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Aula 18/03/2019

História medieval
Texto: Christian Amalvi

1º tempo

1) O autor:
2) Do humanismo ao neoclassicismo
 Idade média = época intermediária
 Criação dos humanistas italianos
 Retorno à antiguidade, aos clássicos
Comentário: Petrarca; uso do termo gótico por Rafael Sanzio; Giorgio Vasari – história
dos pintores ilustres, traz a ideia de um “renascimento”
 Abordagem filológica
 Reforma protestante – retorno ao texto sagrado e denúncias contra a Igreja
Comentário: ideia do cristianismo primitivo = cristianismo puro / problema de memória
de Constantino / princípios protestantes: sacerdócio universal dos fieis, justificação
ap//enas pela graça e fidelidade apenas às Escrituras (delemeau)
 Keller (séc XVII)
 Século XVIII – aprofunda isso
Gibbon: declínio e queda do Império Romano
Críticas ao clero e ao poder da nobreza / assembleia nacional (1789): abole os
privilégios feudais (o que é isso?)
Voltaire: história das cruzadas

3) Idade de ouro da Idade Média romântica no século XIX


 Veneração da Idade Média em oposição aos ideias iluministas e, de acordo com
o autor, ao processo revolucionário francês
 Idade média como lugar de encontro de algo que foi perdido
Comentário: utopias românticas (livro) – Idade Média como utopia do passado, ligado a
um pensamento mais conservador/ utopias futuras = revolução
 Augustin Thierry (1840) – cada momento histórico é único, tem sua própria cor
 Busca pelas origens = idade média como infância do povo (Michelet) / telas de
Delacroix
Misticismo, ideais cavalheirescos, amor cortês x amor romântico, heróis nacionais

O culto nacional de Joana D´Arc


“Batalhas pela memória” = esquerda: Joana tem origem popular, irmã do Zé Ninguém,
encarnação viva da nação, vítima simbólica da Igreja / Católicos: grande francesa,
grande cristã, grande santa, dimensão cristológica (morre na cruz pelos crimes de Filipe,
o Belo e de Isabel da Baviera).
Duas tendências sobre a Idade Média na França: bons tempos do cristianismo forte
(igreja); prenúncio da Revolução Francesa
Idade Média patriótica reconcilia as duas tendências
Imagens mitológicas do “álbum de família de todos os franceses”

Os usos da Idade Média de 1920 a 1945


Hitler – utiliza biografia de Kantorowicz sobre Fredeiro II para reclamar o seu estado
absoluto e centralizado como matriz do Reich de mil anos
Retoma máxima de Frederico Barba Ruiva (um Deus, um papa, um imperador)
Comentário: Otto Brunner
Uso da idade média pela propaganda antifascista

Idade Média no tempo da cultura de massa / Novas imagens, novos relatos


Hollywood se apropria do passado europeu de maneira anacrônica
Comentário: resgate recente, por seriados e jogos eletrônicos; novela medieval da Globo
Princesas da Walt Disney
Coração Valente
Música: Rick Walkeman, Blind Guardian, heavy metal, valesca popozuda
Livros: medievalistas como sucesso editorial (Le Goff, Duby)
Preocupação atual distinta dos românticos: botar o “medieval” nos outros; preocupação
em expurgar o anacronismo (será? Comentário de filmes: rei Arthur, Código da Vinci)

A “Nova Idade Média” dos historiadores


Le Goff, Duby, Le Roy Ladurie
Marc Bloch – diálogos com outras disciplinas, história das mentalidade, antropologia
histórica
Annales – novos problemas e novos objetos
Campos: sistemas de parentesco e das mulheres (Duby); história dos corpos; sistemas
de representações (Le Goff, Jean-Claude Schmitt)
Quebra de antigos clichês e mitos: Antiguidade Tardia, Longa Idade Média
Festas de fantasia medievalescas e turismo cultural

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