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Fichamento 4

Bruna A. Tomazi

BURKE, O Renascimento Italiano, cap. 5 Os usos da obra de arte (pp. 149-169)

A ideia de obras de arte é algo contemporâneo, mesmo que com as galerias de arte
e museus possamos pensar diferente. Assim para entendermos o que era arte para as
pessoas daquele tempo, deve-se primeiro compreender qual era a utilidade dela e como
ela era usada. (p.149).

O uso mais óbvio das pinturas estátuas na Itália do renascimento era religioso
ponto em uma cultura secular como a nossa, temos de fazer um esforço para nos lembrar
o que vemos como ‘obra de arte’, as pessoas daquela época viam primordialmente como
imagem sagrada. a ideia de uso religioso não é muito precisa, portanto, talvez seja útil
distinguir as funções mágicas, devocional e didática, embora essas visões se fundam umas
nas outras, sendo que mágica não tem para nós o mesmo significado que nos referirmos
que tinha para um teólogo do século XVI. Algumas pinturas do renascimento parecem
pertencer há um sistema magico externo ao cristianismo, podemos pelo menos considerar
que a possibilidade de imagens de traidores e rebeldes pintadas nas paredes do benefícios
públicos de edifícios públicos de Florença e de outras cidades seriam uma forma de
destruição mágica de fugitivos que estavam fora do alcance dos castigos convencionais
eu a enfiar agulhas em imagens de cera dos inimigos.(p.150-151)

O termo quadros devocionais era corrente no período, quando imagens e fervor


religioso parecem ter tido uma associação mais próxima que usual, fossem as imagens
crucifixos ou a da gravura em madeira, ou um tipo de pintura religiosa, pequeno e íntimo,
próprio para casas particulares, não tanto um ícone, mas uma narrativa que funcionasse
como estimulo para a meditação sobre a bíblia e as vidas dos santos. a importância
crescente das imagens devocionais parece ter estado ligada ao aumento das iniciativas
leigas em questões religiosas características do século XIV e XV e que vão desde a
fundação de irmandades religiosas até o canto de hinos e a leitura de livros piedosos em
casa outro uso da pintura religiosa era didático boa parte da doutrina cristã foi lustradas
nos afrescos das igrejas italianas do século XIV: a vida de Cristo, as relações entre o
Antigo e o Novo Testamento. Após a Reforma, a Igreja Católica ficou muito mais
preocupada com o controle da literatura e em menor grau com a pintura. (p.152-153)
A defesa visual do papado introduziu a questão da propaganda política, pelo
menos no sentido vago, com imagens e textos que glorificavam ou justificam
determinados regimes, mais precisos de recomendar uma política determinada. Há neste
período tantos exemplos de glorificação. Assim como na Roma antiga as medalhas da
Itália do Renascimento muitas vezes levaram mensagens políticas. Fáceis de fazer e
relativamente baratas, as medalhas eram um bom meio de divulgação de mensagens
políticas e de atribuir boa imagem ao governo. Estatuas e expostas ao público eram uma
maneira de glorificar guerreiros, príncipes e repúblicas. (p.155-160).

Alguns outros tipos das artes que não cabem em categorias como religião e política
podem se incluir nesta categoria, a esfera privada, então englobasse o uso de retratos de
filhas esposáveis em negociações entre príncipes até mesmo de vidas comuns podem ser
considerados um tipo de propaganda no qual é esta colabora para apresentar uma imagem
favorável do sujeito sou da família para impressionar famílias ricas ou quem sabe a
posteridade. era frequente também dar de presente de casamento quadros, e não era raro
os recém-casados terem seus retratos pintados, a noiva usava a roupa nova que ganhara
da família do marido e exibindo seu escudo marcando-a assim como posse da sua nova
família. Para comemorar mortes nas famílias, havia monumentos funerários, alguns eram
muito grandes. (165-168).

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