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Análise Gravimétrica PDF
Análise Gravimétrica PDF
Química Analítica II
Análise Gravimétrica
Vantagens
• Simplicidade e baixo custo (mufla e estufa)
• Exatidão e precisão (balança analítica)
• Método Absoluto (medida direta sem calibração)
Desvantagens
• Alto tempo de análise
• Trabalhoso
• Requer grandes quantidades de amostra
• Susceptível a acumulação de erros
Classificação
Os métodos de análise gravimétrica podem ser classificados de acordo com a
forma de separação do constituinte desejado da amostra:
• Gravimetria por volatilização
• Gravimetria por precipitação
ESTEQUIOMETRIA: Conceitos
Fórmula Empírica: Fornece a razão entre os constituintes de um composto
químico com o menor número inteiro de átomos.
Exemplo 4.
CH4 é a fórmula empírica para todos os alcanos acíclicos
CÁLCULOS EM GRAVIMETRIA
Relação entre Quantidade de Matéria e Massa
Mols
m = n . MM e n = m / MM Equação 1
onde:
n = número de mols
m = massa da espécie química
MM = massa molar da espécie química
Quantidade Equivalente
m MM
Eq = e PEq = Equação 2
PEq k
onde:
Eq = Quantidade de matéria em equivalentes
PEq = Peso Equivalente
m = massa da espécie química
MM = massa molar da espécie química
k = fator que leva em consideração a reação química na qual a substância
está envolvida
massa
%X = X
× 100 Equação 3
massa Amostra
a MM X
FG = . Equação 5
b MM Pr oduto
onde:
FG = Fator gravimétrico
a e b = números cujos valores indicam que a mols do analito produzem b mols
da substância pesada (produto)
%X também pode ser expresso por %(m/m).
Exemplo 7. Analito: P
Exemplo 8. Fe3O4
Substância pesada: Fe2O3
2Fe3O4 + 1/2O2 ≡ 3Fe2O3
a M Fe3O 4 2 231,54
FG = . = . = 0,9666 Equação 8
b M Fe2O3
3 159,69
2.30,974 ≡ 1.222,57
mP ≡ 0,2161 mP = 0,601472g
ou
Ou através da Equação 6
2 × 30,974
0,2161 ×
222,57
%P = × 100 = 17,11%
0,3516
DETERMINAÇÃO DE UMIDADE
PARTÍCULAS MAIORES
PRECIPITADOS PUROS
Suspensões Coloidais
• Partículas pequenas (d =10-6 a 10-3 mm);
• Não decantam facilmente;
• Não são retidas em papel de filtro comum.
Suspensões Cristalinas
• Cristais individuais bem desenvolvidos;
• Partículas densas que sedimentam rapidamente;
• Facilmente filtráveis;
• Não se contaminam facilmente;
• Partículas com 0,1 mm ou mais.
Tamanho das Partículas
• Composição química
• Condições do meio
¾ Temperatura
¾ Concentração dos reagentes
¾ Velocidade de adição dos reagentes
¾ Solubilidade no meio
SUPERSATURAÇÃO RELATIVA
A formação do precipitado ocorre em uma solução supersaturada da
substância envolvida. A supersaturação é um estado instável, que se transforma
em estado de saturação através da precipitação do excesso de soluto.
Matematicamente é expressa por:
Q−S
SSR = Equação 9
S
onde:
Q = Concentração dos íons em solução no instante anterior a precipitação
S = Solubilidade do precipitado no estado de equilíbrio.
Redução de SSR:
• Temperaturas altas (Solubilidade ↑)
• Soluções diluídas (Q ↓)
• Adição lenta do reagente precipitante com agitação (Q↓)
• Controle do pH do meio, S = f(pH), ou seja, a solubilidade do precipitado varia
com o pH.
Exemplo 12: Oxalato de cálcio
1- precipitação em meio ácido onde S é maior.
2- redução da acidez por adição de NH4OH remove quantitativamente o
precipitado.
NUCLEAÇÃO
Processo, no qual, um número mínimo de átomos, íons ou moléculas se
unem para gerar um sólido estável. A nucleação pode ser:
• Heterogênea: A agregação de íons ocorre em torno de pequenas
partículas de impurezas ou no vidro do recipiente.
• Homogênea: Os núcleos se formam pela orientação do número próprio de
íons em um arranjo ordenado típico.
↑ SSR Î nucleação
↓ SSR Î crescimento dos cristais
PRECIPITADOS COLOIDAIS
CONTAMINAÇÃO DE PRECIPITADOS
COPRECIPITAÇÃO
É o arraste de substâncias estranhas, normalmente solúveis, pelo
precipitado durante a sua formação. Principal fonte de inexatidão em análises
gravimétricas. Os mecanismos de coprecipitação podem ser divididos em:
• Adsorção Superficial
• Inclusão isomórfica (Cristais Mistos)
• Inclusão não-isomórfica
• Oclusão
Adsorção Superficial:
A substância é adsorvida na superfície do precipitado. Ocorre
principalmente em precipitados coloidais. Comum em precipitados com grandes
áreas específicas superficiais (unidade de área por grama do sólido).
A coagulação dos colóides não diminui a adsorção superficial.
Figura 5 – Colóide coagulado.
• Minimização da adsorção:
¾ Digestão: forma sólidos mais densos, diminuindo a área superficial;
¾ Lavagem com eletrólito volátil: eletrólitos não voláteis presentes na
CCI são substituídos por espécies voláteis. Não é capaz de retirar os
íons adsorvidos.
¾ Reprecipitação: O filtrado é redissolvido e repreciptado. É um processo
lento, assim é recomendado apenas para compostos que têm
extraordinária tendência de adsorção.
Exemplo 15: Fe(OH)3, Al(OH)3).
Fe+3 + NH4OH (exc) → FeOH3 adsorve OH- (camada primária) com Zn, Cd, Mn
como contra-íons
BaSO4 PbSO4
• Minimização da Inclusão:
¾ Remover contaminante (difícil na prática);
¾ Escolher outro reagente precipitante.
Inclusão Não-isomórfica:
Incorporação de impurezas no interior dos cristais. O contaminante
apresenta mesma forma cristalina com espaços reticulares diferentes, causando
distorção na rede cristalina. Esta é a única diferença a isomórfica e a não-
isomórfica.
Oclusão:
Quando o crescimento do cristal é muito rápido, íons estranhos (camada de
contra-íons) são ‘’aprisionados’’ durante o crescimento do cristal. Quem estiver em
excesso será o contaminante. A digestão minimiza este tipo de contaminação.
Exemplo 17:
Na2SO4
BaCl2
1) Excesso de Ba++
Adsorção primária: Ba2+ Cl- Cl-
Contra-íon: Cl- Ba2+ Ba2+
Ba SO4 Ba SO4
SO4 Ba SO4 Ba
2) Adicionando mais Na2SO4
Cl- SO4= SO4= Cl-
Ba++ Ba++
Ba SO4 Ba SO4
SO4 Ba SO4 Ba
PÓS-PRECIPITAÇÃO
Outra possível fonte de erros sistemáticos em gravimetria é a contaminação
por espécies insolúveis resultantes da presença de interferentes na amostra. A
impureza neste caso é um composto insolúvel que precipita depois que o
precipitado analítico se formou.
Exemplo 18: Ca2+ com oxalato na presença de Mg2+. Se o precipitado for deixado em
repouso em digestão haverá precipitação de MgC2O4
Velocidade de cristalização Ca2+ > Mg2+
Reações:
Ca2+ + C2O42- Ca C2O4 (precipitado analítico)
2+ 2-
Mg + C2O4 MgC2O4 (contaminante)
ERROS DE COPRECIPITAÇÃO
Quando o contaminante:
Não é um composto do íon determinado → erro positivo
Exemplo 19: AgCl adsorve AgNO3 , na determinação de Cl-.
Contém o íon a ser determinado → erro positivo ou negativo
TEMPO
• Tempo de análise Æ alto
• Tempo de operador Æ moderado
• Não há calibração e padronização
• Eficiente para analisar poucas amostras
SENSIBILIDADE E EXATIDÃO
• A exatidão pode ser afetada por:
Perdas por solubilidade de precipitado;
Erros de coprecipitação
Perdas mecânicas do precipitado. (só para concentração > 0,1%)
• Grande exatidão para concentrações > 0,1%.
ESPECIFICIDADE
• Não são específicos, mas seletivos → ppts. com grupos de íons
EQUIPAMENTOS
• Simples
• Baratos
• Fáceis aquisição e manutenção.
PRECIPITANTES INORGÂNICOS
Vantagens:
• Muitos são bastante insolúveis→ precipitação quantitativa
• Peso equivalente elevado com respeito à espécie → sensibilidade
• Alguns são bastante seletivos. A seletividade pode, em alguns casos, ser
melhorada ajustando fatores como pH.
• A maioria dos precipitados possui natureza física favorável à filtração e à
lavagem.
Desvantagem
• Solubilidade limitada em meio aquoso.
Tipos
• Compostos de coordenação (quelatos)
Exemplo 21: hidroxiquinolina, Dimetilglioxima
• Compostos iônicos
Outros Exemplos:
8-hidroxiquinolina ÆMg, Zn, Al
Solubilidade varia de cátion para cátion e depende do pH.