quinta-feira, 18 de abril de 2019

Caso dos exploradores da Caverna

Lon L. Fuller

Resumo por Milla Trotta

- Dos argumentos a favor da condenação:

- “Quem quer que internacionalmente prive a outrem da vida será punido com
a morte””- parágrafo 12 A, este dispositivo legal não permite nenhuma
exceção aplicável à espécie- Mesmo com qualquer solidariedade ao caso
extremo, deve-se considerar o conhecimento dos exploradores como locais,
tanto do conhecimento da lei, tanto da valorização do direito à vida de seu
colega, já que uma vez que um dos exploradores desistira do proposto, deixa de
ser uma ação/decisão “solidária" de todos. Fora isso, não pode-se exercer
qualquer diferenciação da justiça, ainda mais quando esgotadas as
possibilidades pela própria norma.

- Clemência dada por “dificuldade” de se realizar uma nova investigação?

Ineficácia da justiça, se não se esgotam as possibilidades e ou apresentam-se
provas concentras, sempre há forma de contestar

- A única fonte de conhecimento, prova, do caso é o próprio depoimento daqueles

que estavam na caverna, dos exploradores. Parece-me extremamente cômodo
deixar que a prova principal do inquérito seja dada exatamente pelos acusados.
Não há como se saber com exatidão se realmente Roger concordara, sem
maiores rebelias, conformando-se com o jogar dos dados por outro, definindo o
destino se sua vida. Ainda assim, a sucessão de fatos favoráveis à defesa é
espantosa: após Roger negar a decisão dos dados, teria em tão pouco tempo
voltado atrás e sem omissão deixado seu destino nas mãos de outro? E que
cômodo logo ele ser morto... não há como garantir que tais fatos não foram
manipulados.

- O projeto principal da defesa baseia-se na alegação de estado de natureza dos

exploradores. Tomando conhecimento de tal perspectiva, a acusação toma a
liberdade de contestar, trazendo para este tribunal alguns elementos:

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- 1) no 20o dia foi constatada escassez de alimentos por Roger, o único contato
que temos conhecimento com certeza de ser verídico. O assassinato fora
cometido três dias após. Seria esse prazo suficiente para decisão extrema?

- 2) De acordo com os estudos internacionalmente premiados, após o 20o dia de

escassez de alimentos não se sente mais fome, não justificando tamanha
comoção para justificar, se assim podemos chamar, o canibalismo. (Buscar
pesquisa da endocrinologista)

- 3) Por fim, cito o caso do aeromotor que caíra nas montanhas, seus passageiros
ficaram por longos dois meses, sem se conhecerem previamente, e ainda assim
resistiram sem aderirem ao canibalismo.

- Sentença condenatória:

- Os 4 acusados são membros de uma sociedade amadorística de exploradores de

caverna;

- Interior de caverna de rocha calcária

- Desmoronamento de terra com blocos de terra que bloquearam a entrada da

caverna, concentraram-se na entrada da caverna (que estava soterrada) com a
esperança que pudessem ser socorridos por equipe de resgate

- Secretário da sociedade é notificado do desaparecimento pelas famílias, existem

registros do local da exploração, a equipe de local foi enviada ao local. Foi
necessário aumentar o número de pessoas no resgate, alto gasto para resgate,
novos desabamentos ocorriam; outros funcionários do resgate morreram

- São resgatados no 32º dia

- 20o dia: soube-se exploradores levaram rádio transmissor capaz de receber e

emitir mensagens— Estabelece-se comunicação entre interior exterior

- GRANDE PROBLEMA: eles não haviam levado mantimentos animais ou

vegetais, após se comunicarem com o exterior (inclusive com a equipe
médica do acampamento) souberam que precisariam de mais
aproximadamente 10 dias para serem resgatados sob a condição de não

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ocorrerem novos deslizamentos e sobre a possibilidade de subsistência
durante tal período nas ditas condições, ficaram 8 horas sem comunicação
com o exterior; A comunicação subsequente, ao serem perguntados sobre a
possibilidade de sobreviverem com a ingestão de carne humana, dá início
ao caso principal: seria válido comer a carne de um dos companheiros da
caverna para a subsistência? -Tirariam a sorte entre eles para determinar
qual deveria ser sacrificado-

- Nenhum dos médicos respondeu, foi solicitada outra autoridade assumiu a

responsabilidade de responder a questão

- No 33o dia um dos exploradores (verificado nos depoimentos que fora o primeiro
a propor tal solução) fora morto para servir de alimento aos demais. Foi decidido
o uso de dados para a escolha à sorte de quem seria sacrificado. Pouco antes de
serem lançados, esse decidiu pelo abandono da medida extrema, diz que seria
mais consciente esperar mais uma semana. Procedeu-se para o lançamento dos
dados.

- Foram denunciados pelo assassinato do colega.

- DA DEFESA, ACUSAÇÃO E DECISÃO DO JUIZ: Fica entendida a prova dos

fatos acima, com fundamento nos mesmos, deveriam ser condenados pelo
assassinato do explorador colega por forca.

- A sentença foi contestada em petição conjunta pelo júri fosse revertida em prisão
de seis meses.

- “Quem quer que internacionalmente prive a outrem da vida será punido com
a morte””- parágrafo 12 A, este dispositivo legal não permite nenhuma
exceção aplicável à espécie, embora nossa simpatia nos incline à ter em
consideração a trágica situação a que esses homens foram envolvidos, em
um caso dessa natureza o princípio da clemência executiva parece
admiravelmente apropriado para mitigar os rigores da lei, razão para que
proponho para meus colegas que sigamos o exemplo do júri e do juiz de
primeira instância, solidarizando-nos com a petição (ARGUMENTO PARA
PROPOR CLEMÊNCIA)

- Clemência dada por “dificuldade” de se realizar uma nova investigação?

Ineficácia da justiça, se não se esgotam as possibilidades e ou apresentam-se
provas concentras, sempre há forma de contestar- PRINCÍPIO DO CONTRATO
SOCIAL: A lei penal é aplicável pela certeza de condenação, não por
retaliação ou vingança, resultando na impossibilidade de alterar-se a

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condenação, outra forma, haveria brecha para contestações futuras
(ARGUMENTO PARA MANTER CONDENAÇÃO EM PENA DE MORTE)

- A lei positiva só seria válida para o caso dos homens poderem coexistir em
sociedade. Tal fato sendo cessado de qualquer forma, fica valendo o direiro
natural, no qual, fazendo-se valer das máximas hobbesianas que o fundam, tem
como base teórica o defender da própria vida (ARGUMENTO PARA PEDIR
CLEMÊNCIA E INVALIDAR A LEI POSITIVA)

- Contratualismo é contra a pena de morte, já que entrega-se pequena e mínima

parte da sua liberdade ao estado. (ARGUMENTO PARA MANTER PENA E
NEGAR PENA DE MORTE!!!!!!!!!!!!)

- EXCLUDENTE DE CULPABILIDADE - legítima defesa -, não são imputáveis do

crime. (ARGUMENTO PARA ISENTAR) Se a lei for positivada, exclui a questão da
não existência de excludentes na lei da época?

Comentários:

DATA DE PUBLICAÇÃO: 1949 HARVARD LOW REVIEW

História fictícia

5 membros de Sociedade espeleológica

Sobreviveriam por 10 dias, prazo para resgate sem maiores complicações-contato

com médicos

10 operários morreram na tentativa de resgate

Roger sugere canibalismo

Resolver a questão num lançar de dados, na sorte

Livro é superficial na hora de falar sobre a desistência de roger, mas sabe-se que
outro jogou os dados por ele

Lançar de dados não foi adequado dentro dos procedimentos internos do grupo

Na suprema corte:

Foi solicitado perdão para suprema corte…

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10 juiz: relator do caso; manter pena de morte

2o juiz: absolve os membros, teses jusnaturalismo

3o juiz: abstencionista, não se sente pronto p votar

4o juiz: direito positivo, condenar

5o juiz: realismo juridico, opinião popular, absolvição

-> foram condenados pq empate era condenação na época.

Ativismo judicial: hermenêutica jurídica insere nos juizes complementos ideológicos

que influem na decisão certamente. Ativismo judicial sob a postura judicante!

Separar opinião pessoal de opinião jurídica é necessário!

Chefe do executivo que pode conceder a clemência, não os juízes

Não há muito espaço para subjetivismo pelos positivistas