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Após a leitura do terceiro capítulo do livro, concluo que o autor traz uma
abordagem muito rica e imparcial sobre os princípios libertários. Embora eu não
concorde em diversas partes com a visão libertária é possível extrair grandes
conhecimentos desse capítulo sobre essa visão social e evidenciar que, em suma,
os libertários acreditam que o Estado não deve influenciar de maneira alguma nas
escolhas individuais do cidadão.
No capítulo 6, o autor começa sua abordagem sobre contrato social. Ele cita
o posicionamento de John Locke e Immanuel Kant, superficialmente, e em seguida
inicia sua explanação sobre John Rawls. Esse filósofo traz a tona à questão da
equidade e afirma que o contrato social deve ser estabelecido em um momento em
que todos se encontrem sem saber sua posição social, sem saber a que classe
social pertencem cobertos por um “véu de ignorância” para que o estabelecimento
desse contrato seja feito com justiça.
Em sua abordagem sobre contratos, o autor evidencia que nem sempre os
contratos são justos e que não são instrumentos morais autossuficientes e em
muitas vezes um lado do contrato não é beneficiado, todavia o cumpre mesmo
assim devido às obrigações morais e éticas da sociedade.
Rawls traz uma crítica contundente à meritocracia, citando que “a corrida não
é justa se os corredores partirem de posições diferentes”. Nos dias atuais, a
meritocracia é muito defendida por grande parte da sociedade, entretanto não é
levado em consideração que os indivíduos não possuem as mesmas condições de
vida e, na maioria das vezes, essa “disputa” é desleal e injusta. Rawls sugere que
para corrigir esse de desigualdade que os privilegiados utilizem de seus privilégios
para o bem da sua sociedade como um todo, e não apenas para ganhos individuais.
Rawls diz que as desigualdades são justas se elas forem parte de um sistema
que beneficie os menos favorecidos. Todavia, na visão do filósofo, ser mais bem-
sucedido ou talentoso não está ligado a méritos próprios, e sim a sorte. Nessa
perspectiva, ser bem-sucedido está ligado às qualidades às quais nossa sociedade
dá mais valor, portanto é uma questão de sorte, pois se estivesse inserido em outro
contexto histórico e social, provavelmente a habilidade em questão não teria o
mesmo valor.