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IMPERMEABILIZAÇÃO
• A umidade é uma preocupação desde o
tempo em que se habitava as cavernas. O
homem primitivo passou a se refugiar em
cavernas para proteger das chuvas,
animais, frio. Percebeu-se que a umidade
ascendia do solo e penetrava pelas
paredes, o que tornava a vida dentro
delas insalubre.
IMPERMEABILIZAÇÃO
• Esses problemas fizeram com que o
homem fosse sempre aprimorando seus
métodos construtivos e isolando a sua
habitação. A água, o calor e a abrasão
foram e serão os mais ponderáveis fatores
de desgaste e depreciação das
construções - a água em particular, dado o
seu extraordinário poder de penetração.
IMPERMEABILIZAÇÃO
• A umidade ainda é um desafio para a
construção civil e o homem procura a
cada dia combatê-la.
• Sendo assim, a impermeabilização se faz
uma das etapas mais importantes na
construção, propiciando conforto aos
usuários finais da construção, bem como
a eficiente proteção que deve ser
oferecida aos diversos elementos de uma
obra sujeitas às ações das intempéries.
A IMPORTÂNCIA DA
IMPERMEABILIZAÇÃO
• Impermeabilização na construção civil tem como objetivo
impedir a passagem indesejável de águas, fluidos e
vapores, podendo conte-los ou escoá-los para fora do local
que necessitamos proteger.
• A importância da impermeabilização, além de permitir a
habitabilidade e funcionalidade da construção civil, é
relevada no objetivo de proteger a edificação de inúmeros
problemas patológicos que poderão surgir com infiltração de
água, integrada ao oxigênio e outros componentes
agressivos da atmosfera (gases poluentes, chuva ácida,
ozônio), já que uma grande quantidade de materiais
constituintes da construção civil sofre um processo de
deterioração e degradação, quando em presença dos meios
agressivos da atmosfera.
Consequências
• Tem-se verificado com freqüência que a impermeabilização
não analisada com a devida importância por parte dos
engenheiros, construtores, arquitetos, projetistas e
impermeabilizadores, tendo como conseqüência infiltração
de água num primeiro instante, seguido de uma serie de
conseqüências patológicas como corrosão de armaduras,
eflorescência, degradação do concreto e argamassa,
empolamento e bolhas em tintas, curtos circuitos, etc., gera
altos custos de manutenção e recuperação.
Custo
• 0 custo de uma impermeabilização na
construção civil e estimado em 1% a 3% do
custo total de uma obra. No entanto, a não
funcionalidade da mesma poderá gerar custos
de reimpermeabilização da ordem de 5% a 10%
do custo da obra envolvendo quebra de pisos
cerâmicos, granitos, argamassas, etc., sem
considerar custos de conseqüências patológicas
mais importantes e outros transtornos
ocasionados, depreciação de valor patrimonial,
etc.
Ações e Consequências da Umidade
• Umidade do Solo– é a água existente no solo, aderida ao
mesmo e absorvida por suas partículas, que agem nos
materiais da construção por contato lateral ou capilaridade.
Essa água pode ser proveniente de lençol freático,
vazamento de tubulações subterrâneas e umidade natural do
solo;
• Umidade da Atmosfera – pode advir de chuvas e outras
intempéries e da condensação (formação de água no estado
líquido sobre uma superfície mais fria do que o ambiente);
• Umidade proveniente de obras vizinhas– pode ser
proveniente de desnível com o arruamento e outras obras,
da falta de drenagem superficial e da proximidade com
outras estruturas;
• Umidade proveniente da construção– pode ser advinda de
vazamentos, infiltração, falta de ventilação, falta de
insolação, capilaridade dos materiais e falhas de projeto.
O PRINCIPAL FLUÍDO ATUANTE É A ÁGUA, CUJA
SOLICITAÇÃO PODE SE DAR DE FORMAS
DISTINTAS:
Umidade de Solo
(água Capilar) Fundações
NBR 9575:2003
CLASSIFICAÇÃO DOS
SISTEMAS
• Os sistemas podem ser classificados
quanto à solicitação imposta pela água:
– água sob pressão,
– água de percolação
– umidade do solo.
Água sob pressão
• É contra a água que está confinada ou
não, exercendo pressão hidrostática
superior a 0.10m;
Água de percolação
• Contra a água que atua
sobre superfícies, não
exercendo pressão
hidrostática superior a
0.10m, ou seja, é aquela
que, obedecendo a lei
da gravidade, escorre
sobre as superfícies em
direção determinada ;
Umidade do solo
• Contra a água existente
no solo, aderida ao
mesmo e adsorvida
pelas partículas deste,
podendo agir por
contato lateral ou
subpressão capilar nos
materiais empregados
na construção.
Classificação quanto à
exigência de proteção
• Os sistemas de impermeabilizaçãot
podem ser classificados quanto à sua
exigência de proteção:
– Dispensam proteção: São aqueles em que o
próprio material impermeabilizante utilizado
em todas as camadas ou pelo menos nas
mais externas é resistente às intempéries,
podendo ser usado sem proteção mecânica
ou solar. São sistemas concebidos para
ficarem expostos, atendendo a exigências
estéticas e de leveza.
– Autoprotegidos: São sistemas pré -
fabricados cujas mantas recebem na fábrica
um revestimento refletivo (folha de alumínio,
acabamento plástico de cor clara) que
dispensa a proteção mecânica.
– Que podem ser utilizados com pintura
refletiva: São sistemas em que o material
impermeabilizante é de cor escura não
resistente ao intemperismo, exigindo
proteção solar e a proteção mecânica pode
ser dispensada.
– Que exigem proteção mecânica: São
sistemas que não dispensam a proteção
mecânica, mesmo que a cobertura seja
inacessível, uma vez que uma simples
proteção solar não seria suficiente para uma
durabilidade satisfatória.
CLASSIFICAÇÃO DOS
SISTEMAS DE
IMPERMEABILIZAÇÃO
CLASSIFICAÇÃO
• Hidrofugantes
• Rígidos
• Flexíveis
HIDROFUGANTE
• Líquido que confere à argamassa normal
a propriedade de repelir a água .Trata-se
de um mecanismo químico que impede as
gotas de ficarem pequenas o suficiente
para penetrar nos poros do concreto.
Impermeabilização rígida
• É aquela em que o componente, concreto ou
argamassa, torna-se impermeável pela inclusão de
aditivos químicos, aliado à correta granulometria dos
agregados, baixa relação água/cimento, e consequente
redução da porosidade do elemento, cuidados durante o
lançamento, entre outros.
• Este tipo de impermeabilização é especialmente
indicado para elementos não sujeitos a trincas ou
fissuras, podendo-se citar como exemplos:
– Carga estrutural estabilizada: poço de elevador, reservatório
inferior de água;
– Áreas não expostas ao sol: banheiro, cozinha, área de serviço;
– Condições de temperatura constante: subsolos, pequenos
terraços, varandas.
RÍGIDOS
• Concreto impermeável
– Com aditivos “impermeabilizantes”
– Sem aditivos
• Argamassa Impermeável
– Argamassa com hidrofugantes
– Argamassas poliméricas (aditivadas com polímeros)
• Cimentos poliméricos e cristalizantes
– Cimentos impermeabilizantes e polímeros
– Cimentos impermeabilizantes e líquidos seladores
– Bloqueadores hidráulicos
Rígidos
Cimentos Argamassas
cristalizantes poliméricas
Manta
asfáltica
(4 mm,
com
maçarico)
Execução - projeto
• O engenheiro ou construtor deve exigir o projeto
de impermeabilização, antes do inicio da obra.
Contudo, em obras já iniciadas, onde não há
este projeto, deve-se providenciar sua feitura o
quanto antes, procedendo-se às adaptações
necessárias nos demais projetos.
• Durante a obra, deve-se seguir os roteiros das
normas de execução e fiscalização, tomando
como base às normas de projeto. Nenhum
elemento estrutural deve ser concretado antes
de checar sua interferência e compatibilização
com os serviços de impermeabilização.
Materiais - Recebimento
• Ao receber o material na obra, o engenheiro
deve seguir os seguintes procedimentos:
• As condições gerais do material devem ser
inspecionadas, tais como: tipo, condições da
embalagem e do produto. Se este se
apresentar dentro das condições de projeto,
autorizar a entrega, identificando o lote,
retirando amostras e providenciando ensaios
de qualidade;
Materiais - Ensaios
• Devem ser realizados os ensaios de controle de
homogeneidade do material, sendo que aquele
que não atender os parâmetros de projeto deve
ter o lote rejeitado;
• Se o produto apresentar um documento técnico
de qualificação e um histórico favorável, pode-
se autorizar a sua utilização sem a realização
de ensaios, mantendo-se uma amostra
devidamente identificada e guardada em local
adequado por, pelo menos, 30 dias após a
utilização daquele lote;
Execução
• Fiscalizar a execução da
impermeabilização, conforme norma de
execução, e realizar teste de
estanqueidade para recebimento do
serviço;
• Acompanhar a execução da proteção e
dos serviços complementares.
Cuidados necessários
• a) Limpeza – retirar e eliminar restos soltos,
manchas, incrustações, lavando-se
energicamente (o uso de solução de ácido
muriático é possível, entretanto não é
recomendável);
• b) Tubulações- verificar se todos os embutidos
(tubulações e caixas) já foram assentados e se
estão no nível da regularização ou,
preferencialmente, 1 cm abaixo;
• c) Retoques – nichos e falhas devem ser
corrigidos e partes não aderidas ou trincadas
devem ser refeitas;
• d) Regularização – aplicar uma argamassa de 2 cm
de espessura no traço 1:3 de cimento e areia
média, desempenada a feltro, com os cantos
arredondados e de preferência seguindo a
declividade de 0,5 a 2%, entre montante e jusante.
Esta inclinação é considerada a ideal, pois ela não
permite o empoçamento da água, podendo ser
obtida na própria concretagem (ideal em coberturas
planas), ou através de argamassas rígidas. Quanto
maior for a inclinação, maior será a velocidade de
escoamento da água. Conseqüentemente, menor
será a possibilidade de infiltrações.
• e)Coletores – as bolsas dos ralos devem ficar 1
cm acima do nível da regularização e vedados
com mastique elástico;
• f) Secagem – é importante deixar secar bem o
substrato antes de iniciar qualquer camada
impermeável;
• g) Enchimento em Lajes de cobertura – são
constituídos de materiais leves, porosos, com
células intercomunicáveis, absorventes de água.
Estes enchimentos devem ser construídos sobre
uma barreira de vapor, para evitar a formação
de bolhas na impermeabilização.
• Durante a execução da impermeabilização
deve ser vedado o trânsito de pessoal,
material e equipamentos que não forem
os utilizados no processo de
impermeabilização. Não se deve pisar
sobre as camadas até a secagem
completa das mesmas e, quando secas,
deve-se evitar o trânsito durante as horas
de sol quente.
Imprimação Asfáltica
• A imprimação asfáltica é o elemento de ligação
entre o substrato e as mantas préfabricadas de
asfalto, sendo composto por asfalto oxidado
(pelas suas características adesivas) diluído em
solventes orgânicos. É aplicada com rolo de lã
de carneiro ou trincha, em temperatura
ambiente entre 10 e 50ºC, após a regularização
da superfície. Manter o ambiente ventilado
durante a aplicação e o tempo de secagem
varia de 3 a 6 horas, dependendo das
condições ambientais.
Execução - Mantas
• Este tipo de impermeabilização segue os seguintes
passos:
• 1. Abrir o rolo totalmente para o alinhamento e, em
seguida, rebobinar.
• 2. Queimar com o maçarico o polietileno protetor de alta
densidade e também a tinta de imprimação para
promover uma perfeita aderência. Recomenda-se que a
manta seja totalmente aderida, para evitar futuros
problemas. Se a manta for soldada somente nas juntas
(manta flutuante) e tiver qualquer vazamento, é muito
difícil achar este ponto exatamente, pois a água pode
correr entre o concreto e a argamassa de regularização
aparecendo o vazamento em outro ponto
completamente diferente ao da infiltração na manta.
• 3. A manta deve ser colocada no sentido
contrário ao caimento do piso, começando
da parte mais baixa para a mais alta até
cobrir toda a área, inclusive a platibanda,
se for necessário.
• 4. Entre uma manta e outra deverá ter
uma sobreposição de no mínimo 10 cm .
Completar a aplicação até cobrir com a
manta toda a área a impermeabilizar.
• Depois de coberta toda a superfície, deve-
se fazer o arremate de todas as juntas
aquecendo com o maçarico e passando
uma colher de pedreiro . As juntas devem
ser pintadas com tinta alumínio de base
asfáltica para proteção do asfalto dos
raios ultravioleta, dando um acabamento
perfeito.
IMPERMEABILIZAÇÃO - MANTA ASFÁLTICA
PRÉ-TRATAMENTO DOS RALOS
Ralos, tubulações e outros detalhes existentes
deverão ser perfeitamente vedados
Teste de Estanqueidade
• Após o término da impermeabilização, iniciar os
seguintes testes:
– Proceder na horizontal teste de lâmina da água de 72
horas, em etapas para observar eventuais falhas no
sistema. Após conclusão dos testes na horizontal,
realizar na vertical, se possível, teste para verificação
da aderência da impermeabilização no substrato
(jatear água com equipamento de pressão);
– A aderência do material à regularização evita a
percolação da água sob a manta, facilitando, em
caso de infiltração, uma eventual localização e
reparo.