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MÓDULO 1 – AULA 6
Objetivo
• Conhecer uma série de exemplos ilustrativos dos conteúdos apresenta-
dos nas Aulas 21 a 25.
Exemplo 6.1
Vamos esboçar as curvas de nı́vel da função
f (x, y) = x2 − 3xy + y 2.
f (x, y) = x2 − 3xy + y 2 = c
P t AP = D,
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Aula de exercı́cios
√ √ √ √
Vamos considerar B = {( 2/2, 2/2), (− 2/2,
2/2) } uma base
√ √
2/2 − 2/2
de autovetores ortonormais. Então, se fizermos P = √ √ ,
2/2 2/2
obtemos
t −1/2 0
P AP = .
0 5/2
x u
Portanto, vamos fazer = P .
y v
Como x y = u v P t , pois (P X)t = X t P t , temos
1 −3/2 x u
x2 − 3xy + y 2 = x y = u v Pt AP =
−3/2 1 y v
−1/2 0 u u2 5v 2
= u v =− + .
0 5/2 v 2 2
Exemplo 6.2
Neste exemplo, lidaremos com uma função que depende de três variáveis.
Vamos determinar o domı́nio e esboçar as curvas de nı́vel da função
x2 + y 2 + z 2
f (x, y, z) = .
2x + 2y
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Aula de exercı́cios
MÓDULO 1 – AULA 6
Começamos com o domı́nio. Para que essa função esteja bem definida,
devemos estabelecer a condição x = −y. Assim, o domı́nio de f consiste de
lR 3 menos o plano y = −x, que contém o eixo Oz.
Do mesmo modo que antes, para determinar as superfı́cies de nı́vel,
temos de resolver a equação
x2 + y 2 + z 2
f (x, y, z) = = c.
2x + 2y
Sob a condição y = −x, podemos reescrevê-la da seguinte maneira:
x2 + y 2 + z 2 = 2cx + 2cy
x2 − 2cx + y 2 − 2cy + z 2 = 0
x2 − 2cx + c2 + y 2 − 2cy + c2 + z 2 = 2c2
(x − c)2 + (y − c)2 + z 2 = 2c2 .
Caso c = 0, temos (x, y, z) = (0, 0, 0). Como este ponto não pertence
ao domı́nio de f ,
f −1 (0) = ∅.
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Exemplo 6.3
Vamos usar o limite para estudar o comportamento das funções
sen xy sen xy
f (x, y) = e g(x, y) = 2
x2 + y 2 x + y2
para pontos próximos da origem, o único ponto do plano no qual as funções
não estão definidas.
Observe que as duas funções têm o termo x2 +y 2 em sua lei de definição.
Nesse tipo de situação, uma estratégia que pode ser útil é usar coor-
denadas
polares no lugar de coordenadas cartesianas. Veja: se colocarmos
x = r cos θ
, obteremos x2 +y 2 = r 2 , um termo mais simples. Além disso,
y = r sen θ
(x, y) → (0, 0) passa a ser r → 0.
Assim,
sen xy sen (r 2 cos θ sen θ)
lim f (x, y) = lim = lim .
(x,y)→(0,0) (x,y)→(0,0) x2 + y 2 r→0 r
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Gráfico de f Gráfico de g
Exemplo 6.4
Vamos calcular o valor de a, caso exista, tal que a função
sen (x2 + y 2 )
1 − cos x2 + y 2 ,
se (x, y) = (0, 0)
f (x, y) =
a, se (x, y) = (0, 0)
seja contı́nua.
Para isso, devemos calcular lim f (x, y). Novamente, vamos usar
(x,y)→(0,0)
a técnica aplicada no exemplo anterior: coordenadas polares. Assim,
sen r 2 2r cos r 2
lim f (x, y) = lim = lim = 2.
(x,y)→(0,0) r→0 1 − cos r r→0 sen r
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Exemplo 6.5
Vamos mostrar que a função
xy (x − y ) ,
2 2
se (x, y) = (0, 0)
f (x, y) = x2 + y 2
0, se (x, y) = (0, 0)
é contı́nua.
Realmente, como é um quociente de polinômios, já sabemos que f
é contı́nua em todos os pontos diferentes da origem. Tudo que temos de
fazer é mostrar que f é contı́nua na origem. Para isso, temos de calcular
lim f (x, y) e mostrar que esse limite é zero.
(x,y)→(0,0)
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Exemplo 6.6
Dizemos que uma função z = f (x, y) é homogênea se
∂z ∂f1 1
= (x, y) = .
∂x ∂x y
∂z ∂f1 x
= (x, y) = − 2 .
∂y ∂y y
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Assim,
∂z ∂z 1 x
x + y = x − y 2 = 0.
∂x ∂y y y
x2
Caso z = f2 (x, y) = , então
x2 + y 2
Assim,
∂z ∂z 2xy 2 2x2 y
x + y = x 2 − y = 0.
∂x ∂y (x + y 2 )2 (x2 + y 2)2
f (x, y) = 3xy − x3 − y 3.
Para isso, temos de resolver o sistema de equações
∂f
(x, y) = 3y − 3x2 = 0
∂x
.
∂f
(x, y) = 3x − 3y 2 = 0
∂y
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Exercı́cios
Exercı́cio 1
Determine o domı́nio e faça um esboço dele, ou de seu complementar,
dependendo do caso, das seguintes funções:
xy 1 1 1
(a) f (x, y) = ; (b) g(x, y, z) = + + ;
2x − y x y z
√ z
(c) h(x, y) = xy; (d) j(x, y, z) = ;
4x − y 2 + 1
2
4
(e) k(x, y) = ; (f) l(x, y, z) = 64 − 16x2 − 4y 2 − 4z 2 ;
4x2 − y2 + 1
1
(g) m(x, y) = ln |xy| + .
x−y
Exercı́cio 2
Determine o domı́nio, a imagem e faça um esboço das curvas de nı́vel
das funções a seguir:
x+y 1
(a) f (x, y, z) = ; (b) g(x, y, z) = ;
z + y2 + z2 x2
x2 y 2 z 2
(c) h(x, y, z) = x2 + 4y 2 − z 2 ; (d) j(x, y, z) = ln + + .
4 9 36
Exercı́cio 4
Calcule o limite ou mostre que ele não existe.
x4 x3
(a) lim ; (b) lim ;
(x,y)→(0,0) (x2 + y)2 (x,y)→(0,0) x2 + y 2
1
y3
ex + y − 1 ;
2 2
(c) lim (d) lim ;
(x,y)→(1,0) (x,y)→(0,0) (x2 + y 2 )3/2
(x − 1)2 y 1 − cos x2 + y 2
(e) lim ; (f) lim ;
(x,y)→(1,0) (x − 1)2 + y 2 (x,y)→(0,0) tg (x2 + y 2 )
√
xy 1 − cos xy
(g) lim ; (f) lim .
(x,y)→(0,0) xy + x − y (x,y)→(0,0) y
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Exercı́cio 5
Seja f (x, y) = (x − y) ey . Verifique que f satisfaz a seguinte equação,
envolvendo suas derivadas parciais:
∂f ∂f
(x, y) + (x, y) = f (x, y).
∂x ∂y
Exercı́cio 6
x xy 2
Verifique que as funções f (x, y) = e g(x, y) =
x+y x3 + y 3
são funções homogêneas e satisfazem a seguinte equação, envolvendo suas
derivadas parciais:
∂z ∂z
x +y = 0.
∂x ∂y
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