Você está na página 1de 107

Análise Real

IF Sudeste de Minas Gerais

Prof: Marcos Pavani de Carvalho

Primeiro semestre de 2014

Marcos Pavani de Carvalho Análise Real


Preliminares de lógica
Indução matemática
Números reais
Sequências infinitas
Séries infinitas
Limite e Continuidade

Proposição: É uma afirmação que pode ser classificada em


verdadeira ou falsa, mas que faça sentido.
Exemplo: Sejam as proposições:
A: A soma dos ângulos internos de qualquer triangulo é 180o .
B: Marte não é um Planeta.
Proposições evidentes por si mesmas são chamadas
postulados ou axiomas.
Teorema: É uma proposição que possui valor lógico Verdade.
É comumente apresentado: A ⇒ B ou “A implica B”. Sendo
denominadas assim as proposições:
A: Hipótese ou condição suficiente para a validação de B.
B: Tese ou condição necessária para a validação de A.
Ou seja, seguindo esta relação, valendo A, tem de valer B.
Marcos Pavani de Carvalho Análise Real
Preliminares de lógica
Indução matemática
Números reais
Sequências infinitas
Séries infinitas
Limite e Continuidade

Exemplo: Sejam as proposições:


D: n é um número que pode ser escrito na forma 2k , com
k ∈ N.
E: n é um número par.
Pelo exposto, temos que D é condição suficiente de E, ou seja,
basta a hipótese D ser verdadeira para que a tese E também
seja. A tese, por sua vez é uma condição necessária da hipótese.
Se D for verdadeira, E será necessariamente verdadeira.
A recı́proca de um teorema A ⇒ B é a proposição B ⇒ A ou
A ⇐ B. Ela pode ser ou não verdadeira. Um exemplo em que
ela não seja verdadeira: A recı́proca do teorema “todo número
primo maior que 2 é ı́mpar” é “todo número ı́mpar é primo maior
do que 2”. Isto é falso, pois nem todo número ı́mpar é primo.

Marcos Pavani de Carvalho Análise Real


Preliminares de lógica
Indução matemática
Números reais
Sequências infinitas
Séries infinitas
Limite e Continuidade

Caso a recı́proca de um teorema também seja verdadeira, esse


teorema pode ser representado por: A ⇔ B. Neste caso, qual-
quer uma das proposições é ao mesmo tempo condição ne-
cessária e suficiente para a validade da outra.
Lema: É um teorema preparatório para a demonstração de um
subsequente.
Corolário: É um teorema que segue como consequência de
outro já demonstrado.
A negação de uma proposição F é denotada por F̃ . Por exem-
plo, a negação da proposição “todo número primo é ı́mpar” tanto
pode ser “nem todo número primo é ı́mpar”, “existe um número
primo que não é ı́mpar”, “nem todo número primo é ı́mpar” ou
ainda “existe um número primo par”.
Marcos Pavani de Carvalho Análise Real
Preliminares de lógica
Indução matemática
Números reais
Sequências infinitas
Séries infinitas
Limite e Continuidade

Princı́pios Básicos de Lógica Matemática

São dois os princı́pios básicos de Lógica Matemática:


Princı́pio da Não-Contradição: Afirma que uma proposição
não pode ser verdadeira e falsa simultaneamente, não podendo
ser verdadeira juntamente com sua negação. Ou seja, se A for
verdadeira, então à será falsa.
Princı́pio do Terceiro Excluı́do: Afirma que qualquer proposição
R é verdadeira ou é falsa, não havendo uma terceira alternativa.

No estudo de Análise é comum se deparar com os seguintes ter-


mos: Explicar, Provar e Demonstrar, no entanto, é necessário
que o leitor saiba o significado e aplicação de cada um deles.

Marcos Pavani de Carvalho Análise Real


Preliminares de lógica
Indução matemática
Números reais
Sequências infinitas
Séries infinitas
Limite e Continuidade

A explicação situa-se no nı́vel do sujeito locutor com a finali-


dade de comunicar ao outro o caráter de verdade de um enun-
ciado matemático. Pode ser reconhecida como convincente por
uma comunidade, adquirindo um estatuto social e constituindo-
se uma prova para estes, sendo a proposição verdadeira ou
não.
As provas são explicações aceitas por outros em determinado
momento, podendo ter o estatuto de prova para determinado
grupo social, mas não para outro.
As demonstrações são provas particulares que respeitam cer-
tas regras: alguns enunciados são considerados verdadeiros
(axiomas), outros são deduzidos destes ou de outros anterior-
mente demonstrados a partir de regras de dedução tomadas
num conjunto de regras lógicas o trabalham sobre objetos ma-
temáticos com estatutos teóricos, não pertencentes ao mundo
sensı́vel, embora
MarcosaPavani
ele defaçam
Carvalho refer
Anência.
álise Real
Preliminares de lógica
Indução matemática
Números reais
Sequências infinitas
Séries infinitas
Limite e Continuidade

A Contraposição é um método muito utilizado em demonstrações.


Dada uma proposição A ⇒ B, sua contraposição ou proposição
contraposta é dada por B̃ ⇒ Ã.
Exemplo: Sejam A e B duas proposições. Então vale a se-
guinte equivalência: (A ⇒ B) ⇔
⇔ (B̃ ⇒ Ã).
A Técnica de Redução ao Absurdo segue um roteiro parecido
com o das demonstrações por contradição. Nela, supomos inici-
almente que nossa hipótese é verdadeira e que a conclusão de-
sejada (tese) é falsa. A negação da tese é chamada “Hipótese
de Raciocı́nio por Absurdo”, uma suposição temporária até che-
garmos a uma contradição (absurdo). Desta forma, somos le-
vados a admitir que a suposição inicial era falsa e, portanto, que
a conclusão desejada, verdadeira.
Marcos Pavani de Carvalho Análise Real
Preliminares de lógica
Indução matemática
Números reais
Sequências infinitas
Séries infinitas
Limite e Continuidade

Exemplo: Para provar que A ⇒ B, começamos supondo A


verdadeira (hipótese) e B falsa (tese). Se B for falsa, A também
será. O que é absurdo. Somos então forçados a remover a
hipótese do raciocı́nio por absurdo e concluir que B é
verdadeira.

Marcos Pavani de Carvalho Análise Real


Preliminares de lógica
Indução matemática
Números reais
Sequências infinitas
Séries infinitas
Limite e Continuidade

Atividades
1. Prove a seguinte afirmação: “O quadrado de um número par
também é par.”

Marcos Pavani de Carvalho Análise Real


Preliminares de lógica
Indução matemática
Números reais
Sequências infinitas
Séries infinitas
Limite e Continuidade

Atividades
1. Prove a seguinte afirmação: “O quadrado de um número par
também é par.”

2. Prove que se n2 é ı́mpar, então n é ı́mpar.

Marcos Pavani de Carvalho Análise Real


Preliminares de lógica
Indução matemática
Números reais
Sequências infinitas
Séries infinitas
Limite e Continuidade

Atividades
1. Prove a seguinte afirmação: “O quadrado de um número par
também é par.”

2. Prove que se n2 é ı́mpar, então n é ı́mpar.

3. Prove que a soma de dois números pares resulta em um


número par.

Marcos Pavani de Carvalho Análise Real


Preliminares de lógica
Indução matemática
Números reais
Sequências infinitas
Séries infinitas
Limite e Continuidade

Atividades
1. Prove a seguinte afirmação: “O quadrado de um número par
também é par.”

2. Prove que se n2 é ı́mpar, então n é ı́mpar.

3. Prove que a soma de dois números pares resulta em um


número par.

4. Prove que a soma de dois números ı́mpares resulta em um


número par.

Marcos Pavani de Carvalho Análise Real


Preliminares de lógica
Indução matemática
Números reais
Sequências infinitas
Séries infinitas
Limite e Continuidade

Atividades
1. Prove a seguinte afirmação: “O quadrado de um número par
também é par.”

2. Prove que se n2 é ı́mpar, então n é ı́mpar.

3. Prove que a soma de dois números pares resulta em um


número par.

4. Prove que a soma de dois números ı́mpares resulta em um


número par.

5. Sejam a, b e d números inteiros. Prove que: Se d divide a


soma s = a + b e uma das parcelas, então d divide a outra
parcela.
Marcos Pavani de Carvalho Análise Real
Preliminares de lógica
Indução matemática
Números reais
Sequências infinitas
Séries infinitas
Limite e Continuidade

Indução matemática

A indução matemática ou indução finita serve para provar que


uma sequência de proposições denotadas por P(1), P(2), · · · , P(n)
é verdadeira, sem a necessidade de realizar a prova para cada
uma delas. O princı́pio é mostrar que P(1) é verdadeira e, su-
pondo verdade para P(K ), mostrar que P(K + 1) é verdadeira.
Onde P(K ) é denominada Hipótese de Indução (HI).

Exemplo 1: Provar que a sequência 1 + 2 + 3 + 4 + · · · + n =


n(n + 1)
é verdadeira ∀ n ∈ N.
2

Marcos Pavani de Carvalho Análise Real


Preliminares de lógica
Indução matemática
Números reais
Sequências infinitas
Séries infinitas
Limite e Continuidade

Exemplo 2: Partindo do método de indução matemática,


vamos também provar a conhecida fórmula do Binômio de
Newton.
A fórmula é assim enunciada e passada  geralmente como
n n n n n−1

“receita” para os alunos: (a + b) = 0 a + 1 a b +
n n−2 2 n
+ nn bn = nk=0 kn an−k bk .
  n−1  P 
2 a b + · · · + n−1 ab
Lembrando: A representação de um binomial é a mesma
utilizada em combinações:
 
n n!
=
k k !(n − k )!

Marcos Pavani de Carvalho Análise Real


Preliminares de lógica
Indução matemática
Números reais
Sequências infinitas
Séries infinitas
Limite e Continuidade

Atividades
1. Prove por indução que:
1 + 3 + 5 + 7 + · · · + (2n − 1) = n2 , n ∈ N∗ .
2. Enuncie com suas palavras a proposição do exercı́cio
anterior.
3. Prove a desigualdade de Bernoulli:
(1 + r )n ≥ 1 + rn, válida para r ≥ −1 e n natural.
4. Sabemos que o resultado da seguinte Progressão
Aritmética:
n(n + 1)
1 + 2 + 3 + · · · + n é
2
Prove este resultado por indução.
Marcos Pavani de Carvalho Análise Real
Preliminares de lógica
Indução matemática
Números reais
Sequências infinitas
Séries infinitas
Limite e Continuidade

5. Prove as seguintes proposições por indução para todo


n ∈ N∗ .
n(n+1)(2n+1)
1 12 + 22 + 32 + · · · + n2 = 6 .
h i2
n(n+1)
2 1 + 8 + 27 + · · · + n3 = 2 .

3 20 + 21 + 22 + · · · + 2n−1 = 2n − 1.
6. Mostre que 32n+2 − 2n+1 é divisı́vel por 7.
n+1
7. Prove que 1 + t + t 2 + · · · + t n = 1−t
1−t é válida para todo
n ∈ N.
8. Demonstre a “Relação de Stifel”
9. Prove que 2n < 2n+1 ; ∀ n ∈ N∗ .

Marcos Pavani de Carvalho Análise Real


Preliminares de lógica
Números reais e Conjuntos numéricos
Indução matemática
Conjuntos Finitos e Infinitos
Números reais
Conjuntos Enumeráveis
Sequências infinitas
Supremo e ı́nfimo de um Conjunto
Séries infinitas
Valor Absoluto de um Número Real
Limite e Continuidade

Números reais
Denotaremos com N o conjunto dos Números Naturais. Esses
números chamam-se Naturais por surgirem naturalmente em
nossa experiência de vida com o mundo fı́sico já nos primeiros
anos. Representaremos por:
N = {1, 2, 3, 4, 5, . . .}
Denotaremos com Z o conjunto dos Números Inteiros e repre-
sentá-lo por:
Z = {. . . , −4, −3, −2, −1, 0, 1, 2, 3, 4, . . .}
Denotaremos com Q o conjunto dos Números Racionais, representand
o da seguinte maneira:
 
p
Q= ; p, q ∈ Z e q 6= 0 ,
q
Marcos Pavani de Carvalho Análise Real
Preliminares de lógica
Números reais e Conjuntos numéricos
Indução matemática
Conjuntos Finitos e Infinitos
Números reais
Conjuntos Enumeráveis
Sequências infinitas
Supremo e ı́nfimo de um Conjunto
Séries infinitas
Valor Absoluto de um Número Real
Limite e Continuidade

e com R o conjunto dos números Reais. Os números racionais,


juntamente com os irracionais formam o conjunto dos números
Reais.
O conjunto R − Q, indica o conjunto dos Números Irracionais,
isto é, o conjunto dos números Reais que não são racionais.
Números cuja representação decimal não é nem finita nem periódica
são chamados de números Irracionais. √
Um exemplo clássico de número Irracional é 2. Vamos de-
monstrar
√ que este número é Irracional raciocinando por absurdo:
Se 2 fosse um número racional, então haveriam p e q, tais que
√ p p
2 = , sendo uma fração irredutı́vel, p e q ∈ Z e q 6= 0.
q q
Assim,
√ p p2
2 = ⇔ 2 = 2 ⇔ p2 = 2q 2 .
q q
Marcos Pavani de Carvalho Análise Real
Preliminares de lógica
Números reais e Conjuntos numéricos
Indução matemática
Conjuntos Finitos e Infinitos
Números reais
Conjuntos Enumeráveis
Sequências infinitas
Supremo e ı́nfimo de um Conjunto
Séries infinitas
Valor Absoluto de um Número Real
Limite e Continuidade

O que nos mostra que p2 é par. Como já foi demonstrado em


nosso texto, “se p2 é par, então p é par”. Sendo par, p pode ser
escrito como 2r , r ∈ Z, temos:

p2 = 2q 2 ⇔ (2r )2 = 2q 2 ⇔ 4r 2 = 2q 2 ⇔ 2r 2 = q 2 .

Daı́, vemos que q é par.


Se p e q são pares, então são ambos divisı́veis por 2, o que
p
contradiz a hipótese inicial de que fosse irredutı́vel. Somos
q
levados
√ a largar a hipótese do raciocı́nio por absurdo e concluir
que 2 é irracional.

Marcos Pavani de Carvalho Análise Real


Preliminares de lógica
Números reais e Conjuntos numéricos
Indução matemática
Conjuntos Finitos e Infinitos
Números reais
Conjuntos Enumeráveis
Sequências infinitas
Supremo e ı́nfimo de um Conjunto
Séries infinitas
Valor Absoluto de um Número Real
Limite e Continuidade

Atividades

1. Classifique em Racionais (Q) ou em Irracionais (R − Q):


(a) 0, 333 . . .;
(b) 0, 313131 . . .;
(c) 21,
√ 717711777111 . . .;
(d) 2.
2. Reduza à forma ordinária as dı́zimas periódicas:
(a) 0, 777 . . .;
(b) 1, 666 . . .;
(c) 0, 170170 . . .;
(d) 1, 2727 . . .;
(e) 0, 343343 . . .;
(f ) 0, 270270 . . .;

Marcos Pavani de Carvalho Análise Real


Preliminares de lógica
Números reais e Conjuntos numéricos
Indução matemática
Conjuntos Finitos e Infinitos
Números reais
Conjuntos Enumeráveis
Sequências infinitas
Supremo e ı́nfimo de um Conjunto
Séries infinitas
Valor Absoluto de um Número Real
Limite e Continuidade

(g) 21, 454545 . . .;


(h) 3, 020202 . . .;
(i) 5, 212121 . . .;
(j) 0, 3777 . . .;
(k) 0, 2050505 . . .;
(l) 3, 2666 . . .;
(m) 0, 000272727 . . ..
3581
3. Prove que a dı́zima 0, 21507507 . . . é igual a .
√ 16650
4. Prove que 3 é irracional.

5. Sendo p > 1 um número primo qualquer, prove que p é
irracional.
a+b
6. Sendo a e b números irracionais, pode-se afirmar que
2
é irracional? Prove ou apresente um contraexemplo.
Marcos Pavani de Carvalho Análise Real
Preliminares de lógica
Números reais e Conjuntos numéricos
Indução matemática
Conjuntos Finitos e Infinitos
Números reais
Conjuntos Enumeráveis
Sequências infinitas
Supremo e ı́nfimo de um Conjunto
Séries infinitas
Valor Absoluto de um Número Real
Limite e Continuidade

A notação “x ∈ A”, significa que x é elemento do conjunto A e


lê-se “x pertence a A”. A negação desta afirmação é “x ∈
/ A”.
Quando todo elemento de A também o é de B, diz-se que A é
subconjunto de B, ou, analogamente, “A está incluso ou contido
em B” cuja notação é “A ⊂ B”. Pode-se ter simultaneamente
A ⊂ B e B ⊂ A, o que evidencia uma igualdade de conjuntos,
a qual representaremos por “A = B”. Diz-se que A será um
subconjunto próprio de B, se A ⊂ B e A 6= B, ou seja, se existir
algum elemento de B que não pertença a A.
Define-se como união A∪B o conjunto dos elementos que estão
em pelo menos um dos conjuntos A e B. A interseção A ∩ B é
definida como o conjunto dos elementos que estão em A e em
B simultaneamente.
Conjunto vazio é aquele que não possui nenhum elemento. Re-
presentaremos por φ, onde φ = {x : x 6= x}.
Marcos Pavani de Carvalho Análise Real
Preliminares de lógica
Números reais e Conjuntos numéricos
Indução matemática
Conjuntos Finitos e Infinitos
Números reais
Conjuntos Enumeráveis
Sequências infinitas
Supremo e ı́nfimo de um Conjunto
Séries infinitas
Valor Absoluto de um Número Real
Limite e Continuidade

Um conjunto é definido por meio de uma listagem de seus


elementos entre chaves ou através da especificação de uma
propriedade que o caracterize.
Exemplos:
1 A = {2, 4, 6, 8}, é o conjunto dos quatro números pares de
2 a 8;
2 Z = {0, ±1, ±2, ±3, . . .}, é o conjunto dos números
inteiros;
3 C = {x ∈ R; x 2 − 5x + 6 > 0}, é o conjunto dos números
reais onde o trinômio x 2 − 5x + 6 é positivo.
Um conjunto pode ser escrito de diferentes maneiras. Por
exemplo: O conjunto dos números pares positivos pode ser
escrito como:
{2, 4, 6, 8, . . .}, ou {2n; n ∈ N} ou {2n; n = 1, 2, 3, 4, . . .}
Marcos Pavani de Carvalho Análise Real
Preliminares de lógica
Números reais e Conjuntos numéricos
Indução matemática
Conjuntos Finitos e Infinitos
Números reais
Conjuntos Enumeráveis
Sequências infinitas
Supremo e ı́nfimo de um Conjunto
Séries infinitas
Valor Absoluto de um Número Real
Limite e Continuidade

Quando consideramos subconjuntos de um mesmo conjunto B,


define-se como complementar de um conjunto A, o conjunto
dos elementos de B que não estão em A. Denota-se por Ac ou
B − A. Temos:

Ac = B − A = {x ∈ B; x ∈
/ A}.

Neste caso, temos que B c = φ e que φc = B.


Dados dois conjuntos, A e B, as chamadas Leis de Morgan, afir-
mam que: (A ∪ B)c =
c c c c c
= (A ∩ B ) e (A ∩ B) = (A ∪ B ). Ou seja, o complementar
da união é a interseção dos complementares e o complementar
da interseção é a união dos complementares.

Marcos Pavani de Carvalho Análise Real


Preliminares de lógica
Números reais e Conjuntos numéricos
Indução matemática
Conjuntos Finitos e Infinitos
Números reais
Conjuntos Enumeráveis
Sequências infinitas
Supremo e ı́nfimo de um Conjunto
Séries infinitas
Valor Absoluto de um Número Real
Limite e Continuidade

1. Prove que:
(a) A ∪ A = A.
(b) A ∩ A = A.
(c) A ∩ B = B ∩ A.
(d) A ∪ (B ∪ C) = (A ∪ B) ∪ C.
(e) A ∩ (B ∩ C) = (A ∩ B) ∩ C.
(f ) A ∪ (B ∩ C) = (A ∪ B) ∩ (A ∪ C).
(g) A ∩ (B ∪ C) = (A ∩ B) ∪ (A ∩ C).
(h) A ⊂ B ⇔ A ∩ B = A.
(i) B − A = B ∩ Ac .
(j) B ⊂ C ⇒ A − C ⊂ A − B.
Marcos Pavani de Carvalho Análise Real
Preliminares de lógica
Números reais e Conjuntos numéricos
Indução matemática
Conjuntos Finitos e Infinitos
Números reais
Conjuntos Enumeráveis
Sequências infinitas
Supremo e ı́nfimo de um Conjunto
Séries infinitas
Valor Absoluto de um Número Real
Limite e Continuidade

(k) (A − B) ∩ (B − A) = φ.

Marcos Pavani de Carvalho Análise Real


Preliminares de lógica
Números reais e Conjuntos numéricos
Indução matemática
Conjuntos Finitos e Infinitos
Números reais
Conjuntos Enumeráveis
Sequências infinitas
Supremo e ı́nfimo de um Conjunto
Séries infinitas
Valor Absoluto de um Número Real
Limite e Continuidade

2. Dados dois conjuntos A e B, prove que

A = (A − B) ∪ (A ∩ B).

3. Prove as Leis de Morgan:

(A ∪ B)c = (Ac ∩ B c ) e (A ∩ B)c = (Ac ∪ B c ).

Marcos Pavani de Carvalho Análise Real


Preliminares de lógica
Números reais e Conjuntos numéricos
Indução matemática
Conjuntos Finitos e Infinitos
Números reais
Conjuntos Enumeráveis
Sequências infinitas
Supremo e ı́nfimo de um Conjunto
Séries infinitas
Valor Absoluto de um Número Real
Limite e Continuidade

O estudo da teoria dos conjuntos se iniciou com o matemático


Cantor, por volta de 1872. Segundo ele, dois conjuntos são
equivalentes, ou possuem a mesma cardinalidade ou mesma
potência, quando é possı́vel estabelecer uma bijeção entre eles,
ou seja, uma correspondência que leve elementos distintos de
um conjunto em elementos distintos de outro, onde todos os
elementos de um e do outro conjunto sendo objetos dessa cor-
respondência.
Representaremos por A ↔ B quando fizermos referência à existência
de uma bijeção entre A e B.
Definição. Chama-se bijeção ou função bijetiva, uma função
que seja simultaneamente injetiva e sobrejetiva.

Marcos Pavani de Carvalho Análise Real


Preliminares de lógica
Números reais e Conjuntos numéricos
Indução matemática
Conjuntos Finitos e Infinitos
Números reais
Conjuntos Enumeráveis
Sequências infinitas
Supremo e ı́nfimo de um Conjunto
Séries infinitas
Valor Absoluto de um Número Real
Limite e Continuidade

Seja Fn o conjunto dos n números naturais, Fn = {1, 2, 3, . . . , n}.


Diz-se que um conjunto A é equivalente (ou equipotente) a Fn
se A possui n elementos, ou o mesmo número de elementos de
Fn .
Define-se Dados dois conjuntos quaisquer A e B, diz-se que
eles possuem a mesma cardinalidade, ou o mesmo número de
elementos, se eles forem equipotentes. Um conjunto A é dito
finito quando existe um natural n tal que A seja equipotente à
Fn . Caso o conjunto não seja finito, ele será infinito.
Exemplo: Construir uma bijeção entre N e o conjunto dos números
ı́mpares positivos.

Marcos Pavani de Carvalho Análise Real


Preliminares de lógica
Números reais e Conjuntos numéricos
Indução matemática
Conjuntos Finitos e Infinitos
Números reais
Conjuntos Enumeráveis
Sequências infinitas
Supremo e ı́nfimo de um Conjunto
Séries infinitas
Valor Absoluto de um Número Real
Limite e Continuidade

O primeiro conjunto infinito com o qual nos familiarizamos é o


conjunto dos números Naturais. Define-se como conjunto enu-
merável a todo conjunto semelhante a N, ou seja, que pode ser
listado.
Exemplo 1: n 7→ 2n, estabelece uma equivalência entre o con-
junto dos números naturais e o conjunto dos números pares
positivos, ou seja, entre um conjunto e seu subconjunto.
Exemplo 2: Q é enumerável.
Exemplo 3: R é enumerável?

Marcos Pavani de Carvalho Análise Real


Preliminares de lógica
Números reais e Conjuntos numéricos
Indução matemática
Conjuntos Finitos e Infinitos
Números reais
Conjuntos Enumeráveis
Sequências infinitas
Supremo e ı́nfimo de um Conjunto
Séries infinitas
Valor Absoluto de um Número Real
Limite e Continuidade

Atividades

1. Construa uma bijeção entre N e o conjunto dos quadrados


perfeitos.
2. Sejam A e B dois conjuntos, onde A é finito e B enumerável.
Mostre que o conjunto A ∪ B é enumerável. Construa uma
bijeção entre N e esse conjunto.
3. Sendo A e B conjuntos infinitos enumeráveis, mostre que
A ∪ B é enumerável.
4. Prove que não é enumerável o conjunto dos números
irracionais.

Marcos Pavani de Carvalho Análise Real


Preliminares de lógica
Números reais e Conjuntos numéricos
Indução matemática
Conjuntos Finitos e Infinitos
Números reais
Conjuntos Enumeráveis
Sequências infinitas
Supremo e ı́nfimo de um Conjunto
Séries infinitas
Valor Absoluto de um Número Real
Limite e Continuidade

Dizer que R é um Corpo Ordenado, significa dizer que existe


um subconjunto R+ ⊂ R, chamado conjunto dos números reais
positivos, que cumpre as seguintes condições:
(i) A soma e o produto de números reais positivos são
positivos. Ou seja, sendo
x, y ∈ R+ então x + y ∈ R+ e xy ∈ R+ .
(ii) Dado x ∈ R, exatamente uma das três alternativas
seguintes ocorre: ou x = 0, ou x ∈ R+ ou −x ∈ R+ .
Seja C um conjunto de números reais. Define-se:
(i) C é limitado superiormente se existe um número k tal que
a ≤ k, para todo a ∈ C;
(ii) C é limitado inferiormente se existe um número l tal que
l ≤ a, para todo a ∈ C.

Marcos Pavani de Carvalho Análise Real


Preliminares de lógica
Números reais e Conjuntos numéricos
Indução matemática
Conjuntos Finitos e Infinitos
Números reais
Conjuntos Enumeráveis
Sequências infinitas
Supremo e ı́nfimo de um Conjunto
Séries infinitas
Valor Absoluto de um Número Real
Limite e Continuidade

Os números k e l são chamados cotas do conjunto C, superior


e inferior, respectivamente.
Um conjunto que é limitado superiormente e inferiormente ao
mesmo tempo é chamado conjunto limitado.
Alguns exemplos:
Exemplo 1. O conjunto {x ∈ R/x 2 ≤ 8} se diz limitado pois é
limitado, tanto à direita quanto
√ à esquerda,
√ pois pode ser assim
representado: {x ∈ R/ − 8 ≤ x ≤ 8}.
Exemplo 2. O conjunto dos números racionais menores que 5
é limitado superiormente, mas não inferiormente.
Exemplo 3.O conjunto dos números naturais é limitado
inferiormente mas não superiormente.
Exemplo 4. Qualquer intervalo de extremos finitos a e b é dito
limitado.
Marcos Pavani de Carvalho Análise Real
Preliminares de lógica
Números reais e Conjuntos numéricos
Indução matemática
Conjuntos Finitos e Infinitos
Números reais
Conjuntos Enumeráveis
Sequências infinitas
Supremo e ı́nfimo de um Conjunto
Séries infinitas
Valor Absoluto de um Número Real
Limite e Continuidade

Quando um conjunto é limitado superiormente, ele pode ter um


elemento que seja o maior de todos, o qual é chamado máximo
do conjunto.
Exemplo: O conjunto {x ∈ Q/x ≤ 32}, tem 32 como seu
máximo.
Um conjunto limitado superiormente  pode não ter máximo. 
1 2 3 n
Exemplo: Seja o conjunto A = , , ,..., , . . . . Ele
2 3 4 n+1
não possui máximo, mas é limitado superiormente. Os elemen-
tos desse conjunto são frações dispostas de maneira crescente,
onde cada uma delas é superada pela que vem logo a seguir,
isto é:
1 2 3 n n+1
< < < ... < < < ...
2 3 4 n+1 n+2
Qualquer elemento do conjunto é menor do que 1, o qual é a
menor cota superior.
Marcos Pavani de Carvalho Análise Real
Preliminares de lógica
Números reais e Conjuntos numéricos
Indução matemática
Conjuntos Finitos e Infinitos
Números reais
Conjuntos Enumeráveis
Sequências infinitas
Supremo e ı́nfimo de um Conjunto
Séries infinitas
Valor Absoluto de um Número Real
Limite e Continuidade

Definição. Chama-se Supremo de um conjunto C a menor


cota superior.
Chama-se supremo, o número S que satisfaz as seguintes
condições:
(i) a ≤ S para todo a ∈ C;
(ii) Dado qualquer número ε > 0, existe um elemento a ∈ C, à
direita de S − ε, isto é, S − ε < a.
Teorema. Todo conjunto não vazio de números reais e limitado
superiormente, possui um supremo.

Marcos Pavani de Carvalho Análise Real


Preliminares de lógica
Números reais e Conjuntos numéricos
Indução matemática
Conjuntos Finitos e Infinitos
Números reais
Conjuntos Enumeráveis
Sequências infinitas
Supremo e ı́nfimo de um Conjunto
Séries infinitas
Valor Absoluto de um Número Real
Limite e Continuidade

O supremo pode não ser o máximo do conjunto C. Se o


conjunto possui máximo, este será, também seu supremo.
Exemplos:
(i) O conjunto [−3, 7) = {x ∈ R/ − 3 ≤ x < 7} não tem
máximo, mas tem  7 como seu supremo.

9 13
(ii) O conjunto 2, 3, , 5, 6, , 7 tem supremo 7, que é
2 2
também seu máximo.
A noção de ı́nfimo é introduzida de maneira análoga à de
supremo:
Definição. Chama-se ı́nfimo de um conjunto C à maior de
suas cotas inferiores.

Marcos Pavani de Carvalho Análise Real


Preliminares de lógica
Números reais e Conjuntos numéricos
Indução matemática
Conjuntos Finitos e Infinitos
Números reais
Conjuntos Enumeráveis
Sequências infinitas
Supremo e ı́nfimo de um Conjunto
Séries infinitas
Valor Absoluto de um Número Real
Limite e Continuidade

Chama-se ı́nfimo o número s que satisfaz as seguintes


condições:
(i) s ≤ a para todo a ∈ C;
(ii) Dado qualquer número ε > 0, existe um elemento a ∈ C, à
esquerda de s + ε, isto é, a < s + ε.
Teorema. Todo conjunto não vazio de números reais, limitado
inferiormente, possui ı́nfimo.

Marcos Pavani de Carvalho Análise Real


Preliminares de lógica
Números reais e Conjuntos numéricos
Indução matemática
Conjuntos Finitos e Infinitos
Números reais
Conjuntos Enumeráveis
Sequências infinitas
Supremo e ı́nfimo de um Conjunto
Séries infinitas
Valor Absoluto de um Número Real
Limite e Continuidade

O valor absoluto de um número real “a”, é indicado pelo


sı́mbolo |a| que é definido por:

−a se a ≤ 0
|a| =
a se a > 0

De acordo com a definição acima, para todo a, |a| ≥ 0, isto é, o


módulo de um número real é sempre positivo.
Define-se que a ≤ |a|, ab ≤ |ab| = |a||b| e |a| = | − a|.
Propriedades:
(i) |a|2 = a2
(ii) |ab| = |a||b|
(iii) |a + b| ≤ |a| + |b|

Marcos Pavani de Carvalho Análise Real


Preliminares de lógica
Números reais e Conjuntos numéricos
Indução matemática
Conjuntos Finitos e Infinitos
Números reais
Conjuntos Enumeráveis
Sequências infinitas
Supremo e ı́nfimo de um Conjunto
Séries infinitas
Valor Absoluto de um Número Real
Limite e Continuidade

Esta última propriedade é muito importante em nosso estudo


e é chamada desigualdade triangular. Ela também é válida
→ → →
quando a e b são vetores, digamos a e b . Neste caso, a
→ →
, b e a + b são os três lados de um triângulo (conforme figura
abaixo), e a desigualdade representa uma propriedade geométrica
assim enunciada: em um triângulo qualquer, um lado é sempre
→ →
menor que a soma de outros dois, isto é, se a e b são não co-
lineares (não estão alinhados) e nenhum deles é um vetor nulo,
então:
|a + b| < |a| + |b|

Marcos Pavani de Carvalho Análise Real


Preliminares de lógica
Números reais e Conjuntos numéricos
Indução matemática
Conjuntos Finitos e Infinitos
Números reais
Conjuntos Enumeráveis
Sequências infinitas
Supremo e ı́nfimo de um Conjunto
Séries infinitas
Valor Absoluto de um Número Real
Limite e Continuidade

Atividades

1. Prove que:
(a) |a − b| ≤ |a| + |b|
(b) |a| − |b| ≤ |a ± b|
(c) |b| − |a| ≤ |a ± b|
(d) ||a| − |b|| ≤ |a ± b|
2. Prove por indução que
|a1 + a2 + . . . + an | ≤ |a1 | + |a2 | + . . . + |an |, para quaisquer
a1 , a2 , . . . , an .

Marcos Pavani de Carvalho Análise Real


Preliminares de lógica
Sequências Infinitas
Indução matemática
sequência convergente
Números reais
Sequências Limitadas
Sequências infinitas
Sequências Monótonas
Séries infinitas
Subsequências
Limite e Continuidade

Uma sequência de números infinita é uma função f , definida


em N, onde n 7−→ f (n) = an . Podemos representá-la por:
a1 , a2 , a3 , . . . , an , onde n é chamado ı́ndice da sequência e an o
n-ésimo elemento da sequência ou o termo geral.
Exemplo: Determine o termo geral das sequências:
(a) {2, 4, 6, 8, . . .} ⇒ an = 2n : n ∈ N;
(b) {2, 4, 8, 16, . . .} ⇒ an = 2n : n ∈ N;
Nem sempre o termo geral de uma sequência é obtido por uma
fórmula.

Marcos Pavani de Carvalho Análise Real


Preliminares de lógica
Sequências Infinitas
Indução matemática
sequência convergente
Números reais
Sequências Limitadas
Sequências infinitas
Sequências Monótonas
Séries infinitas
Subsequências
Limite e Continuidade

Exemplos: √
1. As aproximações decimais por falta de 2, que formam uma
sequência infinita

a1 = 1, 4; a2 = 1, 41; a3 = 1, 414, a4 = 1, 4142, a5 = 1, 41421, . . .

2. Uma sequência formada pelos números primos.

2, 3, 5, 7, 11, 13, 17, 19, 23, 29, 31, . . .

3. A sequência abaixo é infinita:

an = (−1)n = −1, 1, −1, 1, −1, 1, −1, . . .

Porém possui apenas dois elementos 1 e −1, o que nos leva a


{an } = {−1, 1}.
Marcos Pavani de Carvalho Análise Real
Preliminares de lógica
Sequências Infinitas
Indução matemática
sequência convergente
Números reais
Sequências Limitadas
Sequências infinitas
Sequências Monótonas
Séries infinitas
Subsequências
Limite e Continuidade

Dizemos, em termos sugestivos, que uma sequência é dita


convergente se à medida que o ı́ndice n cresce, o elemento an
vai se tornando arbitrariamente próximo de um certo número L,
denominado limite da sequência. A proximidade entre o termo
an e L é dada pelo valor absoluto da diferença entre eles, isto é
|an − L|. Portanto, dizer que an vai se tornando arbitrariamente
próximo de L, significa dizer que |an − L| torna-se inferior a
qualquer número ε > 0, por pequeno que seja, desde que
façamos n suficientemente grande. Daı́, segue a definição
precisa de convergência:

Marcos Pavani de Carvalho Análise Real


Preliminares de lógica
Sequências Infinitas
Indução matemática
sequência convergente
Números reais
Sequências Limitadas
Sequências infinitas
Sequências Monótonas
Séries infinitas
Subsequências
Limite e Continuidade

Definição. Uma sequência (an ) converge para um número L,


ou possui limite L se, dado ε > 0, é sempre possı́vel encontrar
um número N, tal que

n > N ⇒ |an − L| < ε (1)

Escreve-se limn→∞ an = L, lim an = L ou an 7→ L. Uma


sequência não convergente é dita divergente.
Exemplo: A sequência
   
n1 1 1 1
(−1) = −1, , − , , . . . .
n 2 3 4

é divergente, pois não converge para um limite finito.

Marcos Pavani de Carvalho Análise Real


Preliminares de lógica
Sequências Infinitas
Indução matemática
sequência convergente
Números reais
Sequências Limitadas
Sequências infinitas
Sequências Monótonas
Séries infinitas
Subsequências
Limite e Continuidade

1
Teorema: A sequência cujo termo geral an = converge para
n
0.
Exemplo: Prove que a sequência
   
n 1 2 3 n
an = = , , ,..., ,...
n + 12 13 14 15 n + 12

converge para o número 1.

Marcos Pavani de Carvalho Análise Real


Preliminares de lógica
Sequências Infinitas
Indução matemática
sequência convergente
Números reais
Sequências Limitadas
Sequências infinitas
Sequências Monótonas
Séries infinitas
Subsequências
Limite e Continuidade

1. Escreva os cinco primeiros termos de cada uma das


seguintes sequências:
n
(a) an = ;
n+1
n
(b) an = 2 ;
n +1
(−1)n
(c) an = ;
n+2
n
(d) an = n−1 .
3
2. Encontre o termo geral de cada uma das sequências:
1 2 3 4
(a) , , , , . . . ;
2 3 4 5
1 1 1
(b) 1, − , , − , . . . ;
2 3 4
Marcos Pavani de Carvalho Análise Real
Preliminares de lógica
Sequências Infinitas
Indução matemática
sequência convergente
Números reais
Sequências Limitadas
Sequências infinitas
Sequências Monótonas
Séries infinitas
Subsequências
Limite e Continuidade

1 1 1
(c) 1, , , , . . . ;
4 9 16
1 1 1 1
(d) 1, − , , − , ,....
2 6 24 120
(e) 1, 3, 7, 15, 31, . . .
3. Use a definição de sequência convergente para provar que:
n
(a) limn→∞ 2 = 0;
n +1
2n2
(b) limn→∞ 2 = 2;
n +7
2n + 3
(c) limn→∞ = 2.
n+1
4
(d) limn→∞ 2n−1 = 0.

Marcos Pavani de Carvalho Análise Real


Preliminares de lógica
Sequências Infinitas
Indução matemática
sequência convergente
Números reais
Sequências Limitadas
Sequências infinitas
Sequências Monótonas
Séries infinitas
Subsequências
Limite e Continuidade

Uma sequência (an ) é limitada a esquerda, ou inferiormente,


quando existe um número A tal que A ≤ an , ∀ n. Analogamente,
uma sequência é limitada a direita, ou superiormente, quando
existe um número B tal que an ≤ B, ∀ n. Quando uma sequência
é limitada inferior e superiormente simultaneamente, ela é dita
limitada. O que equivale a dizer que existe um número M; |an | ≤
M, ∀ n.

Marcos Pavani de Carvalho Análise Real


Preliminares de lógica
Sequências Infinitas
Indução matemática
sequência convergente
Números reais
Sequências Limitadas
Sequências infinitas
Sequências Monótonas
Séries infinitas
Subsequências
Limite e Continuidade

Uma sequência (an ) é limitada a esquerda, ou inferiormente,


quando existe um número A tal que A ≤ an , ∀ n. Analogamente,
uma sequência é limitada a direita, ou superiormente, quando
existe um número B tal que an ≤ B, ∀ n. Quando uma sequência
é limitada inferior e superiormente simultaneamente, ela é dita
limitada. O que equivale a dizer que existe um número M; |an | ≤
M, ∀ n.

Teorema. Toda sequência convergente é limitada.

Marcos Pavani de Carvalho Análise Real


Preliminares de lógica
Sequências Infinitas
Indução matemática
sequência convergente
Números reais
Sequências Limitadas
Sequências infinitas
Sequências Monótonas
Séries infinitas
Subsequências
Limite e Continuidade

Uma sequência (an ) é limitada a esquerda, ou inferiormente,


quando existe um número A tal que A ≤ an , ∀ n. Analogamente,
uma sequência é limitada a direita, ou superiormente, quando
existe um número B tal que an ≤ B, ∀ n. Quando uma sequência
é limitada inferior e superiormente simultaneamente, ela é dita
limitada. O que equivale a dizer que existe um número M; |an | ≤
M, ∀ n.

Teorema. Toda sequência convergente é limitada.

Exemplo: A sequência an = (−1)n , ∀ n ∈ N é limitada, mas


não é convergente.

Marcos Pavani de Carvalho Análise Real


Preliminares de lógica
Sequências Infinitas
Indução matemática
sequência convergente
Números reais
Sequências Limitadas
Sequências infinitas
Sequências Monótonas
Séries infinitas
Subsequências
Limite e Continuidade

Teorema. Se uma determinada sequência (an ) converge à um


limite L, e se A < L < B, então, a partir de um certo N, tem-se
A < an < B.

Marcos Pavani de Carvalho Análise Real


Preliminares de lógica
Sequências Infinitas
Indução matemática
sequência convergente
Números reais
Sequências Limitadas
Sequências infinitas
Sequências Monótonas
Séries infinitas
Subsequências
Limite e Continuidade

Teorema. Se uma determinada sequência (an ) converge à um


limite L, e se A < L < B, então, a partir de um certo N, tem-se
A < an < B.
Demostração: Dado ε > 0, existe N de modo que a partir
desse ı́ndice, teremos

L − ε < an < L + ε
.

Marcos Pavani de Carvalho Análise Real


Preliminares de lógica
Sequências Infinitas
Indução matemática
sequência convergente
Números reais
Sequências Limitadas
Sequências infinitas
Sequências Monótonas
Séries infinitas
Subsequências
Limite e Continuidade

Teorema. Se uma determinada sequência (an ) converge à um


limite L, e se A < L < B, então, a partir de um certo N, tem-se
A < an < B.
Demostração: Dado ε > 0, existe N de modo que a partir
desse ı́ndice, teremos

L − ε < an < L + ε
.
Portanto, basta apenas escrever, inicialmente, ε menor que os
números L − A e B − L para obtermos

L − ε > L − (L − A) = A e L + ε < L + (B − L) = B.

Por consequência, temos n > N ⇒ A < an < B.


Marcos Pavani de Carvalho Análise Real
Preliminares de lógica
Sequências Infinitas
Indução matemática
sequência convergente
Números reais
Sequências Limitadas
Sequências infinitas
Sequências Monótonas
Séries infinitas
Subsequências
Limite e Continuidade

Teorema. Sejam (an ) e (bn ) duas sequências convergentes.


Sejam L1 e L2 respectivamente, os limites dessas sequências.
Logo, (an + bn ), (an bn ) e (kan ), onde c é uma constante
arbitrária, são sequências convergentes e além de que:

Marcos Pavani de Carvalho Análise Real


Preliminares de lógica
Sequências Infinitas
Indução matemática
sequência convergente
Números reais
Sequências Limitadas
Sequências infinitas
Sequências Monótonas
Séries infinitas
Subsequências
Limite e Continuidade

Teorema. Sejam (an ) e (bn ) duas sequências convergentes.


Sejam L1 e L2 respectivamente, os limites dessas sequências.
Logo, (an + bn ), (an bn ) e (kan ), onde c é uma constante
arbitrária, são sequências convergentes e além de que:
(a) lim(an + bn ) = lim an + lim bn = L1 + L2 ;
(b) lim(can ) = c(lim an ) = cL1 ;
(c) lim(an bn ) = (lim an )(lim bn ) = L1 L2 ;
an L1
(d) Se L2 6= 0, então existe lim = .
bn L2

Marcos Pavani de Carvalho Análise Real


Preliminares de lógica
Sequências Infinitas
Indução matemática
sequência convergente
Números reais
Sequências Limitadas
Sequências infinitas
Sequências Monótonas
Séries infinitas
Subsequências
Limite e Continuidade

Teorema. Sejam (an ) e (bn ) duas sequências convergentes.


Sejam L1 e L2 respectivamente, os limites dessas sequências.
Logo, (an + bn ), (an bn ) e (kan ), onde c é uma constante
arbitrária, são sequências convergentes e além de que:
(a) lim(an + bn ) = lim an + lim bn = L1 + L2 ;
(b) lim(can ) = c(lim an ) = cL1 ;
(c) lim(an bn ) = (lim an )(lim bn ) = L1 L2 ;
an L1
(d) Se L2 6= 0, então existe lim = .
bn L2
De posse deste último teorema, podemos desenvolver mais
facilmente certos limites, por exemplo:
3x 2 + 4x
lim =
5x 2 − 7
Marcos Pavani de Carvalho Análise Real
Preliminares de lógica
Sequências Infinitas
Indução matemática
sequência convergente
Números reais
Sequências Limitadas
Sequências infinitas
Sequências Monótonas
Séries infinitas
Subsequências
Limite e Continuidade

Exercı́cios

1. Prove o teorema da unicidade do limite: uma sequência só


pode convergir para um único limite.

2. Prove: se (an ) converge para zero e (bn ) é limitada, então


(an bn ) converge para zero.

3. Prove que an = an tende a zero, onde 0 < a < 1.



4. Se an ≥ 0, ∀ n e an → 0, prove que an tende a 0.

Marcos Pavani de Carvalho Análise Real


Preliminares de lógica
Sequências Infinitas
Indução matemática
sequência convergente
Números reais
Sequências Limitadas
Sequências infinitas
Sequências Monótonas
Séries infinitas
Subsequências
Limite e Continuidade

Existe uma classe de sequências convergentes limitadas que


são chamadas de sequências monótonas. Elas recebem este
nome por apresentarem um comportamento definido.

Marcos Pavani de Carvalho Análise Real


Preliminares de lógica
Sequências Infinitas
Indução matemática
sequência convergente
Números reais
Sequências Limitadas
Sequências infinitas
Sequências Monótonas
Séries infinitas
Subsequências
Limite e Continuidade

Existe uma classe de sequências convergentes limitadas que


são chamadas de sequências monótonas. Elas recebem este
nome por apresentarem um comportamento definido.
Definição. Define-se que uma sequência (an ) é crescente se
a1 < a2 < a3 < . . . < an < . . .

Marcos Pavani de Carvalho Análise Real


Preliminares de lógica
Sequências Infinitas
Indução matemática
sequência convergente
Números reais
Sequências Limitadas
Sequências infinitas
Sequências Monótonas
Séries infinitas
Subsequências
Limite e Continuidade

Existe uma classe de sequências convergentes limitadas que


são chamadas de sequências monótonas. Elas recebem este
nome por apresentarem um comportamento definido.
Definição. Define-se que uma sequência (an ) é crescente se
a1 < a2 < a3 < . . . < an < . . .
e decrescente se
a1 > a2 > a3 > . . . > an > . . . .

Marcos Pavani de Carvalho Análise Real


Preliminares de lógica
Sequências Infinitas
Indução matemática
sequência convergente
Números reais
Sequências Limitadas
Sequências infinitas
Sequências Monótonas
Séries infinitas
Subsequências
Limite e Continuidade

Existe uma classe de sequências convergentes limitadas que


são chamadas de sequências monótonas. Elas recebem este
nome por apresentarem um comportamento definido.
Definição. Define-se que uma sequência (an ) é crescente se
a1 < a2 < a3 < . . . < an < . . .
e decrescente se
a1 > a2 > a3 > . . . > an > . . . .

A sequência é não-decrescente se
a1 ≤ a2 ≤ a3 < . . . < an ≤ . . .

Marcos Pavani de Carvalho Análise Real


Preliminares de lógica
Sequências Infinitas
Indução matemática
sequência convergente
Números reais
Sequências Limitadas
Sequências infinitas
Sequências Monótonas
Séries infinitas
Subsequências
Limite e Continuidade

Existe uma classe de sequências convergentes limitadas que


são chamadas de sequências monótonas. Elas recebem este
nome por apresentarem um comportamento definido.
Definição. Define-se que uma sequência (an ) é crescente se
a1 < a2 < a3 < . . . < an < . . .
e decrescente se
a1 > a2 > a3 > . . . > an > . . . .

A sequência é não-decrescente se
a1 ≤ a2 ≤ a3 < . . . < an ≤ . . .
e não-crescente se
a1 ≥ a2 ≥ a3 ≥ . . . an ≥ . . . .
Marcos Pavani de Carvalho Análise Real
Preliminares de lógica
Sequências Infinitas
Indução matemática
sequência convergente
Números reais
Sequências Limitadas
Sequências infinitas
Sequências Monótonas
Séries infinitas
Subsequências
Limite e Continuidade

Uma sequência é monótona se ela satisfaz qualquer uma des-


sas condições.

Marcos Pavani de Carvalho Análise Real


Preliminares de lógica
Sequências Infinitas
Indução matemática
sequência convergente
Números reais
Sequências Limitadas
Sequências infinitas
Sequências Monótonas
Séries infinitas
Subsequências
Limite e Continuidade

Uma sequência é monótona se ela satisfaz qualquer uma des-


sas condições.
Teorema. Toda sequência que é monótona e limitada é conver-
gente.

Marcos Pavani de Carvalho Análise Real


Preliminares de lógica
Sequências Infinitas
Indução matemática
sequência convergente
Números reais
Sequências Limitadas
Sequências infinitas
Sequências Monótonas
Séries infinitas
Subsequências
Limite e Continuidade

Uma sequência é monótona se ela satisfaz qualquer uma des-


sas condições.
Teorema. Toda sequência que é monótona e limitada é conver-
gente.
Demonstração. Vamos considerar uma sequência não decres-
cente (an ) limitada inferiormente pelo elemento a1 . A hipótese
de ser limitada significa que ela é limitada superiormente, logo
possui supremo que denotaremos por S. Vamos provar que
esse número S é o limite de (an ).
De fato, dado ε > 0, existe um elemento dessa sequência com
certo ı́ndice N, tal que S − ε < aN ≤ S. Como a sequência é
não decrescente, aN ≤ an , para todo n > N, o que implica que
n > N ⇒ S − ε < an ≤ S < S + ε
Que completa a demonstração.
Marcos Pavani de Carvalho Análise Real
Preliminares de lógica
Sequências Infinitas
Indução matemática
sequência convergente
Números reais
Sequências Limitadas
Sequências infinitas
Sequências Monótonas
Séries infinitas
Subsequências
Limite e Continuidade

Quando retiramos um ou vários termos de uma sequência, ob-


temos o que se chama de “subsequência” da primeira.

Marcos Pavani de Carvalho Análise Real


Preliminares de lógica
Sequências Infinitas
Indução matemática
sequência convergente
Números reais
Sequências Limitadas
Sequências infinitas
Sequências Monótonas
Séries infinitas
Subsequências
Limite e Continuidade

Quando retiramos um ou vários termos de uma sequência, ob-


temos o que se chama de “subsequência” da primeira.
Definição. Uma subsequência de uma sequência (an ) é uma
restrição de (an ) a um subconjunto infinito N 0 do conjunto N.
De outra maneira, uma subsequência de (an ) é uma sequência
do tipo (bj ) = (anj ), onde (nj ) é uma sequência crescente de
inteiros positivos, isto é: n1 < n2 < . . .

Marcos Pavani de Carvalho Análise Real


Preliminares de lógica
Sequências Infinitas
Indução matemática
sequência convergente
Números reais
Sequências Limitadas
Sequências infinitas
Sequências Monótonas
Séries infinitas
Subsequências
Limite e Continuidade

Quando retiramos um ou vários termos de uma sequência, ob-


temos o que se chama de “subsequência” da primeira.
Definição. Uma subsequência de uma sequência (an ) é uma
restrição de (an ) a um subconjunto infinito N 0 do conjunto N.
De outra maneira, uma subsequência de (an ) é uma sequência
do tipo (bj ) = (anj ), onde (nj ) é uma sequência crescente de
inteiros positivos, isto é: n1 < n2 < . . .

Como consequência, 1 ≤ n1 , 2 ≤ n2 , . . . , e, em geral, j ≤


nj . Porém, como j < nj para algum j (a não ser que a sub-
sequência seja a própria sequência), esta desigualdade perma-
necerá válida para todos os valores subsequentes ao primeiro
para o qual ela ocorrer.

Marcos Pavani de Carvalho Análise Real


Preliminares de lógica
Sequências Infinitas
Indução matemática
sequência convergente
Números reais
Sequências Limitadas
Sequências infinitas
Sequências Monótonas
Séries infinitas
Subsequências
Limite e Continuidade

Teorema. Se (an ) converge para um limite L, então toda (anj )


também converge para L.

Marcos Pavani de Carvalho Análise Real


Preliminares de lógica
Sequências Infinitas
Indução matemática
sequência convergente
Números reais
Sequências Limitadas
Sequências infinitas
Sequências Monótonas
Séries infinitas
Subsequências
Limite e Continuidade

Teorema. Se (an ) converge para um limite L, então toda (anj )


também converge para L.

Teorema. (intervalos encaixados) Dada uma sequência de-


crescente I1 ⊃ I2 ⊃ . . . ⊃ In ⊃ . . . de intervalos limitados e
fechados In = [an , bn ], existe pelo menos um número real c tal
que c ∈ In (ou, o que é o mesmo, c ∈ I1 ∩ I2 ∩ . . . ∩ In ∩ . . .) para
todo n ∈ N.

Marcos Pavani de Carvalho Análise Real


Preliminares de lógica
Sequências Infinitas
Indução matemática
sequência convergente
Números reais
Sequências Limitadas
Sequências infinitas
Sequências Monótonas
Séries infinitas
Subsequências
Limite e Continuidade

Teorema. Se (an ) converge para um limite L, então toda (anj )


também converge para L.

Teorema. (intervalos encaixados) Dada uma sequência de-


crescente I1 ⊃ I2 ⊃ . . . ⊃ In ⊃ . . . de intervalos limitados e
fechados In = [an , bn ], existe pelo menos um número real c tal
que c ∈ In (ou, o que é o mesmo, c ∈ I1 ∩ I2 ∩ . . . ∩ In ∩ . . .) para
todo n ∈ N.

Teorema. (Bolzano-Weierstrass) Toda sequência (an ) limitada


possui uma subsequência que converge.

Marcos Pavani de Carvalho Análise Real


Preliminares de lógica
Indução matemática
Números reais
Sequências infinitas
Séries infinitas
Limite e Continuidade

Uma série é uma soma s = a1 + a2 + · · · + an + · · · com infinitas


parcelas.

Marcos Pavani de Carvalho Análise Real


Preliminares de lógica
Indução matemática
Números reais
Sequências infinitas
Séries infinitas
Limite e Continuidade

Uma série é uma soma s = a1 + a2 + · · · + an + · · · com infinitas


parcelas.
O que é equivalente à s = limn→∞ (a1 +a2 +· · ·+an ). Como todo
limite, este pode existir ou não. Por isso, existem as chamadas
séries convergentes e séries divergentes.
Séries Convergentes
Dada uma sequência (an ) de números reais, a partir dela
pode-se formar uma nova sequência (sn ), onde:

s1 = a1 , s2 = a1 + a2 , s3 = a1 + a2 + a3 , . . . , sn =
a1 + a2 + a3 + · · · + an , etc.

Marcos Pavani de Carvalho Análise Real


Preliminares de lógica
Indução matemática
Números reais
Sequências infinitas
Séries infinitas
Limite e Continuidade

Exemplo:
3 3 3 3
0, 333 . . . = 0, 3+0, 03+0, 003+· · · = + 2 + 3 +· · ·+ n +· · · .
10 10 10 10

Marcos Pavani de Carvalho Análise Real


Preliminares de lógica
Indução matemática
Números reais
Sequências infinitas
Séries infinitas
Limite e Continuidade

Exemplo:
3 3 3 3
0, 333 . . . = 0, 3+0, 03+0, 003+· · · = + 2 + 3 +· · ·+ n +· · · .
10 10 10 10

Os números sn chamam-se reduzidas de ordem n ou somas


parciais da série ∞
P
a
n=1 n . A parcela an é chamada n-ésimo
termo ou termo geral da série.

Marcos Pavani de Carvalho Análise Real


Preliminares de lógica
Indução matemática
Números reais
Sequências infinitas
Séries infinitas
Limite e Continuidade

Exemplo:
3 3 3 3
0, 333 . . . = 0, 3+0, 03+0, 003+· · · = + 2 + 3 +· · ·+ n +· · · .
10 10 10 10

Os números sn chamam-se reduzidas de ordem n ou somas


parciais da série ∞
P
a
n=1 n . A parcela an é chamada n-ésimo
termo ou termo geral da série.

Se existe o limite s = lim sn , diremos que a série ∞


P
n→∞ n=1 an é
convergente e

X
s= an = a1 + a2 + · · · + an
n=1
será chamado
Pa soma da série. Se limn→∞ sn não existir,
diremos que ∞ n=1 an é uma série divergente.
Marcos Pavani de Carvalho Análise Real
Preliminares de lógica
Indução matemática
Números reais
Sequências infinitas
Séries infinitas
Limite e Continuidade

Exemplo 1: Determine a fração geratriz da dı́zima periódica


0,333. . . .

Marcos Pavani de Carvalho Análise Real


Preliminares de lógica
Indução matemática
Números reais
Sequências infinitas
Séries infinitas
Limite e Continuidade

Exemplo 1: Determine a fração geratriz da dı́zima periódica


0,333. . . .
3
s1 =
10
3 3
s2 = + 2
10 10
3 3 3
s3 = + +
10 102 103
..
.

3 3 3 3
sn = + + + ··· + n (2)
10 102 103 10

Marcos Pavani de Carvalho Análise Real


Preliminares de lógica
Indução matemática
Números reais
Sequências infinitas
Séries infinitas
Limite e Continuidade

Exemplo 2: Determine o limite da série cujo termo geral é:


1 1 1
an = = − .
n(n + 1) n n+1
 
1
s1 = 1 −
2
   
1 1 1
s2 = 1 − + −
2 2 3
     
1 1 1 1 1
s3 = 1 − + − + −
2 2 3 3 4
..
.
       
1 1 1 1 1 1 1
sn = 1 − + − + − +···+ − ⇒
2 2 3 3 4 n n+1

Marcos Pavani de Carvalho Análise Real


Preliminares de lógica
Indução matemática
Números reais
Sequências infinitas
Séries infinitas
Limite e Continuidade

1
sn = 1 −
n+1
Tomando o limite, temos:
 
1
lim sn = 1 − = 1.
n→∞ n+1

Marcos Pavani de Carvalho Análise Real


Preliminares de lógica
Indução matemática
Números reais
Sequências infinitas
Séries infinitas
Limite e Continuidade

1
sn = 1 −
n+1
Tomando o limite, temos:
 
1
lim sn = 1 − = 1.
n→∞ n+1

Teorema. Se uma série converge, seu termo (an ) geral tende


a zero.

Marcos Pavani de Carvalho Análise Real


Preliminares de lógica
Indução matemática
Números reais
Sequências infinitas
Séries infinitas
Limite e Continuidade

Exemplo 1: A série geométrica de razão q, com |q| < 1



X
qn = 1 + q + q2 + · · · .
n=0

Marcos Pavani de Carvalho Análise Real


Preliminares de lógica
Indução matemática
Números reais
Função Contı́nua
Sequências infinitas
Séries infinitas
Limite e Continuidade

Dada uma função real f , estamos interessados em saber o que


acontece com o valor de f (x) quando x se aproxima de um
certo ponto a sem, entretanto, assumir este valor. Vejamos a
definição:

Marcos Pavani de Carvalho Análise Real


Preliminares de lógica
Indução matemática
Números reais
Função Contı́nua
Sequências infinitas
Séries infinitas
Limite e Continuidade

Dada uma função real f , estamos interessados em saber o que


acontece com o valor de f (x) quando x se aproxima de um
certo ponto a sem, entretanto, assumir este valor. Vejamos a
definição:

Definição. Seja f : R → R. Dizemos que o limite de f (x)


quando x tende a a ∈ R existe e vale L ∈ R se ∀ ε > 0, ∃ δ > 0
tal que 0 < |x − a| < δ ⇒ |f (x) − L| < ε.

Marcos Pavani de Carvalho Análise Real


Preliminares de lógica
Indução matemática
Números reais
Função Contı́nua
Sequências infinitas
Séries infinitas
Limite e Continuidade

Dada uma função real f , estamos interessados em saber o que


acontece com o valor de f (x) quando x se aproxima de um
certo ponto a sem, entretanto, assumir este valor. Vejamos a
definição:

Definição. Seja f : R → R. Dizemos que o limite de f (x)


quando x tende a a ∈ R existe e vale L ∈ R se ∀ ε > 0, ∃ δ > 0
tal que 0 < |x − a| < δ ⇒ |f (x) − L| < ε.
Neste caso, escrevemos limx→a f (x) = L.
A ideia intuitiva correta é dizer que f (x) é tão próximo de L
quanto quisermos, bastando para isso tomar x suficientemente
próximo, porém distinto, de a.

Marcos Pavani de Carvalho Análise Real


Preliminares de lógica
Indução matemática
Números reais
Função Contı́nua
Sequências infinitas
Séries infinitas
Limite e Continuidade

Exemplos

1. Seja f : R → R, dada por f (x) = x, ∀ x ∈ R e a ∈ R. Mostre


que limx→a f (x) = a.

Marcos Pavani de Carvalho Análise Real


Preliminares de lógica
Indução matemática
Números reais
Função Contı́nua
Sequências infinitas
Séries infinitas
Limite e Continuidade

Exemplos

1. Seja f : R → R, dada por f (x) = x, ∀ x ∈ R e a ∈ R. Mostre


que limx→a f (x) = a.

2. Seja f : R → R, tal que f (x) = ax + b. Mostre que


limx→a f (x) = a2 + b.

Marcos Pavani de Carvalho Análise Real


Preliminares de lógica
Indução matemática
Números reais
Função Contı́nua
Sequências infinitas
Séries infinitas
Limite e Continuidade

Exemplos

1. Seja f : R → R, dada por f (x) = x, ∀ x ∈ R e a ∈ R. Mostre


que limx→a f (x) = a.

2. Seja f : R → R, tal que f (x) = ax + b. Mostre que


limx→a f (x) = a2 + b.

3. Seja f : R → R definida por f (x) = 2x + 1, ∀ x ∈ R. Prove


que limx→1 f (x) = 3.

Marcos Pavani de Carvalho Análise Real


Preliminares de lógica
Indução matemática
Números reais
Função Contı́nua
Sequências infinitas
Séries infinitas
Limite e Continuidade

Unicidade

Teorema. Se limx→a f (x) = L e limx→a f (x) = M, então L = M.

Marcos Pavani de Carvalho Análise Real


Preliminares de lógica
Indução matemática
Números reais
Função Contı́nua
Sequências infinitas
Séries infinitas
Limite e Continuidade

Unicidade

Teorema. Se limx→a f (x) = L e limx→a f (x) = M, então L = M.


Complete a demosntração do teorema

Marcos Pavani de Carvalho Análise Real


Preliminares de lógica
Indução matemática
Números reais
Função Contı́nua
Sequências infinitas
Séries infinitas
Limite e Continuidade

Unicidade

Teorema. Se limx→a f (x) = L e limx→a f (x) = M, então L = M.


Complete a demosntração do teorema
Prova: Dado ε > 0, existem δ1 > 0 e δ2 > 0, tais que teremos
|f (x) − L| < 2ε sempre que 0 < |x − a| < δ1 e |f (x) − M| < 2ε
sempre que 0 < |x − a| < δ2 . Seja δ = min{δ1 , δ2 }. Então
|f (x) − L| < 2ε e |f (x) − M| < 2ε sempre que 0 < |x − a| < δ.
Logo,
ε ε
|L−M| = |f (x)−L+f (x)−M| ≤ |f (x)−L|+|f (x)−M| < + = ε.
2 2

Marcos Pavani de Carvalho Análise Real


Preliminares de lógica
Indução matemática
Números reais
Função Contı́nua
Sequências infinitas
Séries infinitas
Limite e Continuidade

Teorema. Se duas funções f e g com o mesmo domı́nio D têm


limites com x → a, então:
(a) f (x) + g(x) tem limite e
lim[f (x) + g(x)] = lim f (x) + lim g(x);
(b) Sendo k uma constante, kf (x) tem limite e
lim[kf (x)] = k. lim f (x);
(c) f (x)g(x) tem limite e lim[f (x)g(x)] = lim f (x). lim g(x);
f (x)
(d) Se, além das hipóteses feitas, lim g(x) 6= 0, então g(x) tem
f (x) lim f (x)
limite e lim g(x) = lim g(x) .

Marcos Pavani de Carvalho Análise Real


Preliminares de lógica
Indução matemática
Números reais
Função Contı́nua
Sequências infinitas
Séries infinitas
Limite e Continuidade

Exercı́cios

Mostre, em cada item abaixo, qual deve ser o valor de δ,


sabendo que:

(a) f (x) = 4x − 8; limx→1 f (x) = −4 e ε = 0, 004.

(b) f (x) = 3x − 5; limx→2 f (x) = 1 e ε = 0, 003.

(c) f (x) = 5x − 2; limx→2 f (x) = 8 e ε = 0, 01.

(d) f (x) = 3x + 2; limx→1 f (x) = 5 e ε = 0, 06.


2x 2 −2
(e) f (x) = x−1 , x 6= 1; limx→1 f (x) = 4 e ε = 0, 004.
x 2 −9
(f ) f (x) = x−3 , x 6= 3; limx→−1 f (x) = 2 e ε = 0, 02.

Marcos Pavani de Carvalho Análise Real


Preliminares de lógica
Indução matemática
Números reais
Função Contı́nua
Sequências infinitas
Séries infinitas
Limite e Continuidade

Intuitivamente, uma função f é dita contı́nua em um ponto a do


seu domı́nio se f (x) está próximo de f (a), quando x está
próximo de a. Em termos precisos, diz-se que uma função f é
contı́nua em um ponto a quando, para todo ε > 0 dado
arbitrariamente, pode-se encontrar δ > 0 tal que |x − a| < δ
implicar |f (x) − f (a)| < ε. Vejamos a definição:

Marcos Pavani de Carvalho Análise Real


Preliminares de lógica
Indução matemática
Números reais
Função Contı́nua
Sequências infinitas
Séries infinitas
Limite e Continuidade

Intuitivamente, uma função f é dita contı́nua em um ponto a do


seu domı́nio se f (x) está próximo de f (a), quando x está
próximo de a. Em termos precisos, diz-se que uma função f é
contı́nua em um ponto a quando, para todo ε > 0 dado
arbitrariamente, pode-se encontrar δ > 0 tal que |x − a| < δ
implicar |f (x) − f (a)| < ε. Vejamos a definição:

Definição. Diz-se que uma função f é contı́nua no ponto x = a


de D se existir o limite de f (x) com x → a e esse limite for igual
a f (a); e diz-se que f é contı́nua em seu domı́nio, ou contı́nua,
se ela for contı́nua em todos os pontos desse domı́nio.

Marcos Pavani de Carvalho Análise Real


Preliminares de lógica
Indução matemática
Números reais
Função Contı́nua
Sequências infinitas
Séries infinitas
Limite e Continuidade

Intuitivamente, uma função f é dita contı́nua em um ponto a do


seu domı́nio se f (x) está próximo de f (a), quando x está
próximo de a. Em termos precisos, diz-se que uma função f é
contı́nua em um ponto a quando, para todo ε > 0 dado
arbitrariamente, pode-se encontrar δ > 0 tal que |x − a| < δ
implicar |f (x) − f (a)| < ε. Vejamos a definição:

Definição. Diz-se que uma função f é contı́nua no ponto x = a


de D se existir o limite de f (x) com x → a e esse limite for igual
a f (a); e diz-se que f é contı́nua em seu domı́nio, ou contı́nua,
se ela for contı́nua em todos os pontos desse domı́nio.

Exemplo: Mostre que f (x) = x é contı́nua em seu domı́nio
x ≥ 0.

Marcos Pavani de Carvalho Análise Real


Preliminares de lógica
Indução matemática
Números reais
Função Contı́nua
Sequências infinitas
Séries infinitas
Limite e Continuidade

√ √
Solução: limx→a f (x) = f (a), isto é, limx→a x= a.

Marcos Pavani de Carvalho Análise Real


Preliminares de lógica
Indução matemática
Números reais
Função Contı́nua
Sequências infinitas
Séries infinitas
Limite e Continuidade

√ √
Solução: limx→a f (x)
√ = f (a), isto é, lim x→a x = a.
Dado ε > 0, ∃ δ = ε a tal que√ √
√ √
|x − a| < δ ⇒ | x − a|. (√x+ x+ a

a)
= √|x−a| √ ≤
x+ a

|x−a| ε√ a
≤ √
a
< a
= ε.
Portanto, f é contı́nua.

Marcos Pavani de Carvalho Análise Real


Preliminares de lógica
Indução matemática
Números reais
Função Contı́nua
Sequências infinitas
Séries infinitas
Limite e Continuidade

√ √
Solução: limx→a f (x)
√ = f (a), isto é, lim x→a x = a.
Dado ε > 0, ∃ δ = ε a tal que√ √
√ √
|x − a| < δ ⇒ | x − a|. (√x+ x+ a

a)
= √|x−a| √ ≤
x+ a

|x−a| ε√ a
≤ √
a
< a
= ε.
Portanto, f é contı́nua.

Proposição. Se f e g são funções contı́nuas em x = a, então


são também contı́nuas em x = a as funções f + g, fg e kf ,
onde k é uma constante arbitrária, e é também contı́nua em
x = a a função gf , desde que g(a) 6= 0.

Marcos Pavani de Carvalho Análise Real


Preliminares de lógica
Indução matemática
Números reais
Função Contı́nua
Sequências infinitas
Séries infinitas
Limite e Continuidade

Teorema. Sejam f e g funções com domı́nios Df e Dg


respectivamente, com f (Df ) ⊂ Dg . Se f é contı́nua em x0 e g
contı́nua em y0 = f (x0 ), então, h(x) = g(f (x)) é contı́nua em
x0 .

Marcos Pavani de Carvalho Análise Real


Preliminares de lógica
Indução matemática
Números reais
Função Contı́nua
Sequências infinitas
Séries infinitas
Limite e Continuidade

Teorema. Sejam f e g funções com domı́nios Df e Dg


respectivamente, com f (Df ) ⊂ Dg . Se f é contı́nua em x0 e g
contı́nua em y0 = f (x0 ), então, h(x) = g(f (x)) é contı́nua em
x0 .
Exemplos:
1. Mostre que a função h(x) = 2cos(x) é contı́nua em R.

Marcos Pavani de Carvalho Análise Real


Preliminares de lógica
Indução matemática
Números reais
Função Contı́nua
Sequências infinitas
Séries infinitas
Limite e Continuidade

Teorema. Sejam f e g funções com domı́nios Df e Dg


respectivamente, com f (Df ) ⊂ Dg . Se f é contı́nua em x0 e g
contı́nua em y0 = f (x0 ), então, h(x) = g(f (x)) é contı́nua em
x0 .
Exemplos:
1. Mostre que a função h(x) = 2cos(x) é contı́nua em R.
Solução: Podemos decompor h(x) em f (x) = 2x e
g(x) = cos x, onde temos
h(x) = f (g(x)), então, pelo teorema f , é contı́nua.

Marcos Pavani de Carvalho Análise Real


Preliminares de lógica
Indução matemática
Números reais
Função Contı́nua
Sequências infinitas
Séries infinitas
Limite e Continuidade

Teorema. Sejam f e g funções com domı́nios Df e Dg


respectivamente, com f (Df ) ⊂ Dg . Se f é contı́nua em x0 e g
contı́nua em y0 = f (x0 ), então, h(x) = g(f (x)) é contı́nua em
x0 .
Exemplos:
1. Mostre que a função h(x) = 2cos(x) é contı́nua em R.
Solução: Podemos decompor h(x) em f (x) = 2x e
g(x) = cos x, onde temos
h(x) = f (g(x)), então, pelo teorema f , é contı́nua.
2. Mostre que h(x) = sin(x 3 + x 2 + x + 1) é contı́nua em R.

Marcos Pavani de Carvalho Análise Real


Preliminares de lógica
Indução matemática
Números reais
Função Contı́nua
Sequências infinitas
Séries infinitas
Limite e Continuidade

Teorema. Sejam f e g funções com domı́nios Df e Dg


respectivamente, com f (Df ) ⊂ Dg . Se f é contı́nua em x0 e g
contı́nua em y0 = f (x0 ), então, h(x) = g(f (x)) é contı́nua em
x0 .
Exemplos:
1. Mostre que a função h(x) = 2cos(x) é contı́nua em R.
Solução: Podemos decompor h(x) em f (x) = 2x e
g(x) = cos x, onde temos
h(x) = f (g(x)), então, pelo teorema f , é contı́nua.
2. Mostre que h(x) = sin(x 3 + x 2 + x + 1) é contı́nua em R.
Solução: Seguindo raciocı́nio análogo ao utilizado
anteriormente, temos f (x) = sin x e g(x) = x 3 + x 2 + x + 1.
Então h(x) = f (g(x)), pelo teorema f , é contı́nua.
Marcos Pavani de Carvalho Análise Real
Preliminares de lógica
Indução matemática
Números reais
Função Contı́nua
Sequências infinitas
Séries infinitas
Limite e Continuidade

Exercı́cios 1. Prove que as funções são contı́nuas nos pontos


dados:
(a) f (x) = 2x + 1 em a = 1.
(b) f (x) = ax + b (a e b constantes) em a = x0 .
(c) f (x) = x 2 em a = 0.
(d) f (x) = 4x − 3 em a = 2.
(e) f (x) = x + 1 em a = 2.
(f ) f (x) = −3x em a = 1.
x 2 −4
(g) f (x) = x−2 em a = 2.
x 2 −x
(h) f (x) = x em a = 0.

Marcos Pavani de Carvalho Análise Real


Preliminares de lógica
Indução matemática
Números reais
Função Contı́nua
Sequências infinitas
Séries infinitas
Limite e Continuidade

1. Seja f (x) = x + x1 . Prove que:

(a) |f (x) − f (1)| ≤ 1 + x1 |x − 1|, x > 0.




(b) |f (x) − f (1)| ≤ 3|x + 1|, x > 12 .

(c) f é contı́nua em a = 1.

Marcos Pavani de Carvalho Análise Real

Você também pode gostar