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ATRITO

Data: 06 de dezembro de 2018

Ester da Cruz Andrade – Matrícula: 201810051911;


Lara Botelho Brum – Matrícula: 201810053411;
Luan Rodrigues Soares de Souza Matrícula: 201810050911;
Raphael de Souza Ribeiro Trajano Matrícula: 201810053211.

RESUMO E OBJETIVOS
O experimento realizado teve como objetivo a análise mecânica envolvida no atrito
entre o bloco de madeira e a superfície, mais especificamente, foi encontrado o coeficiente de
atrito cinético (por meio da fórmula: F = μ N).
A partir dos resultados gerados e utilizando o método dos mínimos quadrados,
chegou-se ao resultado dos parâmetros ‘a’ e o ‘bx’ e do valor do coeficiente de atrito. Por fim,
a partir dos dados obtidos foi possível indicar quais fatores que proporcionaram o êxito no
experimento.

INTRODUÇÃO E DESENVOLVIMENTO TEÓRICO


A força de atrito é recorrente no cotidiano, se este não estivesse presente, não seria
possível fazer uso do automóvel, por exemplo. Tal força diz respeito ao vetor resultante de
forças que agem sobre átomos da superfície de diferentes corpos, quando estas superfícies
entram em contanto, apenas os pontos mais salientes se tocam.
Assim sendo, se as superfícies são muito lisas, os átomos, que entram em contato entre
si, se soldam a frio, formando uma única peça. Apesar de raros, estas soldas ocorrem e são
responsáveis pelo atrito estático. Já o contrário, o qual foi tratado no presente experimento, o
atrito cinético, ocorre quando a força aplicada ao sistema é capaz de fazer com que uma das
faces deslize e haja ruptura das soldas, movimentos relativos e novos contatos formados
aleatoriamente. Este pode ser representado por meio do módulo de sua força: ,
onde o vetor de ·, , é contrário ao movimento e paralelo à superfície, é o módulo da
força normal aplicada sobre o corpo, e seu vetor ( é paralelo à superfície, já é
adimensional e representa o coeficiente de atrito cinético.
Desta forma, foram aferidos tempo, distância e pesos (m1 e m2) para tornar-se
possível relacionar, por métodos algébricos, a função horária do espaço com força de atrito
cinético e então realizar o cálculo de .

APARATO EXPERIMENTAL
Foram utilizados os seguintes materiais:
 Bloquinho de madeira – m1 (221.5 g 0.01 g);
 Peso – m2 (446.62 g 0.01 g);
 Polia de massa desprezível;
 Roldana de massa e atrito desprezíveis;
 Cronometro digital acoplado a sensor fotoelétrico ( 0.001 s);
 Balança de precisão ( 0.01 g).
 Régua ( 0.5 cm).

Figura 1 - Sistema utilizado

ROTEIRO DOS PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS


1. Montar o sistema, colocando o bloco de madeira próximo à ponta da superfície de frente ao
sensor inicial, e um peso ao lado oposto pendurado por uma corda ligando-os através de uma
polia.
2. Medir o tempo que o bloco leva para chegar de um ponto a um outro ponto determinado
por meio um cronometro digital, que marca o tempo após o bloco passar pelo sensor inicial, e
para quando chega no outro sensor final.
3. Diminuir a distância de um ponto ao outro em 5 cm e ir calculando o tempo gasto em cada
instante.
4. Repetir o procedimento.

APRESENTAÇÃO DOS DADOS OBTIDOS


Os dados presentes na tabela abaixo foram medidos a partir do sistema ilustrado na
figura 1.
Distância Tempo
(X cm (T )s

70 0.479
65 0.470
60 0.445
55 0.434
50 0.399
45 0.376
40 0.358
35 0.341
30 0.297
25 0.275
20 0.233
15 0.213
10 0.157
5 0.098
2.7 0.072
Tabela 1: Medidas

ANÁLISE E TRATAMENTO DE DADOS


Para encontrar o valor do coeficiente de atrito nesse caso, é necessário fazer o balanço
de forças no sistema [figura 1] e fazer uso da segunda lei de Newton. Para isso é necessário
ter o valor da aceleração do conjunto (bloco e peso), que por sua vez é encontrada fazendo
uso dos dados obtidos no experimento, distância e tempo. Porém a expressão S = So + Vo t +

não é linear, isso pode ser notado plotando os dados obtidos, como foi feito a seguir:
0,8

0,7

0,6

0,5
S - Distancia (m)

0,4

0,3

0,2

0,1

0
0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6
t - Tempo (s)

Gráfico 1 – Gráfico S x t com os dados experimentais e o ajuste (Barras de erro muito


pequenas para serem colocadas no gráfico)

Dessa forma seria difícil obter o valor da aceleração, porém voltando a expressão
citada anteriormente, sabe-se que o sistema parte do repouso, portanto o Vo presente na
expressão é igual à zero, então resta: S = So +  S = .
Nessa expressão encontrada é possível notar um comportamento linear em torno de t²,
isso significa que se o gráfico for plotado na forma Distancia x Tempo², resultará em um
comportamento linear, que por meio do método dos mínimos quadrados [1] será possível
encontrar o valor da aceleração necessária. Para isso basta comparara expressão supracitada
anteriormente com a equação da reta, assim:
y = a + bx  S =
Onde y = S, a  0, x = t² e b =

0,8

0,7 Dados experimentais


Ajuste linear
0,6
S - Distancia (m)

0,5

0,4

0,3

0,2

0,1

0
0 0,05 0,1 0,15 0,2 0,25
t² - Tempo ² (s)
Gráfico 2 – Gráfico S x t² com os dados experimentais e o ajuste (Barras de erro muito pequenas para serem
colocadas no gráfico)
Portanto para obter a aceleração basta igualar o coeficiente angular à aceleração
dividida por dois:
b=  a = 2  2.9 = 5.8 m/s²
 =  = 2  0.046 = 0.092 m/s²

Depois é preciso fazer o balanço de forças do sistema e prosseguir os cálculos usando


a 2ª lei de Newton:
P 2 - T = m2  a
F=ma
T - A = m1  a

 P2 – μN1 = a (m1 + m2)


 –
μ=


μ= = 0.24

Figura 4 – Balanço de forças

 = , onde =0

pois g é uma constante, então resolvendo as derivadas parciais, obtém:

= 0.029

Portando μ = (0.24 ± 0.029) e não possui unidade pois é uma grandeza adimensional.

RESULTADO E CONCLUSÕES
Observando as etapas de cálculo para encontrar o valor do coeficiente de atrito pode-se
dizer que o experimento foi bem-sucedido.
Apesar de não possuir o valor teórico para calcular a exatidão, por meio do cálculo de

precisão,  100% = 12.1%, obteve-se que o experimento está cerca de 87.9% preciso, o
que é um valor alto.
Além disso, o valor do coeficiente linear do gráfico 2 está tendendo a 0 assim como
deveria ocorrer; é normal que ele não seja totalmente nulo, pois quando o bloquinho passa
pelo primeiro sensor ele já possui uma certa velocidade (muito próxima do zero), que acaba
sendo desprezada. Além disso o R² do mesmo gráfico está bem próximo de 1 o que sinaliza
uma boa qualidade no ajuste.
Portanto torna-se considerável dizer que o experimento realizado foi exitoso.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
[1] Física – Atividades Experimentais; R. Pantano Filho, O. K. Fujiy, N. Reggiani, M. F.
Ceolin, J. C. Penereiro Moara Editora (2002).

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