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5ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE PASSO LARGO – SANTA CATARINA

Vistos e examinados estes autos de AÇÃO DE REGULAMENTAÇÃO DE VISITA C/C COM PEDIDO
DE ALIMENTOS, proposta por PEDRO SILVA, brasileiro, solteiro, menor incapaz, inscrito no CPF
sob nº 1, portador da carteira de identidade RG sob nº 2, residente e domiciliado na Rua Lauro
Linhares s/n, Trindade, Florianópolis/SC, tendo como curadora sua avó MARIA SILVA,
brasileira, casada, aposentada, inscrita no CPF sob nº 333.999.666-66, portador da carteira de
identidade RG sob nº 111.000-0, residente e domiciliada no mesmo endereço do autor,
representados por seus advogados em face de ALINE SILVA, MARCOS SOUZA & DANIEL
SANTOS, brasileiros, solteiros, respectivamente médica, enfermeiro & dentista, inscritos no
CPF sob nº 3, 4 e 5 portadores da carteira de identidade RG sob nº 6, 7 e 8, residentes e
domiciliados na Rua Deputado Antônio Edu Vieira, s/n, Pantanal, Florianópolis/SC, também
representados por seus advogados.

I – DOS FATOS

Aline, Marcos e Daniel viveram em uma relação de poliamor por doze anos.

No ano de 2010, Daniel viajou para um Curso Pós-Graduação no exterior e Aline ficou grávida
de Marcos. No ano seguinte, em 2011, Daniel retornou e o parto natural foi feito de mãos
dadas pelos três. Mesmo após o nascimento de Pedro, os três continuaram a viver como um
casal.

O filho Pedro, com seis anos de idade, era cuidado por todos e cresceu naquela família,
identificando Aline como a Mãe, Marcos como seu Pai e o Daniel como seu Tio, sem que a
constituição familiar lhe causasse qualquer transtorno. Na certidão de nascimento conta como
genitora Aline e como genitor Marcos.

Marcos não deseja mais a relação a três e deseja ficar com a guarda do seu filho Pedro sob o
argumento de que Aline é médica plantonista, sem horários fixos e rotina necessária para
cuidar de uma criança.

Discorre que, mesmo quando eles moravam juntos, Aline, quase nunca se encontrava presente
em casa, em razão dos plantões. Assim, era ele quem levava e buscava o filho na escola, fazia
as tarefas e o colocava para dormir, sabendo e cuidando da rotina da criança.

Além disso, alega que é inadmissível que seu filho permaneça sob os cuidados da genitora, que
o coloca em situação de risco, crescendo sem referências éticas e morais e sem a orientação
necessária para uma educação saudável.

Quer, também, regulamentar os dias e os horários de visitas, as quais deverão ser feitas
somente por Aline, sem a presença de Daniel. Marcos não deseja que Daniel tenha mais
contato com Pedro, alegando que ele usa as imagens do seu filho em um Blog sobre
“relacionamentos” para fazer apologia ao prazer e ao poliamor.
Em razão da divergência, este juízo concedeu provisoriamente a guarda para a genitora da
genitora do autor, agora na condição de curadora, até que se resolva a situação da dissolução
da união poliafetiva.

É O RELATÓRIO. DECIDIMOS.

II – Fundamentação

Tendo em vista que Aline viveu por um período maior que 1 ano na casa de Marcos e tendo
engravidado dele durante esse período e o que prevê a Tábua Sexta em seu artigo nº6 que diz
“a mulher que residir durante um ano em casa de um homem, como se for sua esposa, será
adquirida por esse homem e cairá sob seu poder, salvo se se ausentar da casa por três noites”
e o que prevê a Tábua Quarta em seu artigo nº2 que diz “o pai terá sobre os filhos nascidos de
casamento legitimo o direito de vida e de morte e o poder de vende-los”.

III – Dispositivo

Ante ao exposto, julga-se:

Procedente o pedido do requente Marcos devendo a guarda do menor Pedro ficar sob sua
tutela, visto que a Tábua Sexta e o seu sexto artigo junto com a Tábua Quarta em seu segundo
artigo preconizam que a mulher e o filho de casamento legítimo são propriedade do homem e
ele terá sob eles o direito de vida e morte.

PRI.

Florianópolis, 22 de março de 2018.

Caio Fábio Ferreira Figueiredo, Thiago Augusto de Medeiros, Nicolle Naira Sueiro, Mateus
Pereira e Bruno Della Giustina Rabelo.

JUÍZES DE DIREITO

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