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Maria Inês Przybysz de Paula

OAB-PR 18.934

Fábio Luís de Paula


OAB-PR 63.787

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA 1ª VARA


FEDERAL E JUIZADO ESPECIAL FEDERAL DE TOLEDO – PARANÁ.

OBJETO: APOSENTADORIA POR IDADE URBANA


1. RECONHECIMENTO DE ATIVIDADE ESPECIAL NOS PERÍODOS
DE 01/03/1969 a 27/07/1974, 10/06/1976 a 01/07/1976,
01/03/1988 a 24/08/1988, 02/01/1989 a 09/02/1989,
20/05/1991 a 31/07/1991 (MOTORISTA);
2. PAGAMENTO DA DIFERENÇA DEVIDA DESDE A DATA DO
REQUERIMENTO ADMINISTRATIVO (08/02/2013).

VALOR DA CAUSA: R$ 81.516,62 (Oitenta e um mil, quinhentos e


dezesseis reais e sessenta e dois centavos), para efeito de alçada

QUALIFICAÇÃO

1.0. Nome ADEMAR RODRIGUES DA SILVA

1.2. Estado
1.1. Brasileira Viuvo
Civil
Nacionalidade

1.3. Profissão Motorista de carreta

1.4. Identidade 703.677-9/SSP-PR

176.295.519-91
1.5. CPF

Pai: Clementino Mãe: Francelina


1.6. Filiação
Rodrigues da Silva Rodrigues dos Santos

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Rua Porto Alegre, 1022 –


1.7. Endereço Jd Porto Alegre Município: Toledo -PR

O Autor supra qualificado, através de seus


procuradores ao final assinados (mandato junto), Maria Inês Przybysz
de Paula, advogada inscrita na OAB-PR sob o nº 18.934, Alexandre
Zilch, advogado, devidamente inscrito na OAB-PR sob o nº 87.067 e
Robson Fernando Silva, advogado, devidamente inscrito na OAB-PR
sob o nº 74.133, com escritório profissional constante no rodapé, vem à
presença de Vossa Excelência propor:

AÇÃO PREVIDENCIÁRIA

Contra o INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO


SOCIAL - INSS, pelos seguintes fatos e fundamentos:

PRELIMINARMENTE

Da Concessão dos Benefícios da Justiça Gratuita

O Requerente faz jus à concessão da Gratuidade de


Justiça, uma vez que não possui rendimentos para custear as despesas
processuais em detrimento de seu sustento e de sua família. Desta
forma, requer sejam deferidos os benefícios da Justiça Gratuita ao
Requerente nos termos do inciso LXXIV, do art. 5º, da CF/88 bem
como nos moldes do Art. 98 do CPC, pelos motivos já alinhavados e,

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ainda, por ser a forma de lhe proporcionar o mais amplo acesso ao Poder
Judiciário.

1. DOS FATOS

O Autor requereu junto a Previdência Social, em


08/02/2013 o benefício de Aposentadoria por Idade, pedindo o
reconhecimento da atividade especial nos períodos supracitados como
motorista de caminhão, juntamente com a somatória dos períodos de
contribuição junto à autarquia que foi indeferido pela autarquia (NB
160.376.352-7).

Não houve, por parte da Autarquia, o enquadramento


de especialidade para os períodos de controversos. Razão não assiste à
autarquia

Assim, seu direito foi negado na instância


administrativa, pois não foram computados os períodos laborados em
regime especial e, portanto os períodos contabilizados não foram
suficientes para alcançar o tempo de contribuição necessário para a
concessão do benefício, o que prejudica o autor.

Razão pela qual resta o interesse de agir do


requerente em ajuizar a presente demanda perante o Poder Judiciário, já
que a decisão negatória do benefício (PROCADM anexo), não merece
prosperar.

2. DA ATIVIDADE ESPECIAL A SER RECONHECIDA

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(Período de: 01/03/1969 a 27/07/1974 e DE 01/03/1969 a


27/07/1974, 10/06/1976 a 01/07/1976 – Motorista de
Caminhão (Prefeitura de Toledo)

Quanto ao período alegado, a autarquia NÃO


considerou o período de atividade especial laborado pelo segurado, não
havendo o enquadramento nos termos do art. 297 da IN 77/15.

Então, para ser considerada atividade especial,


necessária a prova de que o labor foi realizado como motorista de
caminhão ou de ônibus, ou ainda como cobrador de ônibus ou ajudante
de caminhão, atividades enquadradas como especiais no código 2.4.4. do
quadro Anexo do Decreto nº 53.831/64.

Consoante legislação acima fundamentada, o


enquadramento por categoria profissional ocorreu até a promulgação da
Lei 9.032/95, de 28 de abril de 1995 e, portanto, em tempo pretérito o
enquadramento se dá pela profissão, não necessitando de comprovação
de habitualidade e permanência a agentes nocivos.

É possível o reconhecimento da especialidade do


tempo de serviço com base no enquadramento da categoria profissional
até o advento da Lei 9.032 /95, caso em que não se cogita de
afastamento da especialidade pelo uso de Equipamentos de Proteção
Individual. A legislação vigente à época em que desenvolvida a
atividade reconhecia a especialidade da profissão de motorista
por presunção legal, restando assentado o entendimento de que o

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enquadramento profissional, nos termos dos Códigos 2.4.4 do Quadro


Anexo do Decreto 53.831 /64 e 2.4.2 do Anexo II, do Decreto 83080
/79, é possível quando demonstrado o exercício da atividade de
motorista ônibus ou caminhão.

Ademais, atualmente, a súmula 75 da Turma Nacional


de Uniformização (TNU) dos Juizados Especiais Federais determina:

“A Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS)


em relação à qual não se aponta defeito formal que
lhe comprometa a fidedignidade goza de presunção
relativa de veracidade, formando prova suficiente de
tempo de serviço para fins previdenciários, ainda que
a anotação de vínculo de emprego não conste no
Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS)”.

Além de que, a jurisprudência é pacífica acerca da


possibilidade de enquadramento da categoria de motorista em período
anterior à Lei 9.032, com vigência a partir de 29/04/1995, bem como
sobre a possibilidade de comprovação do exercício da atividade por
qualquer meio. Nesse sentido:

PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA POR TEMPO DE


CONTRIBUIÇÃO. TEMPO DE SERVIÇO RURAL
ANTERIOR A 1991. INÍCIO DE PROVA MATERIAL.
EFICÁCIA RETROSPECTIVA. EMPREGADO EVENTUAL.
REGIME DE ECONOMIA FAMILIAR. ATIVIDADE
ESPECIAL. TEMPUS REGIT ACTUM. ENQUADRAMENTO

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POR CATEGORIA PROFISSIONAL. MOTORISTA DE


CAMINHÃO. DATA DE INÍCIO DO BENEFÍCIO.
PRIMEIRO REQUERIMENTO ADMINISTRATIVO. JUROS
MORATÓRIOS E CORREÇÃO MONETÁRIA. (...) 4. O
reconhecimento da especialidade e o enquadramento
da atividade exercida sob condições nocivas são
disciplinados pela lei em vigor à época em que
efetivamente exercidos, passando a integrar, como
direito adquirido, o patrimônio jurídico do trabalhador.
5. Até 28 de abril de 1995, quando esteve vigente a
Lei 3.807/1960 (LOPS) e suas alterações e,
posteriormente, a Lei 8.213/1991 (LBPS), em sua
redação original (artigos 57 e 58), era possível o
reconhecimento da especialidade do trabalho
mediante a comprovação do exercício de
atividade prevista como especial nos decretos
regulamentadores e/ou na legislação especial ou,
ainda, quando demonstrada a sujeição do segurado a
agentes nocivos por qualquer meio de prova, exceto
para os agentes nocivos ruído e calor, quando então
se fazia indispensável a mensuração de seus níveis
por meio de perícia técnica, documentada nos autos
ou informada em formulário emitido pela empresa, a
fim de verificar a nocividade dos agentes envolvidos.
6. Estando demonstrado, pela CTPS do autor E
POR DEMAIS ELEMENTOS PROBATÓRIOS
CARREADOS AOS AUTOS, que o autor exerceu a
função de motorista de caminhão de carga, deve

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ser reconhecida a especialidade da atividade


desempenhada nesse período, pois essa
profissão está arrolada no Anexo II do Decreto
nº 83.080/79 (item 2.4.2). (...) (TRF4, AC
5000162-09.2011.4.04.7005, TURMA REGIONAL
SUPLEMENTAR DO PR, Relator AMAURY CHAVES DE
ATHAYDE, juntado aos autos em 14/12/2017).

Ainda que não haja anotação em CTPS para os


períodos em comento, a Prefeitura do Município de Toledo emitiu
DECLARAÇÃO DE TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO (anexo), informando que o
segurado exerceu a função de motorista no período.

3. DA ATIVIDADE ESPECIAL A SER RECONHECIDA


(Período de: 01/03/1988 a 24/08/1988, 02/01/1989 a
09/02/1989, 20/05/1991 a 31/07/1991 – Motorista de
Caminhão

Durante este período, o autor trabalhou como


MOTORISTA DE CAMINHÃO, na empresa TRANSPORTADORA
CATUSSO LTDA, estabelecida em Toledo/PR, ficando exposto
constantemente a agentes nocivos a saúde, ruídos acima dos limites
legais de tolerância. Entretanto, no processo administrativo, não houve
enquadramento da especialidade.
A empresa em questão encontra-se inativa, como se
demonstra pelo comprovante de Inscrição e situação Cadastral abaixo e

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anexo, de modo que não foi possível a requisição dos devidos formulários
previdenciários.

Entretanto, como se trata de uma transportadora,


infere-se, com grande segurança, que o transporte efetuava-se com
caminhões, o que enseja enquadramento profissional, nos termos dos
Códigos 2.4.4 do Quadro Anexo do Decreto 53.831 /64 e 2.4.2 do Anexo
II, do Decreto 83080 /79, o que poderá ser comprovado com o
deferimento da oitiva de testemunhas, para a comprovação da atividade
a qual estava sujeito o segurado. Nesse contexto, o Decreto 53.831/64
elencou a profissão de motorista de caminhão como especial, justamente
pela penosidade inerente ao exercício desta atividade. Contudo, com a
extinção da possibilidade de enquadramento por categoria profissional
pela Lei 9.032/1995, passou a ser exigida a efetiva comprovação da
exposição de agentes agressivos à saúde ou à integridade física.

Ocorre que a Constituição Federal é clara ao prever


que é devida a aposentadoria com critérios diferenciados aos
trabalhadores que exercem atividades “sob condições que prejudiquem à
saúde ou à integridade física” art. 201, § 1º . Nesse sentido, não há
como inferir que o desgaste físico e mental, característico à penosidade,
não traz grandes prejuízos à saúde dos trabalhadores. Especificamente
quanto aos motoristas de caminhão, é bem sabida a realidade da rotina
laboral que enfrentam estes profissionais em nosso país, com altas
jornadas de trabalho, longos períodos longe de suas casas, condições
péssimas de estradas, atenção constante – gerando tensões e desgastes
psicológicos – e, além disso, risco sempre presente de assaltos e roubos
de carga.

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Entendendo Vossa Excelência, que os fatos e a


documentação apresentada não são suficientes para a confirmação da
especialidade, que seja então designada oitiva testemunhal para a
comprovação da função do segurado, bem como as suas condições de
trabalho a que era submetido o autor, para fins de computo de
especialidade no período requerido.

DA REAFIRMAÇÃO DA DER

Na hipótese em que o pretendente a uma prestação


previdenciária, ao tempo da entrada do requerimento administrativo, não
cumpre os requisitos legais para a concessão do benefício e, contudo,
logra atendê-los no curso desse mesmo processo administrativo, a
Administração Previdenciária reconhece o fato superveniente para fins da
imediata concessão do benefício em questão, fixando a data de início do
benefício para o momento posterior. Para tanto, considera como
realizado um novo requerimento administrativo, naquilo que se
compreende como “reafirmação da DER”.

Esse reconhecimento de fato superveniente no curso do


processo administrativo, procedimento já tradicional na esfera
administrativa, é expressamente previsto na Instrução Normativa 45, de
06.08.2010, em seu artigo 623: “Se por ocasião do despacho, for
verificado que na DER o segurado não satisfazia as condições mínimas
exigidas para a concessão do benefício pleiteado, mas que os completou
em momento posterior ao pedido inicial, será dispensada nova

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habilitação, admitindo-se, apenas, a reafirmação da DER”, e também


prevista na no art. 690 da IN 77/2015.

De todo louvável a disposição normativa acima transcrita,


porque a um só tempo homenageia os princípios da máxima utilidade,
economia e instrumentalidade do processo. De outra parte, reconhece
que a parte pretendente ao benefício presume-se desconhecedora do
complexo arranjo normativo previdenciário e especialmente
desconhecedora dos critérios que serão utilizados pela Administração
para a análise de seu pedido de proteção previdenciária. Logo, jamais
teria condições, a pessoa que pretende um benefício previdenciário, de
identificar o preciso momento em que, na ótica do julgador
administrativo, atenderia as exigências legais para a concessão do
benefício. Teria ela que requerer um benefício a cada mês, para não ser
prejudicada por aquilo que poderia ser reputado uma inércia. A exigência
evidentemente soaria absurda.

A reafirmação da DER é uma regra que permite ao


segurado modificar a sua DER caso verifique-se que, naquela data, ele
não possuía os requisitos para o benefício pretendido mas que os
cumpriu em momento posterior.

Os tribunais também já decidem desta forma:

GRAVO REGIMENTAL NO RECURSO


EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO.
PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA. CÔMPUTO DE
TEMPO. VIOLAÇÃO AOS PRINCÍPIOS DA AMPLA

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DEFESA E DO CONTRADITÓRIO. OFENSA REFLEXA.


PRECEDENTE. ALEGADA VIOLAÇÃO AO ARTIGO 93,
IX, DA CF/88. INEXISTÊNCIA.

1. Os princípios da ampla defesa, do contraditório,


do devido processo legal e dos limites da coisa
julgada, quando debatidos sob a ótica
infraconstitucional, não revelam repercussão geral
apta a tornar o apelo extremo admissível,
consoante decidido pelo Plenário virtual do STF, na
análise do ARE nº 748.371, da Relatoria do Min.
Gilmar Mendes.

2. A decisão judicial tem que ser fundamentada


(art. 93, IX), ainda que sucintamente, sendo
prescindível que a mesma se funde na tese
suscitada pela parte. Precedente: AI-QO-RG
791.292, Rel. Min. Gilmar Mendes, Tribunal Pleno,
DJe de 13/8/2010. 3. In casu, o acórdão recorrido
originariamente assentou: “PREVIDENCIÁRIO.
APOSENTADORIA POR TEMPO DE
SERVIÇO/CONTRIBUIÇÃO. CÔMPUTO DE TEMPO
DE SERVIÇO POSTERIOR À DER.
POSSIBILIDADE. REAFIRMAÇÃO DA
JURISPRUDÊNCIA DESTA TURMA RECURSAL. 1.
Cabe reafirmar o entendimento desta Turma
Regional de Uniformização de que é possível o
cômputo do tempo de serviço/contribuição posterior
à DER para o efeito de concessão de aposentadoria,

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por tratar-se de elemento equiparado a fato


superveniente (art. 462, CPC). 2. Incidente de
Uniformização provido.” (fl.117) 4. Agravo
regimental DESPROVIDO.

(STF, ARE 723179 AgR, Relator(a): Min. LUIZ


FUX, Primeira Turma, julgado em 20/08/2013,
ACÓRDÃO ELETRÔNICO DJe-181 DIVULG 13-
09-2013 PUBLIC 16-09-2013)

E também:

PREVIDENCIÁRIO. CONCESSÃO DE
APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO.
REAFIRMAÇÃO DA DER. BENEFÍCIO MAIS
VANTAJOSO. INCIDENTE CONHECIDO E
PARCIALMENTE PROVIDO.

(TNU, Processo nº 0009272-


90.2009.4.03.6302, Relatora JUÍZA FEDERAL
FLÁVIA PELLEGRINO SOARES MILLANI, Data
de publicação: 16/03/2016)

Caso este MM juízo chegue à conclusão que, na DER, a


parte autora não possuía os requisitos necessários para o benefício
pretendido, o que comenta-se apenas em respeito ao debate, mas
que cumpriu tais requisitos em momento posterior, requer,
subsidiariamente, seja dada oportunidade para manifestação acerca da

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possibilidade de reafirmação da DER para a data que implementou os


requisitos necessários para tal, nos termos do art. 690 da IN 77/2015.

4. REQUERIMENTOS E PEDIDOS

ISTO POSTO, restando demonstrado o direito ao


benefício pleiteado, requer:

1. O RECEBIMENTO da presente ação em todos os seus


termos;

2) A CITAÇÃO do Instituto Nacional do Seguro Social –


INSS, bem como sua intimação, para que, até a audiência de tentativa
de conciliação, junte aos autos as provas que pretende produzir;

3) Que sejam JULGADOS PROCEDENTES OS PEDIDOS, com o


fim de confirmação da Tutela pedida, reconhecendo o direito do autor,
condenando a Autarquia Federal a:

a) Reconhecimento da ATIVIDADE ESPECIAL


referente ao período de 01/03/1969 a 27/07/1974, 10/06/1976 a
01/07/1976, 01/03/1988 a 24/08/1988, 02/01/1989 a
09/02/1989, 20/05/1991 a 31/07/1991;

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c) Que sejam somados TODOS OS PERÍODOS DE


ESPECIAL, com os períodos de CONTRIBUIÇÃO JUNTO AO INSS para
totalização do período de contribuição;

d) CONCEDER o Autor o benefício da


APOSENTADORIA POR IDADE, implantando a Concessão do benefício
na data da entrada do primeiro requerimento administrativo em
08/02/2013;

e) Caso não seja este o entendimento de Vossa


Excelência, o que não se espera, requer a Reafirmação da DER para a
data em que o(a) autor(a) atingir o tempo necessário para sua
aposentação, considerando que continua desenvolvendo atividade
remunerada com respectiva contribuição a RGPS.

f) PAGAR as parcelas vencidas desde o


requerimento administrativo, e vincendas, monetariamente corrigidas
desde o respectivo vencimento e acrescidas de juros de mora, incidentes
até a data do efetivo pagamento;

4) A concessão do benefício da Assistência Judiciária


arguida em preliminar, por não ter o autor condições de custear as
despesas e custas processuais em conformidade com o art. 128 da Lei nº
8.213/91, alterada pela Lei nº 9.032/95 c/c Art. 98 do CPC;

5) Protesta provar o alegado através de todos os meios em


direito admitidos, em especial prova documental, testemunhal (rol de

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testemunha caso necessário será apresentada em momento oportuno) e


depoimento pessoal, caso Vossa Excelência entenda necessário;

6) A condenação da Autarquia Previdenciária pelos


honorários de sucumbência.

A - os valores postulados perante o Juizado Especial Federal não


poderão exceder 60 (sessenta) salários mínimos, razão pela qual,
renuncia expressamente ao valor excedente do limite retro mencionado;

B - Deverá comparecer na data e horário indicados para audiência de


conciliação e/ou instrução e julgamento, sendo que o não
comparecimento acarretará a extinção do processo;

C - Deverá comunicar qualquer alteração de endereço, telefone ou e-mail


no curso do processo.

Termos em que, pede-se e espera deferimento.

Toledo-PR, 12 de Fevereiro de 2019

MARIA INES PRZYBYSZ DE PAULA


OAB/PR 18.934

ALEXANDRE ZILCH

OAB/PR 87.067

ROBSON FERNANDO SILVA

OAB/PR 74.133

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