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Microsoft Word 2007

Caderno de Exercícios de Aplicação

O presente Caderno de Exercícios de Aplicação – Microsoft Word 2007 foi elaborado por
Alexandre Figueiredo para servir de material de apoio e consulta aos formandos e utilizadores
de Microsoft Word 2007 em geral. É permitido o seu uso, distribuição gratuita e referência,
desde que devidamente indicada a fonte. Não é permitido, todavia, o seu uso para fins
comerciais, ou para quaisquer outros não expressamente aqui indicados.

Alexandre Figueiredo
Julho de 2009
Índice

Exercício 1 .................................................................................................................... 3
Exercício 2 .................................................................................................................... 6
Exercício 3 .................................................................................................................... 9
Exercício 4 .................................................................................................................. 11
Exercício 5 .................................................................................................................. 16
Exercício 6 .................................................................................................................. 45
Exercício 7 .................................................................................................................. 49
Exercício 8 .................................................................................................................. 53
Exercício 9 .................................................................................................................. 58
Exercício 10 ................................................................................................................ 61
Exercício 1

1. Abra o Microsoft Word e digite o texto seguinte:

As Europeias 2009
Da análise às eleições do passado Domingo, e pese embora no contexto europeu se ter
mantido, no essencial, a maioria parlamentar do PPE (que reúne os partidos de direita), na
realidade nacional parecem emergir algumas tendências merecedoras de breve reflexão.
Desde logo, uma primeira decorre do desinteresse generalizado dos cidadãos quanto ao
projecto europeu. Na verdade, a abstenção verificada em Portugal, embora sem atingir os
máximos de 1994, cifrou-se, ainda assim, entre os valores mais elevados registados neste tipo
de processo eleitoral. Perante tais dados duas conclusões sobressaem: ou os cidadãos não se
revêem nos seus representantes ou, de todo, não querem, não estão sensibilizados, ou a
construção europeia não os motiva. Independentemente das causas para tamanho
desinteresse, a sua ocorrência deveria exigir a convocação e mobilização dos agentes políticos
para o combate ao fenómeno. Ainda que largamente imperfeita e com evidentes vícios, União
Europeia faz falta. Não apenas a nós, mas à generalidade dos europeus.
Uma segunda conclusão parece evidente: o partido do governo foi duramente castigado pelos
resultados da vontade dos portugueses, traduzindo o descontentamento e consequente
punição popular pela acção governativa, perdendo percentualmente e em número de
mandatos, uma descida que representa a erosão de quase metade da confiança expressa há
cinco anos.
Um terceiro juízo é possível extrair dos resultados do acto eleitoral de 07 de Junho. Os partidos
do bloco central (PS e PSD), contabilizaram por junto, bem menos de dois terços do total de
votos, o que poderá indiciar algum desgaste das respectivas propostas políticas.
Beneficiando da desconfiança dos eleitores face aos projectos dos partidos habitualmente
conotados com a governação, assinala-se o crescimento dos partidos marginais (CDU e BE, à
esquerda e PP à direita) que reforçaram os seus eleitorados, com particular destaque no caso
do BE que, alcançou, em comparação com 2004, uma ascensão importante, mantendo, CDU e
PP votações idênticas.
Uma última nota para as empresas de sondagens que, durante a campanha foram avançando
estudos que vieram a divergir dos resultados das projecções e dos apurados no dia das
eleições. Não cabe neste pequeno comentário a análise ou reflexão a tais desvios. Sendo,
todavia, alguns destes casos recorrentes e conhecendo-se, tanto a possibilidade de
manipulação destas investigações, quanto os efeitos de condicionamento dos eleitorados
decorrentes destas práticas de enviesamento deliberado, conviria, a bem da democracia, que a
acção destas empresas pudesse ser alvo de rigoroso escrutínio.

2. Guarde o documento na pasta exercícios_word com o nome texto_exercício 1.

3. Formate o primeiro parágrafo:


Tipo de Letra: arial
Tamanho do Tipo de Letra: 11
Cor do Tipo de Letra: azul escuro, texto 2, mais escuro 25%
Alinhamento do texto: esquerda

4. Formate o segundo parágrafo:


Tipo de Letra: bookman old style
Tamanho do Tipo de Letra: 12
Cor do Tipo de Letra: Verde seco, cor 3, mais escuro 25%
Alinhamento do texto: direita

5. Formate o terceiro parágrafo:


Tipo de Letra: times new roman
Tamanho do Tipo de Letra: 12
Cor do Tipo de Letra: cor-de-laranja
Alinhamento do texto: centrado

6. Formate os quarto e quinto parágrafos:


Tipo de Letra: Batang
Tamanho do Tipo de Letra: 12
Cor do Tipo de Letra: bege, fundo 2, mais escuro 75%
Alinhamento do texto: justificado

7. Formate o sexto parágrafo:


Tipo de Letra: bradley hand ITC
Tamanho do Tipo de Letra: 13
Cor do Tipo de Letra: azul marinho, cor 5, mais escuro 50%
Alinhamento do texto: justificado
Estilo do Tipo de Letra: negrito, itálico

8. Formate o título:
Tipo de Letra: arial black
Tamanho do Tipo de Letra: 14
Cor do Tipo de Letra: vermelho, cor 2
Alinhamento do texto: centrado
Efeitos: contornos, maiúsculas, sublinhado duplo

9. Compare o resultado com o apresentado na página seguinte.

10. Guarde o documento na pasta exercícios_word com o nome exercício 1.

Nota: Deve remover todos os espaçamentos adicionais entre parágrafos.


AS EUROPEIAS 2009
Da análise às eleições do passado Domingo, e pese embora no contexto europeu se
ter mantido, no essencial, a maioria parlamentar do PPE (que reúne os partidos de
direita), na realidade nacional parecem emergir algumas tendências merecedoras de
breve reflexão.
Desde logo, uma primeira decorre do desinteresse generalizado dos cidadãos
quanto ao projecto europeu. Na verdade, a abstenção verificada em Portugal,
embora sem atingir os máximos de 1994, cifrou-se, ainda assim, entre os valores
mais elevados registados neste tipo de processo eleitoral. Perante tais dados
duas conclusões sobressaem: ou os cidadãos não se revêem nos seus
representantes ou, de todo, não querem, não estão sensibilizados, ou a
construção europeia não os motiva. Independentemente das causas para
tamanho desinteresse, a sua ocorrência deveria exigir a convocação e
mobilização dos agentes políticos para o combate ao fenómeno. Ainda que
largamente imperfeita e com evidentes vícios, União Europeia faz falta. Não
apenas a nós, mas à generalidade dos europeus.
Uma segunda conclusão parece evidente: o partido do governo foi duramente castigado
pelos resultados da vontade dos portugueses, traduzindo o descontentamento e
consequente punição popular pela acção governativa, perdendo percentualmente e em
número de mandatos, uma descida que representa a erosão de quase metade da
confiança expressa há cinco anos.
Um terceiro juízo é possível extrair dos resultados do acto eleitoral de
07 de Junho. Os partidos do bloco central (PS e PSD), contabilizaram por
junto, bem menos de dois terços do total de votos, o que poderá indiciar
algum desgaste das respectivas propostas políticas.
Beneficiando da desconfiança dos eleitores face aos projectos dos
partidos habitualmente conotados com a governação, assinala-se o
crescimento dos partidos marginais (CDU e BE, à esquerda e PP à
direita) que reforçaram os seus eleitorados, com particular destaque no
caso do BE que, alcançou, em comparação com 2004, uma ascensão
importante, mantendo, CDU e PP votações idênticas.
Uma última nota para as empresas de sondagens que, durante a campanha
foram avançando estudos que vieram a divergir dos resultados das projecções e
dos apurados no dia das eleições. Não cabe neste pequeno comentário a análise
ou reflexão a tais desvios. Sendo, todavia, alguns destes casos recorrentes e
conhecendo-se, tanto a possibilidade de manipulação destas investigações,
quanto os efeitos de condicionamento dos eleitorados decorrentes destas
práticas de enviesamento deliberado, conviria, a bem da democracia, que a
acção destas empresas pudesse ser alvo de rigoroso escrutínio.
Exercício 2

1. Abra o documento que se encontra na pasta exercícios_word com o nome


texto_exercício 1.

2. Configure as margens do documento com as seguintes medidas:


Esquerda: 2,5 cm.
Direita: 2,5 cm.
Superior: 3 cm.
Inferior: 3 cm.
Cabeçalho: 1,5 cm.
Rodapé: 1,8 cm.

3. Formate o texto:
Tipo de Letra: arial
Tamanho do Tipo de Letra: 10,5
Cor do Tipo de Letra: azul, cor 1, mais escuro 25%
Alinhamento do texto: justificado
Estilo do Tipo de Letra: normal
Efeitos do Tipo de Letra: sublinhado só palavras (só no primeiro parágrafo, com a cor azul,
texto 2, mais escuro 50%)
Espaçamento Entre Linhas: 1,15
Espaçamento Antes do Parágrafo: 6 pto
Avanço: esquerda – 1cm.; direita – 1cm.
Avanço Especial: primeira linha – 1 cm.
Sombreado: aplique aos terceiro e quarto parágrafos um sombreado de cor azul escuro,
texto 2, mais claro 80%.

4. Formate o título:
Tipo de Letra: arial
Tamanho do Tipo de Letra: 16
Cor do Tipo de Letra: azul, cor 1, mais escuro 25%
Alinhamento do texto: centrado
Efeitos: maiúsculas, sombreado
Limites e Sombreado: aplique um limite (como o apresentado na página seguinte) com a
cor azul, texto 2 e um sombreado de cor azul escuro, texto 2, mais claro 80%.

5. Formate o Cabeçalho
Texto: “Opinião”
Tipo de Letra: calibri
Tamanho do Tipo de Letra: 12
Estilo do Tipo de Letra: negrito
Cor do Tipo de Letra: azul, cor 1, mais escuro 25%
Alinhamento do texto: centrado
Limite do Cabeçalho: ver página seguinte com a cor azul, texto 2
Numero de Página: margens da página, preenchimento colorido, contorno branco, cor 1

6. Formate o Rodapé
Texto: (nome(s) do(s) autor(es))
Tipo de Letra: calibri
Tamanho do Tipo de Letra: 12
Estilo do Tipo de Letra: itálico
Cor do Tipo de Letra: azul, cor 1, mais escuro 25%
Alinhamento do texto: direita
Limite do Rodapé: ver página seguinte com a cor azul, texto 2

7. Insira, relativamente ao título, uma Nota de Rodapé com as seguintes formatações:


Texto: Este texto resulta de uma reflexão aos resultados das eleições para o Parlamento
Europeu de 07 de Junho de 2009.
Tipo de Letra: arial
Tamanho do Tipo de Letra: 9
Estilo do Tipo de Letra: itálico
Cor do Tipo de Letra: azul, cor 1, mais escuro 25%
Alinhamento do texto: justificado

8. Guarde o documento:
Na pasta exercícios_word com o nome exercício 2.
Na pasta exercícios_word\word_2003 com o mesmo nome.
Na pasta exercícios_word\word_2003 com o nome exercício 2, mas com o tipo
Documento do Microsoft Word 97-2003.
Na pasta exercícios_word\exercicios_internet com o nome exercício 2, mas com o tipo
Página Web.
Opinião

AS E U R O P E I AS 2 0 0 9 1
Da análise às eleições do passado Domingo, e pese embora no
contexto europeu se ter mantido, no essencial, a maioria parlamentar do PPE
(que reúne os partidos de direita), na realidade nacional parecem emergir
algumas tendências merecedoras de breve reflexão.
Desde logo, uma primeira decorre do desinteresse generalizado dos
cidadãos quanto ao projecto europeu. Na verdade, a abstenção verificada em
Portugal, embora sem atingir os máximos de 1994, cifrou-se, ainda assim,
entre os valores mais elevados registados neste tipo de processo eleitoral.
Perante tais dados duas conclusões sobressaem: ou os cidadãos não se 8
revêem nos seus representantes ou, de todo, não querem, não estão
sensibilizados, ou a construção europeia não os motiva. Independentemente
das causas para tamanho desinteresse, a sua ocorrência deveria exigir a
convocação e mobilização dos agentes políticos para o combate ao fenómeno.
Ainda que largamente imperfeita e com evidentes vícios, União Europeia faz
falta. Não apenas a nós, mas à generalidade dos europeus.
Uma segunda conclusão parece evidente: o partido do governo foi
duramente castigado pelos resultados da vontade dos portugueses, traduzindo
o descontentamento e consequente punição popular pela acção governativa,
perdendo percentualmente e em número de mandatos, uma descida que
representa a erosão de quase metade da confiança expressa há cinco anos.
Um terceiro juízo é possível extrair dos resultados do acto eleitoral de 07
de Junho. Os partidos do bloco central (PS e PSD), contabilizaram por junto,
bem menos de dois terços do total de votos, o que poderá indiciar algum
desgaste das respectivas propostas políticas.
Beneficiando da desconfiança dos eleitores face aos projectos dos
partidos habitualmente conotados com a governação, assinala-se o
crescimento dos partidos marginais (CDU e BE, à esquerda e PP à direita) que
reforçaram os seus eleitorados, com particular destaque no caso do BE que,
alcançou, em comparação com 2004, uma ascensão importante, mantendo,
CDU e PP votações idênticas.
Uma última nota para as empresas de sondagens que, durante a
campanha foram avançando estudos que vieram a divergir dos resultados das
projecções e dos apurados no dia das eleições. Não cabe neste pequeno
comentário a análise ou reflexão a tais desvios. Sendo, todavia, alguns destes
casos recorrentes e conhecendo-se, tanto a possibilidade de manipulação
destas investigações, quanto os efeitos de condicionamento dos eleitorados
decorrentes destas práticas de enviesamento deliberado, conviria, a bem da
democracia, que a acção destas empresas pudesse ser alvo de rigoroso
escrutínio.

1
Este texto resulta de uma reflexão aos resultados das eleições para o Parlamento Europeu de 07 de
Junho de 2009.

Alexandre Figueiredo
Exercício 3

1. Abra o Microsoft Word e digite o texto seguinte:

O que eu mais gostava de fazer era de dar uma volta ao . Porém não tenho €
para tal. Além do mais, não gosto de viajar de  nem de  e muito menos de
.
Por isso, para passear, terei de usar o meu . Não é nenhuma , não anda
que nem um , mas é confortável como uma . Apesar de não exigir muita 
leva-me de  para a  nos dias de trabalho ou para a  aos fins-de-semana.
Nos meus tempos livres, quando está  gosto de fazer , praticar  ou .
Também gosto de fazer  ou  música. E, claro, tem sempre de existir 
para , especialmente quando o tempo está  e a temperatura .

2. Formate o texto anterior com o tipo de letra Matura MT Script Capitals, tamanho 16,
cor laranja, com um efeito Alto Relevo, alinhamento justificado.

3. Insira um limite de página conforme o apresentado na página seguinte.

4. Insira um Wordart (estilo 13), com o texto “Texto com Símbolos”, utilizando o tipo de
letra Bradley Hand ITC, tamanho 60, negrito. Aplique uma sombra ao Wordart (estilo
2) de cor amarela.

5. Insira as formas automáticas: Sorriso, Sol, Chamada em Forma de Nuvem e quaisquer


outras a seu gosto.

6. Guarde o Documento com o nome Texto com Símbolos na pasta exercícios_word.

7. Efectue alterações ao documento a seu gosto, nomeadamente: fazendo experiências


com os preenchimentos das formas automáticas (gradientes, texturas, padrões,
imagem). Insira sombras e efeitos tridimensionais. Aplique formatações a seu gosto.

8. Seleccione todos os objectos do tipo Formas Automáticas e agrupe-os.

9. Volte a Guardar o Documento com o nome Texto com Símbolos_final na pasta


exercícios_word.
OO qquuee eeuu m maaiiss ggoossttaavvaa ddee ffaazzeerr eerraa ddee ddaarr uummaa vvoollttaa aaoo 
..
PPoorréém m nnããoo tteennhhoo €€ ppaarraa ttaall.. A Alléém m ddoo m maaiiss,, nnããoo ggoossttoo ddee
vviiaajjaarr ddee 
 nneemm ddee  ee m muuiittoo mmeennooss ddee  ..
PPoorr iissssoo,, ppaarraa ppaasssseeaarr,, tteerreeii ddee uussaarr oo m meeuu  .. N Nããoo éé
maa 
nneennhhuum ,, nnããoo aannddaa qquuee nneem m uum m ,, m maass éé ccoonnffoorrttáávveell ccoom
moo
uummaa  .. A
Appeessaarr ddee nnããoo eexxiiggiirr m muuiittaa  mee ddee 
 lleevvaa--m  ppaarraa aa
 nnooss ddiiaass ddee ttrraabbaallhhoo oouu ppaarraa aa   aaooss ffiinnss--ddee--sseem
maannaa..
NNooss m mppooss lliivvrreess,, qquuaannddoo eessttáá 
meeuuss tteem  ggoossttoo ddee ffaazzeerr ,,
pprraattiiccaarr  oouu  .. T Taam mbbéém m ggoossttoo ddee ffaazzeerr 
 oouu  m múússiiccaa..
EE,, ccllaarroo,, tteem
m sseem  ppaarraa 
mpprree ddee eexxiissttiirr  ,, eessppeecciiaallm
meennttee
qquuaannddoo oo tteemmppoo eessttáá 
 ee aa tteemmppeerraattuurraa 
..

Que aborrecimento estar a


chover….

Não tenho nada para fazer….


Exercício 4

1. Abra o Microsoft Word e digite o texto seguinte:

Crónica de Eça de Queiroz


“Janeiro 1872.
Não queremos privar os nossos amigos da história de um concurso, cintilante de
jovialidade, que estala de riso por todos os poros, espuma paradoxalmente de pilhéria.
Havia um lugar de cirurgião do banco no Hospital de S. José. O concurso era documental.
Dois médicos aparecem, concorrendo. Um o Sr. Boaventura Martins, apresenta como
documentos os certificados de onze cadeiras do curso médico, tendo dez aprovações
plenas com louvor, e seis diplomas de prémios. O outro concorrente não tem nos seus
documentos nem louvor, nem prémio; e tem apenas um R. A administração do hospital
classificou o Sr. Boaventura em primeiro lugar, como lhe impunha a lógica e a força
inatacável dos documentos. O Governo também o considerou digno dessa classificação.
Somente sucedia que o ministro não queria despachar o Sr. Boaventura e ansiava por
despachar o cavalheiro do R. Mas (supremo embaraço!) os documentos, os louvores, os
prémios, tinham uma evidência iniludível. "Que fazer?" como se diz nas óperas cómicas. O
Governo ruminou nas profundas do seu peito, e tirou dele esta sentença: "O Sr.
Boaventura não pode ser despachado por não ter sido recenseado". Surpresa!
Assombro!...
Eis o que sucedera:
A lei diz: - "Não pode exercer lugar público o indivíduo que não tenha sido recenseado...".
Ora acontecera que o Sr. Boaventura não fora recenseado em tempo competente por
descuido da câmara. Quando reconheceu esta omissão, requereu precipitadamente à
câmara para ser incluído no recenseamento. A câmara respondeu com bom senso que,
tendo passado os 21 anos da lei, o Sr. Boaventura não devia ser recenseado, e que seria
inútil que o fosse, porque o contingente do seu ano estava plenamente preenchido.
O Sr. Boaventura juntou aos seus papéis este atestado da câmara. Pois foi justamente
fundado nele que o Governo o excluiu do lugar! Não podendo negar-lhe a superioridade
de classificação - negou-lhe a validade do concurso!
De sorte que, tacitamente, o Governo confessa:
Que dez louvores e seis prémios num curso habilitam, com superior razão, o Sr.
Boaventura a exercer o lugar de médico do banco do hospital: somente que de nada lhe
valem louvores e prémios, porque a câmara municipal se esqueceu de o recensear!
Debalde a câmara exclama pela voz dos seus documentos: "Não, por causa de mim, não!
esse cavalheiro requereu para ser recenseado! somente é agora inútil que o seja porque o
seu contingente está preenchido!"
O Governo insiste: - "Não! desde o momento em que a câmara se esqueceu de o
recensear, esse médico pode ser um hábil carpinteiro, um fino miniaturista, mas é-lhe
vedada a clínica! E imediatamente se aproveita desta interdição do Sr. Boaventura - para
despachar um cavalheiro protegido e querido!
Portanto, o que se colige é que o concurso não tinha esta interrogativa racional: - "qual é o
melhor médico?" Tinha esta estranha interrogativa: - "qual é o mais bem recenseado?"
O mais bem recenseado seria o mais apto, segundo o Governo, para curar, operar, tratar
doentes.
Logo o recenseamento substitui o curso. Ora ninguém negará que qualquer soldado do 5
ou do 18 está mais bem recenseado, e prova melhor a eficácia do seu recenseamento, do
que o sábio professor Tomás de Carvalho. Portanto quem, segundo a doutrina do Governo,
deveria reger a cadeira de anatomia, seria um soldado do 18 com a autoridade da sua
fardeta suja, e não o Sr. Tomás de Carvalho com a autoridade do seu largo saber.
Tal é a história jovial e imunda deste concurso!”

1. Configure as margens do documento com as seguintes medidas:


Esquerda: 2,5 cm.
Direita: 2,5 cm.
Superior: 2,5 cm.
Inferior: 2,5 cm.
Cabeçalho: 1,5 cm.
Rodapé: 1,8 cm.
Orientação: horizontal

2. Formate o texto:
Tipo de Letra: garamond
Tamanho do Tipo de Letra: 13
Cor do Tipo de Letra: bege, fundo 2, mais escuro 50%
Alinhamento do texto: justificado
Estilo do Tipo de Letra: normal
Espaçamento Entre Linhas: 1 linha
Avanço: Esquerda – 0,63 cm.
Colunas: 3 de larguras diferentes. A primeira e terceira colunas deverão apresentar uma
largura de 6 cm. A segunda coluna deverá medir 11,5 cm. Deverá existir um espaçamento
de 0,6 cm. entre as colunas.
Capitulares: aplique a todos os parágrafos uma capitular do tipo capitulado, duas linhas,
tipo de letra papyrus.

3. Altere a posição do texto “Janeiro 1872” para o final do documento. Adicione


“Lisboa, “. Formate o texto “Lisboa, Janeiro 1872” com o estilo Itálico.

4. Formate o Cabeçalho
Texto: Uma Campanha Alegre (páginas ímpares); Eça de Queiroz (páginas pares)
Tipo de Letra: papyrus
Tamanho do Tipo de Letra: 14
Estilo do Tipo de Letra: normal
Cor do Tipo de Letra: bege, fundo 2, mais escuro 50%
Alinhamento do texto: direita (páginas ímpares); esquerda (páginas pares)
Limite do Cabeçalho: linha simples, ½pto., bege, fundo 2, mais escuro 50%
5. Formate o Rodapé
Número de Página: do tipo página X de Y
Tipo de Letra: calibri
Tamanho do Tipo de Letra: 9
Estilo do Tipo de Letra: itálico
Cor do Tipo de Letra: bege, fundo 2, mais escuro 50%
Alinhamento do texto: direita
Limite do Rodapé: bege, fundo 2, mais escuro 50%

6. Formate o título:
Tipo de Letra: papyrus
Tamanho do Tipo de Letra: 28
Cor do Tipo de Letra: bege, fundo 2, mais escuro 75%
Efeitos: maiúsculas pequenas, contornos, sombreado
Espaçamento entre caracteres: expandido, 2 pto.
Alinhamento do texto: centrado
Limites e Sombreado: aplique um sombreado de cor beje, fundo 2, mais escuro 10%.

7. A partir da Internet, pesquise e insira na primeira página, no lugar da coluna central


uma imagem de Eça de Queiroz:
Tamanho: 11cm de largura, 12,5cm de altura
Linha: estilo: triplo; Cor da linha: bege, fundo 2, mais escuro 50%; Espessura da linha: 8
pto.; Aplicar os Efeitos na linha (tipo de remate: redondo; tipo de união: bisel)

8. Insira, relativamente ao texto “Lisboa, Janeiro 1872” uma Nota de Fim com as
seguintes formatações:
Texto: QUEIROZ, Eça; Uma Campanha Alegre, Lisboa, Livros do Brasil, s/D., pp.273-275.
Tipo de Letra: papyrus
Tamanho do Tipo de Letra: 10
Estilo do Tipo de Letra: regular. O título da obra deverá ser colocado em itálico.
Cor do Tipo de Letra: beje, fundo 2, mais escuro 50%
Alinhamento do texto: justificado

9. Insira, no título, relativamente ao nome Eça de Queiroz, uma Hiperligação para o


seguinte endereço na Internet: http://pt.wikipedia.org/wiki/E%C3%A7a_de_Queir%C3%B3s
sem todavia perder a formatação existente.

10. Guarde o documento com o nome: uma campanha alegre, na pasta exercícios_word.

11. Guarde o documento com o nome: uma campanha alegre, na pasta exercícios_word,
mas com o tipo, texto simples.

Nota: pode ser necessário, para que o documento fique conforme o apresentado introduzir duas quebras de
coluna: “….classificação” (5.º parágrafo); “….18 está mais” (12.º parágrafo).
Eça de Queiroz

C RÓNICA DE E ÇA DE Q UEIROZ

Nãonossos
queremos privar os
amigos da
impunha a lógica e a força
inatacável dos documentos. O
história de um concurso, Governo também o
cintilante de jovialidade, que considerou digno dessa
estala de riso por todos os classificação. Somente sucedia
poros, espuma que o ministro não queria
paradoxalmente de pilhéria. despachar o Sr. Boaventura e
H avia um lugar de
cirurgião do banco no
ansiava por despachar o
cavalheiro do R. Mas
Hospital de S. José. O (supremo embaraço!) os
concurso era documental. documentos, os louvores, os
Dois médicos aparecem, prémios, tinham uma
concorrendo. Um o Sr. evidência iniludível. "Que
Boaventura Martins, fazer?" como se diz nas
apresenta como documentos óperas cómicas. O Governo
os certificados de onze ruminou nas profundas do
cadeiras do curso médico, seu peito, e tirou dele esta
tendo dez aprovações plenas sentença: "O Sr. Boaventura
com louvor, e seis diplomas não pode ser despachado por
de prémios. O outro não ter sido recenseado".
concorrente não tem nos seus Surpresa! Assombro!...
documentos nem louvor, nem
prémio; e tem apenas um R. E is o que sucedera:
lei diz: - "Não pode
A administração do hospital
classificou o Sr. Boaventura
em primeiro lugar, como lhe
A exercer lugar público o
indivíduo que não
tenha sido recenseado...". Ora

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Eça de Queiroz

acontecera que o Sr. - negou-lhe a validade do concurso! bem recenseado, e prova


Boaventura
recenseado
não
em
fora
tempo D e sorte que, tacitamente, o Governo confessa:
ue dez louvores e seis prémios num curso habilitam,
melhor a eficácia do seu
recenseamento, do que o
competente por descuido da
câmara. Quando reconheceu Q com superior razão, o Sr. Boaventura a exercer o lugar
de médico do banco do hospital: somente que de nada
sábio professor Tomás de
Carvalho. Portanto quem,
esta omissão, requereu lhe valem louvores e prémios, porque a câmara segundo a doutrina do
precipitadamente à câmara municipal se esqueceu de o recensear! Governo, deveria reger a
para ser incluído
recenseamento. A câmara
no
D ebalde a câmara exclama pela voz dos seus documentos:
"Não, por causa de mim, não! esse cavalheiro requereu
cadeira de anatomia, seria um
soldado do 18 com a
respondeu com bom senso para ser recenseado! somente é agora inútil que o seja porque autoridade da sua fardeta suja,
que, tendo passado os 21 o seu contingente está preenchido!" e não o Sr. Tomás de
anos da lei, o Sr. Boaventura
não devia ser recenseado, e O Governo insiste: - "Não! desde o momento em que a
câmara se esqueceu de o recensear, esse médico pode
Carvalho com a autoridade do
seu largo saber.
que seria inútil que o fosse,
porque o contingente do seu
ser um hábil carpinteiro, um fino miniaturista, mas é-lhe
vedada a clínica! E imediatamente se aproveita desta T al é a história jovial e
imunda deste concurso!
ano estava plenamente interdição do Sr. Boaventura - para despachar um cavalheiro
preenchido. protegido e querido!
Lisboa, Janeiro 1872. i
O Sr. Boaventura juntou
aos seus papéis este P ortanto, o que se colige é que o concurso não tinha esta
interrogativa racional: - "qual é o melhor médico?" Tinha i
QUEIROZ, Eça; Uma Campanha
atestado da câmara. Pois foi esta estranha interrogativa: - "qual é o mais bem
Alegre, Lisboa, Livros do Brasil, s/D.,
justamente fundado nele que recenseado?"
pp.273-275.
o Governo o excluiu do lugar!
Não podendo negar-lhe a O mais bem recenseado seria o mais apto, segundo o
Governo, para curar, operar, tratar doentes.
superioridade de classificação
L ogo o recenseamento substitui o curso. Ora ninguém
negará que qualquer soldado do 5 ou do 18 está mais

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Exercício 5

1. A partir do blogue Currupto (www.currupto.blogspot.com), copie e cole (usando as opções


de colagem que considerar apropriadas) os seguintes textos:
a. O Mito do TGV
b. Texto publicado ao longo de 4 números do Jornal "O Riachense"
c. Brincalhões
d. Heresia Científica
e. Portugal dos Pequenitos…
f. Anti-anti
g. Cattle
h. Voluntariado

2. Configure as margens do documento com as seguintes medidas:


Esquerda: 3 cm.
Direita: 3 cm.
Superior: 3 cm.
Inferior: 3 cm.
Cabeçalho: 2 cm.
Rodapé: 2 cm.
Orientação: vertical
Quebras: insira uma quebra de secção (página seguinte) entre cada um dos textos

3. Aplique a cada um dos textos a seguinte formatação:


Tipo de Letra: arial
Tamanho do Tipo de Letra: 11
Cor do Tipo de Letra: preto
Alinhamento do texto: justificado
Estilo do Tipo de Letra: normal
Espaçamento Entre Linhas: 1,15 linhas
Espaçamento Antes: 6 pto.
Espaçamento Depois: 6 pto.
Avanço da Primeira Linha: 1,5 cm.
Contar Linhas: coloque numeração das linhas de 10 em 10 linhas, em cada um dos textos,
reiniciando a contagem a cada novo texto, isto é, a cada nova secção.

4. Formate os títulos:
Título 1, do tema Office – para os títulos principais
Título 2, do tema Office – para os subtítulos (títulos secundários)
Altere o tipo de letra em ambos os estilos para Arial e a cor para Preto, mantendo as restantes
formatações.
5. Formate o Cabeçalho
Texto: Currupto (páginas pares); Autor(es) do exercício (páginas ímpares)
Tipo de Letra: arial
Tamanho do Tipo de Letra: 10
Estilo do Tipo de Letra: itálico
Cor do Tipo de Letra: branco, fundo 1, mais escuro 25%
Alinhamento do texto: direita (páginas ímpares); esquerda (páginas pares)
Limite do Cabeçalho: linha simples, ½pto., branco, fundo 1, mais escuro 25%

6. Formate o Rodapé
Número de Página: do tipo página X de Y
Tipo de Letra: arial
Tamanho do Tipo de Letra: 9
Estilo do Tipo de Letra: negrito
Cor do Tipo de Letra: branco, fundo 1, mais escuro 25%
Alinhamento do texto: direita (páginas ímpares) esquerda (páginas pares)
Limite do Rodapé: branco, fundo 1, mais escuro 25%

7. Marca de Água:
Texto: www.currupto.blogspot.com
Tipo de Letra: arial
Cor do Tipo de Letra: branco, fundo 1, mais escuro 25%

8. Marcas:
Relativamente ao texto “O Mito do TGV”, no final encontram-se várias referências. Formate-as:
Tipo de Letra: arial, 9, normal
Marcas: uma a seu gosto

9. A partir da Internet, pesquise e insira em cada uma das páginas, imagens (uma ou várias)
referentes ao tema do texto, tendo o cuidado de inserir tantas imagens e de formatar os
respectivos tamanhos de molde a não deixar nas folhas espaços em branco. Pode usar
molduras/contornos nas imagens. Pode (e deve!) explorar as diferentes formas de
alinhamento das imagens, bem como as opções de texto em contorno e, igualmente, as
opções de preenchimento das imagens (luminosidade, contraste, recortar, etc.).

10. Insira, relativamente a cada um dos títulos dos textos uma nota de rodapé com a
respectiva indicação do link Internet onde o mesmo se encontra disponível:
Tipo de Letra: arial
Tamanho do Tipo de Letra: 9
Estilo do Tipo de Letra: regular
Cor do Tipo de Letra: branco, fundo 1, mais escuro 25%
Alinhamento do texto: justificado

11. Insira, na primeira página, um Índice Automático no documento.

12. Guarde o documento com o nome: currupto, na pasta exercícios_word.


Currupto

Índice

Índice .......................................................................................................................... 18
O Mito do TGV ............................................................................................................ 19
Texto publicado ao longo de 4 números do Jornal "O Riachense" .............................. 28
Vamos a votos ........................................................................................................ 28
A Europa é lá longe e não nos diz nada .................................................................. 29
A Europa quer falar connosco! ................................................................................ 30
Votar nas eleições europeias é do nosso interesse ................................................. 32
Brincalhões ................................................................................................................. 34
Heresia Científica ....................................................................................................... 35
Portugal dos Pequenitos… ......................................................................................... 38
Anti-anti ...................................................................................................................... 40
Cattle .......................................................................................................................... 42
Voluntariado................................................................................................................ 44

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Currupto

O Mito do TGV2
(a publicar nos próximos números do Jornal "o riachense")
Ao longo dos últimos meses, o espaço da discussão política tem-se centrado,
em larga medida, no debate em torno da necessidade e/ou oportunidade do projecto
da alta velocidade ferroviária em Portugal, leia-se, TGV. Este exercício de nihilista
sofística levado ao extremo pelos principais rostos dos partidos políticos com
representação parlamentar e, repetido posteriormente, até à náusea, pelos arautos da
comunicação social que, escudados na pretensa objectividade jornalística, têm feito
campanha ora num ora noutro sentido, conforme a orientação e linha editorial do
10 órgão, bem como dos interesses ocultos que servem, em nada tem contribuído para o
debate sério e esclarecedor que se impõe face a tão importante temática.
Não cabe neste pequeno texto uma reflexão acerca do papel dos media na
manipulação da opinião pública, nem tampouco nos permitiremos a ousadia de maçar
o leitor com súmulas de estudos técnicos, ou análises de viabilidade económica do
projecto de alta velocidade e outros que tais. Existem imensos e estão disponíveis
para consulta na Internet. No final deixaremos algumas sugestões de leitura de
documentos online para todos quantos tiverem interesse em ir um pouco mais longe e
poder, ao contrário da maioria, discutir o assunto com base em alguma informação e
reflexão próprias e não pela mera repetição dos argumentos de terceiros, não raras
20 vezes, também eles insuficientemente conhecedores da matéria que discutem.
Assim e, de molde a não estender demasiadamente este texto, comecemos
por esclarecer algumas questões, cujo
desconhecimento tem provocado
a reprodução, por parte de
muitos opinion

makers
intelectualmente
desonestos ou,
simplesmente, deficientemente
30 informados sobre esta temática, de
juízos incorrectos e/ou de todo falaciosos.
Há desde logo que desfazer um equívoco comum.
No transporte ferroviário de passageiros não convencional,
existem dois conceitos concorrentes: a Alta Velocidade (AV) e a Velocidade Elevada
(VE). No primeiro caso falamos de soluções em que o conjunto composto pela infra-

2
http://currupto.blogspot.com/2009/07/o-mito-do-tgv.html
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Currupto

estrutura ferroviária (linha) e o material circulante (comboios) dispõem de


características técnicas capazes de garantirem velocidades máximas superiores a 250
km/h (embora seja mais comum a variante 300 a 350 km/h). Na opção de VE, as
velocidades máximas não ultrapassarão os 200 a 250 km/h, dependendo das
40 condições da linha. Acresce que, neste último caso, poderá, não ser necessária a
construção de raiz de uma via ferroviária, podendo aproveitar-se troços já existentes.
Na outra solução, tal assume-se como requisito fundamental.
A título meramente ilustrativo, e numa hipotética ligação Lisboa-Porto
assumindo uma distância de 300 km entre as duas cidades e uma velocidade média
na viagem situada nos intervalos mínimos apresentados, o percurso seria percorrido
em 60 (AV) ou 90 (VE) minutos. Claro que os valores apresentados não reflectem a
realidade, são meramente indicativos, visto que os tempos reais serão sempre
superiores. A ideia aqui é demonstrar que, em média, a opção VE representará um
acréscimo de 50% no tempo de deslocação face à AV.
50 Outra indicação importante é a que decorre das condições da via (no caso,
ferroviária). Tal como na rodovia, também o traçado, o relevo e o próprio
congestionamento da infra-estrutura influenciam decisivamente o desempenho dos
veículos. Assim, por exemplo, uma linha ferroviária com curvas constantes e
apertadas, com declives acentuados (estas duas, variáveis de fulcral importância
neste particular), e com muito tráfego, não poderá, em circunstância alguma
proporcionar um nível de oferta satisfatório. Para que esta ideia seja mais facilmente
compreendida, imaginemos uma viagem de automóvel Lisboa-Porto pela EN1 e pela
A1. Desta analogia resulta que a opção pela EN1 representará, em circunstâncias de
utilização normal, um acréscimo de várias horas no percurso. O nível de
60 congestionamento, o traçado, o cruzamento de inúmeras povoações, o trânsito mais
lento, as restrições de velocidade, etc., implicarão uma viagem muito mais longa, e
stressante também. Um veículo utilitário, por mais modestas que sejam as suas
prestações, completará o percurso em menor tempo utilizando a A1, do que o mais
poderoso dos desportivos optando pela EN1. Mesmo considerando que este último
condutor não respeite os limites de velocidade impostos.
De modo a que não subsistam dúvidas explicite-se o sentido do parágrafo
anterior. A actual Linha do Norte corresponde à EN1. A construção de uma linha de
alta velocidade (independentemente se é Lisboa-Porto, Lisboa-Madrid, ambos, ou
outros quaisquer trajectos) representará um benefício idêntico ao trazido pela auto-
70 estrada. A alta velocidade ferroviária está para os comboios, como a auto-estrada para
os automóveis. A linha de alta velocidade é, para todos os efeitos, uma auto-estrada
ferroviária. E, isto deve ser dito, explicado e compreendido por quem pagou a auto-
estrada e por quem terá de pagar a linha ferroviária: o contribuinte! E, o exercício atrás
proposto para os automóveis mantém-se igualmente válido para os comboios.
Coloquemos o mais rápido da actual geração de comboios a circular na Linha do Norte
e o resultado será idêntico ao alcançado pelo potente desportivo na EN1…
O raciocínio atrás exposto coloca, por conseguinte, questões adicionais que
importa igualmente clarificar. Enunciaremos apenas algumas, visto ser impossível,
sem incorrermos em vícios de ininteligibilidade e na enumeração de infinitos e

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80 enfadonhos detalhes técnicos abordar todas quantas carecem de resposta. Primeiro: a


desactualização da Linha do Norte. Segundo: o problema da bitola. Terceiro: a
remodelação ainda por concluir da Linha do Norte. Quarto: a saturação da Linha do
Norte. Quinto: os problemas decorrentes da exploração, na mesma linha, de conceitos
totalmente diferentes de serviço. Sexto: devemos comprar apenas comboios ou
investir numa nova infra-estrutura? Sétimo: há dinheiro para o projecto? Oitavo: qual o
retorno expectável de um investimento desta envergadura?
Comecemos. A Linha do Norte foi concluída em 1877 com a inauguração da
Ponte Maria Pia, no Porto. Conta, portanto, 132 anos, no troço mais recente. O seu
traçado, projectado no século XIX, poderia ser adequado às necessidades da época.
90 Porém, não será necessário socorrer-nos de estudos muito detalhados para
constatarmos a sua evidente desactualização face às exigências impostas pelo
contexto actual. Traçado, problemas de estabilidade das plataformas em algumas
zonas, atravessamento de áreas susceptíveis de inundação e outras densamente
povoadas, etc.. Ademais, saliente-se que as obras de beneficiação em curso, foram
projectadas ao tempo do Estado Novo, donde decorre que, já nessa altura se
preconizava a necessidade de actualização das condições. Ora, de há quarenta anos
a esta parte muita coisa mudou na sociedade portuguesa, pelo que se dispensam
quaisquer adicionais considerandos.
Em segundo lugar, há a esclarecer que, no século XIX, a memória das
100 Invasões Francesas encontrava-se ainda muito presente e, o medo que o caminho-de-
ferro pudesse potenciar e facilitar uma repetição de tão trágicos acontecimentos,
determinou que, num esforço concertado à escala ibérica, portugueses e espanhóis se
tivessem voluntariamente isolado do resto da Europa. Assim, para lá dos Pirenéus,
vigorou (na maioria dos países, e nos principais eixos ferroviários) desde sempre a
bitola standard (1435mm entre os dois carris, que corresponde justamente a um bitola
– medida do sistema inglês e que foi utilizada nos primeiros caminhos de ferro
construídos bem como na locomotiva de Stephenson); em Portugal e Espanha usa-se
a bitola ibérica, a que corresponde uma distância entre carris de 1668mm.
Desde há anos que, em Espanha, se trabalha na correcção deste (ainda que
110 compreensível ao tempo) erro histórico, com consequências dramáticas em ambos os
países. Além de terem desenvolvido um sistema que permite que a transição entre
bitolas se faça com o comboio em andamento (através de eixos telescópicos nas
composições que encolhem ou abrem quando passam nos intercambiadores – que
mais não são do que um pedaço de linha, com cerca de um quilómetro, no qual a
distância entre os carris vai progressivamente transitando – alargando ou estreitando –
entre uma e outra bitola), nuestros hermanos à medida que vão remodelando as linhas
vão instalando travessas bi-bitola (isto é, travessas que permitem a colocação de um
terceiro carril possibilitando, por conseguinte, a coexistência, na mesma linha, de duas
bitolas: standard e ibérica – quando o processo de migração para a medida padrão de
120 todo o material circulante estiver concluído, bastará levantar um dos carris e a linha
disporá apenas de bitola standard).
Em Portugal, e não obstante esta solução ser conhecida há mais de uma
dezena de anos, persistimos no erro. Os troços já concluídos da interminável

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intervenção na Linha do Norte, mantêm unicamente a bitola ibérica e as travessas


instaladas não possibilitam a colocação de um terceiro carril.
As composições de AV foram desenvolvidas para circularem em linhas de
bitola standard e não na distância ibérica. Em Espanha as linhas nas quais circula o
AVE (Alta Velocidad de España, uma divisão da RENFE que corresponde à CP
espanhola), são exclusivamente em bitola standard (tais como as francesas de TGV,
130 Train de Grand Vitesse, as alemãs de ICE, Inter City Express, as japonesas de
Shinkansen, ou inclusive aquelas onde circula o Eurostar – o comboio que liga
Londres-Paris-Bruxelas pelo Eurotúnel).
A Linha do Norte encontra-se em remodelação há quase duas décadas: os
estudos datam de 1988, o início dos trabalhos de 1991. 1993 foi a data inicialmente
prevista para a conclusão de um investimento orçado em cerca de 75,8 milhões de
euros, que permitiria a ligação entre Lisboa e Porto em 2h15m. Decorridos 18 anos, a
modernização encontra-se concluída em aproximadamente dois terços da extensão
total da infra-estrutura. O investimento derrapou e poderá atingir mais de 1600 milhões
de euros. A redução alcançada no tempo de viagem entre Lisboa e Porto cifra-se em
140 cinco minutos, mesmo considerando a utilização dos comboios do tipo pendolino
(conceito de origem italiana, que assenta no facto de a caixa das composições possuir
a capacidade de oscilar nas curvas, permitindo deste modo que as mesmas possam
ser efectuadas a velocidades superiores àquilo que seriam com material sem estas
características – entre nós, o Alfa Pendular é um comboio deste tipo e foi introduzido
justamente porque se pensava que, com a remodelação da Linha do Norte este tipo de
comboios permitiria o alcance do objectivo de 2:15 horas na viagem Lisboa-Porto,
investimento que os factos hoje demonstram de forma clara e ineqvívoca ter sido um

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erro, não obstante a qualidade deste tipo de material circulante). E, convém lembrar
que, mais tarde ou mais cedo, o que foi remodelado terá de ser re-remodelado, quanto
150 mais não seja para cumprir a migração de bitola. Acrescente-se ainda que o troço
entre Braço de Prata e Alverca foi intervencionado duas vezes. Na primeira ocasião
foram apenas substituídas as travessas de madeira pelas de betão e o balastro. Mais
tarde, e em virtude de problemas de segurança detectados nos ensaios das
composições do tipo pendolino, toda a estrutura, incluindo a “caixa” sobre a qual
assentam as travessas teve de ser recuperada, uma vez que o não tinha sido antes…
A quarta questão que atrás lançámos, dizia respeito à saturação da Linha do
Norte que, segundo notícias recentes, impede a CP de aumentar a oferta de comboios
e, por inerência de crescer e apresentar um serviço de maior frequência e qualidade.
Vários críticos da AV têm postulado que a ligação entre as linhas do Oeste e do Norte,
160 bem como a conclusão, prevista, embora nunca concretizada, do Ramal de Tomar até
Coimbra, poderia resolver a situação. É óbvio que se trata de uma questão pertinente
e que deveria merecer estudos sérios. Tendo-se, porém, constituído a Linha do Norte,
como principal eixo ferroviário do país, não parecem (ressalvando eventuais estudos
em sentido contrários que não se encontram disponíveis) credíveis tais hipóteses. É
que, estudos apontam para a necessidade de, no sentido de permitir um aumento da
oferta, a Linha do Norte tenha de ser quadruplicada em quase toda a sua extensão:
em suma, fazer-se uma linha nova. As soluções propostas, ainda que devam merecer
um estudo aprofundado, não se parecem constituir como solução, visto não existirem
nesses troços passageiros potenciais em número suficiente para viabilizar tal
170 investimento. Quando muito constituiriam alternativas para o transporte de
mercadorias que é realizado, maioritariamente, em período nocturno.
Colocar, numa mesma linha, comboios que podem circular a velocidades tão
díspares como 40 a 60km/h (no caso do transporte de mercadorias) e 220km/h (no
caso do Alfa Pendular), para mais tratando-se de “monstros” que necessitam de
distâncias imensas para travar e acelerar e tomando ainda como referência o actual
esgotamento da Linha do Norte, parece-nos, no mínimo, uma ideia contraproducente.
Sabendo-se que os mais lentos não poderão, até por razões de segurança
(carga/distância de travagem), circular a velocidades mais elevadas, terão obviamente
que os mais rápidos ser sacrificados nas suas prestações. Os resultados são
180 conhecidos: o tempo de 2:15 horas previsto em 1991 para uma viagem entre Lisboa e
Porto a partir de 1993 mantém-se, actualmente, em 2:55 horas e pode resvalar,
dependendo do número de paragens efectuadas, até quase 3:30 horas. A uma média
de 200km/h os Alfa Pendular (que são composições para VE, informação que
raramente é publicamente divulgada) poderão cumprir a distância em 90min. O
problema não está portanto nos comboios, antes na linha, o que nos leva, retomando
o guião anterior, à sexta questão: devemos comprar apenas comboios mais rápidos?
Como se depreende do raciocínio que vem sendo desenvolvido, obviamente,
que o problema se encontra na Linha do Norte, nas suas condições estruturais,
traçados, estações, curvas e pendentes, estabilidade de plataformas, atravessamento
190 de áreas densamente povoadas, zonas de cheias, etc.. A solução do problema passa
portanto pela construção de uma infra-estrutura de raiz, com condições de segurança,
traçado, e demais conducentes a um serviço rápido, eficiente e seguro. Os comboios
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para VE já nós possuímos. Não conseguimos é, face às condições da actual Linha do


Norte, retirar deles o máximo desempenho. Deve aliás, esclarecer-se que, em nenhum
troço da Linha do Norte os Alfa Pendular se podem sequer aproximar dos 200 km/h.
Questão: deverá construir-se uma linha preparada para AV ou VE será
suficiente? Na ligação internacional (Lisboa-Madrid), e de molde a obter-se uma
alternativa competitiva e vantajosa face ao transporte aéreo, não restarão quaisquer
dúvidas quanto à necessidade de uma opção pela AV, mesmo considerando os custos
200 de construção e de conservação da linha substancialmente mais elevados face à VE
(na ordem dos 50%) segundo alguns críticos da AV.
Nos percursos domésticos (Lisboa-Porto; Lisboa-Faro-Huelva; Aveiro-Vilar
Formoso; Porto-Vigo) a questão não será tão consensual. No caso de Lisboa-Porto, se
hoje 90 a 120 minutos nos podem parecer aceitáveis, dentro de uma década ou duas,
poderá não ser assim. E, convém lembrar que, um: o investimento perdurará por bem
mais do que duas décadas e, dois: já temos a experiência da A1: os custos das obras
de alargamento, decorridos menos de 20 anos após a conclusão, e não nos referimos
unicamente aos encargo das obras propriamente ditas, mas também aos sociais,
(acidentes, filas de trânsito, riscos acrescidos para utentes e trabalhadores, aumentos
210 de tempo nas deslocações, etc.), certamente ultrapassaram aqueles que teriam sido
gerados se a auto-estrada tivesse inicialmente sido construída com três faixas de
rodagem em cada sentido, em toda a sua extensão. Em qualquer dos casos, embora
pareça mais prudente a avisado um maior esforço no presente em favor de ulteriores
poupanças, a questão deveria ser alvo de profundos estudos.
Acresce ainda ao acima exposto que o investimento a realizar na aquisição
do material circulante é absolutamente irrelevante no quadro do projecto: cada
comboio de AV custará, a preços de 2003, aproximadamente 20 milhões de euros.
Admitindo que se adquiram 20 unidades, tal implicará 400 a 500 milhões de euros num
universo de 7,7 mil milhões o que corresponderá a pouco mais de 5% do investimento
220 total. Uma ninharia, portanto. Os 10 Alfa Pendular custaram em 1998 cerca de 125
milhões de euros. Contabilizando a inflação, conclui-se que o preço por unidade não
há-de ser muito diferente entre uma e outra opção.
Em suma, o grosso dos encargos decorrerá da construção das novas linhas:
entre Lisboa e Porto e entre Lisboa e Elvas, não das composições, e muito menos de
uma possível opção entre AV e VE, cujo agravamento na factura final se circunscreve
à construção das infra-estruturas e não será, mesmo seguindo as teses dos críticos
mais radicais de um projecto de AV, superior a 50%. Num momento em que se discute
uma terceira auto-estrada entre Lisboa e Porto, porque não equacionar-se a
construção de uma auto-estrada ferroviária que poderia, além de aliviar o trânsito nas
230 duas já existentes, aliviar ambos os aeroportos e, não menos importante, a actual
Linha do Norte.
Sétima questão: existem possibilidades económicas de, no actual contexto,
se avançar com o projecto. Refira-se, desde já, que o projecto contará com 20% de
financiamento comunitário (se tivesse ficado concluído até 2000 a comparticipação
europeia ascenderia a 80 ou 85% e entre 2000 e 2007 teria descido para 65 a 75% - a
linha do AVE Madrid-Sevilha recebeu de Bruxelas ajudas superiores a 80%). O Estado
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arrecadará directamente mais 20% (decorrentes do pagamento de IVA) e


indirectamente 25% (em sede de IRC) sobre os lucros das empresas envolvidas,
34,5% sobre os salários brutos dos trabalhadores (através das contribuições
240 obrigatórias para a Segurança Social), IRS dos trabalhadores (dependendo do
escalão). Porém poupará os subsídios de desemprego pelos empregos que se criarão,
directa e indirectamente com as obras e posterior exploração. Ademais a criação de
empregos não contemplará apenas os directos: há que contabilizar as empresas a
montante, bem como os possíveis empregos decorrentes do aumento de consumo
gerados por esses trabalhadores, etc., etc., etc., Entre as verbas arrecadas por via
directa (pelo menos 40%) e as obtidas indirectamente (impossíveis de contabilizar
senão por especialistas), estamos em crer que nunca serão inferiores a 66%, podendo
mesmo atingir valores superiores. Determinantes, neste contexto, serão as habituais
derrapagens… Parece-nos, portanto uma falácia, mesmo no quadro actual de crise,
250 dizer-se que não há dinheiro. Certamente será mais necessária uma terceira auto-
estrada Lisboa-Porto, dois submarinos, e por aí em diante… Será ainda importante
lembrar os 1600 milhões desperdiçados na remodelação da Linha do Norte sem que
daí se haja obtido algum encurtamento nos tempos de viagem, os 125 milhões nos
comboios pendulares, os 98 milhões dispendidos em estudos de 2000 a 2008,
repetindo a maioria dos estudos realizados entre 1987 e 1992. Entre o dinheiro deitado
à rua e o perdido em ajudas comunitárias que não iremos receber por via dos
adiamentos sucessivos, a alta velocidade ter-nos-ia ficado de borla. São os erros
(passados e presentes) dos nossos políticos que fazem hoje do projecto de AV, um
projecto caro. São estes erros que a Comunicação Social, habitualmente conivente e
260 promíscua com o poder (bastará cruzar os relacionamentos políticos com a titularidade
dos órgãos de informação para ser perceberem os interesses ocultos) pretende, a todo
o custo esconder, bramindo em consequência o argumento intelectualmente
desonesto e economicamente falacioso do investimento exorbitante necessário ao
TGV…
Saliente-se, porque se trata de informação igualmente relevante, que os
primeiros estudos sobre AV em Portugal datam de 1987, sendo aliás contemporâneos
dos espanhóis. Volvidos 22 anos, em Portugal continuamos a estudar (98 milhões de
euros foram dispendidos em estudos entre 2000 e 2008), em Espanha, nuestros
hermanos, inauguraram no ano passado a terceira ligação de AV, Madrid-Barcelona.
270 Nós estudamos, eles apresentam obra…
Oitavo: quanto a retornos expectáveis, os mesmos poderão ser colocados a
vários níveis: directos, através da emissão e venda de bilhetes, e indirectos os quais
abrangem inúmeras áreas. No primeiro caso, há que referir que a primeira linha do
AVE (Madrid-Sevilha), que entrou em exploração comercial por ocasião da exposição
mundial de Sevilha em 1992, atingiu lucros de 50 milhões de euros logo em 1997.
Evidentemente que lucros de exploração no valor de 50, ou mesmo 100
milhões de euros anuais, demorarão quase um século a amortizar a totalidade do
investimento. É por isso que se trata de uma obra pública: a sua construção não está,
ou não deverá estar, sujeita aos mesmos critérios economicistas que (legitimamente)
280 norteiam os projectos da iniciativa privada. É por esse motivo que se justifica a
comparticipação dos fundos comunitários. Até porque os benefícios para a
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comunidade não se resumem apenas ao facto de o investimento ser ou não capaz de


gerar receitas para se pagar por si.
Existem muitos outros factores de extrema relevância, uns quantificáveis
monetariamente, outros nem por isso, ainda que, todos de enorme importância.
Registe-se apenas, e sem quaisquer preocupações de rigor, que nas rotas onde a AV
representa uma alternativa ao transporte aéreo, a quota de mercado alcançada pelo
transporte ferroviário é sempre superior a dois terços do total (em muitos casos até a
85%) e tais taxas são
290 atingidas em poucos
meses.
Uma boa
ajuda quando se
discutem a construção
de um novo aeroporto
em Lisboa e de uma
terceira auto-estrada
entre Lisboa e Porto.
Mas poderemos referir
300 muitos outros dados.
Tratando-se de um
meio de transporte
substancialmente menos poluente do que o avião ou o automóvel, o comboio
apresenta evidentes vantagens ecológicas, para mais num quadro em que Portugal
terá de reduzir não apenas a dependência energética face ao exterior, como também
de suportar custos decorrentes da ultrapassagem dos limites das quotas de emissão
de gases provocadores do efeito de estufa, nomeadamente, o CO2.
Acrescente-se ainda a maior comodidade e segurança (face ao automóvel,
pelo menos) de uma viagem por ferrovia, a maior rapidez face a ambos os
310 concorrentes (válido para Lisboa-Porto e Lisboa-Madrid, se optarmos por AV), o menor
stress dos passageiros, a possibilidade de trabalhar, descansar ou relaxar durante as
viagens, a diminuição das filas de trânsito, a diminuição de tráfego na Linha do Norte
que abriria corredores para mais e mais transporte ferroviário de mercadorias,
libertando as auto-estradas de boa parte da circulação de veículos pesados, com
evidentes benefícios não apenas ao nível do descongestionamento, como igualmente
da própria manutenção dos pavimentos, sabendo-se que o desgaste provocado por
um pesado de mercadorias equivale ao provocado por muitos automóveis, entre
inúmeros outros benefícios impossíveis de contabilizar, como o incremento na
mobilidade dos passageiros, da actividade económica, da integração cultural com
320 Espanha, etc..
Atentemos no seguinte exemplo: um passageiro necessita de viajar entre
Lisboa e Porto. Se optar pelo comboio, os seus custos resumir-se-ão ao bilhete
(27€+27€ com possibilidade de desconto de 10% no caso de aquisição de título de ida
e volta e de 25% no caso de reserva com 7 dias de antecedência em Alfa Pendular,
classe turística) e eventualmente táxi ou outro transporte urbano. Se optar pelo

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automóvel, além das portagens, do combustível, do estacionamento, há ainda que


considerar o desgaste do veículo e, nunca devidamente contabilizado, o do próprio
condutor. Além de que o decurso de viagem resulta em tempo improdutivo, ao passo
que o de comboio pode ser rentabilizado. Admitindo que a duração da viagem seja
330 semelhante, o custo não o será certamente: 19,95€*2 de portagem, 40€ de
combustível, fazendo as contas por baixo, a que acrescem desgaste da viatura e
estacionamento. Mesmo para dois passageiros, o comboio continua a ter vantagem
económica. Ou seja, já hoje o comboio é mais rentável. E apenas não o é mais devido
aos graves erros que têm sido cometidos ao longo de anos e anos pelos sucessivos
governos.
Se os nossos governantes tivessem sido capazes de ver um pouco mais além
e tivessem tido a coragem de concretizar o projecto de AV durante a década de 90,
teríamos hoje um transporte entre as duas principais cidades do país e nas ligações
internacionais moderno, rápido, cómodo, competitivo e, mais importante, rentável,
340 também porque, na sua esmagadora maioria custeado pelos fundos da União
Europeia…
Porém a influência dos habituais Velhos do Restelo, os mesmos que
condenaram há 500 anos a expansão marítima e há século e meio a construção da
Linha do Norte, permanece demasiadamente enraizada na sociedade portuguesa.
Algumas referências:
 http://www.rave.pt;
 http://manueltao.spaces.live.com;
 http://www.maquinistas.org;
 http://www.renfe.es/ave/;
350  http://pt.wikipedia.org/wiki/Cronologia_do_Caminho-de-ferro_em_Portugal;
 http://sol.sapo.pt/PaginaInicial/Economia/Interior.aspx?content_id=21569;
 http://www.oribatejo.pt/index.php?lop=conteudo&op=812b4ba287f5ee0bc9d43bbf5bbe
87fb&id=747ac0e3a7f4b8a385b039573b4ac3c5;
 http://www.aecops.pt/pls/daecops2/pnews.build_page?text=18849734;
 http://socgeografia-lisboa.planetaclix.pt/transportes/lnorte.pdf;
 http://www.maquinistas.org/pdfs_ruirodrigues/lnortembitola.pdf;
 http://diario.iol.pt/sociedade/tgv-transportes-ana-paula-vitorino-alta-
velocidade/1030308-4071.html;
 http://www.correiodamanha.pt/noticia.aspx?contentid=00247705-3333-3333-3333-
360 000000247705&channelid=00000011-0000-0000-0000-000000000011;
 http://en.wikipedia.org/wiki/AVE;
 http://es.wikipedia.org/wiki/Alta_Velocidad_Espa%C3%B1ola;
 http://www.rave.pt/LinkClick.aspx?fileticket=ACJddMGarpU%3D&tabid=174&mid=796
&forcedownload=true;
http://www.transportesemrevista.com/LinkClick.aspx?fileticket=VuSCEfBAD8U%3D&ta
bid=372http://www.maquinistas.org/pdfs_hos/aforcadosnumeros.pdf;

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Currupto

Texto publicado ao longo de 4 números do Jornal "O


Riachense"3
Vamos a votos
A convite da nova direcção do nosso jornal inicio aqui uma colaboração que,
espero, enquanto tal me for possível, poder prolongar-se no tempo no sentido de
podermos debater, não apenas questões do interesse da terra e dos riachenses, bem
como assuntos genéricos da actualidade mas que, por esta ou aquela razão nos
dizem também respeito.
É justamente por aí que começarei, não sem antes de endereçar os meus
10 votos sinceros de êxito aos ilustres conterrâneos cuja coragem, empenho e altruísmo
permitiu manter em actividade um órgão de informação (e, porque não dizê-lo, uma
voz, que espero incómoda e não servilmente alinhada, como até aqui, exercendo,
quando necessário, pressão sobre os protagonistas do establishment local na defesa
dos interesses de Riachos), cujo enterro alguns prepararam e a muitos outros conviria.
Avanço um pouco em direcção ao assunto cuja reflexão vos proponho.
Em 2009, os portugueses serão chamados às urnas por três vezes a fim de
exercerem o seu inalienável direito de cidadania: o voto. Não querendo aqui iniciar um
debate quanto à qualidade da nossa pretensa democracia (em minha opinião em
rápido declínio e profundamente desgastada – clamando por urgente reforma, embora
20 existam igualmente veneráveis ir(responsáveis) defensores de uma “pausa” na dita), e
não obstante a política e a causa pública não motivarem a esmagadora maioria dos
portugueses, por razões que são bem conhecidas de todos e que passam não apenas
pela confrangedora mediocridade das nossas elites decisoras, mas também por
questões culturais ancestrais, pelo próprio fechamento do sistema estadista a
influências externas em demasiadas ocasiões (mais preocupado na perpetuação do
tachinho), por decisões que são tomadas apenas para
benefício de alguns e não de todos (os exemplos
abundam e são amiudemente conhecidos),
a verdade é que, votar é, acima de tudo, um dever de
30 cidadania – mesmo em 30 branco ou nulo.
É pelo voto que exercemos (alegadamente)
de forma livre, o direito de escolhermos quem nos representa, por muito que tal
representação nos envergonhe e nela não nos revejamos (é presentemente o meu
caso), especialmente quando as nossas expectativas são criminosamente
defraudadas por políticos irresponsáveis, incompetentes, mentirosos, trapaceiros e
incapazes de cumprir promessas. É, todavia, por meio do voto que expressamos a
nossa adesão a um ou outro projecto político (ainda que o mesmo, não seja, como é
norma vigente entre nós, para cumprir) que nos co-responsabilizamos e vinculamos
pelas decisões, boas ou más, que em nosso nome, são tomadas pelos representantes
40 que elegemos para a Assembleia da República.

3
http://currupto.blogspot.com/2009/05/texto-publicado-ao-longo-de-4-numeros.html
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Currupto

Regressando à questão central deste escrito, dizia-se acima, que os cidadãos


nacionais serão chamados durante o corrente ano às urnas a fim de participarem em
três actos eleitorais distintos, embora exista a possibilidade de se fazerem coincidir
dois desses momentos. Assim, em 2009, elegeremos os nossos representantes no
Parlamento Europeu, na Assembleia da República e nas Assembleias de Freguesia e
Municipal. É, relativamente à primeira eleição que procurarei reflectir nas linhas
seguintes deixando, para momento mais oportuno, a minha perspectiva quanto às
demais, na certeza porém que, a manter-se com O Riachense a colaboração agora
(re)iniciada, tal não deixará de se verificar.
50 (continua no próximo número)

A Europa é lá longe e não nos diz nada


Temos para nós habitualmente que as eleições europeias em nada
interessam (mesmo entre os especialistas na matéria, as Europeias são
assumidamente ainda eleições de segunda ordem, não apenas em Portugal, como na
generalidade dos Estados-membro, atitude que urge modificar). Bruxelas fica lá longe,
bem no centro da Europa rica e desenvolvida. A União Europeia é uma tola utopia de
meia dúzia de políticos que viram ali a oportunidade de criar mais uns quantos tachos
que distribuíram entre eles e alguns amigos, principescamente remunerados, e cujo
principal atractivo reside no protagonismo, nas mordomias associadas e nas viagens
60 constantes. Regra geral, apenas ouvimos falar “deles” (Europa) quando aprovam
alguma medida que tem impactos negativos no nosso país, quando existem
divergências políticas graves entre os Estados-Membro (casos, por exemplo, do
Tratado Constitucional chumbado em 2005 na França e na Holanda, o Tratado de
Lisboa, recusado pelos Irlandeses em 2008), quando se dá algum acontecimento
relevante organizado em Portugal de que os media lusos no seu habitual registo de
bacoco provicianismo dão eco, no encarecimento brutal dos preços devido à
introdução da moeda única e, nas ajudas comunitárias que chegam ao nosso país, (a
parte que, por norma, verdadeiramente nos interessa: como usar o nosso tão
característico chico-espertismo para “sacar umas massas” àqueles europeus
70 convencidos e arrogantes que pensam que os portugueses são todos estúpidos, em
resumo: “mamar na teta de Bruxelas”!).
Salvo algumas excepções (raras, deve salientar-se) o conhecimento que os
portugueses têm das instituições comunitárias circunscreve-se aos exemplos atrás
aludidos, até porque, os nossos meios de comunicação social, competindo ferozmente
entre si pelo absoluto nihilismo (qual ópio do povo), ciosos da salvaguarda da
sacrossanta sanidade mental dos seus concidadãos, ignoram e negligenciam, quiçá
evitando maçar-nos com assuntos chatos e aborrecidos que nada importam, (para
além do penalty que o árbitro escandalosamente roubou ao nosso clube na jornada
passada, enquanto que validou um golo irregular ao adversário directo na luta pelo
80 título), os temas europeus. Espanha (“de onde nem bom vento nem bom casamento”),
foi substituída, enquanto inimigo no imaginário e ideário colectivos do português
médio, pelos burocratas inúteis de Bruxelas. Eu próprio já pensei desse modo e não
foi há tanto tempo quanto isso que me tenha esquecido de tal.

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Currupto

Este é, todavia, um modo de pensar errado, porque assente no


desconhecimento e na falta de informação, o qual subsiste muito por culpa das
próprias instituições comunitárias, hoje a braços com uma terrível dificuldade:
mobilizar os europeus para um projecto, ainda há pouco mais de meio século
considerado utópico e que, nesse mesmo intervalo temporal permitiu trazer à
generalidade dos europeus a paz, a segurança, a prosperidade. Estes são aliás, os
90 primeiros e principais desígnios de uma União que começou a seis e que
presentemente congrega vinte e sete países, numa estrutura organizativa, muito
complexa, que ninguém (inclusive os seus protagonistas) é capaz de definir com
exactidão, entrincheirada entre a presente associação supranacional de estados e
uma potencial futura e indefinida federação, sem paralelo na História, e assente em
delicados e intrincados compromissos/consensos, não raras vezes colocados em
xeque por interesses nacionais e unilateralismos que urge erradicar.
O aparente divórcio dos povos europeus relativamente a tão importante
objectivo, sonhado ainda sobre as cinzas fumegantes de um continente dilacerado
pelo mais terrível e sangrento conflito bélico da História que seguramente não deixará
100 durante muito tempo de envergonhar e ensombrar a Humanidade, tem múltiplas e não
menos despiciendas raízes: à falta de informação devido a erros graves dos próprios
dirigentes europeus, acrescem ainda, uma super-cultura assente em séculos de
conflitos e desconfianças mútuas, a diversidade linguística (simultaneamente um dos
mais importantes activos da riqueza cultural europeia e verdadeira guardiã contra os
avanços do unanimismo e da uniformização mas, paradoxalmente um dos principais
constrangimentos à efectiva adesão dos povos ao projecto europeu), uma manta de
retalhos baseada em nacionalismos e identidades regionais/locais exacerbadas que
minam e objectivamente impedem o surgimento de uma identidade europeia latente e
ainda que perpetuamente adiada. Todos estes são factores que concorrem para um
110 sentimento generalizado no continente de não identificação dos cidadãos com a União
Europeia.
(continua no próximo número)

A Europa quer falar connosco!


Para nós portugueses, a Europa é lá longe, um local remoto e descentrado
face à nossa centralidade (algo que poderíamos metaforicamente definir como
tugocentrismo), um lugar estranho onde pessoas diferentes, que falam uma língua
diferente, num clima diferente, com hábitos e uma cultura estranhos e diferentes, se
arrogam no direito de nos imporem a sua Lei a troco de umas esmolas com as quais
compram os nossos políticos em permanentemente pose de mão estendida.
120 A título de meramente ilustrativo recordo o episódio evocado pelo
eurodeputado Carlos Coelho numa acção de formação para jornalistas e
estudantes/investigadores dos temas da Comunicação e da União Europeia,
recentemente promovida pela Representação Permanente da Comissão Europeia em
Portugal na qual tive o privilégio de marcar presença. Contava o eurodeputado eleito
pelo PSD que, quando viajou para Bruxelas, família e amigos se concentraram no
aeroporto em jeito de fúnebre despedida “Vais lá para a Europa”, ao que o próprio terá

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retorquido: “Caramba, não vou para o fim do mundo e na sexta já cá estou outra vez!”,
surpreendido pelos comentários.
Em Portugal, ainda olhamos com grande desconfiança e não com menor
130 desdém, essa coisa abstracta, difusa, longínqua, qual terrível e desconhecido
Adamastor que é a Europa. Para a maioria de nós (leia-se, cidadãos europeus) as
questões europeias em nada nos motivam: não dispomos de qualquer influência junto
das instituições comunitárias, a União Europeia não dialoga com os cidadãos, não
existe informação sobre o funcionamento dos organismos da União, não se manifesta
neles qualquer interesse em ouvir-nos, em suma a União Europeia “está-se nas tintas”
em relação a nós: nada de mais errado!
Durante as primeiras três/quatro décadas, resguardado dos eventuais efeitos
nefastos produzidos pelas sempre voláteis e imprevisíveis ingerências de uma opinião
pública não raras vezes deficientemente esclarecida, o desígnio europeu avançou
140 ligeiro e célere, enquanto foram também restritos e iluminados os intervenientes e
decisores. Todavia, a crescente democratização, o apelo à participação popular e o
consequente, porém indispensável, envolvimento de cada vez mais amplos sectores
da sociedade, fez abrandar o programa. O paradigma constitutivo da União Europeia
modificou-se substancialmente: hoje já não é possível pensar e construir uma Europa
sem a aprovação e o envolvimento dos eleitores, mesmo que, frequentemente a
integração seja travada pelos mesmos que dela retirarão os maiores dividendos, os
cidadãos.
As experiências falhadas em França e na Holanda a propósito da ratificação
referendária do Tratado Constitucional, instrumento fundamental no reforço dos
150 poderes da União Europeia (e indirectamente dos cidadãos atendendo ao previsto
incremento dos poderes do Parlamento Europeu) e mais tarde na Irlanda, tiveram o
condão de desencadear o toque a reunir dos políticos em Bruxelas e, o conjunto de
dificuldades na comunicação da ideia de Europa, cuja consciência já existia
anteriormente, transformou-se subitamente na preocupação central do responsáveis –
aproximar as instituições europeias do cidadão, indo ao seu encontro, substituiu o
paradigma anterior, segundo o qual bastaria genericamente à União disponibilizar a
informação para que as pessoas movidas pelo desejo da aquisição de conhecimento
acerca das actividades comunitárias tomassem uma atitude pró-activa nessa matéria.
Não é, porém, assim e as experiências francesa, holandesa e irlandesa parecem
160 comprová-lo sem lugar a grandes dúvidas.
Assim e de molde a ultrapassar o há muito identificado e até, durante a fase
inicial da construção europeia, por parte dos decisores políticos assumido, défice
democrático, no sentido de promover uma efectiva identificação e participação dos
cidadãos no projecto europeu, desde 2005 de um modo geral todos os agentes
adstritos à organização comunitária adoptaram posturas que visavam inverter uma
outra tendência igualmente verificada: o chamado défice de comunicação.
Neste quadro, foram desenvolvidas duas iniciativas estruturantes, conhecidas
genericamente como o Livro Branco sobre uma Política de Comunicação e o Plano D,
para a Democracia, o Diálogo e o Debate, auxiliadas por uma extensa miríade de
170 diligências complementares, cujos resultados visam essencialmente mitigar o fosso
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existente entre os cidadãos e as formações da União, envolvendo-os mais.


Paralelamente, tem existido desde a década de 70 um contínuo esforço envolvendo o
reforço contínuo dos poderes do Parlamento Europeu, a única instituição em cuja
formação os cidadãos da Europa participam directamente através da eleição nacional
dos seus representantes, visando conferir não apenas maior legitimidade ao edifício
comunitário, como de igual modo combater o já aludido défice democrático.
Ademais e, não obstante o gritante desconhecimento da maioria da
população nesta matéria, a verdade é que a sua vida é já hoje maioritariamente co-
determinada pela legislação comunitária e, essa influência, não cessará de aumentar
180 num futuro próximo.
(continua no próximo número)

Votar nas eleições europeias é do nosso interesse


Questionar-me-ão os mais eurocépticos: mas não é verdade que nos têm
imposto leis absurdas? Não é verdade que nos impuseram o limite de 3% de défice e
que isso nos tem criado problemas? Não é verdade que os juros altos entre 2005 e
2008 se devem à política económica do Banco Central Europeu (BCE)? Não é
verdade que a introdução do Euro fez disparar os preços em Portugal e que a moeda
única agravou ainda mais a nossa já débil situação económico-financeira? Não é
verdade que muitos outros malefícios (destruição da agricultura, das pescas, de tantas
190 e tantas indústrias) vieram das imposições comunitárias? A tudo terei que responder
que sim, salvaguardando no entanto que, na maioria esmagadora dos casos, os
problemas/efeitos negativos que temos sofrido decorrem da nossa impreparação, da
nossa cultura (ou falta dela) muito própria, de erros, incompetência e por vezes
corrupção dos nossos dirigentes (não é necessário apontar casos, basta ler/ver/ouvir a
comunicação social) e da nossa fraca memória que nos impele a votar sempre nos
mesmos, por mais asneiras que façam.
Todavia, devolvo as questões: Não melhorou a nossa vida com a adesão à
CEE, hoje União? Não vivemos, todos, muito melhor? Não estamos mais cultos, mais
informados, mais desenvolvidos, mais viajados? Lembram-se da nossa rede de
200 estradas? Das nossas casas? Dos automóveis? Lembram-se dos juros de 30% da
década de 80? Quantos jovens portugueses puderam estudar no estrangeiro ao abrigo
dos programas Sócrates (em homenagem ao filósofo, não ao político) e Erasmus?
Já incorporamos no quotidiano e damos como adquiridas tantas conquistas
que tendemos a esquecer-nos de como eram antes as coisas: fronteiras, alfândegas,
passaportes, compra de divisas, câmbios feitos a uma taxa que roçava a usura,
ausência de regras nos mercados e nas actividades económicas, etc.. Se a presente
crise economico-financeira mundial nos tem criado dificuldades, imagine-se como
seria se não integrássemos a União Europeia e se não beneficiássemos da
estabilidade, segurança e credibilidade do Euro (mesmo considerando os problemas
210 que a moeda única acarretou para nós). Decerto estaríamos como a Islândia, Irlanda,
Grécia ou Reino Unido. A maioria dos que inicialmente arrogantemente desdenharam
o Euro e o projecto europeu correm agora atrás do prejuízo. A libra esterlina

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desvalorizou imenso e atingiu uma quase paridade com o Euro, a coroa islandesa
quase desapareceu… E outros afundarão ainda…
Estar na Europa teve, tem e continuará a ter os seus custos. É, contudo, um
investimento com elevado retorno para o país e para os portugueses. Muitos de vós
(não eu, que já vivi a transição para a sociedade de consumo), terão certamente idade
para recordarem a miséria franciscana que era o Portugal da década de sessenta:
habitações sem água canalizada, electricidade ou saneamento, casas de banho
220 exteriores e comuns, a raridade que era um automóvel, a norma que consistia em
caminhar quilómetros todos os dias, trabalhar de sol a sol, os miúdos que se
deslocavam descalços para a escola, faziam a quarta classe e iam trabalhar
perpetuando um ciclo de pobreza, os transportes públicos velhinhos, velhinhos, as
viagens intermináveis... Era eu miúdo, (década de oitenta) e lembro-me que para
chegar a Santarém se perdia mais de uma hora, para se chegar ao Algarve demorava-
se quase meio-dia. Não foi há tanto tempo quanto isso! Será que já todos esquecemos
o que era Portugal antes da União Europeia nos ter dado a mão?
Caros conterrâneos: a União Europeia é hoje sinónimo de progresso, de
solidariedade, é um espaço de desenvolvimento humano, cultural, social, económico,
230 de paz, de partilha, de intercâmbio cultural, de tolerância. Além do mais a União
Europeia está hoje mais aberta à participação dos cidadãos e convida-nos a
participarmos deste projecto extraordinário. Sem o envolvimento dos cidadãos, não há
Europa! E, os cidadãos estão representados directamente no Parlamento Europeu
através das Eleições Europeias. No Parlamento Europeu, enquanto magna
Assembleia dos homens da Europa, há lugar para todas as opiniões, todas as
sensibilidades, inclusive para aqueles que são frontalmente contra o edifício da União.
Assim, e em jeito de conclusão, riachenses, lanço-vos um repto:
independentemente dos representantes que escolherem, o importante é que
escolham, não obstante serem contra ou a favor da União Europeia, o importante é
240 que votem, pois é pelo voto nas eleições europeias que a nossa (de todos os
cidadãos, de qualquer Estado-membro) voz se fará sentir em Bruxelas. Mais decisivo
que escolher o Presidente da Junta de Freguesia ou da Câmara Municipal, o Primeiro-
Ministro, ou o Presidente da República, o que conta é escolher os nossos
representantes no Parlamento Europeu, visto que, cada vez mais, os poderes
nacionais e por inerência os regionais e locais são fortemente condicionados pelo que
é decidido em Bruxelas. Uma consequência das sucessivas reformas dos Tratados da
União tem sido justamente o reforço dos poderes do Parlamento Europeu, hoje co-
legislador, sendo que, mais de metade da nossa legislação interna decorre das
orientações (leia-se, directivas, regulamentos, e demais instrumentos) provenientes de
250 instituições da União.Reforço: não interessa quem escolhemos; importante, é mesmo
votar. Estou certo que, durante a campanha, decidirão em quem confiar o vosso voto;
agora, o essencial, é percebermos o quão vital é esse acto de cidadania.

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Brincalhões4
Ao abrir o portal Portugalmail.pt deparei-me com dois títulos que me
prenderam a atenção: “Preços dos alimentos sobem 38,6%” e “Portugal passará a ser
sétimo país mais pobre da EU”. Boas notícias, portanto…
Há 22 anos que entrámos formalmente na União Europeia (então CEE),
embora desde final da década de 70 beneficiemos de um generoso pacote de
incentivos, fundos e apoios comunitários, que apenas um clima macroeconómico de
grande expansão permitia suportar.
De então para cá, os progressos foram notáveis: temos milhares de
10 quilómetros de auto-estradas que apenas uma pequena minoria utiliza, dispomos de
dez estádios de futebol novos (alguns literalmente abandonados e outros em vias
disso), construíram-se várias zonas nobres para ricos (género a Expo, mas não só), e
a nossa classe política está entre as mais prósperas e abonadas da Europa a 27!
Prodigioso, como em tão pouco tempo se fez tanto pelo país…
Em contrapartida, continuamos na cauda da Europa em rendimento e
produtividade per capita, em resultados e retorno dos “avultados” investimentos
realizados nos sistemas de ensino, saúde, justiça e protecção social, afinal os 4 eixos
essenciais do Estado moderno, qualquer deles acometido por uma inextirpavel e
transversal gangrena.
20 Por entre a corrupção, o caciquismo, o clientelismo, o nepotismo, o
amiguismo e tantos outros “ismos” (do crónico cinzentismo ao não menos paralisante
pessimismo) tudo concorre para um crescente asfixiar do futuro do país, desde há
anos condenado a um progressivo empobrecimento generalizado que condenará a
breve trecho as gerações vindouras ao miserável servilismo das elites económicas
lusas mas, essencialmente, estrangeiras.
Com os alimentos (bens de primeira necessidade) a subirem quase 40%, os
combustíveis a subirem a idêntico ritmo, os juros galopantes nos créditos, em suma, o
nó a apertar-se para lá do suportável em torno do pescoço
dos cidadãos (não apenas os portugueses, embora
30 principalmente destes, porquanto são, estruturalmente, os
mais vulneráveis, desprotegidos e impreparados para
enfrentarem as conjunturas adversas internacionais), e a
recusa do governo em assumir a crise e o falhanço do
executivo no encontrar de respostas para a mesma, os
títulos atrás referidos são mesmo óptimas notícias…
E, depois disto ainda me vêm dizer que a inflação
é de 2,x%...
Brincalhões….

4
http://currupto.blogspot.com/2008/04/brincalhes.html
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Currupto

Heresia Científica5
Uma página inteira no Diário de Notícias do passado Domingo despertou-me
de uma cómoda letargia para uma preocupante realidade, cujos sinais de evidente
recrudescimento nas sociedades ocidentais, mas também entre o meio académico, me
esforçava por ignorar. Este é, porém, um daqueles fenómenos, qual gangrena, que
não nos podemos dar ao luxo de deixar que alastre.
Refiro-me concretamente ao avanço/ressurgimento das teses Criacionistas no
contexto da explicação do aparecimento e desenvolvimento da vida, especialmente
daquela a que convencionámos apelidar de científica. Para meu espanto e certamente
10 para vergonha de todos os académicos e intelectuais dotados de um mínimo de
lucidez e libertos de tão torpe dogma, o retorno ao Criacionismo, volvido quase século
e meio desde Darwin ter colocado em causa as suas próprias crenças religiosas e
avançado com a teoria evolucionista, modelo que serve aliás de eixo axiomático da
Modernidade, só pode ser expresso num misto de consternação e séria
apreensão.
Em pleno 2007 é
perfeitamente aceitável questionar o
darwinismo, em termos científicos,
uma tese quase
20 jurássica. Afinal, o
mundo pula e avança
e desde então
muitas descobertas
podem ter
colocado em crise
a

genuína matriz da Teoria Geral da Evolução das Espécies. Não é, todavia, concebível,
no meu parco entendimento, colocar-se em causa o evolucionismo vindo-se propor
como alternativa científica (e sem gargalhadas) o criacionismo.
30 Se fosse possível reunir em escassas linhas os progressos científicos
conseguidos entre o Renascimento e o início do Século XX, certamente que, além do
Heliocentrismo e Antropocentrismo, teriam igualmente que considerar-se a física de
Newton e a Teoria Evolucionista publicada em 1859 por Charles Darwin. No domínio
das ideias (leia-se Ciências Sociais e Humanas) os avanços mais notáveis inscrevem-

5
http://currupto.blogspot.com/2007/10/heresia-cientfica.html
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se essencialmente em torno não só do dualismo cartesiano, como igualmente na fusão


operada entre correntes epistemológicas do racionalismo e empirismo operada por
Kant mas, fundamentalmente na dialéctica hegeliana, afinal modelo de toda a
modernidade.
E são justamente estas duas contribuições primordiais para o
40 desenvolvimento do conhecimento científico e da cultura humana que pretendo aqui
convocar: o evolucionismo darwiniano e o reúne-se ao paradigma da síntese
hegeliana. Hegel disponibiliza o eixo em espiral da evolução do conhecimento e das
sociedades (a tese científica dominante colocada em causa pela sua antítese de cuja
fusão nasce numa síntese, uma nova tese, perpetuamente – até que se concretize o
fim da história, pelo menos – colocada em causa. Sucedem-se as teses, as antíteses,
as sínteses), Darwin (inspirando-se provavelmente no Systema Naturae de Lineu)
preenche a espiral do filósofo alemão recuando desde do homem até ao início da vida,
deixando, contudo por preencher algumas lacunas. É justamente no seio das brechas
argumentativas do discurso de Darwin que os movimentos criacionistas vão alojar os
50 seus engenhos numa tentativa de minar a tese
darwiniana, projecto que, ainda hoje se
mantém e tem, inclusive conhecido um
vigor tão reforçado quanto inesperado,
neste início de milénio, como aliás,
a página do DN é disso exemplo
inequívoco.
Nos Estados Unidos,
o ensino da Teoria
Evolucionista foi, numa
60 minoria de escolas,
substituído pelo do
Criacionismo, na Grã-
Bretanha as autoridades
assumem ser cada vez
mais difícil em certos
estabelecimentos de
ensino o ensino da Teoria
Evolucionista e as brechas
no sistema alastram à
70 Alemanha, França, Bélgica,
Suíça e Polónia.
Nos Estados Unidos o
problema tem ganho inusitada dimensão pública ou não
fosse a direita conservadora e religiosa forte no Partido Republicano e no próprio
espaço político americano, a tal ponto que dos pré-candidatos do Partido Republicano
o favorito para discutir com a favorita do Partido Democrata Hillary Clinton a eleição
presidencial de 2008 é justamente Mitt Romney, mórmon, em suma, um ultra-
ortodoxo, ao nível dos fundamentalistas islâmicos.

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Idênticos problemas e discussões, leia-se traições a todos quantos morreram


80 nas purificadoras e redentoras chamas do Santo Oficio para que a luz do
conhecimento científico nos pudesse chegar, têm sido colocadas em inúmeros países.
É incompreensível que o homem e o mundo ocidental hajam regredido tanto no século
XX que tenham permitido que os bastiões últimos do laicismo, o conhecimento
científico e a agenda política fossem infiltrados pelos discursos do obscurantismo, das
trevas, do medievalismo, imbecil e imbecilizante. Recuso aceitar a ideia de em 2007
haver lugar, no mundo ocidental, para o dogma, para a crença, para a contaminação
do discurso político por ideais retrógrados, bolorentos e bafientos ancorados no
misticismo dogmático que os Estados europeus tão sabiamente escorraçaram do
espaço público para a esfera privada durante a primeira vaga de modernidade (como
90 aliás, tão bem descreve Maquiavel em O Príncipe). Qual nietzschiano postulado de
“Eterno retorno do novo”, este processo pretende impor, (seguindo uma torpe
estratégia de paciência que Lucién Febvre em Les Annales designa de mudanças
estruturais nas sociedades e no homem), o eterno retorno do velho e ultrapassado.
Se, no século XV o retorno dos ideais clássicos às principais escolas
filosóficas europeias, seguindo os faróis veneziano e florentino, remeteram para as
trevas do esquecimento as trevas da Idade Média, abrindo lugar para a Luz do século
XVIII, no século XXI o evidente retorno do obscurantismo, plenamente em marcha
parece querer fazer regredir o homem, em diferentes domínios, para meados do
século V, re-cobrindo com o pesado manto da noite escura e fria o conhecimento
100 científico, substituindo-o pelas “verdades divinas e infalíveis” do Verbo (leia-se,
dogma).
Tive oportunidade de, em primeira mão constatar esta mesma evidência no
ano passado, em plena defesa da minha Tese de Mestrado. A arguição da mesma,
findou na página 22, quando, seguindo eu o paradigma científico (ainda) dominante,
propus, baseando-me para tal (e citando inclusive) Michel Tibon-Cornillot, investigador
francês, uma leitura do fenómeno nazi à luz de uma darwiniana selecção, não natural,
antes sim, induzida. Suprema heresia a minha, invocar Darwin no covil do
Criacionismo. Não tardou muito que do alto da arrogância do seu ego colossal, porém
nihilista, alguém sugerisse esta minha leitura como manifestação de um anti-semitismo
110 primário. No seio de tão instruído debate, eis que outra sinistra personagem, me
“lembra” que o darwinismo está em crise e foi ultrapassado (por um recrudescimento
dos movimentos fundamentalistas – acrescento eu) criacionistas. Senti-me esmagado
como se o peso de um milénio inteiro de luta contra o dogma e a mitologia se tivesse
subitamente abatido sobre mim.
Os sinais foram-se acumulando, até que, subitamente, no passado Domingo,
ao ler a já referida página do DN tomei consciência da verdadeira dimensão do
problema. A gangrena criacionista encontra-se em franca expansão (as guerras
opondo os mundos cristão e islâmico não são à luz destes novos dados apenas
económicas, são-no também religiosas e ideológicas) assumindo dimensões
120 preocupantes, pelo que urge a sua remoção definitiva, sob pena de todas e quaisquer
acções futuras venham a configurar o mero papel de cuidados paliativos.

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Currupto

Portugal dos Pequenitos…6


Foi com grande
satisfação que recebi a
notícia das obras na Ponte
da Chamusca a qual,
mesmo garantindo,
segundo os técnicos, a
segurança dos
utilizadores, não descansa
10 ninguém, tal é o estado de
degradação e abandono
que evidencia.
Não fosse pois
repetir-se nalgum Inverno
próximo idêntica tragédia
à regista em Março de
2001 em Entre-os-Rios,
até porque a proximidade
dos areeiros, bem como
20 as histórias que são voz
corrente entre a população
de pilares descalços e
assentes em estacas
deixam apreensiva muito
boa gente, saúdam-se,
portanto, as referidas
obras, mesmo atendendo
aos necessários constrangimentos e incómodos que as referidas causarão aos
automobilistas.
30 Outra das boas notícias recebidas prende-se com os estudos que já estão em
marcha na Ponte que liga as duas margens do Tejo entre Praia do Ribatejo e
Constância Sul, conduzidos pelo Instituto de Estradas de Portugal e pelo Instituto de
Soldadura e Qualidade para reforço da estrutura existente, ainda que tal implique
constrangimentos ainda mais sérios ao tráfego do que os já registados na Chamusca.
Devo, todavia, reforçar o erro de mais de duas décadas, já assinalado por
responsáveis bem mais autorizados nesta matéria que eu, que constitui qualquer
investimento na ponte existente, dada a inevitabilidade da construção de uma nova
travessia.
Desde finais do ano passado que também na ponte sobre o Tejo em
40 Santarém a circulação se encontra condicionada devido às obras de manutenção em
curso, urgentíssimas segundo é voz corrente na capital de distrito.

6
http://currupto.blogspot.com/2007/06/portugal-dos-pequenitos.html
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Currupto

Não querendo imiscuir-me em questões que desconheço, até porque, se por


princípio não admito ingerências na minha área de especialidade, não devo
igualmente intrometer-me nas matérias que me são alheias, parece-me contudo um
perfeito absurdo que se coloquem restrições à circulação rodoviárias em três
travessias vizinhas. Entre a Ponte Salgueiro Maia e Abrantes, todas as outras
passagens existentes encontram-se com condicionantes de tráfego, o que representa
custos económicos incalculáveis, aos quais aliás, neste Portugal dos Pequenitos
nunca se faz contas. Um pequeno exercício de contabilidade: imaginemos que, em
50 média, cada utente da Ponte de Santarém, por exemplo, aufere 5€/hora. Todos os
dias, em resultado das restrições existentes, perde, em média, 15 minutos no
atravessamento da ponte, o que representa um custo potencial de 1,25€/dia.
Entretanto, se contabilizarmos 1000 utilizadores, o custo diário sobe para 1.250€
diários. A estimativa do tempo de duração das obras está em ano e meio. Todavia, em
Portugal todos conhecemos bem as estimativas, pelo que vamos considerar, nunca
menos de dois anos, ou seja, números redondos, 500 dias de trabalho.
O nosso exercício já vai nos 625.000€ e ficaram de fora o combustível extra
desperdiçado devido à imobilização, os custos ambientais, os custos acrescidos com
transportes atendendo aos quilómetros adicionais que os pesados terão de efectuar,
60 entre tantos outros não contabilizados.
Porém esta estimativa foi propositadamente feita por baixo e, apenas
contempla uma das três pontes actualmente com limitações. Como dizia o outro, é
simples, façam-se as contas.
O propósito deste texto é, em suma, alertar para a irresponsabilidade das
decisões que se tomam neste país. Não discutindo as, aparentemente,
imprescindíveis obras nas três travessias, discuto sim o calendário bem como a nula
gestão integrada dos
recursos existentes,
atendendo a que a
70 entidade tutelar é
comum a todas. Não
se compreende como,
estando nós em
presença de infra-
estruturas seculares,
as intervenções a
realizar tenham sido
programadas para o
mesmo espaço
80 temporal. Trata-se de
facto de uma burrice
de todo o tamanho e,
os (ir)responsáveis
responsáveis,
deveriam ser chamados à pedra.

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Currupto

Anti-anti7
Anti-anti, porque sim!
Eles nem sabem bem aquilo contra o que são. São anti, porque sim e, ponto
final! E, porque são anti, são também anti os anti-anti. Como na matemática, negativo
com negativo é positivo, logo os anti são anti os anti-anti porque, estes últimos, não
são mais anti que os anti por serem anti-anti, nem são tão pouco anti-nada (a não ser
anti-anti). São, na verdade, pró-alguma-coisa e, por conseguinte, anti os anti. Logo,
por esta ordem de ideias, os anti terão necessária e obrigatoriamente que ser anti anti-
anti. Porém, como adiante veremos, os anti-anti, categoria na qual me incluo, embora
10 anti-anti assumidos, não serão necessariamente pró-coisa-alguma, o que de algum
modo coloca em causa o enunciado matemático atrás aludido. Poderá, afinal, uma
coisa ser e não ser ao mesmo tempo? Aparentemente, no domínio da lógica não
exacta, pode!
Avançando um pouco nesta linha de raciocínio que mais parece tirada de um
qualquer processo de refinação da dialéctica hegeliana, ou quiçá escandalosamente
usurpada da filosofia heideggeriana, o móbil deste texto será naturalmente um
manifesto de censura (leia-se anti-anti) contra os betinhos que, para aborrecer os
papás obreiros (lato sensu) do sistema, um pouco por todo o mundo espalham o caos,
o terror e a anarquia de cada vez que há notícia de uma reunião do G-8, qual
20 incarnação dos dois minutos do ódio orwellianos do intemporal 1984.
Os betinhos, criados e educados com todas as mordomias do e no sistema,
(afinal quem é que tem massa para andar de um lado para o outro a espalhar o caos e
a anarquia, senão os meninos queques da alta?), demasiado desocupados (o ócio
também tem destas coisas) entretêm-se a desafiar o pesado espartilho de regras e
sistemas que os papás (lato sensu) fizeram incidir sobre a indigna plebe, saltitando de
lugar em lugar e fingindo brincar às causas sociais, vão semeando a desordem e a
violência.
O resultado repete-se todos os anos. Seja a cimeira do G-8, o Fórum de
Davos ou o que quer que seja e os moços, quase sempre os mesmos, lá estão. São
30 contra e anti, porque sim! Porque lhes apetece! Porque nas suas vidas pequeninas,
fúteis, desinteressantes, demasiado seguras e sem sentido, deixou de haver um
objectivo para além de torrar fortunas colossais em todo e qualquer capricho. Conduzir
com a carta apreendida e, por isso, cumprir pena de prisão é cool, dá algum interesse
à vida. Pelo menos durante alguns dias.
Os filhos dos globalizadores são anti-globalização porque sim! É o modo que
encontram de aborrecer os ocupados pais, cujo único móbil na vida é espremer ainda
mais a arraia miúda e ganhar mais e mais e torrá-lo em toda a espécie de torpes e
infames diversões. Se os pais não lhes ligam puto, os moços têm de fazer pela vida a
chamar a atenção. Gastos obscenos nos cartões de crédito já não chegam para
40 aborrecer os pais. Há que ser anti. Anti é moda.

7
http://currupto.blogspot.com/2007/06/anti-anti.html
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Currupto

Alguém acredita que as manifestações e os constantes desacatos surgem


espontaneamente nas diferentes cidades onde ocorrem as reuniões da discórdia?
Alguém acredita que os trabalhadores da Rhode, da Delphi, da Yazaki-Saltano, da
General Motors, e de tantas outras por esse mundo fora que perderam os empregos
por conta das deslocalizações no quadro das economias globais, são os verdadeiros
obreiros (stricto sensu) de tão graves confrontações com a lei e a ordem?
É óbvio que não! Tomara aos ditos infelizes que a fome não chegue e que os
problemas que têm não se acentuem ainda mais. De modo que está fora de questão
“investirem” qualquer importância, por irrisória que seja em viagens apenas para
50 causar distúrbios e, quiçá, com um pouquinho de sorte passar duas ou três noite a ver
a lua aos quadradinhos.
Depois há os anti que, como eu, embora contrários aos efeitos mais
perversos que se vão fazendo sentir nas sociedades como consequência directa da
globalização, vêm também nesta um amplo conjunto de oportunidades e, contas feitas
é necessário assinalar que
não fossem as diferentes
globalizações jamais seria
possível o actual nível de
vida nacional.
60 Restam os
praticantes do ócio que, nada
mais tendo de útil ou
interessante nas suas vidas
se divertem como podem: a
fazer rallys em carros
milionários, a passear no
espaço, a caçar em África, a
conduzir com a carta
apreendida ou, finalmente, a
70 instigar e fomentar violentos
desacatos como os que frequentemente se verificam e foram, uma vez mais, no
passado fim-de-semana, notícia.
Sou anti-anti, porque sim! Sou anti globalização? Desta globalização, da
globalização do terror e da precariedade social e laboral, sê-lo-ei certamente! Mas
serei seguramente bem mais anti-anti (anti os anti-globalização) do que propriamente
anti-globalização. Sou anti a globalização da estupidez, da ignomínia, do desacato, da
violência gratuita, desmedida e injustificada e, certamente, anti-betinhos que à falta de
melhor programa se entretêm a viajar com o único intuito de ficarem pedrados,
beberem até cair, destruir a propriedade alheia, dar uns murros e pontapés e
80 passarem uma noite ou duas em alojamento de primeira à conta do erário público da
cada um dos países que “visitam”.
Why don’t get these bastards a life?

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Currupto

Cattle8
The recent
disappearance of Madeleine
McCann from Ocean Club at
Praia da Luz in Algarve as
brought an old discussion to the
spotlights of public space: how
can parents control every step
of their children, how that same
10 control may collide with children
right to privacy and finally
whether if parents should or
should not doing it.
First of all it is an
uncontested truth that people’s
security, on a wide sense, is not
the same nowadays has it was
in the past. At all times in
history there were always bad
20 people. However, the menace
of that sort of scum over the
majority of citizen’s security
was not so real as it is in
present time. Only a few decades ago there people do not fear to walk after the sunset.
Now there are ghettos in cities that, at night, look more like war zones than residential
areas, and citizen’s security is increasingly menaced by gangs, or all the type of
criminals.
Returning to the problem of citizen’s security, with special focus on those who
can not defend themselves, i.e., little children, elder people, etc., and crossing that with
30 an increasingly more violent and dangerous society, last week it was reported in
Portugal, as an appendix news coverage on the disappearing of little Madeleine, that a
company is developing electronic chips to implant on children in order to allow them to
be located via GPS by parents or the authorities and, in that case, to prevent cases like
this one.
I can not agree more that urges to increase security around our children and
avoid them to contact with all sort of threats, perversions and monsters that modern
societies have created: paedophilia, kidnapping, sexual exploitation, organ traffic, and
so on.
However, installing electronic devices on children to locate them on analogous
40 cases like the one of Madeleine, is reducing our children and, in time, the whole human
race to cattle.
8
http://currupto.blogspot.com/2007/05/cattle.html
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Currupto

Some time ago in a text at this very same


space I disserted about a bar in Barcelona
where the clients have the option to
install on themselves a
subcutaneous microchip that
functions like a VIP membership
card. Then I predicted that it
was only a matter of time until the
50 massive use of 50 that sort of
device would become true.
Personally what scares me is that,
then, I was convinced that
this type of discussion would
not be taken before two,
eventually three decades from
now.
Obviously, I was wrong. And of
course this kind of devices will not
60 flood our bodies 60 tomorrow. But who
can predict the day after tomorrow? And
such a famous case like the one of Madeleine
could represent the trigger that may leave many parents to take
an action regarding their children safety, and opt on GPS microchip to
control, not only the activities of their children, but also to know in real
time where are.
Today parents control by cellular phone every
second of their kids activities. But, on the other hand they
ignore the risks or don’t control at all the movements of
70 teenagers while they are 70 connected to the internet. The day after
tomorrow, though, that very same control may be done
through this kind of electronic device leading
children to an equal condition as domestic
pets, or cattle in large farms.
Even
if it is a well intended
proposal, installing GPS
chips on our children can
only lead to a new and
80 perverse sort of 80 parental
control over their children lives reinforcing the present
tendencies to the rising of a big brother society in the whole sense of the expression. I
hope that reasonability could prevail on this matter.

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Currupto

Voluntariado9
Ao entrar hoje num espaço comercial na urbe (vulgo Torres Novas - é bom
esclarecer, não vão os cinzentões políticos do burgo ler e não perceberem) deparei-
me à porta com uma senhora, dos seus cinquenta e muitos, talvez até sessenta e
alguns que, com um mealheiro amarelo ao peito e de saco da mesma cor a tiracolo,
pedia uma contribuição para a Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC). Entretanto e
uma vez cumprido o programa que ali me levara, enquanto esperava na fila para o
pagamento do lado de dentro fui-a observando. E o que vi, mexeu comigo. Não num
sentido negativo. Antes, pelo contrário. Muito pelo contrário mesmo.
10 Donde me encontrava pude observar sem recear que este meu exercício
pudesse ser detectado e, quiçá, criasse algum tipo de constrangimento em tão
meritória pessoa. Assim, pude reflectir na estopada, mesmo violência física que é para
alguém cujos anos da juventude há muito por si passaram, estar de plantão, um dia
inteiro, à entrada de um espaço comercial pedindo contribuições para tão louvável
instituição. Apercebi-me, das negas que levava, bem mais do que as respostas
positivas, e da frustração que deveria ser para uma senhora já entradota tal
insensibilidade geral perante um problema social sério e bem concreto.
A dada altura, pousou o mealheiro e a sacola, tendo puxado por um outro
saco que tinha junto a si. E, então virou-se de costas para os demais presentes.
20 Entretanto, a fila fora avançando e, já na caixa de saída pude aperceber-me de que a
notável voluntária da LPCC bebia água enquanto trincava um biscoito. No exacto
momento em que cruzava a porta pareceu-me que tomava uma qualquer medicação.
Neste espaço de tempo, um misto de pensamento e sentimento crescia
dentro de mim exigindo-me que não o apagasse sem ao menos o exteriorizar: que
motivação poderá ter alguém, a quem os anos e forças já vão faltando, para num dia
como o de hoje com frio e chuva, num tempo como o actual onde primam o
individualismo, o egoísmo, o interesseirismo, a insensibilidade, a falta de amor e
compaixão para com o próximo, o desinteresse geral, em que os valores de
comunidade e de solidariedade estão cada vez mais em desuso e são completamente
30 estrangulados por um consumismo e materialismo crescentes, abandonar o conforto
do lar, colocar-se numa situação de evidente incómodo físico (expondo-se tantas
horas em pé ao frio, ao barulho, etc.) e dispensar um dia inteiro a uma causa valorosa
como o é esta, para mais sujeitando-se a contínuas recusas de apoio e até por vezes
a ser quase enxotada por alguns sujeitos cujo sistema de valores deve sofrer de uma
qualquer gangrenosa enfermidade?
Este meu texto mais não é do que uma ode a todos quantos, por esse mundo
fora, se dedicam a actividades de voluntariado em prol de outros que muitas vezes
ainda criticam, desvalorizam e assumem atitudes negativas. A todos o meu muito
obrigado, certo de que se não tratam de palavras vãs ou de mera circunstância.
40

9
http://currupto.blogspot.com/2006/11/voluntariado.html
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Exercício 6

1. Configure as margens do documento com as seguintes medidas:


Esquerda: 2,5 cm.
Direita: 2,5 cm.
Superior: 3 cm.
Inferior: 3 cm.
Cabeçalho: 3 cm.
Rodapé: 3 cm.
Orientação: vertical
Alinhamento Vertical: centrado
Limites da Página: ver página seguinte (figuras, globo terrestre), largura do limite: 30 pto.

2. Defina as seguintes Tabulações:


a. Tabulação pré-definida: 0 cm.
b. 8 cm; alinhamento: centro; carácter de preenchimento: 2
c. 16 cm; Alinhamento: à direita; carácter de preenchimento: 2

3. Digite o seguinte texto:


Alguns Periféricos de Hardware do Computador

4. Digite o seguinte texto:


Periféricos Input ................................ Periféricos Output ................ Periféricos Input/Output
Rato........................................................ Impressora ........................................ Disco Rígido
Teclado ...................................................... Colunas ......................................... Multifunções
Webcam ....................................................Monitor ........................................................ Pen
Microfone.............................................. Placa Gráfica ..............................................Modem

5. Aplique ao texto digitado em 3 as seguintes formatações:


Tipo de Letra: arial
Tamanho do Tipo de Letra: 16
Cor do Tipo de Letra: azul escuro, texto 2
Estilo do Tipo de Letra: negrito
Alinhamento: centrado
Espaçamento Entre Linhas: 1,15 linhas
Espaçamento Antes: 6 pto.
Espaçamento Depois: 6 pto.
Limites: duplo, 3D, cor do limite: azul escuro, texto 2
Sombreado: azul escuro, texto 2, mais claro 80%

6. Aplique ao texto digitado em 4 as seguintes formatações:


Tipo de Letra: arial
Tamanho do Tipo de Letra: 11
Cor do Tipo de Letra: azul escuro, texto 2 (na primeira linha, branco, com realce vermelho
escuro)
Estilo do Tipo de Letra: normal (negrito na primeira linha)
Espaçamento Entre Linhas: 1,15 linhas
Espaçamento Antes: 6 pto.
Espaçamento Depois: 6 pto.
Sombreado: vermelho, cor 2, mais claro 80%

7. Digite o seguinte texto:


As Memórias do Computador

8. Aplique ao texto digitado em 7 as seguintes formatações:


Tipo de Letra: arial
Tamanho do Tipo de Letra: 16
Cor do Tipo de Letra: azul escuro, texto 2
Estilo do Tipo de Letra: negrito
Alinhamento: centrado
Espaçamento Entre Linhas: 1,15 linhas
Espaçamento Antes: 6 pto.
Espaçamento Depois: 6 pto.
Limites: duplo, 3D, cor do limite: azul escuro, texto 2
Sombreado: azul escuro, texto 2, mais claro 80%

9. Insira a seguinte tabela e formate-a de acordo com o apresentado na página seguinte:

TIPOS DE MEMÓRIAS - CARACTERÍSTICAS


Capacidade Velocidade Permanência
Categoria Tipo Dispositivo Custo
Armazenamento Acesso Dados
Rom Baixo n/a Baixo Fixo
Primárias

Ram Médio/Alto Elevado Muito Elevado Volátil


Cache Muito Baixo Muito Elevado Muito Elevado Volátil
Disquete
Magnéticas

Muito Baixo Muito Elevado Muito Baixo Fixo


(FDD)
Disco
Rígido Muito Elevado Muito Baixo Elevado Fixo
(HDD)
Secundárias

CD Médio Médio/Baixo Médio Fixo


Ópticas

DVD Médio/Alto Baixo Médio/Elevado Fixo


DVD2 Elevado Elevado Médio/Elevado Fixo
Pen Médio Médio/Elevado Médio/Baixo Fixo
Amovíveis

Cartão
Médio Médio/Elevado Médio/Baixo Fixo
Memória
Mp3 Médio Médio/Elevado Médio/Baixo Fixo
10. Formate a Tabela:
a. Tipo de Letra: Linha 1 (calibri, 16, negrito, maiúsculas, cor: branco, fundo 1); Linha 2
e Coluna 1 (calibri, 11, negrito, cor: vermelho, cor 2, mais escuro, 25%); Restantes
Células (calibri, 11, normal, cor: vermelho, cor 2, mais escuro, 25%);
b. Sombreado das células: Linha 1 (cor 2, mais escuro, 25%); Linha 2 e Coluna 1
(amarelo); Linhas 3, 4 e 5 (cor-de-laranja, cor 6, mais claro 80%); Linhas 6 e 7
(púrpura, cor 4, mais claro 80%); Linhas 8, 9 e 10 (azul marinho, cor 5, mais claro
80%); Linhas 11, 12 e 13 (vermelho, cor 2, mais claro 80%);
c. Limites da Célula: todas, cor: branco, espessura da linha, 2¼ pto.;
d. Alinhamento das Células: centrado (vertical e horizontal);
e. Altura das Células: 0,7 cm.

11. Formate o Cabeçalho


Texto: Tecnologias de Informação e Comunicação (linha superior); Periféricos e Memórias (linha
inferior);
Tipo de Letra: arial
Tamanho do Tipo de Letra: 11 (linha superior); 10 (linha inferior)
Estilo do Tipo de Letra: negrito (linha superior); itálico (linha inferior)
Cor do Tipo de Letra: vermelho escuro
Alinhamento do texto: direita (ambas as linhas)
Limite do Cabeçalho: linha simples, ½pto., cor: vermelho escuro

12. Formate o Rodapé


Número de Página: do tipo página X de Y
Tipo de Letra: arial
Tamanho do Tipo de Letra: 9
Estilo do Tipo de Letra: itálico
Cor do Tipo de Letra: vermelho escuro
Alinhamento do texto: direita
Limite do Rodapé: linha simples, ½pto., cor: vermelho escuro

13. Guarde o documento com o nome: TIC, na pasta exercícios_word.

14. Envie o Documento por Correio Electrónico como Anexo PDF, para o endereço do
formador. (Nota: esta opção pode não se encontrar disponível no seu computador. Se for
esse o caso, ignore este item).
Tecnologias de Informação e Comunicação
Periféricos e Memórias

Alguns Periféricos de Hardware do Computador

Periféricos Input .............................Periféricos Output ................ Periféricos Input/Output


Rato ....................................................... Impressora ........................................... Disco Rígido
Teclado .................................................... Colunas.............................................. Multifunções
Webcam .................................................... Monitor ........................................................... Pen
Microfone ............................................. Placa Gráfica.................................................. Modem

As Memórias do Computador

TIPOS DE MEMÓRIAS – CARACTERÍSTICAS


Capacidade Velocidade Permanência
Categoria Tipo Dispositivo Custo
Armazenamento Acesso Dados
Rom Baixo n/a Baixo Fixo
Primárias

Ram Médio/Alto Elevado Muito Elevado Volátil


Cache Muito Baixo Muito Elevado Muito Elevado Volátil
Disquete
Muito Baixo Muito Elevado Muito Baixo Fixo
Magnéticas

(FDD)
Disco
Rígido Muito Elevado Muito Baixo Elevado Fixo
(HDD)
CD Médio Médio/Baixo Médio Fixo
Secundárias

Ópticas

DVD Médio/Alto Baixo Médio/Elevado Fixo

DVD2 Elevado Elevado Médio/Elevado Fixo

Pen Médio Médio/Elevado Médio/Baixo Fixo


Amovíveis

Cartão
Médio Médio/Elevado Médio/Baixo Fixo
Memória
Mp3 Médio Médio/Elevado Médio/Baixo Fixo

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Exercício 7

1. Configure as margens do documento com as seguintes medidas:


Esquerda: 3 cm.
Direita: 3 cm.
Superior: 2,5 cm.
Inferior: 2,5 cm.
Cabeçalho: 2 cm.
Rodapé: 2 cm.
Orientação: vertical
Alinhamento Vertical: superior

2. Digite o seguinte texto:


Medidas de Informação

3. Aplique ao texto digitado em 2 as seguintes formatações:


Tipo de Letra: calibri
Tamanho do Tipo de Letra: 20, maiúculas
Cor do Tipo de Letra: azul escuro, texto 2, mais escuro 25%
Estilo do Tipo de Letra: negrito
Alinhamento: centrado
Espaçamento Entre Linhas: 1,15 linhas
Espaçamento Antes: 6 pto.
Espaçamento Depois: 6 pto.

4. Insira a seguinte tabela e formate-a de acordo com o apresentado na página


seguinte:
Múltiplos e Submúltiplo do Byte
TB GB MB KB Byte Bit
Terabyte 1 1024 1024x102 1024x102 1024x102 1024x102
4 4x1024 4x1024x10 4x1024x10
24 24x8
Gigabyte 1 1024 1024x102 1024x102 1024x102
4 4x1024 4x1024x8
Megabyte 1 1024 1024x102 1024x102
4 4x8
Kilobyte 1 1024 1024x8
Byte 1 8
Bit 1

5. Formate a Tabela:
f. Tipo de Letra: Linha 1 (calibri, 18, negrito, maiúsculas, cor: branco, fundo 1,
espaçamento entre caracteres: expandido, 2 pto.); Linha 2 (calibri, 16, negrito,
cor: branco, fundo 1); Coluna 1 (calibri, 11, negrito, cor: branco, fundo 1);
Restantes Células (calibri, 9, normal, cor: branco, fundo 1);
g. Sombreado das células: Linha 1, Linha 2 e, Coluna 1 (azul escuro, texto 2, mais
escuro, 25%); Restantes Células (com conteúdo, vermelho escuro; sem
conteúdo, cor-de-laranja)
h. Limites da Célula: todas, cor: branco, espessura da linha, 3 pto.;
i. Alinhamento das Células: centrado (vertical e horizontal);
j. Altura das Células: 1,2 cm.

6. Digite o seguinte texto:


O Bit e o Byte

7. Aplique ao texto digitado em 6 as seguintes formatações:


Tipo de Letra: calibri
Tamanho do Tipo de Letra: 20, maiúculas
Cor do Tipo de Letra: azul escuro, texto 2, mais escuro 25%
Estilo do Tipo de Letra: negrito
Alinhamento: centrado
Espaçamento Entre Linhas: 1,15 linhas
Espaçamento Antes: 6 pto.
Espaçamento Depois: 6 pto.

8. Insira a seguinte tabela e…


a. …formate-a de acordo com o apresentado na página seguinte.
b. Pode, todavia, escolher as cores de sombreado, bem como as linhas e
respectivas cores dos limites da tabela.
c. Note ainda que, os limites que na tabela da página seguinte não são visíveis,
deverão ser ocultados.

bit 0
1

byte 8 bits

byte bit bit Bit bit bit bit bit bit


8 7 6 5 4 3 2 1
0 0 0 0 0 0 0 0 0
1 1 1 1 1 1 1 1 255
128 64 32 16 8 4 2 1

1 0 0 1 0 1 1 0 150
1 1 1 1 0 0 1 0 242
1 1 1 0 0 1 1 0 230
0 1 1 1 1 0 1 1 123
9. Formate o Cabeçalho
Texto: Tecnologias de Informação e Comunicação (linha superior); Medidas de Informação
(linha inferior);
Tipo de Letra: arial
Tamanho do Tipo de Letra: 11 (linha superior); 10 (linha inferior)
Estilo do Tipo de Letra: negrito (linha superior); itálico (linha inferior)
Cor do Tipo de Letra: vermelho escuro
Alinhamento do texto: direita (ambas as linhas)
Limite do Cabeçalho: linha simples, ½ pto., cor: vermelho escuro

10. Formate o Rodapé


Número de Página: do tipo página X de Y
Tipo de Letra: arial
Tamanho do Tipo de Letra: 9
Estilo do Tipo de Letra: itálico
Cor do Tipo de Letra: vermelho escuro
Alinhamento do texto: direita
Limite do Rodapé: linha simples, ½ pto., cor: vermelho escuro

11. Guarde o documento com o nome: medidas_informacao, na pasta exercícios_word.

12. Envie o Documento por Correio Electrónico como Anexo PDF, para o endereço do
formador. (Nota: esta opção pode não se encontrar disponível no seu computador. Se
for esse o caso, ignore este item).
Tecnologias de Informação e Comunicação
Medidas de Informação

MEDIDAS DE INFORMAÇÃO

M ú l t i p lo s e Su b m ú lt ip l o d o B y t e

TB GB MB KB Byte bit
1024x1024x1 1024x1024x1 1024x1024x1
Terabyte 1 1024 1024x1024
024 024x1024 024x1024x8

1024x1024x1 1024x1024x1
Gigabyte 1 1024 1024x1024
024 024x8

Megabyte 1 1024 1024x1024 1024x1024x8

Kilobyte 1 1024 1024x8

Byte 1 8

Bit 1

O BIT E O BYTE

0
bit
1

byte 8 bits

bit bit bit bit bit bit bit bit


8 7 6 5 4 3 2 1
byte 0 0 0 0 0 0 0 0 0
1 1 1 1 1 1 1 1 255
128 64 32 16 8 4 2 1

1 0 0 1 0 1 1 0 150
1 1 1 1 0 0 1 0 242
1 1 1 0 0 1 1 0 230
0 1 1 1 1 0 1 1 123

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Exercício 8

1. Crie um novo documento, insira a seguinte tabela e…


a. …Formate-a de acordo com o apresentado na página seguinte.
b. Aplique o estilo sombreado médio, cor 6.
c. Tipo de Letra da Tabela:
i. Arial 11, normal, cor-de-laranja, cor 6, mais escuro 50%.
ii. Na primeira coluna: Arial 11, negrito, cor-de-laranja, cor 6, mais escuro
50%;
iii. Na primeira linha: Arial 12, negrito, branco, fundo 1;
iv. Na segunda linha: Arial 11, normal, branco, fundo 1;
v. As células “Nome” e “Média Final” da segunda linha: Arial 12, negrito,
branco, fundo 1;
vi. Será necessário aplicar um sombreado cor-de-laranja, cor 6 às células
Windows”, “Word”, “Powerpoint”, “Excel” e “Internet”;

Classificação por Módulo


Nome Windows Word Powerpoint Excel Internet Média Final
Ana 12 14 13 14 12
Andreia 14 12 14 15 13
André 15 19 17 13 16
Bruno 10 11 14 14 14
José 7 10 12 9 11
João 8 16 12 12 11
Lina 12 14 12 16 13
Marisa 13 11 15 16 14
Pedro 18 18 17 19 17
Ramiro 16 14 15 15 16

2. Insira, na coluna “Média Final”, uma fórmula que permita calcular a média de cada
um dos formandos. Para tal deve, recorrendo ao Friso Esquema (da Tabela), usar o
botão fórmula, escrevendo posteriormente e relativamente a cada uma das células, no
campo fórmula da janela com o mesmo nome, a fórmula seguinte: =average(left)

3. Insira um gráfico (Coluna – Colunas Agrupadas) como aquele que a seguir se


apresenta. Para tal deve:
a. Seleccionar os dados da tabela que acabou de inserir e copiá-los para a Área
de Transferência;
b. Inserir > Gráfico;
c. Na nova janela deverá colar os dados anteriormente copiados (este processo
evita que tenha de construir uma nova tabela com os mesmos dados. Todavia,
tenha em atenção que terá de apagar os dados que estão a mais).
d. No Friso Estrutura, seleccione Estilo 32.
e. No Friso Esquema:
i. Título do Gráfico – “Gráfico 1 - Classificação por Módulo” – Tipo de
Letra: calibri, 18, negrito, cor-de-laranja, cor 6, mais escuro 50%
ii. Título dos Eixos:
1. Horizontal Principal: “Nome do Formando” - calibri, 10,
negrito, cor-de-laranja, cor 6, mais escuro 25%
2. Vertical Principal: “Classificação 0-20” - calibri, 10, negrito, cor-
de-laranja, cor 6, mais escuro 25%
3. Formate ainda o texto da legenda, do eixo vertical
(classificação) e do eixo horizontal (os nomes) com a cor: cor-
de-laranja, cor 6, mais escuro 25%

4. Insira um gráfico (Linha – Linha) como aquele que a seguir se apresenta. Para tal
deve:
a. Seleccionar os dados da tabela (“Nome” e “Média Final”) e copiá-los para a
Área de Transferência;
b. Inserir > Gráfico;
c. Na nova janela deverá colar os dados anteriormente copiados (este processo
evita que tenha de construir uma nova tabela com os mesmos dados. Todavia,
tenha em atenção que terá de apagar os dados que estão a mais).
d. No Friso Estrutura, seleccione o Estilo 2.
e. No Friso Esquema:
i. Título do Gráfico – “Gráfico 2 - Classificação Final” – Tipo de Letra:
calibri, 18, negrito, cor-de-laranja, cor 6, mais escuro 50%
ii. Título dos Eixos:
1. Horizontal Principal: “Nome do Formando” - calibri, 10,
negrito, cor-de-laranja, cor 6, mais escuro 25%
2. Vertical Principal: “Classificação Final 0-20” - calibri, 10,
negrito, cor-de-laranja, cor 6, mais escuro 25%
3. Formate ainda o texto da legenda, do eixo vertical
(classificação) e do eixo horizontal (os nomes) com a cor: cor-
de-laranja, cor 6, mais escuro 25%

5. Insira um gráfico (Coluna – Cilindros Agrupados) como aquele que a seguir se


apresenta. Para tal deve:
a. Seleccionar os dados da tabela (“Nome” e “Média Final”) e copiá-los para a
Área de Transferência;
b. Inserir > Gráfico;
c. Na nova janela deverá colar os dados anteriormente copiados (este processo
evita que tenha de construir uma nova tabela com os mesmos dados. Todavia,
tenha em atenção que terá de apagar os dados que estão a mais).
d. No Friso Estrutura, seleccione o Estilo 40.
e. No Friso Esquema:
i. Título do Gráfico – “Gráfico 2 - Classificação Final” – Tipo de Letra:
calibri, 18, negrito, cor-de-laranja, cor 6, mais escuro 50%
ii. Título dos Eixos:
1. Horizontal Principal: “Nome do Formando” - calibri, 10,
negrito, cor-de-laranja, cor 6, mais escuro 25%
2. Vertical Principal: “Classificação Final 0-20” - calibri, 10,
negrito, cor-de-laranja, cor 6, mais escuro 25%
3. Formate ainda o texto da legenda, do eixo vertical
(classificação) e do eixo horizontal (os nomes) com a cor: cor-
de-laranja, cor 6, mais escuro 25%

6. Formate o Cabeçalho
Texto: Tecnologias de Informação e Comunicação (linha superior); Tabelas e Gráficos (linha
inferior);
Tipo de Letra: arial
Tamanho do Tipo de Letra: 11 (linha superior); 10 (linha inferior)
Estilo do Tipo de Letra: negrito (linha superior); itálico (linha inferior)
Cor do Tipo de Letra: vermelho escuro
Alinhamento do texto: direita (ambas as linhas)
Limite do Cabeçalho: linha simples, ½ pto., cor: vermelho escuro

7. Formate o Rodapé
Número de Página: do tipo página X de Y
Tipo de Letra: arial
Tamanho do Tipo de Letra: 9
Estilo do Tipo de Letra: itálico
Cor do Tipo de Letra: vermelho escuro
Alinhamento do texto: direita
Limite do Rodapé: linha simples, ½ pto., cor: vermelho escuro

8. Guarde o documento com o nome: tabelas_graficos, na pasta exercícios_word.


Tecnologias de Informação e Comunicação
Tabelas e Gráficos

Classificação por Módulo


Média
Nome Windows Word Powerpoint Excel Internet
Final
Ana 12 14 13 14 12 13
Andreia 14 12 14 15 13 13,6
André 15 19 17 13 16 16
Bruno 10 11 14 14 14 12,6
José 7 10 12 9 11 9,8
João 8 16 12 12 11 11,8
Lina 12 14 12 16 13 13,4
Marisa 13 11 15 16 14 13,8
Pedro 18 18 17 19 17 17,8
Ramiro 16 14 15 15 16 15,2

Gráfico 1 - Classificação por Módulo


20
18
16
Classificação 0-20

14
12
Windows
10
8 Word
6 Powerpoint
4
Excel
2
0 Internet

Nome do Formando

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Tecnologias de Informação e Comunicação
Tabelas e Gráficos

Gráfico 2 - Classificação Final


20
18
Classificação Final 0-20

16
14
12
10
8
6 Média Final
4
2
0

Nome do Formando

Gráfico 3 - Classificação Final


18
16
Classificação Final 0-20

14
12
10
8
6
Média Final
4
2
0

Nome do Formando

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Exercício 9

1. Abra o Microsoft Word e elabore um documento idêntico ao da página seguinte,


tendo em atenção:
a. O logótipo da empresa Troca-Tintas deverá ser desenhado recorrendo ao
Paint e, posteriormente, depois de guardado no Paint, inserido no cabeçalho
do Documento do Microsoft Word;
b. O rodapé deverá ter um sombreado além do texto;
c. A lista de serviços apresentada pela empresa deverá ser numerada com o tipo
Numeração Destacada;
d. Todavia, poderá escolher as cores, tamanhos e tipos de letra de que mais
gostar, desde que o texto do documento não ultrapasse uma página;

2. No friso MAILINGS, escolha:


a. Iniciar Impressão em Série;
b. Assistente de Impressão em Série Passo a Passo (do lado direito do monitor
aparecerá um painel lateral denominado Impressão em Série);
c. PASSO 1: Seleccione Cartas e prima seguinte;
d. PASSO 2: Seleccione Utilize o documento actual. Pode ainda seleccionar A
partir de um modelo (dos existentes no Word) ou A partir de um documento
existente (no caso de pretender criar a Impressão em Série a partir de um
documento anteriormente guardado);
e. PASSO 3: Seleccione Escrever uma nova lista e clique em criar. Neste passo
pode também utilizar uma lista existente, por exemplo num outro ficheiro do
Word, do Excel, ou do Access. Pode também, no caso de um email, socorrer-se
dos contactos guardados no Outlook.
f. Na janela Nova Lista de Endereços use a opção Nova Entrada para introduzir
um novo destinatário ou Eliminar Entrada para remover um destinatário da
Lista. Pode ainda personalizar as colunas com os dados a introduzir. Neste
caso, vamos usar apenas as colunas: Nome; Linha de Endereço 1; Linha de
Endereço 2; Localidade; Código Postal. Introduza, nos referidos campos entre
10 e 20 destinatários. No final, troque a posição entre os campos Localidade e
Código Postal;
g. Uma vez inseridos os dados dos destinatários e guardado o documento de
dados (na pasta exercícios_word, com o nome lista_enderecos), na janela
Destinatários da Impressão em Série pode seleccionar/desseleccionar os
destinatários para os quais vai enviar correspondência e cujas cópias o Word
irá imprimir;
h. PASSO 4: Em seguida no friso Mailings seleccione, a partir do botão Inserir
Campo de Impressão em Série, o campo nome e coloque-o, ao longo do
documento nas seguintes zonas:
i. Linha “Excelentíssimo Senhor «Nome»…:”;
ii. Linha “…diante de «Nome»”;
iii. Linha “…a preferência de «Nome»”;
i. Insira, abaixo da data e acima da linha de saudação (“Excelentíssimo
Senhor….:”), usando o mesmo processo descrito na alínea anterior os campos:
«Nome»; «Linha_de_endereço_1»; «Linha_de_endereço_2»;
«Código_postal»; «Localidade»;
j. Seleccione a opção Realçar Campos de Impressão em Série;
k. Seleccione a opção Pré-visualizar Resultados e observe o efeito da operação;
l. PASSO 5: Pré-visualize as cartas para Impressão em Série;
m. PASSO 6: Pode imprimir todas as cartas de uma só vez, ou pode ainda optar
por proceder a modificações individuais em cada uma das cartas;
i. Ao seleccionar Imprimir, pode escolher quais os registos/destinatários
a imprimir;

3. Guarde o Documento com o nome mailings, na pasta exercícios_word;


14-07-2009

Bill Gates
Rua dos Brincalhões 3.º Esq.
2222-222 Redmond

Excelentíssimo Senhor : Bill Gates

A Troca Tintas – empresa de serviços de pinturas domésticas, industriais e artísticas…, procura


pelo presente divulgar a sua oferta de serviços diante de Bill Gates.

Assim, as promoções para o presente ano são:

1) Pinturas domésticas:
i) Exterior, com tintas impermeabilizantes – 2,5€/m2
ii) Interior, com tintas laváveis e acetinadas – 3€/m2
2) Pinturas industriais:
i) Exterior, com tintas impermeabilizantes
(a) Até 1000m2 – 2,2€/m2
(b) Mais de 1000m2 – 2€/m2
3) Pinturas Artísticas:
i) Até 6 cores e até 20m2 – 100€/m2
ii) Até 12 cores e até 50m2 – 125€/m2
iii) Até 18 cores e até 100m2 – 150€/m2
iv) Mais de 18 cores – 25€/cor/m2

Na expectativa de virmos a recolher a preferência de Bill Gates subscrevemo-nos com a mais


elevada consideração,

Manuel Chico Esperto

(Gerente)

Página 60 de 64

Rua de São Nunca à Tarde, 999 – R/C - A


9999-999 – Atrás do Sol Posto
Tel.: 333 333 333 – Fax: 999 999 999
Email: geral@trocatintas.com
www.trocatintas.com
Exercício 10

Um documento pode ser criado no sentido de servir como Formulário, isto é, um documento,
cuja estrutura se repete muitas vezes. Fichas de pacientes num consultório médico, registos
individuais de alunos, registos biográficos de colaboradores, registos de sócios de uma
colectividade, etc.. As aplicações são inúmeras. Para construirmos um formulário necessitamos
de compreender alguns conceitos essenciais:

Os Campos – por campos entendem-se espaços que o programador pré-determinou que no


documento seriam destinados à recepção de determinados tipos de dados: texto, imagem,
caixas de combinação de opções, data, entre uma vasta panóplia de outros controlos
adicionais.

A Protecção – construída a estrutura do documento torna-se necessário proteger a mesma de


utilizadores pouco experientes e com tendência para a alteração dos documentos.

O Modelo de Documento – por último torna-se indispensável salvaguardar este documento


com o tipo de dados Modelo de Documento, que permitirá que exista em permanência um
master que, de cada vez que será aberto gerará um novo documento limpo, ainda que
conservando a estrutura definida na construção do mesmo, podendo inserir-se novos dados.

1. Abra um novo documento do Microsoft Word e…

2. Insira uma tabela com 5 colunas e 20 linhas


a. Una todas as células nas linhas: 1, 4, 7 e 14;
b. Una as células das colunas 2, 3, 4 e 5 nas linhas: 2 e 3;
c. Não efectuar qualquer união nas linhas: 5 e 6;
d. Unir as células das colunas 3, 4 e 5 nas linhas: 8, 9, 10, 11, 12, 13, 15, 16, 17,
18, 19, 20;
e. Unir as células da coluna 1 nas linhas: 8 a 13 e 15 a 20 – Note que o texto nas
duas células unidas deverá ter uma orientação vertical;
f. Digite o texto que se encontra em cada uma das células (apenas o texto que
na folha de resolução do exercício é apresentado a branco), seguindo as
indicações da tabela da página seguinte;
g. Formate-a a seu gosto, (limites e sombreado das células, tipos de letra e
respectivos tamanhos, estilos, etc.) tendo apenas em atenção que deverá
seguir a estrutura da tabela da página seguinte bem como a indicação das
uniões anteriormente efectuada;

3. Nas opções do Word (Menu Word>Opções do Word>Popular), active a opção


mostrar o Separador Programador no Friso
4. Vamos começar por criar os campos onde, futuramente, serão inseridos pelos
utilizadores os dados. Para tanto, a partir do Friso Programador, e da área
denominada “controlos”, insira:
a. Um controlo de Rich Text, nas células 2 da 2.ª e 3.ª linhas (respectivamente
nome e filiação) e também nas células 3 das linhas 9, 10, 11, 12, 13, 16, 17, 18,
19 e 20;
b. Um controlo de Data nas células 2 das linhas 5, 9, 10, 11, 12, 13, 16, 17, 18, 19
e 20;
c. Um controlo de Lista Pendente, nas células 1, 3, 4 e 5 da linha 5. Note que,
neste tipo de controlo o objectivo será o utilizador seleccionar uma opção de
entre as várias que forem disponibilizadas. Assim, após a inserção do controlo
terá que proceder à sua formatação, inserindo as opções que pretende
disponibilizar ao utilizador. Por exemplo:
i. Na célula 1 da linha 5, deverá inserir as opções de Sexo possíveis:
Masculino e Feminino. Para tal, após a inserção do controlo deverá,
com o objecto do controlo seleccionado, clicar em Propriedades e na
nova janela clique em adicionar. Escreva o texto da opção no campo
Nome a Apresentar e clique em OK. Repita o processo tantas vezes
quantas as necessárias para introduzir cada uma das possibilidades de
escolha que pretende disponibilizar ao utilizador.
ii. Repita o procedimento da alínea anterior para os restantes campos
da linha 5: Estado Civil; Profissão; Entidade, introduzindo várias
opções para posterior utilização;
iii. Se pretender alterar as opções de apresentação dos restantes tipos de
campos seleccionados (os de texto e os de data), deverá igualmente
clicar em propriedades (com o objecto do controlo seleccionado) e na
nova janela proceder às alterações que desejar;

5. Insira cabeçalho e rodapé ao seu gosto

6. Passemos agora à protecção do nosso formulário de molde a que um qualquer


utilizador não destrua inadvertidamente a sua estrutura. Ainda no Friso Programador:
a. Seleccione proteger documento;
b. Seleccione Restringir Formatação e Edição;
c. No painel do lado direito marque um visto nas caixas:
i. Limitar a formatação a uma selecção de estilos;
ii. Permitir apenas este estilo de edição no documento. Neste item,
seleccione ainda na caixa descendente Preenchimento de
Formulários;
d. Clique no botão Sim, impor protecção;

7. Agora vamos guardar o documento, com o tipo de Modelo, no sentido de garantirmos


a existência de um master sempre com as formatações originais. Para tal, guarde o
documento com o tipo Modelo de Documento, a partir do Menu do Word, Guardar
Como, na pasta exercícios_word, com o nome form_modelo;
8. Vamos experimentar o nosso trabalho, agora não na qualidade de programadores do
modelo, antes de um utilizador banal. Abra o documento que acabou de guardar, e
introduza dados nos campos disponíveis. Repare que os restantes não permitem
alterações;

9. Guarde o documento com o tipo Documento do Word (normal), com o nome


paciente_x, na pasta exercicios_word.
FICHA INDIVIDUAL DO PACIENTE
Nome Clique aqui para introduzir texto.
Filiação Clique aqui para introduzir texto.

Sexo Data de Estado Civil Profissão Entidade


Nascimento
Escolha Clique aqui para Escolha um item. Escolha um Escolha um
um item. introduzir uma item. item.
data.

Data Descrição
Clique aqui para Clique aqui para introduzir texto.
introduzir uma
Historial Clínico

data.
Clique aqui para Clique aqui para introduzir texto.
introduzir uma
data.
Clique aqui para Clique aqui para introduzir texto.
introduzir uma
data.
Clique aqui para Clique aqui para introduzir texto.
introduzir uma
data.
Clique aqui para Clique aqui para introduzir texto.
introduzir uma
data.

Data Descrição
Registo de Consultas

Clique aqui para Clique aqui para introduzir texto.


introduzir uma
data.
Clique aqui para Clique aqui para introduzir texto.
introduzir uma
data.
Clique aqui para Clique aqui para introduzir texto.
introduzir uma
data.
Clique aqui para Clique aqui para introduzir texto.
introduzir uma
data.
Clique aqui para Clique aqui para introduzir texto.
introduzir uma
data.

Consultório Médico
Raymond Kurzweil
Especialista em Bio, Nanotecnologia e engenharia de Telómaros
Los Angeles, California, USA
Tel.: 00 555 666 777 888

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