tratamento para esses agentes.

CONDIÇÕES DE LANÇAMENTO – condições e padrões de emissão adotados para o controle de lançamentos de


efluentes no corpo receptor.

COMISSÃO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR – CCIH - órgão de assessoria à autoridade máxima da institui-
ção e de coordenação das ações de controle de infecção hospitalar.

COMPOSTAGEM – processo de decomposição biológica de fração orgânica biodegradável de resíduos sólidos,


efetuado por uma população diversificada de organismos em condições controladas de aerobiose e demais pa-
râmetros, desenvolvido em duas etapas distintas: uma de degradação ativa e outra de maturação.

CORPO RECEPTOR – corpo hídrico superficial que recebe o lançamento de um efluente.

DESTINAÇÃO FINAL- processo decisório no manejo de resíduos que inclui as etapas de tratamento e disposição
final.

EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL – EPI – dispositivo de uso individual, destinado a proteger a saúde e a
integridade física do trabalhador, atendidas as peculiaridades de cada atividade profissional ou funcional.

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de 2004 (continuação)
ESTABELECIMENTO: denominação dada a qualquer edificação destinada à realização de atividades de prevenção,
promoção, recuperação e pesquisa na área da saúde ou que estejam a ela relacionadas.

FONTE SELADA - fonte radioativa encerrada hermeticamente em uma cápsula, ou ligada totalmente a material
inativo envolvente, de forma que não possa haver dispersão de substância radioativa em condições normais e
severas de uso.

FORMA LIVRE - é a saturação de um líquido em um resíduo que o absorva ou o contenha, de forma que possa
produzir gotejamento, vazamento ou derramamento espontaneamente ou sob compressão mínima

HEMODERIVADOS – produtos farmacêuticos obtidos a partir do plasma humano, submetidos a processo de indus-
trialização e normatização que lhes conferem qualidade, estabilidade e especificidade.

INSUMOS FARMACÊUTICOS - Qualquer produto químico, ou material (por exemplo: embalagem) utilizado no pro-
cesso de fabricação de um medicamento, seja na sua formulação, envase ou acondicionamento.

INSTALAÇÕES RADIATIVAS – estabelecimento onde se produzem, processam, manuseiam, utilizam, transportam


ou armazenam fontes de radiação, excetuando-se as Instalações Nucleares definidas na norma CNEN-NE-1.04
“Licenciamento de Instalações Nucleares” e os veículos transportadores de fontes de radiação.

LICENCIAMENTO AMBIENTAL – atos administrativos pelos quais o órgão de meio ambiente aprova a viabilidade do
local proposto para uma instalação de tratamento ou destinação final de resíduos, permitindo a sua construção
e operação, após verificar a viabilidade técnica e o conceito de segurança do projeto.

LICENCIAMENTO DE INSTALAÇÕES RADIATIVAS – atos administrativos pelos quais a CNEN aprova a viabilidade do
local proposto para uma instalação radiativa e permite a sua construção e operação, após verificar a viabilidade
técnica e o conceito de segurança do projeto.

LIMITE DE ELIMINAÇÃO - valores estabelecidos na norma CNEN-NE-6.05 “Gerência de Rejeitos Radioativos em


Instalações Radioativas” e expressos em termos de concentrações de atividade e/ou atividade total, em ou
abaixo dos quais um determinado fluxo de rejeito pode ser liberado pelas vias convencionais, sob os aspectos
de proteção radiológica.

LÍQUIDOS CORPÓREOS: são representados pelos líquidos cefalorraquidiano, pericárdico, pleural, articular, ascítico
e amniótico

LOCAL DE GERAÇÃO – representa a unidade de trabalho onde é gerado o resíduo.

MATERIAIS DE ASSISTÊNCIA À SAÚDE: materiais relacionados diretamente com o processo de assistência aos pa-
cientes

MEIA-VIDA FÍSICA – tempo que um radionuclídeo leva para ter a sua atividade inicial reduzida à metade.

METAL PESADO – qualquer composto de Antimônio, Cádmio, Crômio (IV), Chumbo, Estanho, Mercúrio, Níquel,
Selênio, Telúrio e Tálio, incluindo a forma metálica.

PATOGENICIDADE – capacidade de um agente causar doença em indivíduos normais suscetíveis.

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PLANO DE RADIOPROTEÇAO – PR - Documento exigido para fins de Licenciamento de Instalações Radiativas, pela
Comissão Nacional de Energia Nuclear, conforme competência atribuída pela Lei 6.189, de 16 de dezembro de
1974, que se aplica às atividades relacionadas com a localização, construção, operação e modificação de Insta-
lações Radiativas, contemplando, entre outros, o Programa de Gerência de Rejeitos Radioativos – PGRR PRÍON:
estrutura protéica alterada relacionada como agente etiológico das diversas formas de Encefalite Espongiforme

PRODUTO PARA DIAGNÓSTICO DE USO IN VITRO: reagentes, padrões, calibradores, controles, materiais, artigos e
instrumentos, junto com as instruções para seu uso, que contribuem para realizar uma determinação qualitativa,
quantitativa ou semi-quantitativa de uma amostra biológica e que não estejam destinados a cumprir função
anatômica, física ou terapêutica alguma, que não sejam ingeridos, injetados ou inoculados em seres humanos e
que são utilizados unicamente para provar informação sobre amostras obtidas do organismo humano. (Portaria
n º 8/MS/SVS, de 23 de janeiro de 1996)

QUIMIOTERÁPICOS ANTINEOPLÁSICOS – substâncias químicas que atuam a nível celular com potencial de produzi-
rem genotoxicidade, citotoxicidade e teratogenicidade .

RECICLAGEM – processo de transformação dos resíduos que utiliza técnicas de beneficiamento para o reprocessa-
mento, ou obtenção de matéria prima para fabricação de novos produtos.

REDUÇÃO DE CARGA MICROBIANA: aplicação de processo que visa a inativação microbiana das cargas biológicas
contidas nos resíduos

RESÍUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE – RSS – são todos aqueles resultantes de atividades exercidas nos serviços defini-
dos no artigo 1o que, por suas características, necessitam de processos diferenciados em seu manejo, exigindo
ou não tratamento prévio à sua disposição final

SISTEMA DE TRATAMENTO DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE: conjunto de unidades, processos e procedimentos


que alteram as características físicas, físico-químicas, químicas ou biológicas dos resíduos, podendo promover
a sua descaracterização, visando a minimização do risco à saúde pública, a preservação daqualidade do meio
ambiente, a segurança e a saúde do trabalhador.

SOBRAS DE AMOSTRAS: restos de sangue, fezes, urina, suor, lágrima, leite, colostro, líquido espermático, saliva,
secreções nasal, vaginal ou peniana, pêlo e unha que permanecem nos tubos de coleta após a retirada do ma-
terial necessário para a realização de investigação

VEÍCULO COLETOR – veículo utilizado para a coleta externa e o transporte de resíduos de serviços de saúde.

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APÊNDICE IX

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

NORMAS e ORIENTAÇÕES TÉCNICAS

• CONAMA – Conselho Nacional do Meio Ambiente

Resolução nº 6 de 19 de setembro de 1991 - “Dispõe sobre a incineração de resíduos sólidos provenientes de


estabelecimentos de saúde, portos e aeroportos”

Resolução nº 5 de 05de agosto de 1993 - “Estabelece definições, classificação e procedimentos mínimos para o
gerenciamento de resíduos sólidos oriundos de serviços de saúde, portos e aeroportos, terminais ferroviários e
rodoviários”

Resolução nº 237 de 22 de dezembro de 1997 - “Regulamenta os aspectos de licenciamento ambiental estabe-


lecidos na Política Nacional do Meio Ambiente”

Resolução nº 257 de 30 de junho de 1999 - “Estabelece que pilhas e baterias que contenham em suas com-
posições chumbo, cádmio, mercúrio e seus compostos, tenham os procedimentos de reutilização, reciclagem,
tratamento ou disposição final ambientalmente adequados”

Resolução nº 275, de 25 de abril de 2001- “Estabelece código de cores para diferentes tipos de resíduos na coleta
seletiva” Resolução nº 283 de 12 de julho de 2001- “Dispõe sobre o tratamento e a destinação final dos resíduos
dos serviços de saúde”

Resolução nº 316, de 29 de outubro de 2002 - : “Dispõe sobre procedimentos e critérios para o funcionamento
de sistemas de tratamento térmico de resíduos”

• ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas

NBR 12235– Armazenamento de resíduos sólidos perigosos, de abril de 1992

NBR 12.810 – Coleta de resíduos de serviços de saúde - de janeiro de 1993

NBR 13853– Coletores para resíduos de serviços de saúde perfurantes ou cortantes – Requisitos e métodos de
ensaio, de maio de 1997

NBR - 7.500 – Símbolos de Risco e Manuseio para o Transporte e Armazenamento de Material, de março de 2000

NBR - 9191 – Sacos plásticos para acondicionamento de lixo – Requisitos e métodos de ensaio, de julho de 2000

NBR 14652 – Coletor-transportador rodoviário de resíduos de serviços de saúde, de abril de 2001.

NBR 14725 – Ficha de informações de segurança de produtos químicos – FISPQ – julho de 2001

NBR - 10004 – Resíduos Sólidos – Classificação, segunda edição – 31 de maio de 2004

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Técnico em Segurança do Trabalho – Volume 1

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de 2004 (continuação)
• CNEN – Comissão Nacional de Energia Nuclear

NE- 3.01 - Diretrizes Básicas de Radioproteção

NN- 3.03 – Certificação da qualificação de Supervisores de Radioproteção

NE- 3.05 – Requisitos de Radioproteção e Segurança para Serviços de Medicina Nuclear

NE- 6.01 – Requisitos para o registro de Pessoas Físicas para o preparo, uso e manuseio de fontes radioativas.

NE- 6.02 – Licenciamento de Instalações Radiativas

NE- 6.05 – Gerência de Rejeitos em Instalações Radiativas

• ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária

RDC nº 50, de 21 de fevereiro de 2002 - Dispõe sobre o Regulamento Técnico para planejamento, programação,
elaboração e avaliação de projetos físicos de estabelecimentos assistenciais de saúde. RDC nº 305 de 14 de
novembro de 2002 - Ficam proibidos, em todo o território nacional, enquanto persistirem as condições que con-
figurem risco à saúde, o ingresso e a comercialização de matéria-prima e produtos acabados, semi-elaborados
ou a granel para uso em seres humanos, cujo material de partida seja obtido a partir de tecidos/fluidos de
animais ruminantes, relacionados às classes de medicamentos, cosméticos e produtos para a saúde, conforme
discriminado.

• MINISTÉRIO DA CIÊNCIA E TECNOLOGIA

Instrução Normativa CTNBio nº 7 de 06/06/1997

• MINISTÉRIO DA SAÚDE

Diretrizes gerais para o trabalho em contenção com material biológico – 2004 Portaria SVS/MS 344 de 12 de
maio de 1998 - Aprova o Regulamento Técnico sobre substâncias e medicamentos sujeitos a controle especial.

• MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO

Portaria 3.214, de 08 de junho de 1978 - Norma Reguladora – NR-7- Programa de Controle Médico de Saúde
Ocupacional.

• PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA

Decreto 2657 de 03 de julho de 1998 - Promulga a Convenção nº 170 da OIT, relativa à Segurança na Utilização
de Produtos Químicos no Trabalho, assinada em Genebra, em 25 de junho de 1990.

84
Técnico em Segurança do Trabalho – Volume 1

5 – Resolução – RDC nº 306, de 7 de dezembro


de 2004 (continuação)
• OMS – Organização Mundial de Saúde

Safe management of waste from Health-care activities Emerging and other Communicable Diseases, Surveillan-
ce and Control - 1999

• EPA – U.S. Environment Protection Agency

Guidance for Evaluating Medical Waste Treatment Technologies State and Territorial Association on Alternative
Treatment Technologies, April 1994

LITERATURA

• CARVALHO , Paulo Roberto de. Boas Práticas Químicas em Biossegurança. Rio de Janeiro: Interciência, 1999.

• COSTA, Marco Antonio F. da; COSTA, Maria de Fátima Barrozo da; MELO, Norma Suely Falcão de Oliveira. Biosse-
gurança – Ambientes Hospitalares e Odontológicos. São Paulo: Livraria Santos Editora Ltda., 2000.

• DIVISION OF ENVIRONMENTAL HEALTH AND SAFETY. Photographic Materials: Safety issues and disposal procedu-
res. Florida: University of Florida. (www.ehs.ufl.edu)

• FIOCRUZ. Biossegurança em Laboratórios de Saúde Pública. Brasília: Ministério da Saúde, 1998.

• Chemical Waste Management Guide. – University of Florida – Division of Environmental Health & Safety - abril
de 2001

• GUIDANCE for evaluating medical waste treatment technologies. 1993 • HIRATA, Mario Hiroyuki; FILHO, Jorge
Mancini. Manual de Biossegurança. São Paulo: Editora Manole, 2002.

• RICHMOND, Jonathan Y.; MCKINNE, Robert W. Organizado por Ana Rosa dos Santos, Maria Adelaide Millington,
Mário César Althoff. Biossegurança em laboratórios biomédicos e de microbiologia – CDC.Brasília: Ministério da
Saúde, 2000.

• The Association for Practicioners in Infection Control, Inc.- Position Paper: Medical Waste (revised) -American

Journal of Infection Control 20(2) 73-74, 1992.

85
Técnico em Segurança do Trabalho – Volume 1

5 – RESOLUÇÃO Nº 358, DE 29 ABRIL DE 2005 (continuação)

86
Técnico em Segurança do Trabalho – Volume 1

5 – RESOLUÇÃO Nº 358, DE 29 ABRIL DE 2005 (continuação)

87
Técnico em Segurança do Trabalho – Volume 1

5 – RESOLUÇÃO Nº 358, DE 29 ABRIL DE 2005 (continuação)

88
Técnico em Segurança do Trabalho – Volume 1

5 – RESOLUÇÃO Nº 358, DE 29 ABRIL DE 2005 (continuação)

89
Técnico em Segurança do Trabalho – Volume 1

– RESOLUÇÃO Nº 358, DE 29 ABRIL DE 2005 (continuação)

90
Técnico em Segurança do Trabalho – Volume 1

5 – RESOLUÇÃO Nº 358, DE 29 ABRIL DE 2005 (continuação)

91
Técnico em Segurança do Trabalho – Volume 1

5 – RESOLUÇÃO Nº 358, DE 29 ABRIL DE 2005 (continuação)

92
Técnico em Segurança do Trabalho – Volume 1

5 – RESOLUÇÃO Nº 358, DE 29 ABRIL DE 2005 (continuação)

93
Técnico em Segurança do Trabalho – Volume 1

5 – RESOLUÇÃO Nº 358, DE 29 ABRIL DE 2005 (continuação)

94
Técnico em Segurança do Trabalho – Volume 1

6 – Síntese da classificação sobre os


níveis de Biossegurança*
• Classe de risco 1: possuem baixo risco de contaminação para condições normais de saúde (sadios).

• Classe de risco 2: possuem risco moderado de contaminação, porém sua disseminação no ambiente é limita-
da, com medidas de contenção e profiláticas eficazes.

• Classe de risco 3: possuem alto risco de contaminação individual, com moderado risco de disseminação no
ambiente.

• Classe de risco 4: organismos que oferecem alto risco de contaminação e disseminação. Em geral, as medi-
das profiláticas e/ou terapêuticas são desconhecidas ou possuem baixa eficácia. Em sua maioria esta classe é
composta por vírus.

• Classe de risco especial: organismos que atingem outros animais que não o homem, porém causam impactos
negativos na economia.

* O Senac Rio se reservou ao direito de não alterar os textos contidos neste manual. Portanto, não pode ser responsabilizado
pelos possíveis erros ortográficos e gramaticais. O conteúdo dos documentos aqui utilizados é de responsabilidade de seus
autores.

95
Técnico em Segurança do Trabalho – Volume 1

7 – Resolução CONAMA nº 5, de 05 de agosto de 1993*


Publicada no DOU no 166, de 31 de agosto de 1993, Seção 1, páginas 12996-12998

Correlações:

Revogadas as disposições que tratam de resíduos sólidos oriundos de serviços de saúde pela Resolução no
358/05.

Dispõe sobre o gerenciamento de resíduos sólidos gerados nos portos, aeroportos, terminais ferroviários e
rodoviários e estabelecimentos prestadores de serviços de saúde.

(Revogadas as disposições que tratam de resíduos sólidos oriundos de serviços de saúde pela Resolução n°
358/05)

O CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE - CONAMA, no uso das atribuições previstas na Lei nº 6.938, de 31 de
agosto de 1981, alterada pelas Leis nº 7.804, de 18 de julho de 1989, e nº 8.028, de 12 de abril de 1990, e re-
gulamentada pelo Decreto nº 99.274, de 6 de junho de 1990, e no Regimento Interno aprovado pela Resolução
CONAMA nº 25, de 3 de dezembro de 1986136,

Considerando a determinação contida no art. 3o da Resolução CONAMA nº 6, de 19 de setembro de 1991, rela-


tiva a definição de normas mínimas para tratamento de resíduos sólidos oriundos de serviços de saúde, portos
e aeroportos, bem como a necessidade de estender tais exigências aos terminais ferroviários e rodoviários;
Considerando a necessidade de definir procedimentos mínimos para o gerenciamento desses resíduos, com
vistas a preservar a saúde pública e a qualidade do meio ambiente; e, Considerando, finalmente, que as ações
preventivas são menos onerosas e minimizam os danos à saúde pública e ao meio ambiente, resolve:

Art. 1o Para os efeitos desta Resolução definem-se:

I - Resíduos Sólidos: conforme a NBR-nº 10.004, da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT - “Resíduos
nos estados sólido e semi-sólido, que resultam de atividades da comunidade de origem: industrial, doméstica,
hospitalar, comercial, agrícola, de serviços e de varrição. Ficam incluídos nesta definição os lodos provenientes
de sistemas de tratamento de água, aqueles gerados em equipamentos e instalações de controle de poluição,
bem como determinados líquidos cujas particularidades tornem inviável seu lançamento na rede pública de
esgotos ou corpos d’água, ou exijam para isso soluções técnica e economicamente inviáveis, em face à melhor
tecnologia disponível”.

II - Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos: documento integrante do processo de licenciamento am-


biental, que aponta e descreve as ações relativas ao manejo de resíduos sólidos, no âmbito dos estabeleci-
mentos mencionados no art. 2o desta Resolução, contemplando os aspectos referentes à geração, segregação,
acondicionamento, coleta, armazenamento, transporte, tratamento e disposição final, bem como a proteção à
saúde pública;

* O Senac Rio se reservou ao direito de não alterar os textos contidos neste manual. Portanto, não pode ser responsabilizado
pelos possíveis erros ortográficos e gramaticais. O conteúdo dos documentos aqui utilizados é de responsabilidade de seus
autores.

96
Técnico em Segurança do Trabalho – Volume 1

7 – Resolução CONAMA nº 5, de 05 de agosto de 1993


(continuação)
III - Sistema de Tratamento de Resíduos Sólidos: conjunto de unidades, processos e procedimentos que alte-
ram as características físicas, químicas ou biológicas dos resíduos e conduzem à minimização do risco à saúde
pública e à qualidade do meio ambiente; IV - Sistema de Disposição Final de Resíduos Sólidos: conjunto de uni-
dades, processos e procedimentos que visam ao lançamento de resíduos no solo, garantindo-se a proteção da
saúde pública e a qualidade do meio ambiente.

Art. 2o Esta Resolução aplica-se aos resíduos sólidos gerados nos portos, aeroportos, terminais ferroviários e
rodoviários e estabelecimentos prestadores de serviços de saúde.

(Revogadas as disposições que tratam de resíduos sólidos oriundos de serviços de saúde pela Resolução n°
358/05)

136 Resolução revogada implicitamente pelo novo Regimento Interno GESTÃO DE RESÍDUOS E PRODUTOS PERI-
GOSOS – Tratamento... RESOLUÇÃO CONAMA nº 5 de 1993

Art. 3o Para os efeitos desta Resolução, os resíduos sólidos gerados nos estabelecimentos, a que se refere o art.
2o, são classificados de acordo com o anexo I, desta Resolução.

Art. 4o Caberá aos estabelecimentos já referidos o gerenciamento de seus resíduos sólidos, desde a geração até
a disposição final, de forma a atender aos requisitos ambientais e de saúde pública.

Art. 5o A administração dos estabelecimentos citados no art. 2o, em operação ou a serem implantados, deverá
apresentar o Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos, a ser submetido à aprovação pelos órgãos de meio
ambiente e de saúde, dentro de suas respectivas esferas de competência, de acordo com a legislação vigente.

§ 1o Na elaboração do Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos, devem ser considerados princípios que con-
duzam à reciclagem, bem como a soluções integradas ou consorciadas, para os sistemas de tratamento e dispo-
sição final, de acordo com as diretrizes estabelecidas pelos órgãos de meio ambiente e de saúde competentes.

§ 2o Os órgãos de meio ambiente e de saúde definirão, em conjunto, critérios para determinar quais os estabe-
lecimentos estão obrigados a apresentar o plano requerido neste artigo.

§ 3o Os órgãos integrantes do Sistema Nacional do Meio Ambiente - SISNAMA, definirão e estabelecerão, em


suas respectivas esferas de competência, os meios e os procedimentos operacionais a serem utilizados para o
adequado gerenciamento dos resíduos a que se refere esta Resolução.

Art. 6o Os estabelecimentos listados no art. 2o terão um responsável técnico, devidamente registrado em conse-
lho profissional, para o correto gerenciamento dos resíduos sólidos gerados em decorrência de suas atividades.

Art. 7o Os resíduos sólidos serão acondicionados adequadamente, atendendo às normas aplicáveis da ABNT e
demais disposições legais vigentes.

§ 1o Os resíduos sólidos pertencentes ao grupo “A” do anexo I desta Resolução, serão acondicionados em sacos
plásticos com a simbologia de substância infectante.

§ 2o Havendo, dentre os resíduos mencionados no parágrafo anterior, outros perfurantes ou cortantes estes
serão acondicionados previamente em recipiente rígido, estanque, vedado e identificado pela simbologia de
substância infectante.

97
Técnico em Segurança do Trabalho – Volume 1

7 – Resolução CONAMA nº 5, de 05 de agosto de 1993


(continuação)
Art. 8o O transporte dos resíduos sólidos, objeto desta Resolução, será feito em veículos apropriados, compatí-
veis com as características dos resíduos, atendendo às condicionantes de proteção ao meio ambiente e à saúde
pública.

Art. 9o A implantação de sistemas de tratamento e disposição final de resíduos sólidos fica condicionada ao
licenciamento, pelo órgão ambiental competente em conformidade com as normas em vigor.

Art. 10. Os resíduos sólidos pertencentes ao grupo “A” não poderão ser dispostos no

meio ambiente sem tratamento prévio que assegure:

a) a eliminação das características de periculosidade do resíduo;

b) a preservação dos recursos naturais; e,

c) o atendimento aos padrões de qualidade ambiental e de saúde pública.

Parágrafo único. Aterros sanitários implantados e operados conforme normas técnicas vigentes deverão ter pre-
vistos em seus licenciamentos ambientais sistemas específicos que possibilitem a disposição de resíduos sólidos
pertencentes ao grupo “A”.

Art. 11. Dentre as alternativas passíveis de serem utilizadas no tratamento dos resíduos sólidos, pertencentes
ao grupo “A”, ressalvadas as condições particulares de emprego e operação de cada tecnologia, bem como
considerando-se o atual estágio de desenvolvimento tecnológico, recomenda-se a esterilização a vapor ou a
incineração.

§ 1o Outros processos de tratamento poderão ser adotados, desde que obedecido o disposto no art. 10 desta
Resolução e com prévia aprovação pelo órgão de meio ambiente e de saúde competentes.

§ 2o Após tratamento, os resíduos sólidos pertencentes ao grupo “A” serão considerados “resíduos comuns”
(grupo “D”), para fins de disposição final.

§ 3o Os resíduos sólidos pertencentes ao grupo “A” não poderão ser reciclados.

Art. 12. Os resíduos sólidos pertencentes ao grupo “B” deverão ser submetidos a tratamento e disposição final
específi cos, de acordo com as características de toxicidade, inflamabilidade, corrosividade e reatividade, segun-
do exigências do órgão ambiental competente.

Art. 13. Os resíduos sólidos classificados e enquadrados como rejeitos radioativos pertencentes ao grupo “C”, do
anexo I, desta Resolução, obedecerão às exigências definidas pela Comissão Nacional de Energia Nuclear - CNEN.

Art. 14. Os resíduos sólidos pertencentes ao grupo “D” serão coletados pelo órgão municipal de limpeza urbana
e receberão tratamento e disposição final semelhante aos determinados para os resíduos domiciliares, desde
que resguardadas as condições de proteção ao meio ambiente e à saúde pública.

Art. 15. Quando não assegurada a devida segregação dos resíduos sólidos, estes serão considerados, na sua
totalidade, como pertencentes ao grupo “A”, salvo os resíduos sólidos pertencentes aos grupos “B” e “C” que,
por suas peculiaridades, deverão ser sempre separados dos resíduos com outras qualificações.

Art. 16. Os resíduos comuns (grupo “D”) gerados nos estabelecimentos explicitados no art. 2o provenientes de
áreas endêmicas definidas pelas autoridades de saúde pública competentes, serão considerados, com vistas ao
manejo e tratamento, como pertencentes ao grupo “A”.

98
Técnico em Segurança do Trabalho – Volume 1

7 – Resolução CONAMA nº 5, de 05 de agosto de 1993


(continuação)
Art. 17. O tratamento e a disposição final dos resíduos gerados serão controlados e fiscalizados pelos órgãos de
meio ambiente, de saúde pública e de vigilância sanitária competentes, de acordo com a legislação vigente.

Art. 18. Os restos alimentares “IN NATURA” não poderão ser encaminhados para a alimentação de animais, se
provenientes dos estabelecimentos elencados no art. 2o, ou das áreas endêmicas a que se refere o art. 16 desta
Resolução.

Art. 19. Os padrões de emissão atmosférica de processos de tratamento dos resíduos

sólidos, objeto desta Resolução, serão definidos no âmbito do PRONAR - Programa Nacional de Controle e Quali-
dade do Ar, no prazo de 180 (cento e oitenta) dias, a contar da data de publicação desta Resolução, mantendo-se
aqueles já estabelecidos e em vigência.

Art. 20. As cargas em perdimento consideradas como resíduos, para fins de tratamento e disposição final,
presentes nos terminais públicos e privados, obedecerão ao disposto na Resolução do CONAMA nº 2, de 22 de
agosto de 1991.

Art. 21. Aos órgãos de controle ambiental e de saúde competentes, mormente os partícipes do SISNAMA - Siste-
ma Nacional do Meio Ambiente, incumbe a aplicação desta Resolução, cabendo-lhes a fi scalização, bem como
a imposição das penalidades previstas na legislação pertinente, inclusive a medida de interdição de atividades.

Art. 22. Os órgãos estaduais do meio ambiente com a participação das Secretarias

GESTÃO DE RESÍDUOS E PRODUTOS PERIGOSOS – Tratamento... RESOLUÇÃO CONAMA nº 5 de 1993

Estaduais de Saúde e demais instituições interessadas, inclusive organizações não governamentais,

coordenarão programas, objetivando a aplicação desta Resolução e garantir

o seu integral cumprimento.

Art. 23. Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 24. Revogam-se as disposições em contrário, especialmente os itens I, V, VI, VII e

VIII, da Portaria MINTER nº 13, de 1 de março de 1979.

FERNANDO COUTINHO JORGE - Presidente do Conselho

HUMBERTO CAVALCANTE LACERDA - Secretário-Executivo

ANEXO I

99
Técnico em Segurança do Trabalho – Volume 1

Saúde e
Módulo 1 Higiene Ocupacional

Unidade de Orientação para


o Trabalho (UOT)

Saúde Ocupacional

Biossegurança

Primeiros Socorros

CIPA (Estudos em EAD)

Planejamento de uma
Comissão Interna de
Prevenção de Acidentes – CIPA

100
Técnico em Segurança do Trabalho – Volume 1

Primeiros Socorros
ESTA UNIDADE CURRICULAR CONTÉM 3 ANEXOS. VEJA-OS A SEGUIR.

1. Instrumento de avaliação escrita – Estudos de Casos 1 e 2


2. Corpo Humano Dividido em Regiões
3. Instrumento de avaliação escrita – Estudos de Casos 3,4 e 5

101
Técnico em Segurança do Trabalho – Volume 1

1 – Instrumento de avaliação escrita –


Estudos de casos 1 e 2

Unidade Senac: _____________________________________________________________________________________

Curso/ Unidade curricular: __________________________________________________________________________

Nome do estudante: ________________________________________________ Data: __________________

Estudo de caso 1

Um operário da construção civil sofre uma queda equivalente ao segundo andar de um prédio. Sua queda des-
perta a curiosidade de pedestres que estão próximos ao local e uma aglomeração começa a se formar ao seu
redor. O que você deve fazer?

Estudo de caso 2

Um pedestre do sexo feminino com idade estimada de 50 anos sofre um desmaio. A vítima está deitada incons-
ciente na calçada, não tem pulso e não respira. O que você deve fazer?

102
Técnico em Segurança do Trabalho – Volume 1

2 - Corpo Humano Dividido em Regiões

103
Técnico em Segurança do Trabalho – Volume 1

3 – Instrumento de avaliação escrita –


Estudos dE Casos 3,4 e 5

Unidade Senac: _____________________________________________________________________________________

Curso/ Unidade curricular: __________________________________________________________________________

Nome do estudante: ________________________________________________ Data: __________________

Estudo de caso 3

João é funcionário de uma serralheria. Durante o experiente, João sofre um corte profundo na mão direita. João
está com hemorragia e pede socorro. O que você deve fazer?

Estudo de caso 4

Ana está fervendo água para fazer café na copa da empresa em que trabalha. Ao tentar alcançar uma xícara
na prateleira que fica sobre o fogão, a ponta da manga da blusa entra em contato com a chama e pega fogo.
O fogo rapidamente sobe pela manga. Os gritos de Ana atraem você e outros colegas de trabalho até a copa.
Ela apresenta queimaduras de primeiro e segundo grau com extensão de 6% da superfície corporal. O que você
deve fazer?

Estudo de caso 5

Um turista é atropelado por um veículo em alta velocidade. A vítima é lançada sobre os veículos à frente e cai
no asfalto. A vítima está inconsciente e em local de risco. O que você deve fazer?

104
Técnico em Segurança do Trabalho – Volume 1

Saúde e
Módulo 1 Higiene Ocupacional

Unidade de Orientação para


o Trabalho (UOT)

Saúde Ocupacional

Biossegurança

Primeiros Socorros

CIPA (Estudos em EAD)

Planejamento de uma
Comissão Interna de
Prevenção de Acidentes – CIPA

105
Técnico em Segurança do Trabalho – Volume 1

Comissão Interna de
Prevenção de Acidente (CIPA)
- estudos em EAD
Esta Unidade Curricular contém 1 Anexo. Veja-o a seguir.

1. Roteiro de orientação das atividades

106
Técnico em Segurança do Trabalho – Volume 1

1 – Roteiro de orientação das atividades

Prezado estudante,

Este é o Roteiro de Orientação das Atividades para a utilização do CD “CIPA - Comissão Interna de Prevenção de
Acidentes” que você está recebendo.

O conteúdo do CD “CIPA” é um material de autoestudo que irá contribuir para o desenvolvimento do projeto
integrador – Planejamento de uma Comissão Interna de Prevenção de Acidente – CIPA, que você irá realizar em
grupo.

A tutoria do conteúdo do CD será realizada pelo instrutor responsável pelo projeto integrador, que apresentará o
calendário com as datas e prazos das atividades, orientará e acompanhará o estudo e a execução das atividades.

Seu compromisso é cumprir as atividades propostas nos prazos determinados e, com o estudo realizado, trocar
experiências e compartilhar conhecimentos com o grupo nos momentos presenciais.

O conteúdo do CD está organizado em etapas (módulos de estudo), que você deverá percorrer sequencialmente.
Você avalia sua aprendizagem à medida que realiza as atividades propostas. Nos encontros presenciais haverá
espaço de discussão a partir dos estudos realizados e apresentação do resultado das atividades, onde você pode-
rá compartilhar ideias e experiências com o grupo. No entanto, isso só será possível se você realizar e participar
de todas as atividades de acordo com o plano a seguir.

Atividade 1 Data/Prazo de entrega

No cotidiano, de acordo com a especificidade da organização, podemos es-


tar expostos a algumas doenças.
O Módulo I do CD apresenta algumas das principais doenças resultantes do
processo de trabalho e como atuar de maneira preventiva em relação às
doenças.
Como membro eficiente da CIPA, é seu dever estar sempre vigilante, cui-
dando para que as ações dos profissionais não comprometam a sua saúde
e a dos demais.
Prepare-se para participar do debate sobre essas questões que o docente
irá dinamizar na data marcada.

107
Técnico em Segurança do Trabalho – Volume 1

1 – Roteiro de orientação das atividades

Atividade 2 Data/Prazo de entrega

Você já sabe que a CIPA é regulamentada por norma do Ministério do Tra-


balho – a NR-5.
O Módulo II do CD apresenta as ações necessárias para a instalação e ma-
nutenção ativa da CIPA.
Considerando que você ficou responsável pela elaboração da SIPAT – Sema-
na Interna de Prevenção de Acidentes de Trabalho, elabore uma atividade
que será desenvolvida durante a semana e entregue para o docente na
data marcada.

Atividade 3 Data/Prazo de entrega

Com os Módulos III e IV do CD, você aprenderá conceitos e princípios impor-


tantes para fundamentar as etapas seguintes.

Atividade 4 Data/Prazo de entrega

Você já chegou ao final do Módulo V.


Vamos trocar experiências?
Lembre-se de uma campanha educativa e informativa de prevenção aos
acidentes de trabalho e às doenças que tenha sido desenvolvida na sua
empresa. Escreva sobre ela.
Qual foi o tema? Como esta campanha se desenvolveu? Qual o nível de
aceitação?
Traga suas anotações no dia marcado. Esta será uma excelente oportunida-
de do grupo compartilhar conhecimento.

Atividade 5 Data/Prazo de entrega

Você percorreu todas as etapas do CD “CIPA” e desenvolveu as atividades


propostas.
Agora, elabore o Mapa de Risco de um dos setores da sua organização (ou
do ambiente de aprendizagem), a partir de um desenho básico do ambien-
te, considerando as situações que envolvam riscos químicos, físicos, bioló-
gicos e ergonômicos. Não se esqueça de empregar as cores padronizadas.
O Mapa de Risco deverá ser entregue na data prevista para ser trabalhado
em ambiente de aprendizagem. O Mapa de Risco norteará suas ações para
elaborar um plano para instalação e operação da CIPA.

108
Técnico em Segurança do Trabalho – Volume 1

Saúde e
Módulo 1 Higiene Ocupacional

Unidade de Orientação para


o Trabalho (UOT)

Saúde Ocupacional

Biossegurança

Primeiros Socorros

CIPA (Estudos em EAD)

Planejamento de uma
Comissão Interna de
Prevenção de Acidentes – CIPA

109
Técnico em Segurança do Trabalho – Volume 1

Planejamento de uma Comissão


Interna de Prevenção de
Acidentes – CIPA

Esta Unidade Curricular contém 7 Anexos. Veja-os a seguir.

1. As comissões de fábrica: breve relato


2. Histórico da CIPA
3. Estudo de caso: desmonte de rocha
4. Dimensionamento de CIPA
5. Mapa de risco
6. Caso João da Silva
7. Notícias Sintracom-BA – Operários protestam por morte de colegas e param construção na BA

110
Técnico em Segurança do Trabalho – Volume 1

1 – As comissões de fábrica: breve relato

As comissões de fábrica: breve relato

As comissões de fábrica surgiram no Brasil durante a ditadura militar como uma alternativa de organização dos
trabalhadores no local de trabalho, já que, na época, a maioria dos sindicatos estava sob intervenção do regime
e limitada politicamente na luta pelos trabalhadores.

Com a abertura política nos anos 80 e o fim do regime militar, as comissões de fábrica continuaram e se conso-
lidaram como instrumento de luta e organização nos locais de trabalho, atuando em conjunto com os sindicatos
e as CIPAs na defesa dos trabalhadores.

(...)

Fonte: SINDICATO dos metalúrgicos de Taubaté. Disponível em: <http://www.sindmetau.org.br/>. Acesso em: 22 set. 2010

111
Técnico em Segurança do Trabalho – Volume 1

2 – Histórico da CIPA

Histórico da CIPA

Adaptado por José Cirillo

Na história dos processos produtivos relacionados ao parque industrial brasileiro, a CIPA surgiu como a primeira
manifestação organizada de ações de prevenção de acidentes dentro do território nacional. Foram criados dis-
positivos legais para regular suas atividades, e são as empresas particulares que favorecem o seu funcionamento
dentro das suas dependências.

A partir do aparecimento da CIPA, as ações de prevenção de acidentes do trabalho nos limites do território nacio-
nal foram efetivamente sedimentadas, ainda que de forma bastante incipiente – indivíduos nos mais diferentes
nichos produtivos passaram a ter preocupação com os acidentes e toda a problemática que os envolvem.

As ações de prevenção de acidentes adquiriram cada vez mais força, a partir da iniciativa privada – que perce-
beu o problema e se tornou cada vez mais sensível aos problemas com as mais variadas especificidades que o
acidente causa às suas vítimas, e é a CIPA, um tanto mal -interpretada em alguns momentos na sua ação, que
desempenha um papel marcante na proteção da integridade física do trabalhador, assim como do patrimônio
das empresas.

O início da CIPA se deu de forma um tanto conturbada em razão das orientações que foram dadas para seu
funcionamento, e do descaso que ela sofreu por grande parte do trabalhadores, assim como da falta de uma
política mais clara por parte das instituições para que ela fosse implantada. “Os locais de reunião não são bem
-definidos, equipamentos e materiais ficam fora da sua disponibilidade, os membros são impedidos de partici-
parem de suas reuniões etc.” Apesar das dificuldades encontradas para seu funcionamento, aos poucos a CIPA
foi preenchendo um espaço de fundamental importância para a sociedade civil.

A CIPA conta com a contribuição de diversos órgãos: ABPA – Associação Brasileira de Prevenção de Acidentes,
responsável pela ministração de diverso cursos e treinamentos; SESI e Ministério do Trabalho Indústria e Comér-
cio, – pessoas e instituições que não mediram esforços para que a Comissão fosse implantada.

A OIT é a organização de caráter internacional que está recomendando a implantação da CIPA nas mais variadas
empresas.

Ela é responsável, pela criação de um comitê, que está fazendo os primeiros esboços focados em questões
relacionadas a segurança e higiene ocupacional, e indicações de medidas de cunho preventivo no âmbito dos
acidentes e das doenças do trabalho. As orientações da OIT passaram a ser adotadas por diversos países que
objetivavam seus desdobramentos políticos e sociais – mudança das condições de saúde e segurança dos tra-
balhadores.

Uma das recomendações da OIT, através da ação do Comitê, é a estruturação da Comissão de Segurança do Tra-
balho, para as unidades industriais. No período que corresponde a 10/11/1944, ela foi fundamentada por um
ato da Presidência Republica em exercício através do Decreto-Lei nº 7036 – Nova Lei da Prevenção de Acidentes.
O artigo 82 deste decreto dá à CIPA, a sua real importância e fundamentação legal.

112
Técnico em Segurança do Trabalho – Volume 1

2 – Histórico da CIPA (Continuação)

Cabe ao artigo 82 o seguinte texto: “Os empregadores, cujo número de empregados seja superior a 100, deve-
rão providenciar a organização, em seus estabelecimentos, de comissões internas, com representantes dos em-
pregados, para o fim de estimular o interesse pelas questões de prevenção de acidentes, apresentar sugestões
quanto à orientação e fiscalização das medidas de proteção ao trabalho, realizar palestras instrutivas, propor a
instituição de concursos e prêmios e tomar outras providências tendentes a educar o empregado na prática de
prevenir acidentes.”

A sociedade moderna estava passando por profundas mudanças,: a Europa vivia o final da Segunda Guerra
Mundial e, no bojo de tantas transformações sociais, em 19 de junho de 1945, foi baixada a Portaria nº 229, que
deu a primeira regulamentação da Comissão. A segunda regulamentação da CIPA foi definida pela Portaria nº
155, de 27 de novembro de 1953. A terceira regulamentação ocorreu com a Portaria nº 32, de 29 de novembro
de 1968. A quarta regulamentação da CIPA ocorreu com a Portaria nº 3.456, de 3 de agosto de 1977. Em 22 de
dezembro de 1977, foi aprovada a Lei nº 6.514, que garantiu mais uma correção no capítulo V da CLT, no qual a
CIPA recebeu mais destaque nos enunciados dos seus artigos 163, 164 e 165.

Foi baixada, em 8 de junho de 1978, a Portaria nº 3.214, que revogou as portarias anteriores em vigor que legis-
lavam sobre questões de segurança do trabalho. Esta Portaria aprovou e expediu 28 Normas Regulamentadoras,
entre elas a que é especifica as ações da CIPA – a Norma Regulamentadora nº 5 (NR- 5).

A obrigatoriedade do estabelecimento da CIPA, nas mais diferentes empresas passou a ser parte da CLT, ampa-
rada no Decreto–Lei nº 229 ,– cuja data é de 26 de fevereiro de 1967, –, alterando de forma ampla e profunda
o capítulo V, título ll, da CLT, que viria a legislar sobre questões de segurança e higiene do trabalho, tendo como
ênfase a estruturação da CIPA, nas empresas, que passou a fazer parte da Lei Maior, visando a proteção ao
trabalhador.

A CIPA foi estabelecida pelo Decreto nº 7.036 de 10-/11-/1944, que oficializou a sua obrigatoriedade nas em-
presas geridas pela CLT, a partir de 1945, através da Portaria nº 229 do antigo DNT – Departamento Nacional do
Trabalho ( Ministério do Trabalho). Essa regulamentação se deu através da Lei nº 6.514, de 22 de dezembro de
1977, que alterou o capítulo V, título ll da CLT, concernente a segurança e medicina do trabalho.

Em 08 de junho de 1978, a Portaria nº 3.214 deliberou sobre as NRs. A última redação da NR 5 foi definida e
entrou em vigor em 24/05/99.

Referências:

a) CODEPLAN. História da CIPA. Disponível em: <http://www.codeplan.df.gov.br/cipa/historia.html.>. Acesso


em: 14 abr. 2011

b)
MANUAL CIPA. Disponível em: <http://Portal.Mte.Gov.Br/Data/Files/FF8080812BCB2790012B-
D527FF7C25B2/Pub_Cne_Cipa.Pdf .>. Acesso: 14 abr. 2011

* O Senac Rio se reservou ao direito de não alterar os textos contidos neste manual. Portanto, não pode ser responsabilizado
pelos possíveis erros ortográficos e gramaticais. O conteúdo dos documentos aqui utilizados é de responsabilidade de seus
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Técnico em Segurança do Trabalho – Volume 1

3 – Estudo de caso: desmonte de rocha

Estudo de caso: Desmonte de rocha

Uma empresa de desmonte de rocha, com grau de risco 4, vem apresentando um aumento no número de aci-
dentes de pequena gravidade (quedas, torções dos membros inferiores e leves traumas nas mãos).

A empresa tem um total de 18 funcionários, sendo 15 operacionais e três administrativos.

Nos últimos três meses, dois funcionários da área administrativa sofreram quedas em um dos corredores de
acesso ao refeitório. Segundo o que foi registrado na CAT, em um dos acidentes o corredor estava molhado. Já no
segundo acidente, identificou-se que havia um desnível no piso e que este estava escorregadio.

Ainda nesse período, quatro operários também sofreram pequenos acidentes. Todos foram atendidos no am-
bulatório da empresa e retornaram às suas atividades. Dois desses operários se acidentaram por não estarem
usando as luvas de proteção durante a remoção dos entulhos. Os outros dois foram atingidos por fragmentos de
pedra projetados durante o trabalho de desmonte por outros colegas que trabalhavam ao lado.

Esses eventos recorrentes começaram a chamar a atenção dos membros da CIPA, que decidiram realizar uma
reunião extraordinária.

Imagine que você é um dos funcionários dessa empresa e que é membro da CIPA.

Com base nesse cenário, elabore, junto com seu grupo de trabalho, ações preventivas e corretivas que possam
ser sugeridas nesta reunião da Comissão.

Como fonte de consulta legal, utilize as NRs 5, 18 e 22.

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Técnico em Segurança do Trabalho – Volume 1

4 – Dimensionamento de CIPA

Dimensionamento de CIPA

Quantidade de Código da Nº de Grau de Nº de membros


Empresa CNAE
funcionários atividade funcionários risco da CIPA
Construção civil 200
A

Metalúrgica 150
B

Fabricação de 80
C caminhões

Refino de petró- 1200


D leo

Fabricação de 120
E borracha

Produtos quími- 180


F cos

Empresa de ali- 110


G mentos

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Técnico em Segurança do Trabalho – Volume 1

5 – Mapa de risco

Mapa de risco

Mapa de risco é uma representação gráfica dos fatores presentes nos locais de trabalho que podem afetar a
saúde ou causar acidentes para os trabalhadores.

Esses fatores têm origem nos elementos do processo de trabalho, como: materiais, equipamentos, ambientes
de trabalho, organização (ritmo e método de trabalho, posturas, jornada e turnos de trabalho, treinamento etc.).

O mapa de risco é construído sobre a planta baixa do ambiente ou da empresa. Os riscos são identificados pela
cor e pelo tamanho dos círculos, conforme descritos nas tabelas abaixo:

Risco Mecânico Químico Ergonômico Físico Biológico


Azul Vermelho Amarelo Verde Marrom
Cor

Os mapas os riscos são indicados por círculos coloridos de três tamanhos diferentes de acordo com o grau de
risco apresentado:

Risco leve Risco médio Risco elevado Indicação múltipla

Exemplo de mapa de risco:

Suprimentos
Usinagem Retificação

WC

Estoque Embalagem CQ Montagem

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Técnico em Segurança do Trabalho – Volume 1

6 – Caso João da Silva

Caso João da Silva

João da Silva é funcionário de uma empresa de metalurgia e é membro titular da CIPA, com seis meses de
mandato em exercício.

Com base na situação atual de João, responda aos questionamentos hipotéticos abaixo:

1- A empresa pode mandá-lo embora assim que acabar o seu exercício? Justifique a sua resposta.

2- Se você respondeu que não, daqui a quantos meses a empresa poderá, enfim, mandá-lo embora?

3- João está afastado por doença ocupacional e deve ficar fora da empresa por pelo menos quatro meses. A
empresa deseja desligá-lo da CIPA, substituindo-o por outro funcionário. A empresa poderá fazer isso? Justifique
sua resposta.

4- João recebeu um desafio e será transferido para outra unidade da empresa em que trabalha. Como ficará a
situação do João em relação à sua permanência na CIPA?

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Técnico em Segurança do Trabalho – Volume 1

7 – Notícias Sintracom-BA – Operários protestam por morte de


colegas e param construção na BA

Notícias Sintracom-BA – Operários protestam por morte de colegas e param construção na BA

Trabalhadores paralisaram as atividades em todo o canteiro de obras do condomínio de luxo Le Parc, onde, na
última quarta-feira (8), morreram dois operários. A decisão foi tomada nesta sexta-feira (10), em assembleia
geral realizada na entrada do canteiro com a presença de mais de quatro mil operários e diretores do Sindicato
dos Trabalhadores na Indústria da Construção (Sintracom-BA)

Muito tristes e revoltados com a morte dos colegas empregados da empreiteira Tecnotrav, Leandro Marques
Cardoso e Roberto Rodson, ambos auxiliares de mecânico, e com a situação de um terceiro colega vitimado,
Adilson do Nascimento, da empresa Austrália, que teve uma perna amputada e encontra-se na UTI, os trabalha-
dores decidiram que só retornarão ao trabalho quando as empresas construtoras do condomínio atenderem às
reivindicações aprovadas na assembleia.

Na segunda-feira (13), as mobilizações continuaram em frente ao canteiro de obras do Le Parc e em uma reu-
nião com a direção do Sintracom-BA e representantes das empresas na sede da Superintendência Regional do
Trabalho e Emprego (SRTE), nas Mercês. A SRTE interditou as gruas das obras e embargou a grua que desabou
provocando o acidente.

A direção do Sintracom-BA já encaminhou à SRTE e às empresas construtoras do Le Parc, Andrade Mendonça,


Cyrela Brazil Realty, Brasplan Empreendimentos e Construções, Jotagê Engenharia e Austrália Empreendimentos
Imobiliários, a pauta na qual constam, dentre outras, as seguintes reivindicações: imediato cumprimento das
regras de segurança e saúde no trabalho; adoção das providências exigidas pela SRTE; laudo conclusivo de fun-
cionamento seguro das gruas; fim da perseguição aos cipistas; fornecimento ao sindicato, no prazo de 10 dias,
de relações com os nomes de todos os trabalhadores contratados através de subempreiteiras, constando data de
admissão, função, salário e dados civis (RG, CPF, PIS e CTPS); e construção, no prazo de 10 dias, de uma passarela
sobre a avenida Paralela, com o objetivo de evitar a perigosa travessia dos trabalhadores e os atropelamentos
constantes, que inclusive já vitimaram vários companheiros.

Os trabalhadores reivindicam, também, a melhoria imediata da qualidade da alimentação fornecida no can-


teiro, que atualmente é intragável; o fim da demora no recolhimento da multa de 40% do FGTS na demissão
de trabalhadores; o pagamento de todas as rescisões e salários pendentes dos trabalhadores despedidos pelos
subempreiteiros; e o fornecimento de transporte gratuito para os trabalhadores que necessitam se deslocar até
a Suburbana e pontos não alcançados pelas linhas que transitam pela Paralela.

Fonte: Sintracom-BA. Disponível em: <http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_secao=8&id_noticia=136968>. Acesso


em: 16 nov. 2011.

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