Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
·,..<" ......~~ ..
,j,' ·~'I'; -itll.JeV'i(
• ;'4" ,
, •..., ,-
';' .:.;.
" . ~.,. .~f,
...< ',.;t.
'"
"... 4.,../ i-.i I"u.·~
. ..';. " ( ''''''''I~ .
I"" "..
.
" '.-........ .
"
Direito Administrativo
E
.Sciencia da Administração
POR
OLIVEIRA SANTOS
(Da Academia de Altos Estudos, hoje Faculdade de Phllosophla e Letras)
~,\\Ô0
,~L - -2 ~ r)-- --..:::L
S,~ -
-f'-='fr 66, 19F-
EDITOR ,' ..
JACINTHO RIBEIROPOS SANTOS
82-RUA DE S. JOSÉ-82 . __
,\) J
~' "
, .'
" .\.
PREfACIO
DIREITO ADMINISTRATIVO
AFFONSO CELSO.
PRIMEIRi LICÃO .
Conceito do direito em these. O direito precede á lei, na qual
assenta principalmente a organização politica e administra-
tiva do Estado. Sciencia da administração.
:Meus senhores:
Na regencia da cadeira onde me collocou a generosidade
da douta Congregação desta Academia, eu me proponho a es-
tudar com os meus condiscipulos um dos mais vastos e inte-
ressantes ramos da sciencia juridica - o direito administra-
tivo como complexo de leis e como s~iencia da administração.
Ensinando-se tambem se aprende, tanto que alguem já
disse que ensinar é aprender duas vezes.
N otae, em primeiro logar, que a Academia de Altos Es-
tudos, tendo sido instalada em 25 de Março de 1916, só no
. 3.° anno da sua existencia podia inaugurar o ensino do di-
reito administrativo, ohjecto da 1.'" cadeira do 3.° anno, na
fórma dos seus Estatutos.
Por este motivo, sómente agora aqui se inaugura este
curso.
Grande honra, de certo, para mim, a coincidencia do ini-
cio. de minhas lições com eE>ta inauguração.
Desajuda-me, entretanto, o receio de não corresponder á
-12 -
c( O
unico melhodo admis5ivel no ensino do direito e das
scienciwI 80ciaes é aquelle que,' no estudo dum problema, não
deixa na sombra nenhuma das questões que este problema 8ltS-
cita. O ensino muito elementar do dir~to não dá resultado
algum, corno mostram as tentativas feita8 para ministrar no-
çõesjuridicas geraes aos alumnos dos institutos secundarios.»
A meu ver, esta Academia, além de ser uma brilhante
irradiação do ensino superior e livre no Brasil, é uma escola
de especialização de estudos.
•
Preciso é, pois, que, na direcção deste curso, a par de
seu. objecto, eu attenda principalmente á conveniencia do me-
thodo a seguir em minhas prelecções.
Só assim (penso eu) se justificará a fórma, talvez dema-
siado complexa, do programma que organizei.
A este respeito, devo accrescentar que o desenvolvimento
que lhe dei obedece á natureza, toda especial, da organização
dada aos Estatutos desta Academia.
Contrariei assim, por força das razões que acabo de ex-
pender, idéas que antes eu propugnára em favor da simplici-
dade dos programmas na Faculdade que tenho a honra de
inspeccionar.
Não ha, entretanto, contradicção de minha parte entre o
que então defendi e o programma que formulei.
Indubitavelmente, na regencia desta cadeira, eu ficaria
áquem da minha missão se limitasse o ensino áquillo que or-
dinariamente se aprende noutras escolas de direito.
Tenho, portanto, que tratar das questões no que ellas
offereçam de mais interessante ao estudo dos factos sociaes,
a cujo respeito doutrina :M:arnoco:
([ O direito é um cOlljullcto de princípios que unica-
ment.e adquire vida em face dos factos,»
Na exposição de minhas lições, eu as submetterei, por
np.cessidade, a uma filiação logica de principios e idéas, sem
a qual a explanação dos pontos a discutir não poderá ser
facilmente comprehendida, clara e "adequada, como convêm.
Questão de metJ!odo, que, em materia de ensino, é a pri-
meira .condição da sua proficuidade c efficacia.
Sendo esta a orientação a que terei de obedecer na re-
'gencia desta cadeira, devo accrescentar:
O professor, especialmente de direito, deve ser mais do
que um simples commentador de textos e expositor (por
conta dos autores consultados) das suas theorias e doutrinas.
- 15
denominativo, »
Sem esposar nenhuma dessas opiniões, devo comtudo
dizer, que não conheço regra ou preceito mais arbitrario e fal-
livel, mais incerto, variavel e inconstante do que o direito.
Em comparação deste asserto, além dos factos da vida
quotidiana, abundam' os exemplos na historia. .
É bem conhecido o facto de dous homens disputarem.sc
uma herança, allegando cada um delles uma lei em seu fa-
vor; as duas lei.s são absolutamente contrarias e igualmente
sagradas.
Em Rhodesa lei prohibia fazer a bar La; cm Bysancio
punia-se com uma multa quem possuisse uma navalha de
barba.
Em Sparta, pelo contrario, eXigia-se que se rapasse o
bigode; Foust. de Coul., obro cit., pago 39f1.
Na Grecia a creaçlo e a educação dos filhos não era
encargo pesado, porque os paes os expunham com a maior
facilidade e impudencia.
Sparta tinha no Taygetes um abysmo em que se lança-
vam as creanças, 'que nasciam aleijadas.
Thebas vendia os engeitados em beneficio do Estado;
Ces. Canto Hist. Univ., vol. 4.°, pago 216.
Explica o que acabo de expôr a di\Tersidade do modo de
entender e de praticar o direito pntre os differentes povos nas
tres edades antiga, média e mOderI,l8.
V Il.ria,com effeito, o direito positivo, como varia a lei de
cada paiz; mas é immutavel o direito natural, attributo do
'homem.
E se, apezar disso, nem sempre é ) espeitado esse dirtito,
a razão é porque o homem ainda não attingin a tal estado
. de perfeição, qne, a seu resppito, se possa dizer:
O homem, na convi vencia com seus semelhantes, tendo
conseguido dominar os instinctos máos e abrandar seus cos-
turnos, não é mai!! o rude ambicioso, egoista e hypocrita, dos
tempos da barbaria.
Venceu todas as suas más inclinações o nperfeiçoamento
por ellealcançado; graças ao polimento de sua natureza pelos
beneficios da civilização.
De feroz e brutal, que elle era, tornotl·se o re!'opeitânor
consciente do direito de seu semelhante; o cnmpridor rigoro-
so dos mandamentos da lei, o dominador, emBm, dos' inte-
resses subalternos em todas as condições e relaçõ ~s de sua
vida em sociedade.
Até que esta aspiração se converta em realidade, não
nos admiramos de ver postergados os direitos natUl'aes do
homem.
Foi sempre assim ~odos os tempos; mas a verdade é que
os mesmos continuam immutaveis como um attributo, romo
um poder immanente do homem.
O mesmo, porém, não se dá em relação aos direitos de-
rivados ou. positivos. Estes variam sempre; e, nesta accepção,
eu os considero um producto cultural do espirito humano,
concretizado em preceitos estabelecidos 'pela lei no interesse
da collectividade social.
Relativamente a esta ultima especie de direitos,. eu vos
26 -
*
II - Reza a 2.& parte do nosso ponto, que - o direito
precede á lei, na qual assenta principalmente a organixação
política e administrativa do Estado.
E, com effeíto, assim se deve entender, como procurarei
demonstrar.
Na propria exposição que vos fiz, para estabelecer o CO[1.
ceito do direito em these, tendes a prova de que o direito
precede á lei.
A lei, como regra de aeção, vem depois, e assenta, prin-
cipalmente, sobre esse direit9.
A lei, portanto, que aqui consideramos é a escripta, em
contraposição á não escripta, ou lei natural.
A primeira, ,tambem conhecida por lei positiva, é obra
27 -
•.
DIREITO ADMINISTRATIVO . 3
SEGUNDA LIÇAO
Meus senhores:
O ponto que constitue ohjecto da lição de hoje é mate-
ria nwis de direito pu\)lico e constitucional do que de direito
administrativo, propriamente dito.
A pesar disw, logo se comprehende, pelas intimas ligações
deste com aquelles outros raUlOS de direito, ou antes, pela
connex?b que existe entre os mesmos, a consequente necessi-
dade de aqui estudarmos o fund(tmento dos poderes politicos
elo E . dado, dos quaes o poder administrativo faz parte.
E' uma questão sobre a qual, não nos sendo possiyel
erear causa alguma, apenas nos é dado explanal-a no terreno
de theorias conhecidas, fazendo um trabalho de simples con-
densBçZio.
Mas, antes de indicar com exactidào os fundamentos po-
liticm; do Estado, cumpre dizer o que pelo mesmo se deve·
entender,
l\Ieus senhores:
Já sabei!', pelo q'le tellllO dito nas dltas precedentes l~
çõcs, qual é, nu entender da cadeira, o verdadeiro conceito
do Estado e do individuo, politicamente falIando.
O ponto de hoje leva-nos á indagação:
1.0) das 1'elaçues do Estado e do indü;idllo;
2.°) das thcorias antlJgonicas da 7!)"ima~;ia dos dinituo'; do
,E.~tad,) sobre 08 dI) illdiDl~],UO, tj vice-ve7'sa; c01n[J/'el,e1/dendo
eSse fxalll8 a c/"itiea ao prineipio exclllsivi8ta de wda uma
dessas t/teorias;
3.°) da ról'/l/lda conciliat07'ia de ambas, a bem da eom-
munid(tde social;
4.°) finalmente, dos direitos e det'ere8 do Estado, li1/lita-
do.., pelos di/"eltos e deceres dos a-dlJlim:stratlos, e '!'eciln-oca-
meute.
!, . .
',"
.; .r·.·· .
(22) Vie; Sei. Nuova; Eneyelop~ Port., vo!. 9.0, pago 860 ..
*
QUARTA LIÇÃO
:Meus senhores: .
Refere o ponto de hoje que, no transcurso do tempo,
tem variado o conceito politico do Estado:
1. Nas duas precedentes lições (2. a e 3.") eu procurei
deixar patente, por um estudo comparativo de Bluntschli, as
difterenças esscnciaes entre as noções do Estado antigo e feudal
e do Estado moderno.
Pelo que então eu disse, ficastes sabendo qual o verda-
deiro conceito do Estado nos tempos actuaes, bem como onde
reside o fundamento do poder, que elIe exerce. .
Vistes tambem como se dividem os poderes do Estarlo,
principalmente na fórma do nosso regimen politico, e qual o
logar que compete, entre os mesmos, ao pode1' administrativo.
Vistes ainda, embora syntheticamente, em que cODsis-
tem os deveres primordiaes do Estado, extensivos á adminis-
tração publica.
Em seguida, na 3." lição, eu tratei das relar;ões do Es-
tado e do individuo: enumerei todas as theooas conhecidas
sobre a organização e os fundamentos do mesmo nas tres
idades-antiga, média e moderna; e, depois de ter feito a
analyse e a critica de cada uma dessas theorias, esbocei uma
fórmula conciliatoria dáS ,duas principaes theorias divergentes,
ácerca da natureza do E·stado, concebida assim:
- Nem o poder seIl? contraste do Estado, absorvendo de
todo o individuo, como nos tempos da antiga Grecia e Roma,
- 69-
*
QffiNTA LIÇÃO
Da União como poder politico e como centro da administração
geral do paiz. O Estado e a União em face da theoria,orga-
nicista de Spencer. Refutação dessa theoria. A união é uma
entidade abstracta, separada das unidades que a compõem,
e, comtudo, investida de poderes, que a Constituição lhe'
outorga, para o governo da Nação. Encarnam esses poderes
aquelles que os exercem como representantes da União, na
fórma da Constituição da Republica.
Meus senhores:
Temos que nos occupar, na lição,de hoie, do ponto 5.°
do nosso programma. Este ponto pode ser decomposto nas
seguintes proposições, que eu procurarei explanar o mais
resumidamente possível em uma só dissertaçãQ, como convem.
1. a) A União é u,,! poder politlco e centro da admini.'1-
tração federal;
2. a) A União é uma entidade abstracta, em contrapo-
sição á theoria organicista de Spencer;
a.a) A União em tudo se distingue das unidades, isto
é, dos estados de que se compõe,'
4. 8 ) Entidade moral e abstracta, é, eomtudo, investida
de poderes, que a Constituição lhe out01'ga para o governo
da Nação; .
5. 8 ) Finalmente, encarnam esses poderes os delegados,
que os exercem como repr.esentantes da mesma União, na
f6rm a da Constituicão da Republica. .
- 85-
· .............................................. ...... . ~
*
SEXTA LIÇÃO
Meus senhores:
A primeira parte do ponto, sobre que versa a lição de
hoje, presuppõe a existencia da organização federal estabele-
cida pela Constituição de 24 de Fevereiro de 1891.
Della emanam todas as leis do novo regimen, que, a
muitos respeitos, estabeleceram novos moldes a seguir pela
administração publica, alterando, por c0I?-sequp,ncia, profunda
e substancialmente, grande parte do nosso Direito Adminis-
trativo, como teremos occasião de ver no subsequente desen-
volvimento de outros pontos do nosso programma.
1. Hoje temos que nos limitar, primeiro, aos actos da
competencia exclusiva do E~tado e dos que lhe sãovedado8.
E' materia, de que especialmente se occupa a OOllstitui-
ção no seu Titulo II, composto de tres secçõeb: na 1.(á, trata
do Poder Legislatü10 em suas disposições geraes, da Camara
dos Deputados, do Senado, das attribuições do Congresso,
etc.; na 2.a, trata do Poder Executivo, das attribuições desse
Poder, dos Ministros de }!;stado, etc.; na 3. a, finalmente,
trata do Poder Judiciario, sendo estes precisamente os tres
poderes constitucionaes da Republica, aquelles que a mesma
l\tIeus senhores:
I. A responsabilidade civil do Estado pelos actos de
seus prepostos é uma das questõe~ mais momento~as da
actualidade, principalmente no Brasil.
Não ha exaggero em affirmar-se, que se contam ás cen-
tenas as acções intentadas contra a Fazenda Nacional, para
obrigaI-a ao pagamento de prejuízos, perdas e damnos causa-
dos por funccionarios da União no exercicio das suas fun-
cções!
Em consequencia disso, e sem embargo de muitas dessas
acções serem -julgadas improcedentes, sobem a milhares de
contos as importancias annualmente pagas pela Fazenda Fe-
deral a titulo de indemnisação!
lndagada a causa de tantos processos intentados, che-
ga-se á verificação de que a maior parte delles tem como
origem aetos de arbítrio, que se traduzem em excesso de po-
der e abuso de autoridade, em detrimento não s6mente do di-
reito de particulares, mas tam bem da lei, que é assim vio-
lada de encontro aos interesses da propria União!
- 121-
para o paiz, o unico que não tem culpa dos desacertos dos.
seus· dirigentes.
Por isso, fiel ao programma que me tracei, eu sou
obrigado a dizer:
Que pena não ter visto o maior dos nossos constitucio·
nalistas, em 1899, o que só chegou a vêr quasi dez annos
depois, em 1898! - o perigo de uma medida constitucional
demasiado elastica, que devia pôr em risco a existencia do
paiz, o principio da nossa ;"acionalidade I
Parece tanto mais procedente esta observação, quanto é
certo que o sr. Ruy Barbosa, além de ter sido um dos maio-
res fautores do movimento, que levou o paiz ao novo regi-
men, era e é um homem de Estado, a quem se não põde ne-
gar o prestigio de sua palavra, sempre ouvida com admira-
ção e respeito devido á soa grande autoridade.
Tudo aquillo, que só muito tarde mereceu a reprovação
e a eondemnação de tão abalisado jurista e politico, devia
ter sido pelo mesmo previsto.
Em politica, os verdadeü'os grandes homens, diz Le
Bon, são os que presentem as necessidades que· vão nascer,
os acontecimentos que o passado tem preparado e mostram
Q caminho a seguir. (26)
Meus senhores:
1. Evidencia o ponto de hoje que o Estado ou a União
Fedf'ral, além das attribuições, que lhe são conferidas por lei,
exerce outros pederes, que, na technica administrativa, se
consideram discricionarios, em virtude dos quaes agem em
condições tanto normaes como anormaes da vida nacional.
Esses poderes emanam da faculdade que, na sciencia da
administração, se denomina - Poder Politico, assim conside-
rado em geral como - principal encarregado de realizar a
missão do Estado.
Elles se concentram em uma só entidade - a União ou o
E~tado; assim como se dividem, como já vimos, na fórma do
disposto na Constituição da Republica, art. 15.
No que diz respeito ao poder executivo, este, por sua
vez, se divide em governamental e administrativo, s~gundo
a esphera dentro da qu~l actúa.
No 1.0 caso, isto é, tratando-se do poder governamental,
o seu codigo é o Direi to Publico interno e externo: no segun-
do, isto é, no ramo administravivo, o seu codigo especial é a
legislação administrativa. (1)
Na fórma do nosso direito, ambos esses poderes exercem
funcções que lhes são peculiares ou proprias, umas previstas,
definidas, taxadas na lei; outras apenas provindas da faculda-
*
- 148-
Meus senhores:
I. E' um ponto controvertido na sciencia das finanças,
no proprio Direito Publico e tambem no Direito Administra-
tivo o de saber até onde deve ir a acção do E~tado no domí-
nio economico do paiz.
A difficuldade começa por nem sempre se poderem pre-
cisar bem os limites que separam o 1'egimen economico do
regimen financeiro do Estado.
Cada um deHes tem, com effeito, seus caracteres distin-
ctivos; ma!', apezar disso, muitas vezes se confundem.
A primeira duvida que logo se nos apresenta no estudo
. desta. questão, provém da seguinte affirmação de Orlando:
« Tutta la parte economic social resta fuori dalla scien-
f ].
*
- 164-
*
(Nota.) Uma mrza do Jornal do Commercio de hoje
(16-7 -918) mostra-nos como, na realidade, se fazem os nossos
orçamentos.
•
DECIMA LIÇÃO
l\1eus senhores:
Pelo simples enunciado do ponto, vê-se, desde logo, que
é de capital importancia o assumpto de que nos vamos occu-
par na lição de hoje.
Notemos, antes do mais, que a instrucção publica é uma
necessidade tão profundamente ligada á existencia de um
povo, politicamente organisado, que já hoje se não admitte a
possibilidade de o mesmo desenvolver-se, adeantar-se, avan-
çar na senda do progresso, conducente á civilização, sem esse
poderoso instrumento, que lhe deve servir de orientação.e
governo.
Sem elIa se annullam as mais legitimas aspirações de um
povo no tocante ao polimento dos seus costume!', á sabedoria
das Buas leis, á cultura de sua intelligencia, ao apuro de suas
artes e industria!'l, ao possivel aperfeiçoamento, em ultima
analyse, do seu estado social.
Si o incremento da instrucção publica se demora, o
desenvolvimento da sociedade fatalmente se retarda.
Não ha grandeza possivel para uma nação, SI o povo
não é, pelo menos, sufficientemente instruido.
DIREITO ADMINISTRATIVO
- 178-
E Hreckel accrescentou:
«Nunca a nossa educação mesquinha e hypocrita, o
nosso ensino imcompleto, a mentira escondida sob o verni~
da civilizaçãO poderão triumphar dessa barbaria social e
moral. (3) ,
Não sou, senhores, apologista incondicional da instrucção
e da sciencia; mas tambem não participo do pessimismo dos
dous grandes naturalistas citados.
O qUtl elles vêem com tanto azedume e descrença é a
consequencia mais natural da contingencia das cousas hu-
manas.
A civilização (já o disse alguem) é a luz; mas não ha'
luz que não projecte a sua sombra!
Aqui se tem, pois, a explicação daquillo, que nem Wal-
lace nem Hreckel chegaram a comprehender.
Depois disso, a verdade é que, apesar da bm'baria social
e moral,' que, por vezes, ainda escurece o sol da civilização,
os povos .progridem e a civilização avança!
Ou isto é um facto, ou não e:lriste evolução; e, em tal
caso, Wallace e Hreckel são contradictorios com os seus prin-
cipios!
Comparae os povos dos tempos primitivos com os de
hoj e, e logo vereis a differença!
E' certo que, por vezes, a marcha progressiva da huma-
nidade se interrompe. Mas, tambem é certo que, passada a
perturbação, a marcha continua!
Apropria sciencia faz eclypse! O proprio direito
sofl're os efl'eitos de abusos da força, e são precisamente estes
factos que caracterizam as situações anormaes na vida dos
pCJvos. E' o retrocesso da civilização, como este, por exemplo,
que ha quatro annos se observa, consequencia innominavel
da guerra actual!
(4) Ch. Coeq., Diet. d.e l'Écon. PoIit., tom. 2.°, pago 935.
- 183 -
(6) E. Levass., Enseign. Primo dans les Pays Civilisés, pago 17.
- 187 -
Meus senhores:
'"
- 196-
lienaveis.
São·no tambem os de uso especial, em quanto conser-
varem esse caracter». S) e
No art. 68 ainda dispõe o Codigo Civil:
O uso commum dos bens publicas pode sel' gratuito, ou
retribuído, conj01'me as leis da União, dos Estados ou dos
Municipios, a cuja administração pertencem ».
I.sto signiBca, como bem pondera Clovis, que as cousas
publicas de uso commum estão, por ,sua natureza, destinadas
a ser utilizadas por todos, sendo que, em n'gra, esse uso é
gratuito. (17)
Quaes são, porém, esses bens?
São as ruas, praças e estradas, as aguas dos rios pu-
blicas para as primeiras necessidades da vida,. 08 mares
territoriaes, para a navegação e a pesca, as praias do mar
e outros semelhantes.
Muitas vezes, porém (observa Clovis), para compensa-
ção do capital empregado em obras, que as melhoram, o uso
dessascousas é retribuído. Pedagios, taxas de ancoragem são
exemplos de remuneração pelo uso dos bens communs. (18)
(20) CarI. de Carv., Consolo das Leis Civ., art. ~17, pago 75.
1'1) Carl. de Carv., Consol.'das Leis Civ., art. !17, pago 6~.
DE CIMA SEGUNDA LIÇÃO
Meus senhores:
DIREI'lO ADIUNISTBATIVO i5
DECIMA TERCEIRA LIÇÃO
Meus senhores:
1. Incidentalmente, mas a proposito, eu disse, na pre-
cedente lição, que o nosso direito administrativo tem passado
por tres phases successivas det;de o seu começo:
- A 1.", a datar do periodo colonial, anterior á procla-
mação de nossa independencia, quando todo o poder poZitico,
ou o poder absoluto, residia no monarcha, que era, na phl'ase
da ordenaçlo, a lei animada na terra;
- A 2. a, a partir de 182:d, quando foi proclamada a
independencia do Brasil, ou, mais precisamente, desde o
inicio de sua vida constitucional, em 1823.
- A 3.", finalmente, a datar da proclamação da Repu-
blica, em 1889. .
Na lição de hoje, por uma sequencia de· idéas na prdem
do nosso estudo, tentaremos fazer, em obediencia ao ponto,
. uma synthelfe h/storica da sciencia da administração no
Brasil desde os tempos coloniaes até 08 n08SOS dias.
(I) D. Ele Vasc., Thes. publico na Hev. do Inst. Hist., 3.° vol.,
(la~: 285.
*
-'-'- 228 -
(5) D. de Vasco Thes. cit., publ. na Rev. tambem cit., pago 286.
(6) D. de .vasc. Thes. cit., publ. na Rev. tambem cit., pago 286.
(7) D. de Vasc., 1'hes. cit., publ. Da Rev. tambem cit., pago 286.
(8) D. de Vasc., Thcs. cit., publ. na ,~{ev. tambem cit., pai'. 286.
- 230 --"
(9) Do de Vasc., Thes. cito publico na Rev. tambem citada, pago 29l:!.
(10) D. de Vasc., The~. cito publico na Rev. lambem citada, pago t9Z
- 231 -
Meus senhores:
- . " . "''''111
. •. ...4
DECThlA QUINTA LIÇÃO
Meus senhores:
Meus senhores:
Meus senhores:
Já vimos, na 15.& lição, os diversos sentidos em que
commummente se emprega a palavra admim'stração " o logar
que lhe compete entre os poderes politicos; a parte de
autoridade que lhe cabe como ramiJ;cação de um desses po-
deres (o exe?utivo); a missão, emfim, que lhe é destinada
como au~iliar do governo na direcção geral dos negocios do
paiz.
Ainda ha, porém, depois disso, importantes considerações
a fazer a respeito da administração.
Preciso é, pois, completar a explanação dos principios
fund~mfntaes Eobre que fIla aEsenta antes de entrar no estudo
dos elementos formativos de cada uma de suas especies.
E', sem duvida, de capital importancia a differença que
de facto existe entre a política e a admini~traçl'io.
O poder politico, ou, mais propriamente, o governo é a
vontade que delibera; a administração é o instrumento dessa
vontade. C)
Isto, porém, quanto ás medidas dependentes da colla-
boração dos dous poderes.
Não é exacto!
A monarchia cahiu por eft'eito de outras causas que n~o
cabe aqui apreciar.
, .
•
DECIMA OITAVA LIÇÃO
Meus senhores:
Antes de sabermos o que se deve entender por jurisdicção
administrativa e como ella se divide, notemos que .o seu con-
ceito é o de um poder que se exerce por funcções.
Entre estas, na technica adlI!inistrativa, ha, como fiz
sentir na 8. a lição, differenças essenciaes.
Alli eu disse, que tanto o poder governamental ou
politico, como o administrativo, exercem funcções que lhes
são proprias, umas previ8ta~, definidas, taxadas na lei, outras
apenas provindas da faculdade, implícita e necessaria, de
agirem os dous poderes cada um na orbita de suas
attribuições a bem e no interesse da coIlectividade ou nação.
E então accrescentei: conforme a natureza dessas
funcções, elIas se dividem em consultivas e activas, directas
e indirectas,' graciosas e contenciosas, e jurisdicciollaes e es·
lJontaneas.
Podemos, depois disso, na licção de hoje, entrar no
estudo da jurisdicçtlo administmtiva e de sua divisão na
fórma do nosso direito.
Lição l. a
LiçãO 2. a
Constt'tuição Federal:
Art. 72 - A ÇJonstituição assegura a brazileiros e a ef-
trangeiros tesidentes no paiz a inviolabilidade dos direitos
concernentes á liberdade, á segurança individual e á proprie-
dade nos termos seguintes:
§ l,o-Ninguem pôde ser obrigado a fazer, ou deixar
de fazer alguma cousa, sinão em virtude da lei.
§ 2.o-Todos são iguaes perante a lei.
A Republica não adruitte privilegio de nascimento, des-
conhece foros _de nobreza, e extingue as ordens honorificas
existentes e todas as suas prerogativas e regaliaE', bem como
os titulos nobiliarchicos e de conselho.
§ 3. 0 - Todos os individuos e confissões religiosas podem
exercer publica e livremente o seu culto, associando-se para
esse fim e adquirindo bens, observadas as disposições do di-
reito commum.
§ 4.° -A Republica só reconhece o :casamento civil,
cuja celebração será gratuita.
§ 5.° - Os cemiterios t2rão caracter secular e serão
administrados pela &utoridade municipal, ficando livre a to-
dos os cultos religiosos a pratica dos respectivos "ritos em re-
lação aos seus crentes, desde que não offendam a moral
publica e as leis.
- 349-
Consto Fed.:
Art. 1.0 - A Nação Brasileira adopta como forma de
governo, sob Q regimen representativo, a Republica Federa-
- 352-
Consto Fed.:
Art. lô -O Poder Legislativo é exercido pelo Congres-
so Nacional, com a sancção do Presidente da Republica.
§ 1.0 -O Congresso Nacional compõe-se de dous ramos:
a Camara dos Deputados e o Senado.
§ 2.° - A eleição para Senadores e Deputados far se·ha
simultaneamente em todo o paiz.
§ 3.° - Ninguem póde ser, ao mcsmo tempo, Deputado
e Senador.
Consto Fed.:
Art. 41 - Exerce o Poder Executivo o Presidente da
Republica dos Estados Unidos do Brasil, como chefe electivo
da Nação.
§ 1.0 - Substitue o Presidente, no caso de impedimento,
e succede·lhe, no de falta, o Vice-Presidente, eleito simulta-
neamente com eUe. .
§ 2.° - No impedimento, ou falta do Vice-Presidente,
serão successivamente chamados á Presidencia o Vice-Presi-
dente do Senado, o Presidente da Camara e o do Supremo
Tribunal Federal.
§ 3.° - São condições essenciaes para ser eleito Presi-
dente, ou Vice-Presidente da Republica:
1. o - Ser brasileiro nato;
2. 0 -Estar no exercicio dos direitos políticos;
3.° - Ser maior de 35 annos.
- 353-
Const. Fed.:
Art. 55-0 Poder Judiciario da União terá por orgãos
um Supremo Tribunal Federal, com séde na Capital da Re-
publica, e tantos juizes e tribunaes federaes, distribuido3 pelo
paiz, quantos o Congresso crear.
Consto Fed.:
Art. ll5 - Incumbe, outrosim, ao Congresso, mas não
privativamente:
1. 0 _ Velar na guardada Consti~ição e das leis, e pro-
videnciar sobre as necessidades de caracter federal.
DIREITO ADMINISTRATIVO
APPENSO
.
lU .
LiçãO 4."
Consto do Imperio:
Árt. 1.°-0 Imperio do Brasil é a Ássociação Politica de
todos os Cidadãos Brasileiros. ElIes formam uma Nação livre,
e independente, que não admitte com qualquer outra laço al-
gum de união ou federação, que se opponha á sua indepen-
dencia.· .
Art. 2.°-0 seu territorio é dividido em Provindas na
fórma em que actualmente se a,~ha, as quaes poderão !!ler
subdivididas, como pedir o bem do Estado.
Árt. 11-0s re·presentantes. da Nação Brasileira são o
Imperador e a Assembléa Geral. .
Art. 16-Cada uma das Camaras terá o tratamento
de - Áugustos e Dignissimos Senhores Representantes da
Nação. .
Art. 90-As nomeações dos Deputados e Senadore!!l
para a Ássembléa Geral e dos membros do~ Conselhos Oe-
raes das Provincias, serão feitas por eleições indirectas, ele-
gendo a massa dos Cidadãos activos em Ássembléas Pa.ro-
chiaes os eleitores de Provineia; e estes os Representantes da
Nação e Provincia.
Constituição Fede7'aZ:
Árt. l.°-Á Nação Brasileil'a adopta como fÓrma de go'-
verno, sob o regimen representativo, a Republica Federativa
proclamada. a. 15 de Novembro de 1889, e constitue-se por
- 355-
Llçao 5. a
Consto Federal:
Art. 67 -Salvas as excepções especificadas na. Consti-
tuição e nas leis federaes, o Districto Federal é administrado
pelas autoridades municipaes. ~
§ unico. As despezas de caracter .local, na Capital da.
Republica, incumbem exclusivamente á autoridade muni-
cipal.
Art. 68-0s Estados organizar-se-hão de fórma que
fique assegurada a autonomia dos municipios em tudo quanto
respeite ao seu peculiar intereilse.
Consto Federal:
. Art. lã-São orgãos da soberania nacional o Poder Lc-
.gislativo, o Extcutivo e o J udiciario, harmonicos, e indepen-
dentes entre si.
APPENSO'V
\ .
Lição 6. a
Consto E'ederal :
É da competencia exclusiva da União decretar:
1.0 - Impostos ,sobre a importação de procedencia es-'
trangeira j
2. o - Direitos de entrada, sahida e estada de navios,
sendo livre o commereio de cabotagem ás mercadorias nacio-
naes, bem como ás estrange,iras que já tenham pago imposto
de importação .
. 3. 0 _ Taxas de seIlo, salvo a restricção do art. 9. 0 ,
§ 1.0, n.O 1.
4.° - Taxas dos correios e telegraphos.
§ LO-Tambem compete privativamente á União:
1.° - A instituição de bancos emissores j
2.° -A Cl'eação e manutenção de alfandegas.
§ 2.0-0s impostos decretados pela União devem ser
uniformes para todos os Estados.
§ 3.0 - As leis da União, os actos e as sentenças de
. suas autoridades serão executados em todo o paiz por func·
cionarios federaes, podendo, todavia, a execução' das primei-
ras ser confiada aos governos dos Estados, mediante annuen-
cia destes.
Con~t. do 1mperio =.
Art. 170 - A receita e desp~za da Fazenda Nacional
será encarregada a- um Tribunal, debaixo do nome de The-
8ouro Nacional, aonde em diversas Estações, devidamente
estab~lecidas por lei, se regulará a sua administração, arre-
cadação e contabilidade, em reciproca correspondencia com
as Thesourarias e Autoridades das Provincias do Imperio.
Art. 171 - Todas as contribuições directas, :í. excepção
daquellas que estiverem applicadas aos juros, e amortisação
da Divida Publica, serão annualmente estabelecidas pela As·
semb!éa Geral, mas continuarão até que se publique a sua
derogação, ou sejam substituidas por outraE'.
Art. 172.- O Ministro de Estado da Fazenda, havendo
recebido dos outros. Ministros os orçamentos relativos ás des·
pezas das suas Repartições, apresentará na Camara dos De·
putados, annualmentr, logo que esta estiver reunida, um ba-
lanço geral da receita e despfza do Thesouro Nacional do
anno antecedente, e egualmente o orçamento geral de todas
as despezas publicas do anno futuro, e da imp0l'tancia de to-
das as contribuições e rendas publicas.
Consto do Imperio: ,
Art. 179, § 17 - A' excepc;ão das' causas, que por
sua natureza pertencem a Juizos particulares, na conformi-
dade das leis, não haverá fôroprivilegiado, nem commlS-
sões e&pecÍaes nas causas civeis ou crimes.
LiçãO 7,a
Consto Fedeml:
Art. 72 - princ. - A Consto ass!lgura a brasileiros e a
estrangeiros residentes no paiz a inviolabilidade dos direitos
concernentes á liberdade, á segurança individual e á proprie-
dade.
Art. 72, § 17 - O direito de propriedade mantem-se
em toda a sua plenitude, salva a desappropriação por neces-
sidade, ou utilidade publica, mediante indemnisação previa.
Art. 78 - A especificação das garantias e direitos ex-
pressos na Constituição não exclue outras garantias e direitos
não enumerados, mas resultantes da fórma de governo que
eUa estabelece e dos principios que consigna.
Art. 34, 2;° - Compete privativamente ao Congresso
Nacional autorizar o Poder Executivo a contrahir empresti-
mos, e,a fazer outras operações de credito.
*
APPENSO VII
LiçãO 8.&
LiçãO 10.a
C01iSt. do Imperio:
Art. 179.°, § 32.° - A Constituição tambem garante a
instrucção primaria e gratuita a todos os cidadãos.
Lei de 15 de outubro de 1827:
Art. 1. ° - Em todas as cidades, villas e logares mais
populosos, haverá. as escolas de primeiras letras que fôrem
necessarias.
Art. 4.° - As e~colas serão de en~ino mutuo nas capi-
taes das provincias; e o serão tambem nas cidades, vil/as e
logares populosos d'ellas, em que fôr possivel estabelecer-sc.
Art. 5.° - Para as escolas de ensino mutuo se applica-
rão os edificios, que houver com sufficiencia nos logares
d'ellas, arranjando-se CGm os utensilios necessarios á custa da
Fazenda Publica e os professores que não tiverem a neces-
saria instru:lção d'este ensino irão instruir-se em curto prazo
e á custa dos seus ordenados nas escolás das capitaes.
Art. 6.° - Os professores E'n~inarão a lêr, escrever, as
quatro operações de arithmetica, pratica de quebrados, deci-
·maes e proporções, as noçõ~s mais geracs de geometria pra-
tica, a grammatica da lingua nacional, e as principios de
moral christã e da religião catholica e apostolica rom,ana
proporcionados á comprehensão dos meninos; pref!'lrindo para
as leituras a Constituição 00 Imperio e a IIlstoria do Brasil.
Art. l1. C - Haverá escolas de mminas nas cidades e
villas mais populosas, em que os Presidentes em Conselho
julgarem necessario este estabelecimento.
Art. 12.0 - As Mestras, além do declarado no art. 6.°,
- 374-
Acto addicional:
.A:rt. 10.0 - Compete ás Assembleias legil:!lativas pro-
vinciaes legil:!lar: .
§ 2. 0 - Sobre instrucção publica e estabelecimento!
proprios a promoveI-a, não comprehendendo as faculdades de
medicina, os cursos j uridicos, academias aclualmente existen-
tes, e outros quaesquer estabelecimentos de instrucção que
para o futuro fôrem creados por lei geral.
Con8t. da Republica:
Art. 35.0 -lncumbe, outrosim, ao Congresso, mas nito
privativamente:
2. 0 - Animar, no paiz, o desenvolvimento das letras,
artes e sciencias, bem como a immiglação, a agricultura, a
industria e o commercio, Sfm privilrgios que tolham a acção
'. dos governos locaes.
APPENSO IX
LiçãO 11.-
Consto fi'edel'al:
Art. 3.° - Fiea pertencendo á União, no planalto cen-
tral da Republica, uma zona de 14.400 kilometros quadra-
dos, que será opportunamente demarcada, para nella estabe-
lecer-se a futura Capital Federal.
§ uníco - Effcctuada a mudança da capital, o actua1
D;stricto Federal passará a constituir um E,t ldo.
Art. 64 - Pertencem aos Estadoi! as minas e terras de-
volutas situadas nos seus respectivos territorios, cabendo á
União sómente a porção de territorio que fôr inruspensllvel
para a ddesa das fronteiras, fortificações, conatrucções mili-
tares e estradas de ferro federaes.
§ unico - Oi! proprios nacionaes, que não forem neces-
8arios para serviços da União, passarão ao dominio dos Esta-
dos, em cujo território estiverem situados.
. í':' _.
APPENSO X
Liçao 12.-
Constituição do Impe'1'io:
Art. 13.0 - O poder legislativo é delegado á assem-
bléa geral com a sancção do Imperador.
G'onst-ituiç:ão da Republica:
Art. 16. 0 - O poder legi3lativo é exercido pelo Con-
gresso Nacional, com a sancção do Presidente da Republica.
Art. 34. o - Compete privativamente ao Congresso Na-
cional:
IV - Aos coUateraes.
Art. 5.° da Introducção-« Ninguem se excusa alle-
gando ignorar a lei; nem com o silencio, obscuridade, ou in-
decisão della exime o juiz de sentenciar ou despachar. I)
'..:/o-t
•
APPENSO. XI
Llçlo 13.'
Const, do Imperio:
Art. 1.0 - O Imperio do Brasil é a associação politica
de todos os cidadãos brasileiros. Elles formam uma nação
livre e independente, que não admitte com qualquer outra
laço algum de união ou federação, que se opponha á sua in-
dependencia. .
Art. 2.° - O seu territorio é dividido em provincias na
fórma em que actualmente se acha, as quaes poderão ser sub-
divididas como pedir o bem do Estado.
Art. 3.° - O seu governo é monarchico-hereditario,
constitucional e representativo,
Art. 9.° - A divisão e harmonia dos poderes publicos é
o principio conservador dos direitos do cidadão, e o mais se-
guro meio de fazer effectivas as garantias que a Constituição
offerece.
Art. 10 - Os poderes políticos reconhecidos pela Cons-
o tituição do Imperio do Brasil são quatro: o poder legislativo,
o poder moderador; o poder executivo e o poder judicial.
Art. 15 - E' da attribuição da assembléa geral:
1.0 - Tomar juramento ao Imperador, ao Principe Im-
perial, ao Regente ou Regencia.
2,° - Eleger a Regencia ou o Regente,·e marcar os li-
mites da sua autoridade.
3.° - Reconhecer o Principe Imperial como SUccessor do
throno na primeira reunião logo depois do seu naschneilto.
- 383-
ConstituiçãO Federal:
Art. 72 - A Oonstituição assegura a brasileiros e a
estrangeiros re8identes no paiz a inviolabilidade dos direitos
concernentes á liberdade, á segurança individual e á proplie-
dade nos termos seguintes:
DlJlBITO ADIUI!iIS~lU.UVO
APPENSO XII
Li9ãO 14.a
APPENSO XIII
LiçãO 15.a
Consto Fedeml:
Art. 89. - É instituido um Tribunal de Contas para li-
quidar as contas da receita e despeza e verificar a sua lega-
lidade antes de serem prestadas ao Congresso.
Os membros desse Tribunal serão nomeados pelo Presi-
dente da Republica, com approvação do Senado, e sómente
perderão os seus logares por sentença.
Art. 55 - O poder judiciario da União terá por orgãos
um Supremo Tribunal Federal com séde na capital da Re-
publica e tantos juizes e Tribunaes federaes, distribuidos pelo
paiz, quantos o Congresso creou.
Art. 15 - São orgãos da soberania nacional o poder le-
gislativo, o executivo e o judiciario, harmonicos e independen-
tes entre si.
L1çao 16.&
, .
APPENSO XV
LiçãO 17."
Constituição Federal:
Art. 48 -Oompete privativatnente ao Presidente da Re-
publica:
Consto FederaZ:
Art. 48 - Oompete priv.ativamente ao Presidente da
Republica:
-- 393 -
Constituição Federal:
Art. 49 ~ O Presidente da Republica é auxiliado pelos
Ministros de Estado, agentes de sua confiança, que lhe sub- .
screvem os aetos, ~ cada um delles presidirá a um dos Mi-
nisterios em que se dividir a administração federal.
Art. .1. 0 - Os Eatados po dem incorporar-se entre si,
subdividir-se ou desmembrar-se, para se annexar a outros ou
formar novos Estados, mediante a acquiescencia das respecti-
vas assembléas legislativas, em duas sessões annuaes successi-
vas, e ~pprovação do Congresso Nacional.
Art. 5.°_ Incumbe a cada Estado prover, a expensas
proprias, ás necessidades do seu governo e administração j a
União, porém, prestará soccorros ao Estado que, em caso de
calamidade publica, os solicitar.
Art. 11- E' vedado aos Estados, como á União:
1.0 - Crear impostos' de transito pelo territorio de um
Estado, ou na passagem de um para outro, sobre productos
394 -
. LiçãO 18."
Constituição Federal:
Art. 55-0 Poder Judiciario da União terá por orgãos
- 396-
. '
('
"
, ~. .
,INDICE
-
INDICE
A
Academia de Altos Estudos; liç. La, pago 11.
Acção administrativa; pode ser positiva ou negativa; liç. 1T,
pag.303.
Actos da competencia exclnsiva do Estado (União FederalJ,
liç. 6.a, pago tOO.
Ados de gestão; \iç. 7. a , pago a5.
Actos de imperio; !iç. 7.a, pago 25.
Actos vedados li União Federal; !iç. 6.a, pago 100.
Administração: sciencia da - j Uç. 1.a , pago 20.
Administração: a - e a lei; Iiç. 3.", pàg. 60.
Administração: orgãos da -;- i \iç. 15, pago 272.
Administração: o que pode ser a- j liç. 17, pago 303.
Administração: agentes da - j liç. 15, pago 264.
Administração: seus caracteres i Iiç. 17, pago 30lJ..
Administração: auxiliares da - j liç. 15, pago 265.
Administração e justiça; Iiç. 18, pago a25.
Administração estadual; liç. 17, pago 314.
Administração federal; liç. 17, pago 315.
Administração geral; sua organisa~ão; liç. 17, pago 314.
Administração militar; liç. 17, pags. 305 e 308.
Administração municipal; liç. 17, pago 316.
Administração publica; sua organisação j liç. i5, pago 263.
AUemauha: o direito administrativo na - j lição 14, pago 255.
AlUança dos Estados: vide - Federação.
Aposentadoria; liç. 16, pago 292.
Austria Hungria: o direito administrativo na-; liç. 14, pago 256.
·B
Belgica: o direito administrativo na - j liç. 14, pago !50.
Bens: sua divisão; liç. H, pago 193.
Bens communs administrados pelos Estados; liç. 11, pago 206.
:".
400
c
Calamidade publica; liç. 8. a, pago 154.
Caridade: o Estado não faz caridade; liç. S.a, pago 15~.
Centralização; liç. 17, pago ;{04-.
Centraltzação administrativa; !iç. 17, pago 319.
Centralização e descentralização: qual dos dous regimens é (}
preferivel; \iç. 14, pago 258.
COdificação do direito administrativo; \iç. 14, pago 260.
Commercio: dever do Estado de proteger 0-; liç. 9.", pago 171.
Competencia: como se define a - ; liç. 18, pago 335.
Constituição do Imperio: seu confronto com a Consto da Repu-
blica; liç. 13, pago 233. .
Constituição Republicana: critica de Jean Cruet a essa Const .•
liç. 13, pago 242.
Cousa: definição de - ; \iç. ti, pago i94..
D
Delegação de poderes; \iç. 2.", pago 4.i,
Demissão ad nutnm; \iç. 16, pago 296.
DescentraUzação administrativa; !iç. 17, pago 319.
Dever de protecção do Estado nos casos de calamidade pu-
blica; !iç. S.", pago i5~.
Dinamarca: O direito administrativo mr-; liç. 14, pago 249.
Direito: como varía 0-; liç. i. a, pags. 15 e 22.
Direito: o - precede á lei; liç. l.n, pago 15.
Direito: o - ante os principios da escola positivista e evolucio-
nista; \iç. 3.", pago 57.
Direito: o - e a força; liç. 3.·, pago 59.
401
J
Jurisconsulto: sciencia do -; !iç. 5.", pago 88.
Jurisdicção: como se define; Iiç. 18, pago 324.
JUrisdicção administrativa; sua divisão; !iç. 18, pago 329.
Jurisdicção graciosa e contenciosa; !iç. 8 a, pago 14,7.
Jurisdicção contenciosa; !iç. 18, pago 329.
Jurisdicção graciosa; liç. 18, pago 329.
Justiça: dualidade da-; liç. 13, pago 242.
L
Lei - fundamento da ordem social; liç. La, pago 15.
Leis; sua divisão; !iç. 12, pago 217.
Leis no regimen da monarchia; !iç. 12, pago 220.
Leis no regimen republicano; Iiç. 12, pago 2:10.
Leis constitucionaes e administrativas votadas no. Imperio ;
!iç. 13, pago 235.
Leis anachronicas ainda em vigor no Brasil; !iç . .13, pago 240.
M
Monismo: app. I, pago 343.
Montepio; liç. 16, pago 298.
Municipalidades; seus privilegias, !iç. 6.", Pago 109.
Municipalidades norte-americanas; !iç. 17, pago 317.
Municipios; !iç. ri. a, pago 88.
N
Nação: condição de sua existencia; critica ás idéas de Duguit
subre este ponto; liç. 2."~ pago 38.
o
Obrigatoriedade do ensino; liç. 10, pago 182.
Orçamentos: como são feitos no Brasil. Apreciação de várias
doutrinas a semelhante respeito; Iiç. 9 a, pago 168 a 171.
Organisação politica e administrativa dos iistados j !iç. 1.",
pago 26.
- 405 ~
R
Reformas: abuso de -; liç. 1. a, pago 32.
Regimen administrativo francez; !iç. '\.", pago 31.
Regimen economico: critica á opinião de Orlando a este res· .
petto; liç. 9.", pago '159
Regimen financeiro; liç. 9.", pago 160.
Regimen representativo; liç. 13, pago 241.
Representação: theoria da - ; !iç. 7. a, pago 121.
Republica Argentina: direito administrativo na - ; liç. 14, pago
':2õ7.
Republica Argentina: a instrucção publica na - ; liç. iO,. pago
H17.
·- 406 -
s
Salus populus suprema lex est: inversão desta maxima; Jlcif1:
2. a , pago 4,7.
Self-administration; Jiç. 17, pag. 321-
Self-gouvernment; liç. 17, pago 3:l1.
Serviço milit6r: obrigatoriedade do-; Jiç. 17, pago 310.
Sciencias auxiliares do direito administrativo; \iç. 12, pago 221.
Sciencia da administração: a - no regimen do Imperio; liç. 13,
pag.233.
Sciencia da administra~ão: a - no regimen republicano; !iç. 13,
pago 237. .
Sciencia da administraç ão (au~i1iar do direito administrativo) ;
!iç. 12, pago 221.
Sciencia da adminil;tração: synthese historica da - desde os
tempos coloniaes até o advento da Repub!ica; !iç. 13, pago
226.
Sciencia da administração: a - no regimen colonial; !iç. 13,
pag. 226.
Syndicatos operarias; !iç. 9. a , pago 174.
Systemas de governo; liç. 16, pago 282.
Soberania nacional: a - no conceito de Duguit; refutação de
sua doutrina; !iç. 9.", pago 38.
Soberania dos Estados; !iç. 4. a , pago 72 ..
Soberania dos Estados na União Norte-Americana; !iç. 4. a,
pag.75.
Soberania dos poderes constitucionaes da União; iIlogismo
da ConstitlJição Brasileira a este respeito; !iç. 5. a , pago n7.
Soccorros publicas; liç. 8. a , pago 150.
Sueda e Noruega: o direito administr ativo na - ; Iiç. !4, pago
~48.
Suissa: o dir3ito administrativo na - ; Iiç. i4, pago 255.
T
Theoria organicista de Spencer : crilica a essa theoria; !iç. 5.2
pago 89.
- 401-
u
União e Estado: vide E~tado e União.
~!lUlo: o que é a -; \iç. 5.", pago 84.
J;f:lllão: em que elIa se distingue dos Estados, de que se compõe;
!iç. 5,a, pago Dó.
União e Fazenda N acionai ou Federal: constitucionaimente
formam uma só entidade, mas logicamente são entidades
diversas; Iiç 6.", pago 106.
União; seus privilegios; liç. 6. a , pago i07.
v
Vitaliciedade; liç. i6, pago 292.
·:
..
BIBLIOGRAPHIA
DIREITO ADMINIS'rRATIVO
•
Bibliographia
82 -- Rua de ~. José 82
ERRATA, I '
--I L-...: _ __ _
. \
TU.do estee livro sido imp'resso ' na ' Eu,;·opa. não poude ser revJstó pelo '
autor'. 'Devldo a iilsb. deram-Si! alguns erro s áe ·r€visão. que são aqui
co rrlgldÓS . t ' . I ' ' ' ' - ., ".-f/•
~'o!Sinl: . .',
.:>,
I I ..
;~;sC!'e~a~~~:. .11.2: ;~. li~ha•. O~d; 'se l~ ~' ~Zt~~ri«~~~'·~~~ :~_fieI~~~.' ,~:·.'··;i:,'X~
, .,.:.,. Na : P'g 227 ./ .24!.';;. linh'a; ' ~ , feche-se',' '0 .' par.entheB!S~ :n:( p~lByra ." / '
. -·~· · O~(f4ep1; ., ~· 1"-:" '! ' -.," " i".~ ' ,./ _ "~ '>"':- ', ' I. 'i>'f., ! .
. - ,' Na ' pg . 265 ~' 17.~ - IlQha " o~ se lê (no começ:(j ' do .J periodo,r, " "
li: i.:..!. l~la-&e - ~ E'. ' f '" J, ,l. - .. • : . 1 - ', • I, \ "",'1 !
: ." ~ Na pg274. )2.· · lInh~,. em .vez de -ob'6d-sená!~~" ~ : ·IéIIi:~se : '." ; ;>J;,;~
ob6,"enoia. " ' : ' " -', : ', '.: ~ , :: .: .,,- ..:.. ';., ~,... \: ~. ~.~r~··,~ " ~ (~:~':'\'L;'~1
, . "":'Na, pg '281. tO." ' llnh+ em ~z de ,- 'C'ltrto ' - .e!a~ !!1e .--.:
óilrto': ;' ~','>;;l
, . I ~ ~ Na pg 334. ,lAl." ,ltnhá: lógo"no .começo do 'perlndo. on;d~. 3e 11\ - ,)' "';'-;1
. n~m '\ O1ltr9. "'7' lela-'ro -;- M~ .é onhl! : " . " - . ... .. '. '.; "'V(
'. .li"" / \, ~< \: ,:>:p ~:. J. '! ':,' >:;:, ,:~" '~-"" ~' .' " "- ,~'~':~;~i\(::~\~~i~
o .. ..: ..'a .. o ' l..:.·. .:""bpúd, · peJt:J "Dl. · Le"nHlo1.; · eti'eÜ·tc L~o: ·
pes, 1 volume encadernado . . . 5~OOO
Co digo do Processo Criminal, pelo Dl'. Vict'ute _'\lves
de. Paula Pessoa. annotado e accolllmodado ao
fõro pelo Dl'. PoÍltes de l',liranda, 1 grosso vo,
lume, no prélo .
Co digo Penal da Republica dos Estados Unidos do
Brasil, por Ulll magistrado mineiro, 1 volume en-
cadernado. 5~OOO
CATALOGO 'DAS EDICÕES ~
nA
82 - Rua de S. José - 82
. RIO DE JANEIRO -~----_.
1919
.
Roteiro do Jury, por Levindo Ferreira Lopes, 1 vol ume
Satisfação do damng causado pelo delicto, pelo Dr.
Silva Costa, 1 volume encadernado.
Sentenças e Despachos, pelo Juiz de Direito Augusto
Ribeiro Mendes. Excelll:'llte livro de Dirl:'ito, con-
tendo longa série de decisões, I:'sludos e notas do
autor sobre os mais variados, interessantes e im-
portantes casos juridicos. dia a dia venli lados no
FÔro. Foi festivamente recebido por toda a im-
prensa. que ·lhe teceu os maiores elogios, teudo
sido considerado de grande utilidade e indispen-
savel ,para uso e consulta diaria., aos juizes,
advogados, promotores de justiça, e a todos que
trabalham no fôro, 2 grossos e bellos volumes
encadernados. 25t1000
Sociedades Anonymas (Das) - Commentario dos tex-
tos legups, inclusive o art. 1.364, do Codigo Civil
e formulario exteruo, por J. Ribeiro, 1 volume
cartonalio . 5~OOO
Seguros Terrestres e Marítimos (Dos). - Commenta-
rio ao Codigo Civil e ao Codigo Commercial, com
extenso f'orrnulario, por J. Ribeiro, 1 volume car-
tonado . 5~OOO
Successões Testamentarias, pelo Dr. Lacrrda de Al-
meida, 1 grosso volume encademado. ~3$OOO
Systemas Penitenciarias, pelo Desembargador A. Be-
zerra da R. Moraes, 1 volume brochado, 5J;OOO;
encadernado . 8$000
Tapumes Ruraes de accôrdo com o Codigo Civil. pelo
Dr. Felicio Buarque, 1 grosso volume brochado,
7~OOO; encadernado. . 10$000
Tarifa das Alfandegas, com todas as modificações
atél\H7, por um habil.empregado da Fazenda, 1
grosso volume encadernado. 12~OOO
Testamento e Successões- Decreto n.ol.829, de 31 de
Dt'zembro de 1\107, pr]o Dr. Sá e Albuquerque,
2. a edição, 1912, 1 volume cartonado . 3~OOO
Terras Indivisas, pelo' Dr. Laccrdª de Almeida, i vo-
lume encadel'llado. • , . 6~OOO
Tres Escolas Penaes - Classica, 1\ nlhropologica e cri-
tica :efll.ndo comnarativo), pelo Dr. Moniz Sodl'é-
de Aragã.o. 2. 8 ed.ição correcta e augmentada. Um
grosso volume encademado . 15&1looo
Theoria das Provas em mataria Civil. de Neves de
Cast.ro, com nnnotações de accôrdo com o Cndigo
Civil, pelo Dr. Pontes de Miranda, 1918, obra im-
portante, L grosso volume enoadernaljo • . . -15&000
Testamentos e Successões (Dosl-Formulario e anno-
tações praticas do Codigo Civil, por Martinho
Garcez, .\ volume carlOnado. . . ' . . • . 5&000
Distribuição das materias contidas neste importante
li vro indispensavt'1 a todo o cil1adão: Do testa-
mento em geral-Da capacidade (.Iara fazer testa·
mento-Das formas ordiLlarias do test8mento-
Do test.amenlo publico-Do testamento' cerrado
- Do testamento particular-Das testemuLlhas'
testamen tari "s-Dos cod ici lIos- Do IS tpstamentos
esppciaes-Das disposições testamentarias em
geral-Bos eifeitos dos legados e seu pagamento
- Da caducidade dos legados-Da capacidade
parI! adquirir por testamento-Dos herdeiros ne-
cessarios - Das substituições-Da desherdação- .
16
...
Edições da LiTirBria eruzfoutinho
AGGRA VOS - TheOI'ia dos Aggravos pelo I CODIGO CIVIL BRASILEIRO (Projecto
r. Martinho Garêez, i grosso vol. de cer- por Bevilaqua, 8 vol. brochados, ~O~; enca
de 600 paginas, 19i4, enc. 18,wOO. dernados, 30~OOO. -
ASSESSOR FORENSE COMMERCIAL, por I CODIGO CO~ERCIAL BRASILEIRO: an-
eixeira de Freitas, accommodado á nova le- notado e comparado com a doutrina nacional
slação, por um distincto advogado, 1 volume e estrangeira pelo Dr. Bento Faria, -1 grosso
cadernado, 15~OOO. volume com cerca de ~.OOO paginas, ~.& edi-
ASSESSOR FORENSE CIVIL, pelo Dr_ Na- ção, 1 volume encadernado, 30$000.
co de Araujo, 1 grosso vol. oncadernado, CONSOLlDAÇÃO DAS LEIS CIVIS, por
~OOO. Teixeira de Freitas, annotado pelo Dr. Marti-
AGUAS, por Almeida Lobão, 1 voI. enc., nho Garcez, 5. a edição, f915, -1 grossovol.
,1000. de cerca de i.300 paginas, enc., 30~OOQ.
ALIENADOS NOS TRIBUNAES, por Julio COMMENTARIO DO MANIFESTO DO
Mattos, 3 voI. enc., U&OOll. PRINCIPE D. LUIZ DE ORLEANS, pelo Dr.
APPELLAÇuES E AGGRAVOS, de Gouvêa Alberto de Carvalho, 1 volume encadernado,
into, nova edição, accommodada á legislação 1~000.
asileil'a,1 volume enc., 10~000. COMPENDIO DE THEORIA E PRATICA
APONTAMENTOS SOBRE AS FORMAL!- DO PROCESSO CIVIL COMPARADO COM O
ADES DO PROCESSO CIVIL, de Antonio CO,v.."\lEHCIAL e de hermeneutica juridica
\ menta Bueno, nova edição accommodada ao accommodada ao fôro pelo Dr_ Vicente Ferrer,
, ro por João de Sá e Albuquerque, 19B, i 1 voI. enc., HiIlOOO.
lume encadernado, iOJOOO. CRIMES' FEDERAES ela Alçada do Juiz
ARRAZOADOS e estudos de Direito, por Singular e sua Lei Processual, estudo critir..o
ranklill DorLa, 1 volume enc., ~OOO seguido de um appendice onde vem o ---in-
: ASSIGNAÇAO DE DEZ DIAS, por Almeida tercambio das Sentenças Penaes pelo Dr. José
Jiveira, edição de 1915, i voI. enc., 8~000. Tavares Bastos, 1915, i vol. encadernado,
CASAS (TRATADO DAS) por Almeida Lo- 7~000 .
. lio, nova edição, 19i5, 1 grosso voI., enc., COMPENDIO DE DIREITO MILITAR, pelo
O~OOO. Dr. Espirito Santo, 2 grossos volumes enc.,
CAMBIAL (A) NO DIREITO BRASILEIRO, i5i!OOO.
elo Dr. Paulo Lacerda, 2.& edição, 1913, 1 CONTRABANDO E SEU PROCESSO, por
rosso volume enc., 15~000. A. P. dá Araujo Corrêa, 1 voI. broch., 2$000;
CAMARAS MUNICIPAES, pelo Dr. Levindo enc., 4$000.
erreira Lopes, 1 volume enc., 5$000. CRIMINOSOS ASTUTOS E AFORTUNADOS,
CODIGO DO PROCESSO CRIMINAL, pelo estudo de psychologia criminal e social, de
r. Vicenle Alves de Paula Pessoa, 1 grosso Lino Ferriani, traducção de Henrique de Car-
o\. flnc., 30$000. valho, i915, 1 vQI. eIlC., 6$000. .
CODIGO PENAL DA REPUBLICA DOS ES- CONSOLIDAÇAO DAS LEIS DO PROCESSO
;: ADOS UNIDOS DO BRASIL, por um magi~ CIVIL, 3. a edição, i915; commentada pelo
). rado mineiro, 1 vol. enc., 5.000. Conselheiro lIibas, com a collaboração de seu
CO DIGO DAS RELAÇ~ES EXTERIORES, filho Dr. Julio Ribas, 2 grossos vols. encs. em
voI. hroch., 8$000; enc., l1~OOO. um, 250'1000.
CONSOLIlHÇAO DAS LEIS DA. JUSTICA CRIMINOLOGIA, estudo sobre o delicto e a
EOERAL - lJecreto n. o 3.084., de 5 de ~o- reparação penal, por R. Garofalo, traducção
embro de 1898, annotado peb Or. José Ta- pOl'tugueza de Julio de Mattos, 1 volume enc.
ares Basto~, ediçlio de 1910, 2 grossos volu- 10~OOO. .
es encadernados, 30~OOO. GAZAMENTO CIVIL (LEI DO) - Decreto
CODlGO PENAL E O JURY commentados /l.0 181 de 24 de Janeiro de 1890 commentado
. e accôrdo com as ultimas leis e a moderna pelo Dl'. João de Sá Albuquerque já de
~ urispr~delJcia, sendo portanto, o melhor guia accôrdo com o Codigo. Civil.Brasileiro c?n-
i, dos JUizes de facto, pelo Dr. José Julio de tendo um completo formularlO em apendlce,
FreitasCoutinho, i grosso vol. enc., 5$000. 1 vol. enc.. , 1915,4$000.
EDIÇÕF$ DA LIVRAR.IA CR.UZ C?U:rINl1Ij)
GUIA PRATICO para inslrueção dos Proc,,~ ~ RAL, pelo Dr. Oelavio Kelly, Juiz Federal de
s Criminaes, por Uans Gross, professor de E. do Hio, edição de 1914" 1 grosso vol. eDe' l
Di reito Penal na Universidade dp Gras tradu- 131000.
tido por Jollo Alves de' Sá 1 grosso ~voI. de NOVA E COLA PENAL, pelo Dr. Viveirol
644 paginas, ene., n~ooo. d Castro, !." edição, 1913, i grossovoI. ene.
INFANCIA ABANllON ADA (A), por Franco 8&000.
Vas. i vol. cne., 10Woo. NOVA CONSOLIDAÇAO DAS ALF AN DE,
INV ENT,\RlO ,PARTILHA E C NTA , GA , additado pelo Oro João de Sá e Alou.
por Menezes - annolallo p lo Dr. Ta. vares querqu , '1 Rrosso vol. broc., 7roGO; encader.
Bastos, 7." diç.'1 o, i9t 4, 1 grosso volume de nado, iO~OOO
i
600 pa~inas. cnc., 1 5~ .' JOVA LUZ SOBRE O PASSADO 1 voluml
INJ IH A E DlFF fA ÇÔE (DA) 11 J . 10$t 00. '
P. frola . traduzido pelo Or. uza Co la, edi- t'iOTA FOREN ES, pelo Or. Monte Raso
ção d 1!lt 5. ~ vol. nes. , 12rooO. 1 Ilro 50 volu m ('nc., 4241000. .
LEG I LA Ç , {PAR DA pelo Co nso· NO I I ~ { A LEI DAS FALLENCI AS pel
lheiro Canditlo taria d livf ira, 1ro so Or. Bento de Faria. Decreto n.O ~ . OM de 1
"01. ne. 2 d Dez('mbro d 1!l08 - 5." ediçllo de 1913
LEI UR IL co)) cçiio compl eta d(' de annolnda comparada com a doutri na e jori8'
1 O ( r r to do ov rno Provisorio) com prudeneia nacional e estrangeira , 1 grosso voI.
a d IeO at i 11, ncndernaç.'1,o uniform e, cn .. 15WOO.
':00 . T \ I ~ I MA LEI DE FA LLENCIAS, D&
L I ' fiE LA~IE N TO DO RT E[ MI· cr lo n.o :tO~4, annolado pelo Or. João d~
1 1 An. 1 I. brochado. 2' 00. á Albuqurrqu contendo toda a I ~i allna
LEI li: n ' LA~I E~T )) Brr ' T DE lada e um completo Formulario, 3." ediçãq
. M , nnolnd a u ~mr ll tndo d uma co nsiderav Imente augmenlada contendo ~
5yno . alphab ~l iCII p lo Or. l:nrl s 133rr to. ui · aceordams julgados, 1 grosso vol. car~t
tima I1 de 19b, hroch .. :lt10l0; PflC.. 5~U O. 5~0.
LEI E I\ E , L IE ~T no :ELL . nnllo, N LLrn ADE DO ACT JUR IDIC
tada md i ~ rden do Th .ouro :\neio· (ob ra premi ada) 'i.. n diçiiO, pelo DI'. llIarli nh
n..1 I is qu 5 tcm aI! rnd at ta d: tn, Ga rcrz . 2 gro ~o ~ vols. Clles. 3O!OOO.
cont ndo n I i dn facluras comm 'reiAs ; do N LLlDA DE I O ACTO JURIO ICOS-
m mo allt r Or. Carlos (IIYlD)1io IInrr to de L. br k, traduzido do allemllo por S,
1c;3 d l!l i !' _ hro had l :'l,\ ; flC., :6000. (; o t1 (n lv ~s Lisboa, 1 gros o vo1. encadernadol
I ' n A. PHO" \5, l'm ulIIkrill Crimi - J"~OOO - l
nal 'por ic lá Fr:lIllarino rll'l Mala tl' tn, 0 01 OBI\IGA OJ8S, )1('10 Or. Lacerda de A llÍleid~
O pf fo io do prof' SO l' Emilio Ilru a, Imdu" ,!,n ri iç.io. !IHi cort!'ela e muito augmentada
c;30 d J . AI\' r>~ ri r> . " Ull! '1 Il ro os vols. I ~ r ~so vol. l' Il C., ~3~OOO.
n . (>01 um, 1'!60(l . I'I\OPI\\EI)" J)E LlTTE I\AIUA , A Con'
ICA JI 1111:[ m (AI E A ABTE DE Y(, I1(:1o Lilt rari n com a França de accOrd(
'\ 1\ , .Ir f . P . I-·abr. ~ II! I ll'~, trad uzido rom o )1rojt'clo do Codigo Ch-il, pelo Or. Ar
lo Dr. \I 'nriq ll P. d ' Carvnlho 1 gro. \) vol. mando "ida l. - lU volume de '1 00 paginasl
n . i'! O. hroc h., í~OO() ; (, I1C., 10~OOO. - o,
• UCl nA (A) flOr Jllli dI' MllltO!', ludo I'HOCES.O {; IU MI NA LBH.AS[LEIRO (Apon-
d c1inica ,. Ulf'di ina Irgul _," rdi~':io r C\' Í'ta tanw ntos\ pelo DI'. Jo~c Plll~enta Bueno, 4:~
nmpliodn . l ll t1, I vol. nc. G~()O . rdi çi10 anrlolada pelo ~r. VIcente Ferrer u&
LEr!lr\. DE C,\ MlllO c. 'o ln Promi . orins, I3m'os W.~ rl cic l'l ~y A"nuJo, (}!l'!O, 1 gr~sso , vo-
d ncc(lrdo c.om o Dl' n·t 11 .° 2.0,1- ,cl ~ I ele IUlUe c!r O.IG pag ll1:ls. encadernado, 1 õ~OOO.
&I'roh r dI' HlOH prlo DI' . ~á Alh ll q u ~ rq u , P I~f: U L ,n'O E NOTAS FALSAS, Decrelu
com ~ m .1<-100 d:H no la!' , I vol. , l ;SOOO. n.O ~ .110" ~ e .30 de Se l ~r~ lJro de 1909, ~or
I n(:t\~ IlE FA lI lI lCo\ 1'0 \lE t;OmI EH· II Tll dos l11 alS I1luslrcs lIl agLstrados da Justiça
1 E 'm!1': m ml Ellr: IA 1., )1l' lo Dr. lIenlo F deral, :' , volu rno c~rlon~<l~,,~JOOO. I
d J1nrin . 1 gro~su vo l.. ('11 'nd r mndo , 1:)~0~. P~l\ELI,. 1\ SOB~1E O C9 1J1 O CIVI.L BRA·
11 ~U J. ))0 EIIl FIC A;'I/TE. de An loll LO SI LI ~ Il\O , ~(' Io LonsclhCJro Ruy Balbosa , 1
Rib iro dI' Moura - Ilir ilos do propri clario volu rno hr. bSi (I nc .• !l;lOOO. r<
do inquili no , ~('coml11 od n do .no fOro ac l~ ~ 1 I'HAXE FO~.E I . E, d~ Moraes IJarvalho ,
oot nelo 1\ Iri Fob rll d... np roprl llção por ulIlL ' :l nn.olad:l c a. commodad,l ~o fOro P~i5 Dr;
cf tI publirn, p lu Dr . S (' Alllllqu r<ltl.e. rdi· L VIn do FCl'I'elra Lopes, edIção de 1 ,
no dp I \lU;, I !\ rn~~o volu mr rl C., iJ~OOt l 'l g\'os~o volu~uo enc., tOS009·
Çl MA ' llAL UE J l\1 PI\ UDENCIA FEDE- pnlVILEGlOS CRED110RIOS, pelo !'[)r.
EDIÇÕF$ DA LIVRAR.IA CR.UZ CQU1.:INl!j)