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Colegio ‘TEMAS de Ciéncias Humanas Volume 5 Organizadores Marco Aurélio Nogueira Gildo Margal Brando J. Chasin Nelson Werneck Sodré temos deciéncioshumonos . we ¢ oy 5 oO / friedrich engels hirsé vi ean WIZ. io Nenriques wondetley pessios GO cost. antonio carlos robert moroes ferreiro guilor edvarip! moffei marcet gato | fousto cupertino fousto costilho _ nelson werneck sooré LIVRARIA EDITORA CIENCIAS HUMANAS LTDA. Sao Paulo 1979 | Soaabe Gc 5392 | Trea a6! nna rearticulagdo da socledade civil em curso, desempenhario papel deci v0: no fundo, do que trata Gullar & da luta pelo desenvolvimento de uma auténtica cultura nacionalpopular, ou seja, pela superagdo concomitante da alienagao e da dependéncia culturais, e pela constituigao de uma cultura ‘que seja a expressio genuina dos problemas e aspiragbes do povo. Importa Iembrar que, nesta luta por uma nova cultura — para a qual TEMAS tem franqueadas suas péginas —, luta-se efetivamente por uma nova arte, por uma nove ciéneia, por novas formas de consciéncia, Com estes textos, TEMAS pretende continuar contribuindo para a apropriagio eriadora do método histérico ¢ dialético entre nds, tendo em vista a elaboracdo de rigoroxas interpretagdes da realidade brasileira em seus miltiplos aspectos a construgdo de uma nova hegemonia e de um novo bloco historico efetivamente democritico, efetivamente nacionalpo- pular, Nesta medida, procuramas desde jé colaborar para umm trabalho — nnecessariamente coletivo — que também se abre para o futuro. ‘Stio Paulo, margo de 1979. Esbogo de uma Critica da Economia Politica* Friedrich Engels A economia politica! surgiu como conseqiéncia natural da expansto do comércio, e, com ela, um elaborado sistema de fraudes consentidas, uma completa ciéncia a favor do enriquecimento substituiu a troca simples, nfo-ientifica. + Publicado om foveroiro do 1844 (Deutsch-FranzOstsche Jahrbucher, Pars), este ensaio juvenil, quase trinta anos depois, era considerado pelo seu autor como lum escrito 4 Hegel, envelhecido e no tendo mais que um valor histérico (cfr. carta de Engels @ ‘Liebknecht, de 13/abri/1871). No entanto, em 1859, Marx jou-o como um “genial exbogo de uma contribuigio a critica das categorias econdmicas" (cfr. o prefieio A primelra edigdo da Contribuipdo a Critica da Eco: nnomia Politica). Mesmo sem deixar de mao as insuficiéncias do texto ~ p.ex., eu tom por vezes moralizante, ¢ falta de diferenciagio entre o nivel das elaboragdes progressistas de Smith e Ricardo e o vulgarismo de Say e Mac Culloch, assim como © desconhecimento da natureza do valor —, hi que reconhecer a sua originalidade: om pouco mais que vinte dialética © materialist da ci lista 8 aplicar... 0 método dis burguesa””(cfi. ‘Vv. Aa., K. Engels/Sa Vie, Son Oeuvre, 1976, p. 42). Para este publicagio, a primeira no Brasil, Maria Filomena Viegas fex x’ tradugio de base, sobre a edigio bilingle publicada em 1974, em Paris, por Aubior Montaigne (F." Engels, Esquisse d'Une Critique de l'Economie Politique) {Umirisse 2u Einer Kritik der Nationalokonomie). A revisfo e a adaptagio das notas (extraidas da edigdo citada) fo de José Paulo Notto. 1, No original, Die Nationalékonomie. Exceto uma ‘nica vez (eft. infra, nota 10), esta expressfo fol traduzida por economia politica, seguindose a indicagto dada por Schumpeter (eft. History of Economie Analisis, Allen and Unvin, Londres, 1955, p. $35, nota 2).

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