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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JÚLIO DE MESQUITA FILHO”

CAMPUS DE SÃO JOAO DA BOA VISTA


ENGENHARIA DE TELECOMUNICAÇÕES

LABORATÓRIO DE FENÔMENOS DE TRANSPORTE


TURMA 0101033

RELATÓRIO Nº 01

Prática nº 1: Trocadores de Calor

Numero Nome Completo


151490031 José Carlos Marcolino Júnior
151490228 André Vinhas
151490465 Luis Antonio Borges Júnior
151490112 Silvio Cesar Vicentim
151490155 João Pedro Cassiano

Professor: Elmer Mateus Gennaro

São João da Boa Vista, 24 de Novembro de 2017.


SUMÁRIO
1 — Trocador de calor ................................................................................................................... 1
1.1 — Objetivos ............................................................................................................................. 1
2 — Fundamentação Teórica ........................................................................................................ 1
2.1 — Trocador de calor casco e tubos ......................................................................................... 1
3 — Materiais utilizados................................................................................................................ 2
4 — Procedimento Experimental .................................................................................................. 3
4.1 — Casco-Tubo simples ............................................................................................................ 3
4.2 — Casco-Tubos Armfield ......................................................................................................... 3
4 — Resultados e discussões ......................................................................................................... 3
4.1 — Trocador de calor casco-tubo ............................................................................................. 3
4.2 — Cálculo da taxa de transferência de calor........................................................................... 4
4.3 — Cálculo da área de troca ..................................................................................................... 5
4.4 — Cálculo do Coeficiente Global de Troca de Calor................................................................ 5
5 — Conclusão ............................................................................................................................... 6
6 — Referências Bibliográficas ...................................................................................................... 6
1 — TROCADOR DE CALOR

1.1 — OBJETIVOS

Esse experimento busca estudar a troca de calor entre dois fluidos através das
temperaturas de entrada e saída destes e do fluxo de massa calculado indiretamente com
os valores de tempo e de massa de fluido medidos.

2 — FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

É um dispositivo que tem por finalidade permitir que haja troca de energia
térmica entre dois fluidos com temperaturas diferentes sem que entrem em contato
direto. Esses dispositivos são aplicados em equipamentos que tem por objetivo aquecer
ou resfriar outro fluido, como um radiador de um automóvel.

A eficiência de um trocador de calor depende de fatores como, a condutibilidade


térmica do material que separa os dois fluidos e da geometria do material. Dentre os
tipos de construção desse dispositivo está o trocador de calor casco e tubos.

2.1 — TROCADOR DE CALOR CASCO E TUBOS

É um tipo de construção de um trocador de calor que consiste em um casco


preenchido por um fluido com uma temperatura e, dentro desse casco há um feixe de
tubos por onde passa um fluido com outra temperatura, nesse arranjo ocorre a troca de
calor entre os entre eles. A configuração do escoamento dos fluidos também influencia
na troca de calor, no caso a utilizada no experimento foi o escoamento paralelo em
contracorrente, onde eles escoam paralelamente mas em sentidos opostos.

Figura 1. Trocador de calor casco tubos.

1
Figura 2. Trocador de calor contracorrente

A taxa de transferência de calor entre os fluidos no dispositivo ̇ pode ser


calculada com a seguinte expressão:

̇ ̇

Onde é a capacidade térmica do material, que é um dado tabelado, éa


temperatura de entrada do fluido, é a temperatura de saída do fluido e ̇ é o fluxo
de massa. Esse último valor pode ser determinado medindo a quantidade de massa que
escoa em um intervalo de tempo.

3 — MATERIAIS UTILIZADOS

Os instrumentos e materiais manipulados foram:

 01 Bancada de Trocador de Calor Casco-Tubo Simples;

 01 Torre de resfriamento de água;

 01 Aquecedor de água;

 01 Bancada de Trocador de Calor Casco-Tubos Armfield;

 01 Balança de precisão;

 01 Balde de plástico;

 01 Trena.

2
4 — PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

4.1 — CASCO-TUBO SIMPLES

Utilizando a bancada do experimento Casco-Tubo simples onde temos o


controle de fluxo dos líquidos e 4 termômetros que indicam as temperaturas nas
entradas e nas saídas dos líquidos frio e quente, para três fluxos de líquidos diferentes
anotar os valores de temperatura.

Com o auxílio de um balde coletar um pouco do liquido quente de saída e medir


a massa de liquido dentro do balde e o tempo que demorou para o fluxo encher o balde,
para calcular o fluxo de massa do escoamento, coeficiente global de transferência e a
taxa de Calor trocado.

4.2 — CASCO-TUBOS ARMFIELD

Já com a bancada de Casco-Tubos da Armfield, temos um trocador com


múltiplos tubos e a bancada possui os termômetros para a medição de temperatura nas
entradas e saídas dos líquidos frios e quentes e duas válvulas para o controle de fluxo,
mas nesse experimento a bancada tem um mostrador no qual se permite ler de maneira
direta o valor da vazão dos líquidos sendo que uma dessas vazões é fixada em um valor.
Novamente é possível calcular os valores de fluxo de massa, coeficiente global de
transferência e taxa de calor trocado.

4 — RESULTADOS E DISCUSSÕES

4.1 — TROCADOR DE CALOR CASCO-TUBO

Foram tomadas duas medidas de vazões (e vazões mássicas) de fluido quente e


frio diferentes, variando ambos. A vazão do fluído frio foi obtida diretamente, e com ela
calculada a vazão mássica utilizando a densidade da água para a temperatura média. A
vazão mássica do fluído quente foi obtida pesando uma quantidade de massa em um
balde e dividindo pelo tempo necessário para cada quantidade de massa.

A tabela 1 apresenta os dados referentes ao fluido frio, e a tabela 2 apresenta a


vazão mássica do fluido quente:

3
Nº da Vazão do fluido Vazão do fluido ρ na temperatura Vazão mássica do fluido frio
medida frio [l/min] frio [m³/s] média [kg/m³] [kg/s]
1 3 5*10^-5 995,7 0,049785
2 4 6,66*10^-5 996,4 0,06636

Tabela 1 – dados do fluido frio

Nº da Medida Vazão mássica do fluido quente [kg/s]


1 0,08995
2 0,020266

Tabela 2 – Vazão mássica do fluído quente

Também foram obtidas as temperaturas de entrada e de saída dos fluidos, para as


duas medidas. Estes dados estão apresentados na tabela 3.

Nº da Medida Tqe [°C] Tqs [°C] Tfe [°C] Tfs [°C]


1 48 45 27 32
2 49 34 27 30

Tabela 3 – Temperaturas de entrada e saída dos fluidos

Foram dados também os diâmetros dos tubos do trocador de calor, e o diâmetro


hidráulico também foi calculado. Estes dados são apresentados na tabela 4.

Di [m] De [m] Dh = De- Di [m]


0,02286 0,0499 0,02704

Tabela 4 – Diâmetros interno, externo e hidráulico

4.2 — CÁLCULO DA TAXA DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR

Conhecendo a equação da taxa de transferência de calor:

̇ ̇̇ ̇

̇ ̇

Obtemos os calores específicos aproximados das temperaturas médias dos fluidos:

Medida cpq Tmédia [J/W°C] cpf Tmédia [J/W°C]


1 4182 4180
2 4182 4180

Tabela 5 – Calores específicos quente e frio

4
Podemos então calcular as taxas de calor trocado para o fluido quente e o fluido frio.

Para a medida 1:

̇ ̇

Para a medida 2:

4.3 — CÁLCULO DA ÁREA DE TROCA

A área de troca de calor é a área da parede que separa o fluido frio do fluido
quente. Então temos:

4.4 — CÁLCULO DO COEFICIENTE GLOBAL DE TROCA DE CALOR

Temos a relação para coeficiente global de troca de calor:

̇
̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅

Para a situação 1:

Para a situação 2:

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5 — CONCLUSÃO

Pelo experimento foi possível observar a eficácia de trocador de calor casco-tubo


conta-corrente, onde temos o liquido frio ir em um sentido contrário ao liquido quente e
assim a troca de calor é mais eficaz pois o fluido quente tem um contato maior com o
outro fluido que vem em sentido contrário e por isso há mais troca de calor, pois quando
o sentido é igual a área de troca entre os fluidos é menor.

Por isso vemos que se aumentarmos o fluxo da fria o resfriamento é mais eficaz
e o inverso ocorre quando aumentamos o fluxo do fluido quente e mantemos a
velocidade do fluido frio.

Também foi possível observar a importância de uma torre de resfriamento que


funciona dentro do sistema, pegando o fluido que chega após resfriar o sistema e por
convecção com o are, resfria esse liquido o aproveitando novamente para voltar a
resfriar o liquido quente.

Por final, observou-se que em uma situação real que temos o fluido frio a
temperatura ambiente, utilizamos um trocador com vários tubos para uma maior troca
de calor e como não temos uma opção de troca de temperatura temos que dimensionar
os fluxos e temperatura de entrada para termos um controle de temperatura mais
próximo do real utilizado em ambientes industriais.

6 — REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Frank W. Schmidt, Robert E. Henderson-Introdução às Ciências Térmicas-Edgard


Blucher (2004)

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