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1.

INTRODUÇÃO

As estruturas são caracterizadas como as partes mais resistentes de uma construção.


São elas que absorvem e transmitem os esforços, sendo fundamentais para a manutenção da
segurança e solidez de uma obra. De acordo com o caso, o engenheiro roberto foi contratado
por uma empresa de projetos, que tem como tarefa elaborar o projeto de cobertura de um telhado
em estrutura de madeira e telha cerâmica.
Lembremos que para executar um projeto, o engenheiro deve realizar uma entrevista
com o cliente antes da construção, pois, é através desta que conseguimos o máximo de
informação. Nessa fase, o engenheiro irá perceber quais são os anseios do cliente e como poderá
realizá-los na obra, perguntando assim, sobre a localização, o tipo de construção, o número de
cômodos, a metragem aproximada dos cômodos, a descrição do acabamento e a verba
disponível para a construção.
Dessa forma, após obter as informações do cliente, o engenheiro roberto evidencia os
diversos tipos de materiais que podem ser usados na construção, sempre visando economia,
durabilidade e segurança. Assim, pode-se dizer que uma construção envolve muito estudo e
análise do material, de forma a evitar patologias na construção e perda de dinheiro.

2. DESENVOLVIMENTO
2.1 Resumo do Problema

O objetivo de uma estrutura é receber e transmitir as ações sofridas pelo solo. Deste
modo, as estruturas devem ser erguidas com materiais não totalmente rígidos, digamos
maleáveis, para suportar as modificações constantes do solo. A execução de uma obra, seja ela
de pequeno ou grande porte, implica obrigatoriamente na construção de uma estrutura suporte,
através de um projeto com planejamento e execução própria.
Diante disso, pode-se observar que o principal problema do caso se trata da construção
da cobertura de um telhado em estrutura de madeira com telha cerâmica. Para fazer essa
construção, a empresa optou pelo uso de madeira dura (dicotiledônea) com propriedades que
atendiam a classe de resistência C30. Nesse sentido, o engenheiro responsável pela obra
necessita entender os procedimentos construtivos para uma cobertura e aplicar as normas
referentes à atuação dos diferentes tipos de cargas e da resistência dos materiais para esse tipo
de edificação. Sendo assim, para compor a estrutura da obra, é preciso lembrar dos materiais
usados (madeira), carga do vento e peso próprio da estrutura.
2.2 Fundamentação Teórica e Discussão

As estruturas e os elementos estruturais de uma cobertura devem apresentar resistência


apropriada, além de dureza e rigidez para garantir vida útil a estrutura. Os projetos estruturais
devem prever a possibilidade do excesso de carga, acima do que seria necessária para resistir
as cargas de serviço. Além disso, deve-se fazer previsão para uma redução de resistência, pois
pode ocorrer anormalidades nas dimensões dos elementos, resultando em uma resistência
menor do que a adotada.
De acordo com o Manual da Construção (2011) os sistemas estruturais de uma
cobertura são compostos por vigas (estruturas horizontais) e pilares (estruturas verticais) e as
cargas horizontais devido a ação do vento, que apresentam bastante influência no seu
dimensionamento. Dessa forma, é necessário analisar sempre as ações do vento nas estruturas,
pois ela poderá colocar em risco toda a construção. As ações podem ser: forças axiais de
compressão e tração, momentos fletores, forças cortantes, entre outros. A verificação de uma
estrutura deve levar em consideração a estabilidade e a resistência dos elementos estruturais e
da edificação como um todo.
Devido as ações dos ventos é comum a ruína nas edificicações. Segundo Blessmann os
acidentes acontecem em obras com má exexução como, por exemplo, telhas mal ancoradas e
leves, paredes mal construídas, concreto com péssima qualidade, tesouras mal dimensionadas,
estruturas sem o devido contraventamento. Porém, se todos os projetistas calcularem seguindo
as normas, diminui muito a probabilidade de acontecer acidentes devido a ação do vento. Além
disso, vale ressaltar que a norma utilizada para os projetos de estruturas em madeira é a NBR
7190/97.
Segundo Bellei (2011) os materiais (madeiras) podem apresentar uma resistência
menor do que a utilizada nos cálculos. E para que haja segurança na estrutura deve-se realizar
previsões para ambos os efeitos: um excesso de carga e uma menor resistência. Além disso,
deve-se analisar também as chances de ruína de uma estrutura. A escolha do cálculo da estrutura
é atribuída aos engenheiros e arquitetos que são capazes de encontrar a técnica mais econômica
para cada tipo de construção.
Yopanan (2008) destaca que o uso das estruturas em madeira no setor da construção
civil tem possibilitado aos engenheiros e arquitetos soluções eficientes, de alta qualidade e
arrojadas. As estruturas de madeira apresentam diversas vantagens, dentre elas temos:
montagem rápida; peças extremamente precisas; preço competitivo com outros materiais
nobres; é durável; leve e possui ampla variedade de formatos. Projetos de obras com estrutura
de madeira devem seguir a norma NBR 7190 (Projeto de estruturas de madeira), da ABNT, e
prevenir proteção contra intempéries (pode ser fechamentos, beirais ou coberturas), umidade,
fungos e cupins, além do uso de hidrofugante e produtos que retardam a propagação do fogo
em caso de incêndio. Realizar a manutenção é fundamental para prologar a vida útil da estrutura
de madeira.
Além dessas vantagens, nota-se que a madeira é um material antigo e muito utilizado
por apresentar facilidade de manuseio, além de ter características como bom isolamento
térmico, alta resistência mecânica em relação ao seu próprio peso; resistência a choques e cargas
dinâmicas; apresenta ótimas características de absorção acústica; possui um custo reduzido e
diversos padrões de qualidade e estéticos.
De acordo com Silva (1985) as desvantagens da estrutura de madeira são: fácil
deterioração em ambientes agressivos, podendo desenvolver agentes predadores como cupins,
mofo, fungos; heterogeneidade e anisotropia naturais de sua composição fibrosa, podendo estes
inconvenientes serem solucionados pela laminação, contraplacados e aglomerados. Outras
desvantagens são a variabilidade, onde a madeira por ser um material sensível por aumentar e
diminuir muito as dimensões com as variações de umidade, dentre outros.
Para Pfeil (2003) a madeira pode ser classificada em dois grupos: madeira maciça:
madeira bruta ou roliça, madeira fralquejada, madeira serrada; Madeiras industrializadas:
madeira compensada, madeira laminada (ou microlaminada) e colada. A madeira bruta é
aplicada em forma de tronco, sendo usada para estacas, colunas, postes, entre outros. A madeira
fralquejada possui faces laterais aparadas a machado e é usada em estacas, pontes, cortinas
cravas, entre outros. A madeira serrada é o produto estrutural mais comum, seu tronco é cortado
nas serrarias, passando depois por um período de secagem. A madeira compensada é constituída
pela colagem de laminas finas. E a madeira laminada e colada é o produto estrutural mais
importante da América Latina do Norte.
Assim, podemos concluir que no Brasil a madeira é usada para diversos fins, tais como,
construções de residências, escolas, igrejas, depósitos, pontos, passarelas, construções rurais,
edificações em ambientes altamente corrosivos, entre outros. Um fato quase desconhecido pelos
leigos trata-se que a resistência da madeira depende da direção do esforço em relação as fibras.
Dentre essas resistências destacam-se resistência à tração perpendicular (normal) às fibras;
resistência à tração na direção das fibras; resistência à compressão na direção das fibras;
resistência ao cisalhamento na direção das fibras; módulo de elasticidade médio na direção das
fibras;
Segundo Borges (2013) uma construção deve suportar todos os esforços produzidos pelo
peso próprio, peso dos seus ocupantes, sobrecargas e ventos. E esses esforços são suportados
por um conjunto de vigas, pilares e lajes, que juntos constituem a estrutura de uma construção.
Além disso, vale ressaltar que a escolha dos materiais de construção adequados é um ótimo
aliado para o sucesso de um sistema estrutural e consequentemente da obra como um todo.
Logo, podemos concluir que os engenheiros devem construir uma armação de
cobertura para telhado de forma que atenda com conforto e segurança as necessidades dos
usuários. Assim, o engenheiro deve analisar diversas condições para a construção, tais como: a
melhor madeira a se implantar, a qualidade do material, a ventilação e aquecimentos adequados.
Para que o projeto de implantação seja bem-sucedido, ele deve atender a três requisitos básicos:
um projeto da estrutura que atenda às necessidades do cliente; viabilidade financeira e
econômica da construção; e adequação às características físicas do local.

3. CONCLUSÃO

Antes de projetar uma obra deve-se levar em consideração a segurança, funcionalidade


e durabilidade do empreendimento. Todos são importantes para assegurar o sucesso e a
qualidade final da construção. Adotar soluções inadequadas tanto estruturais como
arquitetônicas, comprometem a resistência de diversas obras.
O uso das estruturas de madeira em obras de pequeno e médio porte é o mais utilizado,
por apresentar um menor custo quando comparado com a estrutura metálica. Com o uso dessa
estrutura, é ampliado as possibilidades arquitetônica, permitindo assim projetos mais
elaborados e arrojados. As técnicas construtivas nesse tipo de estrutura são mais amplas,
permitem espaços mais arejados, além de facilidade na execução, de forma a atender melhor às
necessidades dos clientes.
Atualmente, o setor da construção civil vem procurando técnicas que possibilitem
diminuir perdas e custos da obra. A necessidade de se conhecer as vantagens e desvantagens no
que diz respeito as estruturas de madeira, é de fundamental importância para a segurança e
menor custo da obra. Diante disso, para essa construção, por ser uma obra de médio porte, é
mais vantajosa construir a cobertura em estrutura de madeira, pois possui maior rapidez e
facilidade na execução.
Portanto, para uma obra bem-sucedida é necessário que todo engenheiro realize os
projetos, afim de planejar os processos da construção e evitar que a estrutura entre em colapso.
Dentro destes limites, o engenheiro estrutural almejará sempre o melhor uso dos materiais
disponíveis em detrimento do menor custo possível tanto na construção, quanto na manutenção
da estrutura.
REFERÊNCIAS:

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (1997). NBR 7190 Projeto de


estruturas de madeira, Rio de Janeiro.
BELLEI, I. H. Edifícios Industriais em Aço: Projeto e cálculo. 5. Ed. Ver. e ampl. São Paulo:
Pini, 2006.
BELLEI, Ildony Hélio et al BELLEI, Humberto. MANUAL DA CONSTRUÇÃO EM
AÇO. Edifícios de Pequeno Porte Estruturados em Aço. 4ª ed. Rio de Janeiro: IBS/CBCA,
2011.

BELLEI, Idony H.; PINHO, Fernando, O.; PINHO, Mauro, O. Edifício de múltiplos andares
em aço. 2° ed. – São Paulo: Pini, 2008.

BLESSMANN, J. Acidentes Causados pelo Vento. 5. Ed. rev. e. ampl. Porto Alegre: Editora
da Universidade/UFRGS, 1986

BORGES, Alberto de Campos. Prática das pequenas construções. Volume I - 9° Ed. São
Paulo: Edgard Blucher, 2013.

MANUAL DA CONSTRUÇÃO EM AÇO. Edifícios de Pequeno Porte Estruturados em


Aço. 4ª ed. Rio de Janeiro: IBS/CBCA, 2011.

PFEIL, W,; PFEIL, M. Estrutura de madeira. 6. Ed. Rio de Janeiro: editora S.A, 2003.

PIRES, et al SILVA, CAMPOS. Identificação da razão para o uso da estrutura metálica na


cidade de Teresina. Fortaleza, 2015.

REBELLO, Yopanan C. P. Estruturas de Aço, Concreto e Madeira. 3a ed. São Paulo:


Zigurate, 2008.
SILVA, Moema Ribas. Materiais de Construção. São Paulo: Pini, 1985.
CENTRO UNIVERSITÁRIO AGES
BACHARELADO EM ENGENHARIA CIVIL

PRODUÇÃO ÚNICA - ESTUDO DIRIGIDO DE CASO

ERLÂNY SANTOS CARVALHO

Texto dissertativo apresentado no curso de


Engenharia Civil do Centro Universitário AGES,
como um dos pré-requisitos para obtenção da nota
parcial nas disciplinas de Estruturas de Madeira
(Raphael Sapucaia), Qualidade no
desenvolvimento de projetos (Paulo Ricardo),
Saneamento e Gestão ambiental (Vanessa).
Orientador(a): Mateus Antônio de Almeida Neto
Turma: 9° B
Turno: Noturno

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DA PONTUAÇÃO PONTUAÇÃO


PRODUÇÃO ÚNICA MÁXIMA OBTIDA
1. ESTRUTURA 0,10
(xx) Introdução
(xx) Desenvolvimento
(xx) Conclusão
2.CORRESPONDÊNCIA DO TEXTO COM O 0,10
CASO/PROBLEMA
3. CONTEÚDO APRESENTADO 1,0 SENDO =
3.1.Introdução 0,10
3.2.Desenvolvimento 0,80
(xx) Resumo dos Problemas
(xx) Fundamentação Teórica e Discussão
3.3.Conclusão 0,10
4. VOCABULÁRIO ADEQUADO E GRAMÁTICA 0,20
(xx) Vocabulário (variedade e científico)
(xx) Gramática (acentuação, ortografia, regência, emprego
adequado dos pronomes, conjunções, tempos e modos
verbais, preposições e pontuação)
5. COESÃO (construção de períodos – repetições de palavras 0,20
e frases incompletas)
6. COERÊNCIA (encadeamento de ideias) 0,20
7. NORMAS TÉCNICAS (ABNT) 0,20
TOTAL 2,00

Paripiranga/BA
Novembro de 2018

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