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1 – PRELIMINARES.
O reclamante ajuizou ação trabalhista suscitando, em suma, ter elaborado para a reclamada
na função de auxiliar administrativa, de 02/01/2012 a 30/12/2015, quando dispensada sem
justa causa, ocasião em que recebia R$1.500,00.
Diz a reclamante que trabalhava de segunda a sexta das 08h às 18h com intervalos de 25
minutos. Aduz ainda que toda semana a pedra era explodida para britagem e, que quando
isso acontecia, era responsável por levar comida para os trabalhadores, permanecendo
cerca de 05 minutos m local perigoso, exposta a explosivos.
Alega também que o valor que recebia da Reclamada, a titulo de vale alimentação, na
importância de R$150,00, não fora integrado ao seu salario, portanto não repercutiu nas
verbas salarias e rescisórias, para todos s efeitos legais.
A reclamante ainda requereu a assistência judiciaria gratuita, uma hora de intervalo
intrajornada, adicional de periculosidade no valor de 40% sobre o salario percebido, a
integração do ticket alimentação, para todos os efeitos legais, compreendendo todo o
período laboral, multa dos artigos 467 e 477, além dos honorários advocatícios, no importe
de 20%.
4- DO INTERVALO INTRAJORNADA
Alega o Reclamante que desde o início do contrato dispunha de apenas 25 (vinte e cinco)
minutos para refeição, pleiteando o recebimento de uma hora de intervalo intrajornada .
Assim requer que seja indeferido esse pedido, pois a reclamante só tem direito a receber
35 (trinta e cinco) minutos de intervalo intrajornada, visto que já dispunha de 25 (vinte e
cinco) minutos, sendo assim, só terá direito ao restante dessas horas.
Visto que com a atual redação do art. 71, § 4º, da CLT, alterada pela Lei nº 13.467/2017, a
não concessão parcial do intervalo intrajornada concederia o acréscimo, sobre o tempo
estritamente laborado. Por fim estabelece que o intervalo parcialmente concedido, dá ao
empregado o direito de receber apenas o período não gozado.
6- DO ADICIONAL DE PERICULOSIDADE
O adicional nesse caso não é devido a reclamante, em virtude da exposição eventual ao perigo,
não implicando desta maneira risco acentuado. Pois só terá direito o empregado exposto
permanentemente ou que de forma intermitente, sujeita-se as condições de risco.
Outra observação pertinente, consiste na própria legislação trabalhista, pois, o simples fato
de ocupar cargo considerado como, via de regra, “perigoso” não garante ao trabalhador
o recebimento do adicional de periculosidade, para que esse empregado seja classificado
em um dos casos tratados acima, é necessária a realização de perícia técnica, para averiguar o
seu devido enquadramento.
3. DOS REQUERIMENTOS
-Impugna-se o pedido de Assistência Judiciária, eis que o Reclamante não cumpre com os
requisitos legais para tal concessão;
-No que se refere aos honorários assistenciais, nota-se que o procurador da Reclamante não
cumpre os requisitos legais para tal recebimento;
ILHEUS-BA DATA
ADVOGADO OAB_