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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO – UEMA

CIDADE UNIVERSITARIA – CAMPUS PAULO VI


DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECANICA E PRODUÇÃO - DMECP
CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS – CCT
CURSO DE ENGENHARIA MECÂNICA

JEFERSON ANTONIO DOS SANTOS MACHADO – 201204280


LUIS RICARDO RIBEIRO OLIVEIRA – 201511469
MARIA AUGUSTA DE MAGALHAES MENDONCA – 201632301

LABORÁTORIO DE ELETROCTECNICA – COMANDO DOS MOTORES

SÃO LUIS – MA
2019
JEFERSON ANTONIO DOS SANTOS MACHADO – 201204280
LUIS RICARDO RIBEIRO OLIVEIRA – 201511469
MARIA AUGUSTA DE MAGALHAES MENDONCA – 201632301

LABORATÓRIO DE ELETROCTECNICA – COMANDO DOS MOTORES

Trabalho apresentado a disciplina laboratório


de Eletrotécnica, do sétimo período para
verificação de aprendizagem e obtenção de
nota.
Professora: Simone Neves.

SÃO LUIS – MA
2019
Sumário
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................... 6

2. ELETROTÉCNICA GERAL ......................................................................................... 6

2.1. Sistema de alimentação ............................................................................................ 6

2.1.1. rede monofásica ................................................................................................. 7

2.1.2. rede bifásica ....................................................................................................... 7

2.1.3. rede trifásica ...................................................................................................... 7

3. MOTOR DE INDUÇÃO TRIFÁSICO ........................................................................... 7

4. ELEMENTOS E DISPOSITIVOS EM CIRCUITOS DE COMANDOS ELÉTRICOS


...............................................................................................................................................8

4.1. Botoeira ou Botão de comando ................................................................................ 8

4.2. Relés ......................................................................................................................... 9

4.2.1. relé térmico ou de sobrecarga ............................................................................. 9

4.2.2.1. funcionamento ................................................................................................. 10

4.2.2. relé temporizador ............................................................................................. 11

4.2.2.1. funcionamento ................................................................................................. 11

4.2.2.2. diagrama de ligação ......................................................................................... 12

4.3. Contatores .............................................................................................................. 12

4.3.1. partes do contator ............................................................................................. 13

4.3.2. funcionamento ................................................................................................. 13

4.4. Disjuntor ................................................................................................................ 14

4.4.1. disjuntor magnético .......................................................................................... 14

4.4.2. disjuntor térmico .............................................................................................. 14

4.4.3. disjuntores termomagnéticos ............................................................................ 14

5. SIMBOLOGIA NUMÉRICA E LITERAL .................................................................. 15

6. MOTOR ELÉTRICO ................................................................................................... 15

6.1. Motor Trifásico ...................................................................................................... 16

7. PARTIDAS EM MOTOR DE INDUÇÃO ................................................................... 16


7.1. Partida Direta ........................................................................................................ 16

7.2. Partida Direta/ Reversa ......................................................................................... 17

7.2.1 benefícios ........................................................................................................ 17

7.2.2. Malefícios ........................................................................................................ 18

7.3. Partida estrela-triângulo ....................................................................................... 18

8. REFERENCIAS ............................................................................................................ 19
ÍNDICE DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 - Exemplos de Boteiras................................................................................................ 8


Figura 2 - Relé Termico ............................................................................................................ 9
Figura 3 - Funcionamento do relé térmico ............................................................................... 10
Figura 4 - relé temporizador .................................................................................................... 11
Figura 5 - funcionamento do temporizador .............................................................................. 11
Figura 6 - Diagrama de Ligação .............................................................................................. 12
Figura 7 - Contator .................................................................................................................. 12
Figura 8 - Disjuntor ................................................................................................................. 14
Figura 9 - motor elétrico.......................................................................................................... 16
Figura 10 - Comando Direto.................................................................................................... 17
Figura 11 - Comando Partida Direta com Reversão ................................................................. 18
Figura 12 - Partida Estrela - Triangulo..................................................................................... 19
1. INTRODUÇÃO
O estudo da eletrotécnica no curso de engenharia mecânica é de fundamental
importância, pois visa habilitar o engenheiro mecânico a não somente compreender,
mas também analisar projetos elétricos industriais. Embora a formação do engenheiro
mecânico não caminhe para o setor de elétrica, isso não impede de ele trabalhar com um
engenheiro elétrico, por isso ter, não somente a noção, mas também o fundamento da
eletrotécnica irá contribuir para o desenvolvimento de projetos, por exemplo, no setor
de automação.

2. ELETROTÉCNICA GERAL
A energia elétrica se tornou importante por diversos fatores:
a) Geração a um custo razoável
b) Transmissão e distribuição a longas distâncias
c) Transformação em outras formas de energia com muita facilidade e com alto
rendimento
A eletrotécnica é um ramo de engenharia elétrica que estuda o uso de circuitos
formados por componentes elétricos e eletrônicos visando sempre, gerar, transmitir,
distribuir e armazenar energia elétrica. Empresas que podemos encontrar interessadas
nessas atividades são principalmente: usinas hidrelétricas, termelétricas, eólicas, solares,
entre muitas outras em que o foco esteja relacionado à produção e geração de energia
elétrica.
2.1. Sistema de alimentação
Um dos grandes problemas existentes em instalações elétricas é a abertura e o
fechamento de circuitos em carga, ou seja, quando existe corrente elétrica. Se o
acionamento for feito de forma incorreta, lenta, o faiscamento nos contatos que, é
inevitável, terá proporções maiores, provocando danos ao equipamento. Para minimizar
os efeitos da faísca, os dispositivos projetados para operarem em carga têm acionamento
rápido e podem também ter seus contatos imersos em ambientes que fazem a extinção
do arco mais rapidamente.
O fornecimento de energia para os inúmeros estabelecimentos residenciais,
comerciais e industriais pode ser feito por meio de sistemas monofásicos, bifásicos ou
trifásicos.
A utilização de cada sistema de transmissão ocorre a partir do tipo de
estabelecimento que receberá a energia elétrica e da potência total dos equipamentos
elétricos ligados à rede.
2.1.1. rede monofásica
No sistema monofásico, a rede é construída com dois fios: uma fase e um
neutro. A tensão elétrica máxima que pode ser ofertada por esse sistema é de 127 V.
Redes monofásicas são instaladas somente quando a soma das potências de todos os
equipamentos de uma residência atinge um valor máximo de 8000 watts.
2.1.2. rede bifásica
Existem equipamentos que funcionam apenas com este tipo de rede, e para
ocorrer a troca de rede que atenda a necessidade é necessário pedir a trocar para uma
rede bifásica. Esse processo chama-se aumento de carga. A rede bifásica é utilizada em
diversos casos, como em locais onde se utiliza 2 tensões (127 e 220V) ou quando se
quer dividir circuitos e equilibrar as fases evitando quedas de tensão, igual ao que
acontece em casas de praia quando se liga o chuveiro e a luminosidade da lâmpada varia
e fica mais fraca.
2.1.3. rede trifásica
No caso de fábricas, usinas e oficinas, normalmente a rede trifásica é
necessária pela quantidade extrema de equipamentos e máquinas que exigem alto
consumo de energia. No entanto, a maior parte dos apartamentos e casas ficam bem
servidos com a ligação monofásica, já que o consumo de energia residencial
normalmente não ultrapassa a quantidade de quilowatts suportada por esse tipo de rede.

3. MOTOR DE INDUÇÃO TRIFÁSICO


O motor de indução trifásico, ou MIT, é uma máquina elétrica largamente
utilizada de obtenção de energia mecânica. Sendo composto por duas partes.
a) Estator: Circuito magnético do motor elétrico, onde ficam alojadas as bobinas
que mediante ligação apropriada, produzem o campo magnético girante.
b) Rotor: enrolamento constituído por barras (de cobre ou alumínio) curto-
circuitadas nas extremidades. A corrente no circuito do rotor é induzida pela ação do
campo girante do estator. O motor de indução em funcionamento significa que o campo
magnético formado no circuito do rotor irá então perseguir o campo girante do estator.
Quando o motor é energizado, ele funciona como um transformador com o
secundário em curto-circuito, portanto exige da rede elétrica uma corrente maior que a
nominal, podendo atingir cerca de 8 vezes o valor da mesma.
As altas correntes de partida causam inconvenientes, pois, exige
dimensionamento de cabos com diâmetros bem maiores do que o necessário. Além
disso, pode ocorrer quedas momentâneas do fator de potência, que é monitorado pela
concessionária de energia elétrica, causando elevação das contas de energia.

4. ELEMENTOS E DISPOSITIVOS EM CIRCUITOS DE COMANDOS


ELÉTRICOS
4.1. Botoeira ou Botão de comando
Dispositivo de comando que tem o intuito de estabelecer ou interromper a
carga de um determinado tipo de circuito de comando a partir de um acionamento que é
feito manualmente. Cada linha de botoeira ou botão de comando disponibiliza de uma
enorme variedade de opções de forma a permitir uma fácil especificação e um elevado
nível de qualidade. Quando utilizado no comando de máquinas ou demais equipamentos
tradicionais, a botoeira ou botão de comando é de natureza termoplástica.
As botoeiras possuem cores definidas por norma IEC73 E VDE 0199 de acordo
com sua função:

➢ Vermelho: Parar, desligar ou botão de emergência;


➢ Amarelo: Iniciar um retorno, eliminar uma condição perigosa;
➢ Verde ou preto: Ligar, partida;
➢ Azul ou branco: Qualquer função diferente das anteriores.

Quanto à instalação, devem estar dispostas com espaçamento correto e padrão


e o botão “desliga”, deve ficar sobre o botão “liga” na posição vertical. Na posição
horizontal, o botão “desliga” geralmente está à direita do botão “liga”.

Figura 1 - Exemplos de Boteiras


Fonte: Mundo da Elétrica
4.2. Relés
O Relé térmico é um dispositivo de proteção que é responsável por proteger os
motores elétricos de possíveis anomalias. A mais comum é o sobreaquecimento do
motor elétrico. Quando o motor trava o seu eixo ou está trabalhando com muita carga,
ele solicita mais corrente da rede para tentar compensar o peso requerido, deste modo o
motor acaba tendo que trabalhar com especificações que não se enquadram a ele. Assim
pode haver danos em suas bobinas provocando aquecimento e até um provável
derretimento de sua isolação, ação que é capaz de fechar um possível curto circuito
interno.

Figura 2 - Relé Termico


Fonte: mundo da elétrica
4.2.1. relé térmico ou de sobrecarga
Os relés térmicos são dispositivos construídos para proteger, controlar ou
comandar um circuito elétrico, atuando sempre pelo efeito térmico provocado pela
corrente elétrica.
Os relés térmicos têm como elemento básico o “bimetal’. Esse elemento, é
constituído de duas lâminas finas (normalmente ferro e níquel), sobrepostas e soldadas.
Os dois materiais apresentam coeficientes de dilatação diferentes, dessa forma, um dos
metais se alonga mais do que o outro quando aquecidos. Por estarem rigidamente
unidos e fixados, numa das extremidades, o metal de menor coeficiente de dilatação
provoca um encurvamento do conjunto para o seu lado, afastando o conjunto de um
ponto determinado. Esse movimento é usado para diversos fins, como disparar um
gatilho e abrir um contato elétrico.
4.2.2.1. funcionamento
É no momento onde está ocorrendo o possível aquecimento que o relé entra em
ação. Quando a esse sobreaquecimento as lâminas bimetálicas de coeficientes de
temperatura diferentes, se aquecem, ocorrendo à deformação das laminas e fazendo com
que ativem o relé, desarmando o circuito do motor, como também o circuito de
comando através de seus contatos auxiliares.
Este relé é um ótimo componente de proteção, pois após acionado, ele trava
impedindo que o motor seja ligado novamente. Desta forma o motor só poderá ser
ligado quando ocorrer uma ação manual de rearme. Veja abaixo as principais partes de
um relé térmico. Este dispositivo consegue sinalizar através da inserção de sinaleiros e
alarmes ou até mesmo disponibilizar um sinal para o desarmamento de um disjuntor. A
quantidade de corrente que um relé térmico suporta pode ser ajustada no próprio
equipamento através de um disco que é ajustado manualmente. Possui um botão de
teste, para identificar se o componente irá funcionar em caso de alguma anomalia.
Ele possui três contatos que são conectados nas saídas de um contator, e
possuem também contatos auxiliares 1 NF (95,96) e 1 NA (97,98). Nos diagramas de
comandos elétricos o relé térmico possui as seguintes simbologias.

Figura 3 - Funcionamento do relé térmico


Fonte: Mundo da Elétrica
4.2.2. relé temporizador
Os temporizadores eletrônicos com função “RETARDO NA
ENERGIZAÇÃO” da Digimec são aparelhos projetados para aplicações industriais
onde qualidade, confiabilidade, robustez e baixo custo são requisitos fundamentais. Esta
família de temporizadores é constituída de aparelhos para montagem interna em painéis.

Figura 4 - relé temporizador


Fonte: Digimec
4.2.2.1. funcionamento
Os temporizadores com a função “RETARDO NA ENERGIZAÇÃO”
comutam seu(s) contato(s) de saída para a posição de trabalho após o intervalo de tempo
(t) selecionado na escala do aparelho, contado a partir do instante de sua energização.
Nesta série de aparelhos encontramos diferentes arranjos de contatos como mostram os
respectivos diagramas de ligações. Os contatos temporizados atuam como descritos
acima e os instantâneos ficam comutados para a posição de trabalho enquanto o
aparelho estiver energizado.

Figura 5 - funcionamento do temporizador


Fonte: Digimec
4.2.2.2. diagrama de ligação

Figura 6 - Diagrama de Ligação


Fonte: Digimec
4.3. Contatores
São dispositivos de manobra mecânica, acionado eletromagneticamente,
construídos para uma elevada frequência de operação, e cujo arco elétrico é extinto no
ar, sem afetar o seu funcionamento. O contator consiste basicamente de um núcleo
magnético (bipartido, uma parte móvel e a outra fixa) e uma bobina que quando
alimentada por um circuito elétrico, forma um campo magnético que, concentrando-se
na parte fixa do núcleo, atrai a parte móvel. Quando não circula corrente pela bobina de
excitação essa parte do núcleo é repelida por ação de molas.

Figura 7 - Contator
Fonte: Loja Elétrica
4.3.1. partes do contator
➢ Bobina – Basicamente é um enrolamento de cobre que cria um campo
eletromagnético. Quando a bobina é alimentada através dos terminais A1 e A2,
promove o deslocamento do núcleo de ferromagnético.
➢ Núcleo – Basicamente é construído por lâminas de material ferromagnético e
conta com duas partes separadas por ação mecânica de molas. Uma destas partes do
núcleo está acoplada aos contatos e quando há movimento do núcleo, ocorre o
acionamento dos contatos de comando e de carga do contator.
➢ Contatos – Basicamente são lâminas metálicas que tem a função de
chaveamento, sendo responsáveis pela condução de correntes de carga e correntes de
comando. Então quando a bobina do contator está sem energia, os contatos ficam em
repouso. E quando a bobina está energizada, os contatos são comutados através do
movimento do núcleo no qual estão acoplados mecanicamente.
➢ Mola – Basicamente é a mola responsável em colocar os contatos na posição de
repouso no momento em que a bobina for desconectada da fonte de energia.
Portanto, nesta condição a força exercida pelo campo magnético sobre o núcleo
é menor do que a força da mola, causando um afastamento das partes do núcleo.
4.3.2. funcionamento
Os contatores trabalham através de efeito eletromagnético, possuindo três
contatos de carga alimentando diretamente os motores. Também existe o bloco de
contatos auxiliares que são usados para aumentar a capacidade de automatização no
comando a ser executado.
A sua fixação pode ser na parte frontal ou lateral do contator, essas
características podem variar de acordo com o modelo e fabricante. Um exemplo de
benefício da utilização de contatores é evitar a ida desnecessária até a máquina para
realizar qualquer tipo de trabalho que possa colocar em risco a segurança do
trabalhador. Portanto, podemos afirmar que há uma praticidade maior, além do conforto
na utilização deste equipamento. Com o uso de contatores abre-se a possibilidade de
manusear os equipamentos à distância, ou seja, não precisa ter contato direto com o
maquinário da empresa, aumentando os níveis de proteção e segurança.
4.4. Disjuntor
O disjuntor é um dispositivo eletromecânico que tem a função de proteger as
instalações elétricas, ou seja, assim que a corrente elétrica que passa por ele ultrapassa o
seu valor nominal, ele interrompe o circuito impedindo o fornecimento de energia para
as cargas do circuito, evitando assim que elas e o circuito danifiquem.
O disjuntor atuará todas as vezes que houver pico de corrente, sobrecarga e
curto-circuito, mas é importante destacar que para todos os disjuntores funcionarem
corretamente é fundamental haver o correto dimensionamento do circuito e dos
componentes.

Figura 8 - Disjuntor
Fonte: Tamoyo
4.4.1. disjuntor magnético
Os disjuntores magnéticos também possuem a mesma função que as dos
demais disjuntores que é proteger os equipamentos elétricos contra sobrecargas e
curtos-circuitos, porém eles possuem uma precisão maior para detectar o valor da
corrente elétrica.
4.4.2. disjuntor térmico
Sendo acionados de uma maneira diferente em relação aos demais
componentes, os disjuntores térmicos interrompem o circuito elétrico assim que
detectam uma elevação da temperatura, que seja anormal. Esse tipo de disjuntor é
bastante utilizado como precaução contra incêndios.
4.4.3. disjuntores termomagnéticos
Já os disjuntores termomagnéticos é basicamente a junção da proteção térmica
e magnética, sendo instalados atualmente nas instalações residenciais e comerciais. Ele
possui as vantagens de poder ser usado para manobras de ligar e desligar os circuitos,
proteção contra aquecimentos, curtos circuitos e sobrecargas.
5. SIMBOLOGIA NUMÉRICA E LITERAL
Assim como cada elemento em um circuito de comando elétrico tem o seu
símbolo gráfico específico, também, a numeração dos contatos e a representação literal
dos mesmos, tem um padrão que deve ser seguido.
Serão apresentados alguns detalhes, para maiores informações deve-se
consultar a norma NBR 5280 ou a IEC 113.2. A numeração dos contatos que
representam os terminais de força é feita como segue.
→ 1, 3 e 5 = Circuito de entrada (linha)

→ 2, 4 e 6 = Circuito de saída (terminal)

Já a numeração dos contatos auxiliares segue o seguinte padrão:

→ 1 e 2 = Contato normalmente fechado (NF), sendo 1 a entrada e 2 a saída

→ 3 e 4 = Contato normalmente aberto (NA), sendo 3 a entrada e 4 a saída


Nos relés e contatores tem-se A1 e A2 para os terminais da bobina. Os contatos
auxiliares de um contator seguem um tipo especial de numeração, pois, o número é
composto por dois dígitos, sendo:
→ Primeiro dígito: indica o número do contato

→ Segundo dígito: indica se o contato é do tipo NF (1 e 2) ou NA (3 e 4).


6. MOTOR ELÉTRICO
Os motores elétricos são máquinas que possuem a capacidade de converter a
energia elétrica em energia mecânica. Os motores combinam as vantagens da energia
elétrica com o baixo custo, facilidade de transporte, limpeza e simplicidade no
comando. Os motores de indução possuem uma construção aparentemente simples e
seus custos são reduzidos, como por exemplo, manutenção, fabricação e montagem,
além de fácil adaptação às cargas de diversos tipos.
Podemos separar os motores por uma infinidade de características, mas o fator
determinante, que diferencia as classes de motores é a sua fonte de energia, pois existem
os motores que funcionam com corrente contínua e outros com corrente alternada, e
alguns podem usar as duas correntes em certas situações, além disso, existem os
motores monofásicos e finalmente os motores trifásicos.
Figura 9 - motor elétrico
Fonte: Mérito Comercial
6.1. Motor Trifásico
Os motores de corrente alternada (AC), que também são conhecidos como
motor assíncrono trifásico ou motor de indução são os motores mais utilizados, devido a
uma série de vantagens, como por exemplo, o baixo custo em manutenção, montagem,
fabricação e simplicidade em relação aos motores de corrente contínua, e devido à
distribuição de energia elétrica nas instalações serem feitas em corrente alternada.
Motores trifásicos são encontrados facilmente dentro das indústrias, como por
exemplo, dentro do torno, fresa esteiras e diversas outras máquinas, mas fora das
indústrias podemos encontrar um motor trifásico em um elevador ou na escada rolante
por exemplo.

7. PARTIDAS EM MOTOR DE INDUÇÃO


7.1. Partida Direta
Sistema de partida no qual o motor recebe, nos seus terminais, plena tensão no
instante da partida. O motor de rotor gaiola pode partir a plena carga e com a corrente
elevando-se de 4 a 8 vezes a corrente nominal, conforme o tipo e número de pólos. O
conjugado na partida atinge aproximadamente 1,5 vezes o conjugado nominal. É o
método de partida mais simples, em que não são empregados dispositivos especiais de
acionamento do motor. Apenas são utilizados contatores, disjuntores ou chaves
interruptoras que possibilitem a alimentação do motor com plena tensão no instante da
partida.
A partida direta implica diretamente no desempenho do motor e principalmente
na infraestrutura da rede de alimentação onde esta máquina elétrica é instalada,
dependendo da aplicação é mais viável utilizarmos uma partida indireta. A partida direta
é o método de partida de motores na qual o motor é conectado diretamente a rede de
disjuntores que vem da rede.
A tradicional partida direta de motores elétricos trifásicos pode ser considerada
como recurso ideal quando se deseja usufruir do desempenho máximo nominais de um
motor elétrico trifásico. Umas das características que devem ser aproveitadas é o torque
de partida (uma das principais características do motor elétrico). No entanto, este
sistema de partida é recomendado para motores que possuam no máximo 7,5/10cv de
potência.

Figura 10 - Comando Direto


Fonte : autor, 2019
7.2. Partida Direta/ Reversa
Consiste em aplicar ao motor elétrico 100% da tensão necessária para que o
mesmo funcione com potência total, esse tipo de partida fornece ao operador a opção de
realizar a inversão de rotação do motor quando desejado.
7.2.1 benefícios
➢ Pode-se partir o motor com carga. (Desde que seja respeitado seu torque e Fator
de Serviço);
➢ Facilidade na execução do circuito de partida e de comando;
➢ Baixo custo de componentes para executar o acionamento;
➢ Simples funcionamento e baixa manutenção;
➢ Alto torque na ponta do eixo, ou seja, potência máxima;
7.2.2. Malefícios
➢ Alta corrente de partida no momento do acionamento podendo ser de 5 a 9 vezes
da corrente nominal;
➢ Existem limitações à potência dos motores a serem realizadas as partidas diretas,
(ex. É recomendado que não sejam acionados em partida direta motores com potência
acima de 10 cavalo vapor, pois ocasionam uma grande queda de tensão do circuito na
partida), de preferência partir esses motores com baixa carga ou em vazio.
➢ Dispositivos de acionamento (contatores, disjuntores), mais robustos.

Figura 11 - Comando Partida Direta com Reversão


Fonte: autor, 2019
7.3. Partida estrela-triângulo
A partida estrela triângulo é um método de partida usado em motores elétricos
trifásicos. Ela utiliza uma chave com o mesmo nome, manual ou automática, e é
interligada aos rolamentos do motor, devendo estar acessíveis em seis terminais.
Utilizando a partida estrela triângulo, o motor parte em configuração estrela,
proporcionando maior impedância e menor tensão nas bobinas. Assim, a corrente de
partida é diminuída, ocasionando em uma perda perceptível do torque de partida.
Com a partida estrela triângulo, o motor realiza uma partida mais suave,
diminuindo sua corrente de partida a aproximadamente 1/3 do que seria, caso acionado
em partida direta.
A partida estrela triângulo não pode ser utilizada em qualquer situação.
O motor precisa ter pelo menos seis terminais dos enrolamentos disponíveis, e
a tensão nominal deve ser igual à tensão de triângulo do motor. E, um detalhe crucial na
partida estrela triângulo em motores elétricos trifásicos é que o fechamento para
triângulo só deverá ser feito quando o motor atingir ao menos 90% da rotação nominal.
Então, o ajuste de tempo da mudança estrela-triângulo deve ser baseado neste fato,
sendo necessário o uso de um tacômetro na primeira vez que testar o sistema com carga.

Figura 12 - Partida Estrela - Triangulo


Fonte: Sala de Elétrica
8. REFERENCIAS

Apostila de acionamentos elétricos. Laboratório de eletrotécnica, acesso em 10 de maio


de 2019

Apostila acionamentos elétrico. Acesso em 26 de abril de 2019

Prof. Carlos Henrique Farias dos Santos. Plano de Ensino: Circuitos Elétricos e
Eletrotécnica para Engenharia Mecânica: Disponível em
<http://www.foz.unioeste.br/~chsantos/planos/CEEM_lect_01.pdf>. Acesso em 20 de
abril de 2019.

Eletrotécnica. Disponível em <https://www.infoescola.com/profissoes/eletrotecnica/.>


Acesso em 18 de abril de 2019.

Apostila de Acionamentos Elétricos. Curso de Eletrotécnica. Profº Neemias S. Souza.


Diponivel em <https://docente.ifrn.edu.br/heliopinheiro/Disciplinas/maquinas-e-
acionamentos-eletricos-ii/apostila-basica> . Acesso em 10 de maio de 2019.

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